SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Processos de Enriquecimento da Mensagem
Quando se quer tornar mais sugestiva uma determinada realidade, utilizamos formas específicas de
expressão. Assim, é frequente aparecerem formas que dão expressividade à mensagem. Estas formas
designam-se por recursos expressivos e figuras de estilo.

Recursos Expressivos                                    Caracterização
Nome                          A presença de vários nomes abstractos tem mais relação com temas do
                              domínio não sensível, como sentimentos ou valores.
                              A presença de nomes concretos tem mais relação com temas do domínio
                              sensível, como a descrição de uma paisagem, uma casa ou outra realidade.
                              Quando agrupados, os nomes realizam a figura de estilo chamada
                              enumeração.
Adjectivo                 Confere expressividade ao texto, quando:
                              integra dupla, tripla ou múltipla adjectivação;
                              é anteposto ao nome;
                              é repetido para superlativar o nome (ex.: É uma escola grande, grande.)
                              é colocado em destaque no início da frase.
Advérbio de modo              Caracteriza o modo de realização da acção referenciada pelo verbo ao qual
                              o advérbio se agrega.
                              Pode caracterizar o agente que pratica a acção.
Verbo                         Modo verbal: indica realidade (modo indicativo), dúvida e desejo (modo
                              conjuntivo), condição (modo condicional) ou ordem (modo imperativo).
                              Tempo verbal: indica actualidade (presente), duração ou frequência
                              (pretérito imperfeito), carácter momentâneo no passado (pretérito
                              perfeito) ou continuidade (gerúndio).
                              A conjugação perifrástica atribui à acção significados complementares:
                              realização prolongada ou gradual; necessidade; certeza; intenção de
                              realização; …
                              A sucessão de formas verbais (enumeração) concede dinâmica a um
                              texto.
Campo lexical                 Um campo lexical, formado por uma selecção adequada de vocábulos, dá
                              expressividade à transmissão das características de determinada
                              realidade.
Interjeições                  Constituem uma forma privilegiada de transmitir, de forma rápida e
                              intensa, todo um mundo interior, pelo que são formas ricas de
                              expressividade.
Tipos e formas de frase       As frases de tipo exclamativo e interrogativo transmitem forte
                              emotividade.
                              A forma enfática é aquela que confere maior expressividade ao texto, pois
                              a sua intencionalidade é precisamente dar destaque através de partículas
                              de realce como “é que…”, “foi quem…”, …
Suspensões de frase           Graficamente, a suspensão de frase é marcada com reticências.
                              Pode traduzir a dificuldade em falar de um assunto por ser complicado ou
                              obscuro.
                              Geralmente traduz a grande emotividade que determinado assunto,
                              acontecimento, … provoca no emissor.
Repetições                O processo de repetir palavras ou expressões no início ou no fim de uma frase,
                          repeti-las ocasionalmente ao longo do texto, ou repetir uma palavra
                          escrevendo-a duas vezes é um recurso expressivo que põe em evidência o que
                          está a ser repetido.
                               Sistematização de Conteúdos do 3º Ciclo
                                       Ano Lectivo 2009/2010
                                          9º Ano – Turma A
Figuras de Estilo                                                 Caracterização
Comparação                          Confronto entre duas realidades distintas para estabelecer entre elas
                                    relações de semelhança ou de dissemelhança.
                                    Pode ser realizada através da partícula comparativa “como” ou de verbos
                                    como “parecer”, “assemelhar-se”, “fazer lembrar”, …
                                    Ex.: O Miguel parece uma gralha – não se cala!
Metáfora                            Processo de comparação implícita e sintetizado numa expressão
                                    abreviada.
                                    Ex.: “Mergulhou o olhar na onda escura da noite.”
Personificação                      Atribuição de características humanas a tudo o que não seja humano
                                    (objectos, animais, flores, …)
                                    Ex.: Lá do alto, a lua mirava a aldeia.
Enumeração                          Apresentação de elementos em série.
                                    Ex.: “Eles não sabem que o sonho / é tela, é cor, é pincel (…)”
Hipérbole                           Emprego de expressões que exageram uma determinada realidade.
                                    Ex.: Chove a cântaros!
Antítese                            Atribuição de aspectos opostos / antagónicos a uma mesma realidade.
                                    Ex.: Aquela manhã era simultaneamente triste e alegre.



