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A HISTÓRIA da ALFABETIZAÇÃO no BRASIL
A educação de jovens e adultos se inicia no Brasil
Colonial quando os jesuítas ensinavam os índios a ler.
Mas, nem todos tinham direito de estudar e essa
vantagem ficava apenas para os nobres da corte
A Organização da Educação Nesse Período Tem 3 Fases:
1ª Fase:
Predomínio dos
jesuítas, que, no
ensino da língua
portuguesa e dos
conhecimentos
científicos,
focavam na
religião, visto que
seu objetivo final
era a catequização
dos indígenas
2ª Fase: Expulsão dos jesuítas e organização das escolas
de acordo com o interesse do Estado
3ª Fase: Compreende o período de D. João VI, inaugurando
diversas instituições de ensino, como a Academia Real Militar e
as escolas noturnas, que acabaram ficando em segundo plano
pela administração insuficiente do Estado
OBSERVAÇÃO: Após a Independência do Brasil (1822)
definiu-se uma Constituição Brasileira (Carta Magna de
1824), estabelecendo-se que o ensino primário seria gratuito
e para todos, embora nem todos tivessem acesso
Em 1827 foi promulgada uma
lei de instrução primária
definindo conteúdos a serem
ensinados e, entre eles, ler,
escrever, operações
matemáticas básicas, além de
noções de geometria e
doutrina católica
Em 1872, foi realizado o 1º
recenseamento demográfico,
onde se constatou que mais de
82% da população não sabia
ler e escrever, e, por meio de
debates, o analfabetismo foi
apontado como consequência
de questões eleitorais e
econômicas
Isso acabou atingindo
um patamar de
exclusão dos
analfabetos, com a
promulgação da Lei
Saraiva (1881)
prevendo eleições
diretas que, além de
conservar a restrição
para votar ligada a
renda mínima, passou a
exigir o voto apenas às
pessoas alfabetizadas
Sendo assim, o número
de eleitores sofreu uma
redução drástica, que
culminou em muitos
preconceitos em relação
aos analfabetos, fazendo
com que a Lei Saraiva
passasse a ser um
mecanismo de exclusão
A partir de 1889, os
republicanos consideraram o
progresso do país muito mais
ligado à instrução, tendo a
escola como ponto principal
para formação do homem
republicano que iria construir
uma sociedade moderna e
democrática
Dimensões do Analfabetismo no Brasil
A palavra analfabetismo sempre foi considerada digna de
preconceitos e exclusão. Poderia ser considerada o contrário de
alfabetização, mas sabe-se que as nuances que envolvem o
analfabetismo no Brasil são muito vastas. No 1º censo demográfico
(1872) constatou-se uma taxa de analfabetismo de 82,3%, a qual se
manteve inalterada até o 2º censo (1890), com 82,6%
Ficava claro as
disparidades dos
alfabetizados no Brasil,
sendo que, na região
Nordeste (especificamente
na Grande Sergipe)
existiam altos índices de
analfabetismo e, em
contrapartida, na província
do RJ as taxas de
diminuíam, por sediar a
corte e concentrar toda
burocracia estatal
O RS já diferia do restante do
país por ter recebido
imigrações europeias com
alto índice de alfabetização,
bem como o sistema de
pequena propriedade familiar
e os vínculos culturais com a
Bacia do Prata
(especificamente com
Buenos Aires) que tinha uma
política educacional mais
organizada
Analisando o censo de
1960 houve queda
acentuada do
analfabetismo,
discrepâncias fortes
entre as unidades da
federação, sendo
regiões com baixos
índices e regiões com
altos índices
As Experiências Educacionais do Século 19
Até o final do século 19 o acesso à educação era exclusivo a poucos e, as
dinâmicas de leitura e escrita, não faziam parte da cultura da época. As
dificuldades de implementar um sistema educacional no Brasil foram
muitas, com relação a questões pedagógicas e à falta de investimento
financeiro do império na educação
O período imperial inicia-se no
ano de 1824, quando D. Pedro
I proclama a Independência e
outorga a 1ª Constituição
brasileira, determinando que
a educação primária seria
gratuita para todos os
cidadãos
Em 1823 foi criado o
“Método Lancaster”
(Método do Ensino Mútuo),
no qual um aluno com
treinamento prévio
ensinava a grupos de até
10 alunos, sob a vigilância
de um professor-inspetor
Durante o 2º Império (1840 a 1888)
a média anual de investimentos na
educação foi de 1,8 % do
orçamento imperial e, ainda
dentro dessa porcentagem,
apenas 0,47% foi direcionado para
o ensino primário e secundário.
