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ULISSES SOUZA, 19 ANOS
ATUANDO COM
PREVENÇÃO.
TÉCNICO EM SEGURANÇA
DO TRABALHO
GESTOR AMBIENTAL
HIGIENISTA
OCUPACIONAL
INSTRUTOR E
ESPECIALISTA EM
SEGURANÇA CONTRA
INCÊNDIO CREDENCIADO
NO C.B
ENGENHEIRO DE
PRODUÇÃO
BOMBEIRO
P
R
I
M
E
I
R
O
S
S
O
C
O
R
R
O
S
TRAUMA
Acontecimentos não previstos e indesejáveis que, de forma mais ou menos violenta,
atingem indivíduos neles envolvidos, produzindo-lhes alguma forma de lesão ou dano. Uma
das definições adotadas se refere ao conjunto das perturbações causadas subitamente por
um agente físico, de etiologia, natureza e extensão muito variadas, podendo estar situadas
nos diferentes segmentos corpóreos
1. Acidentes em estradas
2. Violência Interpessoal ou auto infligida
3. Afogamento
4. Quedas
5. Incêndios
6. Envenenamento
A palavra “trauma”, do ponto de vista semântico, vem do grego trauma
(plural: traumatos, traumas), cujo significado é “ferida”. A terminologia trauma em
medicina admite vários significados, todos eles ligados a acontecimentos não
previstos e indesejáveis que, de forma mais ou menos violenta, atingem
indivíduos neles envolvidos, produzindo-lhes alguma forma de lesão ou dano.
INTRODUÇÃO DE TRAUMA
DEFINIÇÃO DE
TRAUMA
Conjunto das perturbações causadas
subitamente por um agente físico, de
etiologia, natureza e extensão muito
variadas, podendo estar situadas nos
diferentes segmentos corpóreos.
TRAUMA
“O destino do
traumatizado está
nas mãos de quem
faz o primeiro
curativo.”
TRAUMA
O trauma é a principal causa de
morte entre 01 ano de vida a 44 anos
de idade.
Aproximadamente 80% das mortes
em adolescentes e 60% na infância
são decorrentes de traumas, nos
idosos aparece como a sétima causa.
Uma abordagem organizada e
sistemática ao cuidado desses
doentes pode aumentar sua
sobrevida.
CINEMÁTICA DO
TRAUMA
A cinemática do trauma é caracterizada como o processo de avaliação
da cena de um acidente para determinar quais lesões pode ter ocorrido
das resultantes forças que agem sobre o corpo.
A sua principal finalidade é de observar a existência de lesões ocultas,
principalmente naquelas pessoas aparentemente sem lesões visíveis.
A compreensão deste processo de troca de energia leva à suspeita de 95% das
possíveis lesões. Um evento traumático é divido em 3 fases: pré-colisão, colisão e pós-
colisão.
O termo colisão não se refere necessariamente à colisão.
CINEMÁTICA TRAUMA
A fase pré-colisão inclui todos os eventos que precedem o incidente (Prevenção
de acidentes).
A fase colisão começa no momento do impacto entre um objeto em movimento e
um segundo objeto, que pode estar em movimento ou não (evento traumático que
envolve a troca de energias).
Durante a fase pós-colisão, o socorrista usa as informações obtidas durante as
fase anteriores para avaliar a vítima (atendimento à vítima).
CINEMÁTICA TRAUMA
Na maioria dos traumas, ocorrem três impactos:
1- impacto entre dois objetos; 2 – o impacto entre os
ocupantes contra o veículo; 3 – o impacto dos órgãos
dentro dos ocupantes.
Exemplo:
Auto x poste – o primeiro impacto será entre o
veículo e o poste; o segundo entre os ocupantes do
veículo e o volante / para brisa / painel; o terceiro
impacto será entre os órgãos internos das vítimas e a
parede torácica, abdominal ou crânio.
CINEMÁTICA TRAUMA
No Brasil, 130 mil pessoas morrem por
trauma ao ano. 450 mil, ao ano, ficam com
sequelas graves como não poder mais andar,
dificuldades na fala, alimentar-se, estudar e
trabalhar.
Os acidentes de trânsito e a violência
urbana ainda são as principais causas de traumas.
PERÍODO DE OURO
Na assistência pré-hospitalar a expressão “hora de ouro” (golden hour) é utilizada
para designar a primeira hora que sucede um episódio de trauma. Esse termo foi
inicialmente conceituado por Adams Cowley no final da década de 60, primeiro tenente do
exército americano. Ele observou, através de procedimentos assistenciais emergenciais de
indivíduos gravemente feridos, que quando uma vítima era socorrida e recebia tratamento
em suas lesões em menos de uma hora após o acidente aumentava a possibilidade de
sobrevivência da mesma, reduzindo a letalidade do trauma. Esse tempo-resposta foi
denominado como a hora de ouro.
É neste intervalo crítico de uma hora entre a lesão, o transporte e tratamento que
uma equipe especializada faz a diferença.
PERÍODO DE OURO
Os 10 minutos de platina (Platinum 10) é o que fazemos em primeira instância,
quer seja na ambulância ou no local para garantir a sobrevivência da vítima.
