SlideShare uma empresa Scribd logo
1
INTRODUÇÃO
Ao conquistar o poder e declarar a independência do país em 1975, o MPLA optou
ao mesmo tempo por uma tentativa de combinar a construção nacional com a construção de uma
sociedade socialista, tal como definida pelo Marxismo-leninismo. Nesta perspectiva optou uma
política educacional inteiramente subordinada a estes objectivos.
A educação na segunda República em Angola, começa em 1986 quando o governo
de Angola estabelece um novo sistema de educação que constituía em vários sistemas e
subsistemas de ensino, no intuito de melhorar o sistema educacional do país.
2
Apesar de, na lei, a educação em Angola ser compulsória e gratuita a todo o ensino
primário, o governo reporta uma certa percentagem de estudantes não está matriculada em
escolas por causa da falta de estabelecimentos escolares e professores. Estudantes são
normalmente responsáveis por pagar despesas adicionais relacionadas a escola, incluindo taxas
para livros e alimentação. Ainda continua ser significante a disparidade na matrícula de jovens
entre as áreas rurais e urbanas. Em 1995 71,2% das crianças com idades entre os 7 e 14 anos
estavam matriculadas na escola. É reportado que uma percentagem maior de meninos está
matriculada em relação as meninas.
Durante a guerra civil angolana (de 1992-2002), aproximadamente metade de todas
as escolas foi saqueada e destruída, levando o país aos actuais problemas com falta de escolas.
O Ministro da educação contratou 20.000 novos professores em 2005, e continua a implementar
treinamentos de professores. Professores tendem a receber um salário baixo, inadequadamente
treinados, e sobre carregados no trabalho (as vezes ensinando por dois ou três turnos por dia).
Professores tambémreportaramsuborno dirctamente aos seus estudantes.Outros factores,como
a presença de minas terrestres, falta de recursos e papéis de identidade, e a pobre saúde também
afectaram as crianças de atender regularmente a escola.
Apesar dos recursos alocados para a educação terem crescido em 2004, o sistema
educacional de Angola continua a receber recursos muito baixo do necessário. A taxa de
alfabetização é muito baixa,com67,4% dapopulação acimados 15anos que sabemlere escrever
português. 82,9% dos homens e 54,2% das mulheres são alfabetizadas, em 2001. Desde a
independência de 1975, uma quantidade considerável de estudantes angolanos continuam a ir
todos os anos para escolas, instituições politécnicas e universidades em Portugal e no Brasil no
abrigo dos acordos bilaterais entre os governos.
Paralelamente procedeu-se uma restruturação e expansão dos sistema do ensino
geral, concebido para, ao menos tendencialmente, abranger a totalidade da população. Na sua
versão regular, destinada à população em dade escolar, este sistema passou a compreender oito
anos: quatro de ensino primário, dois de ensino pós-primário e dois de ensino complementar. Na
sua versão para adolescentes e adultos que não frequentaram a escola enquanto crianças, um
programa comprimido era ministrado em seis anos. Este sistema chegou a ser implantado na
quase totalidade do território, sendo para o efeito essencial a cooperação cubana que, de certo
modo, substituía os luso-angolanos que, durante o período colonial, tinham sido o suporte
indispensável de todo o ensino, mas que haviam deixado o país na altura da independência.
Na continuação deste ensino básico, foi estabelecido um ensino médio de quatro
anos (9ª a 12ª classes). Boa parte das respectivas escolas tinha como objectivo uma formação
técnico-profissional nos mais diversos ramos, inclusive no da formação de professores. A
conclusão da 12a classe dava acesso ao ensino superior. Criaram-se também a nível médio
escolas de ensino pré-universitário (PUNIV s), especialmente desenhadas para, emmenos tempo,
levar ao acesso a estudos superiores em letras e ciências naturais.
Para o estudo superior existia apenas a Universidade de Angola. Esta era a
sucessora da Universidade de Luanda e passou em 1979 a chamar-se Universidade Agostinho
Neto.
3
Embora ela compreendesse várias faculdades, situadas em Luanda e no Huambo,
esta universidade não tinha condições para corresponder à procura gerada pela expansão do
ensino, antes e depois da independência - tanto menos como o seu corpo docente ficou
drasticamente reduzido comasaídados professores luso-angolanos,sóparcialmente substituídos
por "cooperantes" cubanos, alemães (da RDA) e russos. Por esta razão, o MPLA estabeleceu um
sistema de bolsas que permitiu, no decorrer dos anos, a vários milhares de alunos de realizar
