1) A Grécia Antiga localizava-se no sul da Europa, com relevo montanhoso e vales férteis para agricultura. Os gregos fundaram muitas colônias marítimas.
2) Inicialmente habitada por povos guerreiros como os jônios, a Grécia foi posteriormente ocupada por aqueus e eólios, que construíram grandes cidades fortificadas como Micenas.
3) A civilização micênica se expandiu por todo o Mediterrâneo entre 1500-1200 a.C., período
2. Localização: Sul do continente europeu.
A península balcânica é banhada pelo Mar Mediterrâneo, possui relevo
montanhoso, com muitas rochas e despenhadeiros e alguns vales férteis
aptos para a agricultura.
Os gregos se comunicavam principalmente pelo mar, através da
navegação. Eles fundaram diversas colônias na orla do Mediterrâneo.
3. Ocupação histórica da Grécia Antiga
Data: 3.000 a. C.
Jônios – povo guerreiro que ocupou a região e submeteu os
habitantes que lá viviam ao seu domínio. Construíram cidades
fortificadas, mas não se dedicaram ao comércio marítimo e
nem possuíam escrita.
Data: 1580 a. C.
Aqueus e eólios – expulsaram os jônios e ocuparam diversas
regiões da Grécia – Beócia, Tessália, Ática. Estes povos
também tinham origem guerreira, mas sofreram influência
cultural cretense, civilização que possuía escrita e vivia
organizada em torno de palácios reais.
Micenas – grande e rica cidade fundada pelos aqueus, era
fortificada, construída em um lugar alto. Este tipo de Acrópole –– cidades com grandes
Acrópole cidades com grandes
construção era denominado acrópole.
muralhas, construídas em locais
muralhas, construídas em locais
O rei era o chefe da cidade – líder político e militar.
estratégicos para defesa militar.
estratégicos para defesa militar.
Devido a influência e a supremacia que a civilização cretense exercia
sobre os gregos por volta de 2000 a.C., surgiu a lenda do Minotauro –
ser mitológico com corpo de homem e cabeça de touro. Ele residia no
labirinto da cidade de Cnossos e vivia dos sacrifícios humanos, pessoas
que eram trazidas da Grécia e levadas ao labirinto. A lenda também
virou filme e foi recontada diversas vezes, como no exemplo mostrado
ao lado. Filme: Minotauro (2005).
4. A expansão e decadência da civilização micênica
A civilização micênica espalhou-se pela Grécia e por
outras regiões do Mediterrâneo. Guerreavam contra as
cidades rivais e saqueavam-nas, levando suas riquezas.
Devido a este contato, houve grande troca cultural entre
os povos envolvidos.
Foi no período da civilização micênica que ocorreu a
lendária Guerra de Tróia (Ílion), cidade localizada na
atual região da Turquia, que liga a Europa à Ásia. A
lenda, imortalizada pelo poema Ilíada, de Homero,
refletia a expansão dos micênicos e a busca por novas
terras.
O cavalo de Tróia – artifício dos gregos para
Data: 1.200 a. C. vencerem os troianos. Essa passagem
Invasão dos dórios, grupo de guerreiros que fez ruir a lendária gerou o dito “presente de grego”,
civilização micênica. Submetiam os povos conquistados que se refere a presentes indesejados.
à servidão. Alguns aqueus fugiram e se instalaram na Hoje em dia, no mundo da informática, os
Ásia, levando para lá a cultura grega. cavalos de Tróia são vírus, os quais
Os dórios não dominavam a escrita e sua cultura e invadem os computadores privados,
ensinamentos eram transmitidos oralmente, através da escondidos em arquivos baixados na
poesia recitada em público. Utilizavam o ferro e deram internet, para danificarem seus conteúdos.
continuidade no uso da cerâmica, técnicas de cultivo e
culto aos deuses micênicos.
A escrita só ressurgiria alguns séculos depois, com a
adoção pelos gregos do alfabeto fenício (povo oriental
que inventou o alfabeto para lhes ajudar no comércio).
5. PERÍDOS DA HISTÓRIA GREGA
Homérico: situa-se entre os anos 1100 e 800 a.C. Nesse espaço de tempo, teriam urgido as obras de
Homero – Ilíada e Odisséia.
Arcaico: 800 e 500ª.C. – Caracterizou-se pela formação da cidade-estado – a polis. A Grécia não
formou um estado unificado, entretanto, os gregos de diferentes cidades se identificavam como iguais,
devido aos seus costumes e a língua.
