3. INTRODUÇÃO
Qualitativa(descontínuas):
– Condicionado por herança monogênica;
Quantitativas (contínuas ou poligênicas):
– Diversos fenótipos intermediários;
Multifatorial (semicontínuas ou quase-contínuas):
– Herança genética(monogênica ou poligênica)+ efeito
ambiental;
4. QUANTITATIVAS QUALITATIVAS
São controladas por muitos pares
de genes;
São controladas por pouco pares
de genes (geralmente um);
O efeito individual do gene sobre a
característica é pequeno
O efeito individual do gene sobre a
característica é grande;
Sofrem grande influência do
ambiente(P=G+E);
Sofrem pequenas ou nenhuma
influência do ambiente (P=G);
Tem distribuição fenotípica
contínua;
Distribuição fenotípica discreta;
Altura os indivíduos,pesos dos
animais em diferentes idades, peso
dos ovos;
cor da pelagem,cor da plumagem,
tipo de proteína do leite, grupo
sanguíneos
7. HERANÇA MULTIFATORIAL
• Interação completa de alguns ou muitos genes entre si
que aliados a um conjunto de fatores ambientais podem
influenciar sua expressão.
+
(dieta,sol,atividade física,etc.)
• Imagem da corola
Interação Gênica
Componentes Ambientais
9. EXPRESSÃO AMBIENTAL DOS GENES
HUMANOS
• Fenilcetonúria
- Distúrbio Recessivo do metabolismo de AA
Fator Ambiental DIETA
• Calvície
Fator Ambiental SEXO
Biológico
10. EXEMPLOS DE CARACTERÍSTICAS
MULTIFATORIAIS
NORMAIS PATOLÓGICOS
Cor do cabelo Retardo Mental
Cor da pele Diabetes
Altura Esquizofrenia
Peso Hipertensão Arterial
Pressão Sanguínea Autismo
Inteligência Alcoolismo
12. HERANÇA MULTIFATORIAL
A concordância de fenótipos pode aparecer
mesmo quando se têm genótipos e
predisposições diferentes.
GENOCÓPIA FENOCÓPIA
CONCORDANTES DISCORDANTES
13. AGREGAÇÃO FAMILIAR
• Pessoas afetadas tendem a se agrupar na mesma família;
• Os membros familiares podem desenvolver a mesma
doença sem que ela necessariamente seja hereditária;
• As famílias compartilham mais que seus genes;
14. Medida da Agregação Familiar
Risco Relativo (λr )
• λr = Prevalência da doença em um parente “ r ” afetados
prevalência da doença na população
• + comum a doença na população >
probabilidade de que a agregação seja apenas
coincidência;
15. ESTUDO DE CONTROLE DE CASOS
ControlesCasos
•Idade
•Etnicidade
•Ambiente
•Possuem a doença •Não possuem a doença
16. PROBLEMÁTICA DOS ESTUDOS DE CONTROLE DE
CASOS
• Tendenciosidade de Averiguação;
• Escolha do Controle(a diferença entre caso e controle está apenas
em sua condição de doença);
• Uma associação encontrada em um estudo de controle de casos
não prova a causa.Ex: CAD( Doença Arterial Coronariana) no
Japão
17. ESTUDO DE GÊMEOS
• Monozigóticos(MZ)
-Genótipos idênticos;
-Mesmo sexo;
-Podem ou não ser criados no mesmo ambiente;
• Dizigóticos(DZ)
-Compartilham 50% dos alelos;
-São avaliados gêmeos(DZ) que crescem em
ambientes similares;
18. CONCORDÂNCIA DE DOENÇA EM GÊMEOS MZ
• A concordância para uma doença prova que apenas o genótipo é
suficiente para produzir uma determinada doença;
• Concordância < 100% evidencia a influência de fatores não-
genéticos;
• MZ criados separados permite a observação de concordância
entre indivíduos com genótipos idênticos e criados em ambientes
diferentes
19. LIMITAÇÃO DOS ESTUDOS EM GÊMEOS
• MZ não tem exatamente a mesma expressão gênica;
• A exposição ambiental pode não ser a mesma;
• Tendenciosidade de Averiguação;
20. TIPOS DE VARIÂNCIA
• Variância fenotípica: É a variância total da população. Inclui
efeitos genéticos e não genéticos.