                                                                                                                Adaptado de:
             Fernanda Reigota e Margarida Silva, Preparação para o Exame Nacional – Língua Portuguesa – 9º Ano, Porto Editora.
                                Graça Magalhães e Madalena Jorge Dine, Preparar o Exame – Língua Portuguesa, Lisboa Editora.




                                      Sistematização de Conteúdos do 3º Ciclo
                                              Ano Lectivo 2009/2010
                                                 9º Ano – Turma A

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira - Linguagem Jurídica - AULA 05
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 05FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 05
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira - Linguagem Jurídica - AULA 05Jordano Santos Cerqueira
 
1 coesão textual - referencial e sequencial
1   coesão textual - referencial e sequencial1   coesão textual - referencial e sequencial
1 coesão textual - referencial e sequencialLuciene Gomes
 
Resumos de português (2º teste)
Resumos de português (2º teste)Resumos de português (2º teste)
Resumos de português (2º teste)Ana Beatriz Neiva
 
Coesão textual
Coesão textualCoesão textual
Coesão textualgracacruz
 
15 coesao referencial
15 coesao referencial15 coesao referencial
15 coesao referencialJóyce Carlos
 
Como evitar o mico da grafia 2
Como evitar o mico da grafia 2Como evitar o mico da grafia 2
Como evitar o mico da grafia 2matheusrl98
 
Coerencia e coesao_textuais
Coerencia e coesao_textuaisCoerencia e coesao_textuais
Coerencia e coesao_textuaisRuth Metelo
 
Anáfora, contexto e coesão textual
Anáfora, contexto e coesão textualAnáfora, contexto e coesão textual
Anáfora, contexto e coesão textualMiquéias Vitorino
 
Processos referenciais - Texto e Ensino
Processos referenciais - Texto e EnsinoProcessos referenciais - Texto e Ensino
Processos referenciais - Texto e EnsinoProfletras2014
 
Retórica, figuras retóricas, figuras de linguagem, figuras de pensamento, tr...
Retórica, figuras retóricas,  figuras de linguagem, figuras de pensamento, tr...Retórica, figuras retóricas,  figuras de linguagem, figuras de pensamento, tr...
Retórica, figuras retóricas, figuras de linguagem, figuras de pensamento, tr...Caio Aguiar
 

Mais procurados (19)

FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira - Linguagem Jurídica - AULA 05
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 05FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira  -  Linguagem Jurídica - AULA 05
FACELI - D1 - Zilda Maria Fantin Moreira - Linguagem Jurídica - AULA 05
 
Coesão
CoesãoCoesão
Coesão
 
COESÃO TEXTUAL
COESÃO TEXTUALCOESÃO TEXTUAL
COESÃO TEXTUAL
 
1 coesão textual - referencial e sequencial
1   coesão textual - referencial e sequencial1   coesão textual - referencial e sequencial
1 coesão textual - referencial e sequencial
 
Morfossintaxe
MorfossintaxeMorfossintaxe
Morfossintaxe
 
Deixis
DeixisDeixis
Deixis
 
Resumos de português (2º teste)
Resumos de português (2º teste)Resumos de português (2º teste)
Resumos de português (2º teste)
 
Coesão textual
Coesão textualCoesão textual
Coesão textual
 
Coesao e coerência
Coesao e coerênciaCoesao e coerência
Coesao e coerência
 
Coesão Textual
Coesão TextualCoesão Textual
Coesão Textual
 
Coesão Referencial
Coesão ReferencialCoesão Referencial
Coesão Referencial
 
15 coesao referencial
15 coesao referencial15 coesao referencial
15 coesao referencial
 
Como evitar o mico da grafia 2
Como evitar o mico da grafia 2Como evitar o mico da grafia 2
Como evitar o mico da grafia 2
 
Coerencia e coesao_textuais
Coerencia e coesao_textuaisCoerencia e coesao_textuais
Coerencia e coesao_textuais
 
