1. FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIANÉSIA
CURSO DE AGRONOMIA
Professora: Joseanny Cardoso da Silva Pereira
Disciplina: Fisiologia Vegetal Aplicada I
Desenvolvimento
(Crescimento, diferenciação e morfogênese)
2. O que é desenvolvimento?
Expansão
celular
Elaboração
de materiais
da parede
É a sequência de
eventos ontogenéticos,
envolvendo
diferenciação e
crescimento,
resultando em
mudanças na função e
na morfologia.
3. Desenvolvimento
Ovo ou zigoto Desenvolvimento Indivíduo adulto
Diferenciação Crescimento Morfogênese
Mudanças qualitativas
Estruturais Funcionais
Mudanças quantitativas
+ =
Emergência e
formação de
órgãos e seu
arranjo no espaço
Células
diferentes
com funções
diferentes
4. Eventos do desenvolvimento
Germinação
Divisão celular
Expansão celular
Transição de meristemas
vegetativos, apicais e axilares
Ramificação
Formação de raízes e gemas adventícias
Florescimento, polinização, fertilização e frutificação
Dormência
Senescência
Morte
Resulta em
crescimento
Resulta em órgãos
reprodutivos
6. As fases
1ª: vegetativa ou juvenil
Inicia-se com a germinação
da semente indo até a
planta adulta vegetativa
2ª: adulta reprodutiva
Inicia-se a partir da
indução floral, resultando
na floração e formação dos
frutos e sementes
7. Fase de transição
Período de
ajuste
fisiológico
Fase adulta Fase adulta reprodutivaFase de transição
Essa transição para o
florescimento envolve
alterações profundas
no seu padrão de
diferenciação celular e
morfogênese nos
meristemas apicais da
copa.
8. Ajuste fisiológico
Mudanças nas concentrações
hormonais internas
Normalmente em resposta
a algum estímulo externo
Células dos
tecidos
meristemáticos
Interpreta
tecim
eritem
Induzindo-as a
diferenciarem para a
função reprodutiva
9. Fase de transição
A transição da fase
juvenil para adulta é
muitas vezes
acompanhada por
mudanças nas
características
vegetativas.
Acacia heterophylla
11. Fase adulta reprodutiva
Determinadas espécies
podem ter todas ou
quase todas as suas
gemas vegetativas
diferenciando-se
simultaneamente em
gemas reprodutivas.
Em outras espécies essa
diferenciação é gradual!
Plantas anuais
Plantas de
crescimento
indeterminado
12. Fase adulta reprodutiva
Espécies
perenes
Quando entram no
período reprodutivo
Produzem frutos
Novas gemas
vegetativas
devem ser
formadas
Darem origem a
novas gemas
reprodutivas
Essas espécies recebem estímulo
para florescer em determinada
época do ano e todas as gemas
vegetativas, potencialmente
preparadas para florescer, vão
florescer e produzir frutos.
13. Fase adulta reprodutiva
Outro grupo são
aquelas espécies
que produzem
inflorescência ao
longo do ano.
Sempre
possuem gemas
vegetativas,
reprodutivas e
frutos.
14. Fase vegetativa ou juvenil
Período em que as plantas são
capazes de crescimento
exponencial no tamanho
A planta desenvolve formas
morfológicas
15. Crescimento em
altura
Fase vegetativa ou juvenil
Restrito ao
meristema apical
Tecidos e órgãos
juvenis que são
formados primeiro
localizam-se na
base da parte
aérea da planta
Fase juvenil tem duração variável
dependendo da espécie de planta
20-30 dias 60-70 dias
2-4
anos
2 anos
5-8
anos
5-15
anos
25-30
anos
16. Fase vegetativa ou juvenil
A juvenilidade é caracterizada pelo rápido crescimento
vegetativo e tem a função biológica de permitir que a planta
tenha um bom desenvolvimento vegetativo suficiente para
assegurar a função reprodutiva.
Como saber se a planta passou
do período juvenil para o
período reprodutivo?
A planta passa a ter
capacidade para formar
estruturas reprodutivas!
Só que a expressão da
competência depende de
sinais específicos.
Ou seja: ausência de
florescimento não é
indicador seguro de
juvenilidade.
17. Fase vegetativa ou juvenil
Baixa
intensidade
luminosa
Prolonga o
período
juvenil
Retorno à condição de
juvenilidade, de plantas
já maduras
Densidade média
de inflorescências
(inflorescências
m-2) de gramíneas
cultivadas sob
três níveis de
sombreamento
Castro e Carvalho, 2000
18. Fase reprodutiva: Indução floral
Fatores internos
Fatores externos
Nutrição
Açúcares
Hormônios
Fotoperíodo
Temperatura
Umidade
22. Embriogênese
3/9/2013
É o processo que inicia o desenvolvimento vegetal.
Início: união do gameta com a oosfera formando uma célula
única denominada zigoto.
