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A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS E INGLATERRA
• Enquanto na maior parte dos reinos europeus se consolidava o
regime absolutista, noutros ele era veemente (vigorosamente)
rejeitado.
• Entre estes últimos encontramos as Províncias Unidas – próspera
república mercantil – e a Inglaterra – onde o poder régio era há
muito limitado pelos direitos dos cidadãos.
• A afirmação da burguesia, a recusa do absolutismo, a tolerância,
e a defesa do parlamentarismo, foram traços comuns a ambos os
países.
A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS
A afirmação política da Burguesia nas Províncias Unidas no século XVII
• As Províncias Unidas nasceram da
revolta dos Países Baixos do Norte,
contra o domínio espanhol, no
reinado de Filipe II.
• Em 1579, em Utrecht, sete
províncias – Zelândia, Holanda,
Utrecht, Frísia, Groningen, Gueldre
e Overijssel – assinaram um
tratado que as unificava, a União
de Utrecht.
• Nasceu a República das Províncias
Unidas.
A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS
A afirmação política da Burguesia nas Províncias Unidas no século XVII
• Neste novo estado – só em 1648
reconhecido pela Espanha – valores como
a tolerância religiosa, a liberdade e a
valorização da pessoa humana, além de
funcionarem como chamariz para muitos
refugiados europeus, contrastavam com a
rigidez e o autoritarismo dos estados
absolutos.
A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS
A afirmação política da Burguesia nas Províncias Unidas no século XVII
Aparelho Político Administrativo  A República das Províncias Unidas era uma federação de
Estados como uma estrutura político-administrativa
bastante descentralizada, o que multiplicava os cargos
existentes e as oportunidades de participar na governação.
Possuía os seguintes órgãos de poder:
Cidades Províncias (7) República das Províncias Unidas
• Conselho de Regentes
(eleitos pela assembleia
Comunal, por norma
dominada pela oligarquia
de comerciantes)
− Governam a cidade;
− Nomeiam os
deputados aos Estados
Provinciais.
• Estados Provinciais
− Designam os magistrados
superiores da província:
Stahouder
(funções militares; defende o
Estado)
Pensionário
(funções executivas; recebe
uma pensão enquanto
magistrado)
− Votam os impostos
− Elegem os deputados aos
Estados Gerais da República.
• Estados Gerais da República
− Stahouder Geral, nobre com
funções militares (em geral da
Família Orange, chefe de Estado)
− Grande Pensionário, burguês
com funções administrativas e
burocráticas (1º ministro)
− Tratam de assuntos comuns às
províncias, da paz e da guerra e a
diplomacia e relações externas.
A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS
A burguesia nas estruturas do poder
• Os cargos políticos eram disputados tanto por nobres como por burgueses.
• Aos nobres cabiam as funções militares; a suprema chefia do exército
(Stathouder-geral) recaía geralmente nos príncipes de Orange, descendentes de
Guilherme, líder da revolta contra a Espanha.
• Os burgueses dominavam os conselhos das cidades e das províncias.
Constituíam, desta forma, uma oligarquia – grupo restrito de famílias
burguesas que partilhavam entre si os vários poderes (legislativo, executivo e
judicial) e que governou as cidades e as províncias. Era esta elite que conduzia
os destinos de toda a república.
A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS
Comparação com a Europa absolutista
• Nesta pequena “república de mercadores” (assim chamada depreciativamente
por Luís XIV), os interesses do Estado unem-se com os do comércio, união que
fez das Províncias Unidas (estado burguês, constitucional e liberal) a grande
potência marítima e colonial do século XVIII, não receando confronto com
qualquer outro estado europeu.
Europa Absolutista Províncias Unidas
− Poder centralizado no rei;
− Predominância da nobreza.
− Descentralização governativa;
− Domínio da burguesia
A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS
 A Jurisprudência ao serviço dos interesses económicos: Grotius e a
legitimação da liberdade dos mares.