Clássico: As cidades-estado gregas se consolidaram como forma de organização política. (séculos V a
IV a.C.). Nesse período florescem as poleis Atenas e Esparta.
Helenístico: 336 a 146 a.C. Marcado pela decadência da polis. As cidades gregas foram dominadas
pela Macedônia, governada por Filipe II, pai de Alexandre. Posteriormente, Alexandre conduzirá uma
expansão que o transformará no homem mais poderoso do mundo Antigo. A expansão proporcionou
uma circularidade cultural, pois, os gregos entraram em contato com muitos povos do Oriente.
6. Base da economia grega na Antiguidade
Produziam vinho;
Trigo para o pão; (maior parte do cereal era
importado do Egito, principalmente);
Cultivavam oliveiras para fazer o azeite, que
utilizavam na alimentação e como combustível
para iluminação;
Criavam carneiros, do qual aproveitavam a pele
e cabras para ter carne e leite para fazer queijo;
Pescavam;
Extraíam prata das minas;
Confeccionavam armas e armaduras com cobre
e ferro;
Artesanato – produziam lindos vasos de
cerâmica para armazenar seus alimentos, jóias e
outros artigos que eram negociados em toda a
região do Mediterrâneo.
7. O mundo grego clássico – VIII – VI a. C.
Na Grécia Antiga não havia apenas um rei, politicamente os gregos estavam
divididos entre diversas cidades (pólis), cada qual governada por seu próprio
soberano.
Sobre a pólis FUNARI (2002, p. 25) diz:
“é um pequeno estado soberano que compreende uma cidade e o campo
ao redor e, eventualmente, alguns povoados urbanos secundários. A
cidade se define, de fato, pelo povo – demos – que a compõe: uma
coletividade de indivíduos submetidos aos mesmos costumes
fundamentais e unidos por um culto comum às mesmas divindades
protetoras.”
OBSERVE NO SLIDE A SEGUIR A COMPOSIÇÃO SOCIAL E POLÍTICA DA
PÓLIS ANTIGA
8.
9. Esparta e Atenas – as principais poleis gregas
ESPARTA – localizada na Lacônia (sudeste da península do Peloponeso).
Nestas terras havia minerais e elas eram boas para o plantio de cereais, oliveiras e vinhas,
além de servirem como pastagens. O comércio não prosperou devido as dificuldades de
navegação e o contato com outros povos, em virtude dos despenhadeiros e pântanos.
Os espartanos adultos possuíam lotes de terra, que eram cultivados pelos hilotas
(prisioneiros).
Organização política de Esparta
Gerúsia (conselho e tribunal supremos, senado) – composta por dois reis oriundos de famílias
rivais e 28 anciãos com mais de 60 anos, escolhidos por homens adultos. A assembleia de
adultos também elegia os 5 éforos que permaneciam no cargo por um ano.
Educação em Esparta
Por se tratar de uma sociedade guerreira, todos os homens eram obrigados a prestar serviço
militar e a lutarem nas guerras. O treinamento começava desde cedo, aliás logo após o
nascimento da criança ela era examinada pelos anciãos. Se eles encontrassem alguma
deformidade no bebê, este era lançado do alto de um monte, pois acreditava-se que aquela
criança não poderia receber o treinamento e servir nas falanges espartanas.
Os garotos cresciam e aprendiam a respeitar e a obedecer os mais velhos, eram chicoteados
para suportarem a dor, tomavam banho de água fria, andavam nus e descalços, aprendiam a
ser cruéis, liam e escreviam pouco, dedicavam-se integralmente ao treino militar, do qual só
eram liberados aos 60 anos de idade.
O exército espartano tornou-se muito poderoso e temido.
10. A vida espartana
A vida rústica dos espartanos voltada para a guerra foi tema de histórias em quadrinhos e
filmes, como os exemplos mostrados abaixo:
“300” filme lançado em
2007, narra a épica
batalha travada entre os
espartanos e os persas
que invadiram a Grécia,
no século V a. C. O modo de vida espartano também foi
apresentado nos quadrinhos. Acima, a falange
espartana, a força dos combatentes gregos
estava na coletividade e na união dos
soldados.
Escudo, lança e espada de cobre ou ferro eram
os equipamentos dos guerreiros.
11. Guerra! Na maioria das vezes, os gregos lutavam no verão, quando o tempo estava
melhor.
