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Centro Interdisciplinar de Assistência e Pesquisa
          em Envelhecimento – CIAPE.
Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais

 Pós Graduação em Saúde do Idoso
      Geriatria e Gerontologia



Módulo: I
Disciplina: Epidemiologia do Envelhecimento
Epidemiologia do Envelhecimento

               Dr. Felipe Toledo Rocha


• Médico formado pela UFMG

• Especialista em Geriatria e Gerontologia pelo
CIAPE/FCMMG
• Mestrando em Gerontologia Social pela Universidade
Autônoma de Madri / Espanha
• Diretor Clínico do Hospital Paulo de Tarso de Geriatria
• Coordenador do GeroCenter / CIAPE
Conteúdo Programático

1.   Transição Demográfica
2.   Transição Epidemiológica
3.   Teorias do Envelhecimento
4.   Modalidades de Envelhecimento
5.   Classificação Funcional x Classificação de
     Doença
6. Envelhecimento dos Sistemas Fisiológicos
   Principais
•   Composição corporal / Nutrição / Antropometria
•    Metabolismo hidroeletrolítico
•   Imunossenescência
•   Termorregulação
•   Órgãos dos sentidos (visão e audição)
•   Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade oral
    e cavidade oral
•   Pele e anexos
•   Sistema endócrino
•   Sistema cardiosvascular
•   Sistema respiratório
•   Sistema gênito-urinário
•   Sistema gastrointestinal
•   Sistema nervoso
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA:


•A população cima de 60 anos representa, atualmente,
9% da população brasileira.
• Representa cerca de 30 a 40% da demanda dos
serviços de saúde.
•Em 2020 projeta-se que a população idosa representará
15% da população brasileira.
•Demanda dos serviços de saúde em 2020  70%????
Transição Epidemiológica

•Diminuição da morbi-mortalidade causada por
doenças infecto contagiosas.
•Aumento da morbi-mortalidade causada por
doenças crônico degenerativas.
•Modificação do paradigma médico do curar 
Aprender a evitar a Incapacidade, não só a Morte.
           De que morreu seu avô?
  Do que você vai morrer?
Transição Epidemiológica no Brasil

• Sobreposição de modelos.
• Reaparecimento de doenças seculares ( Dengue,
Febre Amarela, Leidhmaniose, TBC, Hanseníase
dentre outras).
• Aumento expressivo das causas externas violência
urbana
• Aumento na prevalência das doenças
Cardiovasculares
• A Transição Demográfica é muito mais acelerada do
que a Transição Epidemilógica.
Teorias do Envelhecimento
           Envelhecimento Biológico
                Teorias Estocásticas
1. Teoria do “Uso-Desgaste”:
   O envelhecimento e a morte seriam resultado da
   constante exposição dos diversos tecidos às
   injúrias ambientais.
2. Teoria das “Proteínas Alteradas”:
   O envelhecimento derivaria do acúmulo de
   proteínas que tiveram “erros” nos processos de
   transcrição .
3. Teoria das “Mutações Somáticas”:
   O envelhecimento seria consequência do acúmulo
   de mutações somáticas com o avançar da idade,
   alterando a função dos diversos órgãos corporais.
4. Teoria do “Erro Catastrófico”:
   Falhas no aparato protéico de célula causariam a
   ação errônea da proteína no ambiente celular,
   mesmo com a integridade do códon.A somatória
   desses erros chegaria a um ponto incompatível com
   a vida  Morte.
5. Teoria da “Desdiferenciação”:
   A célula perderia a diferenciação, ou parte dela, e
   passaria a produzir proteínas e produtos celulares
   exógenos aquele tecido  Quebra da Homeostase.
6. Teoria do “Dano Oxidativo e Radicais Livres”:
O envelhecimento seria resultante da sobreposição
dos mecanismos lesivos sobre os reparadores.
7. Teoria do “Acúmulo de Detritos  Lipofuscina”:
O acúmulo de detritos no interior da célula, sem
turnover do mesmo, geraria o envelhecimento e
morte celular.
8. Teoria da “Mudança pós-tradução em proteínas”:
Modificações químicas em proteínas importantes,
como colágeno e elastina, afetariam a constituição
e função dos tecidos.
Teorias Sistêmicas
1. Teoria da “Taxa de Vida”: Quanto mais lento o
   metabolismo de um ser, maior sua longevidade.
2. Teoria do “Dano Mitocondrial”: Dano do Oxigênio
   sobre a Mitocôndria levando a uma menor
   eficiência respiratória da mesma.

Teoria Genética
1. Apoptose: Morte celular programada, ativada por
   fatores extra celulares.
2. Fagocitose: Proteínas anormais de superfícies
   tornariam as células “no self” e,
   consequentemente, seriam eliminadas.
Teorias Neuroendócrinas:
1. Desregulação dos sistemas neuroendócrinos
   afetando a Homeostase.


Teoria Imunológica:
1. Alterações qualitativas e quantitativas no
   sistema imunológico levariam a perda da
   Homeostase.
Conclusão
Nenhuma das teorias, sozinha, consegue explicar
todos os passos deste complexo processo que é o
envelhecer.
Em cada uma delas encontramos “pedaços” da
“verdade” biológica do envelhecer.
A busca pela explicação do processo de
envelhecimento não acaba, pois o desejo da
eternidade move os homens desde a antiguidade e
nunca vai parar.
Envelhecimento Saudável
                X
     Envelhecimento Patológico



                         Envelhecimento
                         Saudável



                          Envelhecimento
                          Patológico
      Incapacidade

Infância   Adulto    Velhice
Envelhecimento Fisiológico
               ( Senescência)
Refere-se aos processos biológicos inerentes aos
organismos e são inevitavelmente involutivos.
Provavelmente, essas transformações sofrem
influência do ambiente físico e social. Entretanto,
ainda não se sabe a extensão do impacto
ambiental, principalmente devido à dificuldade de
desenvolvimento de um método que separasse a
fração de declínio fisiológico inerente ao organismo
daquelas advindas dos estresses ambientais
anteriores ao envelhecimento.
O envelhecimento fisiológico é dividido em:
• Envelhecimento usual: apresenta prejuízos
significativos, mas não são qualificados como
doentes;
• Envelhecimento Bem Sucedido: perda
fisiológica mínima, com preservação da função
robusta em uma idade avançada. O processo de
envelhecimento é “puro”, isento de danos
causados por hábitos de vida inadequados,
ambientes inapropriados e doenças.
Envelhecimento Patológico
                   (Senilidade)
Refere-se ao envelhecimento na presença de traumas
e doenças que “desviam” a curva de capacidade para
baixo.
• Diabetes mellitus por Obesidade
• Osteoartrose por esforço repetitivo
• DPOC por tabagismo

Hábito + Genética = Patologia
Patologia + Envelhecimento Usual = Envelhecimento
                                    Patológico
Patologias mais prevalentes na pessoa idosa

 Doenças que se relacionam com a idade, as quais
 se associam com mais freqüência a determinada
 idade (Osteoporose e Fratura de Fêmur, Doença
 de Parkinson, Demência de Alzheimer, etc;)

  Patologias às quais o idoso apresenta maior
  suceptibilidade:
  •Transtornos Motores do Esôfago
  •Catarata
  •Osteoartrite
Efeito da morbidade de doenças crônicas


