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História da Informática educativa no Brasil
( Prof. Dr Márcio Marques Martins - marciomarques@unipampa.edu.br)
http://digichem.org - http://slideshare.net/marsjomm
1) Pré-história da IE no Brasil
2) Principais projetos de implementação da IE no país
a. EDUCOM
b. PRONINFE
c. PROINFO
3) O Projeto RIVED/Fábrica Virtual
4) A internet no país
1) Pré-história da IE no Brasil
1950: Na década de 1950, após o fim da II Guerra Mundial, grandes corporações como a IBM
passaram a vender mainframes (grandes computadores para processamento de informações e
gerenciamento de banco de dados) para grandes empresas e universidades.
O IBM 305 RAMAC, com incríveis 5 megabytes de espaço em disco rígido, permitiu aos
pesquisadores americanos da área dura desenvolver programas de computador para a
resolução de problemas típicos das suas áreas, muitos desses programas possuíam uma
finalidade educacional.
1960: No Brasil, já na distante década de 1960, a UFRJ já discutia a incorporação do
computador e das linguagens de programação no ensino de Física. Este foi o germe das
primeiras noções de informática educativa no Brasil.
1970: Com a criação dos computadores de pequeno porte (Apple II), algumas escolas
particulares começaram a oferecer cursos de informática na modalidade “computer literacy”,
ou seja, ensinavam informática aos alunos (arquitetura de computadores, linguagens de
programação – BASIC, PROLOG, FORTRAN - e editores de texto).
No início da década de 1970, a UFRGS implantou o LEC (Laboratório de Estudos Cognitivos),
ligado ao Instituto de Psicologia. O LEC se dedicava a pesquisar como funcionavam os
processos cognitivos de aprendizagem dos alunos usando as teorias de aprendizagem de
Piaget e Papert tendo a Linguagem Logo como suporte à pesquisa. Nesse sentido, o LEC foi um
dos pioneiros no uso da informática educativa (IE) no país.
1971: Ainda no início da década de 1970, em 1971, a UFSCar convidou o Prof Huggins, da
Universidade de Darthmouth – EUA, para realizar um seminário intensivo no uso de
computadores no Ensino de Física
1971: Neste mesmo ano, durante a I CONTECE (Conferência Nacional de Tecnologia em
Educação Aplicada ao Ensino Superior).na UFRJ, um grupo de pesquisadores da USP realizou
uma conexão via Modem entre um computador na UFRJ e outro na USP, a fim de demonstrar
a viabilidade do uso dessa tecnologia na pesquisa e no ensino. Foi durante a I CONTECE que se
discutiu acerca da criação de uma iniciativa nacional para o a informatização da sociedade de
forma construtivista para promover o desenvolvimento social, político, tecnológico e
econômico.
1973: Na UFRJ, por iniciativa do Núcleo de Tecnologias na Educação e Saúde (NUTES) inicia as
primeiras aplicações de Instrução Auxiliada por Computador (CAI). UFRJ/NUTES (Núcleo de
Tecnologia Educacional para a Saúde) utilizou software de simulação química com fins
educativos. No mesmo ano, na UFRGS, simulações de fenômenos de Física são realizadas com
o intuito de instruir alunos de graduação. Não é à toa que essas duas universidades sempre
estiveram na vanguarda das ações educativas discutidas ao longo desse texto.
1975-1977: Na UNICAMP, o Núcleo de Informática Educativa (NIED), recebe a visita de
Seymour Papert, o qual desperta o interesse dos pesquisadores paulistas pelas pesquisas no
campo da cognição e, consequentemente, pelo uso da Linguagem Logo o ensino.
Pesquisadores das UNICAMP visitam o Laboratório do Prof Papert no MIT e voltam capacitados
a utilizar a linguagem Logo em suas pesquisas. O NIED sempre se caracterizou por envolver
profissionais de diferentes áreas em seus projetos de pesquisa e desenvolvimento.
Culminando esse breve pré-história da IE no Brasil, há que se destacar a criação da Secretaria
Especial de Informática (SEI), ligada ao Conselho Nacional de Segurança (CSN), a qual deveria
regulamentar, supervisionar e fomentar a política nacional de informática.
Para tanto, esse órgão possuía uma verba própria para estimular projetos de desenvolvimento
de uma política nacional de informática nas mais diversas áreas, dentre elas a educação.
O estranho é que o período político em que a SEI foi criada coincide com o regime militar e a
CSN era responsável por serviços de inteligência, não tendo a mínima relação com a educação
(embora a educação fosse mantida sobre estrito controle do governo, que não gostava de
pessoas pensantes ou questionadoras).