Absurdamente falando, em 1844
as ações de instrução primária
receberam apenas 0,11% do
orçamento
Em 1826, um decreto instituiu 4
graus de instrução: pedagogias
(escolas primárias), ginásios
(ensino fundamental), liceus
(ensino médio), e academias
(ensino superior)
Mas, foi somente no final do século 19 que a educação e a
alfabetização sofreram mudanças significativas em relação à
pedagogia, fundamentando as práticas dos professores e, com
isso, o surgindo novos métodos para o processo de alfabetização
As Experiências
Educacionais Atuais
Durante a Revolução Industrial no Brasil (1930) a procura por
mão de obra especializada se intensificou, mas o país não
possuía toda a quantidade de profissionais que as indústrias
exigiam, e, ao mesmo tempo, começou a migração do campo
para cidade na busca por novas oportunidades de trabalho
Viu-se a necessidade de alfabetizar os trabalhadores,
criando-se uma escola noturna para adultos, os debates
se acirraram e a busca por uma educação de qualidade se
tornou um dos objetivos do estado
Então, pode-se dizer que
a Educação de Jovens e
Adultos (EJA) se iniciou
oficialmente no século
20 não como uma
iniciativa do governo,
mas como
conscientização para
que todos tivessem os
mesmos direitos
Sendo assim, o Serviço
de Educação de
Adultos (SEA) foi
criado pelo
Departamento
Nacional de Educação,
que passou a organizar
supletivos para jovens
e adultos ainda não
alfabetizados
Entre as décadas de 1950
e 1960, houve
qualificação da mão de
obra das indústrias por
meio de um movimento
para educação de jovens
e adultos e, em 1964, foi
aprovado o Plano
Nacional de Alfabetização
O Governo Militar implementou a Cruzada de Ação Básica Cristã (Cruzada
ABC), a fim de combater as metodologias de alfabetização de Paulo Freire.
Mas, diante do insucesso, os militares criaram o Movimento Brasileiro de
Alfabetização (Mobral), cujo objetivo era acabar com o analfabetismo,
embora tenha sido extinto em 1985
Em seguida foi criada a Fundação Educar para resolver os
problemas de alfabetização, a qual também é extinta em
1990 no Governo Collor. Em contrapartida, a Constituição de
1988, garantiu o direito universal ao ensino fundamental,
público e gratuito, trazendo de volta o EJA ao sistema
educacional brasileiro
Algumas Iniciativas
Educacionais do
Governo ao Longo da
História:
1996: A LDB (Lei de Diretrizes e
Bases) determina que no ensino
fundamental, a educação básica do
cidadão ocorra mediante o
desenvolvimento da sua capacidade
de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura,
da escrita e do cálculo
2001:
Foi aprovado o
Plano Nacional
de Educação
referente ao
decênio
2001/2010
2003: Criado o Programa
Brasil Alfabetizado, a fim
de contribuir para a
universalização da
alfabetização de jovens,
adultos e idosos e elevar
sua escolaridade
2003/2004: Criado o relatório Alfabetização Infantil (a pedido
da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados),
onde um grupo de cientistas concluiu que as políticas e
práticas de alfabetização de crianças, bem como os currículos
de formação e capacitação de professores não corresponderam
a evolução científica e metodológica ocorrida em todo o mundo
2011: Criado o documento
Aprendizagem Infantil, que
é uma abordagem da
neurociência, economia e
psicologia cognitiva,
publicado pela Academia
Brasileira de Ciências, o
qual corrobora a tese do
relatório Alfabetização
Infantil; os novos caminhos
e traz novas evidências
2012: Instituído o
Pacto Nacional pela
Alfabetização na
Idade Certa
(PNAIC) a fim de
cumprir a meta 5 do
PNE, então vigente
/ 2013: Primeira
edição da Avaliação
Nacional de
Alfabetização (ANA)
2014: Aprovado o
Plano Nacional de
Educação, referente
ao decênio 2014 /
2024 / 2017:
Promulgada a Base
Comum Curricular /
2018: Criado o
Programa Mais
Alfabetização
Atualmente, ao oferecer o EJA é necessário repensar muito com
relação às políticas educacionais, procurando sempre manter o
foco da alfabetização. E, claro, essa precisa ser o 1º passo,
embora outros fatores e aprendizagens necessitem ser
trabalhados para o aluno se desenvolver socialmente
O adulto retoma seus estudos para se preparar para o mercado de
trabalho, procurando desenvolver autonomia para ter sucesso
profissional e, por isso, os conteúdos devem ser adaptados à realidade
deles, sendo necessário realizar uma transposição para que eles se
sintam valorizados e signifique aprendizado
Não se pode
negar que o Brasil
já avançou bem
na alfabetização
de jovens e
adultos, mesmo
que ainda esteja
entre os países
com altos índices
de analfabetismo
O conceito de EJA precisa ser constantemente
revisto, pois mesmo que os alunos tenham
necessidade de aprender a ler e escrever, eles
