5 05 a o legado do liberalismo na primeira metade do seculo xix
1. História A - Módulo 5
O Liberalismo – ideologia e revolução, modelos e
práticas nos séculos XVIII e XIX
Unidade 5
O legado do Liberalismo na primeira metade do
século XIX
História A, Módulo 5, História A 1
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2. História A, Módulo 5, História A 2
O Estado como garante da ordem liberal
Durante o século XIX implantou-se um novo sistema político,
económico, cultural e social, o Liberalismo;
A implantação do Liberalismo levou ao desaparecimento do Antigo
Regime e ao início da Idade Contemporânea;
O Liberalismo defende os direitos do indivíduo, são os direitos
naturais, são inerentes à condição humana;
3. História A, Módulo 5, História A 3
Os direitos naturais:
Direito à liberdade – o mais importante pois engloba todos os
outros (liberdade de expressão, liberdade de reunião, liberdade
religiosa, etc.;
Direito à igualdade – todos são iguais perante a lei. A distinção
social é baseada na riqueza dos indivíduos. A questão da
escravatura (contrária aos direitos naturais colocou-se em muitos
países);
Direito à segurança e à propriedade - a burguesia dá importância
à posse de bens e propriedades. Os mais ricos são os mais
instruídos, é uma ideia típica dos liberais que levou ao sufrágio
censitário que excluía os mais pobres da vida apolítica
4. História A, Módulo 5, História A 4
O cidadão (interveniente na política) substitui o súbdito do Antigo
Regime;
O cidadão intervém na governação, é um ator político;
O cidadão participa na vida política como eleitor, como detentor de
cargos políticos;
5. História A, Módulo 5, História A 5
O cidadão participa nas assembleias e clubes, nos grupos de
discussão, escrevendo livros ou artigos nos jornais;
A defesa dos direitos individuais previa o direito à liberdade
religiosa dos indivíduos;
Os liberais defendem a liberdade individual (civil, religiosa, política,
económica);
6. História A, Módulo 5, História A 6
No entanto esta cidadania política tinha restrições, só os cidadãos
com uma razoável situação económica tinham a possibilidade de
ocupar cargos públicos;
Considerava-se que estes cidadãos tinham mais oportunidades de
se instruírem e por conseguinte poderiam governar melhor;
A burguesia aproveitou-se da situação para dominar o poder
político através do sufrágio censitário;
7. História A, Módulo 5, História A 7
O liberalismo moderado fez do Estado um defensor da ordem
social burguesa;
Para o Liberalismo moderado a soberania nacional não era igual a
soberania popular, por isso Liberalismo e Democracia são duas
conceções diferentes;
8. História A, Módulo 5, História A 8
O Liberalismo político; A secularização das instituições
O Liberalismo pretende um Estado neutro que respeite e proteja as
liberdades dos cidadãos e aplique uma lei igual para todos;
O poder era limitado pela Constituição, pela separação dos poderes
do estado, pela soberania nacional exercida por uma representação
e pela secularização das instituições;
9. História A, Módulo 5, História A 9
O constitucionalismo
Os Liberais legitimam o seu poder através da Constituição
(conjunto das leis fundamentais), é um regime assente na ordem
jurídica que substitui o Antigo Regime que estava baseado no
costume;
Os regimes liberais podem ser monarquias ou repúblicas;
As constituições liberais podem resultar de dois processos
diferentes: votadas pelos representantes da Nação (Constituição)
ou outorgadas por um rei (Carta Constitucional);
Os liberais moderados defendiam que devia ser o rei a outorgar um
documento à Nação.
