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- Hazard Analysis and Critical Control Points
- Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos
HACCPHACCP
HACCP
• É um sistema preventivo de controlo da segurança alimentar;
• Identifica os perigos específicos e as medidas preventivas para
o seu controlo em todas as etapas de produção
• Sistema preventivo de controlo alimentar que tem como
objectivo garantir a segurança dos alimentos e a sua
salubridade ao longo do seu processamento.
Origens do Sistema HACCP
• Desenvolvido nos anos 60 pela empresa
Pillsbury Corporation (EUA),em
colaboração com o Exército dos Estados
Unidos a pedido da NASA com o objectivo
de produzir alimentos seguros para o
programa espacial dos EUA do Norte
HACCP
Desde 1980…
Esta metodologia é recomendada para
empresas do sector alimentar por organizações
como a Organização Mundial de Saúde (OMS),
a Comissão Internacional de Especificações
Microbiológicas dos Alimentos (ICMSF) e a
Organização das Nações Unidas para a
Agricultura (FAO)
HACCP
• Em 1993 o Comité da Higiene dos
Alimentos da Comissão do Codex
Alimentarius publicou o Guia para
aplicação do Sistema HACCP
- Directiva 93/43 do Conselho, de 14 de Junho
- Decreto-Lei n.º 67/98, de 18 de Março
- Regulamento (CE) nº 852/2004, de 29 de Abril
HACCP
• Vantagens:
– Protecção da saúde pública
– Aumento da segurança do produto
– Aplicável a toda a cadeia alimentar
– Facilita oportunidades de comércio dentro e fora da EU
– Confiança do consumidor
– Diminuição do nº de reclamações
• Desvantagens:
– Difícil implementação, havendo necessidade de recorrer a
acessorias externas.
HACCP
Baseia-se em 7 princípios:
1-Elaboração de fluxograma de processo. Identificação de perigos e definição
de medidas preventivas.
2-Definição de Pontos Críticos de Controlo, (PCC).
3-Definição de limites críticos.
4-Definição de procedimentos de monitorização – vigilância.
5-Estabelecimento de medidas correctivas, caso ocorra desvio ao PCC.
6-Definição de um sistema de registos e arquivo de dados.
7-Estabelecimento de procedimentos de verificação.
HACCP
Definição….
Plano HACCP: Documento escrito, preparado de acordo
com os princípios do HACCP e que refere os
procedimentos a serem seguidos, de modo a garantir o
controlo de um processo ou procedimento específico.
Sistema HACCP: Resultado da implementação de um
Plano HACCP.
HACCP
• Como se trabalha em HACCP?
– Como começar:
– Não é possível implementar HACCP sem serem assegurados
alguns requisitos:
• Empenho da direcção
• Selecção da equipa HACCP
• Formação sobre a metodologia HACCP
• Verificação das condições prévias – Layout.
HACCP
Empenho da direcção
• É essencial o envolvimento e comprometimento da
direcção.
• Esta é responsável pelo projecto e:
– Pela selecção da equipa HACCP
– Pelo controlo orçamental
– Pela disponibilidade de recursos financeiros e humanos
HACCP
Selecção da equipa HACCP
- Responsável pela elaboração, implementação e
manutenção do sistema na empresa.
- Multidisciplinar: pessoas com conhecimentos teóricos
e práticos na composição/fabrico do produto.
- A selecção da equipa é essencial para o sucesso do
processo de implementação do sistema HACCP.
HACCP
FORMAÇÃO
• É indispensável para o sucesso do Sistema HACCP
• Deve abranger todos os colaboradores, com diferentes
níveis de aprofundamento de conhecimentos:
- Administração;
- Equipa HACCP;
- Pessoal responsável pela monitorização.
