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Envelhecimento Populacional
Introdução
      O envelhecimento populacional iniciou-se no
final do século XIX em alguns países da Europa
Ocidental, espalhou-se pelo resto do Primeiro Mundo,
no século passado, e se estendeu, nas últimas décadas,
por vários países do Terceiro Mundo, inclusive o Brasil.
No caso brasileiro, observou- se, a partir do final dos
anos 60, rapidíssima e generalizada queda da
fecundidade, e haverá, consequentemente, um célere
processo de envelhecimento da população.

                   Garcia e Carvalho, 2003
O envelhecimento populacional não se refere
nem a indivíduos, nem a cada geração, mas, sim,
à mudança na estrutura etária da população,
 o que produz um aumento do peso relativo das
      pessoas acima de determinada idade,
    considerada como definidora do início da
                    velhice.
Distribuição Etária da População Brasileira

    Atualmente, ocorre um amplo declínio da
   participação relativa do grupo etário
   jovem (menores de 15 anos) e mais do que
   uma duplicação do peso da população
   idosa (acima de 65 anos).
Distribuição Etária da População Brasileira
                                No Brasil, no ano
                                de 2000 o número
                                absoluto de idosos
                                era de
                                aproximadamente
                                14.5 milhões,
                                estima-se que em
                                2015-2020 os
                                idosos
                                correspondam a 25
                                milhões de
                                brasileiros.
Envelhecimento Populacional
Fatores colaboradores:
Industrialização e urbanização;
Mudanças no estilo de vida;
Processos de migração;
Acesso a métodos de anticoncepção;
Acesso a novas tecnologias médicas.
Envelhecimento Populacional
É importante ressaltar, que a passagem de uma
 situação de alta mortalidade mais alta taxa de
 nascimentos para uma de baixa mortalidade e,
 gradualmente baixa fecundidade, traduz-se numa
 elevação da expectativa de vida média ao nascer e
 num aumento de pessoas que atingem idades mais
 avançadas.
Expectativa de Vida
        BRASIL                 A esperança de
       Idade            Ano     vida representa o
     33,7 anos          1900    número esperado
      43 anos           1950    de anos a serem
     52,7 anos          1970
                                vividos, em média,
                                em uma população.
     61,7 anos          1980
      66 anos           1991
     68,6 anos          2000
Prevê-se          que   2025
ultrapasse os 75 anos
Envelhecimento Populacional
Definição

    “Modificações, em longo prazo, dos
  padrões de morbidade, invalidez e morte
     que caracterizam uma população
   específica e que geralmente coincidem
 com outras transformações, demográficas,
           sociais e econômicas”.
                 Chaimowicz
                    1998
Envelhecimento Populacional
Envelhecimento Populacional
        Transição Demográfica



 Processo gradual no qual a sociedade
 passa de uma situação de altas taxas de
 fecundidade e mortalidade para uma de
 baixa mortalidade e, gradualmente baixa
              fecundidade.
Transição Demográfica
A população cima de 60 anos representa,
 atualmente, 9% da população brasileira.
Em 2020 projeta-se que a população idosa
 representará 15% da população brasileira
 (Camarano et al., 1997).
 Representa cerca de 30 a 40% da demanda
 dos serviços de saúde.
Demanda dos serviços de saúde em 2020 
 70%??
Transição Demográfica
Aqui no Brasil, diferentemente do que se observou
  na Europa, as mudanças demográficas não se
   dão como fruto do desenvolvimento social e,
     sim, como conseqüência de um processo
      maciço de urbanização, sem alterações
  marcantes na distribuição renda e na estrutura
                    de poder social.
                    Ramos, 2002
Envelhecimento Populacional
      Transição Epidemiológica