10. História A, Módulo 5, História A 10
Os liberais moderados defendem a divisão dos poderes do Estado
(judicial, executivo e legislativo) como forma de evitar que um
destes poderes concentre a totalidade das competências políticas
caindo assim no despotismo;
Os liberais moderados defendem o reforço do poder executivo tal
como existe em Inglaterra;
O reforço do poder executivo foi executado em França (Carta de
1814) e em Portugal com a Carta Constitucional (1826);
11. História A, Módulo 5, História A 11
Os liberais moderados defendem a soberania nacional entregue a
uma representação (deputados) dos mais cultos e inteligentes que
eram aqueles que eram mais abastados;
Só os cidadãos com um determinado grau de fortuna podiam eleger
e ser eleitos para o parlamento, que exercia as funções legislativas;
Os liberais moderados, eram, na sua maioria, defensores do
bicameralismo;
Bicameralismo – existência de duas câmaras no parlamento:
Câmara Baixa – deputados eleitos;
Câmara Alta – nobres e personalidades escolhidas pelo soberano;
12. História A, Módulo 5, História A 12
Para os liberais o Estado é laico, o temporal separa-se do espiritual
e as instituições são secularizadas;
Para os liberais a questão religiosa é íntima e pessoal e não pode ser
imposta pelo Estado às pessoas, por isso propõem a separação
entre o Estado e a Igreja;
Criaram o registo civil (nascimentos, casamentos, óbitos. No Antigo
Regime esta responsabilidade era exercida pela Igreja;
Desenvolveram uma rede de ensino e de assistência (hospitais)
laica;
A escola pública foi um instrumento de divulgação das virtudes
cívicas (fraternidade, patriotismo, tolerância) que se pretendia
substituir à fé, subserviência e caridade cristã pregadas pelo padres;
13. História A, Módulo 5, História A 13
As expropriações e nacionalizações das propriedades das ordens
religiosas debilitaram o poder económico da Igreja;
A Igreja submeteu-se ao poder político;
Foram publicadas numerosas leis que retiraram ao clero privilégios;
No século XIX e inícios do século XX assiste-se à descristianização
dos costumes e até a alguns episódios de anticlericalismo (a Igreja,
é muitas vezes associada ao Antigo Regime);
Devido à secularização (sujeição às leis da Nação) a Igreja perdeu
os seus privilégios;
14. História A, Módulo 5, História A 14
O Liberalismo económico; O direito à propriedade privada e à livre
iniciativa
O Liberalismo económico opõe-se à intervenção do Estado na
economia;
O liberalismo económico é o produto das ideias de Adam Smith
(1723-1790), Quesnay (1694-1774) e Gournay (1712-1759);
15. História A, Módulo 5, História A 15
Quesnay foi o criador do fisiocratismo, teoria
económica que defende que a base da
riqueza de um país reside na agricultura;
Os agricultores devem cultivar e comercializar
os seus produtos livremente;
O fisiocratismo foi a base ideológica da
revolução agrícola inglesa do século XVIII;
16. História A, Módulo 5, História A 16
Gournay defendeu a liberdade de concorrência
que se traduz na expressão “laissez faire, laissez
passer” (deixai fazer, deixai passar);
É o ideal do liberalismo económico;
17. História A, Módulo 5, História A 17
Adam Smith defende que o trabalho é a
verdadeira fonte de riqueza;
A riqueza do Estado depende da existência do
direito individual à propriedade privada e à busca
de fortuna;
A vantagem pessoal identifica-se com o interesse
da coletividade;
18. História A, Módulo 5, História A 18
Adam Smith afirmou que “Quando o indivíduo trabalha para si
próprio, serve a sociedade com mais eficácia do que quando
trabalha para o interesse social”;
Só a livre iniciativa em busca da riqueza promoveria o trabalho, a
acumulação de capital e o investimento, isto é, o progresso
económico;
Segundo este economista o Estado deve abster de participar na
economia, pois o mercado rege-se por leis próprias, a lei da oferta
e da procura, que se encarregariam de equilibrar o consumo e a
produção;
Não deve existir nenhum entrave à livre concorrência;
19. História A, Módulo 5, História A 19
Adam Smith foi o grande teórico do liberalismo económico;
