Este documento fornece um simulado de questões sobre um texto sobre mulheres fatais e seu poder de sedução sobre os homens. O texto discute como essas mulheres atraíam homens ricos que gastavam fortunas para satisfazê-las, e alguns exemplos históricos como Eva e Cleópatra. O simulado é composto por 15 questões sobre o texto e aspectos linguísticos.
1. SIMULADO - PADRÃO CESPE
Elaborado por: prof. Fabiano Sales
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2. Simulado – Padrão CESPE
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SIMULADO PADRÃO CESPE
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CONHECIMENTOS BÁSICOS
O inquestionável poder da mulher fatal
Quantos homens você conhece que
foram vítimas de femmes fatales? Sempre
se contaram histórias de homens que
perderam tudo, ficaram na miséria
tentando satisfazer todos os desejos da
mulher amada. Elas exigiam
apartamentos, joias, casacos de pele, e
eles nem titubeavam, compravam tudo
para elas. As mulheres respeitáveis
observavam de longe e se perguntavam:
“O que elas têm que eu não tenho?” E
como o sexo devia ser contido para estas,
era natural imaginarem que a resposta
estava no prazer especial que as outras
sabiam proporcionar aos homens. Mas
será que o motivo dessa paixão obsessiva
pode ser atribuído somente ao sexo? É
pouco provável.
A ideia que se tem da mulher fatal é a
de uma mulher atraente, tão irresistível
que faz o homem abandonar tudo por sua
causa e depois, então, acaba com ele,
muitas vezes provocando tragédias.
Dizem alguns que a femme fatale clássica
se torna prostituta de categoria depois de
ter sido abandonada por um namorado e
dedica o resto da vida a se vingar nos
homens que conhece.
Na história encontramos muitos
exemplos de mulheres fatais. A primeira e
a mais competente de que se tem notícia
parece ter sido mesmo Eva. Ao tentar
Adão, teria provocado a desgraça, não só
para ele, mas para todos nós. Outra bem
prestigiada é Cleópatra. Ela seduziu de tal
forma Marco Antônio, que, quando Roma
toda ficou contra ele, o suicídio foi a única
saída. Isso aconteceu há muito tempo,
mas até hoje elas continuam por aí. No
início do século, algumas cortesãs se
misturavam com a alta sociedade e era
chique um jovem ser arruinado por uma
delas. Quanto mais dilapidavam uma
fortuna, mais eram valorizadas. Na
Inglaterra, dizem que Eduardo VIII foi a
vítima dessa perigosa atração ao desistir
do trono, em 1936, para se casar com uma
divorciada americana. E há quem atribua
à atração que Yoko Ono exerceu sobre
John Lennon, na década de 70, o
lamentável fim dos Beatles.
(Regina Navarro Lins. Questões de Amor, Jornal do Brasil.)
De acordo com as ideias e as estruturas
linguísticas do texto O inquestionável
poder da mulher fatal,
1. há relatos de homens que ficaram na
miséria porque tentaram satisfazer todos
os desejos da mulher amada.
2. nas linhas 2 e 3, a expressão “femmes
fatales” constitui sujeito da forma verbal
“contaram”.
3. imaginava-se, naturalmente, que a
sedução das mulheres fatais se devia ao
prazer especial que estas
proporcionavam ao homem.
4. Eva teria provocado a desgraça de
Adão, bem como a nossa, porque o
tentou.
5. o sentido original do texto seria
preservado se a passagem “Na história
encontramos muitos exemplos de
mulheres fatais. A primeira e a mais
competente de que se tem notícia parece
ter sido mesmo Eva” (linhas 29 a 32)
fosse reescrita da seguinte forma: A
história registra bastantes casos de
mulheres fatais e Eva parece ter sido a
primeira e a mais competente de que se
tem notícia.
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6. a correção gramatical do texto seria
mantida caso se deslocasse o pronome
se para imediatamente após a forma
verbal “contaram” (linha 3).
7. a substituição da estrutura “teria
provocado” (linha 33) por provocaria
prejudicaria a correção gramatical do
texto.
8. no trecho “era chique um jovem ser
arruinado por uma delas” (linha 43), o
pronome destacado refere-se à
expressão “algumas cortesãs” (linha 40).