Coesão
CoesãoCoesão
Coesão
 
Anáfora, contexto e coesão textual
Anáfora, contexto e coesão textualAnáfora, contexto e coesão textual
Anáfora, contexto e coesão textual
 
Processos referenciais - Texto e Ensino
Processos referenciais - Texto e EnsinoProcessos referenciais - Texto e Ensino
Processos referenciais - Texto e Ensino
 
Retórica, figuras retóricas, figuras de linguagem, figuras de pensamento, tr...
Retórica, figuras retóricas,  figuras de linguagem, figuras de pensamento, tr...Retórica, figuras retóricas,  figuras de linguagem, figuras de pensamento, tr...
Retórica, figuras retóricas, figuras de linguagem, figuras de pensamento, tr...
 
Coesao textual 1
Coesao textual 1Coesao textual 1
Coesao textual 1
 

Destaque

Seattle Continues to Wait for the Return of the Supersonics
Seattle Continues to Wait for the Return of the SupersonicsSeattle Continues to Wait for the Return of the Supersonics
Seattle Continues to Wait for the Return of the SupersonicsCherin Perelman
 
Marketing Imobiliário - Ótima Ideia
Marketing Imobiliário - Ótima IdeiaMarketing Imobiliário - Ótima Ideia
Marketing Imobiliário - Ótima IdeiaÓtima Ideia
 
O Conselho de Legislação deu mais autonomia ao seu clube
O Conselho de Legislação deu mais autonomia ao seu clubeO Conselho de Legislação deu mais autonomia ao seu clube
O Conselho de Legislação deu mais autonomia ao seu clubeRotaryclub Crato
 
New power point suspended animtion
New power point suspended animtionNew power point suspended animtion
New power point suspended animtionshejnat
 
資料庫大小事
資料庫大小事資料庫大小事
資料庫大小事Jason Kuan
 
A Introduction To Health2.0
A Introduction To Health2.0A Introduction To Health2.0
A Introduction To Health2.0Martijn Hulst
 
Diario di aurora
Diario di auroraDiario di aurora
Diario di auroraLalle63
 
Cv presentation pham thihanhdung
Cv presentation pham thihanhdungCv presentation pham thihanhdung
Cv presentation pham thihanhdungHanh Dung Pham Thi
 
Clase 7 teorema de superposición
Clase 7 teorema de superposiciónClase 7 teorema de superposición
Clase 7 teorema de superposiciónTensor
 
G eugenio o semiarido e as secas - final - jan 25 2013
G eugenio   o semiarido e as secas - final - jan 25 2013G eugenio   o semiarido e as secas - final - jan 25 2013
G eugenio o semiarido e as secas - final - jan 25 2013Geraldo Eugenio
 
Enrique rolando bolaños_materiales
Enrique rolando bolaños_materialesEnrique rolando bolaños_materiales
Enrique rolando bolaños_materialesENRIQUE BOLAÑOS
 
Mapa conceptual
Mapa conceptualMapa conceptual
Mapa conceptualcnilda
 
Cetelem Observatorio eCommerce 2014. Cocina y accesorios cocina
Cetelem Observatorio eCommerce 2014. Cocina y accesorios cocinaCetelem Observatorio eCommerce 2014. Cocina y accesorios cocina
Cetelem Observatorio eCommerce 2014. Cocina y accesorios cocinaCetelem
 
Que es el_brief_y_como_realizarlo_rossana_miglionico
Que es el_brief_y_como_realizarlo_rossana_miglionicoQue es el_brief_y_como_realizarlo_rossana_miglionico
Que es el_brief_y_como_realizarlo_rossana_miglionicoEfiaulaOpenSchool
 
경영정보기술과제
경영정보기술과제경영정보기술과제
경영정보기술과제beatm98
 
Newsletter nº 5 - Relações Públicas e Imagem de Rotary
Newsletter nº 5 - Relações Públicas e Imagem de RotaryNewsletter nº 5 - Relações Públicas e Imagem de Rotary
Newsletter nº 5 - Relações Públicas e Imagem de RotaryManuel Cordeiro
 

