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1. Conselho Nacional do Café – CNC
SCN Quadra 01, Bl. “C”, Ed. Brasília Trade Center, 11º andar, sala 1.101 - CEP 70711-902 – Brasília (DF)
Assessoria de Comunicação: (61) 3226-2269 / 8114-6632
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CLIPPING – 14/10/2015
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Seca ameaça safra de café do Brasil pelo 3º ano consecutivo
Thomson Reuters
14/10/2015
Por Reese Ewing; reportagem adicional de Roberto Samora
Reuters - Os cafezais do Brasil poderão
registrar perdas de produtividade pela seca
pelo terceiro ano consecutivo, se a chuva
não chegar nas próximas semanas,
frustrando um bom começo para a florada e
diminuindo ainda mais os estoques globais
da commodity, disseram especialistas nesta
terça-feira.
Após uma primeira florada muito boa no
meio de setembro, as chuvas necessárias
para garantir o desenvolvimento dos
pequenos frutos ainda precisam se
materializar.
Meteorologistas esperam precipitações generalizadas no cinturão de café a partir da próxima
semana, na melhor das hipóteses. Mas uma massa de ar quente e seco na região produtora,
que bloqueia a chegada das frentes frias, apresenta um risco para as esperanças de chuva.
José Braz Matiello (foto: arquivo CNC), agrônomo do grupo de pesquisa Procafé, disse que não
houve perdas significativas registradas até agora. Mas adicionou que os pequeno frutos podem
começar a cair das árvores entre 80 e 100 dias após a florada, se as chuvas forem irregulares.
"As preocupações do mercado miram não só o déficit hídrico atual, mas, principalmente, a
questão do El Niño, que projeta pouca chuva nas áreas cafeeiras e muita no Sul, o que vem se
confirmando", disse Matiello.
Ele acrescentou que as altas temperaturas também são um risco para cafezais, enquanto as
chuvas continuarem irregulares.
Os contratos futuros do café arábica têm subido constantemente nas últimas semanas em
Nova York, ganhando 18 por cento ante o mês passado, para 1,34 dólar por libra-peso, com os
participantes do mercado esperando estoques reduzidos antes do início da próxima safra
brasileira, no começo de 2016.
"Nós precisamos de chuvas para que as folhas cresçam e façam sombra aos pequenos frutos,
para que eles se sustentem nos ramos", disse o corretor Adelson Costa, em Varginha (MG).
Café: Safra 2016/17 do Brasil ameaçada pelo tempo seco das próximas semanas
Notícias Agrícolas
14/10/2015
Jhonatas Simião
As mais recentes previsões da Somar Meteorologia apontam para um tempo ainda quente e
seco na maior parte das áreas produtoras de café do Sudeste, incluindo Minas Gerais, Espírito
Santo, Bahia e Mogiana, nos próximos dias. Informações reportadas pela Reuters na manhã
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desta quarta-feira (13) dão conta que precipitações mais generalizadas devem ser registradas
no cinturão apenas na próxima semana, na melhor das hipóteses. Sob essas condições
climáticas, algumas flores e botões florais já estão queimando devido às altas temperaturas,
principalmente no Sul de Minas, maior estado produtor do país.
O clima, fator determinante para o bom desenvolvimento da safra 2016/17, passa a ser,
portanto, a principal preocupação dos cafeicultores brasileiros, que temem uma nova quebra na
próxima temporada. Na segunda quinzena de setembro, as chuvas induziram boas floradas
nos cafezais das principais regiões produtoras do país, animando os cafeicultores após
consecutivos anos de queda na produção. Entretanto, para que os chumbinhos se
desenvolvam de forma saudável seriam necessárias chuvas regulares, o que não acontece até
o momento.
Segundo o cafeicultor de Três Pontas, no Sul mineiro, Francisco Miranda, as lavouras mais
afetadas são as que ficam mais expostas ao sol. "Em algumas plantas as flores de setembro
secaram, em outras, nem abriram. As chuvas estão irregulares e as temperaturas sempre
muito altas. Desta forma, alguns cafezais estão com 'pegamento' visivelmente comprometido.
Se dentro de 15 dias não chover vamos ver mais uma catástrofe na produção de café do
Brasil", pondera Miranda.
Na fazenda do cafeicultor Fernado Barbosa, em São Pedro da União (MG), região de
abrangência da Cooxupé, a situação é parecida. "Estamos aqui na região de Guaxupé há mais
de 20 dias sem chuva. As plantas que tiveram florada em setembro e estavam mais nutridas
estão conseguindo desenvolver o chumbinho, já outras, sem chuvas consistentes e com as
altas temperaturas, não tiveram 'pegamento'", afirma Barbosa. "O que nos preocupa também,
caso não venha chuvas na semana que vem, é que os dias ficarão mais longos, com mais
tempo de exposição da planta ao sol. Isso pode prejudicar ainda mais a situação", diz.