A estes 10 minutos de platina correspondem as ações que devem ser tomadas de
imediato e que são suficientes para estabilizar de forma a evitar uma maior deterioração.
Em termos básicos estes são os procedimentos que aplicados nos primeiros 10 minutos,
na maioria dos casos, salvam uma vida.
10 MINUTOS DE PLATINA
AVALIAÇÃO DA
VÍTIMA
O QUE É TRAUMA?
• No contexto da enfermagem, define-se o Trauma como um evento
nocivo que advém da liberação de formas específicas de energia ou
de barreiras físicas ao fluxo normal de energia.
A HISTÓRIA DO XABCDE DO TRAUMA?
• Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o cirurgião ortopédico Jim Styner
pôde perceber as fragilidades dos cuidados em primeiros socorros de vítimas de
traumas. Depois dessa experiência, o médico desenvolveu o protocolo ABCDE do
trauma, que passou a ser empregado em diversas regiões do mundo a partir de 1978,
sendo ministrado neste ano o primeiro curso sobre o tema.
A importância do método desenvolvido por Jim Styner não demorou a ser reconhecida
pelas autoridades médicas, uma vez que só com esses cuidados é possível realmente
estabilizar o paciente, deixando-o mais seguro para o transporte e para quaisquer
outras intervenções que se façam necessárias.
Mudança (a entrada do X):
• O famoso mnemônico do trauma "abcde" ganhou na 9ª edição do
PHTLS 2018, no capítulo 6 , mais uma letra. O "x' de hemorragia
exsanguinante ou seja hemorragia externa grave. Ainda não
publicado oficialmente e não traduzido, mas já nos atualizamos.
O APH sofreu uma substancial alteração, dando mais ênfase às
grandes hemorragias externas, antes mesmo do controle cervical ou
da abertura das vias aéreas!
O QUE É O ABCDE DO TRAUMA?
• O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao
paciente poli traumatizado e define prioridades na abordagem ao
trauma, no sentido de padronizar o atendimento. Ou seja, é uma
forma rápida e fácil de memorizar todos os passos que devem ser
seguidos com o paciente em politrauma.
Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao
indivíduo, e é aplicável a todos as vítimas com quadro crítico,
independentemente da idade. O protocolo tem como principal
objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de
qualquer tipo de trauma
QUAIS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE
PRÉ-HOSPITALAR?
• Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma é
necessário atentar-se a itens essenciais para salvaguardar a vida da
equipe, como: avaliação da segurança da cena segura, uso de EPI’s,
sinalização da cena (Ex. dispor cones de isolamento na pista).
Significado das Letras ABCDE
• (X) – Exsanguinação
Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve
ser antes mesmo do manejo das vias aérea uma vez que,
epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser
responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais
mata no trauma são as hemorragias graves.
(A) – Vias aéreas e proteção da coluna
vertebral
• No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66-
85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Para manutenção das
vias aéreas utiliza-se das técnicas: “chin lift”: elevação do queixo, uso de aspirador de
ponta rígida, “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel).
No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe
de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para
os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares.
A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso,
uma prancha rígida deve ser utilizada.
Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos
• multissistêmicos!
•
(B) – Boa Ventilação e Respiração
• No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A
frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose,
desvio de traqueia e observação da musculatura acessória são
parâmetros analisados nessa fase.
Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção,
palpação, ausculta e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se
o paciente está bem oxigenado.
(C) – Circulação com Controle de Hemorragias
• No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais
parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela
compressão direta do foco. A Hemorragia é a principal causa de morte no
trauma.
A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas,
grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde
deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os
principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdomem e
membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo
de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento
do nível e qualidade de consciência.
Classificando
o Choque
Hipovolêmico
(D) – Disfunção Neurológica
• No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das
pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível
de lesão medular são medidas realizadas.
Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão
secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido
cerebral. Importante aplicar a escala de goma de Glasgow atualizada.
(E) – Exposição Total do Paciente
• No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com
prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O
socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na
pele etc.
A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais
grave que acomete o paciente.
KED
No APH (Atendimento Pré-Hospitalar) devemos estar sempre preparados para
trabalhar de forma conjunta e rápida a fim de conseguir contornar a situação
grave do paciente todo mundo já entende. O que muita gente ainda não não sabe
é que tudo isso só é possível por meio de algumas ferramentas que auxiliam no
transporte, imobilização e movimentação da pessoa atendida. Hoje, vamos
aprender sobre um desses instrumentos essenciais: o KED (Kendrick Extrication
Device) ou Dispositivo de Extricação de Kendrick.
KED
Em primeira vista, o nome pode assustar um pouco, mas o KED, nada mais é do
que um instrumento de extricação criado por Rick Kendrick em 1978. É
interessante como o seu desenvolvimento é recente considerando o quanto esse
tipo de ferramenta é importante no dia-a-dia do APH, devido à sua eficiência e
segurança. Principalmente porque é usado por profissionais que têm a grande
responsabilidade de atender de forma rápida e eficaz para estabilizar um paciente
em situação de emergência, como você pode conferir no post sobre Os desafios
do APH – Atendimento Pré-Hospitalar.