HACCP
• Verificação das condições prévias
Pré-requisitos:
– Práticas de higiene adequadas
– Operações de limpeza e desinfecção aplicadas com
um referencial específico
– Código de Boas Práticas de Fabrico
– Código de Boas Práticas de Higiene
HACCP
Implementação do Sistema
HACCP
3 FASES:
– Início
• Definição do âmbito
• Formação da Equipa HACCP
– Planeamento
• Descrição produto e processo
• Identificação de perigos/riscos
• Identificação de PCC/Medidas de controlo
– Implementação
• Monitorização
• Acções Correctivas
• Registos/Arquivo
• Verificação
• Correcções ao sistema
Implementação do Sistema HACCP
Definir o âmbito do plano HACCP
Decidir :
- qual o produto
- qual a linha de processo
- que tipo de perigos se vão considerar
- limite do plano (saída da empresa, no ponto de venda, no
consumo)
 É preferível começar com um plano simples que pode ser
expandido do que um complexo que nunca é terminado.
Implementação do Sistema HACCP
Caso Prático…
• Queijaria Ideal
• Produção de queijo fresco
• Leite de vaca pasteurizado
• 5000L de leite diários
• Produção diária: 22 500
queijos (60g)
Âmbito de estudo
Identificação, análise e avaliação dos perigos podem ocorrer ao
longo do processo de fabrico de queijo fresco, na Queijaria Ideal,
desde a recepção das matérias-primas até à colocação do produto
no mercado.
Constituição da Equipa HACCP
• o responsável
– treino global e boa visão de conjunto;
• os “especialistas”
– conhecimentos técnicos: microbiologia, engenharia, tecnologia
alimentar, HACCP; e conhecimentos práticos: produção, controlo da
qualidade;
• um administrativo/secretária
– para tomar nota das conclusões/decisões tomadas pelo grupo).
Implementação do Sistema HACCP
Descrição do Produto
• A equipa HACCP deve reunir um conhecimento o mais
detalhado possível sobre o produto e processo de
produção:
- Composição;
- Estrutura;
- Processamento;
- Embalagem;
- Condições de armazenamento e distribuição;
- Tempo de vida;
- Instruções de utilização.
Implementação do Sistema HACCP
Identificação do uso pretendido do produto
• A identificação dos potenciais consumidores do produto é muito
importante para uma avaliação rigorosa dos riscos associados ao
produto. Devem ser recolhidas informações, tais como:
– Onde vai ser consumido o produto?
• Escolas? Hospitais? Lar da 3ª idade?
– A população alvo é especialmente vulnerável?
– As matérias primas/ingredientes podem causar reacções alérgicas?
– Existem intolerâncias associadas ao produto?
– Etc.
Implementação do Sistema HACCP
1. Características relevantes do
produto
Queijo fresco de 60g de leite de vaca pasteurizado;
Comercializado em copos de poliestireno.
2. Ingredientes / Matéria-prima - Leite de vaca
- Coalho líquido animal
- Fermentos lácteos
- Sal
- Cloreto de cálcio líquido
3. Utilização esperada Para consumir pelo público em geral;
Consumir em cru ou incorporado em preparações
culinárias (cru ou cozinhado)
4. Armazenagem , expedição e
exposição
Temperatura ambiente entre 0ºC a 6ºC
5. Tempo de prateleira 5 dias
6. Locais de Venda Comércio retalhista, grandes e pequenas superfícies.
Consumidor final
7. Rotulagem Queijo fresco de leite pasteurizado; % de matéria gorda;
Consumir até: dia/mês; Produzido por:; Marca de
salubridade;
Quantidade líquida; Conservar entre 0ºC e 6ºC
8. Condições de transporte Em carros com sistema de frio controlado a uma
temperatura inferior a 6 ºC
Elaboração do Fluxograma do processo e Esquema da
área de fabrico
- Representação esquemática da sequência das etapas ou
operações usadas na produção de um determinado
produto.
- Deve ser bem legível e de fácil compreensão.
- Deve incluir todos os passos do processo em sequência
(recepção de matérias-primas, preparação,
processamento, distribuição, retalho, consumidor).