O Estado não devia de ter qualquer intervenção na economia,
não devia impor limites de produção, criar monopólios, lançar
impostos, ou tabelar preços ou salários;
O Estado apenas deveria facilitar a produção, estabelecer a ordem,
proteger a propriedade e fazer funcionar a justiça;
Adam Smith foi o grande defensor da iniciativa privada;
Foi a afirmação dos interesses da burguesia e do capitalismo, e
foi posta em prática na maior parte dos países de regime liberal;
20. História A, Módulo 5, História A 20
Os limites da universalidade dos Direitos Humanos; A
problemática da abolição da escravatura
Os liberais definiram a liberdade, a igualdade e a propriedade
como direitos humanos universais;
Mas na realidade o Estado Liberal nem sempre garantiu essa
universalidade;
21. História A, Módulo 5, História A 21
A propriedade nunca foi um direito natural;
A igualdade nunca foi uma realidade, o voto censitário
transformava a esmagadora maioria dos cidadãos em “cidadãos
passivos”;
O princípio da liberdade, o mais sagrado para os liberais, chocava
frontalmente com a prática da escravatura;
22. História A, Módulo 5, História A 22
Em França os primeiros debates em relação à escravatura tiveram
lugar na Assembleia Constituinte, em maio de 1791, e foram
concedidos direitos civis aos homens livres de cor, em setembro foi
abolida a escravatura na metrópole mas continuou nas colónias;
A polémica entre abolicionistas e defensores da escravatura vai
subindo de tom;
23. História A, Módulo 5, História A 23
Em São Domingos (Antilhas) eclodiu uma revolta de escravos;
O governo da Convenção decreta a abolição da escravatura nas
colónias (fevereiro de 1794);
Perante as pressões dos grandes proprietários, em maio de 1802,
Napoleão restabelece a escravatura nas colónias;
Só a revolução republicana de fevereiro de 1848 irá acabar
definitivamente com a escravatura;
24. História A, Módulo 5, História A 24
Nos Estados Unidos da América a escravatura, pela Constituição,
estava ao critério dos diversos estados;
Em meados do século XIX, o Congresso americano declarou a
intenção de proibir a escravatura nos novos territórios que iriam ser
convertidos em estados;
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secesion.ht
ml
25. História A, Módulo 5, História A 25
Os estados do Sul, onde a economia assentava no cultivo de
algodão e tabaco eram contra a abolição;
Os do norte cuja economia dependia das atividades industriais e
comerciais apoiavam as ideias abolicionistas;
Em 1860, é eleito presidente dos EUA, Abraham Lincoln, um
defensor do abolicionismo;
26. História A, Módulo 5, História A 26
Onze estados do sul formam uma confederação e saíram da União;
De 1861 a 1865, trava-se a Guerra da Secessão, que devastou o
país;
Em 1963, foi proclamada a abolição da escravatura nos EUA;
Em dezembro de 1865, a 13ª emenda à Constituição dos EUA pôs
fim à escravatura nos EUA;
A 15ª emenda à Constituição (fevereiro de 1869) reconhece direitos
políticos aos negros;
27. História A, Módulo 5, História A 27
Em Portugal a questão da abolição da escravatura começou pela
questão de proibir o tráfico negreiro;
O visconde de Sá da Bandeira (governo setembrista, dezembro de
1836) decreta a proibição de tráfico de escravos nas colónias
portuguesas a sul do equador;
Esta medida foi tomada depois da independência do Brasil e surgiu
da necessidade de promover a colonização de África;
28. História A, Módulo 5, História A 28
A Inglaterra pressionava o país para abolir a escravatura (interesse
económico britânico);
Em fevereiro de 1869, o rei D. Luís assinava o decreto emanado do
governo do Marquês de Sá da Bandeira que abolia a escravatura
em todo o território nacional;
29. História A, Módulo 5, História A 29
O Romantismo, expressão da ideologia liberal
O início do século XIX foi caracterizado pelo surgir de uma nova
corrente artística e cultural, o Romantismo;
Valorizam a sensibilidade, os sentimentos e as emoções;
Para eles a arte não é um conjunto de regras académicas, mas uma
“revelação da alma”, produto da inspiração e do génio;