possuem outras necessidades, já que têm uma
experiência de vida, e, para isso, querem compor
sua própria escrita e palavra e aprender a ler nas
entrelinhas para se tornar um verdadeiro cidadão
Os Principais Projetos Para o EJA Atualmente:
Programa Brasil Alfabetizado: Surgiu em 2003 uma Lei que
tinha como objetivo alfabetizar 20 milhões de pessoas nos
primeiros 4 anos, mas, infelizmente, em 2015, não haviam sido
atingidos 10% dessa meta no início do projeto
Programa Nacional de Integração da Educação Básica:
com a Educação Profissional na Modalidade de Educação
de Jovens e Adultos (Proeja): o Decreto de julho de 2006,
incluiu a EJA na oferta dos cursos técnicos
profissionalizantes. Desde sua implementação em 2005
até 2012, foram contabilizadas mais de 30 mil matrículas
EJA no Sistema
Prisional: o
Governo Federal
instituiu um Decreto
em novembro de
2011, que
estabeleceu o Plano
Estratégico de
Educação no âmbito
do Sistema Prisional
Plano Nacional de Ensino (PNE): A Lei que instituiu o Plano
Nacional de Ensino (2014 / 2024) tem entre suas metas erradicar
o analfabetismo absoluto e reduzir em 50 % a taxa de
analfabetismo funcional até o final de sua vigência em 2024,
adotando, para isso, inúmeras estratégias para a melhoria e o
aperfeiçoamento da EJA
Os Princípios da
Andragogia
Sabe-se que os cursos
de licenciaturas em
Pedagogia focam seu
olhar para o público
infanto-juvenil e
deixam o público
jovens e adultos
relegados a breves
apontamentos
Mas, o público de jovens e adultos que buscam a
escolarização e aperfeiçoamento em alguma área
visa obter melhores colocações no mercado de
trabalho e relativa ascensão econômica
Na era da Informação e do Conhecimento, observa-se que na
Educação de Jovens e Adultos e na Educação Superior é
necessário desenvolver profissionais que compreendam as
especificidades de seus alunos, a fim de criar diálogo, conteúdos
e metodologias adequadas para esse tipo de público
É preciso entender que os adultos aprendem de
forma diferente das crianças e, diante disso, pode-
se dizer que Andragogia é “a ciência que estuda
como os adultos aprendem”
A palavra Andragogia possui origem oriunda do grego
andros (adulto) + gogos (ensinar). Sendo assim, a
Andragogia surge a partir da indagação em torno de
como ensinar adultos, os quais possuem
particularidades que os distinguem das crianças
A Andragogia surgiu em
oposição à Pedagogia, cuja
ênfase estava sob o
professor e no conteúdo e,
neste último, todo o
processo de aprendizagem,
objetivos, avaliações,
planos de ensino, temas,
atividades e didáticas são
dominados pelo professor
Em contrapartida, na
Andragogia, o processo de
ensino é negociado entre
aluno e professor em uma
relação de diálogo. O
professor se apresenta como
o auxiliador e o aluno
assume a centralidade em
todos os aspectos do
processo de aprendizagem
Existem 5
Pressupostos Para
a Educação de
Jovens e Adultos:
1) Os Jovens e Adultos São
Motivados a Aprender: por
isso, à medida que
experimentam, suas
necessidades e interesses são
satisfeitos. Esses são os pontos
mais apropriados para iniciar a
organização das atividades de
aprendizagem do adulto
2) A Orientação de
Aprendizagem do Adulto
Está Centrada na Vida: por
isso, as unidades
apropriadas para organizar
seu programa de
aprendizagem são as
situações de vida, e não as
disciplinas
3) A Experiência é a
Mais Rica Fonte para
Jovens e Adultos: por
isso, o centro da
metodologia da
educação do adulto é a
análise das experiências
4) Os Jovens e Adultos Têm Uma Profunda Necessidade de
Serem Autodirigidos: por isso, o papel do professor é engajar-
se no processo de mútua investigação com os alunos, e não
apenas transmitir-lhes seu conhecimento e depois avaliá-los
5) As Diferenças Individuais Crescem Com a Idade: por
isso, a EJA deve considerar as diferenças de estilo, tempo,
lugar e ritmo de aprendizagem de cada aluno
OBSERVAÇÃO:
O Professor Deve
Auxiliar as Pessoas
a Aprenderem ao
Invés de Ensiná-las
Os Princípios da Andragogia São: Necessidade do
aprendiz de saber / Autoconceito do aprendiz / Experiência
anterior do aprendiz / Prontidão para aprender /
Orientação para aprendizagem / Motivação para aprender
O aluno adulto precisa saber quais os
motivos de aprender tal conteúdo,
enquanto que, para preparar as aulas, o
professor deve conhecer e se basear nas
experiências dos alunos, levando-os a se
interessarem e desejarem buscar a
aprendizagem
Esse aluno busca uma finalidade na
aprendizagem e o educador precisa cooperar
com ele para que o ensino aconteça. O docente
que trabalha com EJA deve se conscientizar que
esses estudantes possuem especificidades que
devem ser consideradas durante o processo de
ensino-aprendizagem