Em entrevista a Reuters, o engenheiro agronômo da Fundação Procafé, José Braz Matiello
disse que apesar da situação em algumas lavouras, ainda não há um cenário de perdas
significativas até agora. Mas adicionou que nas plantas mais avançadas, os pequenos frutos
podem começar a cair das árvores entre 80 e 100 dias após a florada, se as chuvas
continuarem irregulares.
O boletim semanal da Climatempo mostra que esta semana segue marcada por temperaturas
bastante elevadas e com pouca ou nenhuma chuva, como mostra a primeira imagem a seguir.
De 18 a 22 de outubro, a situação se repete.
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Em 2014, a produção de café do Brasil totalizou 45,34 milhões de sacas de 60 kg. Já neste ano
a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima que sejam colhidas 42,15 milhões de
sacas. A variedade arábica representa 74,2% da produção total do país ou 31,3 milhões de
sacas e a de conilon 10,9 milhões de sacas. Para a próxima temporada, que está sendo
afetada pelas altas temperaturas e pela falta de chuva, ainda não existem estimativas
concretas.
As imagens a seguir foram enviadas por Alysson Fagundes, engenheiro agrônomo da
Fundação Procafé, e já mostram os primeiros efeitos negativos das atuais condições climáticas
sobre os cafezais, indicando os prejuízos que podem ser sentidos na safra 2016/17. "Estas
lavouras queimadas não produzem mais para a próxima safra, estão perdidas", explica
Fagundes.
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Café: Espírito Santo segue sem previsão de chuva em áreas produtoras
CaféPoint
14/10/2015
Thais Fernandes
A falta de chuvas no Estado do Espírito Santo tem afetado fortemente as
produções de café conilon.
“Existem regiões do município de Santa Tereza que já estão há dois meses
sem chuva. Outras localidades chegam a três meses de estiagem”, revela
Leonardo Eurípides, agrônomo da Cooperativa Agropecuária Centro Serrana -
Coopeavi.
A seca prolongada está relacionada aos efeitos do fenômeno El Niño, aponta o meteorologista
Alexandre Nascimento, da Climatempo.
“O Espírito Santo está na pior situação do país e não há nada previsto de chuva para as
próximas semanas até o dia 22 de outubro. Talvez um pouco de chuva no final do mês”, afirma
ele, que lembra que o El Niño deve se estender até o final do verão.
Impactos nas lavouras de café de Santa Maria e região
“A cafeicultura da região tem sido muito prejudicada, principalmente nas lavouras de café
conilon. Isso acontece em função do conilon ter um sistema radicular debilitado – por ser clonal
– ele não aprofunda muito a raiz no solo”, explica Leonardo. Segundo o engenheiro agrônomo,
os cafeeiros conilon são em sua grande maioria irrigados e a restrição no uso da água para a
agricultura terá impacto na produção.
Restrição no uso da irrigação
Entre as localidades que estão em estado extremamente crítico e racionando, o Governo
destaca alguns municípios de produção cafeeira, como São Roque do Canaã, a região de
Várzea Alegre, em Santa Teresa, e de Cidade Nova da Serra, no município do Fundão, onde
100% do fornecimento de água para a população está sendo feito por meio de carro-pipa.
Até o anúncio da restrição, a orientação da Coopeavi a seus produtores era de utilizar a
irrigação com consciência para enfrentar a seca. “Os produtores estão um pouco surpresos
com a medida. O café pode ficar uma semana sem irrigar, mas na próxima semana vai ficar
num estado mais crítico”, aponta.
“Estamos fazendo um levantamento da situação hídrica nas áreas de atuação da Cooperativa
para conseguir orientar melhor os cafeicultores”, explica.
A expectativa do agrônomo é que seria necessário pelo menos entre 40mm e 50mm de chuva
para começar a amenizar os impactos da seca sob a cafeicultura local.
Estimativa da safra 2015 para o conilon
Em seu último Levantamento da safra 2015, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
apontou que a produção do conilon, estimada em 10,9 milhões de sacas, apresentaria uma
redução de 16,7%.
“Esse resultado deve-se, principalmente, à queda da produção no Espírito Santo, maior estado
produtor da espécie, causada pela estiagem da safra atual. As lavouras do estado foram
afetadas por déficit hídrico, elevadas temperaturas e grande insolação em dezembro de 2014,
janeiro e fevereiro de 2015, período de formação e enchimento de grãos, o que levou à má
formação dos grãos, menores e mais leves”.
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Com a escassez hídrica, produtores reutilizam água na produção de café
Hoje em Dia
14/10/205
Maria Helena Dias - Especial para Força do Campo
A escassez hídrica, que obriga o produtor a
novos investimentos para salvar a safra, merece
também atenção nesse momento de alta dos
custos. Algumas iniciativas que já mostraram ser
sucesso podem ser implementadas nas
propriedades rurais.
