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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Feira de Santana – BA
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.256 – Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrBarbosa Nunes – Os Filhos Crescem e não Podemos Impedir... que pena!
Bloco 3-IrMario López Rico – Las siete artes liberales (3 de 8) – Trivium II - Dialéctica
Bloco 4-IrPaulo Roberto – Um pouco de Igreja e Islamismo – “As Cruzadas”
Bloco 5-IrMário Jorge Neves – Maçonaria Especulativa e Sir Robert Moray
Bloco 6-IrAdemar Valsechi – Coluna da Harmonia nr. 58 (Música Barroca: a Ópera)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 3 de dezembro e versos do Irmão e Poeta
Adilson Zotovici
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 2/37
3 de dezembro
 1769 - O rei D. José I de Portugal é agredido por um demente, com duas pauladas, em Vila Viçosa.
 1818 - Illinois torna-se o 21º estado norte-americano.
 1825 - Van Diemens Land, hoje conhecida como Tasmânia, foi proclamada uma colônia à parte da Nova Gales do
Sul, com seu próprio sistema judiciário e conselho legislativo.
 1839 - Bula do Papa Gregório XVI condena e proíbe a escravidão de negros (v. Tráfico de escravos para o Brasil).
 1860 - Instituição da tarifa Silva Ferraz que reduziu as taxas de importação sobre máquinas, ferramentas e
ferragens, no Brasil.
 1870 - Vem a público o Manifesto Republicano que tem como um dos principais redatores Quintino Bocaiúva.
 1904 - Descoberta do satélite de Júpiter Himalia.
 1905 - Prisão de Leon Trotski.
 1933 - Guerra do Chaco: Estigarribia cercou as 4ª e 9ª divisões bolivianas em Campo Vía.
 1953 - Elevação da vila de Alagoinha (Paraíba) à categoria de município.
 1963 - Criação da Base Aérea de Brasília.
 1965 - Os Beatles lançam o seu sexto álbum, Rubber Soul.
 1967 - O Doutor Christian Barnard realiza o primeiro transplante de coração, no Hospital Groote Schuur,
na Cidade do Cabo, África do Sul.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 338 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova)
Faltam 28 dias para terminar este ano bissexto
Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
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 1971 - A Guerra Indo-Paquistã de 1971: o Paquistão ataca oito bases indianas.
 1973 - A sonda Pioneer 10 sobrevoa o planeta Júpiter a aproximadamente 131.000 km.
 1974 - A sonda Pioneer 11 sobrevoa o planeta Júpiter a aproximadamente 46.000 km.
 1976 - Fidel Castro se diploma Presidente da República de Cuba.
 1979 - Onze pessoas morrem na correria para conseguir melhores lugares no show da banda The
Who em Cincinnati, Ohio, Estados Unidos.
 1984 - Lançamento do primeiro exemplar do mangá Dragon Ball pela Shonen Jump.
 1987 - Desastre de Bhopal, um dos piores na história da indústria.
 1992 - Enviado o primeiro SMS, no Reino Unido, com o texto "Merry Christmas." (Feliz Natal).
 1994 - Lançamento do Playstation da Sony no Japão.
 1997 - 700 mil trabalhadores israelitas fazem greve contra o programa governamental de privatizações e
aposentadorias, paralisando aeroportos, portos, bancos, empresas estatais e parte dos serviços públicos
(v. História de Israel).
 2007 - Austrália ratifica o Protocolo de Quioto, deixando os Estados Unidos "sozinhos" para também o ratificar.
 2013 - É lançada a Cartoon Network Portugal.
1750 Aviso real determinava a criação de um colégio dos padres da Companhia de Jesus, na vila de Nossa
Senhora Desterro.
1961 Instalado o município de Campo Belo do Sul
1962 Criado o município de Canelinha, desmembrado de Tijucas.
1873 Fundação da Loja Maçônica União Diamantinense nr. 205 de Diamantina MG
1980 Fundação da Loja Maçônica “Cavaleiros da Paz” nr. 2677 de Alfenaqs MG
1996 Criação da Loja Maçônica de Araxá – Araxá MG
1999 Criação da Fundação Machado de Assis de Maçons do Real Arco, no Rio de Janeiro
2007 Fundação da Loja Maçônica Tabajara nr.. 3899 –João Pessoa - GOB / PB = Rito: Brasileiro
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
Fatos históricos de santa catarina
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Rua Geral dos Ingleses, nr. 6040 (Estacionamento próprio). Haverá “Três Irmãos” para melhor atende-lo.
Venerável Mestre!
De Irmão para Irmão
As publicidades veiculadas nas edições do JB News são cortesia deste informativo,
como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais.
Valorize-os, preferindo o que está sendo anunciado.
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 5/37
Caro Venerável,
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Loja? Então atente para este anúncio
(Coisa de Irmão para Irmão)
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Ilustre Visita. Prazer em conhece-lo!
O Irmão Barbosa Nunes,
que escreve há anos nas edições de sábados no JB News,
Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil,
veio visitar algumas Lojas catarinenses de sua jurisdição e
resolveu, na quinta-feira de tarde, fazer-nos uma visita surpresa e agradável.
Ao despedir-se, um justo registro do JB News no hall do edifício onde residimos,
para marcar este alegre encontro. Muito prazer em conhecê-lo meu Irmão!
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 7/37
INFORMATIVO BARBOSA NUNES
Artigo nr. 304
OS FILHOS CRESCEM E
NÃO PODEMOS IMPEDIR...
QUE PENA!
Inspiro-me no “Instituto PENSI”, para falar sobre o crescimento dos nossos filhos.
“Ver os filhos crescer não é fácil, sentimos que uma parte de nossa vida está indo
embora. Uma hora eles serão adultos e isso nos assusta. Aqueles que eram tão
dependentes, de repente, como num piscar de olhos, tornam-se independentes, donos de
seus narizes, capazes de fazer tantas coisas sozinhos. Como viver isso?
Ananda Urias, no “Poema sobre filhos que crescem rápido demais”, pede ao
tempo, por favor, desacelere.
“Por favor, tempo, desacelere. Tão pequeno e já tão dono de si. Pronto para
desbravar um mundo que vai além de mim! Me perdoe filho, não estou pronta para te ver
partir… sinto falta de quando eu era tudo que você precisava para ser feliz.
Você vai crescer, é inevitável, é saudável… Mas eu queria reviver, dia após dia, os
seus sorrisos inocentes, as suas conquistas, os seus primeiros beijos e abraços.
2 – Os Filhos Crescem e não podemos impedir... que pena¹
- Barbosa Nunes - artigo nr. 304
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 8/37
Queria eternizar esse momento e viver assim, juntinho de ti. Estás pronto para
desbravar o mundo, conquistar novos amigos, encantar outras vidas… eu me sinto
orgulhosa e ao mesmo tempo perdida, porque já sinto o vazio da nossa diária despedida.
Seja gentil, tempo. Desacelere. O tempo não perdoa. Não espera. Eu ainda te vejo
frágil, indefeso, meu pequeno. Mas você já descobriu que lá fora existe um mundo cheio
de aventuras esperando por ti. Existe um mundo que vai além dos meus braços, dos
meus abraços, dos meus beijinhos, do olhar sempre atento a te proteger… Eu não estou
pronta, mas você está. Filho, eu estou com medo de te ver partir… Tempo, seja gentil:
desacelere”.
O escritor Rubem Alves emociona a todos nós, pais e mães com sua crônica que
oferecemos a vocês, eu e minha companheira Vera Lúcia, pais de Ivana, Flávio Henrique,
Isabella e avós dos netos Paulo Henrique e Vinícius, intitulada “Quando os filhos voam”.
“Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a
proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora. Sei que é inevitável que
eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.
Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o
ninho abandonado no alto da palmeira…
Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…
Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. O
desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de
casa, a primeira viagem…
Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre
esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre
percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o
exercício da liberdade.
Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas
verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento,
o poder do tempo que tudo transforma. É quando nos damos conta de que nossos filhos
cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência
de conquistar o mundo longe de nós.
É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância,
comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que
caminham para longe. Isso é amor. Muitas vezes, confundimos amor com dependência.
Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais.
Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis.
Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma
orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.
Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção
cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e
vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do
que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de
seu próprio destino.
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 9/37
Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que
tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da
vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.
Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência,
embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é
alado.
Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor
doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma
nova frase.
Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso
descanso e nossa fé, porque ele é eterno. Aprendo que existe uma criança em mim que
ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor
ser livre do que imprescindível. Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar
voar. E não há estrada mais bela do que essa”.
Filhos são como flechas. Com a sua vivência, pais, estiquem forte e seguramente o
arco, deixando a flecha ir o mais longe e alto que conseguir. Exatamente como diz Gibran
Khalil Gibran no seu iluminado poema “Vossos filhos não são vossos filhos”.
“Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por
si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos
pertencem. Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos. Porque eles
têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; Pois suas almas moram na
mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar-
vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós, porque a vida não anda
para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que
suas flechas se projetem, rápidas e para longe. Que vosso encurvamento na mão do
arqueiro seja vossa alegria: Pois assim como ele ama a flecha que voa. Ama também o
arco que permanece estável.
Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado,
professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br
Visite o site da Loja
Professor Mâncio da Costa nr. 1977
www.manciodacosta.mvu.com.br
Florianópolis
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 10/37
O Irmão Mario López Rico
é de La Coruña – Espanha.
Escreve aos sábados.
Responsável pela publicação espanhola
Retales de Masononeria
mario.lopezrico@yahoo.es - retalesdemasoneria.blogspot.com.es
Las siete artes liberales (3 de 8)
Trivium II - Dialéctica
Bien, mi querido y paciente lector. Tras la entrega anterior confío en su
buen hacer, confío que se ha aplicado y estudiado gramática y ya no
comete los inmensos errores gramaticales que comete mi persona
errando continuamente tanto en la estructura gramatical como en el uso
adecuado y oportuno de las palabras. Así pues, es hora de tratar una
nueva arte liberal: La dialéctica.
El término dialéctica proviene del griego διαλεκτική y, literalmente,
significa técnica de la conversación.
En sus comienzos se trataba de un ´método de conversación o de argumentación muy similar a la
lógica, lo cual nos indica que su empleo correcto contribuye a logra la verdad sobre el tema que se
argumente. Y es ahí justamente donde quería llegar para el comienzo de esta entrada. Usted ya
sabe de la importancia de hablar correctamente desde el punto de vista gramatical, ahora sabe
como puede, además, hablar lo correcto, la verdad: usando la dialéctica.
De manera esquemática puede definirse la dialéctica como el discurso en el que se contrapone una
determinada concepción o tradición, entendida como tesis, y la muestra de los problemas y
contradicciones, entendida como antítesis. Es decir, tenemos una idea y su opuesta, las
enfrentamos y obtendremos una síntesis que debe darnos la solución del problema.
Heráclito puede ser considerado como “padre de la dialéctica” en occidente, es el primero que
considera que la contradicción no paraliza sino dinamiza. En Heráclito se insinúa que las cosas se
empujan unas a otras oponiéndose. En toda oposición los términos que se oponen son, cada uno,
la negación del otro
Otro de los primeros ejemplos de aplicación del método dialéctico lo ofrecen los Diálogos del
filósofo griego Platón, quien además reflexiona sobre el funcionamiento y el alcance de este
procedimiento, notablemente en sus obras Gorgias, República VI y Teeteto.
3 – Las siete artes liberales (3 de 8) – Trivium II - Dialéctica
- Mario López Rico
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 11/37
En los diálogos platónicos tempranos, el procedimiento permite someter a examen cierto conjunto
de creencias que mantiene determinado individuo. A partir de los diálogos medios, su alcance se
amplía, para poner a prueba hipótesis o teorías con las que no necesariamente alguien está
comprometido. El examen usualmente lo lleva a cabo Sócrates, quien dirige a su interlocutor una
serie de preguntas para explorar si hay inconsistencias entre sus dichos. Estas preguntas son, pues,
críticas y comprometedoras, y puede considerarse que equivalen a objeciones (Antítesis); pues
naturalmente, una teoría (tesis) que muestra ser contradictoria no podría aceptarse como
verdadera. Unas veces el propio Socrates quien se niega si mismo al meditar sobre el tema; pero
en cualquier caso, mediante la detección y eliminación de errores, el procedimiento tiende a la
identificación de la verdad -o al menos, de lo que racionalmente puede aceptarse como tal.
La dialéctica ha sido estudiada – y lo sigue siendo – por la filosofía y sus máximos representantes
y es posible hablar de la dialéctica de Platón, la de Aristóteles, Descartes, Kant o Hegel. Muy
largo sería estudiar aquí a cada uno de ellos y sus diferencias, Eso sería un estudio de la filosofía,
en su parte de la dialéctica, a lo largo de la historia. Quiero llegar a viejo y si lo hiciese el lector,
como poco, no me desearía nada bueno; sin embargo me arriesgo a sugerirle que con paciencia y
poco a poco dedique unos minutos diarios al estudio de la dialéctica de estos grandes pensadores y
no tardará en notar como su forma de hablar, de pensar y de buscar soluciones mejora
sensiblemente. No en vano, Arthur Schopenhauer, entre otros aspectos, considera a la dialéctica
como una forma elocuente de razonamiento.
Como ya se dijo, la dialéctica se basa en la fundamentación de que una idea (tesis), generalmente
histórica, social o filosófica, al ser desarrollada en detalle abre aspectos diversos que entre sí se
avienen mal (antítesis), pero finalmente surge una manera de reconcebirla conciliando aspectos
aparentemente contradictorios (síntesis). Según este punto de vista muchas ideas o corrientes
reflexivas pasan por una fase de contradicción aparente que no es tal, pues es una parte del
proceso necesario en la búsqueda de la verdad.
Tenemos una causa (la idea o tesis) y un efecto (el resultado final) y para llegar de uno al otro
necesitamos de un intermediario, de un actor que produzca un movimiento o cambio (la antítesis).
Así causa y efecto son momentos de la dependencia recíproca universal, de la conexión y
concatenación recíproca de los acontecimientos, eslabones en la cadena del desarrollo de la
materia y la sociedad: la misma cosa se presenta primero como causa y luego como efecto. Es
necesario hacer conciencia de la intercausalidad, de las leyes de conexión universal objetiva, de la
lucha y la unidad de los contrarios y de las transiciones y las transformaciones de la naturaleza y
la sociedad.
La dialéctica, como vemos, cambia el mundo. Sin ella no es posible el avance ni la evolución de la
sociedad. Hegel, propone un materialismo dialéctico, es decir, una interpretación de la realidad
concebida como un proceso material en el que se suceden una variedad infinita de fenómenos, a
partir de otros anteriormente existentes. Esta sucesión, no obstante, no se produce al azar o
arbitrariamente, ni se encamina hacia la nada o el absurdo: todo el proceso está regulado por leyes
que determinan su evolución desde las formas más simples a las más complejas, y que afectan a
toda la realidad, natural y humana (histórica).
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 12/37
Para Engels, las leyes según las cuales la materia se mueve y se transforma son leyes dialécticas.