Destaque (20)

Seattle Continues to Wait for the Return of the Supersonics
Seattle Continues to Wait for the Return of the SupersonicsSeattle Continues to Wait for the Return of the Supersonics
Seattle Continues to Wait for the Return of the Supersonics
 
Marketing Imobiliário - Ótima Ideia
Marketing Imobiliário - Ótima IdeiaMarketing Imobiliário - Ótima Ideia
Marketing Imobiliário - Ótima Ideia
 
O Conselho de Legislação deu mais autonomia ao seu clube
O Conselho de Legislação deu mais autonomia ao seu clubeO Conselho de Legislação deu mais autonomia ao seu clube
O Conselho de Legislação deu mais autonomia ao seu clube
 
New power point suspended animtion
New power point suspended animtionNew power point suspended animtion
New power point suspended animtion
 
資料庫大小事
資料庫大小事資料庫大小事
資料庫大小事
 
Img152
Img152Img152
Img152
 
A Introduction To Health2.0
A Introduction To Health2.0A Introduction To Health2.0
A Introduction To Health2.0
 
Diario di aurora
Diario di auroraDiario di aurora
Diario di aurora
 
Mika
MikaMika
Mika
 
Cv presentation pham thihanhdung
Cv presentation pham thihanhdungCv presentation pham thihanhdung
Cv presentation pham thihanhdung
 
Clase 7 teorema de superposición
Clase 7 teorema de superposiciónClase 7 teorema de superposición
Clase 7 teorema de superposición
 
G eugenio o semiarido e as secas - final - jan 25 2013
G eugenio   o semiarido e as secas - final - jan 25 2013G eugenio   o semiarido e as secas - final - jan 25 2013
G eugenio o semiarido e as secas - final - jan 25 2013
 
Enrique rolando bolaños_materiales
Enrique rolando bolaños_materialesEnrique rolando bolaños_materiales
Enrique rolando bolaños_materiales
 
Mapa conceptual
Mapa conceptualMapa conceptual
Mapa conceptual
 
Manual de salud familiar 2013
Manual de salud familiar 2013Manual de salud familiar 2013
Manual de salud familiar 2013
 
Cetelem Observatorio eCommerce 2014. Cocina y accesorios cocina
Cetelem Observatorio eCommerce 2014. Cocina y accesorios cocinaCetelem Observatorio eCommerce 2014. Cocina y accesorios cocina
Cetelem Observatorio eCommerce 2014. Cocina y accesorios cocina
 
Campanha promocional
Campanha promocionalCampanha promocional
Campanha promocional
 
Que es el_brief_y_como_realizarlo_rossana_miglionico
Que es el_brief_y_como_realizarlo_rossana_miglionicoQue es el_brief_y_como_realizarlo_rossana_miglionico
Que es el_brief_y_como_realizarlo_rossana_miglionico
 
경영정보기술과제
경영정보기술과제경영정보기술과제
경영정보기술과제
 
Newsletter nº 5 - Relações Públicas e Imagem de Rotary
Newsletter nº 5 - Relações Públicas e Imagem de RotaryNewsletter nº 5 - Relações Públicas e Imagem de Rotary
Newsletter nº 5 - Relações Públicas e Imagem de Rotary
 

Semelhante a P

TEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.ppt
TEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.pptTEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.ppt
TEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.pptevandro163685
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 160-161
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 160-161Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 160-161
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 160-161luisprista
 
22195856 figuras-de-linguagem
22195856 figuras-de-linguagem22195856 figuras-de-linguagem
22195856 figuras-de-linguagemcaio_phb
 
Oficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua PortuguesaOficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua PortuguesaSadiasoares
 
recursos morfossintáticos-lexicais-semânticos.pptx
recursos morfossintáticos-lexicais-semânticos.pptxrecursos morfossintáticos-lexicais-semânticos.pptx
recursos morfossintáticos-lexicais-semânticos.pptxMarluceBrum1
 
Oficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua PortuguesaOficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua PortuguesaSadiasoares
 