• Diabetes mellitus não controlada + 30 anos de
doença = IRC, Cegueira, Amputações.
• Hipertensão Arterial Sistêmica não controlada + 30
anos de doença = ICC, IRC, AVC.
•Osteoporose + Queda = Fratura de Fêmur
Disfunção de bomba        •   ICC


                                            •   Insuficiência coronariana
 INSUFICIÊNCIA
                  Disfunção perfusional     •   Insuficiência vascular periférica
CARDIOVASCULAR
                                            •   Estenose carotídea
                                            •   Aneurisma abdominal


                  Disfunção elétrica        •   Bloqueio de condução
                                            •   Fibrilação atrial e arritmias ventriculares


                  Osso                      •   Fratura (osteoporose)

 INSUFICIÊNCIA    Articulação               •   Osteoartrose
                  Músculo                   •   Polimialgia reumática (arterite temporal)
OSTEOMUSCULAR


 INSUFICIÊNCIA    •   DPOC
                  •   Pneumonia
 RESPIRATÓRIA


 INSUFICIÊNCIA    •   Incontinência urinária
                  •   Insuficiência renal
GÊNITO-URINÁRIA
                  •   Infecção urinária


 INSUFICIÊNCIA    •   Diabetes mellitus
   ENDÓCRINA      •   Hipotireoidismo


                  •   Catarata

 INSUFICIÊNCIA    •   Glaucoma
                  •   Degeneração senil
    VISUAL

 INSUFICIÊNCIA    •   Surdez de condução (rolha de cerumen)

   AUDITIVA       •   Perda neurosensorial




                                          Autor:Prof.Edgar Nunes de Morais
• Constipação intestinal, diverticulose, diarréia, colelitíase

                • Neoplasias: mama, cólon, pulmão, próstata, estômago,

                    pele, neoplasias linfo ou mieloproliferativas,
   Outras       • Hipertensão arterial, hipotensão ortostática, dislipidemia,
co-morbidades
                    tromboembolismo pulmonar
freqüentes no
                • Infecções: pneumonia, infecção urinária, erisipela,
    idoso
                    tuberculose,influenza, ...

                • Hiperplasia prostática benigna, disfunção sexual

                • Insônia, xerodermia, úlceras de pressão

                • Hipertireoidismo e hiperparatireoidismo

                •   Anemia, hiponatremia (SIHAD), deficiência de B12
CID (Código Internacional de Doenças)
 Mostra apenas um lado da questão: o da doença ou a situação que
 causou a seqüela, mas não apresenta outros fatores como a
 capacidade do indivíduo em se relacionar com seu ambiente de vida.

    Classificação Internacional de Limitação, Incapacidade
                 e Deficiência - ICIDH) - 1992

       H E R E D IT A R IE D A D E   F A T O R E S A M B IE N T A I S    E N V E L H E C IM E N T O




                                         D IS F U N Ç Ã O
                                                Doença

                                                                              Conseqüência
                                     IN C A P A C ID A D E
                                                                              Funcional

                                        D E F I C I Ê N C IA
                                       D e s v a n ta g e m s o c ia l


Autor: Prof Edgar Nunes de Moraes
FUNCIONALIDADE
  É um termo que abrange todas as funções do
        corpo, atividades e participação.

              INCAPACIDADE
É um termo que abrange deficiências, limitação de
     atividades ou restrição na participação.
Indivíduo             PESSOA
Humanização ou Conscientização (Para
              quê?)
                                         ↓ VULNERABILIDADE
                                          ↑ Reserva homeostática
      “Conhece-te a ti mesmo”
       ESFORÇO PESSOAL                        Liberdade Plena
                                       Aceitação da realidade e maior
                                              tolerância à dor




                  Idade cronológica
Infância e     Adultez         Velhice
            adolescência




                                Envelhecimento patológico
                                   do organismo


                  Limiar de Incapacidade

                                 Psiquismo infantil


                               Idade




Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
Infância e         Adultez                  VELHICE
       adolescência

                                    PSIQUISMO




                                       ORGANISMO



                      Limiar de Incapacidade




                                    Idade

Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
Grandes Síndromes Geriátricas
              Bio-Psico-Sociais


Incapacidade Cognitiva   Insuficiência Familiar
     Imobilidade              Indiferença
Instabilidade Postural    Isolamento Social
Incontinência Urinária    Institucionalização
      Iatrogenia
ENVELHECIMENTO DOS SISTEMAS
      FISIOLÓGICOS PRINCIPAIS

• Composição corporal / Nutrição / Antropometria
• Metabolismo hidroeletrolítico
• Imunossenescência
• Termorregulação
• Órgãos dos sentidos (visão e audição)
• Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade
oral e cavidade oral
• Pele e anexos

•Sistema endócrino

•Sistema cardiosvascular

•Sistema respiratório

•Sistema gênito-urinário

•Sistema gastrointestinal

•Sistema nervoso
ANTROPOMETRIA

•Estatura: ↓ 1 a 1,5 cm/década
•Peso: ↑ até 70 anos

•IMC (kg/m2): 22 a 27
NUTRIÇÃO
   As alterações fisiológicas do envelhecimento que
   comprometem as necessidades nutricionais ou
   ingestão alimentar são:
• Redução do olfato e paladar:
• Redução do metabolismo basal: redução de 100 Kcal
por década (↓ massa magra e da atividade física);
• Aumento da necessidade protêica: ↓ síntese e
ingestão
• Redução da biodisponibilidade da vitamina D:
redução da absorção intestinal de cálcio;
• Deficiência da utilização da vitamina B6;
• Redução da acidez gástrica: ↓ B12, Ferro, cálcio,
ácido fólico e zinco
• Insuficiência do mecanismos reguladores da
sede, fome e saciedade;
• Aumento da toxicidade de vitamina lipossolúveis:
vitamina A, D, E, K
• Maior dificuldade na obtenção, preparo e ingestão
de alimentos;
• Xerostomia
1. Hormônio Antidiurético (ADH)
 •   Níveis séricos basais                                   ↑
                                                                   DESIDRATAÇÃO
 •   Liberação do ADH após estimulação dos osmorreceptores   ↑    (Redução de 20% da
 •   Liberação do ADH após estimulação dos barorreceptores   ↓   água corporal total e 8 -
 •   Responsividade renal ao ADH                             ↓       10% do volume
 2. Aldosterona (hipoaldosteronismo                                    plasmático)
 hiporreninêmico)
 •   Níveis basais                                           ↓
 •   Liberação de aldosterona após depleção do sódio         ↓       HIPOTENSÃO
 •   Liberação de aldosterona após mudanças posturais        ↓      ORTOSTÁTICA

 3. Hormônio Natriurético Atrial
 •   Níveis basais                                           ↑
                                                                    HIPONATREMIA
 •   Liberação após estimulação                              ↑
 4. Sensação de Sede                                         ↓
 5. Outros: diuréticos, sudorese excessiva, restrição
                                                                  HIPERPOTASSEMIA
 física, confusão mental, demência, diarréia, etc...
                                                                 (IRC, diabetes, AINE)




Autor: Prof.Edgar Nunes Moraes
Envelhecimento Oftalmológico
    Alterações anatômicas                   Alterações funcionais
             Enoftalmia                              Presbiopia
Edema de pálpebra inferior (com ou                    Catarata
       sem hiperpigmentação)                          Glaucoma
                Ptose                       Rigidez Pupilar (miose senil)
  Entrópio (inversão da pálpebra e       ↓ visão periférica e central, ↓ visão
cílios) Ectrópio (eversão da pálpebra)        espacial, modificação da
 Epífora (lacrimejamento excessivo)             percepção de cores;
             Halo senil                  Degeneração macular: dificuldade
      Esclera mais amarelada                de individualizar e distinguir
               Pterígio                          detalhes e cores ?
    Conjuntiva mais fina e friável             perda da visão central;
  (“sensação de areia nos olhos”).       Maior risco de descolamento de
                                                       retina
Audição