Al igual que ocurre con la dialéctica hegeliana, que es simultáneamente un método y la expresión
misma del dinamismo de la realidad, la dialéctica de Marx y Engels encerrará ese doble
significado. No se puede convertir, sin embargo, la dialéctica en un proceso mecánico, en el que
se suceden los tres momentos del movimiento (tesis, antítesis y síntesis), como se hace a menudo
con Hegel, en un esquema mecánico sin contenido alguno. "La dialéctica no es más que la ciencia
de las leyes generales del movimiento y la evolución de la naturaleza, la sociedad humana y el
pensamiento", dice Engels en el Anti-Dühring.
La dialéctica nos ofrece, pues, leyes generales, no la particularidad de cada proceso. Que son leyes
generales quiere decir que son el fundamento de toda explicación de la realidad, pero también que
afectan a toda la realidad (naturaleza, sociedad, pensamiento) y que son objetivas, independientes
de la naturaleza humana. Marx y Engels enunciarán las siguientes tres leyes de la dialéctica:
Ley de la unidad y lucha de contrarios.
“Pero todo cambia completamente en cuanto consideramos las cosas en su movimiento, su
transformación, su vida, y en sus recíprocas interacciones. Entonces tropezamos inmediatamente
con contradicciones. El mismo movimiento es una contradicción; ya el simple movimiento
mecánico local no puede realizarse sino porque un cuerpo, en uno y el mismo momento del
tiempo, se encuentra en un lugar y en otro, está y no está en un mismo lugar. Y la continua
posición y simultánea solución de esta contradicción es precisamente el movimiento.
Si ya el simple movimiento mecánico local contiene en sí una contradicción, aún más puede ello
afirmarse de las formas superiores del movimiento de la materia, y muy especialmente de la vida
orgánica y su evolución. Hemos visto antes que la vida consiste precisamente ante todo en que un
ser es en cada momento el mismo y otro diverso. La vida, por tanto, es también una contradicción
presente en las cosas y los hechos mismos, una contradicción que se pone y resuelve
constantemente; y en cuanto cesa la contradicción, cesa también la vida y se produce la muerte.
También vimos que tampoco en el terreno del pensamiento podemos evitar las contradicciones, y
que, por ejemplo, la contradicción entre la capacidad de conocimiento humana, internamente
ilimitada, y su existencia real en hombres externamente limitados y de conocimiento limitado, se
resuelve en la sucesión, infinita prácticamente al menos para nosotros, de las generaciones, en el
progreso indefinido.”
Friedrich Engels, Anti-Dühring, XII. Dialéctica. cantidad y cualidad.
Ley de transición de la cantidad a la cualidad
“Hemos visto ya antes, a propósito del esquematismo universal, que con esta línea nodal
hegeliana de relaciones dimensionales en la que, en un determinado punto de alteraciones
cuantitativas, se produce repentinamente un cambio cualitativo, el señor Dühring ha tenido la
pequeña desgracia de que en un momento de debilidad la ha reconocido y aplicado él mismo.
Dimos allí uno de los ejemplos más conocidos, el de la transformación de los estados de
agregación del agua, que a presión normal y hacia los 0°C pasa del fluido al sólido, y hacia los
100°C pasa del líquido al gaseoso, es decir, que en esos dos puntos de flexión la alteración
meramente cuantitativa de la temperatura produce un estado cualitativamente alterado del agua.
Habríamos podido aducir en apoyo de esa ley cientos más de hechos tomados de la naturaleza y
de la sociedad humana. Así por ejemplo, toda la cuarta sección de El Capital de Marx -
producción de la plusvalía relativa en el terreno de la cooperación, división del trabajo y
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 13/37
manufactura, maquinaria y gran industria- trata de innumerables casos en los cuales la
alteración cuantitativa modifica la cualidad de las cosas de que se trata, con lo que, por usar la
expresión tan odiosa para el señor Dühring, la cantidad se muta en cualidad, y a la inversa. Así,
por ejemplo, el hecho de que la cooperación de muchos, la fusión de muchas fuerzas en una
fuerza total, engendra, para decirlo con las palabras de Marx, una "nueva potencia de fuerza"
esencialmente diversa de la suma de sus fuerzas individuales".
Friedrich Engels, Anti-Dühring , XI, Moral y derecho. Libertad y necesidad.
Ley de negación de la negación.
“En la dialéctica, negar no significa simplemente decir no, o declarar inexistente una cosa, o
destruirla de cualquier modo. Ya Spinoza dice: omnis determinatio est negatio, toda
determinación o delimitación es negación. Además, la naturaleza de la negación dialéctica está
determinada por la naturaleza general, primero, y especial, después, del proceso. No sólo tengo
que negar, sino que tengo que superar luego la negación.
Tengo, pues, que establecer la primera negación de tal modo que la segunda siga siendo o se
haga posible. ¿Cómo? Según la naturaleza especial de cada caso particular. Si muelo un grano
de cebada o aplasto un insecto, he realizado ciertamente el primer acto, pero he hecho imposible
el segundo. Toda especie de cosas tiene su modo propio de ser negada de tal modo que se
produzca de esa negación su desarrollo, y así también ocurre con cada tipo de representaciones y
conceptos".
Friedrich Engels, Anti-Dühring , XIII. Dialéctica. Negación de la negación.
Próxima entrega:
Las siete artes liberales (4 de 8) - Trivium III - Retórica
Sobre el autor
Mario López Rico es maestro masón y trabaja actualmente en su logia madre
Renacimiento 54 – La Coruña – España, bajo la Obediencia de la Gran Logia de España,
donde fue iniciado el 20 de Noviembre de 2007 y fue reconocido como maestro el 22 de
Abril de 2010.
A partir del año 2011 comienza a subir la escalera masónica filosófica del REAA siendo
también, en la actualidad, Maestro de la Marca – Nauta del Arco Real, Compañero del
Arco Real de Jerusalén y Super excelent master (grado cuarto y último de los Royal & Select Master – Rito york)
Miembro Fundador Capitulo Semper Fidelis nº 36 de Masones del Arco Real el 18 – Oct – 2014
Miembro Fundador Consejo Mesa de Salomón nº 324 de Maestros Reales y Selectos (Masonería Criptica) el 20 –
Feb - 2016
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 14/37
Ir. Paulo Roberto -
MI da Loja Pitágoras nr. 15
Grande Secretário Adjunto Guarda-Selos da GLSC e
Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
Escreve aos sábados neste espaço.
prp.ephraim58@terra.com.br
Paulo Roberto
Um pouco de Igreja e Islamismo
“As Cruzadas”
Se retornarmos à Idade Média iremos nos deparar com vários fatos marcantes;
mas, como o episódio das “Cruzadas”, jamais terá igual. E, deva-se de passagem à
existência da Igreja Cristã é que os fatos extrapolaram os tempos, vindos até os
nossos dias e, que se bem pensarmos deverá acompanhar a história do homem
ainda durante muito tempo como sinonímia de vida!
Devemos lembrar que durante os séculos XII e XIII a Igreja praticamente dominou a
trajetória do ser humano, na Europa ocidental, em todos os seus aspectos. Era tida
como uma sociedade internacionalizada, estendendo seus poderes nos reinos e
sobre esses. Com isso o poder papal exercia uma autoridade além de qualquer
mando civil, pois o que a Igreja ligava e desligava na Terra, deveria ser certamente,
como os homens acreditavam sintonizados ou não com o Céu. Além do mais, a
Igreja estava muito difundida e organizada, de maneira a alcançar todos os homens
com o seu domínio absolutista. Em todos os setores da vida humana mantinha seu
poder indiscutível, sua mão de ferro, dominadora. Nada podiam os homens fazer
que ela não o soubesse, nenhuma organização na história da humanidade jamais
exerceu um domínio, uma escravidão tão completa, sobre as coisas, sobre os seres
humanos e as suas consciências.
No ano de 1200, apenas uma pequena parte do continente europeu de época estava
fora da cristandade. Ao leste e sul da Rússia havia inúmeros pagãos asiáticos. A
parte sul do território espanhol estava nas mãos dos mouros e ali dominava o
4 – Um pouco de Igreja e Islamismo – “As Cruzadas”
Paulo Roberto
JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 15/37
maometismo. Os habitantes das margens do sul e do leste do mar Báltico, ainda
eram paganistas. Entretanto, durante o século XIII foram obrigados a acatar o
Cristianismo à força de longas e sangrentas guerras. De modo que nos séculos XII
e XIII a doutrina de Cristo era o segmento religioso de quase toda a Europa.
Dizendo com isso que a Igreja como organização, cobriu a maior parte do antigo
continente; à grande maioria dos seus habitantes era possível um conhecimento da
doutrina cristã. Enfim, o Cristianismo romano era tido como a religião oficial de
todos os reinos, exceto o dos mouros. Nesse continente nominalmente cristão, a
Rússia, a Grécia e a península balcânica pertenciam à Igreja oriental, enquanto o
resto da Europa pertencia à Igreja ocidental ou Igreja Romana. Pode-se dizer que
essa grande organização internacional incluía as nações que haveriam de exercer a
maior influência no mundo inteiro e durante muitos séculos.
Nesse período que vivia seu maior poder, a Igreja ocidental desenvolveu
continuado esforço com o propósito de ampliar cada vez mais seus territórios,
tentando assim conquistar a Terra Santa que se encontrava sob o julgo dos
maometanos. Esse esforço resultou em uma série de conflitos armados que tiveram
o nome de Cruzadas, guerras que a Cristandade ocidental moveu contra o
Islamismo, no oriente, durante dois séculos, entre os anos de 1096 e 1291. Essa
grande luta do ocidente contra o oriente foi de grande influência para a vida
religiosa, política, comercial e intelectual dos povos envolvidos. Sua história é
repleta de cenas tocantes e notáveis personalidades que marcaram época.
Nenhuma outra parte da história é mais rica de romance e de heroísmo. É
praticamente impossível resumir toda a verdade a respeito das Cruzadas,
especialmente se afirmarmos que esse movimento não deixou de ser uma grande
tentativa da Igreja Romana em dilatar seus territórios, embora isso seja apenas,
uma parte da verdade.
Também não se deve afirmar que a Igreja fez com que as Cruzadas existissem. Tal
como, todos os grandes movimentos, esse surgiu, em decorrência das várias
causas que vinham operando desde muitos anos. Um desses problemas era o
costume, de há muito existente, de peregrinações à Terra Santa ou Palestina.
Milhares de pessoas haviam realizado essa penosa viagem para visitar e orar nos
lugares ligados à história da vida do Senhor Jesus, especialmente no Santo
Sepulcro. De tudo o que o homem pudesse realizar, ensinava-se, para poder obter
os favores divinos, inclusive o perdão dos pecados, a viagem à Terra Santa era
considerada a de maior eficácia. Os peregrinos, como eram conhecidos os
visitantes que de lá regressavam, trazendo folhas de palmeiras eram venerados
como se fossem pessoas santificadas pelo restante de suas vidas.
Onde quer que fossem eram reconhecidos pelos trajes especiais que em muito os
distinguiam, e eram convidados como hóspedes de todos os cristãos. Às vezes os
peregrinos iam sozinhos; outras vezes em grupos; e em outras, em um grande
número de pessoas, Abastados e paupérrimos, serviçais e nobres, sacerdotes e
laicos visitavam a Terra Santa. Esse antigo costume e já na época generalizado
contribuiu, naturalmente, para o desenvolvimento das Cruzadas, as quais, sob
determinado ponto de vista, outra coisa não foram senão grandes peregrinações
organizadas.
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O contundente avançar do Islamismo foi uma outra causa da existência das
Cruzadas. Tudo isso em decorrência dos árabes estenderem as suas conquistas,
impondo praticamente o seu movimento religioso. Mas, após o século VIII, seu
espírito combativo arrefeceu, e eles através de sua religião não realizaram nenhum
tipo de significação considerada de importância ao mundo considerado
desenvolvido. No entanto, no século XI, os turcos seljúcidas, povo guerreiro e
bárbaro da Ásia central, tomaram dos árabes o domínio do império maometano,
imprimindo, à sua doutrina, determinada agressividade. Os mesmos conquistaram
uma grande parte da Ásia menor e ameaçaram Constantinopla. Enquanto os árabes
se mostraram relativamente tolerantes para com os cristãos, os turcos os odiavam
com bastante ferocidade, praticando crueldades, verdadeiras barbáries contra os
peregrinos que partiam em rumo à Terra Santa. Aí, o surgimento e a atitude desse
povo uniram a cristandade ocidental com a finalidade de derrubar esse grande
inimigo do Cristianismo e libertar, especialmente, o Santo Sepulcro das mãos dos
considerados infiéis.
A terceira e verdadeira causa foi o amor ao combate, às aventuras guerreiras e
heroicas, espírito que era forte em demasia naquela época, particularmente nas
classes mais elevadas da sociedade. A vida considerada mais honrosa para os
homens era a do legítimo cavaleiro, a vida de contendas em defesa dos oprimidos,
em defesa do direito e do Cristianismo.
Embora muitos desses homens não fossem legítimos cavaleiros quanto ao caráter,
todavia considerava-se esse cavaleiro como o homem ideal. É claro que as
Cruzadas eram expedições contra os infiéis, pela posse da Terra Santa, além de
oferecer uma oportunidade especial para a satisfação do espírito cavalariano. De
fato era uma oportunidade para lutar, e digladiar pelo que se julgava a mais nobre
de todas as causas. Provavelmente o maior dos fatores do aparecimento das
Cruzadas foi o crescente entusiasmo religioso de então. Já era observada a
existência de um soerguimento da religião na Europa ocidental no século XI. Esse
forte espírito religioso levou os homens a desejarem fazer alguma coisa a fim de
proliferarem a Doutrina Cristã. E podemos acreditar que nada mais convidativo
mais atraente do que uma luta contra os infiéis. Pensavam que, agindo dessa
maneira, provavam também o interesse pela salvação pessoal. E o que mais
contribuía para essa salvação, imaginavam eles, era uma excursão à Terra Santa,
como destemidos guerreiros da Santíssima Cruz. Não eram somente os humildes e
ignorantes os dominados por tais sentimentos, mas igualmente os nobres, os ricos
e poderosos, afinal, os que tinham em suas mãos a direção dos negócios do mundo.
Todas essas forças e causas vinham operando na vida cotidiana da Europa
ocidental durante o século XI, preparando seus habitantes para o empreendimento
das Cruzadas. A convocação levada a termo pela Igreja, por intermédio dos papas,
deu a arrancada final e mobilizou as forças da cristandade para a grande
movimentação. A primeira Cruzada foi proclamada em 1095, pelo Papa Urbano II
(Oto de Chantillon). O imperador do oriente, Aleixo I (Comneno), fortemente
premido pelos turcos apelou para que o papa lhe enviasse auxílio, assim sendo, em
um concílio eclesiástico em Clermont, na França, onde comprimia uma enorme
multidão, Urbano II, com um discurso inflamado lançou um apelo para que a Europa
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libertasse o Santo Sepulcro do maldito jugo dos maometanos. A multidão, diz-nos a
história, vibrou de entusiasmo e um grande número de pessoas “tomou a Cruz”, isto
é, pregavam sobre os trajes uma cruz de fazenda escura, como sinal do voto que
assumiram de se juntarem ao movimento em torno da Cruzada. De fato a
reivindicação papal foi levada através de todo o território francês e pelo vale do rio
Reno por pregadores ambulantes, conduzidos por Pedro de Amiens, Pedro “o
Eremita”. Onde quer que fossem ouvidas suas palavras entusiásticas, levantavam-
se multidões, tal como, em Clermont, sob o grito em latim de “Deus vult”! (“Deus o
quer”!).