estudos universitários emdiferentes "países socialistas"principalmente emCuba,mas também na
União Soviética, na República Democrática Alemã e na Polónia.
Entretanto o sistema universitário passou, essencialmente desde 2000, por uma
expansão muito notável. A Universidade Agostinho Neto e passou a dispor de cerca de 40
faculdades, espalhadas pelas principais cidades do pais e a funcionar em condições
frequentemente precárias
Nos anos 2000 houve duas alterações incisivas neste panorama. Por um lado, a
Universidade Agostinho Neto foi desmembrada em 2009: as suas faculdades nas diferentes
províncias passarama constituir universidades autónomas,ficando aUniversidade Agostinho Neto
limitada a Luanda. Em 2011, a UAN teve 22.000 alunos,a Universidade KatyavalaBwila (Benguela
6.000, as universidades JoséEduardodos Santos (Huambo)e Mandume ya Ntamufeyo (Lubango)
5000 cada, a Universidade 11 de Novembro (Cabinda) 4500, e as Universidades Lunda Norte
(Malanje e Kimpa Vita (Uíge) 2000 cada. Ficaram na dependência directa do MESCTos Institutos
Superiores de Ciências da Educação (ISCEDs) do Lubango (7000 alunos), do Uíge (5000 alunos),
do Huambo (2500 alunos) e de Luanda (2000 alunos) bem como as Escolas Superiores
Pedagógicas do Bengo (Viana, 1000 alunos), do Bié (Kuito, 1000 alunos) e da Lunda Norte
(Dundo, 2000 alunos). Do lado do ensino superior público existem ainda os Institutos Superiores
Politécnicos do Kwanza Norte e do Kwanza Sul, o Instituto Superior de Serviço Social de Luanda,
e a Escola Superior Agrária do Kwanza Sul. Para assegurar o enquadramento do conjunto destas
instituições foi fundado o Ministério do Ensino Superior, da Ciência e da Tecnologia.
Por outro lado, o número de universidades privadas aumentou muito
significativamente. Em 1998 foi fundada a primeira, a Universidade Católica de Angola (6000
alunos em 2011); em 2002 seguiram-lhe a Universidade Lusíada de Angola (6000 alunos) e a
Universidade JeanPiaget(8500 alunos); 2005 fundou-se a Universidade Independente de Angola.
Todas estas universidades têm a 'sua sede em Luanda. No ano de 2007 apareceu um total de oito
novas universidades: a Universidade Privada de Angola (Luanda e Lubango, 3000 alunos), a
Universidade Metodista de Angola (Luanda, 2000 alunos), a Universidade Gregório Semedo
(Luanda, 6000 alunos), a Universidade Técnicade Angola(Luanda, 7000 alunos), a Universidades
de Belas (Luanda, 4500 alunos), a Universidades Óscar Ribas (Luanda, 5000 alunos), o Instituto
Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (Luanda, 3500 alunos) e o Instituto
Superior Técnico de Angola (Luanda, 3500 alunos). Em 2011 este panorama foi completado pela
criação ou oficialização de toda uma série de institutos superiores politécnicos:o ISP de Benguela
(1000 alunos), o ISP Metropolitano (Luanda, 3000 alunos), o ISP de Tecnologias, o ISP de
Humanidades e Tecnologias Ekuikui 11 (Huambo, 1000 alunos), o ISP do Cazenga (Luanda, 1000
alunos), o ISP da Tundavala (Lubango, 1500 alunos), o ISP Pange1a, o ISP Kangonjo (1500
alunos) o ISP Independente (500 alunos) e o ISP Gregório Semedo (Lubango).
Como era de esperar,estesdesenvolvimentosmaciçose incisivos trouxeramconsigo
4
inúmeros problemas que a esta altura (2011) em muitos casos ainda não estão resolvidos. No
sectordas universidades privadas observa-se desde já,emLuanda que a procuraglobalfoisobre-
estimada, e que não está garantida a viabilidade do conjunto das instituições actualmente
existentes. De referir ainda que existem algumas universidades privadas que não foram
oficialmente reconhecidas e cujos diplomas não são por conseguinte válidos.
Embora o conselho de Ministros, junto do Ministério do Ensino Superior, viabilize, a
inserção de mais Universidade Privadas para a maior abrangência da população, já que, nas
Universidades públicas, é um fracasso a sua entrada.
5
CONCLUSÃO
Concluindo que, a educação em qualquer sociedade joga um papel preponderante
(desenvolvimento) preservação de hábitos e costumes, cultura de um determinado povo.
A condição fundamental que impulsiona o surgimento da educação foi actividade
laboral do homem em toda vida humana. É com ela que organizamos de maneira a levar o
individuo adesenvolverapersonalidadetanto do ponto de vista intelectual como tambémno ponto
de vista físico, estético, moral, emocional e técnico.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Escolas Publicas e Particulares
Escolas Publicas e Particulares Escolas Publicas e Particulares
Escolas Publicas e Particulares
AnandinhaVilela
 
