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AS QUATRO FORÇAS
FUNDAMENTAIS DA NATUREZA
Adaptado de um artigo na revista inglesa "Astronomy Now" por Iain Nicolson



       As interações entre partículas sub-
       atómicas e o comportamento em larga
       escala de matéria por todo o Universo,
       são determinadas por quatro forças
       fundamentais...
AS FORÇAS FUNDAMENTAIS

Há quatro forças fundamentais dentro de
todos os átomos, que determinam as
interações entre as partículas individuais e
o comportamento em larga escala, de toda
a matéria no Universo.

Estas são a força nuclear forte e a força
nuclear fraca, a força eletromagnética e a
força de gravidade.
A GRAVIDADE

 A Gravidade é uma força de atração
 que atua entre absolutamente todas as
 partículas no Universo. É sempre
 atrativa, nunca repulsiva. Esta força
 junta a matéria, é responsável por cada
 um de nós ter peso, por maçãs caírem
 das árvores, por manter a Lua na sua
 órbita à volta da Terra, por manter os
 planetas confinados às suas órbitas à
 volta do Sol, e por agrupar galáxias.
A FORÇA ELECTROMAGNÉTICA
      A força eletromagnética determina as
      maneiras em que partículas com cargas
      elétricas se interagem umas com as outras, e
      com os campos magnéticos. Esta força pode
      ser atrativa ou repulsiva. Cargas elétricas
      com o mesmo sinal (duas positivas ou duas
      negativas) repelem-se; com sinais diferentes
      atraem-se.
      A força eletromagnética mantém os elétrons
      [cargas negativas] nas suas orbitais, à volta
      do núcleo [carga positiva] do átomo. Esta
      força é responsável pela existências dos
      átomos.
A FORÇA ELECTROMAGNÉTICA
     A      força    electromagnética      controla    o
     comportamento de partículas com carga elétrica e
     de plasmas (um plasma é uma mistura de
     quantidades iguais de íons positivos e elétrons,
     negativos) como, por exemplo, nas proeminências
     solares, laços coroais, e outros tipos de atividade
     solar.
     A força eletromagnética também governa a
     emissão e absorção de luz e outras formas de
     radiação eletromagnética. Luz é emitida quando
     uma partícula com carga elétrica é acelerada (por
     exemplo, quando um elétron passa perto de um
     íon, ou interage com um campo magnético) ou
     quando um elétron desce de um nível de energia
     mais alto para um mais baixo, num átomo.
A FORÇA NUCLEAR FORTE
      A força nuclear forte une prótons e nêutrons para
      formar um núcleo atômico e proíbe a repulsão
      entre protons, carregados positivamente, evitando
      assim a sua dispersão.
      A interação nuclear forte entre prótons e neutrons
      acredita-se que seja um vestígio de uma outra
      força forte básica que une os quarks em grupos de
      três para fazer prótons e nêutrons.
      Por causa da força forte unir as partículas
      nucleares com tanta coesão, dá-se uma libertação
      de quantidades enormes de energia quando
      núcleos leves são fundidos (reação de fusão
      nuclear) ou quando núcleos pesados são desfeitos
      (reação de fissão nuclear).
      A interação da força nuclear forte é a fonte básica
      das quantidades vastas de energia que são
      libertadas pelas reações nucleares que alimentam
      as estrelas.
A FORÇA NUCLEAR FRACA
      A força nuclear fraca causa a degradação
      radioactiva de certos núcleos atómicos.
      Em particular, esta força governa o
      processo chamado decaimento beta no qual
      um nêutron divide-se espontaneamente
      num próton, um elétron e um anti-neutrino.
      Se um nêutron dentro de um núcleo
      atómico decair desde modo, o núcleo emite
      um elétron (do modo também conhecido
      como uma partícula beta) e o nêutron
      transforma-se num próton. Isto aumenta
      (por um) o número de protons nesse
      núcleo, mudando assim o seu número
      atómico e transformando-o no núcleo de um
      elemento químico diferente.
A FORÇA NUCLEAR FRACA
       A força nuclear fraca é responsável por
       sintetizar elementos químicos diferentes no
       interior de estrelas e em explosões de
       supernovas, através de processos que
       envolvem a captura e decaimento de
       neutrões.
       Um nêutron é estável (não é radioativo), e
       tem vida longa, quando confinado dentro do
       núcleo atômico. Uma vez que removido do
       núcleo atômico, um nêutron livre sofrerá
       decaimento beta, tipicamente em cerca de
       vinte minutos. O processo de decaimento
       beta ao contrário, ocorre no interior de
       estrelas em colapso de supernovas, quando
       prótons e nêutrons se fundem para criarem as
       vastas quantidades de nêutrons que abundam
       como produto final do colapso - uma estrela
       de nêutrons.
AS FORÇAS de
INFLUÊNCIA LONGÍNQUA e
 de INFLUENCIA PRÓXIMA
As interacções nucleares fraca e forte, actuam
somente a distancias extremamente curtas. O
alcance da força forte é cerca de 10e-15 metros e
o da força fraca é de 10e-17 metros.
Em contraste, as interacções electromagnética
e gravitacional são forças com alcance
distante, sendo o seu valor inversamente
proporcional ao quadrado da distância. Isto
quer dizer que se a distancia for dupla a potencia
destas forças é reduzida por um factor de quatro.
Em princípio, a força gravitacional entre duas
massas, ou a força electromagnética entre duas
partículas carregadas electricamente, não se
reduz completamente a zero até a separação
entre as massas ou as partículas, fique infinita.
A INTENSIDADE DAS FORÇAS
   A gravitação é a mais fraca das forças em termos de
   potencias das várias interações entre partículas
   individuais (em ordem decrescente em potência, as
   forças são:
   a força nuclear forte, a força eletromagnética, a
   força nuclear fraca, e a gravitação).
   Por exemplo, a repulsão eletrostática entre dois protões
   é 10e36 vezes maior do que a sua atracção gravitacional
   mutual!
   No entanto, por causa das forças nucleares terem uma
   potência com um alcance tão microscópico, e a matéria
   em escalas grandes tende a ser eletricamente neutra, a
   gravitação é a força que governa o movimento de
   corpos celestes como planetas, estrelas e galáxias.
A NATUREZA DAS FORÇAS
Segundo as teorias modernas da Mecânica Quântica, as
várias forças fundamentais são transmitidas entre partículas
reais por meio de partículas virtuais (partículas que não
podem ser detectadas diretamente) mas cuja existência
temporária é permitida pelo princípio físico chamado o
princípio de incerteza de Heisenberg.