30. História A, Módulo 5, História A 30
O Romantismo é uma corrente que valoriza os sentimentos, a
sensibilidade, a fuga às regras, exalta a liberdade;
Foi um movimento cultural e artístico mas também um estado
de espírito que dominou a primeira metade do século XIX;
Manifestou-se nas artes plásticas, arquitetura, literatura e na
música;
31. História A, Módulo 5, História A 31
Caspar David
Friedrich, Viajante
junto a um mar de
névoa
32. História A, Módulo 5, História A 32
Os românticos concentravam a sua atenção no indivíduo;
Um indivíduo sentimental e arrebatado, que se abandona à solidão e
à dor;
Surge o culto do eu;
Do idealismo revolucionário, surge o herói romântico;
33. História A, Módulo 5, História A 33
O Romantismo defende os seguintes princípios:
A interioridade, o mundo complexo dos sentimentos e das
emoções, os sonhos, os devaneios e as fantasias;
As viagens dentro de si mesmo, numa incansável fuga ao real (que
desilude e magoa);
Desilusão causada pelo facto de a burguesia no poder ter virado as
costas ao povo e se ter transformado numa nova elite
dominadora;
O avanço da industrialização e urbanização e dos problemas
sociais daí decorrentes;
34. História A, Módulo 5, História A 34
Os românticos defendem o isolamento da alma na comunhão com
a Natureza, na exaltação do mundo rural, puro, e no interesse
pelas sociedades primitivas ou exóticas, não maculadas pela
civilização oriental;
A valorização do passado de cada nação, cujas raízes mergulhavam
na Idade Média, agora idealizada através da literatura e das suas
ruínas;
Fuga para o exótico Oriente;
35. História A, Módulo 5, História A 35
Os heróis românticos estão em constante luta contra o mundo,
sentem-se incompreendidos e permanentemente insatisfeitos;
É o mal do século, é o mal de viver;
Eugéne Delacroix,
Mulheres de Argel
36. História A, Módulo 5, História A 36
A Revolução Industrial dos finais do século XVIII, transformou o
Mundo;
Os homens emigraram para as cidades onde se sentiam
desenraizados;
As cidades crescem e tornam-se lugares anónimos e cinzentos;
As revoluções liberais tinham trazido consigo muita violência e
destruição;
37. História A, Módulo 5, História A 37
Perante este quadro desenvolveu-se um espírito de instabilidade e
de inquietação;
Existe uma fuga ao racionalismo e do Humanismo;
O homem do romântico é subjetivo, apaixonado e valoriza os
sentimentos;
38. História A, Módulo 5, História A 38
O movimento romântico defende o ideal da liberdade
política, social, artística, cultural, religiosa e
económica;
Defendem a liberdade dos povos, defendem as minorias
étnicas contra o poder dos Estados;
Os românticos comprometem-se na luta política;
Eugéne Delacroix, A liberdade
guiando o povo
39. História A, Módulo 5, História A 39
O poeta inglês, Lorde Byron morreu a lutar pela libertação da
Grécia;
Muitas obras artísticas e literárias defendem os ideais de liberdade;
No século XIX vários povos libertaram-se ou conseguiram a sua
unificação: Grécia (1832); Itália (1870); Alemanha (1871);
Muitas nacionalidades nasceram nessa época;
Há um grande interesse pela Idade Média porque foi nessa época
que nasceram a maior parte das Nações europeias;
Viollet-le-Duc afirmou que “O Gótico é superior ao classicismo, da
mesma forma que o cristianismo é superior ao paganismo”;
40. História A, Módulo 5, História A 40
Os românticos procuram descobrir o património cultural;
A Idade Média tinha sido desvalorizada pelos Humanistas como a
Idade das Trevas;
Os românticos valorizam-na pois é a época em que nasceram as
Nações europeias, a sua identidade cultural e nacional e as suas
raízes históricas, por isso as tradições, as lendas são valorizadas e
nasce o romance histórico;
O nacionalismo romântico promoveu o interesse pela Idade Média;
41. História A, Módulo 5, História A 41
Uma revolução artística
O movimento romântico valorizou:
O individuo;
A procura do exótico;
A Natureza;
A Idade Média (Romance Histórico);
A poesia emotiva;
As emoções;
As literaturas nacionais;
Opôs-se:
Ao racionalismo do neoclássico.
