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Fatores que afetam o
desenvolvimento das plantas
Principais fatores ambientais que afetam o
crescimento vegetal
• Luz
• Temperatura
– Alta
– Baixa
• Disponibilidade de água
• Salinidade
• Gases
– Oxigênio
– Gás carbônico
Luz
• A luz pode afetar diversos processos da planta além
de ser fonte de energia para a fotossíntese
• Provavelmente é o fator ambiental mais importante
na sinalização para o crescimento da planta
• Três características principais da luz tem efeito
biológico:
– Qualidade
– Direção
– Quantidade
Luz: Qualidade
• É definida pelo comprimento de onda do espectro
luminoso
• O espectro visível varia entre 400 e 700nm
• As plantas tem pigmentos específicos que captam
diferentes comprimentos de onda:
– Criptocromo na faixa do azul (320-400nm)
– Fitocromo - no vermelho (660-730nm)
– Fotorreceptores de UV – no ultravioleta (280-320nm)
Luz: Direção
• A direção da luz pode influenciar:
– O crescimento orientado das plantas que resulta
em curvatura: Fototropismo
Provavelmente um
receptor de luz azul está
envolvido na resposta da
planta, intermediando a
degradação diferencial da
auxina.
Luz: Quantidade
• A luz é uma forma de energia, pode ser
medida em Watts/m2
• Luz azul (400nm) tem o dobro da energia da
luz infravermelha (800nm)
• Pode ser subdividida em dois aspectos:
– Intensidade
– Duração do período de luz (fotoperíodo)
Luz: Duração
• O Fotoperiodismo é uma resposta fisiológica das plantas ao
fotoperíodo, ou seja, a duração do dia comparada com a
duração da noite que varia ao longo das estações do ano.
• Tipicamente o inverno tem noites mais longas e dias curtos.
O verão tem dias longos e noites curtas. Na primavera, o
comprimento do dia está aumentando e o da noite
diminuindo. No outono, ocorre o inverso.
• Baseando-se na quantidade de luz a que são expostas, as
plantas alteram seus ritmos internos para determinar a época
de brotamento, floração, perda de folhas e germinação de
sementes
• A percepção da duração do dia é regulada por um tipo
especial de pigmento vegetal o Fitocromo.
• A folha é o local de percepção do estímulo fotoperiódico
O fitocromo
• O fitocromo é sensível à luz vermelha do espectro eletromagnético (660-
730nm)
• Localização intracelular: em membranas de retículo endoplasmático,
mitocôndrias e etioplastos e talvez na membrana plasmática. A distribuição
parece modificar-se em função da iluminação.
• É mais abundante em tecidos meristemáticos (brotos, pontas de raiz), mas
também está presente em folhas
• Em Arabidopsis, pelo menos 5 genes codificam para a seqüência protéica do
fitocromo, o cromóforo é sempre o mesmo
• O gene PHYA se expressa abundantemente apenas em plantas crescidas no
escuro, sua expressão é inibida pela luz
• Os genes PHYB-PHYE parecem ter expressão constitutiva, mas a quantidade
de fitocromo produzida é bem menor, provavelmente atuam de modo
cooperativo
• Existem mutantes incapazes de sintetizar o fitocromo, apresentam respostas
alteradas à luz
Fitocromo: tipos de respostas
• Há dois tipos de respostas:
– Rápidas- envolvem eventos bioquímicos. Ex. reações enzimáticas
– Lentas- envolvem eventos morfológicos e de crescimento. Exemplo:
indução floral
• As respostas se distinguem pela quantidade de luz necessária:
– Fluência muito baixa- não são reversíveis pelo vermelho longo
(730nm). Ex: indução do crescimento de plântulas de aveia
– Fluência Baixa- são reversíveis. Ex. germinação de algumas sementes
fotoblásticas positivas
– Alta fluência- não são reversíveis. Ex: indução da síntese de
antocianinas
Fotoperiodismo: interrupção da noite
• A interrupção do período escuro com
um flash de luz vermelha (660nm)
inibe a floração da planta de dia curto
• Um flash de luz vermelha seguido de
um flash de vermelho longo (730nm),
reverte o efeito
• Uma seqüência de flashs, com a luz
vermelha por último inibe a floração
• Uma seqüência de flashs, com
vermelho longo por último permite a
floração, como se a noite não tivesse
sido interrompida
• Esse tipo de experimento demonstra a
fotorreversibilidade das formas do
fitocromo
• Existem ainda plantas neutras, que são
indiferentes à duração do fotoperíodo
Fotoperiodismo e outros eventos
• Brotação de gemas dormentes
• Abscisão foliar no outono
• Formação de bulbos ao final da estação de
crescimento
• Germinação de alguns tipos de sementes
Ausência de luz: Estiolamento
• O foto-controle da síntese de clorofila
Plantas crescidas no escuro,
apresentam alongamento excessivo
do caule, os primórdios foliares não
se expandem e algumas vezes o
gancho apical não se desfaz.