  OUVIDO EXTERNO              OUVIDO MÉDIO                  OUVIDO INTERNO
Pêlos do trago            Estreitamento do espaço Degeneração das células do
(característica sexual    articular dos ossículos +   órgão de Corti (equilíbrio) e
secundária) se tornam     calcificação cartilagem     da cóclea (audição):
mais grossos, maiores e   articular  degeneração •       Redução da sensibilidade
proeminentes.             articular                       vestibular
Glândulas da cera se                                  •   Hipoacusia
atrofiam  cera mais
seca
Atrofia e ressecamento
da pele  prurido
• A prevalência de disfunção auditiva é de
 cerca de 24% na faixa etária de 65 a 74
 anos e aumenta para 39% na população
 com idade superior a 74 anos. Pacientes
 institucionalizados apresentam a mais alta
 prevalência.

• Perda Bilateral, Lenta e Progressiva para
 tons de Alta Frequência
IMUNIDADE CELULAR
•    Involução anatômica e funcional do timo;
•    Redução de 20 a 30% dos linfócitos T circulantes (maestro da
•    resposta imune);
•    Declínio na reação de hipersensibilidade tipo tardia
•    Declínio na citotoxicidade e na resposta proliferativa;
•    Redução na produção de citotoxinas IL-2 (essencial na proliferação e
     diferenciação dos linfócitos T) e IL-10;                                       ↑INFECÇÃO


     Não há redução quantitativa ou qualitativa na função dos leucócitos
                               polimorfonucleares


                           IMUNIDADE HUMORAL
                                                                                  ↑AUTOIMUNIDADE
•    Não há mudança no número de linfócitos B circulantes;Aumento na
     produção de auto-anticorpos;Menor produção de anticorpos contra
     antígenos específico (↑IgA e IgG, ↓IgM  ↓resposta vacinal contra
     tétano, influenza e hepatite). Possivelmente quando a imunização
     primária é feito na infância, a resposta secundária é mantida por toda
     vida. Entretanto, quando a imunização primária ocorre tardiamente (>65         ↑NEOPLASIA
     anos), parece haver declínio na resposta secundária;
•    Menor capacidade de neutralização dos anticorpos;
•    Maior latência na resposta anticórpica;




       CO-MORBIDADES QUE PREJUDICAM A RESPOSTA IMUNE
        Desnutrição, pobreza, poluição, depressão, tabagismo, drogas
(corticóides,...), doença mental, diabetes mellitus, álcool, fatores genéticos,
                           doenças consumptivas, ...



    Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
Termorregulação

• Disfunção Hipotalâmica
• Menor potencial pirogênico
• Maior potencial hipotérmico
• Febre > 37,2 graus C ou aumento de > de 1,1 em
relação ao basal
• Diminuição da transpiração  Menor tolerância
ao calor  Desidratação
LOCALIZAÇÃO       ALTERAÇÕES ANATÔMICAS /                    REPERCUSSÃO CLÍNICA
                        FUNCIONAIS                         (ANAMNESE E EXAME FÍSICO)

              •   Redução do     potencial proliferativo
              •   Redução do     número de melanócitos             FLACIDEZ
 EPIDERME         e células de   Langerhans
              •   Redução da     adesão dermato-
                  epidérmica                               REDUÇÃO DO TURGOR

                                                                REDUÇÃO DA
              •   Redução da espessura                          ELASTICIDADE
              •   Redução da celularidade e
                  vascularidade
  DERME                                                      MAIOR MOBILIDADE
              •   Degeneração das fibras de elastina
              •   Degeneração das fibras de colágeno
                                                                    RUGAS

SUBCUTÂNEO    •   Redução da gordura e redistribuição               PALIDEZ

                                                              XEROSE (Pele seca)
              •   Redução das glândulas sudoríparas
              •   Redução do tamanho e função das
                  glândulas sebáceas                           PÚRPURA SENIL
  ANEXOS      •   Redução do folículos piloso
              •   Redução do rescimento das unhas               LEUCODERMIA
              •   Redução da lúnula                              PUNTIFORME

                                                              DISFUNÇÃO DA
                                                            TERMORREGULAÇÃO

                                                            HIPERPLASIA SEBÁCEA

                                                               UNHAS ESPESSAS
                                                            (“ranhuras”, onicogrifose,
                                                                  onicomicose)
Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
Envelhecimento Oral

O envelhecimento, por si só, não causa perda
dentária significativa, mas causa alterações com
conseqüências importantes, e algumas vezes
incapacitantes, que comprometem a higiene bucal,
e estão listadas abaixo:

 • Dentes: Gengivite + Osteoporose
 • Articulação  Osteoartrose  Dor
 • ↓Palatabilidade Dos Alimentos  Desnutrição
 • Dificuldade De Deglutição  Disfagia 
   Aspiração
 • Xerostomia
 • Dificuldade De Fala: Presbifonia
 • Neoplasia
Envelhecimento Cardiovascular
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS                   ALTERAÇÕES FUNCIONAIS
                                             Insuficiência Coronariana
                                          Insuficiência Vascular Cerebral
                Insuficiência Arterial          Estenose Carotídea
                   (Aterosclerose)        Insuficiência Vascular Periférica
                                         Insuficiência Vascular Mesentérica
  VASOS                                      Estenose de Artéria Renal
                                          Aneurisma de Aorta Abdominal
                                                Hipertensão Arterial
                  Pressão Arterial                             H ipote ns ã o Ort os t át ica




                Insuficiência Venosa       Insuficiência venosa profunda
                      (Varizes)
                                                Disfunção Diastólica
                     Hipertrofia            (Alteração do Relaxamento
MIOCÁRDIO            ventricular                     ventricular)


                                               Degeneração Aórtica
ENDOCÁRDIO         Valvulopatia
                   Degenerativa
                                                Degeneração Mitral
Envelhecimento Respiratório
Volume de ar expirado no primeiro segundo em uma
                      expiração forçada a partir da capacidade vital.
     FEV1
                   Ocorre uma redução do FEV1 de 30 mL/ano nos homens
                         e 23 mL/ano nas mulheres a partir dos 20 anos.

                    Volume total de ar expirado. A capacidade vital forçada
Capacidade Vital
                       diminui em aproximadamente 14 a 30 mL/anos nos
  Forçada (CVF)
                           homens e 15 a 24 mL/ano nas mulheres.

                   Índice de Tiffeneau
    FEV1/CF        A obstrução das vias aéreas é representada por uma
                       relação baixa. O valor normal é de 80%


 Pico de fluxo     É uma estitiva grosseira da função pulmonar onde se
    expiratório       mede o fluxo máximo epiratório.
      (PFE)        • Útil no acompanhamento do paciente com asma


                   Fluxo expiratório forçado 25-75%
    FEF25-75%      Reflete basicamente a função das pequenas vias aéreas.
                   • Está intensamente diminuído em paciente com DPOC
Complacência Pulmonar
• Enrijecimento da caixa torácica.
• Redução das forças musculares que promovem
expansão.
• Maior colabamento das vias aéreas.
• Com envelhecimento o diafragma enfraquece até 25%.