Novos Paradigmas
Educacionais na EJA
A preocupação com a formação docente para a modalidade
ocorreu oficialmente com uma lei de 1960 que ressaltava a
necessidade de um preparo adequado, de acordo com as
normas estabelecidas pelos conselhos de ensino
Atualmente, o professor deve compreender as mudanças
ocorridas na cultura escolar, não existindo mais como negar a
centralidade do papel do aluno como ser ativo que está inserido
em um contexto social e possui uma gama de experiência desse
meio. Assim, a educação deve exercer um papel ativo no
sentido de conscientizar o aluno sobre essa realidade
Por muito tempo a EJA foi
um tipo de ensino
direcionado pelo paradigma
da educação tradicional que
valorizava apenas a
reprodução de informação,
sem uma preocupação com o
aluno; sem reconhecê-lo
como sujeito ativo com
potencial de construir novos
conhecimentos
Atualmente, entende-se que a EJA precisa ser compreendida
como uma possibilidade de promover nos estudantes o
autoconhecimento a autonomia e a socialização
Autores famosos pregam uma educação humanizada na EJA, onde o
professor precisa estar aberto para acolher os alunos em suas práticas
pedagógicas, considerando suas diversidades, seus interesses,
necessidades e promovendo um ambiente de aprendizagem no qual os
alunos tenham vontade e prazer de serem parte integrante
A legislação caracteriza quem são os atores que formam o alunado do
EJA, os quais não tiveram acesso ou não conseguiram continuidade nos
seus estudos, no ensino fundamental ou médio da educação básica, na
idade apropriada e foram excluídos
A maioria provém das classes populares e sua condição social
impulsionou a exclusão da escola. Por isso, mudar de paradigma
significa mudar o olhar sobre eles, fazer um papel social,
humano e reintegrá-los ao ambiente escolar, proporcionando
ferramentas para que consigam notar e atuar sobre a realidade
Ao abordar as
mudanças sobre a
EJA, não se pode
esquecer de algo
primordial nos
dias de hoje: a
integração da
tecnologia no
processo de
aprendizagem
O professor precisa incorporar às suas aulas esses recursos tecnológicos
a fim de estar conectado às necessidades atuais não só de formação
baseada em conhecimentos teóricos dos jovens e adultos, como
desenvolver habilidades ao prepará-los para um mercado de trabalho
competitivo e tecnológico
Os conteúdos precisam fazer sentido, além de possuir utilidade
prática, principalmente quando falamos de estudantes da EJA o
diálogo, o escutar, o compartilhar precisam fazer parte do
processo de ensino-aprendizagem, que abarca um novo tipo de
relação mais equânime entre professor e aluno
Duas Ações Fundamentais para a Efetivação dos
Novos Paradigmas do EJA:
1) Formação Para os Professores: Sabe-se que o professor do EJA não
possui um preparo específico na área; pois, em toda sua vida acadêmica
sua formação se concentra no ensino de crianças
2) Pesquisas Acadêmicas na Área
de Educação de Adultos: As
pesquisas sobre o tema abordam
a questão de marginalização da
modalidade e do grupo que a
forma, desenvolvendo-se em
1990 o que contribuiu com o
novo olhar que incide sobre os
alunos jovens e adultos. No
entanto, a universidade precisa
investir em pesquisas sobre
metodologias e aprendizado para
auxiliar os professores que
trabalham nessa modalidade
Aspectos Culturais Que Interferem na EJA
Existe uma teoria que propõe o respeito aos saberes dos educandos,
considerando que a discutição em sala de aula pode partir da realidade e
associá-la com o conteúdo disciplinar
Então, como orientador e mediador do processo de ensino e aprendizagem, o
professor deve considerar a realidade social do aluno com base na exigência da
criticidade, estimulando a curiosidade dos alunos na busca de conhecimentos
para construir novos
Para isso, ele deve estar atento à turma, mostrar interesse
pelas experiências dos alunos e reconhecer esse sujeito como
ativo no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, ele
não pode negar a leitura de mundo que os alunos têm ao
ingressar na escola
O Sistema Organizacional do EJA no Brasil
A taxa de analfabetismo dos brasileiros com 15 anos ou
mais em 2014 foi de 8,3%, (13,2 milhões de pessoas). Os
dados do IBGE mostram que, entre 2001 e 2014, houve
uma redução de 2,5 milhões de analfabetos
Desde a Constituição de
1988, a educação
passou a ser direito de
todos e dever do Estado,
sendo complementada
pela LDB de 1996,
garantindo
assim educação básica
a todos (educação
infantil, ensino
fundamental e ensino
médio)
No que concerne ao EJA,
em 2009 uma nova
alteração na lei ampliou
a proteção jurídica para
além da educação
básica, levando além.
Isto é, para o ensino
médio, regular e na
modalidade de EJA.