Cinco minutos diários de luz
vermelha (660 nm) são suficientes
para minimizar alguns desses
sintomas, indicando a participação
do fitocromo.
Fotoblastia: Importância ecológica
• Evita que plantas de
sementes pequenas
germinem em local
muito sombreado,
que impossibilita a
sobrevivência das
plântulas
• Plantas de sombra
geralmente tem
sementes neutras e
ricas em reservas
Fotomorfogênese: genes envolvidos
• “O termo fotomorfogênese refere-se aos efeitos da luz sobre o
desenvolvimento vegetal e o metabolismo celular.” (Taiz e Zeiger,
1998)
• Como um todo, a fotomorfogênese é um processo complexo,
que envolve uma grande quantidade de genes
• Vários processos parciais podem ser isolados e cada um deles
apresenta seus próprios mecanismos de controle a partir de
sinais luminosos
• O fitocromo participa da sinalização em vários desses processos
• Alguns envolvem indução da expressão gênica, enquanto outros
dependem de inibição
• A construção desse tipo de mapa só foi possível com os avanços
da biologia molecular
• No entanto, vários detalhes ainda estão sendo elucidados.
Fitocromo e expressão gênica
• A forma Pfr do fitocromo induz a expressão
dos genes que codificam para:
– Subunidade pequena da RUBISCO
– Proteína associada à clorofila no fotossistema II
• A forma Pfr do fitocromo inibe a expressão
dos genes que codifica para:
– a forma do fitocromo A
Temperatura baixa
• Reduz a atividade enzimática como um todo e pode causar
diferentes injúrias, dependendo da espécie e sua tolerância
ao frio
• Sementes recalcitrantes de espécies tropicais geralmente não
podem ser armazenadas a temperaturas abaixo de 10-15oC
• Temperatura baixas, mas sem congelamento (0-10oC) podem
induzir respostas biológicas em espécies adaptadas:
– Indução da floração (vernalização)
– Quebra de dormência de sementes embebidas (estratificação)
• O período de tempo necessário de tratamento varia
• O tratamento a baixas temperaturas simula as condições
naturais de regiões de clima temperado
• A expressão gênica e o balanço hormonal se alteram em
resposta às baixas temperaturas
Temperatura alta
• Temperatura elevada pode induzir:
– Dormência secundária de sementes (termodormência)
– Danos celulares
– Aumento da transpiração
– Interrupção do crescimento
– Inibição da fotossíntese antes da respiração
• A temperatura limite para causar morte e o tempo
de exposição variam entre espécies e órgãos
• O etileno está envolvido na superação da
termodormência de sementes de alface
Interação entre luz e temperatura
• Principal interação
– Fotoperíodo – alternância de temperatura
– Para algumas espécies a vernalização deve
ser seguida do fotoperíodo adequado para
induzir a floração
– Provavelmente a vernalização é necessária
para que o meristema apical se torne
competente a responder aos sinais que
induzem a floração
Disponibilidade de água
Deficiência de água: efeitos
• Condensação da cromatina,
• Acúmulo de ions e substâncias
osmoticamnete ativas no vacúolo
• Fechamento dos estômatos –
limitação da fotossíntese
• Inibição do crescimento – devido à
perda de turgor celular
• Aumento da massa foliar específica
• Enrolamento do limbo
• Perda de área foliar por abscisão
• Expansão do sistema radicular–
para garantir acesso à água
• Efeitos secundários
– Aumento de radicais
livres, devido ao
fechamento estomático,
reduz-se a concentração
de CO2 intercelular
Stress hídrico
• Leve
– Nas horas mais quentes do dia
– Fechamento estomático
• Moderado
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• Severo
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• Muito severo
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• Bioquímicas
– Ajustamento osmótico,
• reduz o potencial hídrico foliar e permite manutenção do turgor
celular e absorção de água do solo com potencial hídrico mais
baixo
– Fechamento estomático
• Induzido pelo ABA
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• Fisiológicas
– Fotossíntese C4 e CAM
• Morfológicas
– Folhas pequenas, espessas, modificadas em espinhos
– Raízes profundas ou muito espalhadas
Gases
• Deficiência de oxigênio para as raízes
geralmente ocorre em condições de
alagamento
• Ocorre aumento da síntese de ABA
na raízes
– Fechamento estomático, mesmo que as
folhas não seja afetadas
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• Paralisação do crescimento das raízes
• Respiração anaeróbica
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• Raízes aéreas
Fator solo
Fatores do solo
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Textura
Temperatura
pH
Matéria orgânica
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Fertilidade do Solo
Importância da Fertilidade do Solo
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Fertilidade do solo
Solo fértil
Solo produtivo
Solo que apresenta todos os nutrientes em quantidades
adequadas e não possui elementos tóxicos ao crescimento
vegetal.