KED
O uso desse dispositivo é frequente porque um dos principais passos do cuidado
ao traumatizado é a “extricação”. Como sabemos, esse é um termo muito usado
no meio e envolve retirar uma vítima de um local em que está presa ou não
consegue sair com segurança usando suas próprias capacidades. Portanto, a
principal função dessa ferramenta é a imobilização e estabilização, em conjunto
com o colar cervical, de toda a coluna vertebral para que a retirada do paciente
possa acontecer.
KED
Trata-se de um equipamento tipo veste ou colete com a parte posterior rígida, que
fica em contato com a cabeça, pescoço e a coluna vertebral, até a cintura pélvica.
A parte anterior consiste em duas “abas” que envolvem a coluna em sua porção
final e a pelve do paciente, que são presas uma à outra por três tirantes de
diferentes cores (conforme o fabricante).
KED
O KED foi idealizado e criado para a extricação de vítimas de veículos automotores, nos
casos em que não é possível estabilizar seguramente o paciente em prancha longa,
devido à sua posição dentro do veículo. O objetivo é estabilizar a coluna vertebral antes
de proceder à imobilização completa em prancha longa. Porém, deve ser usado em
vítimas conscientes e estáveis (sem risco imediato de morte ou complicação), em cenas
seguras, que também não ofereçam risco à equipe de socorristas e somente quando o
tempo não for a principal preocupação. Não se recomenda o uso do KED para pacientes
inconscientes e/ou instáveis, devido à duração necessária para a sua correta colocação.
Para esses pacientes, podemos utilizar técnicas de extricação rápida como a “Chave de
Rauteck” e a “Anaconda”. A vantagem em usá-las está na rapidez de aplicação e no fato
de que não demandam o uso de muitos equipamentos. Porém, não oferecem tanta
estabilidade e proteção quanto o KED.
KED
Como colocar o KED no paciente?
A técnica para colocação do KED exige
de dois a três socorristas com
treinamento para sua correta utilização,
pois o posicionamento incorreto do
dispositivo pode causar movimentos
bruscos na coluna e, portanto, danos
físicos no paciente. E tudo o que a gente
menos quer é agravar a situação, não é
mesmo?
KED
Feitas a avaliação e a sinalização
da cena, a vítima deve ser
abordada juntamente com a
estabilização manual da
cabeça (Abordagem primária
Rápida – ABC), mantendo-a em
posição neutra, alinhada à coluna
cervical.
KED
Um segundo socorrista deve então
colocar o colar cervical de tamanho
adequado (veja imagem à direita) e
proceder com a Avaliação Primária
Completa (ABCDE). A vítima deve ser
movimentada em bloco para frente,
liberando espaço entre ela e o banco
para a passagem do KED (veja a
imagem abaixo). O dispositivo deve ser
colocado alinhado à coluna, com as
abas posicionadas logo abaixo das axilas
KED
É importante lembrar que os tirantes longos
(tirantes da virilha) devem ser soltos e
posicionados por cima do colete, para facilitar
sua fixação ao final.
Os tirantes devem ser bem presos e ajustados
na ordem correta (por isso as cores
diferentes) com o objetivo de envolver a
vítima de forma uniforme. O primeiro a ser
preso é o tirante central (abdominal), seguido
pelo tirante inferior (quadril) e o superior
(tórax),
KED
É preciso ter cuidado nesse momento com
casos em que esse método de colocar o
dispositivo na vítima deve ser feito de
maneira diferente. Em gestantes, por
exemplo, o tirante abdominal e o torácico
não devem ser tracionados, evitando a
compressão abdominal.
Em todos os pacientes, os tirantes longos
(virilha) devem ser então passados por
baixo dos joelhos, de fora para dentro, e
posicionados em linha reta com a prega
glútea, acoplados e bem ajustados
KED
Por último, procedemos com a imobilização
completa da cabeça. É Importante observar se
há espaço não preenchido entre a
cabeça/coluna e o KED, dificultando o
alinhamento correto. Se isso ocorrer, pode-se
colocar um acolchoamento entre a cabeça ou
coluna e o KED, para mantê-las alinhadas e em
posição neutra.
As abas superiores devem ser posicionadas
(segure-as juntamente com o colar cervical,
pois isso permite uma troca cuidadosa e segura
da imobilização manual da cabeça)
KED
Para proceder à imobilização completa
da cabeça, prenda-a com os tirantes
(tirantes de cabeça) na lateral das abas,
passando um tirante na altura da região
frontal da cabeça e outro na altura da
mandíbula, tomando cuidado para não
comprimi-la ou prejudicar a ventilação
por tração excessiva.
Nesse momento, já não é necessária a
imobilização manual da cabeça, pois a
mesma está completamente
estabilizada
KED
Depois que todos os tirantes
estiverem acoplados, verifique o
ajuste de cada um, e então tracione o
tirante do tórax de maneira que ele
fique firme e não impeça ou
prejudique a ventilação do paciente.
