O documento discute calcificações patológicas e pigmentações anormais. Apresenta as definições de calcificação distrófica e metastática, descrevendo suas ocorrências mais comuns. Também define litíases e bezoários, explicando como são formados em diferentes órgãos.
3. Calcificações patológicas
• Sinonímia: mineralizações patológicas
ou heterotópicas
• Conceito:
Deposição de sais (fosfatos, carbonatos e citratos)
de cálcio (e também de ferro, magnésio, e outros)
em tecidos frouxos não osteóides, em órgãos
parenquimatosos, na parede dos vasos, e em
pleuras ou meninges.
4. • Ocorrência:
As calcificações patológicas ocorrem em
concomitância com vários processos gerais,
como as necroses e degenerações e podem
estar presentes em virtualmente qualquer
lesão crônica.
Calcificações patológicas
5. Calcificações patológicas
• Classificação:
– Calcificação distrófica ou local - que afeta tecidos
lesados e não depende dos níveis plasmáticos de
cálcio e fósforo.
– Calcificação metastática ou geral ou discrásica ou
gota cálcica - onde a hipercalcemia resulta na
precipitação dos sais em tecidos normais.
6. Calcificações patológicas
• “Calcinose”: termo utilizado como sinônimo
de calcificação metastática extensa. Pode
também designar a calcificação da derme e do
tecido subcutâneo ("calcinose cutis"),
independente da causa
7. Calcificações patológicas
• Calcificação distrófica:
– Mais freqüente e localizada
– Ocorrência
• Tecidos conjuntivos fibrosos (Ex: placas ateromatosas
antigas), tendões, válvulas cardíacas, alguns tumores.
• Áreas de necroses antigas e não reabsorvidas, como na
linfadenite caseosa da tuberculose; na necrose
enzimática das gorduras da pancreatite.
8. Calcificações patológicas
• Calcificação distrófica:
– Ocorrência
• Infartos antigos
• Ao redor de parasitas e larvas mortas
• Abscessos crônicos de difícil resolução
• Trombos venosos crônicos (flebólitos).
Em órgãos tubulares (ductos e vesículas), a calcificação pode envolver
núcleos orgânicos de debris e células descamadas permitindo a
formação de cálculos.
9. Calcificações patológicas
• Calcificação metastática:
– Mais disseminada
– Decorre de hipercalcemia
• Absorção abundante de cálcio no tubo gastrintestinal
por intoxicação com vitamina D ou plantas
calcinogênicas;
• Mobilização excessiva de cálcio dos ossos,
conseqüência de imobilização prolongada, de osteólise
(mielomas ou metástases ósseas); e do
hiperparatireoidismo primário ou secundário (renal,
nutricional ou por síndrome paraneoplásica).
11. Calcificações patológicas
• Aspectos Morfológicos:
– Macro:
A área calcificada possui consistência firme,
pétrea ou arenosa, é resistente ao corte, com
coloração brancacenta ou acinzentada. À tentativa
de secção, a faca "range" ao corte. É radio opaca o
raio X.
12.
13.
14. Calcificações patológicas
• Aspectos Morfológicos:
– Micro:
Grumos basófilos irregulares (muitas vezes
confundidos com bactérias) que confluem ou
crescem formando grânulos maiores, às vezes
fragmentados devido à microtomia. Pode ocorrer
também a formação de lamelas de deposição
concêntricas caracterizando os chamados
"corpos psamomatosos”.
17. Calcificações patológicas
• Evolução, conseqüências:
– Dependem do local afetado e da intensidade
– Geralmente os depósitos de cálcio são considerados inócuos e
inertes.
– Conseqüências maléficas:
• Calcificações de válvulas cardíacas – estenoses e
insuficiências
• Complicação de ateroscleroses
• Potencialização da ocorrência de litíases
• Nefrocalcinose extensa – insuf. Renal
• Calcificação pulmonar extensa – insuf. Respiratória
– Conseqüências benéficas:
• Granulomas tuberculosos, abcessos crônicos, parasitos
18. Calcificações patológicas
• Evolução, conseqüências:
A metaplasia óssea ou ossificação heterotópica é
uma conseqüência comum das calcificações, com a
metaplasia dos fibroblastos e das células
mesenquimais indiferenciadas em osteoblastos e a
formação de tecido osteóide.