            Pressão Parcial de Oxigênio
• Declínio linear da pressão PaO2, numa taxa de
aproximadamente 0,3% ao ano.
    PaO2 = 109 - (0.43 × idade)
• PaO2 permanece estável em 83 mmHg a partir dos 75
anos. (Ocorre em paralelo com a redução da força
elástica e o aumento fisiológico do espaço morto).
Outras Alterações

• Diminuição da FC e FR, em resposta à hipoxemia e
hipercapnia.
• Hiporesponsividade dos quimioreceptores periféricos
e centrais.
• Redução do transporte mucociliar.
• Redução do reflexo da tosse.
• Redução da resposta aguda aos antígenos
extrínsecos e da imunidade celular (aumento da taxa
de reativação de tuberculose).
Envelhecimento Gênito-urinário
Fluxo sangüíneo renal
• Redução de 10% por década a partir dos 30 anos.
           Taxa de filtração glomerular
• Declínio progressivo, caindo 8 mL/minuto/1.73 m2/década
após os 40 anos.
• Aproximadamente 30% dos idosos não apresentam redução
da taxa de filtração glomerular.
• Há uma redução paralela da produção de creatinina devido à
sarcopenia. A creatinina plasmática pode permancer estável.
• Para evitar erros recomenda-se a utilização da fórmula de
Cockcroft-Gault:
   Clerance estimado = (140 – idade x peso)/ (72 *
   creatinina)
   (Mulheres: multiplicar por 0,85)
↓ Capacidade
            ↑ Trabeculação
                                          ↓ Habilidade de adiar a miccção
            ↑ Fibrose
                                          ↓ Contratilidade                       ↑ Risco de infecção do trato urinário
            ↓ Inervação autonômica
                                          ↑ Resíduo pós-miccional                ↑ Risco de incontinência urinária
  BEXIGA    Formação de
            divertículos                  ↑ Contrações involuntárias


            ↓ Celularidade                ↓ Resistência ao fluxo micional        ↑ Risco de infecção do trato urinário
  URETRA    ↑ Deposição de colágeno       ↓ Pressão de fechamento                ↑ Risco de incontinência urinária


                                                                                 ↑ Risco de infecção do trato urinário
                                          Irritação de receptores adrenérgicos   ↑ Risco de incontinência urinária
            Hiperplasia
 PRÓSTATA                                                                        Retenção urinária


                                        NOCTÚRIA
            Mecanismos: Ingestão noturna de líquidos, redução da complacência
              vesical, redução da produção noturna de ADH ( ↑ na produção     Despertar noturno: INSÔNIA – QUEDAS
              noturna de urina – 35%) , ICC, insuficiência venosa, diabetes
                             mellitus e hiperplasia prostática.

                                                                                 Dispareunia Uretrite atrófica: polaciúria,
            ↓ Celularidade . Atrofia do epitélio                                 urgência miccional
  VAGINA

 ASSOALHO
            ↑ Deposição de colágeno ↑ Tecido conjuntivo Fraqueza muscular        Incontinência urinária de esforço
  PÉLVICO




Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
• A disfunção erétil NÃO é uma conseqüência
inevitável do envelhecimento normal.
• Ocorre em 15 a 25% dos idosos maiores de 65 anos
e em 50% dos homens maiores de 80 anos.
• Causas emocionais, endócrinas, vasculares,
neurológicas e drogas devem ser investigadas.
• O Sildenafil (Viagra) e seus semelhantes são drogas
eficazes e devem ser recomendadas, exceto na
presença de insuficiência coronariana grave EM USO
DE NITRATO (efeito sinérgico  venodilatação 
redução da pré-carga  hipotensão arterial).
• Não existem evidências suficientes para atribuir ao
Sildenafil os casos de cegueira recentemente
detectados.
Envelhecimento
Gastrointestinal
ALTERAÇÕES              ALTERAÇÕES         REPERCUSSÃO CLÍNICA
     ANATÔMICAS              FUNCIONAIS          (ANAMNESE - EXAME
                                                      FÍSICO)

   Presbiesôfago:
    20-60% dos               ↓ Motilidade       Engasgos ocasionais
     neurônios do              esofageana      Maior prevalência de dor
         plexo           Espasmo esofageano     esofageana, simulando
      mioentérico;                                   angina pectoris

 Maior prevalência de
     gastrite atrófica                        Deficiência da absorção de
      auto-imune e        ↓ Acidez gástrica        vitamina B12 e ferro
    secundária ao H.
          pylori

    Redução na
    mucosa gástrica                            Maior susceptibilidade a
      dos fatores                               gastrotoxicidade pelos
     citoprotetores                                      AINE


Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
Redução do tamanho
     do fígado (35%)    ↓ Metabolismo das
 Redução do conteúdo,          drogas,
        afinidade e
                          principalmente do      Maior meia-vida das drogas
       atividade das
                             metabolismo              Iatrofarmacogenia
    enzimas hepáticas
  ↓ Fluxo Sangüíneo         oxidativo (Ex.:
     Hepático (35%)           Fenitoína)

                        Intolerância maior a     Maior prevalência de colelitíase
    ↑ Litíase biliar                                    e suas complicações
                              gordurosos
 ↓ Neurônios do plexo    ↓Trânsito Intestinal:
      mioentérico        idosos saudáveis (até     Constipação intestinal
                                 5 dias)
  Maior hipotrofia da      Diverticulose         Maior risco de diverticulite
    parede colônica

    ↓ Musculatura                                   ↑ Hérnias abdominais
       abdominal

Autor: Prof Edgar Nunes de Moraes
Envelhecimento Cerebral
• Redução do peso (10%), fluxo sanguíneo cerebral
(15-20%), dilatação dos ventrículos;
• Redução progressiva e irreversível do número de
neurônios cerebrais (particularmente no hipocampo) ,
cerebelares e medulares;
• Deposição neuronal de liposfuscina;
• Degeneração vascular amilóide;
• Aparecimento de placas senis e degeneração
neurofibrilar;
• Comprometimento da neurotransmissão
dopaminérgica e colinérgica.
• Lentificação da velocidade da condução nervosa
Exame Neurológico na Pessoa Idosa
• Lentificação do reflexo pupilar
• Lentificação do olhar conjugado vertical (superior >
inferior)
• Força muscular (simétrica)
• Discreto aumento do tônus muscular, sem produzir
“roda dentada”
• Preservação dos reflexos tendinosos, exceto o reflexo
Aquileu, que pode estar ausente.
• Sensibilidade vibratória abaixo dos joelhos ausentes.
• Ataxia: lentificação da marcha, com passos curtos e
arrastados, flexão do corpo, olhar para o chão.
Domínios Cognitivos
1. Inteligência
2. Atenção
3. Função Executiva
4. Memória
5. Linguagem
6. Habilidades Visoespaciais
7. Funções Psicomotoras
Inteligência
Preservado: Testes medindo habilidades cristalizadas,
e habilidades verbais estão inalteradas.
Alterado: Inteligência fluida que envolve resolução de
problemas, inteligência não verbal e velocidade de
processamento das informações.