A SEI, juntamente com o MEC, o CNPq e a FINEP, foram responsáveis pela implementação das
primeiras idéias sobre uso da informática na educação em nosso país. Dos projetos que
merecem destaque na história da IE, podemos citar três: (1) o projeto EDUCOM, (2) o
PRONINFE e (3) o PROINFO. Passaremos a falar desses três projetos na próxima seção.
2) Principais projetos de implementação da IE no país
a. EDUCOM
b. PRONINFE
c. PROINFO
2.a) O projeto EDUCOM
No início da década de 1980, o Brasil passava por um período de transição política. O General
Figueiredo presidia o país e já havia indícios que o poder seria devolvido aos civis de forma
gradual. O país experimentava uma forte reserva de mercado, nada podia ser importado e isso
incluía computadores e software.
A indústria nacional não produzia esses implementos de forma satisfatória (aliás, a pirataria
tecnológica imperava nesse ramo, com sistemas operacionais, softwares e hardwares
estrangeiros sendo copiados e renomeados de forma descarada).
As únicas iniciativas de uso da IE acontenciam em escolas particulares e eram geralmente do
tipo “computer literacy”, ou ensino de informática e não ensino pela informática.
1981
Uma equipe intersetorial, composta por representantes da SEI, do MEC, do CNPq e da FINEP
(financiadora de estudos e projetos) se reúne e, uma das primeiras ações foi a realização do I
Seminário de Informática na Educação, Brasília/DF, UNB.
Uma representante do governo francês dá uma conferência sobre o uso das tecnologias em
seu país, conferência esta que impactou muito os participantes do seminário e serviu de
inspiração para o estabelecimento das linhas de ação para o desenvolvimento da IE no Brasil.
O computador foi apontado como um meio auxiliar no ensino e a IE brasileira deveria ser
condizente com a realidade e a cultura nacionais.
Desse primeiro seminário, surgiu a idéia de criação de centros-piloto em universidades
brasileiras. Note-se o foco no ensino superior, acreditava-se que a partir das universidades a IE
poderia se difundir para os demais níveis de ensino.
1982
Realização do II Seminário Nacional de Informática na Educação,
 UFBa/Salvador/Bahia.
 Início da criação de centros-piloto nos estados, para a realização e avaliação de
experiências de informática educativa.
 Criação dos CENIFOR/MEC (centro de informática), subordinados à Funtevê.
Criação da Comissão Especial Nº 11/83- Informática na Educação,
 Essa comissão seria a responsável por elaborar o projeto EDUCOM, que
implantaria os centros-piloto a fim de fomentar a pesquisa no uso da IE,
capacitaria recursos humanos e elaboraria políticas no setor.
1983
Neste ano, o MEC publica um documento que estabelece as diretrizes da política de
informática na educação e a SEI publica um comunicado solicitando a apresentação de
propostas para a implantação dos centros-piloto.
Foram apresentadas 26 propostas, apenas 5 (UFRGS< UNICAMP, UFRJ, UFMG e UFPE) foram
aprovados, devido às propostas mais factíveis apresentadas por estas universidades e ao fato
de que algumas já apresentavam algum tipo de trabalho na área de IE.
1984-1986: A SEI comunica às universidades vencedoras e estas assinam protocolo de
intenções com o MEC e a FUNTEVÊ.
Devido às mudanças políticas ocorridas nesse período, a abertura política mais propriamente
dito, a SEI, o CNPq e a FINEP retiram seu apoio financeiro do projeto e coube ao MEC custear a
implementação dos centros-piloto com verba própria. Há uma disputa interna e o MEC sai
vencedor da batalha, transferindo a coordenação do EDUCOM para si através da SEINF/MEC e
CENINFOR (Centro Nacional de Informática/MEC).
Nesse período, o SEINF/MEC realiza o I Concurso Nacional de "Software" Educacional e
reavalia o projeto EDUCOM para estabelecimento de novas metas e diretrizes. Embora com
dificuldades financeiras, o EDUCOM consegue cumprir seus objetivos dentro do esperado, a IE
estava sendo efetivamente implementada nos estados onde os centros-piloto estavam
instalados, embora com bastante dificuldade.
1987
O EDUCOM começa a sofrer fusões com outros projetos locais, como o FORMAR, da UNICAMP.
Implementação do Projeto FORMAR I, Curso de Especialização em Informática na Educação,
realizado na UNICAMP com o auxílio de outros centros-piloto.