A falange de combatentes da Grécia Antiga e o soldado de infantaria com seu
equipamento.
12. ATENAS – situada na Ática (sudeste da península grega central). Seu solo pouco fértil não
produzia trigo e cevada suficientes para alimentar a população. Nas colinas plantavam-se
uvas e oliveiras, o que proporcionou uma indústria de azeite e de vinho. Extraíam prata de
suas terras e destacaram-se na navegação e no comércio marítimo.
IX a VI a. C. – Atenas viveu sob o regime aristocrático (governo dos melhores), a terra foi
concentrada nas mãos dos nobres e muitos camponeses e trabalhadores livres endividados
tornaram-se escravos para pagar suas dívidas.
Com os contatos comerciais estabelecidos entre Atenas e os outros povos do
Mediterrâneo, muitos trabalhadores e comerciantes acumularam riquezas e começaram a
pressionar os nobres para concederem abertura política à população. Para acalmar os
ânimos destes grupos sociais tivemos:
O lendário Código de Drácon escrito por volta de 620 a. C. – isso tornou a lei conhecida por
todos e não mais um privilégio da nobreza.
As reformas de Sólon – 594 a. C. – acabou com a escravidão por dívidas, cancelou dívidas
dos pobres, permitiu que todos os cidadãos participassem da Eclésia, fortalecendo a
influência do povo na política, que viria a originar futuramente a democracia.
560 a 527 a. C. Tirania de Pisístrato, governante favorável a cultura. Encomendou a
transcrição dos poemas Ilíada e Odisséia de Homero, até então transmitidos oralmente.
Construiu grandes palácios, favoreceu os pequenos proprietários rurais e promoveu a
economia e a cultura ateniense.
Atenas liderou a vitória dos gregos sobre os persas em 485 a. C. e consolidou-se com a
mais importante cidade-estado grega.
Graças ao comércio marítimo Atenas não parava de crescer, atraindo cada vez mais
estrangeiros, artistas, filósofos e etc. Por isso, tornou-se o centro artístico e intelectual de
toda a Grécia.
13. Democracia e cidadania ateniense
Democracia em grego quer dizer “governo do povo”, em Atenas este sistema político
era exercido de forma direta, isto é, todos os cidadãos poderiam se reunir na Eclésia
(assembleia popular que se reunia em praça pública - Ágora) e discursar acerca dos
problemas da cidade e decisões políticas.
Entretanto, os cidadãos que podiam participar da Eclésia eram somente os homens
adultos com mais de 18 anos – filhos de pais e mães atenienses. Eles possuíam
três direitos básicos: liberdade individual, igualdade perante a lei e falar na
assembleia.
As decisões da assembleia seguiam para a Bulé (conselho superior formando por
nobres e líderes do povo que eram sorteados) onde eram emendadas para retornar
à assembleia e ser aprovada pelos cidadãos. A aprovação se dava com a votação
que era feita com o levantamento do braço.
Estrangeiros não podiam participar da Eclésia, pagavam taxa especial, prestavam
serviço militar obrigatório e não podiam casar com mulheres atenienses.
Os nomes dos indivíduos
Graças a exploração das matérias-primas e tributos das cidades submetidas ao condenados ao
domínio ateniense e ao trabalho escravo, Atenas conseguiu manter sua democracia ostracismo eram gravados
e garantir a participação de seu povo, inclusive dos mais pobres, na vida política da em cacos de cerâmica,
cidade. que foram encontrados
pelos arqueólogos em
Ostracismo “...era uma forma de punição política empregada inicialmente pelos suas escavações. O termo
atenienses. Significava a expulsão política e o exílio por um tempo de 10 anos. Seus é utilizado ainda hoje, para
bens ficavam guardados na cidade e o exilado se tornava como se de fora fosse. Foi designar artistas que
decretado em Atenas no ano de 510 A.C. por Clístenes e foi posto em prática no ficaram longo tempo sem
ano 487 A.C. como luta contra a tirania. produzir algum tipo de
O político que houvesse proposto projetos e votações para beneficio próprio para arte, seja uma música,
retornar para a tirania era candidato certo ao ostracismo.” (disponível em: poema etc.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ostracismo acesso em 20 ago 2011).
15. Educação em Atenas
Em Atenas, no seu apogeu, o ensino era obrigatório e tinha a
finalidade de formar cidadãos para defenderem a cidade e cuidar
dos assuntos públicos.