19. Cálculos ou concreções ou litíases
• Conceito:
Massas esferoidais, ovóides ou facetadas, sólidas,
concretas e compactas, de consistência argilosa a
pétrea, que se formam no interior de órgãos ocos
(bexiga, vesícula biliar), cavidades naturais do
organismo (peritoneal, vaginal, do testículo),
condutos naturais (ureter, colédoco, ducto
pancreático ou salivar) e mesmo no interior de
vasos.
20. Cálculos ou concreções ou litíases
• Núcleo orgânico + sais inorgânicos precipitados
Núcleo orgânico: células descamadas
grumos bacterianos
massas de fibrina ou mucina
corpos estranhos
21. Cálculos ou concreções ou litíases
• Nomenclatura:
Termo designativo do local de formação ou origem
+
sufixo "litíase" para denominar a ocorrência do problema
do sufixo "lito" para denominar o cálculo
Exemplos: biliares (colelitíase e colélitos), os urinários (urolitíase e
urólitos), os bronquiais (bronquiolitíase e bronquiólitos), os salivares
(sialolitíase e sialólitos) e os vasculares - formados a partir de
trombos (flebólitos e arteriólitos).
25. Cálculos ou concreções ou litíases
• Cálculos microscópicos ou microconcreções são
também chamadas de corpos amilóides ou
amiláceos ("Corpora amylacea"). Estes são
geralmente concêntricos e hialinos sendo
freqüentes nos ácinos prostáticos e nos alvéolos
mamários.
26. Cálculos ou concreções ou litíases
• Concreções exógenas ou "bezoários”:
Tratam-se de massas esféricas, ovóides ou ainda facetadas,
que se formam no tubo gastrintestinal, constituídos de material
exógeno (pêlos ingeridos ou fibras vegetais não digeridas).
- Pêlos: pilobezoários, piloconcreções ou tricobezoários. São
mais freqüentes em bovinos, camelos, cães e suínos.
- Fibras vegetais: fitobezoários ou fitoconcreções. São mais
freqüentemente encontrados no cólon de eqüinos alimentados com
aveia e nos pré-estômagos de ruminantes
29. Cálculos ou concreções ou litíases
• Pseudoconcreções ou "fecálitos" ou "cíbalos" ou
ainda “fecalomas”:
Trata-se de material fecal dessecado, endurecido,
conseqüência de constipação crônica. Não deve ser
confundida com os verdadeiros enterólitos, que são
mais raros.
31. Pigmentações patológicas
• Pigmentos:
• Substâncias de composição química e cores próprias;
• Amplamente espalhadas na natureza, também encontradas
nas células e tecidos, sob a forma de grânulos;
• Pigmentação normal
• Pigmentação patológica:
• Alterações na formação do pigmento (hiper ou
hipoprodução);
• Alterações na distribuição (localização anormal);
33. Pigmentações patológicas
• Atenção:
As pigmentações patológicas ocorrem em número
considerável de doenças, mas o pigmento em si
raramente ocasiona alterações histofisiológicas
significativas (i.e. raramente é causa de problema, é
mais um sinal deste!).
Exceção: Hemocromatose.
34. Pigmentações patológicas exógenas
• Via cutânea (inoculação):
• Tatuagem: Pigmentos exógenos insolúveis
(nanquim, carvão, etc), introduzidos por agulha
com propósitos decorativos ou identificadores.
35. Pigmentações patológicas exógenas
• Via oral (ingestão) :
• Argirismo ou argiria
• Plumbismo ou saturnismo
• Pigmentação bismútica
• Carotenose ou Lipocromatose exógena
36. Pigmentações patológicas exógenas
• Argirismo ou argiria:
– Intoxicação com sais de prata;
– Deposição nos glomérulos renais, glândulas sudoríparas e
sebáceas e derme superficial de complexos prata-proteína,
produzindo uma pigmentação cinzenta azulada permanente na
pele e mucosa oral.