          Mudança nos padrões de
   morbimortalidade, principalmente por
 declínio das doenças infectoparasitárias e
       aumento das doenças crônico-
               degenerativas
No Brasil, a transição epidemiológica não tem ocorrido
 de acordo com o modelo experimentado pela maioria dos
 países industrializados e mesmo por vizinhos latino-
 americanos como o Chile, Cuba e Costa-Rica.
Há uma superposição entre doenças transmissíveis e
 crônico-degenerativas; há reintrodução de doenças como
 dengue e cólera ou o recrudescimento de outras como a
 malária, hanseníase e leishmaniose.
 A morbi-mortalidade persiste elevada para ambos os
 padrões, caracterizando uma transição prolongada; as
 situações epidemiológicas de diferentes regiões em um
 mesmo país tornam-se contrastantes (polarização
 epidemiológica).
Envelhecimento Populacional
CONCLUSÃO
      No Brasil o processo de
   envelhecimento populacional
    segue desacompanhado das
   modificações socioeconômicas
            necessárias.
Perfil do Envelhecimento Populacional
no Brasil
 Acerca de três dimensões:
 Arranjos familiares e rendimentos

 Saúde

 Mortalidade
Perfil do Envelhecimento Populacional no
Brasil
Arranjos Familiares
Chefes de família, com aumento da proporção de
 filhos morando juntos;
Vivem menos na casa de parentes;
Rendimento médio aumentado, levando a uma
 expressividade dessa renda no orçamento familiar;
Diminuição do grau de pobreza e indigência.
Perfil do Envelhecimento Populacional no Brasil
Saúde
                                    60 – 80     60-80

                             Homens           Mulheres

Doença de coluna ou costas   42,1             40,8
Hipertensão                  36,7             36,0
Artrite ou reumatismo        29,0             38,2
Doença do coração            16,2             20,1
Diabetes                     8,1              7,2
Depressão                    8,0              8,7
Bronquite ou asma            7,3              12,0
Doença renal crônica         7,0              6,7
Tendinite                    3,6              2,9
Câncer                       1,4              1,9
Perfil do Envelhecimento Populacional no Brasil
Mortalidade
Doenças do aparelho circulatório (ambos os
  sexos);
Em segundo, terceiro e quarto lugar: Afecções
  mal definidas, neoplasmas e doenças do
  aparelho respiratório;
Entre os homens aumentou a mortalidade por
  doenças do aparelho digestivo;
Entre as mulheres aumentou a mortalidade por
  doenças endócrinas e do metabolismo.
Teorias do
Envelhecimento
O processo de envelhecimento varia não
apenas entre os indivíduos, mas também
entre os diferentes sistemas de uma mesma
pessoa.
Teorias do Envelhecimento
             Envelhecimento Biológico
                Teorias Estocásticas
Fundamenta-se na idéia que a deterioração associada à
     idade avançada deve-se à acumulação de danos
         moleculares que ocorrem ao acaso. Tais
  macromoléculas defeituosas poderiam se acumular e
      dessa forma ocasionar a perda de função e de
 informação vitais para as células. A quantidade dessas
   macromoléculas incorretas alcançaria um nível em
     que algumas ou todas as células de um ser vivo
 estariam tão deficientes, metabolicamente, a ponto de
        causarem a morte do próprio organismo.
                 Jeckel-Neto & Cunha, 2002
Envelhecimento Biológico
Teorias Estocásticas
     TIPOS:
 Teoria do Uso e Desgaste
 Proteínas Alteradas
 Mutações Somáticas
 Dano Oxidativo e Radicais Livres
 Lipofuscina e o Acúmulo de Detritos
Envelhecimento Biológico
Teorias Estocásticas
1. Teoria do “Uso-Desgaste”:
       O envelhecimento e a morte seriam
   resultado da constante exposição dos diversos
   tecidos às injúrias ambientais.
2. Teoria das “Proteínas Alteradas”:
      O envelhecimento derivaria do acúmulo de
    proteínas que tiveram “erros” nos processos
    de transcrição (tradução).
Envelhecimento Biológico
Teorias Estocásticas
3. Teoria das “Mutações Somáticas”:
     O envelhecimento seria conseqüência do acúmulo de mutações
     somáticas com o avançar da idade, alterando a função dos
     diversos órgãos corporais.