Confirmação in loco do Fluxograma
-Confirmar o fluxograma no local
-Trabalho de Equipa
- Efectuar as alterações consideradas necessárias
Identificação de perigos associados a
cada etapa do processo (Princípio 1)
Enumerar todos os perigos (Físicos, Químicos,
Biológicos) com probabilidade de ocorrer em
cada etapa do processo.
Medidas Preventivas:
- Actividades que reduzem ou eliminam a
ocorrência de perigos para um nível
aceitável.
«Medidas que previnem a ocorrência de um perigo.»
Determinação dos pontos críticos de controlo (Princípio 2)
• Ponto de partida
- uma lista completa dos perigos e suas causas
- uma lista de medidas preventivas.
• A ferramenta usada é a Árvore de Decisão do Codex Alimentarius.
• Não existe um limite para o número de PCC’s dependendo este do
processo e do tipo de produto
Ponto Crítico de Controlo (PCC):indica que
numa determinada etapa ou operação é
necessário exercer controlo.
Árvore de Decisão: sequência de questões que
permitem determinar se um ponto é um ponto
crítico de controlo (PCC).
Estabelecer limites críticos de controlo (Princípio 3)
Valor que diferencia a aceitabilidade da inaceitabilidade do
processo.
Em cada Ponto Crítico de Controlo (PCC),é necessário estabelecer
limites críticos: valores entre os quais é possível controlar o perigo.
Definir limites críticos com uma base científica e/ou legislativa.
Por vezes não é simples, principalmente no caso de dados subjectivos (como
a inspecção visual)
- Nestes casos os limites críticos devem conter especificações bem claras, bem
como exemplos do que é considerado inaceitável.
Ex.: fotografias
Noutros casos, como no processamento térmico, os limites críticos devem ter
uma base científica e os parâmetros a medir devem permitir demonstrar
que o PCC está sob controlo.
- Ex.: temperatura, tempo, humidade, pH, cloro disponível.
Estabelecer procedimentos de monitorização
(Princípio 4)
• Monitorizar significa vigiar/controlar
• Conjunto de observações ou medições efectuadas para avaliar se um ponto
crítico está dentro dos valores aceitáveis.
- A monitorização permite detectar situações fora dos limites estabelecidos para
cada PCC.
- Definir: O Quê, Quem, Como e Quando monitorizar.
- Cria-se um documento para o efeito (ficha de registo).
Desvio
• Ao fazermos a monitorização de um PCC, se
verificarmos que foram ultrapassados os valores ou
padrões estabelecidos, dizemos que ocorreu um desvio.
• Corresponde a uma perda de controlo.
Acções correctivas
• Em caso de desvio ao limite crítico, é sempre necessário
recorrer a um Medida Correctiva
• Estabelecer as Acções Correctivas (Princípio 5)
- O plano de acções correctivas deve conter:
 acção a tomar de imediato;
 quem deve ser informado e o tipo de relatório a fazer;
 o que fazer com o produto que foi produzido e não está conforme;
 investigar sobre a possível causa do problema e como deve ser
evitado;
 o responsável pela tomada de decisão.
Estabelecer Procedimentos de verificação (Princípio 6)
• Verificação: Método adicionais aos utilizados na monitorização, que
permitem determinar a eficácia do sistema e se este está de acordo com o
plano.
Devem assegurar que:
- os PCC’s, procedimentos de monitorização e limites críticos são
apropriados;
- as acções correctivas foram executadas correctamente.
• Devem ser efectuados no final do estudo HACCP e depois em
intervalos predefinidos.
Estabelecer Procedimentos de verificação (Princípio 6)
Exemplos de procedimentos de verificação:
- auditorias ao plano HACCP;
- auditorias ao Sistema HACCP e seus registos;
- revisão de desvios e acções correctivas;
- testes microbiológicos a produtos intermédios e produto final;
- pesquisa de problemas aos produtos na cadeia de distribuição/postos
de venda;
- análise do uso do produto por parte do consumidor.