Solo fértil localizado em região com quantidade de água e
luz satisfatórias e ausência de pragas, doenças ou qualquer
outro impedimento ao crescimento vegetal.
Resumo
“Todo solo produtivo é fértil,
mas nem todo solo fértil é
produtivo”
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“O rendimento de uma colheita é limitado pela ausência
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mineral menos disponível às plantas”
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• Causa deficiência hídrica em
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Fatores do solo
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Além do controle de plantas daninhas, o
preparo do solo visa melhorar as suas
condições físicas para o crescimento das
raízes e das partes vegetativas, pelo aumento
da aeração e infiltração de água e redução da
resistência do solo ao crescimento radicular. O
preparo do solo adequado permite o uso mais
eficiente da calagem, adubação e de outras
práticas agronômicas.
Fator solo
(preparo do solo)
Algumas causas da redução do desenvolvim-
emto de plantas .
• Compactação do solo
• Correções do solo inadequadas
•Perda de fertilidade
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Compactação
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É importante usar corretamente as
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Fatores que dificultam ou impendem o desenvolvimento de plantas .

  • 1. Fatores que afetam o desenvolvimento das plantas
  • 2. Principais fatores ambientais que afetam o crescimento vegetal • Luz • Temperatura – Alta – Baixa • Disponibilidade de água • Salinidade • Gases – Oxigênio – Gás carbônico
  • 3. Luz • A luz pode afetar diversos processos da planta além de ser fonte de energia para a fotossíntese • Provavelmente é o fator ambiental mais importante na sinalização para o crescimento da planta • Três características principais da luz tem efeito biológico: – Qualidade – Direção – Quantidade
  • 4. Luz: Qualidade • É definida pelo comprimento de onda do espectro luminoso • O espectro visível varia entre 400 e 700nm • As plantas tem pigmentos específicos que captam diferentes comprimentos de onda: – Criptocromo na faixa do azul (320-400nm) – Fitocromo - no vermelho (660-730nm) – Fotorreceptores de UV – no ultravioleta (280-320nm)
  • 5. Luz: Direção • A direção da luz pode influenciar: – O crescimento orientado das plantas que resulta em curvatura: Fototropismo Provavelmente um receptor de luz azul está envolvido na resposta da planta, intermediando a degradação diferencial da auxina.
  • 6. Luz: Quantidade • A luz é uma forma de energia, pode ser medida em Watts/m2 • Luz azul (400nm) tem o dobro da energia da luz infravermelha (800nm) • Pode ser subdividida em dois aspectos: – Intensidade – Duração do período de luz (fotoperíodo)
  • 7. Luz: Duração • O Fotoperiodismo é uma resposta fisiológica das plantas ao fotoperíodo, ou seja, a duração do dia comparada com a duração da noite que varia ao longo das estações do ano. • Tipicamente o inverno tem noites mais longas e dias curtos. O verão tem dias longos e noites curtas. Na primavera, o comprimento do dia está aumentando e o da noite diminuindo. No outono, ocorre o inverso. • Baseando-se na quantidade de luz a que são expostas, as plantas alteram seus ritmos internos para determinar a época de brotamento, floração, perda de folhas e germinação de sementes • A percepção da duração do dia é regulada por um tipo especial de pigmento vegetal o Fitocromo. • A folha é o local de percepção do estímulo fotoperiódico