O sistema de educação da frança
O sistema de educação da françaO sistema de educação da frança
O sistema de educação da frança
Fernando Alcoforado
 
A 1ª república e o ensino
A 1ª república e o ensinoA 1ª república e o ensino
A 1ª república e o ensinoeb23ja
 
"Brasil: Educação nos últimos 25 anos"
"Brasil: Educação nos últimos 25 anos""Brasil: Educação nos últimos 25 anos"
"Brasil: Educação nos últimos 25 anos"
Fundação Victor Civita
 
Pedro E Bianca Gazzale
Pedro E Bianca GazzalePedro E Bianca Gazzale
Pedro E Bianca GazzalePedroebianca
 
A 1ª República e o ensino global
A 1ª República e o ensino global A 1ª República e o ensino global
A 1ª República e o ensino global becreebsr
 
Escassez de professores no ensino médio
Escassez de professores no ensino médioEscassez de professores no ensino médio
Escassez de professores no ensino médioJemuel Araújo da Silva
 
Espanolenuniversidad
EspanolenuniversidadEspanolenuniversidad
Espanolenuniversidad
Pedro Lima
 
Slides discussões iniciais
Slides   discussões iniciaisSlides   discussões iniciais
Slides discussões iniciais
Jair Jr Silveira
 
A Primeira República
A Primeira RepúblicaA Primeira República
A Primeira Repúblicaeb23ja
 
Trabalho de geo
Trabalho de geoTrabalho de geo
Trabalho de geoMayjö .
 
Atribuição Processo Seletivo - PEB I e PEB II
Atribuição Processo Seletivo - PEB I e PEB IIAtribuição Processo Seletivo - PEB I e PEB II
Atribuição Processo Seletivo - PEB I e PEB II
blog2012
 

Mais procurados (13)

Educacao3
Educacao3Educacao3
Educacao3
 
Escolas Publicas e Particulares
Escolas Publicas e Particulares Escolas Publicas e Particulares
Escolas Publicas e Particulares
 
O sistema de educação da frança
O sistema de educação da françaO sistema de educação da frança
O sistema de educação da frança
 
A 1ª república e o ensino
A 1ª república e o ensinoA 1ª república e o ensino
A 1ª república e o ensino
 
"Brasil: Educação nos últimos 25 anos"
"Brasil: Educação nos últimos 25 anos""Brasil: Educação nos últimos 25 anos"
"Brasil: Educação nos últimos 25 anos"
 
Pedro E Bianca Gazzale
Pedro E Bianca GazzalePedro E Bianca Gazzale
Pedro E Bianca Gazzale
 
A 1ª República e o ensino global
A 1ª República e o ensino global A 1ª República e o ensino global
A 1ª República e o ensino global
 
Escassez de professores no ensino médio
Escassez de professores no ensino médioEscassez de professores no ensino médio
Escassez de professores no ensino médio
 
Espanolenuniversidad
EspanolenuniversidadEspanolenuniversidad
Espanolenuniversidad
 