                      Mutação

          Perpetuação da mutação durante a divisão celular

          Aumento do número de células mutantes no organismo

           Mau funcionamento dos tecidos, órgãos e sistemas

              Declínio das funções orgânicas
Envelhecimento Biológico
Teorias Estocásticas
4. Teoria do “Dano Oxidativo e Radicais Livres”:
  Os radicais livres são moléculas capazes de
 danificar as proteínas, enzimas e o DNA,
 substituindo moléculas com informações biológicas
 úteis por moléculas defeituosas que se acumulam
 com o tempo.
Envelhecimento Biológico
Teorias Estocásticas
5. Teoria do “Acúmulo de Detritos  Lipofuscina”: O
  acúmulo de detritos (produtos do metabolismo) no
  interior da célula, sem turnover (eliminação) do
  mesmo, geraria o envelhecimento e morte celular.
Lipofuccina ou lipofuscina: pigmento castanho-
 amarelado que se acumula nos neurônios e células
 cardíacas.
Envelhecimento Biológico
Teorias Sistêmicas
   Fundamentam-se em uma abordagem genética
     para a análise do envelhecimento. Não são
      puramente deterministas por levarem em
   consideração, em diferentes graus, a modulação
   ambiental do envelhecimento e da longevidade.
               Jeckel-Neto & Cunha, 2002
Envelhecimento Biológico
Teorias Sistêmicas
       TEORIAS METABÓLICAS
     Alterações da taxa metabólica induzidas por
    temperatura e/ou dieta produziriam mudanças
          correspondentes na longevidade.

1. Teoria do “Dano Mitocondrial”: Dano do
   Oxigênio sobre a Mitocôndria levando a uma
   menor eficiência respiratória da mesma,
   levando ao comprometimento da função
   celular.
Envelhecimento Biológico
Teorias Sistêmicas
        TEORIAS METABÓLICAS
2. Teoria da “Taxa de Vida”: Quanto mais lento o
    metabolismo de um ser, maior sua
    longevidade.
    A velocidade do metabolismo de um indivíduo
    (sua taxa de vida) - condiciona o seu
    envelhecimento. Cada célula, de alguma
    espécie animal que seja, teria assim o mesmo
    “capital metabólico”, portanto, as células e o
    organismo, envelheceriam progressivamente
    mediante o consumo deste capital.
Envelhecimento Biológico
Teorias Sistêmicas
          TEORIAS GENÉTICAS
   As teorias desse grupo sugerem que
   mudanças na expressão gênica causariam
   modificações senescentes nas células.
1. Apoptose: Morte celular programada, ativada
   por fatores extra celulares. Diversas doenças
   seriam causadas pela falha em reprimir ou
   induzir a apoptose, porém não está claro seu
   papel na senescência.
TEORIAS GENÉTICAS
2. Fagocitose: Proteínas anormais de superfícies
   tornariam as células “no self” e,
   consequentemente, seriam eliminadas. Em outras
   palavras, as células senescentes possuiriam
   proteínas de membranas típicas que as
   identificariam e marcariam como alvo para a
   destruição por outras células.
Envelhecimento Biológico
Teorias Sistêmicas
   TEORIAS NEUROENDÓCRINAS
1. Desregulação dos sistemas neuroendócrinos
   (cérebro e glândulas endócrinas) afetando a
   Homeostase.
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        TEORIA IMUNOLÓGICA
1.Alterações qualitativas e quantitativas no
 sistema imunológico levariam a perda da
 Homeostase.
Conclusão
 Nenhuma das teorias, sozinha, consegue
 explicar todos os passos deste complexo
 processo que é o envelhecer.
 Em cada uma delas encontramos “pedaços” da
 “verdade” biológica do envelhecer.
 A busca pela explicação do processo de
 envelhecimento não acaba, pois o desejo da
 eternidade move os homens desde a
 antiguidade e nunca vai parar.
FIM
1. O cenário da saúde, em relação à morbidade do idoso, apresenta entraves que vêm se
   apresentando frente à mudança no perfil do envelhecimento no Brasil. Descreva os
   principais eventos que contribuem para o atual contexto de dificuldades vivenciado pelo
   sistema de saúde.
2. Defina em que consiste a manutenção da capacidade funcional do idoso e, ressalte
   porque se constitui em um dos focos principais da política assistencial à saúde do idoso
   em nosso país.
3. Apresente as principais atitudes de enfrentamento que tem sido propostas para a
   modificação do quadro assistencial à saúde do idoso em nosso país.
4. Descreva como seria a diferenciação da prestação da assistência aos idosos em níveis
   de prevenção secundária e terciária.
5. O autor do artigo (Renato Veras) aponta, no texto, o que seria um modelo ideal na
   atenção a saúde do idoso por apresentar efetividade e eficiência mediante inclusão de
   pontos cruciais de resolutividade. Dê sua opinião.