Dessa forma, atualmente
a Constituição dá o
direito a EJA toda
educação básica
Na implementação de políticas
direcionadas às populações
excluídas, foi criada a Secretaria
de Educação Continuada,
Alfabetização, Diversidade e
Inclusão (Secadi) para coordenar
os programas Programa Brasil
Alfabetizado (PBA), Programa
Nacional do Livro Didático para a
Alfabetização de Jovens e Adultos
(PNLDEJA), Projovem, Educação
em Prisões (Projovem Prisional)
O Programa Brasil Alfabetizado do MEC nasceu em
2003 e estava estruturado em paralelo com o
sistema de ensino. Esse programa demonstrou não
ter atingido os objetivos de alfabetização, por falta
de monitoramento e avaliação
Em 2006 o EJA foi
incluído na oferta de
cursos técnicos
profissionalizantes
dentro do Programa
Nacional de Integração
da Educação Básica com
Educação Profissional
na Modalidade de
Educação de Jovens e
Adultos (Proeja), bem
como o Proeja Indígena
Ainda existe a
assistência Estudantil
no Proeja, criada em
2008 para diminuir a
evasão de alunos com
dificuldades financeiras
de alimentação e
transporte. As
modalidades oferecidas
nesse programa são:
A) Ensino Fundamental
(EJA) com qualificação
profissional / B) Ensino
Médio (EJA) com
qualificação
profissional / C) Ensino
Médio (EJA) com
Educação Profissional
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A história da alfabetização no Brasil

  • 1. A HISTÓRIA da ALFABETIZAÇÃO no BRASIL A educação de jovens e adultos se inicia no Brasil Colonial quando os jesuítas ensinavam os índios a ler. Mas, nem todos tinham direito de estudar e essa vantagem ficava apenas para os nobres da corte A Organização da Educação Nesse Período Tem 3 Fases: 1ª Fase: Predomínio dos jesuítas, que, no ensino da língua portuguesa e dos conhecimentos científicos, focavam na religião, visto que seu objetivo final era a catequização dos indígenas 2ª Fase: Expulsão dos jesuítas e organização das escolas de acordo com o interesse do Estado 3ª Fase: Compreende o período de D. João VI, inaugurando diversas instituições de ensino, como a Academia Real Militar e as escolas noturnas, que acabaram ficando em segundo plano pela administração insuficiente do Estado OBSERVAÇÃO: Após a Independência do Brasil (1822) definiu-se uma Constituição Brasileira (Carta Magna de 1824), estabelecendo-se que o ensino primário seria gratuito e para todos, embora nem todos tivessem acesso
  • 2. Em 1827 foi promulgada uma lei de instrução primária definindo conteúdos a serem ensinados e, entre eles, ler, escrever, operações matemáticas básicas, além de noções de geometria e doutrina católica Em 1872, foi realizado o 1º recenseamento demográfico, onde se constatou que mais de 82% da população não sabia ler e escrever, e, por meio de debates, o analfabetismo foi apontado como consequência de questões eleitorais e econômicas Isso acabou atingindo um patamar de exclusão dos analfabetos, com a promulgação da Lei Saraiva (1881) prevendo eleições diretas que, além de conservar a restrição para votar ligada a renda mínima, passou a exigir o voto apenas às pessoas alfabetizadas Sendo assim, o número de eleitores sofreu uma redução drástica, que culminou em muitos preconceitos em relação aos analfabetos, fazendo com que a Lei Saraiva passasse a ser um mecanismo de exclusão A partir de 1889, os republicanos consideraram o progresso do país muito mais ligado à instrução, tendo a escola como ponto principal para formação do homem republicano que iria construir uma sociedade moderna e democrática
  • 3. Dimensões do Analfabetismo no Brasil A palavra analfabetismo sempre foi considerada digna de preconceitos e exclusão. Poderia ser considerada o contrário de alfabetização, mas sabe-se que as nuances que envolvem o analfabetismo no Brasil são muito vastas. No 1º censo demográfico (1872) constatou-se uma taxa de analfabetismo de 82,3%, a qual se manteve inalterada até o 2º censo (1890), com 82,6% Ficava claro as disparidades dos alfabetizados no Brasil, sendo que, na região Nordeste (especificamente na Grande Sergipe) existiam altos índices de analfabetismo e, em contrapartida, na província do RJ as taxas de diminuíam, por sediar a corte e concentrar toda burocracia estatal O RS já diferia do restante do país por ter recebido imigrações europeias com alto índice de alfabetização, bem como o sistema de pequena propriedade familiar e os vínculos culturais com a Bacia do Prata (especificamente com Buenos Aires) que tinha uma política educacional mais organizada Analisando o censo de 1960 houve queda acentuada do analfabetismo, discrepâncias fortes entre as unidades da federação, sendo regiões com baixos índices e regiões com altos índices
