1. O TRABALHO COM GÊNEROS
TEXTUAIS NA SALA DE AULA
ANO 2
UNIDADE 5
FORMADORA: VANILDA
2. COMEÇO DE CONVERSA
1- Tendência Formalista – Ferdinand de Sausurre – A língua
como código.
Estruturalismo
Subtendência do Formalismo – Gramática Normativa.
A unidade de sentido é a oração.
Essa tendência está em desuso porque já se sabe que a língua não
é algo fixo e estático.
2- Tendência Funcionalista – Tendência dialógica
- Linguística textual – Se diferencia da normativa porque a
unidade de sentido é o texto inteiro. Relações de coesão e de
coerência.
3. 3- Análise do discurso – Só posso observar discurso e
não o texto. Verbalizamos o que o outro quis que
disséssemos. Observa os fatores ideológicos dos textos.
4- Semiótica: Se preocupa com as relações simbólicas.
É muito diferente da linguística textual. (Vigotsky)
5- Teoria da enunciação – Bakhtin – Observa o texto
como um momento histórico em que eu materializo
relações sociais e ideológicas. Ideia de contexto que
cerca o texto.
4. • GÊNERO DE TEXTO: - Bronckart: Toda
comunicação tem uma história.
• BAKHTIN – busca o momento histórico de
construção da enunciação discursiva.
6- Interacionismo sócio discusivo – Broncart:
junta Vigotsky com Bakthin - denominação do
conceito de gênero de texto ou gênero textual.
O material do Pacto adota a abordagem
Linguística Textual, ou seja, o texto como
unidade de sentido global na perspectiva das
práticas de leitura e escrita (letramento).
10. PERFIS DE LEITURA
1- LEITURA DE HORIZONTE MÍNIMO – leitura
de superfície (não temos que pensar) – Leitura da cópia,
da imitação.
A- A cor do cavalo branco de Napoleão
B- Transcrição grosseira do texto – cópia, completar.
• A e B – Operam no horizonte mínimo
11. 2- LEITURA DE HORIZONTE MÁXIMO – das
inferências, associando com outros textos e prestando
atenção no texto. Não tem limite. Quanto mais lê e
conhece, mais você lê.
Questões inferenciais – exigem conhecimentos textuais
e experienciais
• 3 e 4 – Operam no horizonte máximo de
compreensão.
12. • 3- LEITURA DE HORIZONTE
PROBLEMÁTICO – Está entre o que eu li e eu.
Não sei se o que eu li, eu realmente li, ou se veio da
minha vivência. Não vejo o que o texto quer dizer,
mas o que eu quero ler.
• 4- LEITURA DO HORIZONTE INDEVIDO – É a
leitura equivocada, errada.
13. • LEITURA DE HORIZONTE PROBLEMÁTICO
– Está entre o que eu li e eu. Não sei se o que eu li, eu
realmente li, ou se veio da minha vivência. Não vejo
o que o texto quer dizer, mas o que eu quero ler.
• 4- LEITURA DO HORIZONTE INDEVIDO – É a
leitura equivocada, errada. Ex: Cristo na Cruz que
pede água e eles dão vinho.
14. MANCHETES DE JORNAL
PC FARIAS É ASSASSINADO EM MACEIÓ(FOLHA)
PC FARIAS ASSASSINADO MACEIÓ (ESTADÃO)
MATARAM PC FARIAS (JORNAL DA TARDE)
PC FARIAS MORRE NA CAMA COM NAMORADA
(DIÁRIO POPULAR)
15. Bebum rasga a esposa com 30 facadas CRIOU
CASO SÓ PORQUE O FILHO FOI NUMA FESTA
(Notícias populares 02/05/94)
16. • TREM DE FERRO – MANOEL BANDEIRA / TOM JOBIM / CAMINHO SUAVE
/ TRENZINHO CAIPIRA
Trem de Ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virgem Maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
(trem de ferro, trem de ferro)
17. REFLEXÃO
O trabalho com os gêneros textuais em sala de aula envolve
o desenvolvimento de três importantes tipos de atividades:
• Linguísticas: referem-se às práticas sociais de leitura;
• Epilinguísticas: referem-se ao processo de escritura, ou
seja, de reflexão da língua materna na modalidade oral e
escrita;
• Metalinguísticas: referem-se ao processo de análise da e
sobre a organização e funcionamento da língua materna
no contexto das interações sociocomunicativa.