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  • 2. Introdução O envelhecimento populacional iniciou-se no final do século XIX em alguns países da Europa Ocidental, espalhou-se pelo resto do Primeiro Mundo, no século passado, e se estendeu, nas últimas décadas, por vários países do Terceiro Mundo, inclusive o Brasil. No caso brasileiro, observou- se, a partir do final dos anos 60, rapidíssima e generalizada queda da fecundidade, e haverá, consequentemente, um célere processo de envelhecimento da população. Garcia e Carvalho, 2003
  • 3. O envelhecimento populacional não se refere nem a indivíduos, nem a cada geração, mas, sim, à mudança na estrutura etária da população, o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada idade, considerada como definidora do início da velhice.
  • 4. Distribuição Etária da População Brasileira Atualmente, ocorre um amplo declínio da participação relativa do grupo etário jovem (menores de 15 anos) e mais do que uma duplicação do peso da população idosa (acima de 65 anos).
  • 5.
  • 6. Distribuição Etária da População Brasileira No Brasil, no ano de 2000 o número absoluto de idosos era de aproximadamente 14.5 milhões, estima-se que em 2015-2020 os idosos correspondam a 25 milhões de brasileiros.
  • 7. Envelhecimento Populacional Fatores colaboradores: Industrialização e urbanização; Mudanças no estilo de vida; Processos de migração; Acesso a métodos de anticoncepção; Acesso a novas tecnologias médicas.
  • 8. Envelhecimento Populacional É importante ressaltar, que a passagem de uma situação de alta mortalidade mais alta taxa de nascimentos para uma de baixa mortalidade e, gradualmente baixa fecundidade, traduz-se numa elevação da expectativa de vida média ao nascer e num aumento de pessoas que atingem idades mais avançadas.
  • 9. Expectativa de Vida BRASIL A esperança de Idade Ano vida representa o 33,7 anos 1900 número esperado 43 anos 1950 de anos a serem 52,7 anos 1970 vividos, em média, em uma população. 61,7 anos 1980 66 anos 1991 68,6 anos 2000 Prevê-se que 2025 ultrapasse os 75 anos
  • 10. Envelhecimento Populacional Definição “Modificações, em longo prazo, dos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que geralmente coincidem com outras transformações, demográficas, sociais e econômicas”. Chaimowicz 1998
  • 12. Envelhecimento Populacional Transição Demográfica Processo gradual no qual a sociedade passa de uma situação de altas taxas de fecundidade e mortalidade para uma de baixa mortalidade e, gradualmente baixa fecundidade.
  • 13. Transição Demográfica A população cima de 60 anos representa, atualmente, 9% da população brasileira. Em 2020 projeta-se que a população idosa representará 15% da população brasileira (Camarano et al., 1997).  Representa cerca de 30 a 40% da demanda dos serviços de saúde. Demanda dos serviços de saúde em 2020  70%??
  • 14. Transição Demográfica Aqui no Brasil, diferentemente do que se observou na Europa, as mudanças demográficas não se dão como fruto do desenvolvimento social e, sim, como conseqüência de um processo maciço de urbanização, sem alterações marcantes na distribuição renda e na estrutura de poder social. Ramos, 2002
  • 15. Envelhecimento Populacional Transição Epidemiológica Mudança nos padrões de morbimortalidade, principalmente por declínio das doenças infectoparasitárias e aumento das doenças crônico- degenerativas
  • 16. No Brasil, a transição epidemiológica não tem ocorrido de acordo com o modelo experimentado pela maioria dos países industrializados e mesmo por vizinhos latino- americanos como o Chile, Cuba e Costa-Rica. Há uma superposição entre doenças transmissíveis e crônico-degenerativas; há reintrodução de doenças como dengue e cólera ou o recrudescimento de outras como a malária, hanseníase e leishmaniose.  A morbi-mortalidade persiste elevada para ambos os padrões, caracterizando uma transição prolongada; as situações epidemiológicas de diferentes regiões em um mesmo país tornam-se contrastantes (polarização epidemiológica).