Slides discussões iniciais
Slides   discussões iniciaisSlides   discussões iniciais
Slides discussões iniciais
 
A Primeira República
A Primeira RepúblicaA Primeira República
A Primeira República
 
Trabalho de geo
Trabalho de geoTrabalho de geo
Trabalho de geo
 
Atribuição Processo Seletivo - PEB I e PEB II
Atribuição Processo Seletivo - PEB I e PEB IIAtribuição Processo Seletivo - PEB I e PEB II
Atribuição Processo Seletivo - PEB I e PEB II
 

Semelhante a A educação na segunda república "Angola"

O ensino da geografia nas instituições de ensino superior em angola
O ensino da geografia nas instituições de ensino superior em angolaO ensino da geografia nas instituições de ensino superior em angola
O ensino da geografia nas instituições de ensino superior em angola
ISCED-Benguela, Universidade Katyavala Bwila
 
educação do brasil
educação do brasileducação do brasil
educação do brasilvitinhoow100
 
“Expansão da Educação Superior a Distância em Moçambique”: Relato de um Progr...
“Expansão da Educação Superior a Distância em Moçambique”: Relato de um Progr...“Expansão da Educação Superior a Distância em Moçambique”: Relato de um Progr...
“Expansão da Educação Superior a Distância em Moçambique”: Relato de um Progr...PatriciaEad
 
Projeto Educativo 2007-2012
Projeto Educativo 2007-2012Projeto Educativo 2007-2012
Projeto Educativo 2007-2012
b_ep
 
C:\documents and settings\chayana\desktop\a história da ea d no mundo
C:\documents and settings\chayana\desktop\a história da ea d no mundoC:\documents and settings\chayana\desktop\a história da ea d no mundo
C:\documents and settings\chayana\desktop\a história da ea d no mundoguestc8aba15
 
A história da ead no mundo
A história da ead no mundoA história da ead no mundo
A história da ead no mundoguestc8aba15
 
EaD
EaDEaD
Educação A Distancia
Educação A DistanciaEducação A Distancia
Educação A Distancia
feliperuiz
 
EaD
EaDEaD
Educação a Distancia
Educação a DistanciaEducação a Distancia
Educação a Distancia
feliperuiz
 
Educação A Distancia
Educação A DistanciaEducação A Distancia
Educação A Distancia
feliperuiz
 
Atps ensino fundamental
Atps ensino fundamentalAtps ensino fundamental
Atps ensino fundamental
Patrícia M O Raymundo
 
Ensaio final da disciplina estevão
Ensaio final da disciplina   estevãoEnsaio final da disciplina   estevão
Ensaio final da disciplina estevãoPriscila Aristimunha
 
LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...
LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...
LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...
Alexandre António Timbane
 
Os Desafios da Educação de Jovens e Adultos em Angola
Os Desafios da Educação de Jovens e Adultos em AngolaOs Desafios da Educação de Jovens e Adultos em Angola
Os Desafios da Educação de Jovens e Adultos em Angola
casaestudante
 
Os Desafios Da EducaçãO De Jovens E Adultos Em Angola
Os Desafios Da EducaçãO De Jovens E Adultos Em AngolaOs Desafios Da EducaçãO De Jovens E Adultos Em Angola
Os Desafios Da EducaçãO De Jovens E Adultos Em Angola
Nelson Paulo
 
Educação a Distância - EAD
Educação a Distância - EADEducação a Distância - EAD
Educação a Distância - EADdaianadelima
 
Juliano Marcia
Juliano MarciaJuliano Marcia
Juliano Marcia
mcstrelow
 

Semelhante a A educação na segunda república "Angola" (20)

O ensino da geografia nas instituições de ensino superior em angola
O ensino da geografia nas instituições de ensino superior em angolaO ensino da geografia nas instituições de ensino superior em angola
O ensino da geografia nas instituições de ensino superior em angola
 
educação do brasil
educação do brasileducação do brasil
educação do brasil
 
“Expansão da Educação Superior a Distância em Moçambique”: Relato de um Progr...
“Expansão da Educação Superior a Distância em Moçambique”: Relato de um Progr...“Expansão da Educação Superior a Distância em Moçambique”: Relato de um Progr...
“Expansão da Educação Superior a Distância em Moçambique”: Relato de um Progr...
 
