O documento discute a fisiologia do envelhecimento. Ele explica que o envelhecimento resulta em adaptações fisiológicas nos sistemas do corpo para manter a homeostase. O documento também discute as principais teorias sobre os mecanismos biológicos do envelhecimento e como ele afeta os principais órgãos e sistemas do corpo como pele, sistema nervoso, cardiovascular e renal.
1. FISIOLOGIA DO ENVELHECER
Fisiologia
Definição
A fisiologia (do grego physis = natureza e logos = palavra ou
estudo) é o ramo da biologia que estuda as múltiplas
funções mecânicas, físicas e bioquímicas nos seres vivos.
Sinteticamente,a fisiologia estuda o funcionamento do
organismo.
2. FISIOLOGIA DO ENVELHECER
Adaptações Fisiológicas
Temperatura, altitude, alimentação, exercício, envelhecer
O organismo humano está em constante desequilíbrio
com o meio externo. Por isso, em cada situação
particular (calor, umidade), tende a adaptar o meio
interno às necessidades de suas células.
3. FISIOLOGIA DO ENVELHECER
Homeostasia
Homeostase é a propriedade dos seres vivos de
regular o seu ambiente interno de modo a manter uma
condição estável, mediante múltiplos ajustes
controlados por mecanismos de regulação
interrelacionados.
A homeostase (homeo = igual; stasis = ficar parado) é
uma condição na qual o meio interno do corpo
permanece dentro de certos limites fisiológicos.
4. Do ponto de vista Fisiológico ológico
Envelhecimento consiste num encolhimento e num
gradual declínio de todas as estruturas e funções
fisiológicas, que estão predefinidas pelo nosso relógio
biológico.
5. Envelhecimento Patológico
(Senilidade)
Refere-se ao envelhecimento na presença de traumas
e doenças que “desviam” a curva de capacidade para
baixo.
• Diabetes mellitus por Obesidade
• Osteoartrose por esforço repetitivo
• DPOC por tabagismo
Hábito + Genética = Patologia
Patologia + Envelhecimento Usual = Envelhecimento
Patológico
7. Indivíduo PESSOA
Humanização ou Conscientização (Para
quê?)
↓ VULNERABILIDADE
↑ Reserva homeostática
“Conhece-te a ti mesmo”
ESFORÇO PESSOAL Liberdade Plena
Aceitação da realidade e maior
tolerância à dor
Idade cronológica
8. O envelhecimento fisiológico é dividido em:
• Envelhecimento usual: apresenta prejuízos
significativos, mas não são qualificados como doentes;
• Envelhecimento Bem Sucedido: perda fisiológica
mínima, com preservação da função robusta em uma
idade avançada. O processo de envelhecimento é “puro”,
isento de danos causados por hábitos de vida
inadequados, ambientes inapropriados e doenças.
9. Infância e Adultez Velhice
adolescência
Envelhecimento patológico
do organismo
Limiar de Incapacidade
Psiquismo infantil
Idade
Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
10. Infância e Adultez VELHICE
adolescência
PSIQUISMO
ORGANISMO
Limiar de Incapacidade
Idade
Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
11. Grandes Síndromes Geriátricas
Bio-Psico-Sociais
Incapacidade Cognitiva Insuficiência Familiar
Imobilidade Indiferença
Instabilidade Postural Isolamento Social
Incontinência Urinária Institucionalização
Iatrogenia
12. Durante este período acontecem a adaptações ao
envelhecimento, à perda de forças físicas e à maior
fragilidade da saúde, ocorrendo
estabelecimento de novas formas de viver e de
relacionar-se com
as pessoas.
com essoas.