KED
Um socorrista deve segurar as
abas do lado direito (superior e
inferior) e outro socorrista as do
lado esquerdo (superior e
inferior). A vítima então vai sendo
virada em sincronia, ao comando
do profissional que está à direita
da vítima
À medida que se gira a vítima, suas pernas devem ser soltas da parte
inferior do painel (uma por vez) e elevadas para o assento, impedindo que
fiquem presas e sejam tracionadas. O paciente então é colocado sentado
na prancha longa e, nesse momento, devem-se soltar os tirantes da virilha
e das pernas abaixadas
KED
Com a vítima posicionada na prancha, o KED não pode ser removido e deve ser
iniciada a imobilização completa (tirantes de tórax, quadril, membros inferiores e
imobilização da cabeça –Head block e tirantes).
KED
O KED foi idealizado e criado para a extricação de vítimas de veículos automotores, nos
casos em que não é possível estabilizar seguramente o paciente em prancha longa,
devido à sua posição dentro do veículo. O objetivo é estabilizar a coluna vertebral antes
de proceder à imobilização completa em prancha longa. Porém, deve ser usado em
vítimas conscientes e estáveis (sem risco imediato de morte ou complicação), em cenas
seguras, que também não ofereçam risco à equipe de socorristas e somente quando o
tempo não for a principal preocupação. Não se recomenda o uso do KED para pacientes
inconscientes e/ou instáveis, devido à duração necessária para a sua correta colocação.
Para esses pacientes, podemos utilizar técnicas de extricação rápida como a “Chave de
Rauteck” e a “Anaconda”. A vantagem em usá-las está na rapidez de aplicação e no fato
de que não demandam o uso de muitos equipamentos. Porém, não oferecem tanta
estabilidade e proteção quanto o KED.
COLAR CERVICAL
Utilizado para imobilização da coluna cervical, impedindo a flexão e
extensão da região, durante o transporte de vítimas politraumatizadas.
Confeccionado em polietileno, EVA e velcros com cores padronizadas
diferenciando os tamanhos. Totalmente radiotransparente. Possui apoio
mentoniano e occiptal. Sua ampla abertura frontal permite checar o pulso
carotídeo e realizar procedimentos de traqueostomia.
COLAR CERVICAL
As aberturas na parte posterior proporcionam a ventilação do local e
permitem verificar o escoamento de fluídos, tais como o sangue.
O colar cervical deve ser colocado na vítima assim que os riscos
imediatos à vida foram sanados. As vítimas de trauma, geralmente são
transportadas imobilizadas em prancha longa, com colar cervical e head block.
COLAR CERVICAL
Este equipamento pode ser encontrado nos tamanhos
neonatal, pediátrico, P, M, G e um modelo regulável (imagem
abaixo) que centraliza todos estes tamanhos mais comuns em um
só colar.
COLAR CERVICAL
Antes de aplicação do colar cervical, devemos mensurar o
seu tamanho mais adequado à vítima.
COLAR CERVICAL
No colar, medir do parafuso ou marca indicadora até o final da parte
rígida.
COLAR CERVICAL
A cânula orofaríngea (Cânula de Guedel) é um dispositivo utilizado para
o manejo das vias aéreas. Ela evita que a base da língua de pacientes com depressão
do sensório obstrua a orofaringe e, consequentemente, permite uma melhor
oxigenação. Devemos utilizar somente em vítimas inconscientes, devido ao potencial
de induzir náuseas, vômitos e uma possível aspiração.
CÂNULA OROFARÍNGEA
Coloque o dispositivo
com a porção redonda no canto
da boca do vítima e a ponta em
direção ao ângulo da mandíbula
(abaixo do lóbulo da orelha do
mesmo lado). A ponta deve
chegar na altura do ângulo da
mandíbula.
MENSURAÇÃO DA CÂNULA
Uma das formas mais utilizadas é colocar de maneira invertida,
ou seja, com a concavidade voltada para cima. Após a inserção até o
véu palatino, devemos girar o dispositivo 180°, colocando a
concavidade para baixo e inserindo-o na cavidade oral.
https://www.youtube.com/watch?v=NidlMwn6eOA
Normalmente, encontramos as
cânulas do tamanho 0 (zero) até
o tamanho 5 (cinco) (foto ao
lado), mas podemos encontrar
de neonatal (00) até 6 (seis).