Imperador Aleixo I
Papa Urbano II Pedro “o Eremita”
No ano seguinte os cruzados partiram para a Palestina. Muitas e muitas pessoas da
plebe, verdadeiras multidões fanatizadas, acompanharam os cavaleiros de Cristo
em direção à Terra Santa. Naturalmente essas expedições nada conseguiram.
Contudo, duas delas, uma sob o comando de Pedro “o Eremita”, atravessaram
Constantinopla até a Ásia Menor e foram destruídas pelos turcos em Nicéia.
Entretanto três poderosos exércitos de cavalarianos comandados por poderosos
nobres marcharam através da Ásia Menor e após uma desesperada contenda
capturaram a cidade de Jerusalém. Aí chegando estabeleceram o magnânimo
“Reino Latino de Jerusalém”, cujo primeiro rei foi o Conde Balduíno de Flandres.
Estava, assim, o Santo Sepulcro nas mãos dos cristãos e a Palestina se tornara
outra vez, uma parte da cristandade.
Conde Balduíno de Flandres
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Depois dessa Cruzada existiram mais outras sete, provocadas pelas vitórias dos
islamitas, e outra após o ano de 1187, pela razão de Jerusalém outra vez cair em
poder dos infiéis. Relembrando, os primeiros movimentos foram convocados pelos
papas, por isso a Igreja as comandava, unindo e conclamando para tal, toda a
Europa considerada cristã. Porém, depois, a liderança desse movimento, passou às
mãos da realeza. Com o transcorrer dos anos o entusiasmo pela religiosidade, sem
o qual as Cruzadas jamais se teriam organizado, foi arrefecendo. Surgiram outras
motivações: os de conquista e de apreensão de riquezas. Mas foi no segundo
século das Cruzadas que o sentimento religioso que as caracterizava encontrou,
quem sabe, a sua mais elevada e maravilhosa expressão.
Foi na emocionante Cruzada Infantil, em 1212, que a propaganda e a pregação de
dois adolescentes inflamaram a milhares de meninos e meninas da França e do
vale do Reno, para libertarem o Santo Sepulcro. Abandonaram seus lares e partiram
para a Palestina, acreditando que, com o auxílio divino, seriam mais felizes que os
homens que em muito falharam! Quantidades enormes pegaram os navios em
Marselha, França, em direção à Terra Santa. Mas os proprietários dessas
embarcações eram traficantes de escravos, e essa criançada, mocinhas e
rapazinhos foram vergonhosamente vendidos como escravos. E, por incrível que
pareça essa história, ela nos mostra como o estado de excitação religiosa na
Europa criou tal fanatismo e levou à desgraça alguns milhões de pessoas.
Verdadeiramente, as Cruzadas falharam no seu grande e imediato objetivo. No final
de dois séculos de lutas, Jerusalém continuou sob o domínio dos maometanos até
1919. E aí, a maior tentativa jamais realizada, para estender os domínios da
cristandade através da força, tornou-se infrutífera.
Todavia, o movimento das Cruzadas trouxe alguns resultados, entre os quais, os
considerados de maior importância, foram os relacionados à conduta cristã. Como
resultado do sentimento religioso elas a asseguraram e fortaleceram. O poder
extraordinário que o sentimento de religiosidade exerceu na Europa ocidental,
praticamente no apogeu da Idade Média, veio em parte dessa expressão de
entusiasmo de fé, em que se uniram todas as nações conhecidas daquele
continente. As Cruzadas também fortaleceram o poder do papado, porque deram
aos pontífices a oportunidade de realizar os mais fortes apelos às massas.
Uma das razões pela qual o Papa Inocêncio III (Lottario dei Conti di Segni)
conseguiu aproximar-se da realização do sonho do Papa São Gregório VII
(Hildebrando), a respeito do papado, foi que entre esses dois mandatários da Igreja,
houve mais de um século de Cruzadas, que por sua vez, aumentaram em muito o
poder papal. As Cruzadas em si, também em muito contribuíram para arraigar o
espírito de intolerância. Pelejando contra os infiéis de longe, os homens ficaram
predispostos a usar da força contra os que, estando mais próximos, não se
submetiam aos ensinamentos da Igreja de Cristo.
Papa Inocêncio III Papa São Gregório VII
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E... Depois de um século de Cruzadas, veio a terrível e ignominiosa guerra contra os
albigenses “Cruzada Albigense-denominação derivada de Albi, cidade situada ao
sudoeste da França, também conhecida como Cruzada Cátara ou Cruzada contra os
Cátaros, foi um conflito armado ocorrido em 1209 e 1244, por iniciativa do Papa
Inocêncio III com o apoio da dinastia capetiana (reis da França na época), com a
finalidade de reduzir pela força o catarismo, um movimento religioso qualificado
como heresia pela Igreja Católica e assentado desde o século XII nos territórios
feudais do Languedoque; favoreceu a expansão para o sul das posses da monarquia
capetiana e os seus vassalos. A guerra, que se desenvolveu em várias fases,
começou com o confronto entre os exércitos de cruzados súditos do Rei Felipe
Augusto da França com as forças dos condes de Tolosa e seus vassalos,
provocando a intervenção da Coroa de Aragão, que culminou na Batalha de Muret.
Em uma segunda etapa, na qual inicialmente os tolosanos atingiram certos
sucessos, a intervenção de Filipe Augusto decidiu a submissão do Condado,
ratificada pelo Tratado de Paris. Em uma prolongada fase final, as operações
militares e as atividades da recém-criada Inquisição focaram-se na supressão dos
focos de resistência cátara que, desprovidos dos seus apoios políticos, terminaram
por ser diminuídos. A guerra teve episódios de grande violência, provocando a
decadência do movimento religioso cátaro, o ocaso da até então florescente
cultura languedociana e a formação de um novo espaço geopolítico na Europa
ocidental”, considerados hereges, os quais habitavam no sul da França.
Finalmente, esse espírito de intolerância deu lugar também ao estabelecimento e
ao desenvolvimento do futuro sistema inquisitorial.
Rei Felipe Augusto da França
Bibliografia
 NICHOLS, Robert Hastings – “The Growth of the Christian Church”.
 GOOGLE.
 WIKIPÉDIA.
Dei, non hominum, gratia
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Ir. Mário Jorge Neves
Lisboa – Portugal
Maçonaria Especulativa
e Sir Robert Moray
Continuamos a ler e a ouvir que a Maçonaria Especulativa nasceu em 24 de Junho de
1717 com a criação, por 4 lojas londrinas, da Grande Loja de Londres.
Continuamos a ler e a ouvir que antes desta data existia somente a Maçonaria
Operativa, derivada dos grandes construtores dessas maravilhosas obras de arte que
são as catedrais existentes em diversos países europeus.
E continuamos a ler e a ouvir que as lojas maçónicas operativas foram admitindo
gradualmente em vários locais indivíduos que não estavam ligados às artes e aos ofícios
e que eram recebidos como membros dessas lojas.
Podemos dizer que esta é a história oficial que foi criada e insistentemente difundida
como parte de um programa de cultura imperial global muito activo no século XIX por
parte da potência dominadora a nível mundial nesse período que foi a Grã- Bretanha.
Este é um lado da questão e importa, na minha simples opinião pessoal, analisar a
sensatez e a credibilidade dessa história oficial que não é diferente de quase todas as
histórias oficiais de qualquer assunto que reflectem sempre uma visão manipuladora dos
factos e das mentes.
O raciocínio de análise e a compilação de múltiplos factos históricos acaba por mostrar o
contrasenso de algumas dessas matérias que vamos lendo e ouvindo.
Desde logo, porque não é possível qualquer acção operativa sem ser precedida de uma
actividade especulativa.
Está há muito demonstrado no plano científico e fisiológico que em qualquer actividade,
mesmo de complexidade muito rudimentar, o pensamento precede a acção.
Os grandes construtores de catedrais muito antes de começarem a edificar os
gigantescos edifícios com aspectos altamente sofisticados a nível estrutural e artístico,
passavam, inevitavelmente, largos meses a discutir todos os cálculos de construção e
as plantas de todo o conjunto a edificar.
5 – Maçonaria Especulativa e Sir Robert Moray
Mário Jorge Neves
Hercule Spoladore
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No seio dessas lojas existiam diversos membros que possuíam profundos
conhecimentos de, por exemplo, engenharia, de matemática e de arquitectura que
certamente não estariam depois nos locais de construção a talhar as pedras ou a
colocar argamassa.
Imaginemos o que aconteceria se começassem a levantar aquelas pesadas paredes
sem os necessários cálculos precisos e sem técnicas apuradas de construção.
Não durariam muito, ao contrário do que temos actualmente, em que algumas delas têm
quase 1000 anos.
Por outro lado, e admitindo essa referida diferença entre maçonaria operativa e
especulativa, bem como a sua sequência temporal e histórica, nada permite
fundamentar com o mínimo de credibilidade histórica que a maçonaria especulativa
nasceu em 1717.
Não é possível continuar a escamotear que a criação da Grande Loja de Londres, e que
no século seguinte evoluiu para a Grande Loja Unida de Inglaterra, obedeceu a um
plano político organizado pela então nova família real inglesa vinda directamente da
Alemanha e que ficou logo conhecida pela dinastia hanoveriana.
O facto das mais influentes lojas maçónicas na Inglaterra, na Escócia e na Irlanda terem
uma fortíssima influência stuartista, a outra família real que disputava o trono, impôs que
os novos ocupantes do trono inglês tivessem de desenvolver imediatos esforços para
contrariar essa influência no mesmo terreno, como uma das formas de segurarem o
poder adquirido.
O objectivo efectivo da elaboração das Constituições de Anderson, o papel que
desempenhou este capelão protestante e os prolongados conflitos entre Antigos e
Modernos dariam, por si só, para fazer um outro extenso trabalho de análise.
Mas voltando à questão do nascimento da Maçonaria Especulativa, importa ter presente
a criação da Royal Society e o papel de Sir Robert Moray.
Robert Moray foi soldado, espião, diplomata, rosacruciano, filósofo e cientista e a
verdadeira alma da criação da Royal Society.
Foi um homem de extrema confiança dos Stuarts e também o seu homem-sombra.
A existência de uma ampla rede de lojas maçónicas não operativas, determinou, em
grande medida, a sua importação, mais tarde, para França, logo que foram afastados do
poder e que eles tentaram, sem êxito, recuperar desde o seu exílio em Saint Germain en
Laye, com a acção dinâmica de muitas delas.
Robert Moray foi recebido na Loja Mary’s Chapel d’Edinburgh em 1641, embora os
primeiros não operativos conhecidos tenham sido admitidos por esta mesma loja em
1634.
Desde 1592 que William Schaw era mestre dos trabalhos do rei Jaime VI da Escócia e
vigilante geral da profissão de pedreiro, tendo em 1598 feito adoptar os “Estatutos e
Ordenações que devem ser observadas por todos os pedreiros do reino” e que foram
completados em 1599 por uma segunda série de regulamentos para dar solução à
reivindicação da presença da Loja de Kilwinning.
Estes estatutos consagravam a organização territorial das lojas na Escócia por cidades
e por regiões, impondo a eleição anual de um Vigilante, e não de um Mestre, por cada
loja.
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Assim, as lojas escocesas tinham uma organização muito específica, permanente, com
um número adequado de mestres por loja sob a direcção de um vigilante e de um
diácono, enquanto as lojas inglesas, excepto talvez Londres, continuaram a formar-se
em função dos estaleiros de obras, sob a direcção do mestre do estaleiro.
Nos arquivos da Loja Mary’s Chapel existe a seguinte minuta: “ Em Newcastle, a 20 de
Maio 1641. Neste dia, um certo número de mestres e outros estando regularmente
reunidos, admitem o muito distinto Robert Moray, Mestre General de Quartel do exército
da Escócia, o que foi aprovado por todos os mestres maçons da loja de Edimburgo que
colocaram as suas assinaturas ou as suas marcas”.
Nesta minuta pode verificar-se que Robert Moray não é o primeiro não operativo
recebido numa loja, embora seja o primeiro a ser recebido como tal em solo inglês, dado
que a iniciação de Elias Ashmole só terá lugar 5 anos mais tarde.
Mas este documento também nos mostra que os maçons escoceses podiam reunir-se
em loja fora do seu local geográfico.
Uma interrogação se coloca: o que faziam os maçons de Edimburgo em Newcastle?
O facto de nesse período decorrerem as guerras civis britânicas conhecidas pela guerra
dos 3 reinos, levou a que os maçons de Edimburgo tenham acompanhado o exército
para no porto de Newcastle contribuírem para a recuperação das fortificações e de
efectuarem outras obras de campo.
Robert Moray era o comandante geral da logística, encarregue do material, do
aprovisionamento e do estabelecimento dos acampamentos mais ou menos fortificados.
Robert Moray tem sido apontado como um espião ao serviço do Cardeal Richelieu,
então primeiro-ministro do rei francês Luís XIII, na sequência de aos 21 anos ter ido para
França num regimento escocês conduzido pelo Coronel Sir John Hepburn no quadro de
uma aliança entre a Escócia e a França em 1633.
Mas ele foi um fiel servidor dos reis Carlos I e Carlos II e será nomeado cavaleiro pelo
primeiro a 10 de Janeiro de 1643.
No entanto, e contrariamente ao uso da época, Moray nunca juntou à sua assinatura o S
de Sir, mas manteve sempre a estrela de cinco pontas, da qual fez a sua marca de
maçon.
Com a ascensão de Cromwell ao poder, deu-se o exílio do jovem rei Carlos II.
Durante esse período, a diplomacia foi intensa em todas as direcções para promover a
recuperação do trono e as redes maçónicas na Escócia foram activadas nesse sentido.
Elias Ashmole, que foi iniciado uns anos antes em Warrington numa loja que tinha mais
as características de se tratar de uma loja escocesa deslocalizada do que uma loja
inglesa, dado que era dirigida por um Vigilante, era um antigo capitão da artilharia real e
fervoroso stuartista no desenvolvimento do processo de recuperação do trono.
Robert Moray utilizou activamente todos os seus conhecimentos maçónicos em vários
países da Europa.
Nos arquivos de Maastricht existe um documento que refere o seguinte:
“ O dez Março 1659 compareceu Sir Robert Moray, Cavaleiro, nascido na Escócia,
conselheiro privado do rei da Grã-Bretanha na Escócia, e coronel dos guardas
escoceses ao serviço de sua majestade o rei de França, com a idade de cinquenta anos
e apresentado por Everard, mestre da profissão de pedreiro. Enquanto maçon ele
prestou o seu juramento necessário e o direito de cidadania foi-lhe atribuído, segundo o
uso”.
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Mas passado pouco tempo, nesse mesmo ano, Cromwell morreu e o seu filho não tinha
já as condições mínimas para manter o poder.
O general Monck, também maçon, comandou as tropas escocesas e marchou sobre
Londres, tendo conseguido restaurar o trono de Carlos II.
Este rei foi iniciado maçon durante o período do exílio, segundo alguns testemunhos
como o de William Preston.
Uma das primeiras medidas incentivadas por este rei foi a criação da Royal Society, que
numa reunião realizada a 28 de Novembro de 1660 no Gresham College teve o seu
primeiro momento de vida.