• No fim do século XVI, os holandeses irromperam pelos oceanos, numa
expansão marítima que depressa os levou a familiarizarem-se com as grandes
rotas comerciais do Atlântico e Índico, passando a explorá-las em proveito
próprio.
• O mar fez a riqueza da Províncias Unidas que alcançou a superioridade na
construção naval, e a sua frota tornou-se a maior do Ocidente.
• As Províncias Unidas foram à conquista de um império comercial, e procuraram
instalar-se em África, nas Antilhas e no Oriente.
A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS
Grotius e a legitimação do domínio dos mares
Tratado de Tordesilhas, o que foi?
A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS
Através do Tratado de Tordesilhas (1494), Portugal e Espanha,
tinham dividido o Mundo em duas partes, fechando o mar a
outros que pretendessem nele navegar, mare clausum.
Nos finais do século XVI, vários países (Ingleses, Franceses e, sobretudo, os
holandeses), procuravam ter acesso a esses mares e contestavam esta
divisão dos mares entre os reinos ibéricos.
As pretensões ibéricas baseavam-se na primazia da descoberta; Estes direitos há
muito que vinham a ser contestados por vários países e pela atividade de corsários
(Ingleses, Franceses e Holandeses).
A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME
A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS
 A Jurisprudência ao serviço dos interesses económicos: Grotius e a
legitimação da liberdade dos mares.
• Foi neste contexto de dinamismo comercial e de procura de afirmação no
domínio dos mares que surgiram as teses de Hugo Grotius, que contestavam
juridicamente o exclusivo do comércio e dos territórios ultramarinos pelos
povos ibéricos:
− Grotius defendia a liberdade dos mares e o direito dos holandeses poderem
navegar e comerciar livremente;
− Grotius afirmava que não se podia garantir a exclusividade de mar pois era
território internacional e apresentou a fundamentação jurídica que pôs fim ao
princípio do Mare Clausum;
− Defendia o livre acesso à navegação dos oceanos por parte de todas as
nações – a teoria do Mare Liberum (Mar Livre).

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  • 1. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS E INGLATERRA • Enquanto na maior parte dos reinos europeus se consolidava o regime absolutista, noutros ele era veemente (vigorosamente) rejeitado. • Entre estes últimos encontramos as Províncias Unidas – próspera república mercantil – e a Inglaterra – onde o poder régio era há muito limitado pelos direitos dos cidadãos. • A afirmação da burguesia, a recusa do absolutismo, a tolerância, e a defesa do parlamentarismo, foram traços comuns a ambos os países.
  • 2. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS A afirmação política da Burguesia nas Províncias Unidas no século XVII • As Províncias Unidas nasceram da revolta dos Países Baixos do Norte, contra o domínio espanhol, no reinado de Filipe II. • Em 1579, em Utrecht, sete províncias – Zelândia, Holanda, Utrecht, Frísia, Groningen, Gueldre e Overijssel – assinaram um tratado que as unificava, a União de Utrecht. • Nasceu a República das Províncias Unidas.
  • 3. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS A afirmação política da Burguesia nas Províncias Unidas no século XVII • Neste novo estado – só em 1648 reconhecido pela Espanha – valores como a tolerância religiosa, a liberdade e a valorização da pessoa humana, além de funcionarem como chamariz para muitos refugiados europeus, contrastavam com a rigidez e o autoritarismo dos estados absolutos.
  • 4. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS A afirmação política da Burguesia nas Províncias Unidas no século XVII Aparelho Político Administrativo  A República das Províncias Unidas era uma federação de Estados como uma estrutura político-administrativa bastante descentralizada, o que multiplicava os cargos existentes e as oportunidades de participar na governação. Possuía os seguintes órgãos de poder: Cidades Províncias (7) República das Províncias Unidas • Conselho de Regentes (eleitos pela assembleia Comunal, por norma dominada pela oligarquia de comerciantes) − Governam a cidade; − Nomeiam os deputados aos Estados Provinciais. • Estados Provinciais − Designam os magistrados superiores da província: Stahouder (funções militares; defende o Estado) Pensionário (funções executivas; recebe uma pensão enquanto magistrado) − Votam os impostos − Elegem os deputados aos Estados Gerais da República. • Estados Gerais da República − Stahouder Geral, nobre com funções militares (em geral da Família Orange, chefe de Estado) − Grande Pensionário, burguês com funções administrativas e burocráticas (1º ministro) − Tratam de assuntos comuns às províncias, da paz e da guerra e a diplomacia e relações externas.