Apostila Português – UFBA 2017 – Nível médio - Amostra
Apostila Português – UFBA 2017 – Nível médio  -   AmostraApostila Português – UFBA 2017 – Nível médio  -   Amostra
Apostila Português – UFBA 2017 – Nível médio - AmostraAntônio Carlos Zeferino
 
(Resumo)comunicação e expressão
(Resumo)comunicação e expressão(Resumo)comunicação e expressão
(Resumo)comunicação e expressãoDaniCustodio
 
Aula 3 redação- 9º ano
Aula 3  redação- 9º anoAula 3  redação- 9º ano
Aula 3 redação- 9º anoVania Valva
 
Figuras de-linguagem
Figuras de-linguagemFiguras de-linguagem
Figuras de-linguagemBovary16
 
Recursos morfossintáticos, lexicais,semânticos
Recursos morfossintáticos, lexicais,semânticosRecursos morfossintáticos, lexicais,semânticos
Recursos morfossintáticos, lexicais,semânticosMarcia Oliveira
 
SLIDES-FIGURAS-DE-LINGUAGEM-8º-ANO.pptx
SLIDES-FIGURAS-DE-LINGUAGEM-8º-ANO.pptxSLIDES-FIGURAS-DE-LINGUAGEM-8º-ANO.pptx
SLIDES-FIGURAS-DE-LINGUAGEM-8º-ANO.pptxNathaly Teresa Paulino
 
FIGURA DE LINGUAGEM E TEXTO DE LINGUAGEM POÉTICA (1).pdf
FIGURA DE LINGUAGEM E TEXTO DE LINGUAGEM POÉTICA (1).pdfFIGURA DE LINGUAGEM E TEXTO DE LINGUAGEM POÉTICA (1).pdf
FIGURA DE LINGUAGEM E TEXTO DE LINGUAGEM POÉTICA (1).pdfAnna Vaz Boechat
 
Oracoes Adjetivas e Adverbiais.pptx
Oracoes Adjetivas e Adverbiais.pptxOracoes Adjetivas e Adverbiais.pptx
Oracoes Adjetivas e Adverbiais.pptxMARIAMARIJANACASTROD
 
Construindo paragrafações
Construindo paragrafaçõesConstruindo paragrafações
Construindo paragrafaçõesma.no.el.ne.ves
 
Trabalho de portugues
Trabalho de portuguesTrabalho de portugues
Trabalho de portuguesAlziro Lopes
 
Atividade3334deborahb
Atividade3334deborahbAtividade3334deborahb
Atividade3334deborahbescola
 

Semelhante a P (20)

Figuras de estilo
Figuras de estiloFiguras de estilo
Figuras de estilo
 
TEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.ppt
TEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.pptTEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.ppt
TEORIA-DA-COMUNICAÇÃO.ppt
 
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 160-161
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 160-161Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 160-161
Apresentação para décimo segundo ano de 2016 7, aula 160-161
 
22195856 figuras-de-linguagem
22195856 figuras-de-linguagem22195856 figuras-de-linguagem
22195856 figuras-de-linguagem
 
Oficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua PortuguesaOficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua Portuguesa
 
recursos morfossintáticos-lexicais-semânticos.pptx
recursos morfossintáticos-lexicais-semânticos.pptxrecursos morfossintáticos-lexicais-semânticos.pptx
recursos morfossintáticos-lexicais-semânticos.pptx
 
Oficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua PortuguesaOficina de Língua Portuguesa
Oficina de Língua Portuguesa
 
Apostila Português – UFBA 2017 – Nível médio - Amostra
Apostila Português – UFBA 2017 – Nível médio  -   AmostraApostila Português – UFBA 2017 – Nível médio  -   Amostra
Apostila Português – UFBA 2017 – Nível médio - Amostra
 
Df6 recursos estilisticos
Df6 recursos estilisticosDf6 recursos estilisticos
Df6 recursos estilisticos
 
(Resumo)comunicação e expressão
(Resumo)comunicação e expressão(Resumo)comunicação e expressão
(Resumo)comunicação e expressão
 
Aula 3 redação- 9º ano
Aula 3  redação- 9º anoAula 3  redação- 9º ano
Aula 3 redação- 9º ano
 