Esse curso de especialização formou professores de diversas regiões e capacitou-os nas duas
modalidades de IE: ensino de informática e pela informática, (uso de linguagem Logo, Basic e
softwares CAI). Esses profissionais tinham o compromisso de difundir o conhecimento recém-
adquirido em suas Secretarias Estaduais de Educação de origem, ajudando a implantar os
CIEDs (centros de informática educativa).
É lançado o II Concurso Nacional de Software Educacional.
1988:
Realização do III Concurso Nacional de Software Educacional.
O MEC, em parceria com e OEA, realiza um fórum luso-americano de IE no qual o país se
compromete a ajudar outros países lusófonos e alguns hispanofalantes a implementar
projetos similares ao nosso.
1989:
Realização do II Curso de Especialização em Informática na Educação - FORMAR II
O Brasil assume uma posição de liderança no setor de IE.
Por isso, o país realizou a Jornada de Trabalho Luso Latino-Americana de Informática na
Educação, promovida pela OEA e INEP/MEC, PUC/Petrópolis/RJ.
Instituição do Programa Nacional de Informática Educativa PRONINFE na Secretaria-Geral do
MEC.
Entre os anos de 1988 e 1989, 17 CIEDs foram implantados no país, atuando como centros de
formação, capacitação e difusão das TICs entre os profissionais de educação de cada estado.
Essa iniciativa dos CIEDs foi a primeira na qual ocorreu a descentralização das decisões e ações
do governo federal. Dessa forma, coube a cada estado definir o que fazer com e como fazer no
tocante à IE.
Além disso, Centros de Informática aplicada a Educação Tecnológica (CIET) ou na Educaçãoi
Superior (CIES) foram também criados.
O relativo sucesso que o EDUCOM teve, inspirou o governo a lançar um novo projeto, em
1989, o qual será discutido no próximo tópico.
2.b) PRONINFE (Programa Nacional de Informática Educativa)
Aprovado em 1989, iniciou seu funcionamento em 1990 com a proposta de formar a capacitar
professores no uso de IE nos três níveis de ensino, bem como em nível de pós-graduação e
educação especial.
O PRONINFE contou com apoio dos CIEDs, de forma que esse projeto também funcionou de
maneira descentralizada.
1990-1995:
Foram criados 44 CIEDs e 400 subcentros segundo o modelo EDUCOM/UFRGS, sendo que 87
só no estado do Rio Grande do Sul.
Além disso, foram criados 400 laboratórios de informática em escolas públicas e capacitou em
torno de 10000 profissionais a trabalhar com IE em todos os níveis de ensino.
O PRONINFE superou as expectativas do governo, tornando-se uma referência em sua
implantação e por todo seu desenvolvimento, que durou cerca de dez anos.
No final da década de 1990, um novo projeto foi criado, ele será discutido no próximo tópico.
2.c) PROINFO
1997:
O Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) foi lançado em 1997.
O objetivo era formar 25.000 professores, atender 6,5 milhões de alunos e distribuir
100.000 computadores conectados à internet para as escolas públicas.
A maior preocupação agora não era como usar a informática na educação, mas como
possibilitar o acesso dos alunos e da população aos computadores e à rede mundial de
computadores, a fim de diminuir as lacunas sociais e econômicas que separavam a população
das tecnologias digitais.
O PROINFO foi elaborado por múltiplas equipes governamentais, como: Secretaria
Especial de Educação a Distância (SEED/MEC), Conselho Nacional de Secretarias de Estaduais
de Educação (CONSED) e por comissões estaduais de informática na educação. O programa é
fortemente centrado na introdução e uso de tecnologias de telecomunicação mediadas por
computador. O projeto também visava a implementação de Núcleos de Tecnologia
Educacional (NTE) para o fornecimento de suporte técnico às novas redes que se formavam
nas escolas a partir do PROINFO.
1999-2000:
Por intermédio do PROINFO, três cursos de formação de professores multiplicadores foram
realizados, dando origem a mais de 100 professores qualificados em IE para criação e
estabelecimento dos NTE.
Nesse período, 223 NTE foram instalados em 28 estados, perfazendo mais de 2200 escolas
atendidas e mais de 1300 professores qualificados no uso de tecnologias.
O PROINFO foi incorporado ao PLANIN (Plano Nacional de Informática e Automação) do
Ministério de Ciência e Tecnologia.
3) O Projeto RIVED/Fábrica Virtual
1997:
O Brasil firma um acordo de cooperação com os Estados Unidos para o desenvolvimento de
tecnologias para uso pedagógico.