  • 8. O fitocromo • O fitocromo é sensível à luz vermelha do espectro eletromagnético (660- 730nm) • Localização intracelular: em membranas de retículo endoplasmático, mitocôndrias e etioplastos e talvez na membrana plasmática. A distribuição parece modificar-se em função da iluminação. • É mais abundante em tecidos meristemáticos (brotos, pontas de raiz), mas também está presente em folhas • Em Arabidopsis, pelo menos 5 genes codificam para a seqüência protéica do fitocromo, o cromóforo é sempre o mesmo • O gene PHYA se expressa abundantemente apenas em plantas crescidas no escuro, sua expressão é inibida pela luz • Os genes PHYB-PHYE parecem ter expressão constitutiva, mas a quantidade de fitocromo produzida é bem menor, provavelmente atuam de modo cooperativo • Existem mutantes incapazes de sintetizar o fitocromo, apresentam respostas alteradas à luz
  • 9. Fitocromo: tipos de respostas • Há dois tipos de respostas: – Rápidas- envolvem eventos bioquímicos. Ex. reações enzimáticas – Lentas- envolvem eventos morfológicos e de crescimento. Exemplo: indução floral • As respostas se distinguem pela quantidade de luz necessária: – Fluência muito baixa- não são reversíveis pelo vermelho longo (730nm). Ex: indução do crescimento de plântulas de aveia – Fluência Baixa- são reversíveis. Ex. germinação de algumas sementes fotoblásticas positivas – Alta fluência- não são reversíveis. Ex: indução da síntese de antocianinas
  • 10. Fotoperiodismo: interrupção da noite • A interrupção do período escuro com um flash de luz vermelha (660nm) inibe a floração da planta de dia curto • Um flash de luz vermelha seguido de um flash de vermelho longo (730nm), reverte o efeito • Uma seqüência de flashs, com a luz vermelha por último inibe a floração • Uma seqüência de flashs, com vermelho longo por último permite a floração, como se a noite não tivesse sido interrompida • Esse tipo de experimento demonstra a fotorreversibilidade das formas do fitocromo • Existem ainda plantas neutras, que são indiferentes à duração do fotoperíodo
  • 11. Fotoperiodismo e outros eventos • Brotação de gemas dormentes • Abscisão foliar no outono • Formação de bulbos ao final da estação de crescimento • Germinação de alguns tipos de sementes
  • 12. Ausência de luz: Estiolamento • O foto-controle da síntese de clorofila Plantas crescidas no escuro, apresentam alongamento excessivo do caule, os primórdios foliares não se expandem e algumas vezes o gancho apical não se desfaz. Cinco minutos diários de luz vermelha (660 nm) são suficientes para minimizar alguns desses sintomas, indicando a participação do fitocromo.
  • 13. Fotoblastia: Importância ecológica • Evita que plantas de sementes pequenas germinem em local muito sombreado, que impossibilita a sobrevivência das plântulas • Plantas de sombra geralmente tem sementes neutras e ricas em reservas
  • 14. Fotomorfogênese: genes envolvidos • “O termo fotomorfogênese refere-se aos efeitos da luz sobre o desenvolvimento vegetal e o metabolismo celular.” (Taiz e Zeiger, 1998) • Como um todo, a fotomorfogênese é um processo complexo, que envolve uma grande quantidade de genes • Vários processos parciais podem ser isolados e cada um deles apresenta seus próprios mecanismos de controle a partir de sinais luminosos • O fitocromo participa da sinalização em vários desses processos • Alguns envolvem indução da expressão gênica, enquanto outros dependem de inibição • A construção desse tipo de mapa só foi possível com os avanços da biologia molecular • No entanto, vários detalhes ainda estão sendo elucidados.