• Variância genética: É a variância que é devida às diferenças
genéticas existente entre os indivíduos da população. Exclui a
variação causada por fatores ambientais.
22. APLICAÇÕES DA HERANÇA MULTIFATORIAL
• MEDICINA
- Patologia,diagnóstico,prognóstico,tratamento
e consulta genética;
• AGRICULTURA
- Melhoramento Vegetal
• HUMANOS
- Inteligência,obesidade,hipertensão,suscetibilidade a doenças.
• AGROPECUÁRIA
- Melhoramento Animal
23. DOENÇAS COM HERANÇA
MULTIFATORIAL
MAL FORMAÇÕES CONGÊNITAS
– São defeitos morfológicos presentes ao nascimento;
– 2% dos recém nascidos apresenta esse quadro;
– O risco de recorrência entre irmãos é de 1% a 5%;
– Os casos podem ocorrer isolados(na ausência de
qualquer outro problema)ou associado a outras
doenças;
24. DOENÇAS COM HERANÇA
MULTIFATORIAL
MALFORMAÇÕES QUE ENVOLVEM O SNC
ANENCEFALIA e ESPINHA BÍFIDA
• Ocasionadas devido à deficiência de ac. Fólico;
• São resultantes da falha no fechamento do tubo neural;
• Esses defeitos podem variar desde graves até suaves;
26. FATORES GENÉTICOS:
mutação no gene que codifica
a enzima
metilenotetraidrofolato-
redutase (MTHFR), cuja
atividade reduzida resulta na
diminuição dos níveis
plasmáticos de folato;
FATORES AMBIENTAIS
idade materna, maior
frequência entre
primogênitos,presença de
teratógenos ambientais,etc...
MALFORMAÇÕES
CONGÊNITAS
27. DOENÇAS COM HERANÇA
MULTIFATORIAL
Avaliação de Risco:
• Distribuição sexual da Anencefalia- 2F:3M;
• Distribuição sexual da Espinha Bífida- 3F:2M;
• Incidência: 2 a 3/1000;
28. DOENÇAS COM HERANÇA
MULTIFATORIAL
• Diagnóstico:
Ultra-sonografia
Fetoscopia: dosagem de alfa-fetoproteína(AFP)no líquido
amniótico e/ou soro materno;
29. DOENÇAS COM HERANÇA
MULTIFATORIAL
MALFORMAÇÕES QUE ENVOLVEM O TRATO
GASTROINTESTINAL
ESTENOSE PILÓRICA
• Hiperplasia dos músculos do piloro do estômago;
• Causa obstrução do esvaziamento gástrico;
• Distribuição sexual – 5M:1F
• Incidência – 2 a 4/1000;
• Crianças apresentam vômitos recorrentes, desidratação e
desequilíbrio de eletrólitos, constipação intestinal, presença de
tumor pilórico;
30. Diagnóstico
• Exame físico, à procura de uma massa palpável,
complementado por exame radiográfico, confirmando-se
por ultra-som;
Tratamento
• Piloromiotomia cirúrgica e/ou Laparoscopia
31. DOENÇAS COM HERANÇA
MULTIFATORIAL
• Causa da sintomatologia: perda de ácido hidroclorídrico do
estômago e excreção de potássio e retenção de íons de
hidrogênio nos rins;
• Tende a se aglomerar nas famílias, com um risco
aumentado entra irmãos de uma prole de pessoas
afetadas;
• Ainda não foi descoberto um gene específico que
contribua para a patogenia;
32. CASO CLÍNICO
• James, c/20 dias de idade, foi visto na emergência por vômitos
persistentes. Ele nasceu a termo de uma gestação não complicada. Foi
alimentado no peito e parecia ter boa sucção, mas cospia grande parte
da alimentação desde o primeiro dia. Durante as ultimas 24 horas, ele
vomitava tudo o que comia, às vezes muito forçadamente.
Durantinteresse e esse tempo ele ficava muito sonolento, e mostrava
pouco pelo alimento. O exame revelou uma criança letárgica c/
fontanela anterior deprimida e sem lágrimas quando chorava. Uma
pequena massa é palpada no quadrante superior esquerdo do abdome.