42. História A, Módulo 5, História A 42
O romantismo procurou libertar o artista de todas as regras,
cultivou a inspiração e a originalidade como os valores
fundamentais da arte;
Procura os sentimentos, os sonhos a fuga à realidade;
As primeira sobras românticas surgiram no século XVIII:
James MacPherson, Poemas d’Ossian;
Goethe, Os sofrimentos do Jovem Werther;
Schiller, Os Bandidos;
43. História A, Módulo 5, História A 43
Poesia:
Lord Byron, Shelley, Keats, Chateaubriand;
Teatro:
Victor Hugo, com a peça “O Hernani”, 1830, quebrou com a
tradicional divisão entre tragédia e comédia, criando um novo
género, o drama (é um peça teatral de caráter sério, não cómico, que
apresenta um desenvolvimento de factos e circunstâncias
compatíveis com os da vida real);
Romance:
Surge o romance histórico (mistura de História e ficção,
reconstrução ficcionada de acontecimentos históricos);
Walter Scott, Madame de Staël, Victor Hugo, George Sand,
Alexandre Dumas (pai);
44. História A, Módulo 5, História A 44
A pintura romântica reage contra o racionalismo e a frieza do
neoclassicismo;
Théodore Géricault, A
jangada da Medusa
45. História A, Módulo 5, História A 45
É uma pintura emocional, colorida, vibrante plena de movimento;
Os pintores românticos lutaram pela livre expressão;
Henri Füssli, O pesadelo
46. História A, Módulo 5, História A 46
Defendiam a imaginação, o sonho, os sentimentos, a sensibilidade;
Vão-se emancipar da encomenda, pintando segundo a inspiração;
Surge uma pintura individualizada: quer a nível temático, quer a
nível estilístico;
47. Históricas: preferência por temas medievais, com uma leitura
exaltada dos acontecimentos e a valorização do herói;
Literárias: inspiração na literatura do passado, sobretudo
medieval (romances de cavalaria);
Mitológicas: relevo para a mitologia cristã e nórdica;
Retrato: não apenas os retratos oficiais mas também de pessoas
anónimas, tentativa de realizar o retrato psicológico;
Costumes populares: feiras, romarias, festas, etc.;
Vida animal: animais selvagens;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 47
As temáticas românticas:
48. Temas inspirados no mundo do sonho (onírico): inspiração no
mundo interior, na imaginação, na fantasia, no subconsciente, no
absurdo;
Paisagens: retratada de uma forma bucólica ou dramática;
Temas exóticos: inspiração em civilizações não europeias, África,
China, Índia, etc.;
Temas da atualidade político-social da época: naufrágios,
revoltas sociais, lutas nacionalistas e independentistas;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 48
49. Existe uma grande diversidade estilística;
A pintura romântica é caracterizada pela espontaneidade e
individualismo;
Apresenta um tratamento realista da forma e a cor é utilizada de
uma forma livre, emocional;
Alguns autores apresentam significativas inovações:
Simplificação do desenho das formas e no tratamento do claro-
escuro;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 49
Os modos de execução (características estilísticas)
51. Traços estilísticos comuns:
Prevalece a cor sobre o desenho: paleta cromática variada,
fortes contrastes cromáticos, intensos efeitos de claro-escuro;
A luz foi, frequentemente, focalizada para o assunto que se
queria evidenciar, iluminando sentimentos;
Utilizam, por vezes, sombras coloridas, conseguidas com cores
opostas, que ajudam a definir esta pintura vigorosa e dinâmica;
O assunto base era, muitas vezes, envolvido por um cenário
natural dramático, animado pela violência dos elementos, de
modo a reforçar a emotividade da cena principal;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 51