Desde o início que Moray foi o principal dinamizador desta sociedade científica, a sua
força motora, tendo orientado, desde logo, as investigações para aplicações práticas a
nível industrial e militar.
Na base da criação da Royal Society estiveram 12 fundadores: o Reverendo John
Wilkins; o Visconde William Brouncker; o Conde de Kincardine Alexander Bruce; Robert
Boyle; Sir Robert Moray; Sir Paul Neile; Doutor Jonathan Goddard; William Petty; William
Ball; Laurence Rooke; Sir Christopher Wren; e Abraham Hill.
Mais tarde, outros vultos das ciências se juntaram a esta sociedade, nomeadamente
Isaac Newton já depois da morte de Robert Moray em 1673.
A primeira reunião destes 12 homens pode ser considerada, com toda a propriedade,
como o acto de nascimento da ciência moderna.
Antes da criação da Royal Society a ciência era totalmente dominada pela religião e
esmagada em nome de argumentos teológicos.
O ambiente geral dos povos era determinado pela superstição e a esmagadora maioria
dos indivíduos atribuía tudo à magia.
Nos primeiros anos de actividade, esta sociedade científica dirigiu o seu trabalho
prioritariamente para a medição da longitude, em que ainda hoje o seu ponto de
referencia está fixado em Greenwich, a medição da latitude, a medida da direcção do
campo magnético da Terra, as observações astronómicas do nosso sistema solar e para
técnicas de navegação mais sofisticadas e avançadas.
Em 1665, Sir Robert Moray apresentou uma moção ao conselho da Sociedade onde
propôs a criação de um jornal científico com o nome de “Transacções Filosóficas”
Uma semana depois surgiu a primeira edição deste jornal, que se tornou no primeiro
jornal científico a ser editado em todo o mundo.
Este jornal procedeu à divulgação de grande parte dos trabalhos realizados e dos
resultados das experiências em curso.
Toda a dinamização e estruturação da Sociedade foram impulsionadas por Moray que
restabeleceu os seus contactos maçónicos em toda a zona de Londres e sobretudo com
o núcleo principal da franco-maçonaria em Londres que era o Gresham College.
Nesta universidade pública, que o seu fundador Thomas Gresham idealizou como
destinada a sustentar os seus ideais maçónicos de estudo e de pesquisa, estavam
muitos dos numerosos cientistas defensores dos forças parlamentares que tinham sido
afastados dos seus postos universitários e lutavam por sobreviverem.
Eles dispunham de pequenas remunerações que eram as possíveis de obter pelos
recursos existentes a nível desta universidade.
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Moray estabeleceu velhos contactos com os nobres maçons escoceses e conhecia ricos
senhores da sociedade que eram maçons, que tinham dinheiro e influência.
Nesse sentido, e procurando juntar algumas das componentes dos campos opostos dos
últimos acontecimentos políticos, Moray conseguiu convencê-los a trabalhar em
conjunto para o bem do seu rei e do seu país.
Para que este plano pudesse funcionar, Moray estabeleceu o princípio que durante as
reuniões da sociedade não se podia falar em política ou religião.
Assim, Moray conseguiu juntar os defensores do campo do rei que tinham dinheiro e os
defensores do campo parlamentar que tinham competência científica, para constituir um
grupo autofinanciado susceptível de solucionar os problemas prementes da marinha
inglesa.
Este era logo no início um problema urgente, dado o atraso científico e de inovação
armamentista que se colocava à marinha inglesa já em disputa latente com a holandesa.
Apesar de o primeiro presidente da Royal Society ter sido, por vontade do rei, William
Brouncker, a estruturação organizativa posterior colocou-o como presidente permanente
e todos os anos era eleito um presidente efectivo.
Moray foi o que desempenhou mais vezes esta presidência efectiva devido à sua
notável capacidade organizativa e à sua impar experiência de análise.
Entretanto, há um facto curioso que se situa em torno da existência no seio da Royal
Society daquilo que Boyle definiu como o “Colégio Invisível”.
Estas referências encontram-se num conjunto de cartas que enviou ao seu antigo
preceptor Isaac Marcombe, em Paris, em Outubro de 1646.
Boyle utilizou esta referência para designar um grupo de membros da Royal Society que
se reunia regularmente para discutir o que descrevia como “… a filosofia natural, a
mecânica e a agricultura segundo os princípios do colégio filosófico …”.
Numa carta a Francis Tallents do Magdalene College de Cambridge, Boyle referiu-se às
“pedras angulares do Colégio Invisível” com as seguintes palavras:
“ São homens de um espírito tão extenso e tão curioso que a filosofia escolar é o menor
dos campos do seu conhecimento; génios tão humildes e tão abertos que não
desdenham escutar o mais modesto entre eles que pode dar a sua opinião ao mesmo
nível dos outros; pessoas que se esforçam por estabilizar os espíritos limitados,
praticando uma caridade tão extensa que toca tudo o que pode ser chamado homem e
que nada menos que a beneficência universal pode satisfazer. E na verdade, eles são
tão preocupados com o bom uso das coisas, que se preocupam com o bem estar de
toda a humanidade”.
Estas palavras têm uma clara identificação com um grupo de homens que se reunia
clandestinamente e que tinha uma inquestionável marca maçónica.
Boyle nunca terá pertencido à maçonaria porque se recusava a prestar qualquer
juramento, fossem uais fossem as circunstâncias, mas demonstrou em diversos
momentos estar familiarizado com a terminologia e a simbologia maçónicas.
Foi por esta mesma razão que nunca aceitou o cargo de presidente da Royal Society
porque não aceitava prestar o respectivo juramento de posse.
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A Royal Society foi a força fundamental que contribuiu para o nascimento da nossa
época científica moderna e para o enorme desenvolvimento civilizacional dos últimos
séculos pelas descobertas que vieram revolucionar múltiplas áreas do conhecimento.
Na perspectiva de continuar a colocar a evolução da actividade maçónica em termos de
operativos e especulativos, é para mim inquestionável que o efectivo nascimento da
maçonaria especulativa é efectuado com a prévia actividade dos idealizadores da Royal
Society e depois com a sua implementação e rápido desenvolvimento.
No seio dos fundadores da Royal Society existiam diversos maçons, claramente
referenciados como tal, como, pelo menos, Moray, Elias Ashmole, Wren e Alexander
Bruce.
A partir das palavras escritas por Boyle, ficamos a saber que existia no seio do Royal
College uma estrutura discreta ou até mesmo clandestina que era o chamado Colégio
Invisível e que pelas descrições e características dos seus membros só podiam ser
maçons.
Na descrição dos seus atributos nada é diferente daquilo que deve ser a prática de um
maçon até, e sobretudo, nos dias de hoje.
Robert Moray não foi o primeiro maçon especulativo a ser iniciado, é um facto, mas foi
aquele que lançou as bases decisivas da criação da Maçonaria Especulativa como a
conhecemos nos dias de hoje.
O estudo permanente, o raciocínio dedutivo, a discussão tolerante das opiniões
diferentes e a construção de ideias dinamizadoras de um futuro mais humanizado e ao
serviço do bem geral estar devem ser, em minha opinião, aspectos identificadores da
actividade maçónica.
Ora, isto implica desmistificar “verdades” históricas que foram elaboradas para servir
objectivos políticos bem precisos em determinados momentos, como é o caso da
criação da chamada maçonaria especulativa e moderna em 1717.
No período imediatamente posterior a 1717 verificou-se uma ampla destruição de
documentação maçónica para tentar apagar a influência decisiva das lojas escocesas e
a sua clara supremacia a nível de toda a Grã-Bretanha, tendo no início do século
seguinte sido desenvolvida idêntica acção pelo Duque de Sussex, irmão mais novo do
rei hanoveriano George IV e que em 1813 se tornou Grão-Mestre da nova Grande Loja
Unida de Inglaterra, tendo mais tarde chegado também a presidente da Royal Society.
Apesar disto, vários investigadores maçons têm conseguido trazer ao conhecimento
público últiplos documentos que desmistificam a história oficial.
Sejamos nós os primeiros a dar o exemplo na procura da verdade!
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Coluna da Harmonia
O Irmão Ademar Valsechi escreve aos sábados.
É MI da Loja Templários da Nova Era – 33º. REAA – membro da Academia
Catarinense Maçônica de Letras, ex-Grande Mestre de Harmonia, atual Grande
Secretário de Cultura da GLSC e autor do Livro “A Arte da Música Através do
Tempo e na Maçonaria” além da Coletânea em MP3 de Músicas para Ocasiões
Maçônicas. - valsechibr@gmail.com
Coluna da Harmonia – Nr. 58
Música Barroca: A Ópera
Ópera= Do latim=obra, iniciou no período barroco. É o casamento perfeito
entre música e teatro. A ópera é um gênero artístico teatral que consiste em um drama
encenado acompanhado de música, isto é, uma composição dramática em que se
combinam música instrumental e canto, com presença ou não de diálogo falado. Os
cantores são acompanhados por um grupo musical que em algumas óperas pode ser
uma orquestra sinfônica completa.
O drama é apresentado utilizando os elementos típicos de teatro, tais como
cenografia, vestuário e atuação. A letra da ópera, chamada “Libreto” é normalmente
cantada.
Ópera-Balé: Espetáculo composto de danças e cantos.
Ópera-Bufa: Ópera de assuntos jocosos. Atualmente é também chamada Ópera-
Cômica.
Oratório: Gênero musical cantado de conteúdo narrativo.
Ilustrando a 58ª Coluna da Harmonia, vamos ouvir da ópera de Mozart, “As
Bodas de Fígaro” o movimento “Voi Che Sapete”.
 08 - Voi che Sapete de 'As Bodas de FÃgaro' (Mozart).mp3
6 – Coluna da Harmonia nr. 58 (Música Barroca A Ópera)
Ademar Valsechi
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis
01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão
11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul
13/12/1983 Nova Aurora Criciúma
18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo
20/12/2003 Luz Templária Curitibanos
22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis
21/12/1999 Silvio Ávila Içara
Data Nome da Loja Oriente
02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau
02/12 Lauro Muller São José
06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma
07/12 Voluntas Florianópolis
09/12 Igualdade Criciumense Criciumense
11/12 Xaver Arp Joinville
13/12 Padre Roma II São José
14/12 Montes de Sião Chapecó
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Dezembro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste
02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis
04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó
05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó
08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão
11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville
11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara
11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville
12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis
13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis
13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça
16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco
16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque
17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó
17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis
20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador
28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras
28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
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Curiosidade: Mapa de Obreiros por Estado.
(Grupo Brasil Maçonaria)
Maçons do Brasil - (GOB – CMSB – COMAB)
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GRANDE LOJA MAÇÔNICA DE MINAS GERAIS
Geraldo Eustáquio Coelho de Freitas - Tataco
Grão-Mestre
Caríssimos Irmãos,
Preocupados e atentos aos últimos acontecimentos da vida nacional, que vêm trazen
inquietações ao Povo Brasileiro, divulgamos no dia 28 de novembro, o docume
intitulado "MANIFESTAÇÃO E CONCLAMAÇÃO".
Nesse documento, enviado a todos os Irmãos e amplamente divulgado à sociedade, externamo
nossa preocupação de longa data com o estado de quase falência dos princípios legais, morais e étic
que vem comprometendo os destinos do País, exortando à vigilância permanente em defesa dos valo
que defendemos, sobretudo com relação à erradicação da corrupção e da impunidade.
Coerente com essa Manifestação e Conclamação, apoiamos e incentivamos os Irmãos a, no ple
exercício de seu direito de cidadania, participarem das manifestações populares programadas para o
04 próximo, de forma ordeira, consciente e responsável.
Fraternalmente,
Tataco - Edilson - Quirino
FALE CONOSCO
Estimado Irmão, estamos inteiramente a disposição para atendê-lo.
Clique Aqui
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Grande Loja de Santa Catarina
MRGLSC
Em todo o Brasil, cidadãos nas ruas pela decência!!!
A Grande Loja de Santa Catarina
CONVOCA
a Família Maçônica para participar deste movimento pacífico contra a impunidade e a
corrupção, a favor da ética na política e pela moralidade no trato da coisa pública.
Democracia sempre e Justiça já!
Acorda Brasil!
VAMOS VESTIR VERDE
Av. Pequeno Príncipe, 1002 - Campeche - CEP: 88063-000 - Florianópolis/SC
Fone: +55 (48) 3234-3333 - portal@mrglsc.org.br
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
Dia 3 de dezembro:
O Salário
"Todo operário é digno de seu Salário" é a palavra de ordem cristã e, maçonicamente,
é a recompensa do esforço e da boa vontade.
O maçom recebe periodicamente o seu salário com o significado de premiação; esse
prêmio corresponde ao recebimento de maiores conhecimentos.
Passa assim, o Salário a ser parcela intelectual e espiritual.
O maçom, dentro do seu rito, recebe o Salário contínuo até chegar ao ápice de seu
grau, quando receberá a "coroa".
O Salário do pecado é a morte; o Salário do fiel é a Vida Eterna.
O maçom assíduo aos seus trabalhos é digno de receber o Salário Maçônico, como
um direito a que se faz jus.
Porém, a máxima franciscana do que é dando que se recebe deve servir de norma para
o maçom.
Nada deve esperar se não tomar a iniciativa da doação.
É a Lei Divina.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 356.
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Kyneton Masonic Lodge
St, Kyneton VIC 3444, Austrália (acervo JB News)
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(pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos)
1 ---
Atente-se a 17 coisas
que você não deve
fazer na cozinha!
2 –
Você vai se
apaixonar pela arte
de Arsen Kurbanov!
3 –
Você conhece a
Guatemala? É um
país incrível!
4 – Cruzeiro pelo Mar Egeu:
Crucero Egeo.pps
5 – Fotos raras em preto e branco:
Fotos raras - Black_and_White_historical_photos.pps
6 – Leonardo da Vinci
Leonardo_da_ Vinci-Pintor_Italiano(som).pps
7 - Filme do dia: “O Segredo de Beethoven” - legendado
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O Irmão e Poeta Adilson Zotovici,
da Loja Chequer Nassif-169
de São Bernardo do Campo –
escreve aos sábados e esporadicamente
em dias alternados.
adilsonzotovici@gmail.com
ARTIGO TERCEIRO *
Com atenção e alegria
Numa sessão edificante
Ouvi dum irmão outro dia
Algo muito interessante
Sobre um artigo importante
Da Constituição Federal
Ao livre pedreiro marcante
Pois a ele... institucional !
Um paralelo genial !
Ao obreiro Lei primeira
Mas à ambas, cabal ...
À Ordem e à Lei Brasileira
Na verdade alvissareira
Pois fulcro do bem à Nação,
Comum à sociedade ordeira
E à Sublime Instituição
Condensada numa expressão
Que objetiva a liberdade,
A Igualdade, a ponderação,
A Paz e a Fraternidade
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É o “artigo terceiro” em verdade
Ao maçom regra primária,
Reza, construir sociedade ;
“ Livre, justa e solidária “ !
Adilson Zotovici
ARLS Chequere Nassif-169
*Mencionado esse artigo 3º da Constituição Federal do Brasil,
( que o mote para esse poema) , em Palestra com o título
“ Sois Maçom ? ” em reunião conjunta das Lojas Chequer Nassif,
Cinquentenário, Colunas do ABC,Renascença , Amaranto ,
Frater Domus e Stella Matutina , todas da região do ABC –SP,
proferida com muito sucesso, pelo irmão Gilberto Maistro Junior,
membro da Chequer Nassif ,Professor das Faculdades de direito
de São Bernardo do Campo e Sorocaba -SP, a quem dedico
esse singelo poema.