As partículas que transmitem a força são as seguintes:

na interação nuclear forte - mésons e gluõns
na força electromagnética - fótons
na interação nuclear fraca - bosõns
na força de gravidade - grávitons

Admite-se uma teoria com base no gráviton mas ainda não
foi comprovada, sendo então uma partícula hipotética.
AS FORÇAS UNIFICADAS
Nas temperaturas e energias que existem no universo do
presente, as quatro forças são distintas umas das outras e têm
potências diferentes. Em energias muito altas, contudo, a
situação muda.
Nas energias mais altas alcançáveis com os aceleradores
atuais de partículas (as quais correspondem a temperaturas de
cerca de 10e15 graus Kelvin), as forças fraca e
eletromagnética perdem as suas identidades separadas e
unificam-se numa única força eletro-fraca. Segundo o que se
chamam as Grandes Teorias Unificadas (GUTs), as forças
forte e electromagnética se comportam como uma única força
unificada em energias e temperaturas que são cerca de um
trilhão de vezes mais altas ainda (isto está muito para além da
tecnologia presente na Terra).

Embora uma teoria completa ( uma teoria de tudo, em inglês,
"Theory of Everything - TOE") que abrange todas as quatro
forças não tenha sido ainda alcançada; muitos físicos
acreditam que a níveis de energia ainda mais altos, a
gravitação se une com as outras formando uma única
'superforça'.
AS FORÇAS UNIFICADAS
Conforme o universo expandiu e arrefeceu, as energias das partículas diminuíram,
as forças separaram-se e adquiriram as suas identidades individuais, a gravitação a
cerca de 10e-43 s, a força forte de 10e-35 s, e as forças fraca e electromagnética
de 10e-11 s depois do começo do tempo.

Os Cosmólogos, que se ocupam com a origem, evolução e as estruturas de grande
escala do universo inteiro fundamentam-se no trabalho dos físicos que estudam
partículas de alta energia para tentarem explicar os estágios-chave na evolução do
universo.
Por não se poderem fazer experiências que possam gerar as energias tremendas
que são necessárias para testar diretamente as Grandes Teorias Unificadas, os
físicos que estudam partículas de alta energia procuram observações cosmológicas
para tentarem verificar as suas teorias.