Atividades que acontecem indissociavelmente no processo
de apropriação e objetivação da linguagem oral e escrita.
18. Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
Da ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...
(café com pão é muito bom)
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
19. • Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matar minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
(trem de ferro, trem de ferro
21. Eixos centrais do ensino da língua materna são:
compreensão e produção de textos fundamentadas em
fatores linguísticos, sociais e culturais em que os
interlocutores são sujeitos do processo de interação.
(A2/U5, p. 6)
A língua materna se configura como uma forma de ação
social, situada num contexto histórico – mundo real.
O texto é palco de negociações e produções múltiplas
de sentido. São produzidos em situações marcados pela
cultura e também assume formas e estilos próprios. Há
uma diversidade de gêneros textuais na sociedade
devido as semelhantes características disponíveis nas
interações sociais.
22. Assim, a comunicação verbal só é possível por
meio de algum gênero que se materializa em
textos que assumem formas variadas, com
finalidades diversas de acordo com o contexto
histórico e cultural.
Koch e Elias(2009) “destacam que os gêneros
textuais são diversos e sofrem variações na sua
constituição em função dos seus usos”(A1/U5,
p.8). Nessa dinâmica de ampliação dos gêneros
ocorre o processo de transmutação (BAKTHIN,
2011).
23. • Atualmente, vivenciamos, com o progresso
tecnológico o processo de transmutação, por
exemplo, dos gêneros carta e diário para e-
mail e blog. Não é o progresso tecnológico
que dá origem ao processo de transmutação
textual mas, sim, a intensificação dos usos das
práticas sociais é que obriga a criação de
novos gêneros para atender as necessidades
históricas de interação humana.
24. QUAL É O DESAFIO DO ENSINO DA LÍNGUA
MATERNA NA ESCOLA ATUAL?
25. No contexto histórico, social e cultural que
vivemos, a escola se depara com um grande
desafio referente ao ensino do componente
curricular Língua Portuguesa: trabalhar com a
diversidade textual na sala de aula, explorando
de forma profunda o que é peculiar a um gênero
específico, tendo em vista situações de usos
também diversas.
26. O trabalho em sala de aula com os gêneros
textuais duas dimensões se articulam:
• Primeiro, os aspectos socioculturais
relacionados com sua condição de
funcionamento na sociedade;
• Segundo, os aspectos linguísticos que se
voltam para a compreensão do que o texto
informa ou comunica.
Nesse contexto, o ensino da leitura e da escrita
na escola pode ser sistematizado pelo educador
de modo que a criança possa refletir, se
apropriar e usar diversos gêneros textuais.
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31. Transmutação do gênero poético
A casa
“Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha Teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela, não
Porque na casa
32. Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
33. Mas era feita
Com muito esmero
Na rua dos Bobos
Número zero”.
MORAES, V. A arca de Noé. 2.ed. São Paulo:
Companhia das Letrinhas, 2002.
* Música.
34. Em quais outros gêneros textuais é possível fazer a
transmutação do poema “A casa” de Vinícius de Moraes?
Proposta: Com seu colega ao lado, procure transmutar o
gênero poético “A casa” de Vinícius de Moraes. Depois,
socialize com o grupo de educadores.
35. Gênero: Anúncio de Venda
Vende-se uma casa muito engraçada. Não tem
chão, nem teto e parede. Mas, é feita com muito
esmero!!!
Quem se interessar procure-a na Rua dos Bobos,
número zero.
(Vanilda)
36. Gênero:Narrativo escrito
A casa
Era uma vez uma casa muito engraçada, feita com muito
esmero no meio da floresta encantada.
Certo dia, tentei entrar nela, mas percebi que não tinha chão,
teto e nem parede para montar rede.
Quando senti vontade de fazer pipi, logo vi que, penico, não
tinha ali.
Então, triste e chateada caminhei pela estrada até avistar uma
placa e nela estava escrito “ Rua dos Bobos, número zero”.
Caminhando pela rua voltei para meu lar e me sentindo muito
feliz, feliz para sempre.
(Vanilda)
37. Gênero: Adivinha
O que é, o que é?
Não tem teto e nem parede,
Foi feita com muito esmero
Na Rua dos Bobos, número zero?
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(Vanilda)