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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Feira de Santana – BA Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.256 – Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrBarbosa Nunes – Os Filhos Crescem e não Podemos Impedir... que pena! Bloco 3-IrMario López Rico – Las siete artes liberales (3 de 8) – Trivium II - Dialéctica Bloco 4-IrPaulo Roberto – Um pouco de Igreja e Islamismo – “As Cruzadas” Bloco 5-IrMário Jorge Neves – Maçonaria Especulativa e Sir Robert Moray Bloco 6-IrAdemar Valsechi – Coluna da Harmonia nr. 58 (Música Barroca: a Ópera) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 3 de dezembro e versos do Irmão e Poeta Adilson Zotovici
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 2/37 3 de dezembro  1769 - O rei D. José I de Portugal é agredido por um demente, com duas pauladas, em Vila Viçosa.  1818 - Illinois torna-se o 21º estado norte-americano.  1825 - Van Diemens Land, hoje conhecida como Tasmânia, foi proclamada uma colônia à parte da Nova Gales do Sul, com seu próprio sistema judiciário e conselho legislativo.  1839 - Bula do Papa Gregório XVI condena e proíbe a escravidão de negros (v. Tráfico de escravos para o Brasil).  1860 - Instituição da tarifa Silva Ferraz que reduziu as taxas de importação sobre máquinas, ferramentas e ferragens, no Brasil.  1870 - Vem a público o Manifesto Republicano que tem como um dos principais redatores Quintino Bocaiúva.  1904 - Descoberta do satélite de Júpiter Himalia.  1905 - Prisão de Leon Trotski.  1933 - Guerra do Chaco: Estigarribia cercou as 4ª e 9ª divisões bolivianas em Campo Vía.  1953 - Elevação da vila de Alagoinha (Paraíba) à categoria de município.  1963 - Criação da Base Aérea de Brasília.  1965 - Os Beatles lançam o seu sexto álbum, Rubber Soul.  1967 - O Doutor Christian Barnard realiza o primeiro transplante de coração, no Hospital Groote Schuur, na Cidade do Cabo, África do Sul. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 338 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Nova) Faltam 28 dias para terminar este ano bissexto Dia Internacional das Pessoas com Deficiência Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 3/37  1971 - A Guerra Indo-Paquistã de 1971: o Paquistão ataca oito bases indianas.  1973 - A sonda Pioneer 10 sobrevoa o planeta Júpiter a aproximadamente 131.000 km.  1974 - A sonda Pioneer 11 sobrevoa o planeta Júpiter a aproximadamente 46.000 km.  1976 - Fidel Castro se diploma Presidente da República de Cuba.  1979 - Onze pessoas morrem na correria para conseguir melhores lugares no show da banda The Who em Cincinnati, Ohio, Estados Unidos.  1984 - Lançamento do primeiro exemplar do mangá Dragon Ball pela Shonen Jump.  1987 - Desastre de Bhopal, um dos piores na história da indústria.  1992 - Enviado o primeiro SMS, no Reino Unido, com o texto "Merry Christmas." (Feliz Natal).  1994 - Lançamento do Playstation da Sony no Japão.  1997 - 700 mil trabalhadores israelitas fazem greve contra o programa governamental de privatizações e aposentadorias, paralisando aeroportos, portos, bancos, empresas estatais e parte dos serviços públicos (v. História de Israel).  2007 - Austrália ratifica o Protocolo de Quioto, deixando os Estados Unidos "sozinhos" para também o ratificar.  2013 - É lançada a Cartoon Network Portugal. 1750 Aviso real determinava a criação de um colégio dos padres da Companhia de Jesus, na vila de Nossa Senhora Desterro. 1961 Instalado o município de Campo Belo do Sul 1962 Criado o município de Canelinha, desmembrado de Tijucas. 1873 Fundação da Loja Maçônica União Diamantinense nr. 205 de Diamantina MG 1980 Fundação da Loja Maçônica “Cavaleiros da Paz” nr. 2677 de Alfenaqs MG 1996 Criação da Loja Maçônica de Araxá – Araxá MG 1999 Criação da Fundação Machado de Assis de Maçons do Real Arco, no Rio de Janeiro 2007 Fundação da Loja Maçônica Tabajara nr.. 3899 –João Pessoa - GOB / PB = Rito: Brasileiro Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal Fatos históricos de santa catarina
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 4/37 Rua Geral dos Ingleses, nr. 6040 (Estacionamento próprio). Haverá “Três Irmãos” para melhor atende-lo. Venerável Mestre! De Irmão para Irmão As publicidades veiculadas nas edições do JB News são cortesia deste informativo, como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais. Valorize-os, preferindo o que está sendo anunciado.
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 5/37 Caro Venerável, Desejas criar e manter um site de qualidade da tua Loja? Então atente para este anúncio (Coisa de Irmão para Irmão)
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 6/37 Ilustre Visita. Prazer em conhece-lo! O Irmão Barbosa Nunes, que escreve há anos nas edições de sábados no JB News, Grão-Mestre Geral Adjunto do Grande Oriente do Brasil, veio visitar algumas Lojas catarinenses de sua jurisdição e resolveu, na quinta-feira de tarde, fazer-nos uma visita surpresa e agradável. Ao despedir-se, um justo registro do JB News no hall do edifício onde residimos, para marcar este alegre encontro. Muito prazer em conhecê-lo meu Irmão!
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 7/37 INFORMATIVO BARBOSA NUNES Artigo nr. 304 OS FILHOS CRESCEM E NÃO PODEMOS IMPEDIR... QUE PENA! Inspiro-me no “Instituto PENSI”, para falar sobre o crescimento dos nossos filhos. “Ver os filhos crescer não é fácil, sentimos que uma parte de nossa vida está indo embora. Uma hora eles serão adultos e isso nos assusta. Aqueles que eram tão dependentes, de repente, como num piscar de olhos, tornam-se independentes, donos de seus narizes, capazes de fazer tantas coisas sozinhos. Como viver isso? Ananda Urias, no “Poema sobre filhos que crescem rápido demais”, pede ao tempo, por favor, desacelere. “Por favor, tempo, desacelere. Tão pequeno e já tão dono de si. Pronto para desbravar um mundo que vai além de mim! Me perdoe filho, não estou pronta para te ver partir… sinto falta de quando eu era tudo que você precisava para ser feliz. Você vai crescer, é inevitável, é saudável… Mas eu queria reviver, dia após dia, os seus sorrisos inocentes, as suas conquistas, os seus primeiros beijos e abraços. 2 – Os Filhos Crescem e não podemos impedir... que pena¹ - Barbosa Nunes - artigo nr. 304
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 8/37 Queria eternizar esse momento e viver assim, juntinho de ti. Estás pronto para desbravar o mundo, conquistar novos amigos, encantar outras vidas… eu me sinto orgulhosa e ao mesmo tempo perdida, porque já sinto o vazio da nossa diária despedida. Seja gentil, tempo. Desacelere. O tempo não perdoa. Não espera. Eu ainda te vejo frágil, indefeso, meu pequeno. Mas você já descobriu que lá fora existe um mundo cheio de aventuras esperando por ti. Existe um mundo que vai além dos meus braços, dos meus abraços, dos meus beijinhos, do olhar sempre atento a te proteger… Eu não estou pronta, mas você está. Filho, eu estou com medo de te ver partir… Tempo, seja gentil: desacelere”. O escritor Rubem Alves emociona a todos nós, pais e mães com sua crônica que oferecemos a vocês, eu e minha companheira Vera Lúcia, pais de Ivana, Flávio Henrique, Isabella e avós dos netos Paulo Henrique e Vinícius, intitulada “Quando os filhos voam”. “Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora. Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas. Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira… Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo… Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem… Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade. Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma. É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós. É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor. Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados. Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 9/37 Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança. Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado. Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase. Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno. Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível. Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar. E não há estrada mais bela do que essa”. Filhos são como flechas. Com a sua vivência, pais, estiquem forte e seguramente o arco, deixando a flecha ir o mais longe e alto que conseguir. Exatamente como diz Gibran Khalil Gibran no seu iluminado poema “Vossos filhos não são vossos filhos”. “Vossos filhos não são vossos filhos. São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. E embora vivam convosco, não vos pertencem. Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos. Porque eles têm seus próprios pensamentos. Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas; Pois suas almas moram na mansão do amanhã, que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho. Podeis esforçar- vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós, porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados. Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas. O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe. Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria: Pois assim como ele ama a flecha que voa. Ama também o arco que permanece estável. Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil - barbosanunes@terra.com.br Visite o site da Loja Professor Mâncio da Costa nr. 1977 www.manciodacosta.mvu.com.br Florianópolis
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 10/37 O Irmão Mario López Rico é de La Coruña – Espanha. Escreve aos sábados. Responsável pela publicação espanhola Retales de Masononeria mario.lopezrico@yahoo.es - retalesdemasoneria.blogspot.com.es Las siete artes liberales (3 de 8) Trivium II - Dialéctica Bien, mi querido y paciente lector. Tras la entrega anterior confío en su buen hacer, confío que se ha aplicado y estudiado gramática y ya no comete los inmensos errores gramaticales que comete mi persona errando continuamente tanto en la estructura gramatical como en el uso adecuado y oportuno de las palabras. Así pues, es hora de tratar una nueva arte liberal: La dialéctica. El término dialéctica proviene del griego διαλεκτική y, literalmente, significa técnica de la conversación. En sus comienzos se trataba de un ´método de conversación o de argumentación muy similar a la lógica, lo cual nos indica que su empleo correcto contribuye a logra la verdad sobre el tema que se argumente. Y es ahí justamente donde quería llegar para el comienzo de esta entrada. Usted ya sabe de la importancia de hablar correctamente desde el punto de vista gramatical, ahora sabe como puede, además, hablar lo correcto, la verdad: usando la dialéctica. De manera esquemática puede definirse la dialéctica como el discurso en el que se contrapone una determinada concepción o tradición, entendida como tesis, y la muestra de los problemas y contradicciones, entendida como antítesis. Es decir, tenemos una idea y su opuesta, las enfrentamos y obtendremos una síntesis que debe darnos la solución del problema. Heráclito puede ser considerado como “padre de la dialéctica” en occidente, es el primero que considera que la contradicción no paraliza sino dinamiza. En Heráclito se insinúa que las cosas se empujan unas a otras oponiéndose. En toda oposición los términos que se oponen son, cada uno, la negación del otro Otro de los primeros ejemplos de aplicación del método dialéctico lo ofrecen los Diálogos del filósofo griego Platón, quien además reflexiona sobre el funcionamiento y el alcance de este procedimiento, notablemente en sus obras Gorgias, República VI y Teeteto. 3 – Las siete artes liberales (3 de 8) – Trivium II - Dialéctica - Mario López Rico
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 11/37 En los diálogos platónicos tempranos, el procedimiento permite someter a examen cierto conjunto de creencias que mantiene determinado individuo. A partir de los diálogos medios, su alcance se amplía, para poner a prueba hipótesis o teorías con las que no necesariamente alguien está comprometido. El examen usualmente lo lleva a cabo Sócrates, quien dirige a su interlocutor una serie de preguntas para explorar si hay inconsistencias entre sus dichos. Estas preguntas son, pues, críticas y comprometedoras, y puede considerarse que equivalen a objeciones (Antítesis); pues naturalmente, una teoría (tesis) que muestra ser contradictoria no podría aceptarse como verdadera. Unas veces el propio Socrates quien se niega si mismo al meditar sobre el tema; pero en cualquier caso, mediante la detección y eliminación de errores, el procedimiento tiende a la identificación de la verdad -o al menos, de lo que racionalmente puede aceptarse como tal. La dialéctica ha sido estudiada – y lo sigue siendo – por la filosofía y sus máximos representantes y es posible hablar de la dialéctica de Platón, la de Aristóteles, Descartes, Kant o Hegel. Muy largo sería estudiar aquí a cada uno de ellos y sus diferencias, Eso sería un estudio de la filosofía, en su parte de la dialéctica, a lo largo de la historia. Quiero llegar a viejo y si lo hiciese el lector, como poco, no me desearía nada bueno; sin embargo me arriesgo a sugerirle que con paciencia y poco a poco dedique unos minutos diarios al estudio de la dialéctica de estos grandes pensadores y no tardará en notar como su forma de hablar, de pensar y de buscar soluciones mejora sensiblemente. No en vano, Arthur Schopenhauer, entre otros aspectos, considera a la dialéctica como una forma elocuente de razonamiento. Como ya se dijo, la dialéctica se basa en la fundamentación de que una idea (tesis), generalmente histórica, social o filosófica, al ser desarrollada en detalle abre aspectos diversos que entre sí se avienen mal (antítesis), pero finalmente surge una manera de reconcebirla conciliando aspectos aparentemente contradictorios (síntesis). Según este punto de vista muchas ideas o corrientes reflexivas pasan por una fase de contradicción aparente que no es tal, pues es una parte del proceso necesario en la búsqueda de la verdad. Tenemos una causa (la idea o tesis) y un efecto (el resultado final) y para llegar de uno al otro necesitamos de un intermediario, de un actor que produzca un movimiento o cambio (la antítesis). Así causa y efecto son momentos de la dependencia recíproca universal, de la conexión y concatenación recíproca de los acontecimientos, eslabones en la cadena del desarrollo de la materia y la sociedad: la misma cosa se presenta primero como causa y luego como efecto. Es necesario hacer conciencia de la intercausalidad, de las leyes de conexión universal objetiva, de la lucha y la unidad de los contrarios y de las transiciones y las transformaciones de la naturaleza y la sociedad. La dialéctica, como vemos, cambia el mundo. Sin ella no es posible el avance ni la evolución de la sociedad. Hegel, propone un materialismo dialéctico, es decir, una interpretación de la realidad concebida como un proceso material en el que se suceden una variedad infinita de fenómenos, a partir de otros anteriormente existentes. Esta sucesión, no obstante, no se produce al azar o arbitrariamente, ni se encamina hacia la nada o el absurdo: todo el proceso está regulado por leyes que determinan su evolución desde las formas más simples a las más complejas, y que afectan a toda la realidad, natural y humana (histórica).