Com os pedagogos, os meninos aprendiam lições de boas
maneiras. Aprendiam a ler, escrever e contar. Cantavam e
praticavam esportes.
Quando o jovem ateniense completava 18 anos deveria prestar o
serviço militar por isso, seu aprendizado era principalmente
voltado para os exercícios físicos.
As meninas não frequentavam os ginásios atenienses junto com
os meninos, elas ficavam em casa, sob os cuidados de sua mãe,
Pintura de vaso grego – cena
com a qual aprendiam a tecer, cuidar da casa e outros afazeres
retrata jovens com seus mestres,
domésticos. aprendendo música e a escrever.
16. A religião na Grécia Antiga
Os gregos eram politeístas, isto é, cultuavam vários deuses.
FUNARI (2002, p. 57) esclarece que:
“Para os gregos, os deuses interferiam, de forma direta, na vida dos
homens, humildes mortais, comandando a natureza, participando na
vida de cada ser humano, zangando-se, premiando, retribuindo,
manifestando-se sempre, por meio de trovões, sonhos, sortes e azares.”
Os deuses da Grécia antiga tinham as mesmas características dos humanos,
possuíam suas qualidades e defeitos, entretanto eram imortais e mais
poderosos. Cada deus possuía um mito, um relato da história daquele deus,
que era contado de geração a geração, servindo como objeto de culto entre
as pessoas.
No slide a seguir observe a hierarquia dos principais deuses da Grécia Hércules, o mito do
antiga! semideus grego,
ganhou versões
Os deuses, como Zeus, tiveram muitos descendentes que cuidavam de animadas, games e até
diversos aspectos da vida, tais como o comércio, o vinho, a beleza etc. filmes.
Portanto, cada membro da família divina exercia uma função e possuía, além
da imortalidade, poderes especiais.
Para honrar a Zeus os gregos disputavam os jogos olímpicos, a cada quatro
anos, na cidade de Olímpia. Os atletas competiam em diferentes
modalidades, mas somente homens gregos poderiam participar, as mulheres
nem poderiam assistir aos jogos, exceto a sacerdotisa de Deméter, irmã de
Zeus.
Os gregos também acreditavam nos heróis, alguns considerados semideuses,
como Hércules, o qual era filho de Zeus com uma mulher humana.
17.
18. Ciência e arte no pensamento grego antigo
Apesar dos mitos e das crenças nas divindades, muitos gregos criativos se questionavam
acerca da origem do universo e tentavam explicar os fenômenos naturais e sociais a partir de
regras e explicações lógicas.
Os contatos estabelecidos pelos gregos com o Egito e a Mesopotâmia lhes ajudaram a
formular teorias e leis que explicavam o funcionamento do universo. Assim nasce a geometria,
a filosofia, a geografia dentre outras áreas do Saber. A partir da observação dos fenômenos
naturais e sociais os gregos passaram a explicá-los através da razão, capacidade humana de
analisar, refletir, criticar, concluir etc, e não mais somente como algo que acontecia pela
vontade dos deuses.
FILOSOFIA – Alegoria da caverna – Sócrates (condenado em 399 a. C.) – a busca pela
verdade e a essência da vida. “Uma vida sem indagação não vale a pena ser vivida”.
19. Arte grega arcaica (esquerda) e a clássica (a direita).
Diferente da arte oriental e egípcia, que representava seus reis e divindades imóveis, a arte
grega irá valorizar o elemento humano, suas formas e músculos, o movimento. A arte grega
servirá de referência para o movimento artístico e intelectual denominado Renascimento, no
século XIV d. C.
As artes plásticas na Grécia Antiga tinham, basicamente, duas funções: decorar a
arquitetura e pedir ou agradecer aos deuses.
20. A guerra do Peloponeso e o império de Alexandre, o grande.
Atenas e Esparta travaram uma longa guerra pelo controle das cidades-estados
da Grécia, que durou de 431 até 404 a. C., quando Atenas foi derrotada.
A guerra resultou no enfraquecimento das cidades-estados gregas, houve a
decadência da agricultura e do artesanato. Felipe, rei da Macedônia, começou a
conquistar as cidades gregas, seu trabalho foi seguido por seu filho Alexandre, o
qual formou um grande império que se estendia até a Índia.