Figuras de-linguagem
Figuras de-linguagemFiguras de-linguagem
Figuras de-linguagem
 
Recursos morfossintáticos, lexicais,semânticos
Recursos morfossintáticos, lexicais,semânticosRecursos morfossintáticos, lexicais,semânticos
Recursos morfossintáticos, lexicais,semânticos
 
SLIDES-FIGURAS-DE-LINGUAGEM-8º-ANO.pptx
SLIDES-FIGURAS-DE-LINGUAGEM-8º-ANO.pptxSLIDES-FIGURAS-DE-LINGUAGEM-8º-ANO.pptx
SLIDES-FIGURAS-DE-LINGUAGEM-8º-ANO.pptx
 
FIGURA DE LINGUAGEM E TEXTO DE LINGUAGEM POÉTICA (1).pdf
FIGURA DE LINGUAGEM E TEXTO DE LINGUAGEM POÉTICA (1).pdfFIGURA DE LINGUAGEM E TEXTO DE LINGUAGEM POÉTICA (1).pdf
FIGURA DE LINGUAGEM E TEXTO DE LINGUAGEM POÉTICA (1).pdf
 
Oracoes Adjetivas e Adverbiais.pptx
Oracoes Adjetivas e Adverbiais.pptxOracoes Adjetivas e Adverbiais.pptx
Oracoes Adjetivas e Adverbiais.pptx
 
Construindo paragrafações
Construindo paragrafaçõesConstruindo paragrafações
Construindo paragrafações
 
Trabalho de portugues
Trabalho de portuguesTrabalho de portugues
Trabalho de portugues
 
Classes abertas
Classes abertasClasses abertas
Classes abertas
 
Atividade3334deborahb
Atividade3334deborahbAtividade3334deborahb
Atividade3334deborahb
 

Mais de Susana Sobrenome

Palavras divergentes e convergentes
Palavras divergentes e convergentesPalavras divergentes e convergentes
Palavras divergentes e convergentesSusana Sobrenome
 
Vamos praticar - HLP - Origem da Língua Portuguesa
Vamos praticar - HLP - Origem da Língua PortuguesaVamos praticar - HLP - Origem da Língua Portuguesa
Vamos praticar - HLP - Origem da Língua PortuguesaSusana Sobrenome
 
Texto poético - Noções de versificação
Texto poético - Noções de versificaçãoTexto poético - Noções de versificação
Texto poético - Noções de versificaçãoSusana Sobrenome
 
FT - Despedida em Belém - Item de construção
FT - Despedida em Belém - Item de construçãoFT - Despedida em Belém - Item de construção
FT - Despedida em Belém - Item de construçãoSusana Sobrenome
 
FT - Despedidas em Belém - adaptação em prosa
FT - Despedidas em Belém - adaptação em prosaFT - Despedidas em Belém - adaptação em prosa
FT - Despedidas em Belém - adaptação em prosaSusana Sobrenome
 
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - ParáfraseFicha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - ParáfraseSusana Sobrenome
 
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)Susana Sobrenome
 
Ficha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de CastroFicha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de CastroSusana Sobrenome
 
Ficha informativa - Tempestade e chegada à Índia
Ficha informativa - Tempestade e chegada à ÍndiaFicha informativa - Tempestade e chegada à Índia
Ficha informativa - Tempestade e chegada à ÍndiaSusana Sobrenome
 
"Que" integrante ou relativo?
"Que" integrante ou relativo?"Que" integrante ou relativo?
"Que" integrante ou relativo?Susana Sobrenome
 
Ficha de trabalho - episódio da Tempestade
Ficha de trabalho - episódio da TempestadeFicha de trabalho - episódio da Tempestade
Ficha de trabalho - episódio da TempestadeSusana Sobrenome
 
Comparação_Adamastor e Mostrengo
Comparação_Adamastor e MostrengoComparação_Adamastor e Mostrengo
Comparação_Adamastor e MostrengoSusana Sobrenome
 
A reportagem - estrutura e características
A reportagem - estrutura e característicasA reportagem - estrutura e características
A reportagem - estrutura e característicasSusana Sobrenome
 