Projeto Educativo 2007-2012
Projeto Educativo 2007-2012Projeto Educativo 2007-2012
Projeto Educativo 2007-2012
 
C:\documents and settings\chayana\desktop\a história da ea d no mundo
C:\documents and settings\chayana\desktop\a história da ea d no mundoC:\documents and settings\chayana\desktop\a história da ea d no mundo
C:\documents and settings\chayana\desktop\a história da ea d no mundo
 
A história da ead no mundo
A história da ead no mundoA história da ead no mundo
A história da ead no mundo
 
descritivo Fundação
descritivo Fundaçãodescritivo Fundação
descritivo Fundação
 
EaD
EaDEaD
EaD
 
Educação A Distancia
Educação A DistanciaEducação A Distancia
Educação A Distancia
 
EaD
EaDEaD
EaD
 
Educação a Distancia
Educação a DistanciaEducação a Distancia
Educação a Distancia
 
Educação A Distancia
Educação A DistanciaEducação A Distancia
Educação A Distancia
 
Atps ensino fundamental
Atps ensino fundamentalAtps ensino fundamental
Atps ensino fundamental
 
Ensaio final da disciplina estevão
Ensaio final da disciplina   estevãoEnsaio final da disciplina   estevão
Ensaio final da disciplina estevão
 
LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...
LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...
LA PRESENCIA DE LA CORRUPCIÓN EN EL SISTEMA EDUCATIVO ANGOLEÑO: REFLEXIÓN Y P...
 
Os Desafios da Educação de Jovens e Adultos em Angola
Os Desafios da Educação de Jovens e Adultos em AngolaOs Desafios da Educação de Jovens e Adultos em Angola
Os Desafios da Educação de Jovens e Adultos em Angola
 
Os Desafios Da EducaçãO De Jovens E Adultos Em Angola
Os Desafios Da EducaçãO De Jovens E Adultos Em AngolaOs Desafios Da EducaçãO De Jovens E Adultos Em Angola
Os Desafios Da EducaçãO De Jovens E Adultos Em Angola
 
Alfa gaviota workshop04_brasil
Alfa gaviota workshop04_brasilAlfa gaviota workshop04_brasil
Alfa gaviota workshop04_brasil
 
Educação a Distância - EAD
Educação a Distância - EADEducação a Distância - EAD
Educação a Distância - EAD
 
Juliano Marcia
Juliano MarciaJuliano Marcia
Juliano Marcia
 

Mais de Filipe Simão Kembo

Vidav e obra de Platão e Sócrates
Vidav e obra de Platão e SócratesVidav e obra de Platão e Sócrates
Vidav e obra de Platão e SócratesFilipe Simão Kembo
 
Novos processo de formação de palavras completo
Novos processo de formação de palavras completoNovos processo de formação de palavras completo
Novos processo de formação de palavras completoFilipe Simão Kembo
 
Remuneração nas organizações
Remuneração nas organizaçõesRemuneração nas organizações
Remuneração nas organizaçõesFilipe Simão Kembo
 
Proliferação das seitas religiosas em Angola
Proliferação das seitas religiosas em AngolaProliferação das seitas religiosas em Angola
Proliferação das seitas religiosas em AngolaFilipe Simão Kembo
 
Breve Historial do Município de Cacuaco
Breve Historial do Município de CacuacoBreve Historial do Município de Cacuaco
Breve Historial do Município de CacuacoFilipe Simão Kembo
 

Mais de Filipe Simão Kembo (20)

Vidav e obra de Platão e Sócrates
Vidav e obra de Platão e SócratesVidav e obra de Platão e Sócrates
Vidav e obra de Platão e Sócrates
 
Vida e obra de Wuanhenga Xitu
Vida e obra de Wuanhenga XituVida e obra de Wuanhenga Xitu
Vida e obra de Wuanhenga Xitu
 
Novos processo de formação de palavras completo
Novos processo de formação de palavras completoNovos processo de formação de palavras completo
Novos processo de formação de palavras completo
 
O Sistema de informação
O Sistema de informaçãoO Sistema de informação
O Sistema de informação
 