9. é facultativo o emprego do sinal
indicativo de crase em “É há quem atribua
à atração (...) o lamentável fim dos
Beatles” (linhas 48 a 51). Desse modo, a
correção gramatical do período seria
mantida caso se retirasse o acento grave.
“Candidatos que estudaram Português
não precisam ler este anúncio,
novamente, para ver
que tem pingo fora do i.”
Julgue os itens seguintes com base nas
ideias veiculadas no texto acima.
10. A publicidade destaca a perspicácia
dos candidatos que estudaram
Português.
11. O segmento “que tem pingo fora do i”
foi empregado em sentido denotativo,
transmitindo tom de formalidade ao
contexto.
12. Na oração “para ver que tem pingo
fora do i”, a preposição destacada
exprime valor de finalidade, podendo ser
substituída por afim de.
Considerando os aspectos estruturais e
linguísticos das correspondências oficiais
previstos no Manual de Redação da
Presidência da República, julgue os
itens que se seguem.
13. A redação oficial deve caracterizar-se
pela impessoalidade, uso do
padrão oficial de linguagem, clareza,
concisão, formalidade e uniformidade.
14. O memorando é expedido
exclusivamente por Ministros de Estado,
para autoridades de mesma hierarquia.
Trata-se, portanto, de uma forma de
comunicação eminentemente interna.
15. O telegrama, assim como o aviso, o
ofício e o memorando, obedece ao
padrão ofício de expedientes oficiais.
FIM
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GABARITO COMENTADO
1. Certo.
De fato, há relatos de homens que ficaram
na miséria porque tentaram satisfazer todos
os desejos da mulher amada. Essa
afirmação é encontrada no texto,
notadamente na passagem “Sempre se
contaram histórias de homens que perderam
tudo, ficaram na miséria tentando satisfazer
todos os desejos da mulher amada”.
2. Errado.
No trecho “Sempre se contaram histórias”,
temos uma estrutura de voz passiva
sintética, formada pelo V.T.D. “contar” e o
pronome apassivador SE. Nesse contexto, o
termo “histórias” é o sujeito paciente,
levando o verbo ao plural. Vale destacar,
ainda, a colocação proclítica do pronome
SE, haja vista a presença do advérbio
“sempre”.
3. Certo.
A superfície textual traz essa informação de
maneira explícita, no trecho “E (...) era
natural imaginarem que a resposta estava
no prazer especial que as outras sabiam
proporcionar aos homens”.
4. Certo.
Novamente, uma questão sobre
compreensão textual, cuja resposta é
ratificada pela passagem “Ao tentar Adão,
teria provocado a desgraça, não só para ele,
mas para todos nós”.
5. Certo.
A reescrita proposta pelo examinador
reproduz, de modo correto, coerente e
coeso, a informação original do texto.
6. Errado.
A presença do advérbio “sempre” exige que
o pronome apassivador SE esteja anteposto
à forma verbal “contaram”: Sempre se
contaram histórias.
7. Errado.
Há equivalência entre “teria provocado”
(futuro do pretérito composto do indicativo) e
“provocaria” (futuro do pretérito simples do
indicativo), tornando incorreta a afirmação
do examinador.
8. Certo.
De fato, a forma pronominal “elas” refere-se
a “algumas cortesãs”.
9. Errado.
No contexto, o verbo “atribuir” rege o
emprego da preposição A, termo que se
funde com o artigo definido feminino A, que
antecede o termo regido “atração”. Com
isso, ocorre o fenômeno da crase, marcado
obrigatoriamente pelo acento grave.
10. Certo.
A perspicácia dos candidatos que
estudaram Português foi destacada por
meio do anúncio, tornando correta a
afirmação do examinador.
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11. Errado.
O segmento “que tem pingo fora do i” foi
empregado em sentido conotativo, figurado,
transmitindo tom de informalidade ao
contexto.
12. Errado.
De fato, a preposição “para” transmite valor
de finalidade. Entretanto, tal conectivo não
pode ser substituído por “afim de” (como
afirmou o examinador), mas sim por “a fim
de”.
13. Errado.
Não existe padrão “oficial” de linguagem. De
acordo com o MRPR, existe o padrão culto
de linguagem.
14. Errado.
A definição em apreço relaciona-se ao
AVISO, e não ao memorando.
15. Errado.
Devido a seu alto custo, o telegrama não
segue um padrão rígido.