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 12/37 Para Engels, las leyes según las cuales la materia se mueve y se transforma son leyes dialécticas. Al igual que ocurre con la dialéctica hegeliana, que es simultáneamente un método y la expresión misma del dinamismo de la realidad, la dialéctica de Marx y Engels encerrará ese doble significado. No se puede convertir, sin embargo, la dialéctica en un proceso mecánico, en el que se suceden los tres momentos del movimiento (tesis, antítesis y síntesis), como se hace a menudo con Hegel, en un esquema mecánico sin contenido alguno. "La dialéctica no es más que la ciencia de las leyes generales del movimiento y la evolución de la naturaleza, la sociedad humana y el pensamiento", dice Engels en el Anti-Dühring. La dialéctica nos ofrece, pues, leyes generales, no la particularidad de cada proceso. Que son leyes generales quiere decir que son el fundamento de toda explicación de la realidad, pero también que afectan a toda la realidad (naturaleza, sociedad, pensamiento) y que son objetivas, independientes de la naturaleza humana. Marx y Engels enunciarán las siguientes tres leyes de la dialéctica: Ley de la unidad y lucha de contrarios. “Pero todo cambia completamente en cuanto consideramos las cosas en su movimiento, su transformación, su vida, y en sus recíprocas interacciones. Entonces tropezamos inmediatamente con contradicciones. El mismo movimiento es una contradicción; ya el simple movimiento mecánico local no puede realizarse sino porque un cuerpo, en uno y el mismo momento del tiempo, se encuentra en un lugar y en otro, está y no está en un mismo lugar. Y la continua posición y simultánea solución de esta contradicción es precisamente el movimiento. Si ya el simple movimiento mecánico local contiene en sí una contradicción, aún más puede ello afirmarse de las formas superiores del movimiento de la materia, y muy especialmente de la vida orgánica y su evolución. Hemos visto antes que la vida consiste precisamente ante todo en que un ser es en cada momento el mismo y otro diverso. La vida, por tanto, es también una contradicción presente en las cosas y los hechos mismos, una contradicción que se pone y resuelve constantemente; y en cuanto cesa la contradicción, cesa también la vida y se produce la muerte. También vimos que tampoco en el terreno del pensamiento podemos evitar las contradicciones, y que, por ejemplo, la contradicción entre la capacidad de conocimiento humana, internamente ilimitada, y su existencia real en hombres externamente limitados y de conocimiento limitado, se resuelve en la sucesión, infinita prácticamente al menos para nosotros, de las generaciones, en el progreso indefinido.” Friedrich Engels, Anti-Dühring, XII. Dialéctica. cantidad y cualidad. Ley de transición de la cantidad a la cualidad “Hemos visto ya antes, a propósito del esquematismo universal, que con esta línea nodal hegeliana de relaciones dimensionales en la que, en un determinado punto de alteraciones cuantitativas, se produce repentinamente un cambio cualitativo, el señor Dühring ha tenido la pequeña desgracia de que en un momento de debilidad la ha reconocido y aplicado él mismo. Dimos allí uno de los ejemplos más conocidos, el de la transformación de los estados de agregación del agua, que a presión normal y hacia los 0°C pasa del fluido al sólido, y hacia los 100°C pasa del líquido al gaseoso, es decir, que en esos dos puntos de flexión la alteración meramente cuantitativa de la temperatura produce un estado cualitativamente alterado del agua. Habríamos podido aducir en apoyo de esa ley cientos más de hechos tomados de la naturaleza y de la sociedad humana. Así por ejemplo, toda la cuarta sección de El Capital de Marx - producción de la plusvalía relativa en el terreno de la cooperación, división del trabajo y
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 13/37 manufactura, maquinaria y gran industria- trata de innumerables casos en los cuales la alteración cuantitativa modifica la cualidad de las cosas de que se trata, con lo que, por usar la expresión tan odiosa para el señor Dühring, la cantidad se muta en cualidad, y a la inversa. Así, por ejemplo, el hecho de que la cooperación de muchos, la fusión de muchas fuerzas en una fuerza total, engendra, para decirlo con las palabras de Marx, una "nueva potencia de fuerza" esencialmente diversa de la suma de sus fuerzas individuales". Friedrich Engels, Anti-Dühring , XI, Moral y derecho. Libertad y necesidad. Ley de negación de la negación. “En la dialéctica, negar no significa simplemente decir no, o declarar inexistente una cosa, o destruirla de cualquier modo. Ya Spinoza dice: omnis determinatio est negatio, toda determinación o delimitación es negación. Además, la naturaleza de la negación dialéctica está determinada por la naturaleza general, primero, y especial, después, del proceso. No sólo tengo que negar, sino que tengo que superar luego la negación. Tengo, pues, que establecer la primera negación de tal modo que la segunda siga siendo o se haga posible. ¿Cómo? Según la naturaleza especial de cada caso particular. Si muelo un grano de cebada o aplasto un insecto, he realizado ciertamente el primer acto, pero he hecho imposible el segundo. Toda especie de cosas tiene su modo propio de ser negada de tal modo que se produzca de esa negación su desarrollo, y así también ocurre con cada tipo de representaciones y conceptos". Friedrich Engels, Anti-Dühring , XIII. Dialéctica. Negación de la negación. Próxima entrega: Las siete artes liberales (4 de 8) - Trivium III - Retórica Sobre el autor Mario López Rico es maestro masón y trabaja actualmente en su logia madre Renacimiento 54 – La Coruña – España, bajo la Obediencia de la Gran Logia de España, donde fue iniciado el 20 de Noviembre de 2007 y fue reconocido como maestro el 22 de Abril de 2010. A partir del año 2011 comienza a subir la escalera masónica filosófica del REAA siendo también, en la actualidad, Maestro de la Marca – Nauta del Arco Real, Compañero del Arco Real de Jerusalén y Super excelent master (grado cuarto y último de los Royal & Select Master – Rito york) Miembro Fundador Capitulo Semper Fidelis nº 36 de Masones del Arco Real el 18 – Oct – 2014 Miembro Fundador Consejo Mesa de Salomón nº 324 de Maestros Reales y Selectos (Masonería Criptica) el 20 – Feb - 2016
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 14/37 Ir. Paulo Roberto - MI da Loja Pitágoras nr. 15 Grande Secretário Adjunto Guarda-Selos da GLSC e Membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras Escreve aos sábados neste espaço. prp.ephraim58@terra.com.br Paulo Roberto Um pouco de Igreja e Islamismo “As Cruzadas” Se retornarmos à Idade Média iremos nos deparar com vários fatos marcantes; mas, como o episódio das “Cruzadas”, jamais terá igual. E, deva-se de passagem à existência da Igreja Cristã é que os fatos extrapolaram os tempos, vindos até os nossos dias e, que se bem pensarmos deverá acompanhar a história do homem ainda durante muito tempo como sinonímia de vida! Devemos lembrar que durante os séculos XII e XIII a Igreja praticamente dominou a trajetória do ser humano, na Europa ocidental, em todos os seus aspectos. Era tida como uma sociedade internacionalizada, estendendo seus poderes nos reinos e sobre esses. Com isso o poder papal exercia uma autoridade além de qualquer mando civil, pois o que a Igreja ligava e desligava na Terra, deveria ser certamente, como os homens acreditavam sintonizados ou não com o Céu. Além do mais, a Igreja estava muito difundida e organizada, de maneira a alcançar todos os homens com o seu domínio absolutista. Em todos os setores da vida humana mantinha seu poder indiscutível, sua mão de ferro, dominadora. Nada podiam os homens fazer que ela não o soubesse, nenhuma organização na história da humanidade jamais exerceu um domínio, uma escravidão tão completa, sobre as coisas, sobre os seres humanos e as suas consciências. No ano de 1200, apenas uma pequena parte do continente europeu de época estava fora da cristandade. Ao leste e sul da Rússia havia inúmeros pagãos asiáticos. A parte sul do território espanhol estava nas mãos dos mouros e ali dominava o 4 – Um pouco de Igreja e Islamismo – “As Cruzadas” Paulo Roberto
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 15/37 maometismo. Os habitantes das margens do sul e do leste do mar Báltico, ainda eram paganistas. Entretanto, durante o século XIII foram obrigados a acatar o Cristianismo à força de longas e sangrentas guerras. De modo que nos séculos XII e XIII a doutrina de Cristo era o segmento religioso de quase toda a Europa. Dizendo com isso que a Igreja como organização, cobriu a maior parte do antigo continente; à grande maioria dos seus habitantes era possível um conhecimento da doutrina cristã. Enfim, o Cristianismo romano era tido como a religião oficial de todos os reinos, exceto o dos mouros. Nesse continente nominalmente cristão, a Rússia, a Grécia e a península balcânica pertenciam à Igreja oriental, enquanto o resto da Europa pertencia à Igreja ocidental ou Igreja Romana. Pode-se dizer que essa grande organização internacional incluía as nações que haveriam de exercer a maior influência no mundo inteiro e durante muitos séculos. Nesse período que vivia seu maior poder, a Igreja ocidental desenvolveu continuado esforço com o propósito de ampliar cada vez mais seus territórios, tentando assim conquistar a Terra Santa que se encontrava sob o julgo dos maometanos. Esse esforço resultou em uma série de conflitos armados que tiveram o nome de Cruzadas, guerras que a Cristandade ocidental moveu contra o Islamismo, no oriente, durante dois séculos, entre os anos de 1096 e 1291. Essa grande luta do ocidente contra o oriente foi de grande influência para a vida religiosa, política, comercial e intelectual dos povos envolvidos. Sua história é repleta de cenas tocantes e notáveis personalidades que marcaram época. Nenhuma outra parte da história é mais rica de romance e de heroísmo. É praticamente impossível resumir toda a verdade a respeito das Cruzadas, especialmente se afirmarmos que esse movimento não deixou de ser uma grande tentativa da Igreja Romana em dilatar seus territórios, embora isso seja apenas, uma parte da verdade. Também não se deve afirmar que a Igreja fez com que as Cruzadas existissem. Tal como, todos os grandes movimentos, esse surgiu, em decorrência das várias causas que vinham operando desde muitos anos. Um desses problemas era o costume, de há muito existente, de peregrinações à Terra Santa ou Palestina. Milhares de pessoas haviam realizado essa penosa viagem para visitar e orar nos lugares ligados à história da vida do Senhor Jesus, especialmente no Santo Sepulcro. De tudo o que o homem pudesse realizar, ensinava-se, para poder obter os favores divinos, inclusive o perdão dos pecados, a viagem à Terra Santa era considerada a de maior eficácia. Os peregrinos, como eram conhecidos os visitantes que de lá regressavam, trazendo folhas de palmeiras eram venerados como se fossem pessoas santificadas pelo restante de suas vidas. Onde quer que fossem eram reconhecidos pelos trajes especiais que em muito os distinguiam, e eram convidados como hóspedes de todos os cristãos. Às vezes os peregrinos iam sozinhos; outras vezes em grupos; e em outras, em um grande número de pessoas, Abastados e paupérrimos, serviçais e nobres, sacerdotes e laicos visitavam a Terra Santa. Esse antigo costume e já na época generalizado contribuiu, naturalmente, para o desenvolvimento das Cruzadas, as quais, sob determinado ponto de vista, outra coisa não foram senão grandes peregrinações organizadas.
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 16/37 O contundente avançar do Islamismo foi uma outra causa da existência das Cruzadas. Tudo isso em decorrência dos árabes estenderem as suas conquistas, impondo praticamente o seu movimento religioso. Mas, após o século VIII, seu espírito combativo arrefeceu, e eles através de sua religião não realizaram nenhum tipo de significação considerada de importância ao mundo considerado desenvolvido. No entanto, no século XI, os turcos seljúcidas, povo guerreiro e bárbaro da Ásia central, tomaram dos árabes o domínio do império maometano, imprimindo, à sua doutrina, determinada agressividade. Os mesmos conquistaram uma grande parte da Ásia menor e ameaçaram Constantinopla. Enquanto os árabes se mostraram relativamente tolerantes para com os cristãos, os turcos os odiavam com bastante ferocidade, praticando crueldades, verdadeiras barbáries contra os peregrinos que partiam em rumo à Terra Santa. Aí, o surgimento e a atitude desse povo uniram a cristandade ocidental com a finalidade de derrubar esse grande inimigo do Cristianismo e libertar, especialmente, o Santo Sepulcro das mãos dos considerados infiéis. A terceira e verdadeira causa foi o amor ao combate, às aventuras guerreiras e heroicas, espírito que era forte em demasia naquela época, particularmente nas classes mais elevadas da sociedade. A vida considerada mais honrosa para os homens era a do legítimo cavaleiro, a vida de contendas em defesa dos oprimidos, em defesa do direito e do Cristianismo. Embora muitos desses homens não fossem legítimos cavaleiros quanto ao caráter, todavia considerava-se esse cavaleiro como o homem ideal. É claro que as Cruzadas eram expedições contra os infiéis, pela posse da Terra Santa, além de oferecer uma oportunidade especial para a satisfação do espírito cavalariano. De fato era uma oportunidade para lutar, e digladiar pelo que se julgava a mais nobre de todas as causas. Provavelmente o maior dos fatores do aparecimento das Cruzadas foi o crescente entusiasmo religioso de então. Já era observada a existência de um soerguimento da religião na Europa ocidental no século XI. Esse forte espírito religioso levou os homens a desejarem fazer alguma coisa a fim de proliferarem a Doutrina Cristã. E podemos acreditar que nada mais convidativo mais atraente do que uma luta contra os infiéis. Pensavam que, agindo dessa maneira, provavam também o interesse pela salvação pessoal. E o que mais contribuía para essa salvação, imaginavam eles, era uma excursão à Terra Santa, como destemidos guerreiros da Santíssima Cruz. Não eram somente os humildes e ignorantes os dominados por tais sentimentos, mas igualmente os nobres, os ricos e poderosos, afinal, os que tinham em suas mãos a direção dos negócios do mundo. Todas essas forças e causas vinham operando na vida cotidiana da Europa ocidental durante o século XI, preparando seus habitantes para o empreendimento das Cruzadas. A convocação levada a termo pela Igreja, por intermédio dos papas, deu a arrancada final e mobilizou as forças da cristandade para a grande movimentação. A primeira Cruzada foi proclamada em 1095, pelo Papa Urbano II (Oto de Chantillon). O imperador do oriente, Aleixo I (Comneno), fortemente premido pelos turcos apelou para que o papa lhe enviasse auxílio, assim sendo, em um concílio eclesiástico em Clermont, na França, onde comprimia uma enorme multidão, Urbano II, com um discurso inflamado lançou um apelo para que a Europa
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 17/37 libertasse o Santo Sepulcro do maldito jugo dos maometanos. A multidão, diz-nos a história, vibrou de entusiasmo e um grande número de pessoas “tomou a Cruz”, isto é, pregavam sobre os trajes uma cruz de fazenda escura, como sinal do voto que assumiram de se juntarem ao movimento em torno da Cruzada. De fato a reivindicação papal foi levada através de todo o território francês e pelo vale do rio Reno por pregadores ambulantes, conduzidos por Pedro de Amiens, Pedro “o Eremita”. Onde quer que fossem ouvidas suas palavras entusiásticas, levantavam- se multidões, tal como, em Clermont, sob o grito em latim de “Deus vult”! (“Deus o quer”!). Imperador Aleixo I Papa Urbano II Pedro “o Eremita” No ano seguinte os cruzados partiram para a Palestina. Muitas e muitas pessoas da plebe, verdadeiras multidões fanatizadas, acompanharam os cavaleiros de Cristo em direção à Terra Santa. Naturalmente essas expedições nada conseguiram. Contudo, duas delas, uma sob o comando de Pedro “o Eremita”, atravessaram Constantinopla até a Ásia Menor e foram destruídas pelos turcos em Nicéia. Entretanto três poderosos exércitos de cavalarianos comandados por poderosos nobres marcharam através da Ásia Menor e após uma desesperada contenda capturaram a cidade de Jerusalém. Aí chegando estabeleceram o magnânimo “Reino Latino de Jerusalém”, cujo primeiro rei foi o Conde Balduíno de Flandres. Estava, assim, o Santo Sepulcro nas mãos dos cristãos e a Palestina se tornara outra vez, uma parte da cristandade. Conde Balduíno de Flandres