Tendencias
TendenciasTendencias
Tendencias
 
Tales de Mileto
Tales de MiletoTales de Mileto
Tales de Mileto
 
Surgimento da sociologia
Surgimento da sociologiaSurgimento da sociologia
Surgimento da sociologia
 
Revolução francesa
Revolução francesaRevolução francesa
Revolução francesa
 
Resumo Reino de Matamba
Resumo Reino de MatambaResumo Reino de Matamba
Resumo Reino de Matamba
 
Remuneração nas organizações
Remuneração nas organizaçõesRemuneração nas organizações
Remuneração nas organizações
 
Reino da matamba
Reino da matambaReino da matamba
Reino da matamba
 
Química analítica
Química analíticaQuímica analítica
Química analítica
 
Psicologia do desenvolvimento
Psicologia do desenvolvimentoPsicologia do desenvolvimento
Psicologia do desenvolvimento
 
Proliferação das seitas religiosas em Angola
Proliferação das seitas religiosas em AngolaProliferação das seitas religiosas em Angola
Proliferação das seitas religiosas em Angola
 
Martiz extracelular biologia
Martiz extracelular   biologiaMartiz extracelular   biologia
Martiz extracelular biologia
 
Breve Historial do Município de Cacuaco
Breve Historial do Município de CacuacoBreve Historial do Município de Cacuaco
Breve Historial do Município de Cacuaco
 
Matriz extra celelular
Matriz extra celelularMatriz extra celelular
Matriz extra celelular
 
Insulinoterapia
InsulinoterapiaInsulinoterapia
Insulinoterapia
 
Informática na ciencia
Informática na cienciaInformática na ciencia
Informática na ciencia
 
Infecção urinária e gravidez
Infecção urinária e gravidezInfecção urinária e gravidez
Infecção urinária e gravidez
 

Último

UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
Manuais Formação
 
Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023
MatildeBrites
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
1000a
 
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Luana Neres
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Mary Alvarenga
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
carlaslr1
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Acrópole - História & Educação
 
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptxA nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
juserpa07
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
ReinaldoSouza57
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
DanielCastro80471
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
KeilianeOliveira3
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdflivro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
Escola Municipal Jesus Cristo
 
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docxPlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
MatildesBraga1
 
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdfos-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
GiselaAlves15
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
Mary Alvarenga
 

Último (20)

UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manualUFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
UFCD_8298_Cozinha criativa_índice do manual
 
Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023Memorial do convento slides- português 2023
Memorial do convento slides- português 2023
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdfPowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
PowerPoint Newton gostava de Ler - Saber em Gel.pdf
 
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
Aula 3- 6º HIS - As origens da humanidade, seus deslocamentos e os processos ...
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
 
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptxA nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
 
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptxA dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
A dinâmica da população mundial de acordo com as teorias populacionais.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdflivro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
livro da EJA - 2a ETAPA - 4o e 5o ano. para análise do professorpdf
 
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docxPlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
PlanejamentoAnual_GEO_2024_EMPFG_FRCPA1MA_26-05-2024_09h47min.docx
 
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdfos-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
os-lusiadas-resumo-os-lusiadas-10-ano.pdf
 
Sinais de pontuação
Sinais de pontuaçãoSinais de pontuação
Sinais de pontuação
 

A educação na segunda república "Angola"