  • 17.
  • 18. Envelhecimento Populacional CONCLUSÃO No Brasil o processo de envelhecimento populacional segue desacompanhado das modificações socioeconômicas necessárias.
  • 19. Perfil do Envelhecimento Populacional no Brasil Acerca de três dimensões: Arranjos familiares e rendimentos Saúde Mortalidade
  • 20. Perfil do Envelhecimento Populacional no Brasil Arranjos Familiares Chefes de família, com aumento da proporção de filhos morando juntos; Vivem menos na casa de parentes; Rendimento médio aumentado, levando a uma expressividade dessa renda no orçamento familiar; Diminuição do grau de pobreza e indigência.
  • 21. Perfil do Envelhecimento Populacional no Brasil Saúde 60 – 80 60-80 Homens Mulheres Doença de coluna ou costas 42,1 40,8 Hipertensão 36,7 36,0 Artrite ou reumatismo 29,0 38,2 Doença do coração 16,2 20,1 Diabetes 8,1 7,2 Depressão 8,0 8,7 Bronquite ou asma 7,3 12,0 Doença renal crônica 7,0 6,7 Tendinite 3,6 2,9 Câncer 1,4 1,9
  • 22. Perfil do Envelhecimento Populacional no Brasil Mortalidade Doenças do aparelho circulatório (ambos os sexos); Em segundo, terceiro e quarto lugar: Afecções mal definidas, neoplasmas e doenças do aparelho respiratório; Entre os homens aumentou a mortalidade por doenças do aparelho digestivo; Entre as mulheres aumentou a mortalidade por doenças endócrinas e do metabolismo.
  • 24. O processo de envelhecimento varia não apenas entre os indivíduos, mas também entre os diferentes sistemas de uma mesma pessoa.
  • 25. Teorias do Envelhecimento Envelhecimento Biológico Teorias Estocásticas Fundamenta-se na idéia que a deterioração associada à idade avançada deve-se à acumulação de danos moleculares que ocorrem ao acaso. Tais macromoléculas defeituosas poderiam se acumular e dessa forma ocasionar a perda de função e de informação vitais para as células. A quantidade dessas macromoléculas incorretas alcançaria um nível em que algumas ou todas as células de um ser vivo estariam tão deficientes, metabolicamente, a ponto de causarem a morte do próprio organismo. Jeckel-Neto & Cunha, 2002
  • 26. Envelhecimento Biológico Teorias Estocásticas TIPOS:  Teoria do Uso e Desgaste  Proteínas Alteradas  Mutações Somáticas  Dano Oxidativo e Radicais Livres  Lipofuscina e o Acúmulo de Detritos
  • 27. Envelhecimento Biológico Teorias Estocásticas 1. Teoria do “Uso-Desgaste”: O envelhecimento e a morte seriam resultado da constante exposição dos diversos tecidos às injúrias ambientais. 2. Teoria das “Proteínas Alteradas”: O envelhecimento derivaria do acúmulo de proteínas que tiveram “erros” nos processos de transcrição (tradução).
  • 28. Envelhecimento Biológico Teorias Estocásticas 3. Teoria das “Mutações Somáticas”: O envelhecimento seria conseqüência do acúmulo de mutações somáticas com o avançar da idade, alterando a função dos diversos órgãos corporais. Mutação Perpetuação da mutação durante a divisão celular Aumento do número de células mutantes no organismo Mau funcionamento dos tecidos, órgãos e sistemas Declínio das funções orgânicas
  • 29. Envelhecimento Biológico Teorias Estocásticas 4. Teoria do “Dano Oxidativo e Radicais Livres”: Os radicais livres são moléculas capazes de danificar as proteínas, enzimas e o DNA, substituindo moléculas com informações biológicas úteis por moléculas defeituosas que se acumulam com o tempo.