                                      O mundo microscópico de partículas
                                      de alta energia e forças fundamentais
                                      está indissociavelmente ligado ao
                                      mundo das largas escalas de
                                      astrofísica e cosmologia.

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14 forças fundamentais

  • 1. AS QUATRO FORÇAS FUNDAMENTAIS DA NATUREZA Adaptado de um artigo na revista inglesa "Astronomy Now" por Iain Nicolson As interações entre partículas sub- atómicas e o comportamento em larga escala de matéria por todo o Universo, são determinadas por quatro forças fundamentais...
  • 2. AS FORÇAS FUNDAMENTAIS Há quatro forças fundamentais dentro de todos os átomos, que determinam as interações entre as partículas individuais e o comportamento em larga escala, de toda a matéria no Universo. Estas são a força nuclear forte e a força nuclear fraca, a força eletromagnética e a força de gravidade.
  • 3. A GRAVIDADE A Gravidade é uma força de atração que atua entre absolutamente todas as partículas no Universo. É sempre atrativa, nunca repulsiva. Esta força junta a matéria, é responsável por cada um de nós ter peso, por maçãs caírem das árvores, por manter a Lua na sua órbita à volta da Terra, por manter os planetas confinados às suas órbitas à volta do Sol, e por agrupar galáxias.
  • 4. A FORÇA ELECTROMAGNÉTICA A força eletromagnética determina as maneiras em que partículas com cargas elétricas se interagem umas com as outras, e com os campos magnéticos. Esta força pode ser atrativa ou repulsiva. Cargas elétricas com o mesmo sinal (duas positivas ou duas negativas) repelem-se; com sinais diferentes atraem-se. A força eletromagnética mantém os elétrons [cargas negativas] nas suas orbitais, à volta do núcleo [carga positiva] do átomo. Esta força é responsável pela existências dos átomos.
  • 5. A FORÇA ELECTROMAGNÉTICA A força electromagnética controla o comportamento de partículas com carga elétrica e de plasmas (um plasma é uma mistura de quantidades iguais de íons positivos e elétrons, negativos) como, por exemplo, nas proeminências solares, laços coroais, e outros tipos de atividade solar. A força eletromagnética também governa a emissão e absorção de luz e outras formas de radiação eletromagnética. Luz é emitida quando uma partícula com carga elétrica é acelerada (por exemplo, quando um elétron passa perto de um íon, ou interage com um campo magnético) ou quando um elétron desce de um nível de energia mais alto para um mais baixo, num átomo.
  • 6. A FORÇA NUCLEAR FORTE A força nuclear forte une prótons e nêutrons para formar um núcleo atômico e proíbe a repulsão entre protons, carregados positivamente, evitando assim a sua dispersão. A interação nuclear forte entre prótons e neutrons acredita-se que seja um vestígio de uma outra força forte básica que une os quarks em grupos de três para fazer prótons e nêutrons. Por causa da força forte unir as partículas nucleares com tanta coesão, dá-se uma libertação de quantidades enormes de energia quando núcleos leves são fundidos (reação de fusão nuclear) ou quando núcleos pesados são desfeitos (reação de fissão nuclear). A interação da força nuclear forte é a fonte básica das quantidades vastas de energia que são libertadas pelas reações nucleares que alimentam as estrelas.
  • 7. A FORÇA NUCLEAR FRACA A força nuclear fraca causa a degradação radioactiva de certos núcleos atómicos. Em particular, esta força governa o processo chamado decaimento beta no qual um nêutron divide-se espontaneamente num próton, um elétron e um anti-neutrino. Se um nêutron dentro de um núcleo atómico decair desde modo, o núcleo emite um elétron (do modo também conhecido como uma partícula beta) e o nêutron transforma-se num próton. Isto aumenta (por um) o número de protons nesse núcleo, mudando assim o seu número atómico e transformando-o no núcleo de um elemento químico diferente.
  • 8. A FORÇA NUCLEAR FRACA A força nuclear fraca é responsável por sintetizar elementos químicos diferentes no interior de estrelas e em explosões de supernovas, através de processos que envolvem a captura e decaimento de neutrões. Um nêutron é estável (não é radioativo), e tem vida longa, quando confinado dentro do núcleo atômico. Uma vez que removido do núcleo atômico, um nêutron livre sofrerá decaimento beta, tipicamente em cerca de vinte minutos. O processo de decaimento beta ao contrário, ocorre no interior de estrelas em colapso de supernovas, quando prótons e nêutrons se fundem para criarem as vastas quantidades de nêutrons que abundam como produto final do colapso - uma estrela de nêutrons.