Com isso, o país passa a integrar a Rede Internacional Virtual de Educação ou RIVED.
O RIVED é um programa conjunto da SEB e da SEED, ambos órgãos do MEC, cujo objetivo é
promover a produção de conteúdos pedagógicos digitais. Os conteúdos digitais devem
estimular o raciocínio e o pensamento críticos e favorecer o uso da informática de acordo com
as novas tendências pedagógicas.
1999:
A Secretaria de Ensino Básico (SEB, na sigla atual) firma parceria com a Secretaria de Especial
de Educação a Distância do MEC e com a Venezuela e com o Peru.
2003:
A equipe governamental do RIVED produziu até o ano de 2003 120 objetos virtuais de
aprendizagem nas áreas de Biologia, Física, Química, e Matemática para o Ensino Médio.
2004:
A SEED transfere a responsabilidade de criação de OVA para as universidades, selecionadas por
meio edital específico. O projeto passa a se chamar de “Fábrica Virtual”.
Com isso, a possibilidade de criar OVA para o ensino fundamental, profissionalizante e para o
atendimento a necessidades especiais, bem como para as demais áreas do conhecimento
surgiu.
O RIVED integra-se à Rede Latinoamericana de Portais Educativos – RELPE e passa a
denominar-se Rede Interativa Virtual de Educação, mantendo a mesma sigla.
2006-2008: O portal RIVED/Fábrica Virtual tornou-se o mais vem sucedido repositório de
conteúdos digitais do país, contando com OVA produzidos por equipes pedagógicas e técnicas
de diversas instituições de ensino superior do país.
4) A internet no país
É impossível falar sobre informática educativa sem falar em internet. Até porque uma
das abordagens é o ensino pela informática, tendo essa como um meio de suporte ao
professor. O Brasil tem investido muito nos últimos anos em ensino a distância, o qual
seria inviável sem computadores e sem internet.
No país, tanto o desenvolvimento da internet quanto o da informática educativa,
seguiram rumos paralelos.
A IE foi desenvolvida no ensino através de diversas ações do MEC>
Já a Internet, foi desenvolvida com o auxílio de outro órgão, a Rede Nacional de
Pesquisa (RNP).
Infelizmente, durante todos esses anos de IE no Brasil, um órgão nunca estabeleceu
um diálogo ou outro canal de contato.
1988: FAPESP/UFRJ/LNCC apadrinham a internet no país, ligando os computadores das
universidades a centros de pesquisa nos estados unidos.
1989: MCT cria a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) a fim de que essa estruture e mantenha
uma espinha dorsal (backbone) que integre as redes de computadores estaduais e favoreça o
alcance da internet ao interior do país. Esse desenvolvimento deu-se em três etapas.
1ª etapa 1991-1993: montagem do backbone – conexões entre 9,6 e 64 kbps.
2ª etapa: 1994-1996: fortalecimento da estrutura do backbone para aumentar a velocidade
das redes (aplicações educacionais da internet eram inviáveis abaixo dos 64 kbps). Em 1995 o
backbone deixa de ser restrito ao meio acadêmico e pode ser explorado pelo setor privado
para o provimento de serviços de internet.
1996-1998: aumento das velocidades de conexão a internet e criação de 5 conexões
internacionais, a fim de diminuir o “gargalo” no tráfego de dados.
1999: Construção de um segundo backbone, chamado de RNP2, capaz de permitir à internet
brasileira integrar o que estava sendo chamado à época de “internet2”.
2000: surgem os primeiros provedores de internet gratuitos brasileiros. Popularização dos
serviços de e-mail e do acesso à rede.
É importante fazer essa breve discussão sobre o desenvolvimento da internet no pais, pois
sem ela não haveriam as redes acadêmicas e nem as redes privadas.
Bibliografia:
PRÉ-HISTÓRIA – VALENTE, José Armando. INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL, publicado
em 1997 no site do NIED/UNICAMP
EDUCOM, PRONINFE E PROINFO -TAVARES, Neide Rodrigues Barea. HISTÓRIA DA
INFORMÁTICA EDUCACIONAL NO BRASIL OBSERVADA A PARTIR DE TRÊS PROJETOS PÚBLICOS.
Texto disponível no site da faculdade de educação da USP.
quimica.fe.usp.br/textos/tics/ticspdf/neide.pdf .
RIVED – Texto disponível no site do NEC (Núcleo de Educação Corporativa) da FCT/UNESP.