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
2009/2010_5ª ficha de avaliação9aSusana Sobrenome
 
2009/2010_6ª ficha de avaliação9a
2009/2010_6ª ficha de avaliação9a2009/2010_6ª ficha de avaliação9a
2009/2010_6ª ficha de avaliação9aSusana Sobrenome
 
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
2009/2010_5ª ficha de avaliação9aSusana Sobrenome
 
2009/2010_4ª ficha de avaliação_9
2009/2010_4ª ficha de avaliação_92009/2010_4ª ficha de avaliação_9
2009/2010_4ª ficha de avaliação_9Susana Sobrenome
 
2009/2010_3ª ficha de avaliação_9ano
2009/2010_3ª ficha de avaliação_9ano2009/2010_3ª ficha de avaliação_9ano
2009/2010_3ª ficha de avaliação_9anoSusana Sobrenome
 

Mais de Susana Sobrenome (20)

Ilha dos amores
Ilha dos amoresIlha dos amores
Ilha dos amores
 
Palavras divergentes e convergentes
Palavras divergentes e convergentesPalavras divergentes e convergentes
Palavras divergentes e convergentes
 
Vamos praticar - HLP - Origem da Língua Portuguesa
Vamos praticar - HLP - Origem da Língua PortuguesaVamos praticar - HLP - Origem da Língua Portuguesa
Vamos praticar - HLP - Origem da Língua Portuguesa
 
Texto poético - Noções de versificação
Texto poético - Noções de versificaçãoTexto poético - Noções de versificação
Texto poético - Noções de versificação
 
FT - Despedida em Belém - Item de construção
FT - Despedida em Belém - Item de construçãoFT - Despedida em Belém - Item de construção
FT - Despedida em Belém - Item de construção
 
FT - Despedidas em Belém - adaptação em prosa
FT - Despedidas em Belém - adaptação em prosaFT - Despedidas em Belém - adaptação em prosa
FT - Despedidas em Belém - adaptação em prosa
 
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - ParáfraseFicha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
Ficha de Trabalho - Episódio de Inês de Castro - Paráfrase
 
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
Ficha de trabalho - Despedidas em Belém (Paráfrase)
 
Ficha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de CastroFicha informativa - Episódio de Inês de Castro
Ficha informativa - Episódio de Inês de Castro
 
Ficha informativa - Tempestade e chegada à Índia
Ficha informativa - Tempestade e chegada à ÍndiaFicha informativa - Tempestade e chegada à Índia
Ficha informativa - Tempestade e chegada à Índia
 
"Que" integrante ou relativo?
"Que" integrante ou relativo?"Que" integrante ou relativo?
"Que" integrante ou relativo?
 
Ficha de trabalho - episódio da Tempestade
Ficha de trabalho - episódio da TempestadeFicha de trabalho - episódio da Tempestade
Ficha de trabalho - episódio da Tempestade
 
Comparação_Adamastor e Mostrengo
Comparação_Adamastor e MostrengoComparação_Adamastor e Mostrengo
Comparação_Adamastor e Mostrengo
 
A reportagem - estrutura e características
A reportagem - estrutura e característicasA reportagem - estrutura e características
A reportagem - estrutura e características
 
Texto de opinião
Texto de opiniãoTexto de opinião
Texto de opinião
 
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
 
2009/2010_6ª ficha de avaliação9a
2009/2010_6ª ficha de avaliação9a2009/2010_6ª ficha de avaliação9a
2009/2010_6ª ficha de avaliação9a
 
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
2009/2010_5ª ficha de avaliação9a
 
2009/2010_4ª ficha de avaliação_9
2009/2010_4ª ficha de avaliação_92009/2010_4ª ficha de avaliação_9
2009/2010_4ª ficha de avaliação_9
 
2009/2010_3ª ficha de avaliação_9ano
2009/2010_3ª ficha de avaliação_9ano2009/2010_3ª ficha de avaliação_9ano
2009/2010_3ª ficha de avaliação_9ano
 

