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INTRODUÇÃO
Chama-se matriz extracelular à massa que une as células dos
animais e que é composta de colágeno, proteoglicanos, glicoproteínas e
integrinas, segregadas pelas próprias células. Para além de permitir a
migração das células durante o desenvolvimento embrionário, esta matriz é
também um fator de coesão e de flexibilidade do corpo dos animais.
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CONCEITO
A matriz extracelular é uma característica única dos animais
– as plantas e outros organismos multicelulares não possuem este elemento
estrutural.
Nos tecidos conjuntivos, as células se encontram dispersas
em meio abundante matriz extracelular. Nos epitélios, as células podem estar
aderidas sem matriz extracelular que as separe, já nos epitélios de
revestimento existe uma delgada matriz extracelular, chamada lamina basal,
interposta entre as células e o tecido conjuntivo sobre o qual se apoiam.
SUA CONSTITUIÇÃO
São as seguintes, em resumo, as características dos vários
constituintes da matriz extracelular:
Os colágenos são proteínas que formam longas
cadeias e se enrolam num hélice triplo, resultando em fibras com uma
grande força tênsil;
Os proteoglicanos são longas cadeias de
polissacarídeos ligados a proteínas, formando igualmente uma massa de
grande resistência (a cartilagem é um tecido formado essencialmente
por proteoglicanos e colágenos);
As glicoproteínas desenvolvem moléculas
ramificadas com uma grande viscosidade, protegendo assim as células,
como acontece com a clara do ovo;
As integrinas são as moléculas que asseguram a
“comunicação” entre as células e entre estas e a matriz extracelular
(são glicoproteínas especiais).
Sua variação é responsável, junto aos diferentes tipos de
células, pela formação dos diferentes tipos de tecidos, órgãos, e por
conseqüência pelos diversos sistemas. Sendo mais abundante nos tecidos
conjuntivos, porém apresentado papel de suma importância nos demais
tecidos. Como nos epitélios de revestimento que apresentam uma delgada
matriz extracelular, denominada lamina basal, situada entre o tecido conjuntivo
e as células que se apóia sobre o mesmo.
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SUA FUNCIONALIDADE
Várias são as funções da matriz extracelular, nas quais as
mais importantes são:
Preencher os espaços não ocupados pelas células;
Resistência aos tecidos;
Meio por onde chegam os nutrientes e sejam eliminados os dejetos
celulares;
Ancoragem para as células;
Veículo de migração das células;
Meio para transporte de sinais intercelulares.
SUA EXTRUTURA E RELAÇÃO COM A CÉLULA
A matriz extracelular é formada por elementos fluidos e
fibrosos. Os fluidos são: as glicosaminoglicanas (polissacarídeos), Polímeros
lineares são ramificados de dissacarídeos -polissacarídeos longos, não-
flexíveis, com carga negativa elevada.
Contribuindo para a resistência as forças de compressão
(água); e proteoglicanas (complexos glicoprotéicos), formadas pelas ligações
covalentes entre glicosaminoglicanase e uma molécula de proteína. Podendo
ser moléculas grandes, agrecana, ou moléculas pequenas.
Os fibrosos são: as proteínas estruturais, colágeno ou fibras
colágenas, que são fibra flexível e inelástica com grande força de tensão,
apresentando diversos tamanhos e formas de organização.
Os diversos tipos de colágenos são representados por
algarismos romanos, sendo os principais os do tipo I, II, III, IV, V e VII, que
são encontrados em maior quantidade no organismo humano; e proteínas
adesivas, que são a fibronectina e laminina, ambas glicoproteínas fibrosas.
A primeira ajuda as células a aderirem à matriz, encontrada
em todos os vertebrados, possuindo vários domínios de ligação para outras
moléculas da matriz e para receptores da superfície celular. A derradeira uma
glicoproteína grande em forma de cruz composta de 3 cadeias polipeptídicas
(A, B1e B2), localizada predominantemente na lâmina basal.
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CONCLUSÃO
A matriz extracelular é o agrupamento de elementos
intercelulares dos organismos multicelulares. Assim, corresponde ao
complexo de macromoléculas, dentre elas componentes fibrosos, proteínas e
polissacarídeos, que são produzidas, exportadas e complexadas pelas células.
Sendo adaptável a depender do tecido em que se localiza.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGÁRICAS
ROBERTS, Eduardo de et al. Bases da Biologia celular e molecular:
matriz extracelular. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004>
JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. BiologiaCelular e Molecular. 8 eds. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
ROBERTIS. Bases da Biologia Celular e Molecular. 4 eds. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006.