O documento discute as revoluções liberais do século XIX na Europa e América Latina. A Revolução Francesa inspirou movimentos liberais, mas também levou a guerras na Europa. O Congresso de Viena de 1815 reprimiu ideais revolucionários, levando a novas ondas de revoltas entre 1820-1824 e 1829-1839. Isto eventualmente levou à independência da maior parte da América Latina nas décadas de 1820 e 1821.
3. • A Revolução Francesa atraiu os liberais que a consideraram um modelo
a seguir.
• Os vários estados conservadores viram nesta revolução um perigo de
contágio.
A Europa e a Revolução Francesa
4. • A partir de 1792 os franceses iniciam uma guerra contra a Europa, quer
para defender a sua Revolução, quer porque entenderam ser seu dever
difundir os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que os impeliam.
• Rapidamente o desejo de expandir os seus ideais se transformou em
sede de conquista e domínio. Com Napoleão a França domina um vasto
império europeu, o que leva as nações europeias a se rebelarem,
contando com o apoio da Inglaterra.
A Europa e a Revolução Francesa
5. • Ferozmente conservador, antiliberal e antinacionalista, o Congresso de
Viena (de 1815) fabrica um novo mapa político europeu.
• Desrespeitando as nações, submete-as a Estados estrangeiros e elimina
as heranças revolucionárias.
O Congresso de Viena
• As liberdades prometidas
foram esquecidas e estados
como o polaco, o italiano ou o
alemão foram desrespeitados.
6. • A partir do Congresso, cria-se a Santa Aliança (Áustria, Prússia e Rússia)
e a Quádrupla Aliança (que contava ainda com a Inglaterra), pactos
celebrados para fazer vigorar as decisões do Congresso.
O Congresso de Viena
• Contra esta nova ordem
política, ergue-se uma vaga
de revoluções na Europa,
entre 1820 e 1824, que
acaba por se refletir na
libertação da América
Latina.
7. • 1ª vaga de 1820-1824: em Espanha, Portugal, Nápoles e a Grécia, bem
como nas colónias americanas.
• 2ª vaga de 1829-1839: na França (revolução de 1830), Bélgica, Itália e
Alemanha.
As revoluções em cadeia
• 3ª vaga de 1848: implantação da Segunda
República na França, no Império Austro-Húngaro,
na Alemanha e na Itália (revoltas liberais e
nacionalistas).
8. • Em 1822, já quase toda a
América espanhola tinha
rompido os laços com a
metrópole.
• Em Setembro de 1822 o Brasil
proclama a sua independência.
• A emancipação da América
latina afirma o princípio das
nacionalidades.
As revoluções em cadeia
9. • As causas dos movimentos independentistas estão nas/no:
– ideias liberais espalhadas ao redor do mundo graças à Encyclopédie.
– fraqueza da Espanha e de Portugal durante este período.
– envolvimento dos principais líderes da revolução na revolução liberal da
Europa, o que lhes proporcionou a possibilidade de apoio e financiamento
para os seus projetos independentistas.
– exemplo dos EUA ou da França, cuja revolução proclamou a igualdade de
todas as pessoas e seus direitos fundamentais, que os naturais não
possuíam em relação aos peninsulares.
– apoio que tiveram da Inglaterra e EUA, interessados em realizar um
comércio livre com a América Latina.
A emancipação americana
10. • 1821 - San Martin ocupa Lima e declara a independência do Peru.
A emancipação americana
• 1 de Dezembro 1821 - República
Dominicana, durou até 9 de fevereiro
de 1822, quando o país foi anexado
pelo Haiti.
• 15 de setembro de 1821 - Os
territórios compreendidos pela
Capitania Geral da Guatemala
ganharam independência a partir do
Governo espanhol.
11. • 21 de setembro de 1821 - Ato de Independência do Império do México.
• Setembro de 1822 – Brasil.
• 24 de maio de 1824 - O Equador.
• 6 de agosto de 1825 - Independência da Bolívia.
A emancipação americana
12. • Para a Península Ibérica: Para os comerciantes e a administração
governamental desapareceu uma fonte de rendimento – o ouro,
essencial para o Tesouro, bem como um importante mercado para
exportações.
• Para a América: Não houve grande alteração na estrutura
administrativa. Desapareceu o monopólio comercial e, portanto, o
protecionismo, com o empobrecimento de muitas regiões que não
poderiam competir com as indústrias na Europa. A independência não
ficou ligada a qualquer melhoria económica ou social ou de
administração.
Consequências da emancipação