53. Pincelada larga, fluida, espontânea, definindo formas menos
nítidas (ao contrário dos nítidos contornos da pintura
neoclássica);
Composição com estruturas agitadas, movimentadas, linhas
obliquas e sinuosas que reforçam o dramatismo;
Figura humana por vezes representada em atitudes
contrastadas, reforçando o dramatismo;
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 53
54. História A, Módulo 5, História A 54
Caspar David Friedrich, O
caçador na floresta
57. Principais pintores:
França: Théodore Géricault (1791-1824); Eugéne Delacroix (1798-
1863);
Alemanha: Caspar David Friedrich (1774-1840);
Espanha: Francisco Goya (1746-1828);
Inglaterra: William Blake (1757-1827); John Constable (1776-18379;
William Turner (1755-1851);
Suíça: Henri Füssli (1741-1825);
Estados Unidos: Benjamim West (1738-1820); John Singleton
Copley (1738-1815);
Módulo 8, HCA, Curso de Turismo 57
58. História A, Módulo 5, História A 58
Na arquitetura a procura de uma nova estética, não conduziu a um
novo estilo;
Levou à reprodução de estilos de outros tempos e outros lugares;
Sobretudo os não influenciados pelo Classicismo (Idade Média e
países do Oriente e África);
John Nash, Pavilhão Real de
Brighton, Inglaterra, 1821
59. História A, Módulo 5, História A 59
Ao longo do século XIX, foram-se
desenvolvendo os revivalismos históricos
na arquitetura romântica: neorromânico,
neogótico, neoárabe, neobarroco, etc.;
Procuram alimentar a imaginação
romântica;
Em meados do século surgem os
ecletismos: combinação de vários estilos
no mesmo edifício;
F. Bau e T. Ballu, Igreja de
Santa Clotilde, Paris
60. História A, Módulo 5, História A 60
Os arquitetos românticos procuraram a irregularidade, o
organicismo das formas, os efeitos de luz, o movimento, a
decoração pitoresca e exótica;
Tudo o que provocasse: encantamento, evasão, estimulasse
os sentidos e a imaginação, fosse um convite ao sonho e à
fantasia, evocação de realidades imaginárias ou distantes;
A arquitetura devia provocar emoções, motivar estados de
espírito e transmitir ideias;
G. Von Dollmann, Castelo de Neuschanstein, 1870, Baviera, Alemanha
61. História A, Módulo 5, História A 61
O gosto pelas culturas exóticas deu origem aos exotismos;
É uma forma de alimentar o espírito romântico de fuga, de
viagens, a procura de terras e ambientes estranhos;
Desenvolve-se o colecionismo de estampas japonesas;
62. História A, Módulo 5, História A 62
Por exigência dos materiais em que se exprime (mármore, bronze,
madeira, etc.) a escultura tem uma conceção mais lenta e por isso
menos espontânea;
Esta situação opunha-se à espontaneidade defendida pelos
artistas românticos;
A escultura ocupou um lugar secundário no movimento
romântico;
63. História A, Módulo 5, História A 63
A escultura romântica teve um maior desenvolvimento em França;
As temáticas mais usadas: Inspiradas na Natureza; Carácter
alegórico e fantasista; Temas históricos e literários; Retrato;
Procuram o sentido dramático, as emoções, os contrastes de luz e
sombra e cheio/vazio;
As composições são movimentadas;
Exaltação da expressividade;
64. História A, Módulo 5, História A 64
A música do romantismo desenvolveu a expressividade e
subjetividade das emoções;
Desenvolveu a melodia;
Surge a tendência para o teatral e grandioso (sinfonia), destaca-se
Beethoven;
Inspiração na poesia (Schubert);
Revivalismo do folclore musical (Sibelius);
Procura do virtuosismo musical (Chopin);
Afirmação da ópera (Puccini, Verdi, Wagner)
65. História A, Módulo 5, História A 65
Wagner foi o maior expoente do romantismo.