COLOCAÇÃO DA CÂNULA
OROFARÍNGEA

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4 aula souza

  • 1. 1
  • 2. ULISSES SOUZA, 19 ANOS ATUANDO COM PREVENÇÃO. TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO GESTOR AMBIENTAL HIGIENISTA OCUPACIONAL INSTRUTOR E ESPECIALISTA EM SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO CREDENCIADO NO C.B ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO BOMBEIRO
  • 4. TRAUMA Acontecimentos não previstos e indesejáveis que, de forma mais ou menos violenta, atingem indivíduos neles envolvidos, produzindo-lhes alguma forma de lesão ou dano. Uma das definições adotadas se refere ao conjunto das perturbações causadas subitamente por um agente físico, de etiologia, natureza e extensão muito variadas, podendo estar situadas nos diferentes segmentos corpóreos 1. Acidentes em estradas 2. Violência Interpessoal ou auto infligida 3. Afogamento 4. Quedas 5. Incêndios 6. Envenenamento
  • 5. A palavra “trauma”, do ponto de vista semântico, vem do grego trauma (plural: traumatos, traumas), cujo significado é “ferida”. A terminologia trauma em medicina admite vários significados, todos eles ligados a acontecimentos não previstos e indesejáveis que, de forma mais ou menos violenta, atingem indivíduos neles envolvidos, produzindo-lhes alguma forma de lesão ou dano. INTRODUÇÃO DE TRAUMA
  • 6. DEFINIÇÃO DE TRAUMA Conjunto das perturbações causadas subitamente por um agente físico, de etiologia, natureza e extensão muito variadas, podendo estar situadas nos diferentes segmentos corpóreos.
  • 7. TRAUMA “O destino do traumatizado está nas mãos de quem faz o primeiro curativo.”
  • 8. TRAUMA O trauma é a principal causa de morte entre 01 ano de vida a 44 anos de idade. Aproximadamente 80% das mortes em adolescentes e 60% na infância são decorrentes de traumas, nos idosos aparece como a sétima causa. Uma abordagem organizada e sistemática ao cuidado desses doentes pode aumentar sua sobrevida.
  • 10. A cinemática do trauma é caracterizada como o processo de avaliação da cena de um acidente para determinar quais lesões pode ter ocorrido das resultantes forças que agem sobre o corpo.
  • 11. A sua principal finalidade é de observar a existência de lesões ocultas, principalmente naquelas pessoas aparentemente sem lesões visíveis.
  • 12. A compreensão deste processo de troca de energia leva à suspeita de 95% das possíveis lesões. Um evento traumático é divido em 3 fases: pré-colisão, colisão e pós- colisão. O termo colisão não se refere necessariamente à colisão. CINEMÁTICA TRAUMA
  • 13. A fase pré-colisão inclui todos os eventos que precedem o incidente (Prevenção de acidentes). A fase colisão começa no momento do impacto entre um objeto em movimento e um segundo objeto, que pode estar em movimento ou não (evento traumático que envolve a troca de energias). Durante a fase pós-colisão, o socorrista usa as informações obtidas durante as fase anteriores para avaliar a vítima (atendimento à vítima). CINEMÁTICA TRAUMA
  • 14. Na maioria dos traumas, ocorrem três impactos: 1- impacto entre dois objetos; 2 – o impacto entre os ocupantes contra o veículo; 3 – o impacto dos órgãos dentro dos ocupantes. Exemplo: Auto x poste – o primeiro impacto será entre o veículo e o poste; o segundo entre os ocupantes do veículo e o volante / para brisa / painel; o terceiro impacto será entre os órgãos internos das vítimas e a parede torácica, abdominal ou crânio. CINEMÁTICA TRAUMA
  • 15. No Brasil, 130 mil pessoas morrem por trauma ao ano. 450 mil, ao ano, ficam com sequelas graves como não poder mais andar, dificuldades na fala, alimentar-se, estudar e trabalhar. Os acidentes de trânsito e a violência urbana ainda são as principais causas de traumas. PERÍODO DE OURO
  • 16. Na assistência pré-hospitalar a expressão “hora de ouro” (golden hour) é utilizada para designar a primeira hora que sucede um episódio de trauma. Esse termo foi inicialmente conceituado por Adams Cowley no final da década de 60, primeiro tenente do exército americano. Ele observou, através de procedimentos assistenciais emergenciais de indivíduos gravemente feridos, que quando uma vítima era socorrida e recebia tratamento em suas lesões em menos de uma hora após o acidente aumentava a possibilidade de sobrevivência da mesma, reduzindo a letalidade do trauma. Esse tempo-resposta foi denominado como a hora de ouro. É neste intervalo crítico de uma hora entre a lesão, o transporte e tratamento que uma equipe especializada faz a diferença. PERÍODO DE OURO
  • 17. Os 10 minutos de platina (Platinum 10) é o que fazemos em primeira instância, quer seja na ambulância ou no local para garantir a sobrevivência da vítima. A estes 10 minutos de platina correspondem as ações que devem ser tomadas de imediato e que são suficientes para estabilizar de forma a evitar uma maior deterioração. Em termos básicos estes são os procedimentos que aplicados nos primeiros 10 minutos, na maioria dos casos, salvam uma vida. 10 MINUTOS DE PLATINA
  • 19. O QUE É TRAUMA? • No contexto da enfermagem, define-se o Trauma como um evento nocivo que advém da liberação de formas específicas de energia ou de barreiras físicas ao fluxo normal de energia.