  • 4. As Experiências Educacionais do Século 19 Até o final do século 19 o acesso à educação era exclusivo a poucos e, as dinâmicas de leitura e escrita, não faziam parte da cultura da época. As dificuldades de implementar um sistema educacional no Brasil foram muitas, com relação a questões pedagógicas e à falta de investimento financeiro do império na educação O período imperial inicia-se no ano de 1824, quando D. Pedro I proclama a Independência e outorga a 1ª Constituição brasileira, determinando que a educação primária seria gratuita para todos os cidadãos Em 1823 foi criado o “Método Lancaster” (Método do Ensino Mútuo), no qual um aluno com treinamento prévio ensinava a grupos de até 10 alunos, sob a vigilância de um professor-inspetor Durante o 2º Império (1840 a 1888) a média anual de investimentos na educação foi de 1,8 % do orçamento imperial e, ainda dentro dessa porcentagem, apenas 0,47% foi direcionado para o ensino primário e secundário. Absurdamente falando, em 1844 as ações de instrução primária receberam apenas 0,11% do orçamento Em 1826, um decreto instituiu 4 graus de instrução: pedagogias (escolas primárias), ginásios (ensino fundamental), liceus (ensino médio), e academias (ensino superior) Mas, foi somente no final do século 19 que a educação e a alfabetização sofreram mudanças significativas em relação à pedagogia, fundamentando as práticas dos professores e, com isso, o surgindo novos métodos para o processo de alfabetização
  • 5. As Experiências Educacionais Atuais Durante a Revolução Industrial no Brasil (1930) a procura por mão de obra especializada se intensificou, mas o país não possuía toda a quantidade de profissionais que as indústrias exigiam, e, ao mesmo tempo, começou a migração do campo para cidade na busca por novas oportunidades de trabalho Viu-se a necessidade de alfabetizar os trabalhadores, criando-se uma escola noturna para adultos, os debates se acirraram e a busca por uma educação de qualidade se tornou um dos objetivos do estado Então, pode-se dizer que a Educação de Jovens e Adultos (EJA) se iniciou oficialmente no século 20 não como uma iniciativa do governo, mas como conscientização para que todos tivessem os mesmos direitos Sendo assim, o Serviço de Educação de Adultos (SEA) foi criado pelo Departamento Nacional de Educação, que passou a organizar supletivos para jovens e adultos ainda não alfabetizados Entre as décadas de 1950 e 1960, houve qualificação da mão de obra das indústrias por meio de um movimento para educação de jovens e adultos e, em 1964, foi aprovado o Plano Nacional de Alfabetização
  • 6. O Governo Militar implementou a Cruzada de Ação Básica Cristã (Cruzada ABC), a fim de combater as metodologias de alfabetização de Paulo Freire. Mas, diante do insucesso, os militares criaram o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral), cujo objetivo era acabar com o analfabetismo, embora tenha sido extinto em 1985 Em seguida foi criada a Fundação Educar para resolver os problemas de alfabetização, a qual também é extinta em 1990 no Governo Collor. Em contrapartida, a Constituição de 1988, garantiu o direito universal ao ensino fundamental, público e gratuito, trazendo de volta o EJA ao sistema educacional brasileiro Algumas Iniciativas Educacionais do Governo ao Longo da História: 1996: A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) determina que no ensino fundamental, a educação básica do cidadão ocorra mediante o desenvolvimento da sua capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo 2001: Foi aprovado o Plano Nacional de Educação referente ao decênio 2001/2010 2003: Criado o Programa Brasil Alfabetizado, a fim de contribuir para a universalização da alfabetização de jovens, adultos e idosos e elevar sua escolaridade
  • 7. 2003/2004: Criado o relatório Alfabetização Infantil (a pedido da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados), onde um grupo de cientistas concluiu que as políticas e práticas de alfabetização de crianças, bem como os currículos de formação e capacitação de professores não corresponderam a evolução científica e metodológica ocorrida em todo o mundo 2011: Criado o documento Aprendizagem Infantil, que é uma abordagem da neurociência, economia e psicologia cognitiva, publicado pela Academia Brasileira de Ciências, o qual corrobora a tese do relatório Alfabetização Infantil; os novos caminhos e traz novas evidências 2012: Instituído o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) a fim de cumprir a meta 5 do PNE, então vigente / 2013: Primeira edição da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) 2014: Aprovado o Plano Nacional de Educação, referente ao decênio 2014 / 2024 / 2017: Promulgada a Base Comum Curricular / 2018: Criado o Programa Mais Alfabetização
  • 8. Atualmente, ao oferecer o EJA é necessário repensar muito com relação às políticas educacionais, procurando sempre manter o foco da alfabetização. E, claro, essa precisa ser o 1º passo, embora outros fatores e aprendizagens necessitem ser trabalhados para o aluno se desenvolver socialmente O adulto retoma seus estudos para se preparar para o mercado de trabalho, procurando desenvolver autonomia para ter sucesso profissional e, por isso, os conteúdos devem ser adaptados à realidade deles, sendo necessário realizar uma transposição para que eles se sintam valorizados e signifique aprendizado Não se pode negar que o Brasil já avançou bem na alfabetização de jovens e adultos, mesmo que ainda esteja entre os países com altos índices de analfabetismo O conceito de EJA precisa ser constantemente revisto, pois mesmo que os alunos tenham necessidade de aprender a ler e escrever, eles possuem outras necessidades, já que têm uma experiência de vida, e, para isso, querem compor sua própria escrita e palavra e aprender a ler nas entrelinhas para se tornar um verdadeiro cidadão
