O documento discute a sociologia de Max Weber, abordando seus conceitos-chave como tipo ideal, ação social, dominação e poder. Apresenta também suas análises sobre estratificação social, classes, estamentos e partidos.
4. A sociologia por ele desenvolvida
considerava o indivíduo e a sua ação como
ponto chave da investigação. Com isso,
Weber queria salientar que o verdadeiro
ponto de partida da sociologia era a
compreensão da ação dos
indivíduos e não a análise das "instituições
sociais" ou do "grupo social", tão
enfatizadas pelo pensamento conservador.
5. Weber define a Sociologia como a
“Ciência da Realidade” voltada para a
compreensão da significação cultural
atual dos fenômenos e para o
entendimento de sua origem histórica.
Segundo ele, cabe à sociologia oferecer
ao homem de ação o entendimento claro
de sua conduta, das motivações e das
conseqüências de seus hábitos.
6. Por tipo ideal Weber designou um
conjunto de conceitos que é construído
unicamente para os fins da pesquisa.
Um conceito típico-ideal é um modelo
simplificado do real, elaborado com base
em traços considerados essenciais para
a determinação da causalidade, segundo
os critérios de quem pretende explicar
um fenômeno.
O tipo ideal é utilizado como instrumento
para conduzir o autor numa realidade
complexa.
7. A sociologia weberiana estuda as ações e
não as estruturas. Por ação devemos
entender uma conduta humana, que se
orienta pelas ações dos outros.
Weber identificou quatro tipos de ações
humanas:
1) Ação afetiva: ligada as ações emocionais e
estados sentimentais.
8. 2) Ação tradicional: Ações conforme hábitos, dogmas,
do jeito recorrente. Não são dotadas de sentido, sendo
fruto da repetição automática
3) Ação Racional com relação à valores: tem
sentido claro e consciente, determinada pela crença
consciente no valor, em nome da qual o homem age
(religião, política) convicções;
4) Ação Racional com relação a fins: tem sentido
claro e consciente, o indivíduo não age a partir de
convicções, mas através do cálculo dos meios e dos
fins.
9. PODER É a oportunidade verificada dentro
de uma relação social que permite a alguém
impor a sua própria vontade mesmo contra a
resistência outro.
DOMINAÇÃO É a probabilidade de encontrar
obediência a uma ordem, fundamentada em
diversos motivos de submissão a determinados
conteúdos, racionais ou irracionais.
10. Dominação carismática: Está ligada à
confiança pessoal na revelação, heroísmo ou
outras qualidades de liderança individual. É
exercido pelo profeta ou, no campo da política,
pelo senhor da guerra, o grande demagogo, líder
do partido político.
EX: TADEU...
11. Dominação tradicional: Baseada na entrega
das tradições que vigoram desde tempos
longínquos e na legitimidade dos que são
designados por essa tradição para exercer a
autoridade. A obediência se dá a partir da
tradição, se imponde através de valores, hábitos e
costumes.
EX: A realeza britânica.
12. Dominação legal: baseada na crença na
legalidade de ordenações instituídas e dos
direitos de mando, através de regras
racionalmente instituídas. A obediência não se dá
a uma pessoa, mas as regras e as leis.
Ex: O poder exercido pelo cargo.
( Instituições militares )
13. É o agrupamento dos membros de
uma sociedade em camadas ou
estratos superpostos e
hierarquizados segundo algum
critério de importância sociológica.
Praticamente todas as sociedades
desenvolvem sistemas de relações
hierárquicas ou estratificação
social
14. A concepção de sociedade
construída por Weber implica numa
separação de esferas – como a
econômica, a religiosa, a política, a
jurídica, a social, a cultural – cada
uma delas com lógicas particulares
de funcionamento
15. Para Weber certas sociedades a
posição social é determinada pelas
qualificações para ocupação de
cargos mais do que pela riqueza,
em outras sociedades a
propriedade é que determina a
posição de seus membros em
termos de forma de riqueza, de
distinção ou do poder político
16. Weber estabeleceu conceitos referentes
ao plano coletivo –
a) classes
b) estamentos ou grupos de status
c) partidos –
Assim nos permite entender os
mecanismos diferenciados de
distribuição de poder, o qual pode
assumir a forma de riqueza, de distinção
ou do próprio poder político, num sentido
estrito.
17. Todo agrupamento humano que se
encontra numa igual situação de classe,
na mesma posição no que se refere a
propriedade de bens ou habilitações, de
interesses iguais, nos quais se encontra
o individuo juntamente com outros
As classes se organizam segundo as
relações de produção e aquisição de
bens.
EX: O proletariado em seu conjunto, a
pequena burguesia,etc.
18. Os estamentos, segundo princípios de seu
consumo de bens nas diversas formas
especificas de sua maneira de viver.
A separação em estamentos pode ser
definida por critérios vigentes na ordem
social, através da luta por honra e
prestigio. O fundamento das relações
sociais se repousa nas regras de
pertencimento a grupos de status.
EX: Sociedades de Castas.