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 18/37 Depois dessa Cruzada existiram mais outras sete, provocadas pelas vitórias dos islamitas, e outra após o ano de 1187, pela razão de Jerusalém outra vez cair em poder dos infiéis. Relembrando, os primeiros movimentos foram convocados pelos papas, por isso a Igreja as comandava, unindo e conclamando para tal, toda a Europa considerada cristã. Porém, depois, a liderança desse movimento, passou às mãos da realeza. Com o transcorrer dos anos o entusiasmo pela religiosidade, sem o qual as Cruzadas jamais se teriam organizado, foi arrefecendo. Surgiram outras motivações: os de conquista e de apreensão de riquezas. Mas foi no segundo século das Cruzadas que o sentimento religioso que as caracterizava encontrou, quem sabe, a sua mais elevada e maravilhosa expressão. Foi na emocionante Cruzada Infantil, em 1212, que a propaganda e a pregação de dois adolescentes inflamaram a milhares de meninos e meninas da França e do vale do Reno, para libertarem o Santo Sepulcro. Abandonaram seus lares e partiram para a Palestina, acreditando que, com o auxílio divino, seriam mais felizes que os homens que em muito falharam! Quantidades enormes pegaram os navios em Marselha, França, em direção à Terra Santa. Mas os proprietários dessas embarcações eram traficantes de escravos, e essa criançada, mocinhas e rapazinhos foram vergonhosamente vendidos como escravos. E, por incrível que pareça essa história, ela nos mostra como o estado de excitação religiosa na Europa criou tal fanatismo e levou à desgraça alguns milhões de pessoas. Verdadeiramente, as Cruzadas falharam no seu grande e imediato objetivo. No final de dois séculos de lutas, Jerusalém continuou sob o domínio dos maometanos até 1919. E aí, a maior tentativa jamais realizada, para estender os domínios da cristandade através da força, tornou-se infrutífera. Todavia, o movimento das Cruzadas trouxe alguns resultados, entre os quais, os considerados de maior importância, foram os relacionados à conduta cristã. Como resultado do sentimento religioso elas a asseguraram e fortaleceram. O poder extraordinário que o sentimento de religiosidade exerceu na Europa ocidental, praticamente no apogeu da Idade Média, veio em parte dessa expressão de entusiasmo de fé, em que se uniram todas as nações conhecidas daquele continente. As Cruzadas também fortaleceram o poder do papado, porque deram aos pontífices a oportunidade de realizar os mais fortes apelos às massas. Uma das razões pela qual o Papa Inocêncio III (Lottario dei Conti di Segni) conseguiu aproximar-se da realização do sonho do Papa São Gregório VII (Hildebrando), a respeito do papado, foi que entre esses dois mandatários da Igreja, houve mais de um século de Cruzadas, que por sua vez, aumentaram em muito o poder papal. As Cruzadas em si, também em muito contribuíram para arraigar o espírito de intolerância. Pelejando contra os infiéis de longe, os homens ficaram predispostos a usar da força contra os que, estando mais próximos, não se submetiam aos ensinamentos da Igreja de Cristo. Papa Inocêncio III Papa São Gregório VII
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 19/37 E... Depois de um século de Cruzadas, veio a terrível e ignominiosa guerra contra os albigenses “Cruzada Albigense-denominação derivada de Albi, cidade situada ao sudoeste da França, também conhecida como Cruzada Cátara ou Cruzada contra os Cátaros, foi um conflito armado ocorrido em 1209 e 1244, por iniciativa do Papa Inocêncio III com o apoio da dinastia capetiana (reis da França na época), com a finalidade de reduzir pela força o catarismo, um movimento religioso qualificado como heresia pela Igreja Católica e assentado desde o século XII nos territórios feudais do Languedoque; favoreceu a expansão para o sul das posses da monarquia capetiana e os seus vassalos. A guerra, que se desenvolveu em várias fases, começou com o confronto entre os exércitos de cruzados súditos do Rei Felipe Augusto da França com as forças dos condes de Tolosa e seus vassalos, provocando a intervenção da Coroa de Aragão, que culminou na Batalha de Muret. Em uma segunda etapa, na qual inicialmente os tolosanos atingiram certos sucessos, a intervenção de Filipe Augusto decidiu a submissão do Condado, ratificada pelo Tratado de Paris. Em uma prolongada fase final, as operações militares e as atividades da recém-criada Inquisição focaram-se na supressão dos focos de resistência cátara que, desprovidos dos seus apoios políticos, terminaram por ser diminuídos. A guerra teve episódios de grande violência, provocando a decadência do movimento religioso cátaro, o ocaso da até então florescente cultura languedociana e a formação de um novo espaço geopolítico na Europa ocidental”, considerados hereges, os quais habitavam no sul da França. Finalmente, esse espírito de intolerância deu lugar também ao estabelecimento e ao desenvolvimento do futuro sistema inquisitorial. Rei Felipe Augusto da França Bibliografia  NICHOLS, Robert Hastings – “The Growth of the Christian Church”.  GOOGLE.  WIKIPÉDIA. Dei, non hominum, gratia
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 20/37 Ir. Mário Jorge Neves Lisboa – Portugal Maçonaria Especulativa e Sir Robert Moray Continuamos a ler e a ouvir que a Maçonaria Especulativa nasceu em 24 de Junho de 1717 com a criação, por 4 lojas londrinas, da Grande Loja de Londres. Continuamos a ler e a ouvir que antes desta data existia somente a Maçonaria Operativa, derivada dos grandes construtores dessas maravilhosas obras de arte que são as catedrais existentes em diversos países europeus. E continuamos a ler e a ouvir que as lojas maçónicas operativas foram admitindo gradualmente em vários locais indivíduos que não estavam ligados às artes e aos ofícios e que eram recebidos como membros dessas lojas. Podemos dizer que esta é a história oficial que foi criada e insistentemente difundida como parte de um programa de cultura imperial global muito activo no século XIX por parte da potência dominadora a nível mundial nesse período que foi a Grã- Bretanha. Este é um lado da questão e importa, na minha simples opinião pessoal, analisar a sensatez e a credibilidade dessa história oficial que não é diferente de quase todas as histórias oficiais de qualquer assunto que reflectem sempre uma visão manipuladora dos factos e das mentes. O raciocínio de análise e a compilação de múltiplos factos históricos acaba por mostrar o contrasenso de algumas dessas matérias que vamos lendo e ouvindo. Desde logo, porque não é possível qualquer acção operativa sem ser precedida de uma actividade especulativa. Está há muito demonstrado no plano científico e fisiológico que em qualquer actividade, mesmo de complexidade muito rudimentar, o pensamento precede a acção. Os grandes construtores de catedrais muito antes de começarem a edificar os gigantescos edifícios com aspectos altamente sofisticados a nível estrutural e artístico, passavam, inevitavelmente, largos meses a discutir todos os cálculos de construção e as plantas de todo o conjunto a edificar. 5 – Maçonaria Especulativa e Sir Robert Moray Mário Jorge Neves Hercule Spoladore
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 21/37 No seio dessas lojas existiam diversos membros que possuíam profundos conhecimentos de, por exemplo, engenharia, de matemática e de arquitectura que certamente não estariam depois nos locais de construção a talhar as pedras ou a colocar argamassa. Imaginemos o que aconteceria se começassem a levantar aquelas pesadas paredes sem os necessários cálculos precisos e sem técnicas apuradas de construção. Não durariam muito, ao contrário do que temos actualmente, em que algumas delas têm quase 1000 anos. Por outro lado, e admitindo essa referida diferença entre maçonaria operativa e especulativa, bem como a sua sequência temporal e histórica, nada permite fundamentar com o mínimo de credibilidade histórica que a maçonaria especulativa nasceu em 1717. Não é possível continuar a escamotear que a criação da Grande Loja de Londres, e que no século seguinte evoluiu para a Grande Loja Unida de Inglaterra, obedeceu a um plano político organizado pela então nova família real inglesa vinda directamente da Alemanha e que ficou logo conhecida pela dinastia hanoveriana. O facto das mais influentes lojas maçónicas na Inglaterra, na Escócia e na Irlanda terem uma fortíssima influência stuartista, a outra família real que disputava o trono, impôs que os novos ocupantes do trono inglês tivessem de desenvolver imediatos esforços para contrariar essa influência no mesmo terreno, como uma das formas de segurarem o poder adquirido. O objectivo efectivo da elaboração das Constituições de Anderson, o papel que desempenhou este capelão protestante e os prolongados conflitos entre Antigos e Modernos dariam, por si só, para fazer um outro extenso trabalho de análise. Mas voltando à questão do nascimento da Maçonaria Especulativa, importa ter presente a criação da Royal Society e o papel de Sir Robert Moray. Robert Moray foi soldado, espião, diplomata, rosacruciano, filósofo e cientista e a verdadeira alma da criação da Royal Society. Foi um homem de extrema confiança dos Stuarts e também o seu homem-sombra. A existência de uma ampla rede de lojas maçónicas não operativas, determinou, em grande medida, a sua importação, mais tarde, para França, logo que foram afastados do poder e que eles tentaram, sem êxito, recuperar desde o seu exílio em Saint Germain en Laye, com a acção dinâmica de muitas delas. Robert Moray foi recebido na Loja Mary’s Chapel d’Edinburgh em 1641, embora os primeiros não operativos conhecidos tenham sido admitidos por esta mesma loja em 1634. Desde 1592 que William Schaw era mestre dos trabalhos do rei Jaime VI da Escócia e vigilante geral da profissão de pedreiro, tendo em 1598 feito adoptar os “Estatutos e Ordenações que devem ser observadas por todos os pedreiros do reino” e que foram completados em 1599 por uma segunda série de regulamentos para dar solução à reivindicação da presença da Loja de Kilwinning. Estes estatutos consagravam a organização territorial das lojas na Escócia por cidades e por regiões, impondo a eleição anual de um Vigilante, e não de um Mestre, por cada loja.
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 22/37 Assim, as lojas escocesas tinham uma organização muito específica, permanente, com um número adequado de mestres por loja sob a direcção de um vigilante e de um diácono, enquanto as lojas inglesas, excepto talvez Londres, continuaram a formar-se em função dos estaleiros de obras, sob a direcção do mestre do estaleiro. Nos arquivos da Loja Mary’s Chapel existe a seguinte minuta: “ Em Newcastle, a 20 de Maio 1641. Neste dia, um certo número de mestres e outros estando regularmente reunidos, admitem o muito distinto Robert Moray, Mestre General de Quartel do exército da Escócia, o que foi aprovado por todos os mestres maçons da loja de Edimburgo que colocaram as suas assinaturas ou as suas marcas”. Nesta minuta pode verificar-se que Robert Moray não é o primeiro não operativo recebido numa loja, embora seja o primeiro a ser recebido como tal em solo inglês, dado que a iniciação de Elias Ashmole só terá lugar 5 anos mais tarde. Mas este documento também nos mostra que os maçons escoceses podiam reunir-se em loja fora do seu local geográfico. Uma interrogação se coloca: o que faziam os maçons de Edimburgo em Newcastle? O facto de nesse período decorrerem as guerras civis britânicas conhecidas pela guerra dos 3 reinos, levou a que os maçons de Edimburgo tenham acompanhado o exército para no porto de Newcastle contribuírem para a recuperação das fortificações e de efectuarem outras obras de campo. Robert Moray era o comandante geral da logística, encarregue do material, do aprovisionamento e do estabelecimento dos acampamentos mais ou menos fortificados. Robert Moray tem sido apontado como um espião ao serviço do Cardeal Richelieu, então primeiro-ministro do rei francês Luís XIII, na sequência de aos 21 anos ter ido para França num regimento escocês conduzido pelo Coronel Sir John Hepburn no quadro de uma aliança entre a Escócia e a França em 1633. Mas ele foi um fiel servidor dos reis Carlos I e Carlos II e será nomeado cavaleiro pelo primeiro a 10 de Janeiro de 1643. No entanto, e contrariamente ao uso da época, Moray nunca juntou à sua assinatura o S de Sir, mas manteve sempre a estrela de cinco pontas, da qual fez a sua marca de maçon. Com a ascensão de Cromwell ao poder, deu-se o exílio do jovem rei Carlos II. Durante esse período, a diplomacia foi intensa em todas as direcções para promover a recuperação do trono e as redes maçónicas na Escócia foram activadas nesse sentido. Elias Ashmole, que foi iniciado uns anos antes em Warrington numa loja que tinha mais as características de se tratar de uma loja escocesa deslocalizada do que uma loja inglesa, dado que era dirigida por um Vigilante, era um antigo capitão da artilharia real e fervoroso stuartista no desenvolvimento do processo de recuperação do trono. Robert Moray utilizou activamente todos os seus conhecimentos maçónicos em vários países da Europa. Nos arquivos de Maastricht existe um documento que refere o seguinte: “ O dez Março 1659 compareceu Sir Robert Moray, Cavaleiro, nascido na Escócia, conselheiro privado do rei da Grã-Bretanha na Escócia, e coronel dos guardas escoceses ao serviço de sua majestade o rei de França, com a idade de cinquenta anos e apresentado por Everard, mestre da profissão de pedreiro. Enquanto maçon ele prestou o seu juramento necessário e o direito de cidadania foi-lhe atribuído, segundo o uso”.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 23/37 Mas passado pouco tempo, nesse mesmo ano, Cromwell morreu e o seu filho não tinha já as condições mínimas para manter o poder. O general Monck, também maçon, comandou as tropas escocesas e marchou sobre Londres, tendo conseguido restaurar o trono de Carlos II. Este rei foi iniciado maçon durante o período do exílio, segundo alguns testemunhos como o de William Preston. Uma das primeiras medidas incentivadas por este rei foi a criação da Royal Society, que numa reunião realizada a 28 de Novembro de 1660 no Gresham College teve o seu primeiro momento de vida. Desde o início que Moray foi o principal dinamizador desta sociedade científica, a sua força motora, tendo orientado, desde logo, as investigações para aplicações práticas a nível industrial e militar. Na base da criação da Royal Society estiveram 12 fundadores: o Reverendo John Wilkins; o Visconde William Brouncker; o Conde de Kincardine Alexander Bruce; Robert Boyle; Sir Robert Moray; Sir Paul Neile; Doutor Jonathan Goddard; William Petty; William Ball; Laurence Rooke; Sir Christopher Wren; e Abraham Hill. Mais tarde, outros vultos das ciências se juntaram a esta sociedade, nomeadamente Isaac Newton já depois da morte de Robert Moray em 1673. A primeira reunião destes 12 homens pode ser considerada, com toda a propriedade, como o acto de nascimento da ciência moderna. Antes da criação da Royal Society a ciência era totalmente dominada pela religião e esmagada em nome de argumentos teológicos. O ambiente geral dos povos era determinado pela superstição e a esmagadora maioria dos indivíduos atribuía tudo à magia. Nos primeiros anos de actividade, esta sociedade científica dirigiu o seu trabalho prioritariamente para a medição da longitude, em que ainda hoje o seu ponto de referencia está fixado em Greenwich, a medição da latitude, a medida da direcção do campo magnético da Terra, as observações astronómicas do nosso sistema solar e para técnicas de navegação mais sofisticadas e avançadas. Em 1665, Sir Robert Moray apresentou uma moção ao conselho da Sociedade onde propôs a criação de um jornal científico com o nome de “Transacções Filosóficas” Uma semana depois surgiu a primeira edição deste jornal, que se tornou no primeiro jornal científico a ser editado em todo o mundo. Este jornal procedeu à divulgação de grande parte dos trabalhos realizados e dos resultados das experiências em curso. Toda a dinamização e estruturação da Sociedade foram impulsionadas por Moray que restabeleceu os seus contactos maçónicos em toda a zona de Londres e sobretudo com o núcleo principal da franco-maçonaria em Londres que era o Gresham College. Nesta universidade pública, que o seu fundador Thomas Gresham idealizou como destinada a sustentar os seus ideais maçónicos de estudo e de pesquisa, estavam muitos dos numerosos cientistas defensores dos forças parlamentares que tinham sido afastados dos seus postos universitários e lutavam por sobreviverem. Eles dispunham de pequenas remunerações que eram as possíveis de obter pelos recursos existentes a nível desta universidade.