P

  • 1. Processos de Enriquecimento da Mensagem Quando se quer tornar mais sugestiva uma determinada realidade, utilizamos formas específicas de expressão. Assim, é frequente aparecerem formas que dão expressividade à mensagem. Estas formas designam-se por recursos expressivos e figuras de estilo. Recursos Expressivos Caracterização Nome A presença de vários nomes abstractos tem mais relação com temas do domínio não sensível, como sentimentos ou valores. A presença de nomes concretos tem mais relação com temas do domínio sensível, como a descrição de uma paisagem, uma casa ou outra realidade. Quando agrupados, os nomes realizam a figura de estilo chamada enumeração. Adjectivo Confere expressividade ao texto, quando: integra dupla, tripla ou múltipla adjectivação; é anteposto ao nome; é repetido para superlativar o nome (ex.: É uma escola grande, grande.) é colocado em destaque no início da frase. Advérbio de modo Caracteriza o modo de realização da acção referenciada pelo verbo ao qual o advérbio se agrega. Pode caracterizar o agente que pratica a acção. Verbo Modo verbal: indica realidade (modo indicativo), dúvida e desejo (modo conjuntivo), condição (modo condicional) ou ordem (modo imperativo). Tempo verbal: indica actualidade (presente), duração ou frequência (pretérito imperfeito), carácter momentâneo no passado (pretérito perfeito) ou continuidade (gerúndio). A conjugação perifrástica atribui à acção significados complementares: realização prolongada ou gradual; necessidade; certeza; intenção de realização; … A sucessão de formas verbais (enumeração) concede dinâmica a um texto. Campo lexical Um campo lexical, formado por uma selecção adequada de vocábulos, dá expressividade à transmissão das características de determinada realidade. Interjeições Constituem uma forma privilegiada de transmitir, de forma rápida e intensa, todo um mundo interior, pelo que são formas ricas de expressividade. Tipos e formas de frase As frases de tipo exclamativo e interrogativo transmitem forte emotividade. A forma enfática é aquela que confere maior expressividade ao texto, pois a sua intencionalidade é precisamente dar destaque através de partículas de realce como “é que…”, “foi quem…”, … Suspensões de frase Graficamente, a suspensão de frase é marcada com reticências. Pode traduzir a dificuldade em falar de um assunto por ser complicado ou obscuro. Geralmente traduz a grande emotividade que determinado assunto, acontecimento, … provoca no emissor. Repetições O processo de repetir palavras ou expressões no início ou no fim de uma frase, repeti-las ocasionalmente ao longo do texto, ou repetir uma palavra escrevendo-a duas vezes é um recurso expressivo que põe em evidência o que está a ser repetido. Sistematização de Conteúdos do 3º Ciclo Ano Lectivo 2009/2010 9º Ano – Turma A
  • 2. Figuras de Estilo Caracterização Comparação Confronto entre duas realidades distintas para estabelecer entre elas relações de semelhança ou de dissemelhança. Pode ser realizada através da partícula comparativa “como” ou de verbos como “parecer”, “assemelhar-se”, “fazer lembrar”, … Ex.: O Miguel parece uma gralha – não se cala! Metáfora Processo de comparação implícita e sintetizado numa expressão abreviada. Ex.: “Mergulhou o olhar na onda escura da noite.” Personificação Atribuição de características humanas a tudo o que não seja humano (objectos, animais, flores, …) Ex.: Lá do alto, a lua mirava a aldeia. Enumeração Apresentação de elementos em série. Ex.: “Eles não sabem que o sonho / é tela, é cor, é pincel (…)” Hipérbole Emprego de expressões que exageram uma determinada realidade. Ex.: Chove a cântaros! Antítese Atribuição de aspectos opostos / antagónicos a uma mesma realidade. Ex.: Aquela manhã era simultaneamente triste e alegre. Adaptado de: Fernanda Reigota e Margarida Silva, Preparação para o Exame Nacional – Língua Portuguesa – 9º Ano, Porto Editora. Graça Magalhães e Madalena Jorge Dine, Preparar o Exame – Língua Portuguesa, Lisboa Editora. Sistematização de Conteúdos do 3º Ciclo Ano Lectivo 2009/2010 9º Ano – Turma A