Estabelecer Sistemas de Registo e Arquivo de Dados
(Princípio 7)
Características dos registos:
- forma indexada;
- permanentes;
- permitir modificações e uma fácil inspecção;
- arquivados por período dependente do tempo de prateleira do
produto;
- assinados e datados.
- Exemplos: Fichas de vigilância, fichas de correcção, registos de formação,
relatórios de análise, relatórios de auditoria.
Revisão do Plano HACCP
 É usada para verificar se ainda se mantém apropriado
ou se é necessário adicionar um novo processo de
verificação.
 Pode incluir as seguintes áreas:
- layout da fábrica;
- programa de limpeza e desinfecção;
- alterações de equipamento;
- nova informação de perigos e riscos.
Sucesso na implementação do HACCP
- Total compromisso e empenho da administração
e de todos os colaboradores;
- Cumprimento das Boas Práticas de Fabrico e
das Boas Práticas de Higiene na organização;
- Basear-se na realidade de cada empresa e não
em cópias de outras empresas ou modelos pré-
definidos.
• Obstáculos a ultrapassar na implementação do Sistema
- Indústria tradicional e conservadora
- Preocupações sobre custos de produção e despesas gerais elevadas
- Falta de informação
- Falta de formação do pessoal
- Falta de recursos técnicos e recursos humanos;
- Concentração de funções
- Escassez de informação disponível em português
Minas e
Armadilhas…
• No decurso do estudo HACCP e da
implementação do sistema surgem,
frequentemente, alguns erros que dão
origem a planos HACCP pouco
exequíveis, podendo assim comprometer
a sua eficácia.
• Definição incorrecta do âmbito de estudo HACCP;
• Demasiados PCC’s;
• PCC’s difíceis de monitorizar;
• Falta de registo de notas durante o estudo,
podendo dificultar futuras revisões ao plano;
• Cópias de planos HACCP de outras empresas
Minas e
Armadilhas…
CUMPRIR O PLANO
• Se cada operador cumprir correctamente
com os procedimentos estabelecidos, os
resultados serão satisfatórios e as
análises menos necessárias.
TRABALHO DE EQUIPA
O trabalho de equipa depende da
colaboração individual de cada operador.
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  • 1. - Hazard Analysis and Critical Control Points - Análise de Perigos e Controlo de Pontos Críticos HACCPHACCP
  • 2. HACCP • É um sistema preventivo de controlo da segurança alimentar; • Identifica os perigos específicos e as medidas preventivas para o seu controlo em todas as etapas de produção • Sistema preventivo de controlo alimentar que tem como objectivo garantir a segurança dos alimentos e a sua salubridade ao longo do seu processamento.
  • 3. Origens do Sistema HACCP • Desenvolvido nos anos 60 pela empresa Pillsbury Corporation (EUA),em colaboração com o Exército dos Estados Unidos a pedido da NASA com o objectivo de produzir alimentos seguros para o programa espacial dos EUA do Norte HACCP
  • 4. Desde 1980… Esta metodologia é recomendada para empresas do sector alimentar por organizações como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Comissão Internacional de Especificações Microbiológicas dos Alimentos (ICMSF) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura (FAO) HACCP
  • 5. • Em 1993 o Comité da Higiene dos Alimentos da Comissão do Codex Alimentarius publicou o Guia para aplicação do Sistema HACCP - Directiva 93/43 do Conselho, de 14 de Junho - Decreto-Lei n.º 67/98, de 18 de Março - Regulamento (CE) nº 852/2004, de 29 de Abril HACCP