37. Pigmentações patológicas exógenas
• Plumbismo ou saturnismo:
– Intoxicação com sais de chumbo;
– Deposição de sulfeto de chumbo nos ossos (principalmente no
fêmur) e na mucosa oral odonto - gengival produzindo uma linha
escura - "Linha do chumbo”;
– Graves lesões no sistema hematopoiético, no SNC e nos rins.
38. Pigmentações patológicas exógenas
• Pigmentação bismútica:
– Intoxicação com sais de bismuto;
– Mais comumente associada ao tratamento com compostos
bismúticos ou como doença profissional;
– Deposição de sulfureto de bismuto principalmente nas gengivas
com o aparecimento da "linha bismútica".
39. Pigmentações patológicas exógenas
• Carotenose ou Lipocromatose exógena:
– Ingestão excessiva de pigmentos vegetais (caroteno, xantofila,
etc...) lipossolúveis;
– Coloração amarelo-pálido na pele e vísceras, sem efeitos
deletérios conhecidos;
– Freqüente em eqüinos e bovinos jérsei e guernsey (cuja gordura
é mais amarelada) e em aves (pigmentos como aditivos na
ração).
40. Pigmentações patológicas exógenas
• Via respiratória (inalação):
– As "Pneumoconioses" são alterações pulmonares
e de linfonodos regionais decorrentes da inalação
de partículas provindas do ambiente
(poeiras/poluição do ar).
– Não são verdadeiramente distúrbios
pigmentares.
41. Pigmentações patológicas exógenas
• Tipos de pneumoconiose:
– Antracose:
• Deposição de carvão nos pulmões, linfonodos regionais e
em outros órgãos (via migração de macrófagos);
• O carvão é o mais inócuo e mais freqüente dentre as
substâncias inaladas;
• Macro: pontilhado preto acinzentado, linfonodos regionais
escurecidos;
• Micro: grânulos enegrecidos histoquimicamente resistentes a
todos solventes, nos alvéolos e nos septos interalveolares,
as vezes dentro de macrófagos.
43. Pigmentações patológicas exógenas
• Outras pneumoconioses:
– Silicose: inalação de sílica (terra);
– Asbestose: Inalação de silicato de magnésio (amianto);
– Silicossiderose: de minério de ferro (Hematita);
– "Calcinose": de Carbonato de cálcio (cal);
– Beriliose: de Berílio;
– Cadmiose: de cádmio;
44. Pigmentações patológicas exógenas
• Outras pneumoconioses:
– Plumbose: de chumbo;
– Cuprose: de cobre;
– Argirose: de sais de prata;
– Hidrargirose: de sais de mercúrio;
– Bismutose: de sais de bismuto.
46. • Relacionados à melanina
–a) Aumento localizado: nevos, melanoma,
melanose, acantose nigricans.
–b) Aumento generalizado: Melanodermias
secundárias (gestação, hipoadrenalismo,
radiações).
Pigmentações patológicas endógenas
47. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à melanina
a.1) Nevos Pigmentados:
• Má formações de aspecto tumoral ("Hamartomas"), também
considerados por alguns como verdadeiras neoplasias
benignas ("nevoblastomas"), oriundos dos melanócitos e
melanoblastos.
• Importância na espécie humana
48. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à melanina
a.2) Melanomas:
• Neoplasias freqüentes em medicina veterinária;
• Mais comuns em cães, eqüinos tordilhos ou albinos;
incomuns em bovinos e suínos; e raros em gatos e ovinos;
• Quantidades variáveis de melanina
49.
50. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à melanina
a.3) Melanose:
• Cutânea ou visceral (geralmente congênita, afetando
principalmente as meninges, pleura, cápsula de Glisson
hepática, e as vezes a aorta);
• As máculas de melanina se dispõem caracteristicamente em
"tabuleiro de xadrez", com limites nítidos;
• Não tem significado clínico.
51.
52. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à melanina
a.4) Acantose nigricans:
• Dermatopatia idiopática do homem e de cães
(principalmente em dachshunds, airedales e terriers), de
curso crônico;
• Hiperpigmentação, alopecia e liquenificação progressiva,
circunscrita e simétrica.
55. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à melanina
– c) Diminuição localizada: Vitiligo, Acromia
cicatricial e acromotriquia
– d) Diminuição generalizada: Albinismo e acromia
senil e/ou nutricional.
56. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à melanina
c.1) Vitiligo: adquirida, idiopática; já descrita em equinos
c.2) Acromia cicatricial
c.3) Acromotriquias:
• Senilidade (comum no homem, nos eqüinos, nos cães e
gatos) e mesmo em algumas deficiências nutricionais (cobre,
ácido paraminobenzóico, ácido pantotênico).
57. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à melanina
d.1) Albinismo:
• Despigmentação generalizada congênita
• Incapacidade dos melanócitos de sintetizar a
tirosinase
• Descrito em eqüinos (geralmente estéreis), em
cães (principalmente Collie e Bulldog) e gatos
(geralmente surdos) e em coelhos.
58.
59. Desmodus rotundus albino
Fotos Dr. Jonas Francisco de Assis, Médico veterinário IMA Frutal,
enviadas pelo Médico veterinário Márcio Geraldo coordenador
estadual de controle de raiva do IMA.
Contatos: raiva@ima.mg.gov.br
62. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à lipofuscina:
– Conceito:
Grupo homogêneo de pigmentos pardacentos,
derivados da oxidação de lipídeos ou de
lipoproteínas, geralmente insaturadas.
– Sinônimos: pigmento ceróide, lipocromo, pigmento do
desgaste, pigmento do envelhecimento.
63.
64. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à lipofuscina:
– Ocorrem em condições de senilidade ou caquexia
(caracterizando a "Atrofia Parda")
– Grande variedade de tecidos acometidos (coração,
músculos esqueléticos, fígado, adrenais, neurônios,
tireóide e paratireóide, rins, ovários, testículos e
mesmo em linfonodos)
65. Pigmentações patológicas endógenas
• Relacionados à lipofucsina:
– Macro: Empardecimento do órgão (atrofia parda)
– Micro: Grânulos pardo-amarelados ou marrom escuros,
distribuídos esparsamente no citoplasma ou próximo aos pólos
dos núcleos nas fibras musculares
67. Hemoglobina:
Proteína (globina) +
4 grupos prostéticos
derivados da síntese
de porfirinas (grupos
heme)
Grupos heme:
Grupo férrico +
grupo cromático
isento de ferro
(protoporfirina III)
69. Pigmentações patológicas endógenas
• Porfirias:
– Conceito:
• Distúrbio na biossíntese do grupo prostético Heme;
• Resulta num acúmulo de porfirinas e de seus precursores no
organismo.
– Etiologia:
• Congênita: doença hereditária - gene autosômico dominante
(no homem, no suíno e no gato) ou recessivo (no bovino).
• Adquirida: Intoxicação com Hexaclorobenzeno (fungicida de
trigo e cereais) ou com o Alil isopropil carbamida.
70. Pigmentações patológicas endógenas
• Porfirias:
– Características clínicas e anatomopatológicas:
• Hiperporfirinemia e hiperporfirinúria (urina se torna vermelha
escura quando exposta à luz solar);
• Dermatite fotodinâmica ou "Fotossensibilização (porfirinas
são pigmentos fotodinâmicos)
• "Rim de Ébano" - Rim de coloração pardo escura, em
conseqüência da deposição de porfirinas no seu parênquima.
• "Pink tooth disease" - ("Doença do dente cor de rosa") -
Devido a deposição de porfirinas nos ossos e dentes, o
esqueleto fica com uma coloração achocolatada enquanto os
dentes se coram com um róseo pardo peculiar.
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72. Pigmentações patológicas endógenas
• Hemossiderose:
– Conceito: Acúmulo anormal de hemossiderina* nos
tecidos, especialmente nos macrófagos da derme, do
fígado, do baço, da medula óssea, linfonodos e
pulmões.
Hemossiderina: Pigmento brilhante, amarelo ouro ou
castanho escuro, resultante da degradação da Hb
73. Pigmentações patológicas endógenas
• Hemossiderose:
– Etiologia: degradação excessiva de hemácias (local ou geral)
– Macro: Quando intensa, a hemossiderose determina uma
coloração ocre amarronzada, detectável no fígado, no baço, nos
linfonodos, no miocárdio e no pâncreas.