Os estudos sanguíneos revelam baixo cloreto de potássio e uma alcalose
metabólica. Um diagnóstico de estenose pilórica é confirmado pelo
ultra-som e James é levado para uma cirurgia para uma piloroplastia
laparoscópica. Ele teve alta do hospital 2 dias depois.
33. MALFORMAÇÃO CONGÊNITAS
• Estenose pilórica:
- É uma hiperplasia dos músculos do piloro do estômago;
• Causa: obstrução do esvaziamento gástrico;
• Sintomas: vômitos recorrentes,desidratação e
desequilíbrio de eletrólitos;
• Tratamento: a incisão cirúrgica dos músculos
obstrutivos;
34. MALFORMAÇÃO CONGÊNITAS
• Estenose pilórica:
- Ocorrência:2 a 4/1000 crianças com prevalência de 4M:1F;
- É herança multifatorial: sem um gene específico;
• Risco de recorrência: ˃ em meninos que em meninas;
35. Mudar
Estudos de adoção estimam a contribuição de fatores genéticos
e ambientais em um traço, mas exige acesso a duas famílias, a
biológica e a adotiva;
Famílias nas quais os pais biológicos tem a doença e os pais
adotivos não tem o número de crianças com a doença será a
medida indicativa dos fatores genéticos;
Famílias nas quais os pais biológicos não manifestam a doença
mas os pais adotivos o fazem, o número de crianças com a
doença servirá como medida do componente ambiental.
36. Alcoolismo é Genético?
Droga de abuso mais frequente na sociedade;
Impacto na saúde e na economia
Efeito a longo prazo(morte prematura + doenças crônicas +
síndrome do álcool fetal);
Possível agregação familiar;
Estudos de Gêmeos – herdabilidade de 40:60%;
Estudos de adoção:
Fat. Genético
Fat. Ambiental Fat. Genético
Fat. Ambiental
Homens Mulheres
37. Em 1950 - Estudo de Olds e Milner cadê os cara?
(Auto estimulação cerebral);
Recompensa → Reforço = Processo de Adição
Quadro de dependência química sem especificidade de substância;
Efeito de Drogadição
38. Fatores que Influenciam o Fenótipo
Genéticos:
- Receptor da dopamina(DRD2 com presença do alelo A1);
- Polimorfismo para enzimas metabolizadoras do etanol;
Etanol Acetaldeído Acetato
• Velocidade de degradação do etanol e seus respectivos alelos:
ADH2*2: Vmax (340 mM/min) = Aversão ao alcoolismo
ADH2*1: Vmax (9 mM/min) = Tendem ao alcoolismo
ADH2 ADLH2
39. Aversão ao Álcool
• A isoenzima ALDH2(localização mitocondrial) revelou um
polimorfismo (troca Glu→Lys) na posição 487 da cadeia
polipeptídica) inativa a enzima o que provoca o acúmulo do
acetaldeído no sangue.
• Distribuição étnica significativa:
- Variante da ALDH2 - 50% da população asiática;
- Não sendo observada em populações negróides ou caucasóides.
40. Fatores que Influenciam o Fenótipo
Ambientais:
- Disponibilidade da droga;
- Uso/abuso do álcool por familiares;
- Pressão social;
- Estresse, entre outros.