  • 9. Os Principais Projetos Para o EJA Atualmente: Programa Brasil Alfabetizado: Surgiu em 2003 uma Lei que tinha como objetivo alfabetizar 20 milhões de pessoas nos primeiros 4 anos, mas, infelizmente, em 2015, não haviam sido atingidos 10% dessa meta no início do projeto Programa Nacional de Integração da Educação Básica: com a Educação Profissional na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja): o Decreto de julho de 2006, incluiu a EJA na oferta dos cursos técnicos profissionalizantes. Desde sua implementação em 2005 até 2012, foram contabilizadas mais de 30 mil matrículas EJA no Sistema Prisional: o Governo Federal instituiu um Decreto em novembro de 2011, que estabeleceu o Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional Plano Nacional de Ensino (PNE): A Lei que instituiu o Plano Nacional de Ensino (2014 / 2024) tem entre suas metas erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50 % a taxa de analfabetismo funcional até o final de sua vigência em 2024, adotando, para isso, inúmeras estratégias para a melhoria e o aperfeiçoamento da EJA
  • 10. Os Princípios da Andragogia Sabe-se que os cursos de licenciaturas em Pedagogia focam seu olhar para o público infanto-juvenil e deixam o público jovens e adultos relegados a breves apontamentos Mas, o público de jovens e adultos que buscam a escolarização e aperfeiçoamento em alguma área visa obter melhores colocações no mercado de trabalho e relativa ascensão econômica Na era da Informação e do Conhecimento, observa-se que na Educação de Jovens e Adultos e na Educação Superior é necessário desenvolver profissionais que compreendam as especificidades de seus alunos, a fim de criar diálogo, conteúdos e metodologias adequadas para esse tipo de público É preciso entender que os adultos aprendem de forma diferente das crianças e, diante disso, pode- se dizer que Andragogia é “a ciência que estuda como os adultos aprendem” A palavra Andragogia possui origem oriunda do grego andros (adulto) + gogos (ensinar). Sendo assim, a Andragogia surge a partir da indagação em torno de como ensinar adultos, os quais possuem particularidades que os distinguem das crianças
  • 11. A Andragogia surgiu em oposição à Pedagogia, cuja ênfase estava sob o professor e no conteúdo e, neste último, todo o processo de aprendizagem, objetivos, avaliações, planos de ensino, temas, atividades e didáticas são dominados pelo professor Em contrapartida, na Andragogia, o processo de ensino é negociado entre aluno e professor em uma relação de diálogo. O professor se apresenta como o auxiliador e o aluno assume a centralidade em todos os aspectos do processo de aprendizagem Existem 5 Pressupostos Para a Educação de Jovens e Adultos: 1) Os Jovens e Adultos São Motivados a Aprender: por isso, à medida que experimentam, suas necessidades e interesses são satisfeitos. Esses são os pontos mais apropriados para iniciar a organização das atividades de aprendizagem do adulto 2) A Orientação de Aprendizagem do Adulto Está Centrada na Vida: por isso, as unidades apropriadas para organizar seu programa de aprendizagem são as situações de vida, e não as disciplinas 3) A Experiência é a Mais Rica Fonte para Jovens e Adultos: por isso, o centro da metodologia da educação do adulto é a análise das experiências
  • 12. 4) Os Jovens e Adultos Têm Uma Profunda Necessidade de Serem Autodirigidos: por isso, o papel do professor é engajar- se no processo de mútua investigação com os alunos, e não apenas transmitir-lhes seu conhecimento e depois avaliá-los 5) As Diferenças Individuais Crescem Com a Idade: por isso, a EJA deve considerar as diferenças de estilo, tempo, lugar e ritmo de aprendizagem de cada aluno OBSERVAÇÃO: O Professor Deve Auxiliar as Pessoas a Aprenderem ao Invés de Ensiná-las Os Princípios da Andragogia São: Necessidade do aprendiz de saber / Autoconceito do aprendiz / Experiência anterior do aprendiz / Prontidão para aprender / Orientação para aprendizagem / Motivação para aprender O aluno adulto precisa saber quais os motivos de aprender tal conteúdo, enquanto que, para preparar as aulas, o professor deve conhecer e se basear nas experiências dos alunos, levando-os a se interessarem e desejarem buscar a aprendizagem Esse aluno busca uma finalidade na aprendizagem e o educador precisa cooperar com ele para que o ensino aconteça. O docente que trabalha com EJA deve se conscientizar que esses estudantes possuem especificidades que devem ser consideradas durante o processo de ensino-aprendizagem
  • 13. Novos Paradigmas Educacionais na EJA A preocupação com a formação docente para a modalidade ocorreu oficialmente com uma lei de 1960 que ressaltava a necessidade de um preparo adequado, de acordo com as normas estabelecidas pelos conselhos de ensino Atualmente, o professor deve compreender as mudanças ocorridas na cultura escolar, não existindo mais como negar a centralidade do papel do aluno como ser ativo que está inserido em um contexto social e possui uma gama de experiência desse meio. Assim, a educação deve exercer um papel ativo no sentido de conscientizar o aluno sobre essa realidade Por muito tempo a EJA foi um tipo de ensino direcionado pelo paradigma da educação tradicional que valorizava apenas a reprodução de informação, sem uma preocupação com o aluno; sem reconhecê-lo como sujeito ativo com potencial de construir novos conhecimentos Atualmente, entende-se que a EJA precisa ser compreendida como uma possibilidade de promover nos estudantes o autoconhecimento a autonomia e a socialização Autores famosos pregam uma educação humanizada na EJA, onde o professor precisa estar aberto para acolher os alunos em suas práticas pedagógicas, considerando suas diversidades, seus interesses, necessidades e promovendo um ambiente de aprendizagem no qual os alunos tenham vontade e prazer de serem parte integrante