INTERNET NO BRASIL - Bonilla, Maria Helena Silveira; Pretto, Nelson de Luca. POLÍTICAS
BRASILEIRAS DE EDUCAÇÃO E INFORMÁTICA. Disponivel no site da FACED/UFBA

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A História da Informática Educativa no Brasil

  • 1. História da Informática educativa no Brasil ( Prof. Dr Márcio Marques Martins - marciomarques@unipampa.edu.br) http://digichem.org - http://slideshare.net/marsjomm 1) Pré-história da IE no Brasil 2) Principais projetos de implementação da IE no país a. EDUCOM b. PRONINFE c. PROINFO 3) O Projeto RIVED/Fábrica Virtual 4) A internet no país 1) Pré-história da IE no Brasil 1950: Na década de 1950, após o fim da II Guerra Mundial, grandes corporações como a IBM passaram a vender mainframes (grandes computadores para processamento de informações e gerenciamento de banco de dados) para grandes empresas e universidades. O IBM 305 RAMAC, com incríveis 5 megabytes de espaço em disco rígido, permitiu aos pesquisadores americanos da área dura desenvolver programas de computador para a resolução de problemas típicos das suas áreas, muitos desses programas possuíam uma finalidade educacional. 1960: No Brasil, já na distante década de 1960, a UFRJ já discutia a incorporação do computador e das linguagens de programação no ensino de Física. Este foi o germe das primeiras noções de informática educativa no Brasil. 1970: Com a criação dos computadores de pequeno porte (Apple II), algumas escolas particulares começaram a oferecer cursos de informática na modalidade “computer literacy”, ou seja, ensinavam informática aos alunos (arquitetura de computadores, linguagens de programação – BASIC, PROLOG, FORTRAN - e editores de texto). No início da década de 1970, a UFRGS implantou o LEC (Laboratório de Estudos Cognitivos), ligado ao Instituto de Psicologia. O LEC se dedicava a pesquisar como funcionavam os processos cognitivos de aprendizagem dos alunos usando as teorias de aprendizagem de Piaget e Papert tendo a Linguagem Logo como suporte à pesquisa. Nesse sentido, o LEC foi um dos pioneiros no uso da informática educativa (IE) no país. 1971: Ainda no início da década de 1970, em 1971, a UFSCar convidou o Prof Huggins, da Universidade de Darthmouth – EUA, para realizar um seminário intensivo no uso de computadores no Ensino de Física 1971: Neste mesmo ano, durante a I CONTECE (Conferência Nacional de Tecnologia em Educação Aplicada ao Ensino Superior).na UFRJ, um grupo de pesquisadores da USP realizou
  • 2. uma conexão via Modem entre um computador na UFRJ e outro na USP, a fim de demonstrar a viabilidade do uso dessa tecnologia na pesquisa e no ensino. Foi durante a I CONTECE que se discutiu acerca da criação de uma iniciativa nacional para o a informatização da sociedade de forma construtivista para promover o desenvolvimento social, político, tecnológico e econômico. 1973: Na UFRJ, por iniciativa do Núcleo de Tecnologias na Educação e Saúde (NUTES) inicia as primeiras aplicações de Instrução Auxiliada por Computador (CAI). UFRJ/NUTES (Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde) utilizou software de simulação química com fins educativos. No mesmo ano, na UFRGS, simulações de fenômenos de Física são realizadas com o intuito de instruir alunos de graduação. Não é à toa que essas duas universidades sempre estiveram na vanguarda das ações educativas discutidas ao longo desse texto. 1975-1977: Na UNICAMP, o Núcleo de Informática Educativa (NIED), recebe a visita de Seymour Papert, o qual desperta o interesse dos pesquisadores paulistas pelas pesquisas no campo da cognição e, consequentemente, pelo uso da Linguagem Logo o ensino. Pesquisadores das UNICAMP visitam o Laboratório do Prof Papert no MIT e voltam capacitados a utilizar a linguagem Logo em suas pesquisas. O NIED sempre se caracterizou por envolver profissionais de diferentes áreas em seus projetos de pesquisa e desenvolvimento. Culminando esse breve pré-história da IE no Brasil, há que se destacar a criação da Secretaria Especial de Informática (SEI), ligada ao Conselho Nacional de Segurança (CSN), a qual deveria regulamentar, supervisionar e fomentar a política nacional de informática. Para tanto, esse órgão possuía uma verba própria para estimular projetos de desenvolvimento de uma política nacional de informática nas mais diversas áreas, dentre elas a educação. O estranho é que o período político em que a SEI foi criada coincide com o regime militar e a CSN era responsável por serviços de inteligência, não tendo a mínima relação com a educação (embora a educação fosse mantida sobre estrito controle do governo, que não gostava de pessoas pensantes ou questionadoras). A SEI, juntamente com o MEC, o CNPq e a FINEP, foram responsáveis pela implementação das primeiras idéias sobre uso da informática na educação em nosso país. Dos projetos que merecem destaque na história da IE, podemos citar três: (1) o projeto EDUCOM, (2) o PRONINFE e (3) o PROINFO. Passaremos a falar desses três projetos na próxima seção. 2) Principais projetos de implementação da IE no país a. EDUCOM b. PRONINFE c. PROINFO 2.a) O projeto EDUCOM No início da década de 1980, o Brasil passava por um período de transição política. O General Figueiredo presidia o país e já havia indícios que o poder seria devolvido aos civis de forma gradual. O país experimentava uma forte reserva de mercado, nada podia ser importado e isso incluía computadores e software.