  • 20. A HISTÓRIA DO XABCDE DO TRAUMA? • Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o cirurgião ortopédico Jim Styner pôde perceber as fragilidades dos cuidados em primeiros socorros de vítimas de traumas. Depois dessa experiência, o médico desenvolveu o protocolo ABCDE do trauma, que passou a ser empregado em diversas regiões do mundo a partir de 1978, sendo ministrado neste ano o primeiro curso sobre o tema. A importância do método desenvolvido por Jim Styner não demorou a ser reconhecida pelas autoridades médicas, uma vez que só com esses cuidados é possível realmente estabilizar o paciente, deixando-o mais seguro para o transporte e para quaisquer outras intervenções que se façam necessárias.
  • 21. Mudança (a entrada do X): • O famoso mnemônico do trauma "abcde" ganhou na 9ª edição do PHTLS 2018, no capítulo 6 , mais uma letra. O "x' de hemorragia exsanguinante ou seja hemorragia externa grave. Ainda não publicado oficialmente e não traduzido, mas já nos atualizamos. O APH sofreu uma substancial alteração, dando mais ênfase às grandes hemorragias externas, antes mesmo do controle cervical ou da abertura das vias aéreas!
  • 22. O QUE É O ABCDE DO TRAUMA? • O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente poli traumatizado e define prioridades na abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento. Ou seja, é uma forma rápida e fácil de memorizar todos os passos que devem ser seguidos com o paciente em politrauma. Ele foi pensado para identificar lesões potencialmente fatais ao indivíduo, e é aplicável a todos as vítimas com quadro crítico, independentemente da idade. O protocolo tem como principal objetivo reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de qualquer tipo de trauma
  • 23. QUAIS CONDUTAS DE SEGURANÇA NA FASE PRÉ-HOSPITALAR? • Antes de iniciar a abordagem XABCDE ao paciente vítima de trauma é necessário atentar-se a itens essenciais para salvaguardar a vida da equipe, como: avaliação da segurança da cena segura, uso de EPI’s, sinalização da cena (Ex. dispor cones de isolamento na pista).
  • 24. Significado das Letras ABCDE • (X) – Exsanguinação Contenção de hemorragia externa grave, a abordagem a esta, deve ser antes mesmo do manejo das vias aérea uma vez que, epidemiologicamente, apesar da obstrução de vias aéreas ser responsável pelos óbitos em um curto período de tempo, o que mais mata no trauma são as hemorragias graves.
  • 25. (A) – Vias aéreas e proteção da coluna vertebral • No A, deve-se realizar a avaliação das vias aéreas. No atendimento pré-hospitalar, 66- 85% das mortes evitáveis ocorrem por obstrução de vias aéreas. Para manutenção das vias aéreas utiliza-se das técnicas: “chin lift”: elevação do queixo, uso de aspirador de ponta rígida, “jaw thrust”: anteriorização da mandíbula, cânula orofaríngea (Guedel). No A também, realiza-se a proteção da coluna cervical. Em vítimas conscientes, a equipe de socorro deve se aproximar da vítima pela frente, para evitar que mova a cabeça para os lados durante o olhar, podendo causar lesões medulares. A imobilização deve ser de toda a coluna, não se limitando a coluna cervical. Para isso, uma prancha rígida deve ser utilizada. Considere uma lesão da coluna cervical em todo doente com traumatismos • multissistêmicos! •
  • 26. (B) – Boa Ventilação e Respiração • No B, o socorrista deve analisar se a respiração está adequada. A frequência respiratória, inspeção dos movimentos torácicos, cianose, desvio de traqueia e observação da musculatura acessória são parâmetros analisados nessa fase. Para tal, é necessário expor o tórax do paciente, realizar inspeção, palpação, ausculta e percussão. Verificar se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado.
  • 27. (C) – Circulação com Controle de Hemorragias • No C, a circulação e a pesquisa por hemorragia são os principais parâmetros de análise. A maioria das hemorragias é estancada pela compressão direta do foco. A Hemorragia é a principal causa de morte no trauma. A diferença entre o “X” e o “C” é que o X se refere a hemorragias externas, grandes hemorragias. Já o “C” refere-se a hemorragias internas, onde deve-se investigar perdas de volume sanguíneo não visível, analisando os principais pontos de hemorragia interna no trauma (pelve, abdomem e membros inferiores), avaliando sinais clínicos de hemorragia como tempo de enchimento capilar lentificado, pele fria e pegajosa e comprometimento do nível e qualidade de consciência.
  • 29. (D) – Disfunção Neurológica • No D, a análise do nível de consciência, tamanho e reatividade das pupilas, presença de hérnia cerebral, sinais de lateralização e o nível de lesão medular são medidas realizadas. Nessa fase, o objetivo principal é minimizar as chances de lesão secundária pela manutenção da perfusão adequada do tecido cerebral. Importante aplicar a escala de goma de Glasgow atualizada.
  • 30. (E) – Exposição Total do Paciente • No E, a análise da extensão das lesões e o controle do ambiente com prevenção da hipotermia são as principais medidas realizadas. O socorrista deve analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele etc. A parte do corpo que não está exposta pode esconder a lesão mais grave que acomete o paciente.