  • 9. AS FORÇAS de INFLUÊNCIA LONGÍNQUA e de INFLUENCIA PRÓXIMA As interacções nucleares fraca e forte, actuam somente a distancias extremamente curtas. O alcance da força forte é cerca de 10e-15 metros e o da força fraca é de 10e-17 metros. Em contraste, as interacções electromagnética e gravitacional são forças com alcance distante, sendo o seu valor inversamente proporcional ao quadrado da distância. Isto quer dizer que se a distancia for dupla a potencia destas forças é reduzida por um factor de quatro. Em princípio, a força gravitacional entre duas massas, ou a força electromagnética entre duas partículas carregadas electricamente, não se reduz completamente a zero até a separação entre as massas ou as partículas, fique infinita.
  • 10. A INTENSIDADE DAS FORÇAS A gravitação é a mais fraca das forças em termos de potencias das várias interações entre partículas individuais (em ordem decrescente em potência, as forças são: a força nuclear forte, a força eletromagnética, a força nuclear fraca, e a gravitação). Por exemplo, a repulsão eletrostática entre dois protões é 10e36 vezes maior do que a sua atracção gravitacional mutual! No entanto, por causa das forças nucleares terem uma potência com um alcance tão microscópico, e a matéria em escalas grandes tende a ser eletricamente neutra, a gravitação é a força que governa o movimento de corpos celestes como planetas, estrelas e galáxias.
  • 11. A NATUREZA DAS FORÇAS Segundo as teorias modernas da Mecânica Quântica, as várias forças fundamentais são transmitidas entre partículas reais por meio de partículas virtuais (partículas que não podem ser detectadas diretamente) mas cuja existência temporária é permitida pelo princípio físico chamado o princípio de incerteza de Heisenberg. As partículas que transmitem a força são as seguintes: na interação nuclear forte - mésons e gluõns na força electromagnética - fótons na interação nuclear fraca - bosõns na força de gravidade - grávitons Admite-se uma teoria com base no gráviton mas ainda não foi comprovada, sendo então uma partícula hipotética.
  • 12. AS FORÇAS UNIFICADAS Nas temperaturas e energias que existem no universo do presente, as quatro forças são distintas umas das outras e têm potências diferentes. Em energias muito altas, contudo, a situação muda. Nas energias mais altas alcançáveis com os aceleradores atuais de partículas (as quais correspondem a temperaturas de cerca de 10e15 graus Kelvin), as forças fraca e eletromagnética perdem as suas identidades separadas e unificam-se numa única força eletro-fraca. Segundo o que se chamam as Grandes Teorias Unificadas (GUTs), as forças forte e electromagnética se comportam como uma única força unificada em energias e temperaturas que são cerca de um trilhão de vezes mais altas ainda (isto está muito para além da tecnologia presente na Terra). Embora uma teoria completa ( uma teoria de tudo, em inglês, "Theory of Everything - TOE") que abrange todas as quatro forças não tenha sido ainda alcançada; muitos físicos acreditam que a níveis de energia ainda mais altos, a gravitação se une com as outras formando uma única 'superforça'.
  • 13. AS FORÇAS UNIFICADAS Conforme o universo expandiu e arrefeceu, as energias das partículas diminuíram, as forças separaram-se e adquiriram as suas identidades individuais, a gravitação a cerca de 10e-43 s, a força forte de 10e-35 s, e as forças fraca e electromagnética de 10e-11 s depois do começo do tempo. Os Cosmólogos, que se ocupam com a origem, evolução e as estruturas de grande escala do universo inteiro fundamentam-se no trabalho dos físicos que estudam partículas de alta energia para tentarem explicar os estágios-chave na evolução do universo. Por não se poderem fazer experiências que possam gerar as energias tremendas que são necessárias para testar diretamente as Grandes Teorias Unificadas, os físicos que estudam partículas de alta energia procuram observações cosmológicas para tentarem verificar as suas teorias. O mundo microscópico de partículas de alta energia e forças fundamentais está indissociavelmente ligado ao mundo das largas escalas de astrofísica e cosmologia.