                    Atenção
Preservado: Atenção sustentada, atenção em uma
tipo de informação por um período.
Alterado: Atenção dividida, ou habilidade de
concentrar-se em mais de um tipo de informação no
mesmo tempo (possivelmente).
Função Executiva

Preservado: Funções executivas necessárias para
realização das tarefas do dia-a-dia.
Alterado: Diminuição das performance nos testes
neuropsicológicos. Pode ser devido, em parte, à
redução da velocidade de execução dos testes
(evitar testes cronometrados).
O envelhecimento bem sucedido parece não afetar
as funções executivas necessárias para realização
das tarefas do dia-a-dia.
Memória
Preservada: Memória remota, procedural e memória
semântica.
Alterada: Aumento da dificuldade de aprender novas
informações. Menor curva de aprendizado e menor
quantidade de informações aprendidas.
Entretanto, a memória do paciente é suficiente para
as demandas e garante a independência funcional.

                 Linguagem
Preservada: Compreensão, vocabulário, habilidades
sintáticas.
Alterada: Recuperação de palavras espontâneas,
fluência verbal.
Habilidades Visoespaciais
 Alterações: Rotação mental de objetos, cópias
 complexas, união de objetos e habilidades espaciais
 abstratas. Redução clara da velocidade de
 performance nestes testes.

     Habilidades Psicomotoras
Alterações: Redução significativa do tempo de resposta,
relacionado tanto no processamento cognitivo quanto nas
habilidades motoras.
Testes que necessitam de velocidade e respostas rápidas
aos estímulos: estarão provavelmente reduzidas.
Avaliar o risco e a segurança do paciente continuar
dirigindo.

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Epidemiologia do envelhecimento