19. A sociedade de castas é marcada pela
rididez na hierarquização. Baseia-se na
hereditariedade, na profissão, na etnia,
na religião, determinando uma situação
de respeitabilidade. A definição desses
critérios ocorre a partir de um conjunto
de valores, hábitos e costumes definidos
pela tradição.
20. Os estamentos (ou estados) expressam
sua honra por meio de um estilo de vida
típico, constituído pelo consumo de
certos bens, por determinados
comportamentos e modos de expressão,
pela celebração de matrimônios
endogâmicos, uso de um tipo específico
de vestimentas
21. Os partidos se movimentam dentro da
esfera do poder, diferente das classes
que se originam na ordem econômica. A
ação dos partidos encaminha-se na
direção ao poder social.
22. O Estado é um instrumento de
dominação do homem pelo homem, para
ele só o Estado pode fazer uso da força
da violência, e essa violência é legítima
(monopólio do uso legítimo da força
física), pois se apóia num conjunto de
normas (constituição).
23. 1) ORIGENS HISTÓRICAS DO TERMO
CULTURA
No final do século XVIII e no princípio do
século XIX, o termo germânico Kultur era
utilizado para simbolizar todos os aspectos
espirituais de uma comunidade e
O termo francês Civilization referia-se
principalmente às realizações materiais de
um povo.
24. Edward Tylor (1832-1917) sintetizou os dois
termos no vocábulo inglês Culture, tomado em
seu amplo sentido etnográfico SIGNIFICA:
“ Este todo complexo que inclui
conhecimentos, crenças, arte, moral, leis,
costumes ou qualquer outra capacidade
ou hábitos adquiridos pelo homem como
membro de uma sociedade".
25. cultura é um processo acumulativo. O homem
recebe conhecimentos e experiências
acumulados ao longo das gerações .
ENCULTURAÇÃO
SOCIALIZAÇÃO
IMPLICA TODO E
QUALQUER RITO DE
INICIAÇÃO
((PUBERDADE,RELIGIOS
OESCOLARES E
ACADEMICOS )
26. Refere-se a tendência de todos os grupo
humanos conhecidos de presumir a superioridade
de sua cultura sobre todas as demais e, também,
de considerar os valores e as normas da própria
sociedade como aplicáveis as demais.
27. Termo cunhado para enfatizar as diferenças, ou
seja, o ser humano deve relativizar as diferenças
culturais e identificá-la enquanto dentro de uma
realidade específica, própria. Aceitando, portanto
as culturas como sendo diferentes, o máximo
complexas e simplificadas, mas nunca melhor ou
pior, desenvolvida ou atrasada.
28. Trata-se de uma noção que alarga o espaço
da democracia e instaura a tolerância
multirracial onde antes havia intolerância,
preconceito e discriminação.
O multiculturalismo procura celebrar as
diferenças entre etnias e culturas
É uma resultante desses processos
civilizatórios marcados pela
heterogeneidade.
29. Termo criado em 1947 por Adorno (1903-1969)
Horkheimer (1895-1973).
Esses autores ao fazerem uma análise da
atuação dos meios de comunicação de
massa,concluíram que funcionam como uma
verdadeira indústria de produtos
culturais,visando exclusivamente o consumo.
Para Adorno a indústria cultural tem como
objetivo a dependência e alienação dos
homens.
30. SEXO: Diferenças anátomo-fisiológicas
existentes entre os homens e as
mulheres
GÊNERO:
Maneira que as diferenças entre
mulheres e homens assumem nas
diferentes sociedades, no
transcorrer da história.
31. GÊNERO
É o conjunto de características sociais,
culturais, políticas, psicológicas, jurídicas e
econômicas atribuídas às pessoas de forma
diferenciada de acordo com o sexo.
Trata de relações sociais de poder.
32. Podem ser definidos como tentativas
fundadas num conjunto de valores
comuns, destinadas a definir as formas de
ação social e a influir nos seus
resultados.
Se distinguem pelo tipo de mudança que
pretendem provocar no sistema, e pelos
valores e nível de integração que lhes
sejam intrínsecos.
34. Uma identidade claramente definida e
reconhecida pelo público
Uma oposição a uma situação social ou
legal.
Um projeto alternativo de sociedade.
35. É um elemento constituitivo de todo
Movimento Social – Ausência do Estado.
36. União de vários indivíduos que apontam
para uma mudança no sentido da vida
social.
37. Movimentos reivindicativos:
Trata-se de impor mudanças nas normas, nas
funções e nos processos de destinação de
recursos.
Movimentos políticos:
Se pretende influir nas modalidades de acesso
aos canais de participação política e de mudança
das relações de força.
Movimentos de classe:
Visa subverter a ordem social e transformar o
modo de produção e as relações de classe
38. Os novos movimentos sociais têm sido
caracterizados por uma crescente
politização da vida social
A crise do Estado do Bem-Estar Social.
O Estado perde sua capacidade de
financiar o pleno emprego, entre em
cena o setor privado.
39. Esses movimentos não reivindicam do
Estado apenas a satisfação das
necessidades de reprodução social, mas
questionam os critérios pelas quais o
Estado define suas prioridadades.
Denunciam as contradições da sociedade
capitalista.