  • 5. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS A burguesia nas estruturas do poder • Os cargos políticos eram disputados tanto por nobres como por burgueses. • Aos nobres cabiam as funções militares; a suprema chefia do exército (Stathouder-geral) recaía geralmente nos príncipes de Orange, descendentes de Guilherme, líder da revolta contra a Espanha. • Os burgueses dominavam os conselhos das cidades e das províncias. Constituíam, desta forma, uma oligarquia – grupo restrito de famílias burguesas que partilhavam entre si os vários poderes (legislativo, executivo e judicial) e que governou as cidades e as províncias. Era esta elite que conduzia os destinos de toda a república.
  • 6. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS Comparação com a Europa absolutista • Nesta pequena “república de mercadores” (assim chamada depreciativamente por Luís XIV), os interesses do Estado unem-se com os do comércio, união que fez das Províncias Unidas (estado burguês, constitucional e liberal) a grande potência marítima e colonial do século XVIII, não receando confronto com qualquer outro estado europeu. Europa Absolutista Províncias Unidas − Poder centralizado no rei; − Predominância da nobreza. − Descentralização governativa; − Domínio da burguesia
  • 7. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS  A Jurisprudência ao serviço dos interesses económicos: Grotius e a legitimação da liberdade dos mares. • No fim do século XVI, os holandeses irromperam pelos oceanos, numa expansão marítima que depressa os levou a familiarizarem-se com as grandes rotas comerciais do Atlântico e Índico, passando a explorá-las em proveito próprio. • O mar fez a riqueza da Províncias Unidas que alcançou a superioridade na construção naval, e a sua frota tornou-se a maior do Ocidente. • As Províncias Unidas foram à conquista de um império comercial, e procuraram instalar-se em África, nas Antilhas e no Oriente.
  • 8. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS Grotius e a legitimação do domínio dos mares Tratado de Tordesilhas, o que foi?
  • 9. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: AS PROVÍNCIAS UNIDAS Através do Tratado de Tordesilhas (1494), Portugal e Espanha, tinham dividido o Mundo em duas partes, fechando o mar a outros que pretendessem nele navegar, mare clausum. Nos finais do século XVI, vários países (Ingleses, Franceses e, sobretudo, os holandeses), procuravam ter acesso a esses mares e contestavam esta divisão dos mares entre os reinos ibéricos. As pretensões ibéricas baseavam-se na primazia da descoberta; Estes direitos há muito que vinham a ser contestados por vários países e pela atividade de corsários (Ingleses, Franceses e Holandeses).
  • 10. A SOCIEDADE DO ANTIGO REGIME A EUROPA DOS PARLAMENTOS: PROVÍNCIAS UNIDAS  A Jurisprudência ao serviço dos interesses económicos: Grotius e a legitimação da liberdade dos mares. • Foi neste contexto de dinamismo comercial e de procura de afirmação no domínio dos mares que surgiram as teses de Hugo Grotius, que contestavam juridicamente o exclusivo do comércio e dos territórios ultramarinos pelos povos ibéricos: − Grotius defendia a liberdade dos mares e o direito dos holandeses poderem navegar e comerciar livremente; − Grotius afirmava que não se podia garantir a exclusividade de mar pois era território internacional e apresentou a fundamentação jurídica que pôs fim ao princípio do Mare Clausum; − Defendia o livre acesso à navegação dos oceanos por parte de todas as nações – a teoria do Mare Liberum (Mar Livre).