  • 1. Centro Interdisciplinar de Assistência e Pesquisa em Envelhecimento – CIAPE. Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais Pós Graduação em Saúde do Idoso Geriatria e Gerontologia Módulo: I Disciplina: Epidemiologia do Envelhecimento
  • 2. Epidemiologia do Envelhecimento Dr. Felipe Toledo Rocha • Médico formado pela UFMG • Especialista em Geriatria e Gerontologia pelo CIAPE/FCMMG • Mestrando em Gerontologia Social pela Universidade Autônoma de Madri / Espanha • Diretor Clínico do Hospital Paulo de Tarso de Geriatria • Coordenador do GeroCenter / CIAPE
  • 3. Conteúdo Programático 1. Transição Demográfica 2. Transição Epidemiológica 3. Teorias do Envelhecimento 4. Modalidades de Envelhecimento 5. Classificação Funcional x Classificação de Doença
  • 4. 6. Envelhecimento dos Sistemas Fisiológicos Principais • Composição corporal / Nutrição / Antropometria • Metabolismo hidroeletrolítico • Imunossenescência • Termorregulação • Órgãos dos sentidos (visão e audição) • Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade oral e cavidade oral • Pele e anexos • Sistema endócrino • Sistema cardiosvascular • Sistema respiratório • Sistema gênito-urinário • Sistema gastrointestinal • Sistema nervoso
  • 5. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA: •A população cima de 60 anos representa, atualmente, 9% da população brasileira. • Representa cerca de 30 a 40% da demanda dos serviços de saúde. •Em 2020 projeta-se que a população idosa representará 15% da população brasileira. •Demanda dos serviços de saúde em 2020  70%????
  • 6. Transição Epidemiológica •Diminuição da morbi-mortalidade causada por doenças infecto contagiosas. •Aumento da morbi-mortalidade causada por doenças crônico degenerativas. •Modificação do paradigma médico do curar  Aprender a evitar a Incapacidade, não só a Morte. De que morreu seu avô? Do que você vai morrer?
  • 7. Transição Epidemiológica no Brasil • Sobreposição de modelos. • Reaparecimento de doenças seculares ( Dengue, Febre Amarela, Leidhmaniose, TBC, Hanseníase dentre outras). • Aumento expressivo das causas externas violência urbana • Aumento na prevalência das doenças Cardiovasculares • A Transição Demográfica é muito mais acelerada do que a Transição Epidemilógica.
  • 8. Teorias do Envelhecimento Envelhecimento Biológico Teorias Estocásticas 1. Teoria do “Uso-Desgaste”: O envelhecimento e a morte seriam resultado da constante exposição dos diversos tecidos às injúrias ambientais. 2. Teoria das “Proteínas Alteradas”: O envelhecimento derivaria do acúmulo de proteínas que tiveram “erros” nos processos de transcrição .
  • 9. 3. Teoria das “Mutações Somáticas”: O envelhecimento seria consequência do acúmulo de mutações somáticas com o avançar da idade, alterando a função dos diversos órgãos corporais. 4. Teoria do “Erro Catastrófico”: Falhas no aparato protéico de célula causariam a ação errônea da proteína no ambiente celular, mesmo com a integridade do códon.A somatória desses erros chegaria a um ponto incompatível com a vida  Morte. 5. Teoria da “Desdiferenciação”: A célula perderia a diferenciação, ou parte dela, e passaria a produzir proteínas e produtos celulares exógenos aquele tecido  Quebra da Homeostase.
  • 10. 6. Teoria do “Dano Oxidativo e Radicais Livres”: O envelhecimento seria resultante da sobreposição dos mecanismos lesivos sobre os reparadores. 7. Teoria do “Acúmulo de Detritos  Lipofuscina”: O acúmulo de detritos no interior da célula, sem turnover do mesmo, geraria o envelhecimento e morte celular. 8. Teoria da “Mudança pós-tradução em proteínas”: Modificações químicas em proteínas importantes, como colágeno e elastina, afetariam a constituição e função dos tecidos.
  • 11. Teorias Sistêmicas 1. Teoria da “Taxa de Vida”: Quanto mais lento o metabolismo de um ser, maior sua longevidade. 2. Teoria do “Dano Mitocondrial”: Dano do Oxigênio sobre a Mitocôndria levando a uma menor eficiência respiratória da mesma. Teoria Genética 1. Apoptose: Morte celular programada, ativada por fatores extra celulares. 2. Fagocitose: Proteínas anormais de superfícies tornariam as células “no self” e, consequentemente, seriam eliminadas.
  • 12. Teorias Neuroendócrinas: 1. Desregulação dos sistemas neuroendócrinos afetando a Homeostase. Teoria Imunológica: 1. Alterações qualitativas e quantitativas no sistema imunológico levariam a perda da Homeostase.
  • 13. Conclusão Nenhuma das teorias, sozinha, consegue explicar todos os passos deste complexo processo que é o envelhecer. Em cada uma delas encontramos “pedaços” da “verdade” biológica do envelhecer. A busca pela explicação do processo de envelhecimento não acaba, pois o desejo da eternidade move os homens desde a antiguidade e nunca vai parar.
  • 14. Envelhecimento Saudável X Envelhecimento Patológico Envelhecimento Saudável Envelhecimento Patológico Incapacidade Infância Adulto Velhice
  • 15. Envelhecimento Fisiológico ( Senescência) Refere-se aos processos biológicos inerentes aos organismos e são inevitavelmente involutivos. Provavelmente, essas transformações sofrem influência do ambiente físico e social. Entretanto, ainda não se sabe a extensão do impacto ambiental, principalmente devido à dificuldade de desenvolvimento de um método que separasse a fração de declínio fisiológico inerente ao organismo daquelas advindas dos estresses ambientais anteriores ao envelhecimento.
  • 16. O envelhecimento fisiológico é dividido em: • Envelhecimento usual: apresenta prejuízos significativos, mas não são qualificados como doentes; • Envelhecimento Bem Sucedido: perda fisiológica mínima, com preservação da função robusta em uma idade avançada. O processo de envelhecimento é “puro”, isento de danos causados por hábitos de vida inadequados, ambientes inapropriados e doenças.
  • 17. Envelhecimento Patológico (Senilidade) Refere-se ao envelhecimento na presença de traumas e doenças que “desviam” a curva de capacidade para baixo. • Diabetes mellitus por Obesidade • Osteoartrose por esforço repetitivo • DPOC por tabagismo Hábito + Genética = Patologia Patologia + Envelhecimento Usual = Envelhecimento Patológico
  • 18. Patologias mais prevalentes na pessoa idosa Doenças que se relacionam com a idade, as quais se associam com mais freqüência a determinada idade (Osteoporose e Fratura de Fêmur, Doença de Parkinson, Demência de Alzheimer, etc;) Patologias às quais o idoso apresenta maior suceptibilidade: •Transtornos Motores do Esôfago •Catarata •Osteoartrite
  • 19. Efeito da morbidade de doenças crônicas • Diabetes mellitus não controlada + 30 anos de doença = IRC, Cegueira, Amputações. • Hipertensão Arterial Sistêmica não controlada + 30 anos de doença = ICC, IRC, AVC. •Osteoporose + Queda = Fratura de Fêmur
  • 20. Disfunção de bomba • ICC • Insuficiência coronariana INSUFICIÊNCIA Disfunção perfusional • Insuficiência vascular periférica CARDIOVASCULAR • Estenose carotídea • Aneurisma abdominal Disfunção elétrica • Bloqueio de condução • Fibrilação atrial e arritmias ventriculares Osso • Fratura (osteoporose) INSUFICIÊNCIA Articulação • Osteoartrose Músculo • Polimialgia reumática (arterite temporal) OSTEOMUSCULAR INSUFICIÊNCIA • DPOC • Pneumonia RESPIRATÓRIA INSUFICIÊNCIA • Incontinência urinária • Insuficiência renal GÊNITO-URINÁRIA • Infecção urinária INSUFICIÊNCIA • Diabetes mellitus ENDÓCRINA • Hipotireoidismo • Catarata INSUFICIÊNCIA • Glaucoma • Degeneração senil VISUAL INSUFICIÊNCIA • Surdez de condução (rolha de cerumen) AUDITIVA • Perda neurosensorial Autor:Prof.Edgar Nunes de Morais
  • 21. • Constipação intestinal, diverticulose, diarréia, colelitíase • Neoplasias: mama, cólon, pulmão, próstata, estômago, pele, neoplasias linfo ou mieloproliferativas, Outras • Hipertensão arterial, hipotensão ortostática, dislipidemia, co-morbidades tromboembolismo pulmonar freqüentes no • Infecções: pneumonia, infecção urinária, erisipela, idoso tuberculose,influenza, ... • Hiperplasia prostática benigna, disfunção sexual • Insônia, xerodermia, úlceras de pressão • Hipertireoidismo e hiperparatireoidismo • Anemia, hiponatremia (SIHAD), deficiência de B12