  • 3. A indústria nacional não produzia esses implementos de forma satisfatória (aliás, a pirataria tecnológica imperava nesse ramo, com sistemas operacionais, softwares e hardwares estrangeiros sendo copiados e renomeados de forma descarada). As únicas iniciativas de uso da IE acontenciam em escolas particulares e eram geralmente do tipo “computer literacy”, ou ensino de informática e não ensino pela informática. 1981 Uma equipe intersetorial, composta por representantes da SEI, do MEC, do CNPq e da FINEP (financiadora de estudos e projetos) se reúne e, uma das primeiras ações foi a realização do I Seminário de Informática na Educação, Brasília/DF, UNB. Uma representante do governo francês dá uma conferência sobre o uso das tecnologias em seu país, conferência esta que impactou muito os participantes do seminário e serviu de inspiração para o estabelecimento das linhas de ação para o desenvolvimento da IE no Brasil. O computador foi apontado como um meio auxiliar no ensino e a IE brasileira deveria ser condizente com a realidade e a cultura nacionais. Desse primeiro seminário, surgiu a idéia de criação de centros-piloto em universidades brasileiras. Note-se o foco no ensino superior, acreditava-se que a partir das universidades a IE poderia se difundir para os demais níveis de ensino. 1982 Realização do II Seminário Nacional de Informática na Educação,  UFBa/Salvador/Bahia.  Início da criação de centros-piloto nos estados, para a realização e avaliação de experiências de informática educativa.  Criação dos CENIFOR/MEC (centro de informática), subordinados à Funtevê. Criação da Comissão Especial Nº 11/83- Informática na Educação,  Essa comissão seria a responsável por elaborar o projeto EDUCOM, que implantaria os centros-piloto a fim de fomentar a pesquisa no uso da IE, capacitaria recursos humanos e elaboraria políticas no setor. 1983 Neste ano, o MEC publica um documento que estabelece as diretrizes da política de informática na educação e a SEI publica um comunicado solicitando a apresentação de propostas para a implantação dos centros-piloto. Foram apresentadas 26 propostas, apenas 5 (UFRGS< UNICAMP, UFRJ, UFMG e UFPE) foram aprovados, devido às propostas mais factíveis apresentadas por estas universidades e ao fato de que algumas já apresentavam algum tipo de trabalho na área de IE. 1984-1986: A SEI comunica às universidades vencedoras e estas assinam protocolo de intenções com o MEC e a FUNTEVÊ. Devido às mudanças políticas ocorridas nesse período, a abertura política mais propriamente dito, a SEI, o CNPq e a FINEP retiram seu apoio financeiro do projeto e coube ao MEC custear a implementação dos centros-piloto com verba própria. Há uma disputa interna e o MEC sai
  • 4. vencedor da batalha, transferindo a coordenação do EDUCOM para si através da SEINF/MEC e CENINFOR (Centro Nacional de Informática/MEC). Nesse período, o SEINF/MEC realiza o I Concurso Nacional de "Software" Educacional e reavalia o projeto EDUCOM para estabelecimento de novas metas e diretrizes. Embora com dificuldades financeiras, o EDUCOM consegue cumprir seus objetivos dentro do esperado, a IE estava sendo efetivamente implementada nos estados onde os centros-piloto estavam instalados, embora com bastante dificuldade. 1987 O EDUCOM começa a sofrer fusões com outros projetos locais, como o FORMAR, da UNICAMP. Implementação do Projeto FORMAR I, Curso de Especialização em Informática na Educação, realizado na UNICAMP com o auxílio de outros centros-piloto. Esse curso de especialização formou professores de diversas regiões e capacitou-os nas duas modalidades de IE: ensino de informática e pela informática, (uso de linguagem Logo, Basic e softwares CAI). Esses profissionais tinham o compromisso de difundir o conhecimento recém- adquirido em suas Secretarias Estaduais de Educação de origem, ajudando a implantar os CIEDs (centros de informática educativa). É lançado o II Concurso Nacional de Software Educacional. 