Geografia pequena historia critica antonio carlos robert moraes
Semelhante a Geografia Humana - 2. MORAES, A. C. R. Geografia: Pequena Historia Critica. Pag. 73-86. Capitulo VII OS DESDOBRAMENTOS DA PROPOSTA LABLACHIANA
Semelhante a Geografia Humana - 2. MORAES, A. C. R. Geografia: Pequena Historia Critica. Pag. 73-86. Capitulo VII OS DESDOBRAMENTOS DA PROPOSTA LABLACHIANA (20)
Geografia Humana - 2. MORAES, A. C. R. Geografia: Pequena Historia Critica. Pag. 73-86. Capitulo VII OS DESDOBRAMENTOS DA PROPOSTA LABLACHIANA
1. LEITURA 2
MORAES, A. C. R. Geografia: Pequena Historia Critica. Pag. 73-86. Capitulo VII
OS DESDOBRAMENTOS DA PROPOSTA LABLACHIANA
Com um trabalho executado por La Blache e seus discípulos, o conceito da região pode ser
explicitado. Conceito que viria ser a base central da Geografia francesa.
Região
- denominação dada a uma unidade de analise geográfica, que exprimia a própria forma de os
homens organizarem o espaço terrestre;
- não mais seria um instrumento teórico de pesquisa, mas um dado da própria realidade;
- cabe ao geografo delimita-las, descreve-las e explica-las;
- seria uma escala de analise, uma unidade espacial, dotada de uma individualidade, em
relação as suas áreas limítrofes.
Assim, pela observação, seria possível estabelecer a dimensão territorial de uma região,
localiza-la e traçar seus limites.
Desta forma, a Geografia seria prioritariamente um trabalho de identificação das regiões do
globo.
Gallois entendia a região no aspecto geológico, e com La Blache, de forma progressiva, o
conceito de região foi humanizado; cada vez mais, buscava-se sua individualidade nos dados
humanos, logo, na historia.
A ideia de região propiciou o pensamento geográfico da Geografia Regional, o principal
desdobramento da proposta vidaliana que, no geral, obedecia a um modelo de exposição:
Introdução (área estudada, projeções cartográficas, enquadramento zonal e coordenadas);“as
bases físicas”; “fases da ocupação”; “quadro agrário”; “quadro urbano”; estrutura industrial”;
Conclusão.
O acumulo de estudos regionais propiciou o aparecimento de especializações, desenvolvendo
a Geografia Agraria, Urbana, Geografia das Indústrias, da População, ou do Comercio. Dessas
especializações dos estudos regionais, a que manteve a perspectiva mais globalizante foi a
Geografia Econômica.
Esta privilegiou a vida econômica de uma região discutindo e articulando variados elementos
do quadro regional (fluxos, trabalho, produção, população, comercio, indústria, agricultura,
transportes, etc.).
Desdobrou-se também, da proposta vidaliana a Geografia Histórica, que se dedicou a temas
como a organização de espaço, vias comerciais, gênero de via entre outros relacionados a
determinadas fases da população na historia.
Max Sorre foi o autor que mais avançou nas formulações de La Blache. Manteve os
fundamentos da proposta vidaliana, porém desenvolveu-a bastante. Foi a reciclagem da
Geografia Humana concebida por Vidal de La Blache. Representou uma retomada e um
2. enriquecimento das suas teorias, mantendo-lhe a essência. Representou a segunda grande
formulação da Geografia francesa.
Seu conceito central desenvolvido foi o de habitat: uma construção humana, uma
humanização do meio, que expressa as múltiplas relações entre homem e o meio ambiente
que o envolve.
A Geografia de Sorre pode ser entendida como estudo da Ecologia do Homem. Isto é, da
relação dos agrupamentos com o meio em que estão inseridos, processo no qual o homem
transforma o meio.
Le Lannou concebeu a Geografia como eminentemente regional. Estendeu a questão das
formas de ocupação, exploração do solo, estudo dos sistemas de trabalho e das instalações
humanas. Privilegiou a organização social, criticando o naturalismo, reforçou o caráter humano
do estudo geográfico. Porém, em ultima instancia, vai concebê-lo como um estudo dos
agrupamentos e dos estabelecimentos humanos no planeta.
Cholley concebeu a geografia como uma ciência dos complexos, tentando, em sua proposta,
restaurar a unidade entre Geografia Física e a Humana.
Essa sequencia mostrou uma continuidade de fundamentos e concepções, desenvolvimento
de uma mesma proposta no pensamento geográfico tradicional, e que teve, na Geografia
Regional, sua principal objetivação. No geral, tratou-se do estabelecimento de uma Geografia
Humana, explicitamente dedicada ao estudo de fenômenos humanos, que teve, porém, sua
ótica orientada para ação humana.