  • 22. CID (Código Internacional de Doenças) Mostra apenas um lado da questão: o da doença ou a situação que causou a seqüela, mas não apresenta outros fatores como a capacidade do indivíduo em se relacionar com seu ambiente de vida. Classificação Internacional de Limitação, Incapacidade e Deficiência - ICIDH) - 1992 H E R E D IT A R IE D A D E F A T O R E S A M B IE N T A I S E N V E L H E C IM E N T O D IS F U N Ç Ã O Doença Conseqüência IN C A P A C ID A D E Funcional D E F I C I Ê N C IA D e s v a n ta g e m s o c ia l Autor: Prof Edgar Nunes de Moraes
  • 23. FUNCIONALIDADE É um termo que abrange todas as funções do corpo, atividades e participação. INCAPACIDADE É um termo que abrange deficiências, limitação de atividades ou restrição na participação.
  • 24. Indivíduo PESSOA Humanização ou Conscientização (Para quê?) ↓ VULNERABILIDADE ↑ Reserva homeostática “Conhece-te a ti mesmo” ESFORÇO PESSOAL Liberdade Plena Aceitação da realidade e maior tolerância à dor Idade cronológica
  • 25. Infância e Adultez Velhice adolescência Envelhecimento patológico do organismo Limiar de Incapacidade Psiquismo infantil Idade Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
  • 26. Infância e Adultez VELHICE adolescência PSIQUISMO ORGANISMO Limiar de Incapacidade Idade Autor: Prof. Edgar Nunes de Moraes
  • 27.
  • 28.
  • 29. Grandes Síndromes Geriátricas Bio-Psico-Sociais Incapacidade Cognitiva Insuficiência Familiar Imobilidade Indiferença Instabilidade Postural Isolamento Social Incontinência Urinária Institucionalização Iatrogenia
  • 30. ENVELHECIMENTO DOS SISTEMAS FISIOLÓGICOS PRINCIPAIS • Composição corporal / Nutrição / Antropometria • Metabolismo hidroeletrolítico • Imunossenescência • Termorregulação • Órgãos dos sentidos (visão e audição) • Estruturas envolvidas na voz, fala, motricidade oral e cavidade oral
  • 31. • Pele e anexos •Sistema endócrino •Sistema cardiosvascular •Sistema respiratório •Sistema gênito-urinário •Sistema gastrointestinal •Sistema nervoso
  • 32. ANTROPOMETRIA •Estatura: ↓ 1 a 1,5 cm/década •Peso: ↑ até 70 anos •IMC (kg/m2): 22 a 27
  • 33. NUTRIÇÃO As alterações fisiológicas do envelhecimento que comprometem as necessidades nutricionais ou ingestão alimentar são: • Redução do olfato e paladar: • Redução do metabolismo basal: redução de 100 Kcal por década (↓ massa magra e da atividade física); • Aumento da necessidade protêica: ↓ síntese e ingestão • Redução da biodisponibilidade da vitamina D: redução da absorção intestinal de cálcio;
  • 34. • Deficiência da utilização da vitamina B6; • Redução da acidez gástrica: ↓ B12, Ferro, cálcio, ácido fólico e zinco • Insuficiência do mecanismos reguladores da sede, fome e saciedade; • Aumento da toxicidade de vitamina lipossolúveis: vitamina A, D, E, K • Maior dificuldade na obtenção, preparo e ingestão de alimentos; • Xerostomia
  • 35. 1. Hormônio Antidiurético (ADH) • Níveis séricos basais ↑ DESIDRATAÇÃO • Liberação do ADH após estimulação dos osmorreceptores ↑ (Redução de 20% da • Liberação do ADH após estimulação dos barorreceptores ↓ água corporal total e 8 - • Responsividade renal ao ADH ↓ 10% do volume 2. Aldosterona (hipoaldosteronismo plasmático) hiporreninêmico) • Níveis basais ↓ • Liberação de aldosterona após depleção do sódio ↓ HIPOTENSÃO • Liberação de aldosterona após mudanças posturais ↓ ORTOSTÁTICA 3. Hormônio Natriurético Atrial • Níveis basais ↑ HIPONATREMIA • Liberação após estimulação ↑ 4. Sensação de Sede ↓ 5. Outros: diuréticos, sudorese excessiva, restrição HIPERPOTASSEMIA física, confusão mental, demência, diarréia, etc... (IRC, diabetes, AINE) Autor: Prof.Edgar Nunes Moraes
  • 36. Envelhecimento Oftalmológico Alterações anatômicas Alterações funcionais Enoftalmia Presbiopia Edema de pálpebra inferior (com ou Catarata sem hiperpigmentação) Glaucoma Ptose Rigidez Pupilar (miose senil) Entrópio (inversão da pálpebra e ↓ visão periférica e central, ↓ visão cílios) Ectrópio (eversão da pálpebra) espacial, modificação da Epífora (lacrimejamento excessivo) percepção de cores; Halo senil Degeneração macular: dificuldade Esclera mais amarelada de individualizar e distinguir Pterígio detalhes e cores ? Conjuntiva mais fina e friável perda da visão central; (“sensação de areia nos olhos”). Maior risco de descolamento de retina
  • 37. Audição OUVIDO EXTERNO OUVIDO MÉDIO OUVIDO INTERNO Pêlos do trago Estreitamento do espaço Degeneração das células do (característica sexual articular dos ossículos + órgão de Corti (equilíbrio) e secundária) se tornam calcificação cartilagem da cóclea (audição): mais grossos, maiores e articular  degeneração • Redução da sensibilidade proeminentes. articular vestibular Glândulas da cera se • Hipoacusia atrofiam  cera mais seca Atrofia e ressecamento da pele  prurido
  • 38. • A prevalência de disfunção auditiva é de cerca de 24% na faixa etária de 65 a 74 anos e aumenta para 39% na população com idade superior a 74 anos. Pacientes institucionalizados apresentam a mais alta prevalência. • Perda Bilateral, Lenta e Progressiva para tons de Alta Frequência
  • 39. IMUNIDADE CELULAR • Involução anatômica e funcional do timo; • Redução de 20 a 30% dos linfócitos T circulantes (maestro da • resposta imune); • Declínio na reação de hipersensibilidade tipo tardia • Declínio na citotoxicidade e na resposta proliferativa; • Redução na produção de citotoxinas IL-2 (essencial na proliferação e diferenciação dos linfócitos T) e IL-10; ↑INFECÇÃO Não há redução quantitativa ou qualitativa na função dos leucócitos polimorfonucleares IMUNIDADE HUMORAL ↑AUTOIMUNIDADE • Não há mudança no número de linfócitos B circulantes;Aumento na produção de auto-anticorpos;Menor produção de anticorpos contra antígenos específico (↑IgA e IgG, ↓IgM  ↓resposta vacinal contra tétano, influenza e hepatite). Possivelmente quando a imunização primária é feito na infância, a resposta secundária é mantida por toda vida. Entretanto, quando a imunização primária ocorre tardiamente (>65 ↑NEOPLASIA anos), parece haver declínio na resposta secundária; • Menor capacidade de neutralização dos anticorpos; • Maior latência na resposta anticórpica; CO-MORBIDADES QUE PREJUDICAM A RESPOSTA IMUNE Desnutrição, pobreza, poluição, depressão, tabagismo, drogas (corticóides,...), doença mental, diabetes mellitus, álcool, fatores genéticos, doenças consumptivas, ... Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
  • 40. Termorregulação • Disfunção Hipotalâmica • Menor potencial pirogênico • Maior potencial hipotérmico • Febre > 37,2 graus C ou aumento de > de 1,1 em relação ao basal • Diminuição da transpiração  Menor tolerância ao calor  Desidratação
  • 41. LOCALIZAÇÃO ALTERAÇÕES ANATÔMICAS / REPERCUSSÃO CLÍNICA FUNCIONAIS (ANAMNESE E EXAME FÍSICO) • Redução do potencial proliferativo • Redução do número de melanócitos FLACIDEZ EPIDERME e células de Langerhans • Redução da adesão dermato- epidérmica REDUÇÃO DO TURGOR REDUÇÃO DA • Redução da espessura ELASTICIDADE • Redução da celularidade e vascularidade DERME MAIOR MOBILIDADE • Degeneração das fibras de elastina • Degeneração das fibras de colágeno RUGAS SUBCUTÂNEO • Redução da gordura e redistribuição PALIDEZ XEROSE (Pele seca) • Redução das glândulas sudoríparas • Redução do tamanho e função das glândulas sebáceas PÚRPURA SENIL ANEXOS • Redução do folículos piloso • Redução do rescimento das unhas LEUCODERMIA • Redução da lúnula PUNTIFORME DISFUNÇÃO DA TERMORREGULAÇÃO HIPERPLASIA SEBÁCEA UNHAS ESPESSAS (“ranhuras”, onicogrifose, onicomicose) Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
  • 42. Envelhecimento Oral O envelhecimento, por si só, não causa perda dentária significativa, mas causa alterações com conseqüências importantes, e algumas vezes incapacitantes, que comprometem a higiene bucal, e estão listadas abaixo: • Dentes: Gengivite + Osteoporose • Articulação  Osteoartrose  Dor • ↓Palatabilidade Dos Alimentos  Desnutrição • Dificuldade De Deglutição  Disfagia  Aspiração • Xerostomia • Dificuldade De Fala: Presbifonia • Neoplasia
  • 44. ALTERAÇÕES ANATÔMICAS ALTERAÇÕES FUNCIONAIS Insuficiência Coronariana Insuficiência Vascular Cerebral Insuficiência Arterial Estenose Carotídea (Aterosclerose) Insuficiência Vascular Periférica Insuficiência Vascular Mesentérica VASOS Estenose de Artéria Renal Aneurisma de Aorta Abdominal Hipertensão Arterial Pressão Arterial H ipote ns ã o Ort os t át ica Insuficiência Venosa Insuficiência venosa profunda (Varizes) Disfunção Diastólica Hipertrofia (Alteração do Relaxamento MIOCÁRDIO ventricular ventricular) Degeneração Aórtica ENDOCÁRDIO Valvulopatia Degenerativa Degeneração Mitral