  • 1. 1 INTRODUÇÃO Ao conquistar o poder e declarar a independência do país em 1975, o MPLA optou ao mesmo tempo por uma tentativa de combinar a construção nacional com a construção de uma sociedade socialista, tal como definida pelo Marxismo-leninismo. Nesta perspectiva optou uma política educacional inteiramente subordinada a estes objectivos. A educação na segunda República em Angola, começa em 1986 quando o governo de Angola estabelece um novo sistema de educação que constituía em vários sistemas e subsistemas de ensino, no intuito de melhorar o sistema educacional do país.
  • 2. 2 Apesar de, na lei, a educação em Angola ser compulsória e gratuita a todo o ensino primário, o governo reporta uma certa percentagem de estudantes não está matriculada em escolas por causa da falta de estabelecimentos escolares e professores. Estudantes são normalmente responsáveis por pagar despesas adicionais relacionadas a escola, incluindo taxas para livros e alimentação. Ainda continua ser significante a disparidade na matrícula de jovens entre as áreas rurais e urbanas. Em 1995 71,2% das crianças com idades entre os 7 e 14 anos estavam matriculadas na escola. É reportado que uma percentagem maior de meninos está matriculada em relação as meninas. Durante a guerra civil angolana (de 1992-2002), aproximadamente metade de todas as escolas foi saqueada e destruída, levando o país aos actuais problemas com falta de escolas. O Ministro da educação contratou 20.000 novos professores em 2005, e continua a implementar treinamentos de professores. Professores tendem a receber um salário baixo, inadequadamente treinados, e sobre carregados no trabalho (as vezes ensinando por dois ou três turnos por dia). Professores tambémreportaramsuborno dirctamente aos seus estudantes.Outros factores,como a presença de minas terrestres, falta de recursos e papéis de identidade, e a pobre saúde também afectaram as crianças de atender regularmente a escola. Apesar dos recursos alocados para a educação terem crescido em 2004, o sistema educacional de Angola continua a receber recursos muito baixo do necessário. A taxa de alfabetização é muito baixa,com67,4% dapopulação acimados 15anos que sabemlere escrever português. 82,9% dos homens e 54,2% das mulheres são alfabetizadas, em 2001. Desde a independência de 1975, uma quantidade considerável de estudantes angolanos continuam a ir todos os anos para escolas, instituições politécnicas e universidades em Portugal e no Brasil no abrigo dos acordos bilaterais entre os governos. Paralelamente procedeu-se uma restruturação e expansão dos sistema do ensino geral, concebido para, ao menos tendencialmente, abranger a totalidade da população. Na sua versão regular, destinada à população em dade escolar, este sistema passou a compreender oito anos: quatro de ensino primário, dois de ensino pós-primário e dois de ensino complementar. Na sua versão para adolescentes e adultos que não frequentaram a escola enquanto crianças, um programa comprimido era ministrado em seis anos. Este sistema chegou a ser implantado na quase totalidade do território, sendo para o efeito essencial a cooperação cubana que, de certo modo, substituía os luso-angolanos que, durante o período colonial, tinham sido o suporte indispensável de todo o ensino, mas que haviam deixado o país na altura da independência. Na continuação deste ensino básico, foi estabelecido um ensino médio de quatro anos (9ª a 12ª classes). Boa parte das respectivas escolas tinha como objectivo uma formação técnico-profissional nos mais diversos ramos, inclusive no da formação de professores. A conclusão da 12a classe dava acesso ao ensino superior. Criaram-se também a nível médio escolas de ensino pré-universitário (PUNIV s), especialmente desenhadas para, emmenos tempo, levar ao acesso a estudos superiores em letras e ciências naturais. Para o estudo superior existia apenas a Universidade de Angola. Esta era a sucessora da Universidade de Luanda e passou em 1979 a chamar-se Universidade Agostinho Neto.