1988: Realização do III Concurso Nacional de Software Educacional. O MEC, em parceria com e OEA, realiza um fórum luso-americano de IE no qual o país se compromete a ajudar outros países lusófonos e alguns hispanofalantes a implementar projetos similares ao nosso. 1989: Realização do II Curso de Especialização em Informática na Educação - FORMAR II O Brasil assume uma posição de liderança no setor de IE. Por isso, o país realizou a Jornada de Trabalho Luso Latino-Americana de Informática na Educação, promovida pela OEA e INEP/MEC, PUC/Petrópolis/RJ. Instituição do Programa Nacional de Informática Educativa PRONINFE na Secretaria-Geral do MEC. Entre os anos de 1988 e 1989, 17 CIEDs foram implantados no país, atuando como centros de formação, capacitação e difusão das TICs entre os profissionais de educação de cada estado. Essa iniciativa dos CIEDs foi a primeira na qual ocorreu a descentralização das decisões e ações do governo federal. Dessa forma, coube a cada estado definir o que fazer com e como fazer no tocante à IE. Além disso, Centros de Informática aplicada a Educação Tecnológica (CIET) ou na Educaçãoi Superior (CIES) foram também criados. O relativo sucesso que o EDUCOM teve, inspirou o governo a lançar um novo projeto, em 1989, o qual será discutido no próximo tópico. 2.b) PRONINFE (Programa Nacional de Informática Educativa)
  • 5. Aprovado em 1989, iniciou seu funcionamento em 1990 com a proposta de formar a capacitar professores no uso de IE nos três níveis de ensino, bem como em nível de pós-graduação e educação especial. O PRONINFE contou com apoio dos CIEDs, de forma que esse projeto também funcionou de maneira descentralizada. 1990-1995: Foram criados 44 CIEDs e 400 subcentros segundo o modelo EDUCOM/UFRGS, sendo que 87 só no estado do Rio Grande do Sul. Além disso, foram criados 400 laboratórios de informática em escolas públicas e capacitou em torno de 10000 profissionais a trabalhar com IE em todos os níveis de ensino. O PRONINFE superou as expectativas do governo, tornando-se uma referência em sua implantação e por todo seu desenvolvimento, que durou cerca de dez anos. No final da década de 1990, um novo projeto foi criado, ele será discutido no próximo tópico. 2.c) PROINFO 1997: O Programa Nacional de Informática na Educação (PROINFO) foi lançado em 1997. O objetivo era formar 25.000 professores, atender 6,5 milhões de alunos e distribuir 100.000 computadores conectados à internet para as escolas públicas. A maior preocupação agora não era como usar a informática na educação, mas como possibilitar o acesso dos alunos e da população aos computadores e à rede mundial de computadores, a fim de diminuir as lacunas sociais e econômicas que separavam a população das tecnologias digitais. O PROINFO foi elaborado por múltiplas equipes governamentais, como: Secretaria Especial de Educação a Distância (SEED/MEC), Conselho Nacional de Secretarias de Estaduais de Educação (CONSED) e por comissões estaduais de informática na educação. O programa é fortemente centrado na introdução e uso de tecnologias de telecomunicação mediadas por computador. O projeto também visava a implementação de Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) para o fornecimento de suporte técnico às novas redes que se formavam nas escolas a partir do PROINFO. 1999-2000: Por intermédio do PROINFO, três cursos de formação de professores multiplicadores foram realizados, dando origem a mais de 100 professores qualificados em IE para criação e estabelecimento dos NTE. Nesse período, 223 NTE foram instalados em 28 estados, perfazendo mais de 2200 escolas atendidas e mais de 1300 professores qualificados no uso de tecnologias.
