As escolas públicas brasileiras outrora eram melhores, porém hoje sofrem com falta de investimento e qualidade. Antigamente havia maior disciplina, comprometimento e valorização da educação. Atualmente as escolas particulares oferecem melhor ensino devido aos profissionais qualificados e estrutura, enquanto as públicas carecem de recursos e apoio do governo.
1. Nos dias de hoje, escolas públicas brasileiras são mal vistas, e
nos tempos que antecedem estes, elas eram a melhor opção
de ensino.
2. No Brasil, o ensino público fundamental e superior
possuem suas contradições.
Ensino fundamental é conhecido por geralmente ter
uma qualidade inferior em relação ao ensino privado,
pois normalmente estão entre os piores do país, já no
ensino superior, costuma-se haver melhores
professores e vestibulares mais concorridos que no
ensino particular, porém é comum possuir menos
equipamentos.
3. 80%
60%
Investimentos do
40% Governo Brasileiro
(de acordo com a
20% constituição)
0%
Escolas
Outros
4. Como mostra o gráfico, de acordo com a
constituição, 25% do orçamento do país vão para as
escolas públicas. Mas é possível reparar que esses 25%
diminuíram com o passar dos anos. O governo passou
a investir nas “aparências”, investiu no marketing e no
mercado estrangeiro e com isso atraiu um maior
volume de turistas, e agora com a Copa chegando e
com a FIFA pressionando, desviou o capital que seria
investido em hospitais e escolas, para a construção de
estádios, para urbanização, dentre vários outros
requisitos.
5. De acordo com a revista Veja
O Brasil, não conseguiu cumprir 3 das principais metas
estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação, e
devido a baixa qualidade do ensino nas escolas
brasileiras, ainda existem milhares de crianças que
ficaram para trás.
A baixa qualidade das escolas é diretamente
responsável por manter o país na 88ª posição no IDE
(Índice de Desenvolvimento Educacional).
A situação brasileira se iguala a alguns países
africanos, e outros como Paraguai, Equador e Bolívia.
6. Ensino
Analfabetismo Repetência
Superior
Metas
de 4% 10,7% 30%
2010
Estágio Atual 10% 13% 13,7%
Países OCDE 4% 3% 39%
7. De 2006 a 2008, o número de estudantes que
abandonaram a sala de aula aumentou, pulou de 10%
para 11%, sendo que o objetivo era baixar a taxa, para
9%, no mesmo período.
"Essas são questões que os países mais ricos já
equacionaram, com eficácia, mais de um século
atrás”, diz a especialista Maria Helena Guimarães.
8. Fizemos uma entrevista com o diretor e professor da
Escola Estadual Maestro Vilas Lobos, Geraldo Magela
doas Santos Alves, que junto com sua equipe de
funcionários e alunos ganhou a premiação de 1º lugar
nacional do projeto “Jovem do Futuro”, promovida pela
Unibanco, no qual 96 escolas de Minas Gerais, Rio
Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro concorriam.
Tivemos a oportunidade de discutir o assunto e lhe
fazer algumas perguntas. A seguir veremo-nas.
9. Entrevistador: Você, que vivenciou a época de auge das
escolas públicas brasileiras, poderia nos dizer como eram as
escolas antigamente, nos anos 50/60?
Entrevistado: Claro. Bom, nos anos 60, havia o maior
investimento do governo nas educação e existiam
profissionais qualificados e dedicados a isto.
As escolas tinham uma notoriedade muito grande e era
levada a sério tanto pelos professores, quanto pelos
alunos, pois o nível de educação era grande. Naquela
época, haviam provas de seleção para a matrícula do
aluno, o que já gerava uma melhor mentalidade, sobre a
escola, pelo aluno, ou seja, o aluna entrava consciente de
que teria que se esforçar de alguma forma.
10. Entrevistador: Nós brasileiros sofremos naquela época um
regime militar, você acha que isso influenciou nas escolas?
Entrevistado: Sim, com certeza. Na realidade, as escolas
públicas nos anos 60 já eram mais rigorosas, no sentido de
haver respeito entre aluno e professor, de haver maior
dedicação de ambos. Depois do regime militar, as escolas
ficaram ainda mais rigorosas, como por exemplo, havia a
obrigação de cantar o hino todos os dias.
A disciplina era um fator fundamental, onde aluno e
professor conheciam seu determinado lugar e limite, onde
saber ler e escrever era a base para o futuro do estudante.
O patamar das escolas públicas era alto e era a melhor opção
das famílias brasileiras.
12. Entrevistador: Agora, o Sr., que é diretor de uma escola
estadual, poderia nos dizer o que mudou nas escolas dos dias de
hoje, comparado à antigamente?
Entrevistado: Hoje há o investimento escasso do governo nas escolas
do estado. O que particularmente me preocupa muito, e sei que muitos
outros brasileiros, é o excesso de permissividade, onde não é cobrado
do aluno uma base educacional, onde todos podem se matricular. Isso
acaba gerando uma falta de compromisso daquele aluno, pelo fato de
perceber a baixa limitação da escola.
Houve também, o enfraquecimento do comando da escola, de onde não
se obtêm um seguimento pedagógico eficiente. Houve a perda de
qualidade.
Houve a perda de bons profissionais, fazendo com que profissionais de
outras áreas, que não tem experiência em ensino, migrassem para as
escolas, para complementar sua renda particular. Hoje em dia são
poucos os estudantes que querem se tornar os professores de amanhã.
13. O governo desvaloriza o professor nos dias de hoje. E a falta de
profissionais qualificados fez com que as escolas recrutassem
qualquer um que se candidatasse a vaga.
A de dedicação do aluno é espelho da dedicação do professor, e o
professor não tendo uma boa formação, o aluno sai prejudicado.
O professor vive do progresso do aluno, ou pelo menos deveria.
Outro fator importante para que haja a melhora é a base familiar
de cada pessoa, é a família. Se não uma boa relação entre a
família, o aluno sai prejudicado, pois muitas vezes sua forma de
expressar isso é a rebeldia, que afeta muito as escolas. Tanto
alunos quanto os funcionários, sofrem pela falta de segurança e
pelo deterioramento do ambiente escolar.
Hoje em dia o melhor ensino se encontra nas escolas
particulares, pelo fato da disciplina e profissionais qualificados.
Não estou dizendo que não haja escola públicas boas e
dedicadas, claro que há! Mas estas são poucas.
14. Entrevistador: Muito obrigado á você por ter cedido
uma parte do seu tempo para lhe fazermos algumas
perguntas.
Entrevistado: Eu que os agradeço por
estarem, compondo essa incrível apresentação, e
parabenizo sua professora, que promoveu um grande
trabalho social, que irá formar grandes profissionais e
grandes pessoas para o futuro.
Muito obrigado!
Geraldo Magela dos Santos Alves