  • 3. 3 Embora ela compreendesse várias faculdades, situadas em Luanda e no Huambo, esta universidade não tinha condições para corresponder à procura gerada pela expansão do ensino, antes e depois da independência - tanto menos como o seu corpo docente ficou drasticamente reduzido comasaídados professores luso-angolanos,sóparcialmente substituídos por "cooperantes" cubanos, alemães (da RDA) e russos. Por esta razão, o MPLA estabeleceu um sistema de bolsas que permitiu, no decorrer dos anos, a vários milhares de alunos de realizar estudos universitários emdiferentes "países socialistas"principalmente emCuba,mas também na União Soviética, na República Democrática Alemã e na Polónia. Entretanto o sistema universitário passou, essencialmente desde 2000, por uma expansão muito notável. A Universidade Agostinho Neto e passou a dispor de cerca de 40 faculdades, espalhadas pelas principais cidades do pais e a funcionar em condições frequentemente precárias Nos anos 2000 houve duas alterações incisivas neste panorama. Por um lado, a Universidade Agostinho Neto foi desmembrada em 2009: as suas faculdades nas diferentes províncias passarama constituir universidades autónomas,ficando aUniversidade Agostinho Neto limitada a Luanda. Em 2011, a UAN teve 22.000 alunos,a Universidade KatyavalaBwila (Benguela 6.000, as universidades JoséEduardodos Santos (Huambo)e Mandume ya Ntamufeyo (Lubango) 5000 cada, a Universidade 11 de Novembro (Cabinda) 4500, e as Universidades Lunda Norte (Malanje e Kimpa Vita (Uíge) 2000 cada. Ficaram na dependência directa do MESCTos Institutos Superiores de Ciências da Educação (ISCEDs) do Lubango (7000 alunos), do Uíge (5000 alunos), do Huambo (2500 alunos) e de Luanda (2000 alunos) bem como as Escolas Superiores Pedagógicas do Bengo (Viana, 1000 alunos), do Bié (Kuito, 1000 alunos) e da Lunda Norte (Dundo, 2000 alunos). Do lado do ensino superior público existem ainda os Institutos Superiores Politécnicos do Kwanza Norte e do Kwanza Sul, o Instituto Superior de Serviço Social de Luanda, e a Escola Superior Agrária do Kwanza Sul. Para assegurar o enquadramento do conjunto destas instituições foi fundado o Ministério do Ensino Superior, da Ciência e da Tecnologia. Por outro lado, o número de universidades privadas aumentou muito significativamente. Em 1998 foi fundada a primeira, a Universidade Católica de Angola (6000 alunos em 2011); em 2002 seguiram-lhe a Universidade Lusíada de Angola (6000 alunos) e a Universidade JeanPiaget(8500 alunos); 2005 fundou-se a Universidade Independente de Angola. Todas estas universidades têm a 'sua sede em Luanda. No ano de 2007 apareceu um total de oito novas universidades: a Universidade Privada de Angola (Luanda e Lubango, 3000 alunos), a Universidade Metodista de Angola (Luanda, 2000 alunos), a Universidade Gregório Semedo (Luanda, 6000 alunos), a Universidade Técnicade Angola(Luanda, 7000 alunos), a Universidades de Belas (Luanda, 4500 alunos), a Universidades Óscar Ribas (Luanda, 5000 alunos), o Instituto Superior de Ciências Sociais e Relações Internacionais (Luanda, 3500 alunos) e o Instituto Superior Técnico de Angola (Luanda, 3500 alunos). Em 2011 este panorama foi completado pela criação ou oficialização de toda uma série de institutos superiores politécnicos:o ISP de Benguela (1000 alunos), o ISP Metropolitano (Luanda, 3000 alunos), o ISP de Tecnologias, o ISP de Humanidades e Tecnologias Ekuikui 11 (Huambo, 1000 alunos), o ISP do Cazenga (Luanda, 1000 alunos), o ISP da Tundavala (Lubango, 1500 alunos), o ISP Pange1a, o ISP Kangonjo (1500 alunos) o ISP Independente (500 alunos) e o ISP Gregório Semedo (Lubango). Como era de esperar,estesdesenvolvimentosmaciçose incisivos trouxeramconsigo
  • 4. 4 inúmeros problemas que a esta altura (2011) em muitos casos ainda não estão resolvidos. No sectordas universidades privadas observa-se desde já,emLuanda que a procuraglobalfoisobre- estimada, e que não está garantida a viabilidade do conjunto das instituições actualmente existentes. De referir ainda que existem algumas universidades privadas que não foram oficialmente reconhecidas e cujos diplomas não são por conseguinte válidos. Embora o conselho de Ministros, junto do Ministério do Ensino Superior, viabilize, a inserção de mais Universidade Privadas para a maior abrangência da população, já que, nas Universidades públicas, é um fracasso a sua entrada.
  • 5. 5 CONCLUSÃO Concluindo que, a educação em qualquer sociedade joga um papel preponderante (desenvolvimento) preservação de hábitos e costumes, cultura de um determinado povo. A condição fundamental que impulsiona o surgimento da educação foi actividade laboral do homem em toda vida humana. É com ela que organizamos de maneira a levar o individuo adesenvolverapersonalidadetanto do ponto de vista intelectual como tambémno ponto de vista físico, estético, moral, emocional e técnico.