  • 6. O PROINFO foi incorporado ao PLANIN (Plano Nacional de Informática e Automação) do Ministério de Ciência e Tecnologia. 3) O Projeto RIVED/Fábrica Virtual 1997: O Brasil firma um acordo de cooperação com os Estados Unidos para o desenvolvimento de tecnologias para uso pedagógico. Com isso, o país passa a integrar a Rede Internacional Virtual de Educação ou RIVED. O RIVED é um programa conjunto da SEB e da SEED, ambos órgãos do MEC, cujo objetivo é promover a produção de conteúdos pedagógicos digitais. Os conteúdos digitais devem estimular o raciocínio e o pensamento críticos e favorecer o uso da informática de acordo com as novas tendências pedagógicas. 1999: A Secretaria de Ensino Básico (SEB, na sigla atual) firma parceria com a Secretaria de Especial de Educação a Distância do MEC e com a Venezuela e com o Peru. 2003: A equipe governamental do RIVED produziu até o ano de 2003 120 objetos virtuais de aprendizagem nas áreas de Biologia, Física, Química, e Matemática para o Ensino Médio. 2004: A SEED transfere a responsabilidade de criação de OVA para as universidades, selecionadas por meio edital específico. O projeto passa a se chamar de “Fábrica Virtual”. Com isso, a possibilidade de criar OVA para o ensino fundamental, profissionalizante e para o atendimento a necessidades especiais, bem como para as demais áreas do conhecimento surgiu. O RIVED integra-se à Rede Latinoamericana de Portais Educativos – RELPE e passa a denominar-se Rede Interativa Virtual de Educação, mantendo a mesma sigla. 2006-2008: O portal RIVED/Fábrica Virtual tornou-se o mais vem sucedido repositório de conteúdos digitais do país, contando com OVA produzidos por equipes pedagógicas e técnicas de diversas instituições de ensino superior do país. 4) A internet no país É impossível falar sobre informática educativa sem falar em internet. Até porque uma das abordagens é o ensino pela informática, tendo essa como um meio de suporte ao professor. O Brasil tem investido muito nos últimos anos em ensino a distância, o qual seria inviável sem computadores e sem internet. No país, tanto o desenvolvimento da internet quanto o da informática educativa, seguiram rumos paralelos. A IE foi desenvolvida no ensino através de diversas ações do MEC>
  • 7. Já a Internet, foi desenvolvida com o auxílio de outro órgão, a Rede Nacional de Pesquisa (RNP). Infelizmente, durante todos esses anos de IE no Brasil, um órgão nunca estabeleceu um diálogo ou outro canal de contato. 1988: FAPESP/UFRJ/LNCC apadrinham a internet no país, ligando os computadores das universidades a centros de pesquisa nos estados unidos. 1989: MCT cria a Rede Nacional de Pesquisa (RNP) a fim de que essa estruture e mantenha uma espinha dorsal (backbone) que integre as redes de computadores estaduais e favoreça o alcance da internet ao interior do país. Esse desenvolvimento deu-se em três etapas. 1ª etapa 1991-1993: montagem do backbone – conexões entre 9,6 e 64 kbps. 2ª etapa: 1994-1996: fortalecimento da estrutura do backbone para aumentar a velocidade das redes (aplicações educacionais da internet eram inviáveis abaixo dos 64 kbps). Em 1995 o backbone deixa de ser restrito ao meio acadêmico e pode ser explorado pelo setor privado para o provimento de serviços de internet. 1996-1998: aumento das velocidades de conexão a internet e criação de 5 conexões internacionais, a fim de diminuir o “gargalo” no tráfego de dados. 1999: Construção de um segundo backbone, chamado de RNP2, capaz de permitir à internet brasileira integrar o que estava sendo chamado à época de “internet2”. 2000: surgem os primeiros provedores de internet gratuitos brasileiros. Popularização dos serviços de e-mail e do acesso à rede. É importante fazer essa breve discussão sobre o desenvolvimento da internet no pais, pois sem ela não haveriam as redes acadêmicas e nem as redes privadas. Bibliografia: PRÉ-HISTÓRIA – VALENTE, José Armando. INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL, publicado em 1997 no site do NIED/UNICAMP EDUCOM, PRONINFE E PROINFO -TAVARES, Neide Rodrigues Barea. HISTÓRIA DA INFORMÁTICA EDUCACIONAL NO BRASIL OBSERVADA A PARTIR DE TRÊS PROJETOS PÚBLICOS. Texto disponível no site da faculdade de educação da USP. quimica.fe.usp.br/textos/tics/ticspdf/neide.pdf . RIVED – Texto disponível no site do NEC (Núcleo de Educação Corporativa) da FCT/UNESP. INTERNET NO BRASIL - Bonilla, Maria Helena Silveira; Pretto, Nelson de Luca. POLÍTICAS BRASILEIRAS DE EDUCAÇÃO E INFORMÁTICA. Disponivel no site da FACED/UFBA