Com a morte de Alexandre o Império se desintegrou, mas a cultura helena foi
levada a lugares distantes e estava presente em cada cidade fundada por ele nos
locais que conquistou, as chamadas Alexandrias. No império de Alexandre
diferentes culturas conviviam umas com as outras – gregos, egípcios,
mesopotâmicos etc.
A partir do século II a. C. as cidades gregas passaram a ser gradativamente
incorporadas por outro império – o romano. Oriundos da península itálica, os
pastores e agricultores que fundaram uma cidade às margens do rio Tibre
construíram um dos mais duradouros e grandiosos impérios da História.
Busto do Imperador
Alexandre, o Grande.
21. Conquistas de Alexandre
O rei da Macedônia, localizada a nordeste da Grécia, Filipe II, derrotou os gregos em 338 a. c. e
subjugou as cidades-estados sob seu domínio.
Com o assassinato do rei, Alexandre, seu filho, foi alçado ao trono. O jovem de 20 anos era
culto e tinha experiência política e militar, ele fora educado pelo grande filósofo grego Aristóteles,
por ordem de seu pai.
A partir de 334 a. C., Alexandre liderou um poderoso exército formado por macedônios e gregos
e iniciou uma expansão que resultou na conquista de regiões na Ásia Menor, Egito que estava sob
o domínio dos persas, depois a própria Pérsia (atual Irã) foi conquistada por Alexandre, que
derrotou o imperador persa Dario III.
Após a conquista da Mesopotâmia, Alexandre tentou expandir ainda mais seus domínios no
Oriente, atingindo a Índia.
Em 323 a. C. o imperador morreu, com 33 anos de idade, vítima de uma febre. Os seus
generais começaram a disputar o poder entre si e o Império acabou dividido entre os líderes
militares.
“O legado de Alexandre, o Grande
Alexandre contribuiu para a difusão da cultura grega no Oriente. Suas conquistas aproximaram
Ocidente e Oriente, dando origem a uma nova cultura, a helenística, resultado da mistura das
culturas ocidental e oriental. Em grande parte, essa mistura foi estimulada pelo próprio Alexandre,
que além de ser tolerante em relação à religião e cultura dos povos conquistados, incentivava que
os homens do exército se casassem com mulheres orientais. Ele próprio deu o exemplo, casando-
se com três princesas persas. Ele teve dois filhos: um com uma de suas esposas e o outro com
uma de suas concubinas.” (Disponível on-line em: http://educacao.uol.com.br/historia/alexandre-o-
grande-como-o-rei-da-macedonia-construiu-seu-imperio.jhtm acesso em 05 jun 2011).
23. Mosaico encontrado na cidade italiana de Pompéia, retrata a
batalha de Alexandre contra Dario III, em 331 a. C.
24. Os jogos Pan-Helênicos – Principal: Jogos Olímpicos, realizado
em Olímpia
Muitas cidades gregas organizavam os jogos, de quatro em quatro anos, para honrar
os deuses.
Os atletas competiam individualmente, caso vencessem sua cidade ganhava glória.
Mesmo as cidades que encontravam-se em estado de guerra cessavam o conflito
para participarem dos jogos.
A cidade que organizava os jogos ficava movimentada: Barracas eram armadas e as
pessoas dormiam ao ar livre, comerciantes vendiam cavalos, odres de vinho, comida,
amuletos etc. Poetas e artistas apresentavam e vendiam seus trabalhos. Além de festa
religiosa os jogos eram feiras.
O povo acompanhava nos estádios as disputas dos atletas nas seguintes
modalidades:
Corrida, saltos, lançamento de disco e dardo, corridas de cavalos e carros e boxe.
Era comum os atletas competirem nus, pois os gregos acreditavam que essa era a
forma ideal para se exercitarem. Eles também se orgulhavam da boa forma física e
repudiavam corpos flácidos. Esse apreço pela aparência se refletiu na escultura grega,
nas quais os homens são representados fortes e com músculos definidos. Na
mitologia grega diversos heróis também se destacarão por sua valentia e força física.
Premiação para os atletas vitoriosos nos jogos:
Recebiam coroas com folhas de oliveira ou louro;
100 ânforas de azeite de oliva;
Peles e escudos;
A cidade homenageava o atleta com uma estátua e desfile;
A cidade fornecia alimento gratuito para o atleta vencedor e não lhe cobrava
impostos e, claro, poderia premiá-lo com dinheiro.
25. A importância da Grécia Antiga para a nossa vida!
Por que estudamos a História dos Gregos, mesmo tendo se passado há mais de 2.000
anos atrás?