– Micro: grânulos brilhantes dourados ou pardacentos, azul da
Prússia positivos, de tamanhos variados, entre as células (nos
linfonodos, principalmente) ou dentro de macrófagos e/ou
células epiteliais.
74.
75. Pigmentações patológicas endógenas
• Hematinoses:
– Conceito:
Ocorrência de pigmentação resultante da catabolização anormal
da Hb, sob ação de ácidos ou álcalis ou de enzimas digestivas
de parasitos hematófagos ou em tecidos com pH muito alto ou
baixo e que tenham hemorragias - exemplo: Úlcera péptica
76. Pigmentações patológicas endógenas
• Tipos de hematinas
– Hematina acida formolínica ou "Pigmento do Formol:
Comum em tecidos hemorrágicos quando fixados em formol
ácido não tamponado. Apresenta-se como grânulos bronzeados
ou preto esverdeados. Não tem significado patológico.
77. Pigmentações patológicas endógenas
• Tipos de hematinas
– Hematina ácida hidroclorídrica ou "Pigmento da úlcera“:
Formada pela ação do ácido clorídrico sobre a Hb,
freqüentemente observada nas proximidades de úlceras
gástricas.
78. Pigmentações patológicas endógenas
• Tipos de hematinas
– Hematina malárica ou "Hemozoina" ou ainda "Pigmento
Palúdico“:
Resulta da digestão enzimática da Hb pelo Plasmodium spp.,
que com a ruptura das hemácias, libera grânulos castanho
escuros no interstício para os macrófagos do baço, fígado e
outros órgãos.
Plasmodium
Fígado –
Hemozoína
- Malária
79. Pigmentações patológicas endógenas
• Tipos de hematinas
– Hematina esquistossomótica ou "Pigmento esquistossomótico”:
Resulta da digestão enzimática da Hb no tubo digestivo do
Schistosoma mansoni (ingestão de hemácias, digestão e
regurgitamento, de maneira intermitente), levando à formação
de grânulos castanho escuros, semelhantes à hemozoina,
que se acumulam nas células de Kupffer.
80. Pigmentações patológicas endógenas
• Desordens ligadas à hematoidina e pigmentos biliares
– Hematoidina:
• Pigmento derivado da metabolização do grupo corado (protoporfirina
III), azul da Prússia negativo (isento de ferro), de estrutura química
semelhante à bilirrubina (Bb);
• Ocorre nas proximidades de hemorragias antigas na forma de
grânulos amorfo amarelados, vermelho alaranjados (às vezes
lembrando um "ouriço") ou então de pequeninas placas romboidais
dispostas radialmente;
• Resulta da ação hemocaterética de macrófagos locais sobre as
hemácias extravasadas, traduzindo um processo localizado (diferente
da Bb nas icterícias).
82. Pigmentações patológicas endógenas
• Pigmentos biliares:
Grupo de pigmentos oriundos da metabolização do
grupo corado (protoporfirina III), azul da Prússia
negativos (isentos de ferro) ocorrendo normalmente nas
células do sistema monocítico fagocitário em
decorrência da hemocaterese (eliminação de hemácias
velhas).
85. Bilirrubina direta + sais biliares
Duodeno
Urobilinóides
(Urobilinogênio, mesobilinogênio, estercobilinogênio)
Redutases bacterianas
Não absorção no intestino
Fezes (urobilina
e estercobilina
Circulação sistêmica
Rins
Urina (urobilina)
Circulação porta-hepátíca
Fígado
Ressíntese de Bb II
86. Pigmentações patológicas endógenas
• Icterícias:
– Conceito:
Desordem importante caracterizada por
uma coloração amarelo-esverdeada nos
tecidos, causada pela elevação dos níveis
séricos de pigmentos biliares.
88. Pigmentações patológicas endógenas
• Icterícias:
– Macro: Coloração amarelo-esverdeada, facilmente
reconhecível em tecidos mais pálidos como a
esclerótica ocular, omento, mesentério, gorduras
pericardíacas e perirrenais.
– Micro: A Bb impregnada nos tecidos nem sempre
atinge concentrações suficientes para permitir a
precipitação e assim ser visíveis à microscopia
óptica.