13. FISIOLOGIA DO ENVELHECER
. Adaptações dos Sistemas Fisiológicos
• Composição corporal / Nutrição / Antropometria
• Metabolismo hidroeletrolítico
• Imunossenescência
• Termorregulação
• Órgãos dos sentidos (visão e audição)
• Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade oral e
cavidade oral
14. FISIOLOGIA DO ENVELHECER
•Pele e anexos
•Sistema endócrino
•Sistema cardiosvascular
•Sistema respiratório
•Sistema gênito-urinário
•Sistema gastrointestinal
•Sistema nervoso
16. Teorias do Envelhecimento
Envelhecimento Biológico
Teorias Estocásticas
1. Teoria do “Uso-Desgaste”:
O envelhecimento e a morte seriam resultado da
constante exposição dos diversos tecidos às
injúrias ambientais.
2. Teoria das “Proteínas Alteradas”:
O envelhecimento derivaria do acúmulo de
proteínas que tiveram “erros” nos processos de
transcrição .
17.
18. Teoria das “Mutações Somáticas:
O envelhecimento seria conseqüência
do acúmulo de mutações somáticas
com o avançar da idade, alterando a
função dos diversos órgãos
corporais.
.
19. Teoria da “Desdiferenciação”: A célula perderia a
diferenciação, ou parte dela, e passaria a produzir
proteínas e produtos celulares exógenos aquele tecido
Quebra da Homeostase
20. Teoria do “Erro Catastrófico”
Falhas no aparato protéico de célula causariam a ação
errônea da proteína no ambiente celular, mesmo com a
integridade do códon.A somatória desses erros chegaria
a um ponto incompatível com a vida Morte.
21. Teoria do “Dano Oxidativo e Radicais Livres”:
O envelhecimento seria resultante da sobreposição
dos mecanismos lesivos sobre os reparadores.
22. FISIOLOGIA DO ENVELHECER
Teoria do “Acúmulo de Detritos”
Lipofuscina”: O acúmulo de
detritos no interior da célula,
sem turnover do mesmo, geraria
o envelhecimento e morte
celular
23. Teoria da “Mudança pós-tradução em proteínas”
Modificações químicas
em proteínas importantes,
como colágeno e
elastina, afetariam a
constituição e função
dos tecidos
25. Teoria Genética
Apoptose: Morte celular programada, ativada por
fatores extra celulares.
Fagocitose: Proteínas anormais de superfícies
tornariam as células “no self” e,
consequentemente, seriam eliminadas.
26. Teorias Neuroendócrinas:
Desregulação dos sistemas neuroendócrinos afetando
a Homeostase.
Teoria Imunológica:
Alterações qualitativas e quantitativas no sistema
imunológico levariam a perda da Homeostase.
27. Conclusão
Nenhuma das teorias, sozinha, consegue explicar
todos os passos deste complexo processo que é o
envelhecer. Em cada uma delas encontramos
“pedaços” da “verdade” biológica do envelhecer.
.
28.
29. “Nem todo mundo me trata como velho. Acho graça
disso. Por quê? Porque um velho nunca se sente
velho. Compreendo, a partir dos outros, o que a velhice
implica para aquele que a olha de fora.
30. Mas eu não sinto a minha
velhice, logo, a minha
velhice não é algo que, em
si mesmo, me ensine
alguma coisa. O que me
ensina alguma coisa é a
atitude dos outros em
relação a mim [...].
31. A velhice é uma realidade
minha que os outros
sentem; eles me vêem e
dizem “este velho senhor”;
são amáveis porque vou
morrer logo, e são também
respeitosos, etc.; os outros
é que são a minha velhice.”
(Sartre; Levy, 1992. p.37)
40. - Achatamento das papilas
dérmicas
-Reduzida proliferação basal
dos queratinócitos
- Perda de aproximadamente
20 % da espessura da derme.
41. O colágeno fica mais estável
com a idade. O que causa um
aumento na rigidez e na perda
de elasticidade do tecido
conjuntivo.
42. O decréscimo da atividade enzimática celular dos
fibroblastos torna mais lenta a cicatrização no idoso.