  • 6. • Vantagens: – Protecção da saúde pública – Aumento da segurança do produto – Aplicável a toda a cadeia alimentar – Facilita oportunidades de comércio dentro e fora da EU – Confiança do consumidor – Diminuição do nº de reclamações • Desvantagens: – Difícil implementação, havendo necessidade de recorrer a acessorias externas. HACCP
  • 7. Baseia-se em 7 princípios: 1-Elaboração de fluxograma de processo. Identificação de perigos e definição de medidas preventivas. 2-Definição de Pontos Críticos de Controlo, (PCC). 3-Definição de limites críticos. 4-Definição de procedimentos de monitorização – vigilância. 5-Estabelecimento de medidas correctivas, caso ocorra desvio ao PCC. 6-Definição de um sistema de registos e arquivo de dados. 7-Estabelecimento de procedimentos de verificação. HACCP
  • 8. Definição…. Plano HACCP: Documento escrito, preparado de acordo com os princípios do HACCP e que refere os procedimentos a serem seguidos, de modo a garantir o controlo de um processo ou procedimento específico. Sistema HACCP: Resultado da implementação de um Plano HACCP. HACCP
  • 9. • Como se trabalha em HACCP? – Como começar: – Não é possível implementar HACCP sem serem assegurados alguns requisitos: • Empenho da direcção • Selecção da equipa HACCP • Formação sobre a metodologia HACCP • Verificação das condições prévias – Layout. HACCP
  • 10. Empenho da direcção • É essencial o envolvimento e comprometimento da direcção. • Esta é responsável pelo projecto e: – Pela selecção da equipa HACCP – Pelo controlo orçamental – Pela disponibilidade de recursos financeiros e humanos HACCP
  • 11. Selecção da equipa HACCP - Responsável pela elaboração, implementação e manutenção do sistema na empresa. - Multidisciplinar: pessoas com conhecimentos teóricos e práticos na composição/fabrico do produto. - A selecção da equipa é essencial para o sucesso do processo de implementação do sistema HACCP. HACCP
  • 12. FORMAÇÃO • É indispensável para o sucesso do Sistema HACCP • Deve abranger todos os colaboradores, com diferentes níveis de aprofundamento de conhecimentos: - Administração; - Equipa HACCP; - Pessoal responsável pela monitorização. HACCP
  • 13. • Verificação das condições prévias Pré-requisitos: – Práticas de higiene adequadas – Operações de limpeza e desinfecção aplicadas com um referencial específico – Código de Boas Práticas de Fabrico – Código de Boas Práticas de Higiene HACCP
  • 15. 3 FASES: – Início • Definição do âmbito • Formação da Equipa HACCP – Planeamento • Descrição produto e processo • Identificação de perigos/riscos • Identificação de PCC/Medidas de controlo – Implementação • Monitorização • Acções Correctivas • Registos/Arquivo • Verificação • Correcções ao sistema Implementação do Sistema HACCP
  • 16. Definir o âmbito do plano HACCP Decidir : - qual o produto - qual a linha de processo - que tipo de perigos se vão considerar - limite do plano (saída da empresa, no ponto de venda, no consumo)  É preferível começar com um plano simples que pode ser expandido do que um complexo que nunca é terminado. Implementação do Sistema HACCP
  • 17. Caso Prático… • Queijaria Ideal • Produção de queijo fresco • Leite de vaca pasteurizado • 5000L de leite diários • Produção diária: 22 500 queijos (60g) Âmbito de estudo Identificação, análise e avaliação dos perigos podem ocorrer ao longo do processo de fabrico de queijo fresco, na Queijaria Ideal, desde a recepção das matérias-primas até à colocação do produto no mercado.