  • 15. Fitocromo e expressão gênica • A forma Pfr do fitocromo induz a expressão dos genes que codificam para: – Subunidade pequena da RUBISCO – Proteína associada à clorofila no fotossistema II • A forma Pfr do fitocromo inibe a expressão dos genes que codifica para: – a forma do fitocromo A
  • 16. Temperatura baixa • Reduz a atividade enzimática como um todo e pode causar diferentes injúrias, dependendo da espécie e sua tolerância ao frio • Sementes recalcitrantes de espécies tropicais geralmente não podem ser armazenadas a temperaturas abaixo de 10-15oC • Temperatura baixas, mas sem congelamento (0-10oC) podem induzir respostas biológicas em espécies adaptadas: – Indução da floração (vernalização) – Quebra de dormência de sementes embebidas (estratificação) • O período de tempo necessário de tratamento varia • O tratamento a baixas temperaturas simula as condições naturais de regiões de clima temperado • A expressão gênica e o balanço hormonal se alteram em resposta às baixas temperaturas
  • 17. Temperatura alta • Temperatura elevada pode induzir: – Dormência secundária de sementes (termodormência) – Danos celulares – Aumento da transpiração – Interrupção do crescimento – Inibição da fotossíntese antes da respiração • A temperatura limite para causar morte e o tempo de exposição variam entre espécies e órgãos • O etileno está envolvido na superação da termodormência de sementes de alface
  • 18. Interação entre luz e temperatura • Principal interação – Fotoperíodo – alternância de temperatura – Para algumas espécies a vernalização deve ser seguida do fotoperíodo adequado para induzir a floração – Provavelmente a vernalização é necessária para que o meristema apical se torne competente a responder aos sinais que induzem a floração
  • 20. Deficiência de água: efeitos • Condensação da cromatina, • Acúmulo de ions e substâncias osmoticamnete ativas no vacúolo • Fechamento dos estômatos – limitação da fotossíntese • Inibição do crescimento – devido à perda de turgor celular • Aumento da massa foliar específica • Enrolamento do limbo • Perda de área foliar por abscisão • Expansão do sistema radicular– para garantir acesso à água • Efeitos secundários – Aumento de radicais livres, devido ao fechamento estomático, reduz-se a concentração de CO2 intercelular
  • 21. Stress hídrico • Leve – Nas horas mais quentes do dia – Fechamento estomático • Moderado – Sazonal – Desaceleração cíclica do crescimento • Severo – Estiagem prolongada – Perda de folhas, morte de plantas • Muito severo – Clima desértico – Só plantas adaptadas
  • 22. Stress hídrico: Adaptações • Bioquímicas – Ajustamento osmótico, • reduz o potencial hídrico foliar e permite manutenção do turgor celular e absorção de água do solo com potencial hídrico mais baixo – Fechamento estomático • Induzido pelo ABA – Alteração da expressão gênica • Fisiológicas – Fotossíntese C4 e CAM • Morfológicas – Folhas pequenas, espessas, modificadas em espinhos – Raízes profundas ou muito espalhadas
  • 23. Gases • Deficiência de oxigênio para as raízes geralmente ocorre em condições de alagamento • Ocorre aumento da síntese de ABA na raízes – Fechamento estomático, mesmo que as folhas não seja afetadas – Senescência foliar prematura • Paralisação do crescimento das raízes • Respiração anaeróbica • Formação de aerênquimas • Raízes aéreas
  • 25. Fatores do solo Material de origem Estrutura Textura Temperatura pH Matéria orgânica Atividade microbiana Capacidade de troca de cátions Sistemas de manejo
  • 29. Fertilidade do solo Solo fértil Solo produtivo Solo que apresenta todos os nutrientes em quantidades adequadas e não possui elementos tóxicos ao crescimento vegetal. Solo fértil localizado em região com quantidade de água e luz satisfatórias e ausência de pragas, doenças ou qualquer outro impedimento ao crescimento vegetal.
  • 30. Resumo “Todo solo produtivo é fértil, mas nem todo solo fértil é produtivo”
  • 31. Lei do mínimo “O rendimento de uma colheita é limitado pela ausência de qualquer um dos nutrientes essenciais, mesmo que todos os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas” (Justus Von Liebig)
  • 32. “A produção das culturas é limitada pelo nutriente mineral menos disponível às plantas”
  • 33. Fatores do solo (químicos) Mineralogia Reação do solo (pH) Disponibilidade de nutrientes Elementos tóxicos Matéria orgânica Salinidade
  • 34. Salinidade do solo • Causa deficiência hídrica em plantas não adaptadas • É comum em regiões áridas, manguezais e terras agrícolas manejadas inadequadamente • Plantas adaptadas apresentam: – Ajustamento osmótico – Glândulas secretoras de sal
  • 35. Fatores do solo (biológicos) Atividade microbiana Relações simbióticas Atividade enzimática
  • 36. Fator solo (preparo de solo) Além do controle de plantas daninhas, o preparo do solo visa melhorar as suas condições físicas para o crescimento das raízes e das partes vegetativas, pelo aumento da aeração e infiltração de água e redução da resistência do solo ao crescimento radicular. O preparo do solo adequado permite o uso mais eficiente da calagem, adubação e de outras práticas agronômicas.
  • 37. Fator solo (preparo do solo) Algumas causas da redução do desenvolvim- emto de plantas . • Compactação do solo • Correções do solo inadequadas •Perda de fertilidade •Perda de solo
  • 39. Reflexão É importante usar corretamente as técnicas de preparo do terreno, para evitar a progressiva degradação física, química e biológica do solo
  • 40. Fim