23. Vamos entender o processo de fecundação
3/9/2013
Ainda na antera, o
grão de pólen sofre
mitose não seguida
de citocinese
Célula com 2
núcleos
Núcleo
germinativo
Grão de pólen
imaturo
Grão de pólen
maduro
26. 3/9/2013
A embriogênese estabelece as
características essenciais da planta madura
A embriogênese forma um corpo rudimentar
Eixo
embrionário
Um ou dois
cotilédones
27. 3/9/2013
A embriogênese estabelece as
características essenciais da planta madura
Padrões básicos do
desenvolvimento
persistem e podem
ser identificados na
planta adulta
1. Padrão apical-basal do
desenvolvimento axial
2. Padrão radial de tecidos
encontrados na partes aéreas e raízes
28. Padrão apical-basal e radial
Padrão apical: tecidos
e órgãos são ordenados
de forma precisa ao
longo de um eixo linear.
Padrão radial: organização
dos tecidos em um padrão
preciso no interior dos
órgãos vegetais.
29. A embriogênese também estabelece os
meristemas primários
Maioria das estruturas que
compõem a planta adulta é
gerada após a embriogênese.
Essas estruturas são
formadas por meio da
atividade meristemática
Os meristemas
tornam-se
ativos após a
germinação!
Início da
formação dos
órgãos e tecidos
do adulto.
30. O que é crescimento?
É o aumento irreversível de tamanho acompanhado por uma
combinação de divisão e expansão celular
A divisão celular, por si só, não é
crescimento, pois ela pode ocorrer
sem que se observe aumento global
no tamanho do órgão onde ela ocorre
Por outro lado, expansão celular,
por si só, constitui-se em
crescimento
31. Como acontece o crescimento na célula?
Divisão celular:
mitose e citocinese
Expansão celular
Diferenciação celular
32. O que é diferenciação?
Diferenciação: é um termo qualitativo, que reflete um
processo de especialização celular.
3/9/2013
A diferenciação ocorre quando uma célula em divisão produz
duas novas células que serão destinadas a assumir diferentes
características anatômicas e diferentes funções.
33. Diferenciação
Estádios iniciais de
desenvolvimento da
plântula: divisão do zigoto
produz células que
produzirão as raízes e
outras que darão origem à
parte aérea.
3/9/2013
Células não especializadas de
parênquima se diferenciam e
produzem vasos do xilema e
elementos crivados do floema,
cada tipo com sua morfologia
distinta e funções
especializadas.
35. Aspectos físicos do crescimento celular
3/9/2013
O crescimento do organismo reflete o
crescimento de suas células
individuais
Aumento irreversível
Se a maioria do
volume da célula é
ocupado por água,
pode-se admitir
que para uma
célula aumentar
seu volume ela
precisa absorver
água.
36. O crescimento não ocorre na planta como um
todo!
3/9/2013
Populações de células
pequenas e isodiamétricas
com características
embrionárias.
O crescimento das plantas é
concentrado em regiões de
divisão celular conhecidas como
MERISTEMAS.
37. Outra definição:
3/9/2013
Após a divisão celular algumas células permanecem como
células meristemáticas e outras se expandem (zona de
alongamento) e produzem o crescimento do órgão.
Regiões localizadas de divisão celular → tecidos
embrionários que permanecem no corpo adulto do vegetal
com células que não passaram pelo processo de
diferenciação (especialização celular).
Praticamente, todas as divisões nucleares (mitoses) e todas
as divisões celulares (citocineses) ocorrem nas regiões
meristemáticas.
38. Os meristemas são classificados:
3/9/2013
De acordo com a posição no corpo vegetal:
apicais ou laterais
De acordo com a origem:
primários ou secundários
39. Vamos entender o que são os meristemas
primários
3/9/2013
A fase do
desenvolvimento
vegetal que dá
origem aos novos
órgãos e a forma
básica da planta
Resulta da
atividade dos
meristemas apicais
É denominada
crescimento
primário
as células
diferenciam-se
em tipos
especializados
após terem se
alongado
A divisão celular
é seguida pela
progressiva
expansão celular
40. E os meristemas secundários?
Originam o
crescimento
secundário, que
só ocorre após
o crescimento
primário!
Envolve dois meristemas
laterais:
Câmbio vascular
Crescimento primário
Floema
Cerne
Câmbio vascular
Felogênio
46. 3/9/2013
Meristemas Intercalares:
encontrados entre tecidos
maduros ou diferenciados (por
exemplo, acima do nó no colmo
e na base da folha de milho) –
PRODUZEM O
CRESCIMENTO EM
EXTENSÃO.
Esse eu não falei…
47. Nem todas as plantas possuem crescimento
secundário!
3/9/2013
48. Algumas possuem crescimento secundário,
mas nem parece…
3/9/2013
Crescimento secundário do
caule é reduzido.