  • 31. KED No APH (Atendimento Pré-Hospitalar) devemos estar sempre preparados para trabalhar de forma conjunta e rápida a fim de conseguir contornar a situação grave do paciente todo mundo já entende. O que muita gente ainda não não sabe é que tudo isso só é possível por meio de algumas ferramentas que auxiliam no transporte, imobilização e movimentação da pessoa atendida. Hoje, vamos aprender sobre um desses instrumentos essenciais: o KED (Kendrick Extrication Device) ou Dispositivo de Extricação de Kendrick.
  • 32. KED Em primeira vista, o nome pode assustar um pouco, mas o KED, nada mais é do que um instrumento de extricação criado por Rick Kendrick em 1978. É interessante como o seu desenvolvimento é recente considerando o quanto esse tipo de ferramenta é importante no dia-a-dia do APH, devido à sua eficiência e segurança. Principalmente porque é usado por profissionais que têm a grande responsabilidade de atender de forma rápida e eficaz para estabilizar um paciente em situação de emergência, como você pode conferir no post sobre Os desafios do APH – Atendimento Pré-Hospitalar.
  • 33. KED O uso desse dispositivo é frequente porque um dos principais passos do cuidado ao traumatizado é a “extricação”. Como sabemos, esse é um termo muito usado no meio e envolve retirar uma vítima de um local em que está presa ou não consegue sair com segurança usando suas próprias capacidades. Portanto, a principal função dessa ferramenta é a imobilização e estabilização, em conjunto com o colar cervical, de toda a coluna vertebral para que a retirada do paciente possa acontecer.
  • 34. KED Trata-se de um equipamento tipo veste ou colete com a parte posterior rígida, que fica em contato com a cabeça, pescoço e a coluna vertebral, até a cintura pélvica. A parte anterior consiste em duas “abas” que envolvem a coluna em sua porção final e a pelve do paciente, que são presas uma à outra por três tirantes de diferentes cores (conforme o fabricante).
  • 35. KED O KED foi idealizado e criado para a extricação de vítimas de veículos automotores, nos casos em que não é possível estabilizar seguramente o paciente em prancha longa, devido à sua posição dentro do veículo. O objetivo é estabilizar a coluna vertebral antes de proceder à imobilização completa em prancha longa. Porém, deve ser usado em vítimas conscientes e estáveis (sem risco imediato de morte ou complicação), em cenas seguras, que também não ofereçam risco à equipe de socorristas e somente quando o tempo não for a principal preocupação. Não se recomenda o uso do KED para pacientes inconscientes e/ou instáveis, devido à duração necessária para a sua correta colocação. Para esses pacientes, podemos utilizar técnicas de extricação rápida como a “Chave de Rauteck” e a “Anaconda”. A vantagem em usá-las está na rapidez de aplicação e no fato de que não demandam o uso de muitos equipamentos. Porém, não oferecem tanta estabilidade e proteção quanto o KED.
  • 36. KED Como colocar o KED no paciente? A técnica para colocação do KED exige de dois a três socorristas com treinamento para sua correta utilização, pois o posicionamento incorreto do dispositivo pode causar movimentos bruscos na coluna e, portanto, danos físicos no paciente. E tudo o que a gente menos quer é agravar a situação, não é mesmo?
  • 37. KED Feitas a avaliação e a sinalização da cena, a vítima deve ser abordada juntamente com a estabilização manual da cabeça (Abordagem primária Rápida – ABC), mantendo-a em posição neutra, alinhada à coluna cervical.
  • 38. KED Um segundo socorrista deve então colocar o colar cervical de tamanho adequado (veja imagem à direita) e proceder com a Avaliação Primária Completa (ABCDE). A vítima deve ser movimentada em bloco para frente, liberando espaço entre ela e o banco para a passagem do KED (veja a imagem abaixo). O dispositivo deve ser colocado alinhado à coluna, com as abas posicionadas logo abaixo das axilas
  • 39. KED É importante lembrar que os tirantes longos (tirantes da virilha) devem ser soltos e posicionados por cima do colete, para facilitar sua fixação ao final. Os tirantes devem ser bem presos e ajustados na ordem correta (por isso as cores diferentes) com o objetivo de envolver a vítima de forma uniforme. O primeiro a ser preso é o tirante central (abdominal), seguido pelo tirante inferior (quadril) e o superior (tórax),
  • 40. KED É preciso ter cuidado nesse momento com casos em que esse método de colocar o dispositivo na vítima deve ser feito de maneira diferente. Em gestantes, por exemplo, o tirante abdominal e o torácico não devem ser tracionados, evitando a compressão abdominal. Em todos os pacientes, os tirantes longos (virilha) devem ser então passados por baixo dos joelhos, de fora para dentro, e posicionados em linha reta com a prega glútea, acoplados e bem ajustados
  • 41. KED Por último, procedemos com a imobilização completa da cabeça. É Importante observar se há espaço não preenchido entre a cabeça/coluna e o KED, dificultando o alinhamento correto. Se isso ocorrer, pode-se colocar um acolchoamento entre a cabeça ou coluna e o KED, para mantê-las alinhadas e em posição neutra. As abas superiores devem ser posicionadas (segure-as juntamente com o colar cervical, pois isso permite uma troca cuidadosa e segura da imobilização manual da cabeça)
  • 42. KED Para proceder à imobilização completa da cabeça, prenda-a com os tirantes (tirantes de cabeça) na lateral das abas, passando um tirante na altura da região frontal da cabeça e outro na altura da mandíbula, tomando cuidado para não comprimi-la ou prejudicar a ventilação por tração excessiva. Nesse momento, já não é necessária a imobilização manual da cabeça, pois a mesma está completamente estabilizada
  • 43. KED Depois que todos os tirantes estiverem acoplados, verifique o ajuste de cada um, e então tracione o tirante do tórax de maneira que ele fique firme e não impeça ou prejudique a ventilação do paciente.