  • 14. A legislação caracteriza quem são os atores que formam o alunado do EJA, os quais não tiveram acesso ou não conseguiram continuidade nos seus estudos, no ensino fundamental ou médio da educação básica, na idade apropriada e foram excluídos A maioria provém das classes populares e sua condição social impulsionou a exclusão da escola. Por isso, mudar de paradigma significa mudar o olhar sobre eles, fazer um papel social, humano e reintegrá-los ao ambiente escolar, proporcionando ferramentas para que consigam notar e atuar sobre a realidade Ao abordar as mudanças sobre a EJA, não se pode esquecer de algo primordial nos dias de hoje: a integração da tecnologia no processo de aprendizagem O professor precisa incorporar às suas aulas esses recursos tecnológicos a fim de estar conectado às necessidades atuais não só de formação baseada em conhecimentos teóricos dos jovens e adultos, como desenvolver habilidades ao prepará-los para um mercado de trabalho competitivo e tecnológico Os conteúdos precisam fazer sentido, além de possuir utilidade prática, principalmente quando falamos de estudantes da EJA o diálogo, o escutar, o compartilhar precisam fazer parte do processo de ensino-aprendizagem, que abarca um novo tipo de relação mais equânime entre professor e aluno
  • 15. Duas Ações Fundamentais para a Efetivação dos Novos Paradigmas do EJA: 1) Formação Para os Professores: Sabe-se que o professor do EJA não possui um preparo específico na área; pois, em toda sua vida acadêmica sua formação se concentra no ensino de crianças 2) Pesquisas Acadêmicas na Área de Educação de Adultos: As pesquisas sobre o tema abordam a questão de marginalização da modalidade e do grupo que a forma, desenvolvendo-se em 1990 o que contribuiu com o novo olhar que incide sobre os alunos jovens e adultos. No entanto, a universidade precisa investir em pesquisas sobre metodologias e aprendizado para auxiliar os professores que trabalham nessa modalidade Aspectos Culturais Que Interferem na EJA Existe uma teoria que propõe o respeito aos saberes dos educandos, considerando que a discutição em sala de aula pode partir da realidade e associá-la com o conteúdo disciplinar Então, como orientador e mediador do processo de ensino e aprendizagem, o professor deve considerar a realidade social do aluno com base na exigência da criticidade, estimulando a curiosidade dos alunos na busca de conhecimentos para construir novos Para isso, ele deve estar atento à turma, mostrar interesse pelas experiências dos alunos e reconhecer esse sujeito como ativo no processo de ensino e aprendizagem. Além disso, ele não pode negar a leitura de mundo que os alunos têm ao ingressar na escola
  • 16. O Sistema Organizacional do EJA no Brasil A taxa de analfabetismo dos brasileiros com 15 anos ou mais em 2014 foi de 8,3%, (13,2 milhões de pessoas). Os dados do IBGE mostram que, entre 2001 e 2014, houve uma redução de 2,5 milhões de analfabetos Desde a Constituição de 1988, a educação passou a ser direito de todos e dever do Estado, sendo complementada pela LDB de 1996, garantindo assim educação básica a todos (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) No que concerne ao EJA, em 2009 uma nova alteração na lei ampliou a proteção jurídica para além da educação básica, levando além. Isto é, para o ensino médio, regular e na modalidade de EJA. Dessa forma, atualmente a Constituição dá o direito a EJA toda educação básica Na implementação de políticas direcionadas às populações excluídas, foi criada a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) para coordenar os programas Programa Brasil Alfabetizado (PBA), Programa Nacional do Livro Didático para a Alfabetização de Jovens e Adultos (PNLDEJA), Projovem, Educação em Prisões (Projovem Prisional)
  • 17. O Programa Brasil Alfabetizado do MEC nasceu em 2003 e estava estruturado em paralelo com o sistema de ensino. Esse programa demonstrou não ter atingido os objetivos de alfabetização, por falta de monitoramento e avaliação Em 2006 o EJA foi incluído na oferta de cursos técnicos profissionalizantes dentro do Programa Nacional de Integração da Educação Básica com Educação Profissional na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), bem como o Proeja Indígena Ainda existe a assistência Estudantil no Proeja, criada em 2008 para diminuir a evasão de alunos com dificuldades financeiras de alimentação e transporte. As modalidades oferecidas nesse programa são: A) Ensino Fundamental (EJA) com qualificação profissional / B) Ensino Médio (EJA) com qualificação profissional / C) Ensino Médio (EJA) com Educação Profissional Técnica