  • 46. Volume de ar expirado no primeiro segundo em uma expiração forçada a partir da capacidade vital. FEV1 Ocorre uma redução do FEV1 de 30 mL/ano nos homens e 23 mL/ano nas mulheres a partir dos 20 anos. Volume total de ar expirado. A capacidade vital forçada Capacidade Vital diminui em aproximadamente 14 a 30 mL/anos nos Forçada (CVF) homens e 15 a 24 mL/ano nas mulheres. Índice de Tiffeneau FEV1/CF A obstrução das vias aéreas é representada por uma relação baixa. O valor normal é de 80% Pico de fluxo É uma estitiva grosseira da função pulmonar onde se expiratório mede o fluxo máximo epiratório. (PFE) • Útil no acompanhamento do paciente com asma Fluxo expiratório forçado 25-75% FEF25-75% Reflete basicamente a função das pequenas vias aéreas. • Está intensamente diminuído em paciente com DPOC
  • 47.
  • 48. Complacência Pulmonar • Enrijecimento da caixa torácica. • Redução das forças musculares que promovem expansão. • Maior colabamento das vias aéreas. • Com envelhecimento o diafragma enfraquece até 25%. Pressão Parcial de Oxigênio • Declínio linear da pressão PaO2, numa taxa de aproximadamente 0,3% ao ano.  PaO2 = 109 - (0.43 × idade) • PaO2 permanece estável em 83 mmHg a partir dos 75 anos. (Ocorre em paralelo com a redução da força elástica e o aumento fisiológico do espaço morto).
  • 49. Outras Alterações • Diminuição da FC e FR, em resposta à hipoxemia e hipercapnia. • Hiporesponsividade dos quimioreceptores periféricos e centrais. • Redução do transporte mucociliar. • Redução do reflexo da tosse. • Redução da resposta aguda aos antígenos extrínsecos e da imunidade celular (aumento da taxa de reativação de tuberculose).
  • 51. Fluxo sangüíneo renal • Redução de 10% por década a partir dos 30 anos. Taxa de filtração glomerular • Declínio progressivo, caindo 8 mL/minuto/1.73 m2/década após os 40 anos. • Aproximadamente 30% dos idosos não apresentam redução da taxa de filtração glomerular. • Há uma redução paralela da produção de creatinina devido à sarcopenia. A creatinina plasmática pode permancer estável. • Para evitar erros recomenda-se a utilização da fórmula de Cockcroft-Gault: Clerance estimado = (140 – idade x peso)/ (72 * creatinina) (Mulheres: multiplicar por 0,85)
  • 52. ↓ Capacidade ↑ Trabeculação ↓ Habilidade de adiar a miccção ↑ Fibrose ↓ Contratilidade ↑ Risco de infecção do trato urinário ↓ Inervação autonômica ↑ Resíduo pós-miccional ↑ Risco de incontinência urinária BEXIGA Formação de divertículos ↑ Contrações involuntárias ↓ Celularidade ↓ Resistência ao fluxo micional ↑ Risco de infecção do trato urinário URETRA ↑ Deposição de colágeno ↓ Pressão de fechamento ↑ Risco de incontinência urinária ↑ Risco de infecção do trato urinário Irritação de receptores adrenérgicos ↑ Risco de incontinência urinária Hiperplasia PRÓSTATA Retenção urinária NOCTÚRIA Mecanismos: Ingestão noturna de líquidos, redução da complacência vesical, redução da produção noturna de ADH ( ↑ na produção Despertar noturno: INSÔNIA – QUEDAS noturna de urina – 35%) , ICC, insuficiência venosa, diabetes mellitus e hiperplasia prostática. Dispareunia Uretrite atrófica: polaciúria, ↓ Celularidade . Atrofia do epitélio urgência miccional VAGINA ASSOALHO ↑ Deposição de colágeno ↑ Tecido conjuntivo Fraqueza muscular Incontinência urinária de esforço PÉLVICO Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
  • 53. • A disfunção erétil NÃO é uma conseqüência inevitável do envelhecimento normal. • Ocorre em 15 a 25% dos idosos maiores de 65 anos e em 50% dos homens maiores de 80 anos. • Causas emocionais, endócrinas, vasculares, neurológicas e drogas devem ser investigadas. • O Sildenafil (Viagra) e seus semelhantes são drogas eficazes e devem ser recomendadas, exceto na presença de insuficiência coronariana grave EM USO DE NITRATO (efeito sinérgico  venodilatação  redução da pré-carga  hipotensão arterial). • Não existem evidências suficientes para atribuir ao Sildenafil os casos de cegueira recentemente detectados.
  • 55. ALTERAÇÕES ALTERAÇÕES REPERCUSSÃO CLÍNICA ANATÔMICAS FUNCIONAIS (ANAMNESE - EXAME FÍSICO) Presbiesôfago: 20-60% dos ↓ Motilidade Engasgos ocasionais neurônios do esofageana Maior prevalência de dor plexo Espasmo esofageano esofageana, simulando mioentérico; angina pectoris Maior prevalência de gastrite atrófica Deficiência da absorção de auto-imune e ↓ Acidez gástrica vitamina B12 e ferro secundária ao H. pylori Redução na mucosa gástrica Maior susceptibilidade a dos fatores gastrotoxicidade pelos citoprotetores AINE Autor: Prof. Edgar Nunes Moraes
  • 56. Redução do tamanho do fígado (35%) ↓ Metabolismo das Redução do conteúdo, drogas, afinidade e principalmente do Maior meia-vida das drogas atividade das metabolismo  Iatrofarmacogenia enzimas hepáticas ↓ Fluxo Sangüíneo oxidativo (Ex.: Hepático (35%) Fenitoína) Intolerância maior a Maior prevalência de colelitíase ↑ Litíase biliar e suas complicações gordurosos ↓ Neurônios do plexo ↓Trânsito Intestinal: mioentérico idosos saudáveis (até Constipação intestinal 5 dias) Maior hipotrofia da Diverticulose Maior risco de diverticulite parede colônica ↓ Musculatura ↑ Hérnias abdominais abdominal Autor: Prof Edgar Nunes de Moraes
  • 58. • Redução do peso (10%), fluxo sanguíneo cerebral (15-20%), dilatação dos ventrículos; • Redução progressiva e irreversível do número de neurônios cerebrais (particularmente no hipocampo) , cerebelares e medulares; • Deposição neuronal de liposfuscina; • Degeneração vascular amilóide; • Aparecimento de placas senis e degeneração neurofibrilar; • Comprometimento da neurotransmissão dopaminérgica e colinérgica. • Lentificação da velocidade da condução nervosa
  • 59. Exame Neurológico na Pessoa Idosa • Lentificação do reflexo pupilar • Lentificação do olhar conjugado vertical (superior > inferior) • Força muscular (simétrica) • Discreto aumento do tônus muscular, sem produzir “roda dentada” • Preservação dos reflexos tendinosos, exceto o reflexo Aquileu, que pode estar ausente. • Sensibilidade vibratória abaixo dos joelhos ausentes. • Ataxia: lentificação da marcha, com passos curtos e arrastados, flexão do corpo, olhar para o chão.
  • 60. Domínios Cognitivos 1. Inteligência 2. Atenção 3. Função Executiva 4. Memória 5. Linguagem 6. Habilidades Visoespaciais 7. Funções Psicomotoras
  • 61. Inteligência Preservado: Testes medindo habilidades cristalizadas, e habilidades verbais estão inalteradas. Alterado: Inteligência fluida que envolve resolução de problemas, inteligência não verbal e velocidade de processamento das informações. Atenção Preservado: Atenção sustentada, atenção em uma tipo de informação por um período. Alterado: Atenção dividida, ou habilidade de concentrar-se em mais de um tipo de informação no mesmo tempo (possivelmente).
  • 62. Função Executiva Preservado: Funções executivas necessárias para realização das tarefas do dia-a-dia. Alterado: Diminuição das performance nos testes neuropsicológicos. Pode ser devido, em parte, à redução da velocidade de execução dos testes (evitar testes cronometrados). O envelhecimento bem sucedido parece não afetar as funções executivas necessárias para realização das tarefas do dia-a-dia.
  • 63. Memória Preservada: Memória remota, procedural e memória semântica. Alterada: Aumento da dificuldade de aprender novas informações. Menor curva de aprendizado e menor quantidade de informações aprendidas. Entretanto, a memória do paciente é suficiente para as demandas e garante a independência funcional. Linguagem Preservada: Compreensão, vocabulário, habilidades sintáticas. Alterada: Recuperação de palavras espontâneas, fluência verbal.
  • 64. Habilidades Visoespaciais Alterações: Rotação mental de objetos, cópias complexas, união de objetos e habilidades espaciais abstratas. Redução clara da velocidade de performance nestes testes. Habilidades Psicomotoras Alterações: Redução significativa do tempo de resposta, relacionado tanto no processamento cognitivo quanto nas habilidades motoras. Testes que necessitam de velocidade e respostas rápidas aos estímulos: estarão provavelmente reduzidas. Avaliar o risco e a segurança do paciente continuar dirigindo.