  • 30. Envelhecimento Biológico Teorias Estocásticas 5. Teoria do “Acúmulo de Detritos  Lipofuscina”: O acúmulo de detritos (produtos do metabolismo) no interior da célula, sem turnover (eliminação) do mesmo, geraria o envelhecimento e morte celular. Lipofuccina ou lipofuscina: pigmento castanho- amarelado que se acumula nos neurônios e células cardíacas.
  • 31. Envelhecimento Biológico Teorias Sistêmicas Fundamentam-se em uma abordagem genética para a análise do envelhecimento. Não são puramente deterministas por levarem em consideração, em diferentes graus, a modulação ambiental do envelhecimento e da longevidade. Jeckel-Neto & Cunha, 2002
  • 32. Envelhecimento Biológico Teorias Sistêmicas TEORIAS METABÓLICAS Alterações da taxa metabólica induzidas por temperatura e/ou dieta produziriam mudanças correspondentes na longevidade. 1. Teoria do “Dano Mitocondrial”: Dano do Oxigênio sobre a Mitocôndria levando a uma menor eficiência respiratória da mesma, levando ao comprometimento da função celular.
  • 33. Envelhecimento Biológico Teorias Sistêmicas TEORIAS METABÓLICAS 2. Teoria da “Taxa de Vida”: Quanto mais lento o metabolismo de um ser, maior sua longevidade. A velocidade do metabolismo de um indivíduo (sua taxa de vida) - condiciona o seu envelhecimento. Cada célula, de alguma espécie animal que seja, teria assim o mesmo “capital metabólico”, portanto, as células e o organismo, envelheceriam progressivamente mediante o consumo deste capital.
  • 34. Envelhecimento Biológico Teorias Sistêmicas TEORIAS GENÉTICAS As teorias desse grupo sugerem que mudanças na expressão gênica causariam modificações senescentes nas células. 1. Apoptose: Morte celular programada, ativada por fatores extra celulares. Diversas doenças seriam causadas pela falha em reprimir ou induzir a apoptose, porém não está claro seu papel na senescência.
  • 35. TEORIAS GENÉTICAS 2. Fagocitose: Proteínas anormais de superfícies tornariam as células “no self” e, consequentemente, seriam eliminadas. Em outras palavras, as células senescentes possuiriam proteínas de membranas típicas que as identificariam e marcariam como alvo para a destruição por outras células.
  • 36. Envelhecimento Biológico Teorias Sistêmicas TEORIAS NEUROENDÓCRINAS 1. Desregulação dos sistemas neuroendócrinos (cérebro e glândulas endócrinas) afetando a Homeostase.
  • 37. Envelhecimento Biológico Teorias Sistêmicas TEORIA IMUNOLÓGICA 1.Alterações qualitativas e quantitativas no sistema imunológico levariam a perda da Homeostase.
  • 38. Conclusão Nenhuma das teorias, sozinha, consegue explicar todos os passos deste complexo processo que é o envelhecer. Em cada uma delas encontramos “pedaços” da “verdade” biológica do envelhecer. A busca pela explicação do processo de envelhecimento não acaba, pois o desejo da eternidade move os homens desde a antiguidade e nunca vai parar.
  • 39. FIM
  • 40. 1. O cenário da saúde, em relação à morbidade do idoso, apresenta entraves que vêm se apresentando frente à mudança no perfil do envelhecimento no Brasil. Descreva os principais eventos que contribuem para o atual contexto de dificuldades vivenciado pelo sistema de saúde. 2. Defina em que consiste a manutenção da capacidade funcional do idoso e, ressalte porque se constitui em um dos focos principais da política assistencial à saúde do idoso em nosso país. 3. Apresente as principais atitudes de enfrentamento que tem sido propostas para a modificação do quadro assistencial à saúde do idoso em nosso país. 4. Descreva como seria a diferenciação da prestação da assistência aos idosos em níveis de prevenção secundária e terciária. 5. O autor do artigo (Renato Veras) aponta, no texto, o que seria um modelo ideal na atenção a saúde do idoso por apresentar efetividade e eficiência mediante inclusão de pontos cruciais de resolutividade. Dê sua opinião.