49. Now you!
Meristema em uma planta é:
a) um conjunto de células mortas
diferenciadas que dão origem aos tecidos
que sustentam as plantas lenhosas.
b) a proteção da parte apical das raízes, que
preserva as células em reprodução.
c) um tecido vivo com multiplicação intensa
de células que dão origem a novos tecidos
necessários para o crescimento de uma
planta.
d) um tecido de circulação da seiva elaborada
a partir das folhas, encarregado de suprir
os órgãos de nutrientes.
50. Now you!
02) (UFRS) O tecido responsável
pelo crescimento em espessura
dos vegetais é o:
a) meristema primário.
b) meristema secundário.
c) colênquima.
d) parênquima.
e) esclerênquima.
51. Como as raízes crescem?
3/9/2013
As raízes crescem e se desenvolvem a
partir de sua extremidade distal
Existem 4 zonas de desenvolvimento:
Coifa
Zona meristemática
Zona de alongamento
Zona de maturação
52. Como as raízes crescem?
3/9/2013
Coifa: protege o meristema apical
da lesão mecânica.
Zona de
maturação
Zona de
alongamento
Zona
meristemática
Coifa
Zona meristemática: local de rápida
divisão celular. As células produzidas
pela divisão neste meristema
desenvolvem-se em epiderme,
córtex, endoderme, periciclo, floema
e xilema (corpo primário).
Zona de alongamento: ocorre a
formação da endoderme, com as
estrias de Caspary.
53. Como as raízes crescem?
3/9/2013
Zona de maturação: local onde os
pelos radiculares desenvolvem-se,
os quais são extensões das células
da epiderme da raiz.
Zona de
maturação
Zona de
alongamento
Zona
meristemática
Coifa
54. O meristema da raiz não produz apêndices
laterais!
Elas originam-se a
partir do periciclo em
regiões maduras da
raiz e crescem
atravessando o córtex
e a epiderme.
Divisões celulares no periciclo
estabelecem meristemas
secundários que crescem
através do córtex e da
epiderme.
55. Como as folhas crescem?
1º passo: consiste na divisão de uma das três camadas
externas de células próximas à superfície do ápice caulinar.
56. Como as folhas crescem?
Um pequeno número de células das camadas L1 e L2
dividem-se mais rapidamente do que as vizinhas e produzem
uma projeção.
57. Como as folhas crescem?
Divisões periclinais, seguidas do crescimento das células
filhas, produzem uma protuberância que é o primórdio foliar,
enquanto que as divisões anticlinais aumenta a área superficial
do primórdio.
58. Como as folhas crescem?
Enquanto a folha em desenvolvimento cresce, os tecidos e
células diferenciam-se.
Células derivadas da camada:
L1: epiderme (célula epidérmicas, tricomas, células-guarda)
L2: células fotossintetizantes do mesófilo
L3: elementos vasculares e células da bainha vascular
59. Como as folhas crescem?
O primórdio foliar não
se desenvolve ao acaso
em torno do ápice da
parte aérea.
A sincronização e o padrão com
os quais os primórdios se
formam são determinados
geneticamente!
Existem 5 tipos de filotaxia
60. Algumas características de crescimento das
plantas
Estruturas com crescimento determinado: crescem até
certo tamanho e então param de crescer
61. Algumas características de crescimento das
plantas
Estruturas com crescimento indeterminado: crescem pelas
atividades dos meristemas apicais, que são persistentes.
62. Como pode existir crescimento indeterminado
se todos os seres vivos morrem?
Quando uma estrutura indeterminada passa da fase
vegetativa para a reprodutiva, ela torna-se determinada.
Os tipos de crescimento determinado e indeterminado
também são aplicados às plantas inteiras.
Aplicação de outros termos:
Espécies monocárpicas florescem somente uma vez e morrem;
Espécies policárpicas florescem mais de uma vez antes de
morrer
63. Espécies monocárpicas e policárpicas
A maioria das espécies monocárpicas apresentam ciclos de
vida relativamente curtos (são anuais ou bianuais).
No final do ciclo elas florescem, produzem sementes para a
sua perpetuação e, em seguida, senescem (Ex: milho).
No entanto, plantas da espécie Agave americana podem
existir por uma década ou mais antes de florescer uma vez
e morrer.
64. Espécies monocárpicas e policárpicas
As espécies policárpicas, perenes por definição, não
convertem todos os seus meristemas vegetativos em
estruturas reprodutivas de crescimento determinado.
65. Outros tipos de crescimento
Muitas espécies que vivem em
climas frios (regiões de clima
temperados) ou secos
(cerrado brasileiro e caatinga
nordestina) perdem a sua
folhagem durante a estação
desfavorável ao crescimento,
porém mantém gemas
dormentes que se
desenvolverão na estação
favorável.
66. Outros tipos de crescimento
É interessante notar, que
algumas espécies anuais, como
o feijão-de-corda (Vigna
unguiculata), podem continuar
crescendo vegetativamente,
mesmo após o florescimento.
Plantas de crescimento
determinado produzem
um certo número de
folhas, florescem e,
então, morrem. Um
exemplo típico é o
milho (Zea mays L.).