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 24/37 Moray estabeleceu velhos contactos com os nobres maçons escoceses e conhecia ricos senhores da sociedade que eram maçons, que tinham dinheiro e influência. Nesse sentido, e procurando juntar algumas das componentes dos campos opostos dos últimos acontecimentos políticos, Moray conseguiu convencê-los a trabalhar em conjunto para o bem do seu rei e do seu país. Para que este plano pudesse funcionar, Moray estabeleceu o princípio que durante as reuniões da sociedade não se podia falar em política ou religião. Assim, Moray conseguiu juntar os defensores do campo do rei que tinham dinheiro e os defensores do campo parlamentar que tinham competência científica, para constituir um grupo autofinanciado susceptível de solucionar os problemas prementes da marinha inglesa. Este era logo no início um problema urgente, dado o atraso científico e de inovação armamentista que se colocava à marinha inglesa já em disputa latente com a holandesa. Apesar de o primeiro presidente da Royal Society ter sido, por vontade do rei, William Brouncker, a estruturação organizativa posterior colocou-o como presidente permanente e todos os anos era eleito um presidente efectivo. Moray foi o que desempenhou mais vezes esta presidência efectiva devido à sua notável capacidade organizativa e à sua impar experiência de análise. Entretanto, há um facto curioso que se situa em torno da existência no seio da Royal Society daquilo que Boyle definiu como o “Colégio Invisível”. Estas referências encontram-se num conjunto de cartas que enviou ao seu antigo preceptor Isaac Marcombe, em Paris, em Outubro de 1646. Boyle utilizou esta referência para designar um grupo de membros da Royal Society que se reunia regularmente para discutir o que descrevia como “… a filosofia natural, a mecânica e a agricultura segundo os princípios do colégio filosófico …”. Numa carta a Francis Tallents do Magdalene College de Cambridge, Boyle referiu-se às “pedras angulares do Colégio Invisível” com as seguintes palavras: “ São homens de um espírito tão extenso e tão curioso que a filosofia escolar é o menor dos campos do seu conhecimento; génios tão humildes e tão abertos que não desdenham escutar o mais modesto entre eles que pode dar a sua opinião ao mesmo nível dos outros; pessoas que se esforçam por estabilizar os espíritos limitados, praticando uma caridade tão extensa que toca tudo o que pode ser chamado homem e que nada menos que a beneficência universal pode satisfazer. E na verdade, eles são tão preocupados com o bom uso das coisas, que se preocupam com o bem estar de toda a humanidade”. Estas palavras têm uma clara identificação com um grupo de homens que se reunia clandestinamente e que tinha uma inquestionável marca maçónica. Boyle nunca terá pertencido à maçonaria porque se recusava a prestar qualquer juramento, fossem uais fossem as circunstâncias, mas demonstrou em diversos momentos estar familiarizado com a terminologia e a simbologia maçónicas. Foi por esta mesma razão que nunca aceitou o cargo de presidente da Royal Society porque não aceitava prestar o respectivo juramento de posse.
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 25/37 A Royal Society foi a força fundamental que contribuiu para o nascimento da nossa época científica moderna e para o enorme desenvolvimento civilizacional dos últimos séculos pelas descobertas que vieram revolucionar múltiplas áreas do conhecimento. Na perspectiva de continuar a colocar a evolução da actividade maçónica em termos de operativos e especulativos, é para mim inquestionável que o efectivo nascimento da maçonaria especulativa é efectuado com a prévia actividade dos idealizadores da Royal Society e depois com a sua implementação e rápido desenvolvimento. No seio dos fundadores da Royal Society existiam diversos maçons, claramente referenciados como tal, como, pelo menos, Moray, Elias Ashmole, Wren e Alexander Bruce. A partir das palavras escritas por Boyle, ficamos a saber que existia no seio do Royal College uma estrutura discreta ou até mesmo clandestina que era o chamado Colégio Invisível e que pelas descrições e características dos seus membros só podiam ser maçons. Na descrição dos seus atributos nada é diferente daquilo que deve ser a prática de um maçon até, e sobretudo, nos dias de hoje. Robert Moray não foi o primeiro maçon especulativo a ser iniciado, é um facto, mas foi aquele que lançou as bases decisivas da criação da Maçonaria Especulativa como a conhecemos nos dias de hoje. O estudo permanente, o raciocínio dedutivo, a discussão tolerante das opiniões diferentes e a construção de ideias dinamizadoras de um futuro mais humanizado e ao serviço do bem geral estar devem ser, em minha opinião, aspectos identificadores da actividade maçónica. Ora, isto implica desmistificar “verdades” históricas que foram elaboradas para servir objectivos políticos bem precisos em determinados momentos, como é o caso da criação da chamada maçonaria especulativa e moderna em 1717. No período imediatamente posterior a 1717 verificou-se uma ampla destruição de documentação maçónica para tentar apagar a influência decisiva das lojas escocesas e a sua clara supremacia a nível de toda a Grã-Bretanha, tendo no início do século seguinte sido desenvolvida idêntica acção pelo Duque de Sussex, irmão mais novo do rei hanoveriano George IV e que em 1813 se tornou Grão-Mestre da nova Grande Loja Unida de Inglaterra, tendo mais tarde chegado também a presidente da Royal Society. Apesar disto, vários investigadores maçons têm conseguido trazer ao conhecimento público últiplos documentos que desmistificam a história oficial. Sejamos nós os primeiros a dar o exemplo na procura da verdade!
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 26/37 Coluna da Harmonia O Irmão Ademar Valsechi escreve aos sábados. É MI da Loja Templários da Nova Era – 33º. REAA – membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras, ex-Grande Mestre de Harmonia, atual Grande Secretário de Cultura da GLSC e autor do Livro “A Arte da Música Através do Tempo e na Maçonaria” além da Coletânea em MP3 de Músicas para Ocasiões Maçônicas. - valsechibr@gmail.com Coluna da Harmonia – Nr. 58 Música Barroca: A Ópera Ópera= Do latim=obra, iniciou no período barroco. É o casamento perfeito entre música e teatro. A ópera é um gênero artístico teatral que consiste em um drama encenado acompanhado de música, isto é, uma composição dramática em que se combinam música instrumental e canto, com presença ou não de diálogo falado. Os cantores são acompanhados por um grupo musical que em algumas óperas pode ser uma orquestra sinfônica completa. O drama é apresentado utilizando os elementos típicos de teatro, tais como cenografia, vestuário e atuação. A letra da ópera, chamada “Libreto” é normalmente cantada. Ópera-Balé: Espetáculo composto de danças e cantos. Ópera-Bufa: Ópera de assuntos jocosos. Atualmente é também chamada Ópera- Cômica. Oratório: Gênero musical cantado de conteúdo narrativo. Ilustrando a 58ª Coluna da Harmonia, vamos ouvir da ópera de Mozart, “As Bodas de Fígaro” o movimento “Voi Che Sapete”.  08 - Voi che Sapete de 'As Bodas de FÃgaro' (Mozart).mp3 6 – Coluna da Harmonia nr. 58 (Música Barroca A Ópera) Ademar Valsechi
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 27/37 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/12/2004 Lysis Brandão da Rocha Florianópolis 01/12/2009 Poço Grande do Rio Tubarão Tubarão 11/12/1993 Phoenix Jaraguá do Sul 13/12/1983 Nova Aurora Criciúma 18/12/1991 Obreiros da Paz Fraiburgo 20/12/2003 Luz Templária Curitibanos 22/12/1992 Ademar Nunes Florianópolis 21/12/1999 Silvio Ávila Içara Data Nome da Loja Oriente 02/12 Fraternidade e Justiça Blumenau 02/12 Lauro Muller São José 06/12 Fraternidade Criciumense Criciúma 07/12 Voluntas Florianópolis 09/12 Igualdade Criciumense Criciumense 11/12 Xaver Arp Joinville 13/12 Padre Roma II São José 14/12 Montes de Sião Chapecó 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Dezembro
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 28/37 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 01.12.04 Luz de São Miguel - 3639 São Miguel do Oeste 02.12.06 Colunas de Antônio Carlos - 3824 Florianópolis 04.12.08 Seara de Luz - 3961 Chapecó 05.12.85 25 de Agosto - 2383 Chapecó 08.12.10 Estrela do Oriente - 4099 Tubarão 11.12.96 Justiça e Paz - 3009 Joinville 11.12.97 União Adonhiramita -3129 São Pedro de Alcântara 11.12.01 Paz do Hermon - 3416 Joinville 12.12.96 Fênix do Sul - 3041 Florianópolis 13.12.52 Campos Lobo - 1310 Florianópolis 13.13.11 Luz do Oriente - 4173 Morro da Fumaça 16.12.96 A Luz Vem do Oriente - 3014 Castelo Branco 16.12.03 Philantropia e Liberdade - 3557 Brusque 17.12.96 Luz do Ocidente - 3015 Chapecó 17.12.96 Perseverança - 3005 Florianópolis 20.12.77 Xv de Novembro - 1998 Caçador 28.12.96 Livre Pensar - 3153 Piçarras 28.12.96 Luz de Navegantes - 3033 (30/06/2010) Navegantes
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 29/37 Curiosidade: Mapa de Obreiros por Estado. (Grupo Brasil Maçonaria) Maçons do Brasil - (GOB – CMSB – COMAB)
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 30/37 GRANDE LOJA MAÇÔNICA DE MINAS GERAIS Geraldo Eustáquio Coelho de Freitas - Tataco Grão-Mestre Caríssimos Irmãos, Preocupados e atentos aos últimos acontecimentos da vida nacional, que vêm trazen inquietações ao Povo Brasileiro, divulgamos no dia 28 de novembro, o docume intitulado "MANIFESTAÇÃO E CONCLAMAÇÃO". Nesse documento, enviado a todos os Irmãos e amplamente divulgado à sociedade, externamo nossa preocupação de longa data com o estado de quase falência dos princípios legais, morais e étic que vem comprometendo os destinos do País, exortando à vigilância permanente em defesa dos valo que defendemos, sobretudo com relação à erradicação da corrupção e da impunidade. Coerente com essa Manifestação e Conclamação, apoiamos e incentivamos os Irmãos a, no ple exercício de seu direito de cidadania, participarem das manifestações populares programadas para o 04 próximo, de forma ordeira, consciente e responsável. Fraternalmente, Tataco - Edilson - Quirino FALE CONOSCO Estimado Irmão, estamos inteiramente a disposição para atendê-lo. Clique Aqui
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 31/37 Grande Loja de Santa Catarina MRGLSC Em todo o Brasil, cidadãos nas ruas pela decência!!! A Grande Loja de Santa Catarina CONVOCA a Família Maçônica para participar deste movimento pacífico contra a impunidade e a corrupção, a favor da ética na política e pela moralidade no trato da coisa pública. Democracia sempre e Justiça já! Acorda Brasil! VAMOS VESTIR VERDE Av. Pequeno Príncipe, 1002 - Campeche - CEP: 88063-000 - Florianópolis/SC Fone: +55 (48) 3234-3333 - portal@mrglsc.org.br
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 32/37
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 33/37 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) Dia 3 de dezembro: O Salário "Todo operário é digno de seu Salário" é a palavra de ordem cristã e, maçonicamente, é a recompensa do esforço e da boa vontade. O maçom recebe periodicamente o seu salário com o significado de premiação; esse prêmio corresponde ao recebimento de maiores conhecimentos. Passa assim, o Salário a ser parcela intelectual e espiritual. O maçom, dentro do seu rito, recebe o Salário contínuo até chegar ao ápice de seu grau, quando receberá a "coroa". O Salário do pecado é a morte; o Salário do fiel é a Vida Eterna. O maçom assíduo aos seus trabalhos é digno de receber o Salário Maçônico, como um direito a que se faz jus. Porém, a máxima franciscana do que é dando que se recebe deve servir de norma para o maçom. Nada deve esperar se não tomar a iniciativa da doação. É a Lei Divina. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 356.
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 34/37 Kyneton Masonic Lodge St, Kyneton VIC 3444, Austrália (acervo JB News)
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 35/37 (pesquisa e arquivo JB News, vídeos da internet e colaboração de irmãos) 1 --- Atente-se a 17 coisas que você não deve fazer na cozinha! 2 – Você vai se apaixonar pela arte de Arsen Kurbanov! 3 – Você conhece a Guatemala? É um país incrível! 4 – Cruzeiro pelo Mar Egeu: Crucero Egeo.pps 5 – Fotos raras em preto e branco: Fotos raras - Black_and_White_historical_photos.pps 6 – Leonardo da Vinci Leonardo_da_ Vinci-Pintor_Italiano(som).pps 7 - Filme do dia: “O Segredo de Beethoven” - legendado
  • 36. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 36/37 O Irmão e Poeta Adilson Zotovici, da Loja Chequer Nassif-169 de São Bernardo do Campo – escreve aos sábados e esporadicamente em dias alternados. adilsonzotovici@gmail.com ARTIGO TERCEIRO * Com atenção e alegria Numa sessão edificante Ouvi dum irmão outro dia Algo muito interessante Sobre um artigo importante Da Constituição Federal Ao livre pedreiro marcante Pois a ele... institucional ! Um paralelo genial ! Ao obreiro Lei primeira Mas à ambas, cabal ... À Ordem e à Lei Brasileira Na verdade alvissareira Pois fulcro do bem à Nação, Comum à sociedade ordeira E à Sublime Instituição Condensada numa expressão Que objetiva a liberdade, A Igualdade, a ponderação, A Paz e a Fraternidade
  • 37. JB News – Informativo nr. 2.256– Florianópolis (SC) – sábado, 3 de dezembro de 2016 Pág. 37/37 É o “artigo terceiro” em verdade Ao maçom regra primária, Reza, construir sociedade ; “ Livre, justa e solidária “ ! Adilson Zotovici ARLS Chequere Nassif-169 *Mencionado esse artigo 3º da Constituição Federal do Brasil, ( que o mote para esse poema) , em Palestra com o título “ Sois Maçom ? ” em reunião conjunta das Lojas Chequer Nassif, Cinquentenário, Colunas do ABC,Renascença , Amaranto , Frater Domus e Stella Matutina , todas da região do ABC –SP, proferida com muito sucesso, pelo irmão Gilberto Maistro Junior, membro da Chequer Nassif ,Professor das Faculdades de direito de São Bernardo do Campo e Sorocaba -SP, a quem dedico esse singelo poema.