Herdamos da Grécia Antiga muitos de seus valores, portanto, a cultura grega está
presente em nosso dia a dia, ainda hoje. Compreendê-la é fundamental para a
compreensão de nossa realidade social, ao passo que valorizamos os feitos de nossos
antepassados e o legado que eles deixaram para nós!
Viu só? Estudar História é viver! Veja como os ideais e valores gregos estão bem vivos
ainda hoje, bem próximo de cada um de nós.
Observe os slides a seguir:
26. A arte e o ideal de beleza dos gregos ainda estão presentes na sociedade
Entretanto devemos ter o cuidado para não nos apegarmos ao ideal de beleza
dos gregos e pensar que ele é o único modelo que assegura beleza, saúde e
sucesso para as pessoas.
Ninguém precisa ser belo, aos moldes dos gregos, para ser feliz e amado.
Assim sendo, respeitar as diferenças artísticas, físicas e culturais são o caminho
certo para vivermos bem com a diversidade presente em nossa sociedade.
27. A arte e o ideal de beleza dos gregos ainda estão presentes na sociedade
Na arte temos diversos exemplos dos ideais gregos, tais como a valorização da
beleza e da boa forma física dos seres humanos pintados e esculpidos pelos
artistas. Ainda hoje, costumamos achar belo aquela obra de arte que se aproxime
da realidade, os artistas e pensadores do Renascimento Cultural do século XV
também achavam isto, pois eles se inspiravam nos modelos criados pela cultura
grega e depois romana, que conhecemos como “clássica”.
Independê
ncia ou
morte
(1888).
Pedro
Américo.
Mona Lisa (1503-1506), Davi (1507), Michelangelo.
Leonardo da Vinci.
Pescando (1894), Almeida
Júnior.
28. A arte e o ideal de beleza dos gregos ainda estão presentes na sociedade
Por que tantas pessoas frequentam uma academia e lá passam várias horas de
seu dia se exercitando? Ora, os gregos, há mais de 2.000 anos atrás, já tinham as
preocupações estéticas que temos hoje, ou seja, preocupavam-se com a saúde,
com a força, com a beleza física. Foi na Grécia Antiga que nasceu a ginástica,
para modelar e fortalecer os corpos dos soldados gregos. Caso uma pessoa não
tivesse estes atributos ela não estaria de acordo com os padrões estéticos
estabelecidos pela cultura vigente. Ainda hoje pensamos assim... “só é bonito
quem é forte, quem tem “barriga de tanquinho.” Novamente adotamos o padrão
dos gregos, só que as vezes não percebemos que ele foi criado há milhares de
anos atrás.
29. Os valores dos gregos também estão presentes na política
Sem dúvida, uma das maiores contribuições dos gregos antigos para o Mundo Ocidental
foi a criação de um sistema político e governamental que permite o povo de uma cidade ou
nação participar das decisões que envolvem a vida coletiva. Estamos falando da
DEMOCRACIA. Graças a ela, vivemos em uma sociedade que garante alguns direitos
fundamentais para os seus cidadãos, tais como, os direitos à vida, liberdade, igualdade, à
propriedade, votar e ser votado, etc.
Assembleia da Grécia A era de Péricles (1853),
Antiga. Phillipp von Foltz.
Democracia no Brasil
atual. Os cidadãos
elegem seus
representantes para o
poder Executivo e
Legislativo.
30. Literatura e muita cultura!
Os gregos também nos deixaram uma vasta riqueza cultural, a obra Ilíada e
Odisséia, por exemplo, escritas pelo mítico poeta Homero no século IX a. C.,
atravessaram gerações e nos contam lindas histórias sobre a vida dos gregos,
aventuras e guerras, como a lendária batalha de Tróia.
As obras dos gregos foram recontadas diversas vezes, em revistas em
quadrinhos, readaptadas em livros e foram parar nos cinemas.
O teatro também foi uma importante manifestação artística e cultural dos
gregos antigos. As peças teatrais exaltavam os deuses e muitas delas abordavam
temas políticos.
Observe os exemplos abaixo:
Teatro de Dionísio, em
Filme baseado na Obra Atenas.
Ilíada, de Homero,
produzido em 2004.
31. Bibliografia básica
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002.
Grécia clássica. Biblioteca de história universal life. Rio de Janeiro: José
Olympio Editora. [S.D.]