Tristão e Isolda
66. História A, Módulo 5, História A 66
O Romantismo em Portugal
Almeida Garrett e Alexandre Herculano foram os introdutores do
Romantismo em Portugal;
O Romantismo em Portugal apresenta as mesmas características do
europeu: valorização do indivíduo, das emoções, da Idade Média,
procura o popular, o folclore;
67. História A, Módulo 5, História A 67
Os poemas Camões (1825) e D. Branca (1826) de Garrett iniciam o
romantismo em Portugal;
Frei Luís de Sousa revolucionou o teatro português;
Escreveu romances históricos: Arco de Sant’Ana e as Viagens da
Minha Terra;
Pesquisou sobre as raízes populares da literatura portuguesa (O
Cancioneiro, O Romanceiro);
Foi um político liberal, esteve refugiado em França e Inglaterra;
68. História A, Módulo 5, História A 68
Alexandre Herculano, foi um político, defensor da Carta
Constitucional e um escritor que se notabilizou sobretudo no
romance histórico (O Monge de Cister, O Bobo, Eurico, o Presbítero);
Também foi historiador e escreveu uma História de Portugal;
Esteve exiliado em França;
69. História A, Módulo 5, História A 69
Camilo Castelo Branco foi outro dos grandes autores românticos;
A sua obra prima foi Amor de Perdição;
Camilo também teve uma vida pessoal agitada e dramática;
No último quartel do século XIX começa a desenvolver-se uma
corrente contra o Romantismo, a Geração de 70 (Antero Quental,
Teófilo Braga, Eça de Queirós) que defendiam o Realismo;
70. História A, Módulo 5, História A 70
Na arquitetura o romantismo entrou em Portugal pela mão do
príncipe D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha, marido de D.
Maria II;
Encomendou ao engenheiro, barão de Eschwege, o Palácio da
Pena, em Sintra (1838-1868/1885);
71. História A, Módulo 5, História A 71
Palácio da Pena,
salão árabe
O Palácio de Sintra é um dos exemplos do ecletismo (mistura de
estilos) nacional;
72. História A, Módulo 5, História A 72
Em Portugal os revivalismo tiveram um carácter marcadamente
nacionalista, revivendo o período áureo dos Descobrimentos –
surge o Neomanuelino;
Luigi Manini, Palácio-Hotel do Buçaco, 1888-1907
73. História A, Módulo 5, História A 73
L. Manini, Palácio da Regaleira, Sintra
José Luís Monteiro, Estação do Rossio, Lisboa
74. História A, Módulo 5, História A 74
A. J. Dias da Silva, Praça de Touro do Campo Pequeno, 1892, Lisboa
Os exotismos tiveram uma preferência pelo estilo Neoárabe, como
consequência da nossa história;
75. A estética romântica entrou tardiamente na pintura portuguesa;
Nunca possuiu um programa concreto nem objetivos bem
definidos;
Os temas pintados foram sobretudo cenas de género, e paisagens,
pintura histórica (sobretudo medieval) e festas populares;
75
76. Principais autores:
Augusto Roquemont (1804-1852);
Luís Pereira Meneses (1817-1878), excelente retratista;
Tomás da Anunciação (1818-1879), pintor de temas rurais e
campestres;
João Cristino da Silva (1829-1877), paisagista e pintor de género;
Leonel Marques Pereira (1828-1892), pintor de costumes
populares;
76
80. Em Portugal, na escultura, apesar da
forte tradição neoclássica, distinguem-se
os seguintes escultores românticos:
Vítor Bastos (1828-1894);
Costa Mota Tio (1861-1930);
Anatole Camels (1822-1906), francês
estabelecido em Portugal;
80
Vítor Bastos, Monumento a
Camões
83. História A, Módulo 5, História A 83
Esquema in “Preparação para o
Exame Nacional, História A 11, Porto
Editora
84. História A, Módulo 5, História A 84
Esta apresentação foi construída tendo por base a seguinte
bibliografia:
FORTES, Alexandra; Freitas Gomes, Fátima e Fortes, José, Linhas da
História 11, Areal Editores, 2014
COUTO, Célia Pinto, ROSAS, Maria Antónia Monterroso, O tempo
da História 11, Porto Editora, 2011
SANCHES, Mário, História A, Edições ASA, 2006
2018/2019