41. Fatores que Influenciam o Fenótipo
Fatores genéticos contribuem com até 60% do risco total;
Não existe um gene do alcoolismo, mas sim uma constelação de
genes de predisposição genética;
42. DIFERÊNÇAS ENTRE AS CARACTERÍTICAS
QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS
lisa rugosa
Porcentagemdototaldeplantas
Peso( Kg)
Númeroderecém-nascidos
43. Doença Arterial Coronariana
• Depósitos de gordura acumulam-se na parede de uma
artéria coronária e obstruem o fluxo sangüíneo;
Receptor
de LDL Aterosclerose
CAD
Angina MI
44. Doença Arterial Coronariana
• Angina
Pressão ou dor sobre o esterno devido à insuficiência de O2 no
coração;
• Diagnóstico: .Tratamento:
- Exame físico; - Nitrato;
- ECG; - Betabloqueadores;
- Prova de Esforço; - Antagonistas do Ca++
- Ecocardiograma. - Antiplaquetários
Angioplastia
45. Doença Arterial Coronariana
• MI
Morte do miocárdio por falta de O2 devido à redução ou
interrupção do fluxo sanguíneo;
• Diagnóstico : .Tratamento:
- ECG; - Aspirina;
- Cintilografia; - Betabloqueadores;
- Niveis de CK-MB; - Terapia Trombolítica;
46. Fatores de Predisposição
• Fatores genéticos:
- Vários polimorfismos genéticos estão associados com
aterosclerose ;
- Localização cromossoma 2q21.1-22 e Xq23-26;
• Fatores ambientais:
- Estilo de vida, tais como dieta, álcool e uso de terapêutica de
substituição hormonal pós-menopausa;
47. Avaliação de Risco
• Mata 500 mil pessoas por ano nos EUA;
• Principal causa de morbidade e mortalidade em países
desenvolvidos;
• Custo de US$ 100 bilhões por ano aos cofres públicos;
• A CAD devida à aterosclerose causa 1.500.000 casos de MI
anualmente;
48. Avaliação de Risco
• Sexo masculino é mais freqüentemente afetado;
• Quanto mais jovem a pessoa, mais importante são os fatores
genéticos de MI;
• Risco de recorrência em parentes é maior quando o probando é
do sexo feminino ou jovem, ou ambos;
• A incidência elevada entre os indivíduos da raça branca;
49. Autismo
• Severa desordem da personalidade:
- Déficit de interação social;
- Dificuldade de linguagem;
- Comportamento repetitivo.
• Tipos:
- Síndrome de Asperger;
- Autismo “clássico”;
- Autismo do tipo regressivo
50. Tipos de Autismo
• Síndrome de Asperger:
- Forma de autismo mais branda;
- 20 – 30% dos portadores de autismo;
- Além dos sintomas básicos:
- Capacidades cognitivas e de linguagem relativamente
preservadas
- Alguns considerados pequenos gênios
51. Tipos de Autismo
• Autismo “clássico”
- Comprometimento das capacidades cognitivas que varia
de moderado a grave.
• Autismo do tipo regressivo
- Desenvolvem normalmente até aproximadamente 1 ano
e meio, e em seguida, até os 3 anos, sofrem regressão da
linguagem e do comportamento tornando-se autistas.
52. Fatores de Predisposição
Fatores Genéticos Fatores Ambientais
?
• 15q, 7q, 3q25-q27, 13q14, 2q e
17q21;
• Genes RELN, FOXP2 eEn2
(Formação do Tubo Neural)
• Doenças Genéticas associadas: X-frágil, fenilcetonúria
não tratada, duplicações parciais do cromossomo
15, Síndrome de Down, e Síndrome de Rett.
53. Avaliação de Risco
• Prevalência:
- Brasil: 5 a cada 1000 crianças(CGH);
- EUA: 1 a cada 110 crianças(CDC);
• Proporção sexual:
- 4 meninos : 1 menina
• Risco de recorrência = 6-8%
• Consangüinidade;
• 90% de concordância entre Gêmeos monozigóticos e 10% entre
gêmeos dizigóticos.
54. Diagnóstico
• Baseado principalmente no quadro clínico do paciente, não
havendo ainda um marcador biológico que o caracterize;
• Avaliação clínica e genética – Análise da história clínica,
exame físico e construção do heredograma;
• Teste molecular para Síndrome do X-Frágil;
• MLPA - visa identificar pequenas perdas ou ganhos de DNA
nas extremidades dos cromossomos.
55. Tratamento
• Voltado para minimizar os sintomas;
• Medicamentos:
-Neurolépticos;
-Anfetaminas;
-Anti-opióides;
• Educação especial:
- Método TEACCH:
- Funcionalidade;
- Independência;
• Reabilitação:
-Modificação de comportamento;
-Comunicação facilitada
-Aproximação direta do paciente;
56. Pesquisa Genética
• Reengenharia dos neurônios;
• Oxitocina “O hormônio do Amor”;
• TAC (Terapia Assistida por cães);
• Uso de vermes de porcos - Trichuris suis.