  • 18. Constituição da Equipa HACCP • o responsável – treino global e boa visão de conjunto; • os “especialistas” – conhecimentos técnicos: microbiologia, engenharia, tecnologia alimentar, HACCP; e conhecimentos práticos: produção, controlo da qualidade; • um administrativo/secretária – para tomar nota das conclusões/decisões tomadas pelo grupo). Implementação do Sistema HACCP
  • 19. Descrição do Produto • A equipa HACCP deve reunir um conhecimento o mais detalhado possível sobre o produto e processo de produção: - Composição; - Estrutura; - Processamento; - Embalagem; - Condições de armazenamento e distribuição; - Tempo de vida; - Instruções de utilização. Implementação do Sistema HACCP
  • 20. Identificação do uso pretendido do produto • A identificação dos potenciais consumidores do produto é muito importante para uma avaliação rigorosa dos riscos associados ao produto. Devem ser recolhidas informações, tais como: – Onde vai ser consumido o produto? • Escolas? Hospitais? Lar da 3ª idade? – A população alvo é especialmente vulnerável? – As matérias primas/ingredientes podem causar reacções alérgicas? – Existem intolerâncias associadas ao produto? – Etc. Implementação do Sistema HACCP
  • 21. 1. Características relevantes do produto Queijo fresco de 60g de leite de vaca pasteurizado; Comercializado em copos de poliestireno. 2. Ingredientes / Matéria-prima - Leite de vaca - Coalho líquido animal - Fermentos lácteos - Sal - Cloreto de cálcio líquido 3. Utilização esperada Para consumir pelo público em geral; Consumir em cru ou incorporado em preparações culinárias (cru ou cozinhado) 4. Armazenagem , expedição e exposição Temperatura ambiente entre 0ºC a 6ºC 5. Tempo de prateleira 5 dias 6. Locais de Venda Comércio retalhista, grandes e pequenas superfícies. Consumidor final 7. Rotulagem Queijo fresco de leite pasteurizado; % de matéria gorda; Consumir até: dia/mês; Produzido por:; Marca de salubridade; Quantidade líquida; Conservar entre 0ºC e 6ºC 8. Condições de transporte Em carros com sistema de frio controlado a uma temperatura inferior a 6 ºC
  • 22. Elaboração do Fluxograma do processo e Esquema da área de fabrico - Representação esquemática da sequência das etapas ou operações usadas na produção de um determinado produto. - Deve ser bem legível e de fácil compreensão. - Deve incluir todos os passos do processo em sequência (recepção de matérias-primas, preparação, processamento, distribuição, retalho, consumidor).
  • 23. Confirmação in loco do Fluxograma -Confirmar o fluxograma no local -Trabalho de Equipa - Efectuar as alterações consideradas necessárias
  • 24. Identificação de perigos associados a cada etapa do processo (Princípio 1) Enumerar todos os perigos (Físicos, Químicos, Biológicos) com probabilidade de ocorrer em cada etapa do processo.
  • 25. Medidas Preventivas: - Actividades que reduzem ou eliminam a ocorrência de perigos para um nível aceitável. «Medidas que previnem a ocorrência de um perigo.»
  • 26. Determinação dos pontos críticos de controlo (Princípio 2) • Ponto de partida - uma lista completa dos perigos e suas causas - uma lista de medidas preventivas. • A ferramenta usada é a Árvore de Decisão do Codex Alimentarius. • Não existe um limite para o número de PCC’s dependendo este do processo e do tipo de produto
  • 27. Ponto Crítico de Controlo (PCC):indica que numa determinada etapa ou operação é necessário exercer controlo. Árvore de Decisão: sequência de questões que permitem determinar se um ponto é um ponto crítico de controlo (PCC).
  • 28.
  • 29. Estabelecer limites críticos de controlo (Princípio 3) Valor que diferencia a aceitabilidade da inaceitabilidade do processo. Em cada Ponto Crítico de Controlo (PCC),é necessário estabelecer limites críticos: valores entre os quais é possível controlar o perigo. Definir limites críticos com uma base científica e/ou legislativa.
  • 30. Por vezes não é simples, principalmente no caso de dados subjectivos (como a inspecção visual) - Nestes casos os limites críticos devem conter especificações bem claras, bem como exemplos do que é considerado inaceitável. Ex.: fotografias Noutros casos, como no processamento térmico, os limites críticos devem ter uma base científica e os parâmetros a medir devem permitir demonstrar que o PCC está sob controlo. - Ex.: temperatura, tempo, humidade, pH, cloro disponível.