Para economizar, alguns produtores iniciaram o
reaproveitamento da água por meio de um
sistema de limpeza desenvolvido em parceria
pela Epamig, Embrapa Café e Incaper (foto:
Sammy Fernandes Epamig/divulgação).
O sistema, de baixo custo, pode ser construído
pelo próprio cafeicultor e é constituído por caixas
e peneiras que possibilitam o reaproveitamento
da água utilizada na lavagem dos grãos de café.
De acordo com o pesquisador da Epamig, Sammy Fernandes, após a remoção de parte dos
resíduos, a água pode ser reutilizada em novos processos de lavagem e descascamento do
café, e também na irrigação de lavouras. “Essa água residuária é rica em material orgânico,
que inviabiliza o seu descarte simples. Por outro lado, pode ser reaproveitada na nutrição de
variadas espécies agrícolas”, informou.
O cafeicultor Eric Abreu, da Fazenda Parreiral, em Três Pontas, implantou o sistema de baixo
custo para filtragem, decantação e bombeamento da água reutilizada no processo de
descascamento. “Uso 60% de água reaproveitada e 40% de água limpa na produção do meu
café, que é comercializado nos mercados interno e externo”, conta.
Já o cafeicultor João Carlos Pieroni, que tem propriedade em São Sebastião do Paraíso, no sul
de Minas, contatou que após a instalação do sistema das caixas dágua passou a fazer uma
economia de 70% nos custos com o insumo.
41º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras será realizado em Poços de Caldas-MG
Embrapa Café
14/10/2015
Flávia Bessa
Aproxima-se mais uma edição do Congresso
Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, promovido pela
Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira –
Fundação Procafé, uma das instituições
participantes do Consórcio Pesquisa Café,
coordenado pela Embrapa Café. Este ano o evento
será realizado em Poços de Caldas-MG, no Centro
de Convenções do Hotel Fazenda Poços de Caldas,
de 27 a 30 de outubro. O tema central é "Com mais
tecnologia, o melhor café se aprecia".
Programação – Entre os destaques da
programação está o seminário Uso de imagens de
drones na cafeicultura, a ser ministrado no primeiro
dia do evento (27/10) pelo pesquisador da Embrapa
Instrumentação (São Carlos, SP) Lúcio André de
Castro Jorge.
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Os drones têm se tornado, cada vez mais, ferramenta fundamental nas lavouras brasileiras.
São capazes de fazer imagens com qualidade superior às de um satélite, o que os fazem ser "o
olho apurado do agricultor por cima da propriedade". Esses equipamentos possuem softwares
que podem, por exemplo, avaliar a qualidade do plantio, acompanhar o desenvolvimento da
cultura, mapear deficiência de nitrogênio na cultura, estimar safra, detectar e mapear doenças,
pragas e plantas invasoras, além de estimar estresse hídrico.
O equipamento, segundo Lucio Jorge, é de fácil uso, mas é preciso que o produtor seja
treinado para poder manejá-lo. Além disso, "os drones podem carregar diferentes tipos de
câmeras e sistemas e o produtor precisa saber escolher o modelo que melhor o atenda", alerta.
Como destaque da programação, haverá ainda mais dois seminários: Situação atual da broca
do café, a ser ministrado pelos pesquisadores Julio Cesar Souza, da Empresa de Pesquisa
Agropecuária de Minas Gerais – Epamig, e Sergio Benvenga, da Empresa SGS/Gravena; e 45
anos com a ferrugem do cafeeiro no Brasil, pelos pesquisadores José Braz Matiello e Saulo
Almeida, ambos engenheiros agrônomos da Fundação Procafé. O programa do evento prevê
também a apresentação oral de 100 trabalhos de pesquisa agrupados em sete temas: pragas
do cafeeiro; doenças do cafeeiro; sementes, mudas, plantio, espaçamento e condução; tratos
culturais; melhoramento genético; ecologia e fisiologia; e estudos socioeconômicos.
Outras atrações para os congressistas são as visitas a estandes de empresas e a mostra de
quadros "Café com arte", da artista plástica Valéria Vidigal. Além disso, no último dia de evento,
haverá dia de campo na Fazenda Sertãozinho, localizada em Botelhos-MG.
Sobre o congresso – O principal objetivo do Congresso é divulgar os mais recentes resultados
obtidos pela pesquisa cafeeira e inovações no manejo dos cafezais e preparo do café e
promover ainda a transferência de tecnologias, troca de conhecimentos e treinamentos para
aumento da competitividade, melhoria da qualidade do produto e sustentabilidade do setor.
Este 41º Congresso de Pesquisas Cafeeiras conta com o apoio Serviço Brasileiro de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas - Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar,
Embrapa Café, Consórcio Pesquisa Café e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
– Mapa.
O público esperado, de aproximadamente 600 participantes, é constituído de pesquisadores,
técnicos, extensionistas e consultores ligados à assistência técnica, professores, estudantes
universitários, lideranças de associações e cooperativas, cafeicultores e demais segmentos
interessados no desenvolvimento do agronegócio café.