  • 44. KED Um socorrista deve segurar as abas do lado direito (superior e inferior) e outro socorrista as do lado esquerdo (superior e inferior). A vítima então vai sendo virada em sincronia, ao comando do profissional que está à direita da vítima
  • 45. À medida que se gira a vítima, suas pernas devem ser soltas da parte inferior do painel (uma por vez) e elevadas para o assento, impedindo que fiquem presas e sejam tracionadas. O paciente então é colocado sentado na prancha longa e, nesse momento, devem-se soltar os tirantes da virilha e das pernas abaixadas
  • 46. KED Com a vítima posicionada na prancha, o KED não pode ser removido e deve ser iniciada a imobilização completa (tirantes de tórax, quadril, membros inferiores e imobilização da cabeça –Head block e tirantes).
  • 47. KED O KED foi idealizado e criado para a extricação de vítimas de veículos automotores, nos casos em que não é possível estabilizar seguramente o paciente em prancha longa, devido à sua posição dentro do veículo. O objetivo é estabilizar a coluna vertebral antes de proceder à imobilização completa em prancha longa. Porém, deve ser usado em vítimas conscientes e estáveis (sem risco imediato de morte ou complicação), em cenas seguras, que também não ofereçam risco à equipe de socorristas e somente quando o tempo não for a principal preocupação. Não se recomenda o uso do KED para pacientes inconscientes e/ou instáveis, devido à duração necessária para a sua correta colocação. Para esses pacientes, podemos utilizar técnicas de extricação rápida como a “Chave de Rauteck” e a “Anaconda”. A vantagem em usá-las está na rapidez de aplicação e no fato de que não demandam o uso de muitos equipamentos. Porém, não oferecem tanta estabilidade e proteção quanto o KED.
  • 49. Utilizado para imobilização da coluna cervical, impedindo a flexão e extensão da região, durante o transporte de vítimas politraumatizadas. Confeccionado em polietileno, EVA e velcros com cores padronizadas diferenciando os tamanhos. Totalmente radiotransparente. Possui apoio mentoniano e occiptal. Sua ampla abertura frontal permite checar o pulso carotídeo e realizar procedimentos de traqueostomia. COLAR CERVICAL
  • 50. As aberturas na parte posterior proporcionam a ventilação do local e permitem verificar o escoamento de fluídos, tais como o sangue. O colar cervical deve ser colocado na vítima assim que os riscos imediatos à vida foram sanados. As vítimas de trauma, geralmente são transportadas imobilizadas em prancha longa, com colar cervical e head block. COLAR CERVICAL
  • 51. Este equipamento pode ser encontrado nos tamanhos neonatal, pediátrico, P, M, G e um modelo regulável (imagem abaixo) que centraliza todos estes tamanhos mais comuns em um só colar. COLAR CERVICAL
  • 52. Antes de aplicação do colar cervical, devemos mensurar o seu tamanho mais adequado à vítima. COLAR CERVICAL
  • 53. No colar, medir do parafuso ou marca indicadora até o final da parte rígida. COLAR CERVICAL
  • 54. A cânula orofaríngea (Cânula de Guedel) é um dispositivo utilizado para o manejo das vias aéreas. Ela evita que a base da língua de pacientes com depressão do sensório obstrua a orofaringe e, consequentemente, permite uma melhor oxigenação. Devemos utilizar somente em vítimas inconscientes, devido ao potencial de induzir náuseas, vômitos e uma possível aspiração. CÂNULA OROFARÍNGEA
  • 55. Coloque o dispositivo com a porção redonda no canto da boca do vítima e a ponta em direção ao ângulo da mandíbula (abaixo do lóbulo da orelha do mesmo lado). A ponta deve chegar na altura do ângulo da mandíbula. MENSURAÇÃO DA CÂNULA
  • 56. Uma das formas mais utilizadas é colocar de maneira invertida, ou seja, com a concavidade voltada para cima. Após a inserção até o véu palatino, devemos girar o dispositivo 180°, colocando a concavidade para baixo e inserindo-o na cavidade oral. https://www.youtube.com/watch?v=NidlMwn6eOA Normalmente, encontramos as cânulas do tamanho 0 (zero) até o tamanho 5 (cinco) (foto ao lado), mas podemos encontrar de neonatal (00) até 6 (seis). COLOCAÇÃO DA CÂNULA OROFARÍNGEA

Notas do Editor

  1. 1