  • 31. Estabelecer procedimentos de monitorização (Princípio 4) • Monitorizar significa vigiar/controlar • Conjunto de observações ou medições efectuadas para avaliar se um ponto crítico está dentro dos valores aceitáveis. - A monitorização permite detectar situações fora dos limites estabelecidos para cada PCC. - Definir: O Quê, Quem, Como e Quando monitorizar. - Cria-se um documento para o efeito (ficha de registo).
  • 32. Desvio • Ao fazermos a monitorização de um PCC, se verificarmos que foram ultrapassados os valores ou padrões estabelecidos, dizemos que ocorreu um desvio. • Corresponde a uma perda de controlo. Acções correctivas • Em caso de desvio ao limite crítico, é sempre necessário recorrer a um Medida Correctiva
  • 33. • Estabelecer as Acções Correctivas (Princípio 5) - O plano de acções correctivas deve conter:  acção a tomar de imediato;  quem deve ser informado e o tipo de relatório a fazer;  o que fazer com o produto que foi produzido e não está conforme;  investigar sobre a possível causa do problema e como deve ser evitado;  o responsável pela tomada de decisão.
  • 34. Estabelecer Procedimentos de verificação (Princípio 6) • Verificação: Método adicionais aos utilizados na monitorização, que permitem determinar a eficácia do sistema e se este está de acordo com o plano. Devem assegurar que: - os PCC’s, procedimentos de monitorização e limites críticos são apropriados; - as acções correctivas foram executadas correctamente. • Devem ser efectuados no final do estudo HACCP e depois em intervalos predefinidos.
  • 35. Estabelecer Procedimentos de verificação (Princípio 6) Exemplos de procedimentos de verificação: - auditorias ao plano HACCP; - auditorias ao Sistema HACCP e seus registos; - revisão de desvios e acções correctivas; - testes microbiológicos a produtos intermédios e produto final; - pesquisa de problemas aos produtos na cadeia de distribuição/postos de venda; - análise do uso do produto por parte do consumidor.
  • 36. Estabelecer Sistemas de Registo e Arquivo de Dados (Princípio 7) Características dos registos: - forma indexada; - permanentes; - permitir modificações e uma fácil inspecção; - arquivados por período dependente do tempo de prateleira do produto; - assinados e datados. - Exemplos: Fichas de vigilância, fichas de correcção, registos de formação, relatórios de análise, relatórios de auditoria.
  • 37. Revisão do Plano HACCP  É usada para verificar se ainda se mantém apropriado ou se é necessário adicionar um novo processo de verificação.  Pode incluir as seguintes áreas: - layout da fábrica; - programa de limpeza e desinfecção; - alterações de equipamento; - nova informação de perigos e riscos.
  • 38. Sucesso na implementação do HACCP - Total compromisso e empenho da administração e de todos os colaboradores; - Cumprimento das Boas Práticas de Fabrico e das Boas Práticas de Higiene na organização; - Basear-se na realidade de cada empresa e não em cópias de outras empresas ou modelos pré- definidos.
  • 39. • Obstáculos a ultrapassar na implementação do Sistema - Indústria tradicional e conservadora - Preocupações sobre custos de produção e despesas gerais elevadas - Falta de informação - Falta de formação do pessoal - Falta de recursos técnicos e recursos humanos; - Concentração de funções - Escassez de informação disponível em português
  • 40. Minas e Armadilhas… • No decurso do estudo HACCP e da implementação do sistema surgem, frequentemente, alguns erros que dão origem a planos HACCP pouco exequíveis, podendo assim comprometer a sua eficácia.
  • 41. • Definição incorrecta do âmbito de estudo HACCP; • Demasiados PCC’s; • PCC’s difíceis de monitorizar; • Falta de registo de notas durante o estudo, podendo dificultar futuras revisões ao plano; • Cópias de planos HACCP de outras empresas Minas e Armadilhas…
  • 42. CUMPRIR O PLANO • Se cada operador cumprir correctamente com os procedimentos estabelecidos, os resultados serão satisfatórios e as análises menos necessárias.
  • 43. TRABALHO DE EQUIPA O trabalho de equipa depende da colaboração individual de cada operador.