Scanning electron micrograph
of skin epithelial cells
43. O foto-envelhecimento consiste nas mudanças na
aparência e nas funções da pele como resultado
direto da exposição à radiação ultravioleta do sol
ao longo da vida.
Coloured electron
micrograph (SEM)
of epidermal skin cells
after sunburn.
48. A perda de cabelo na região frontal e
temporal nos homens inicia-se entre o fim
da adolescência e o fim da terceira década .
A menopausa nas mulheres pode causar
perda de cabelo.
51. •Redução progressiva do número de neurônios
cerebrais
• Degeneração vascular amilóide;
• Aparecimento de placas senis e degeneração
neurofibrilar;
• Comprometimento da neurotransmissão
dopaminérgica e colinérgica.
• Lentificação da velocidade da condução nervosa
68. O ENVELHECIMENTO DOS VASOS
diminui elasticidade do vaso;
acúmulo intra e extracelular de lipídeos;
calcificação. deposição de tecido adiposo
69. O ENVELHECIMENTO DO CORAÇÃO
• Tecido de condução:
perda gradual de fibras
marca-passo
• Valvas tornam-se mais
rígidas
• Miocárdio:espessamento
da parede ventricular
• Esqueleto fibroso:
calcificação
70. ATEROSCLEROSE
• Formação de placas
(ateromas)
• Calibre do vaso
diminuído
• Coração e cérebro:
geralmente fatal
71. • Dilatações ou
VARIZES tortuosidades
• Veias perdem elasticidade
• Disfunção das válvulas
• Geralmente em membros
inferiores
• Em geral a partir dos 30
anos
75. Problemas comuns com o efeito do envelhecimento:
• Incontinência;
• Retenção urinária;
• Insuficiência renal;
• Câncer de próstata;
• Infecções urinárias.
76. •
•A disfunção erétil NÃO é uma conseqüência inevitável
do envelhecimento normal.
• Ocorre em 15 a 25% dos idosos maiores de 65 anos
e em 50% dos homens maiores de 80 anos.
• Causas emocionais, endócrinas, vasculares,
neurológicas e drogas devem ser investigadas.
91. Maior participação do diafragma e dos
músculos abdominais...
Menor participação dos músculos torácicos
92. O volume de ar inspirado contido no
espaço morto aumenta de 1/3 para ½ do
volume corrente.
O fechamento prematuro das pequenas
vias aéreas ocasiona uma desproporção
na relação ventilação/perfusão.
complacência torácica
força dos músculos respiratórios
complacência pulmonar
redução da capacidade vital
93. O mecanismo de
clareamento
encontra-se
reduzido...
Atrofia do epitélio colunar
ciliado
Atrofia das glândulas da
mucosa brônquica
96. MASSA ÓSSEA
osteoclasto
Maior pico de massa óssea na terceira década de vida
97. OSTEOPENIA
Formação
óssea
Degeneração
óssea
osteoclasto
Light micrograph of a section through osteoclasts in bone.
98. CONSEQÜÊNCIAS DO
ENVELHECIMENTO
• Perda de massa óssea
• Maior risco de fraturas
• Alterações na postura
e no caminhar
99. OSTEOPOROSE
OMS:
•1/3 das mulheres
brancas acima dos 65
anos são portadoras de
osteoporose
•homens brancos acima
de 60 anos têm 25 % de
chance de ter uma
fratura osteoporótica.
112. “Predomina a idéia de que a velhice é
uma sentença da qual se deve fugir a
qualquer custo – até mesmo nos
mutilando ou escondendo. [...]
113. Isso se manifesta até
na pressa com que
acrescentamos como
desculpa: “sim você
está, eu estou velho
aos 80 anos, mas...
jovem de espírito”.
[...]
114. Vou detestar se,
ficando velha,
alguém quiser me
elogiar dizendo que
tenho espírito
jovem. Acho o
espírito maduro
bem mais
interessante.”
Perdas e ganhos,
Lya Luft (2003)