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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda o dia da Proclamação da República no seu 127º ano
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.238 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrManoel Miguel – Uma Sessão Maçônica em Tempos Modernos
Bloco 3-IrSérgio Quirino Guimarães – Inadimplência Maçônica
Bloco 4-IrJoão Ivo Girardi – Proclamação da República
Bloco 5-IrErwin Werner Teichmann – Introdução Histórica à Cabala
Bloco 6-IrWalter Celso de Lima – Responsabilidade do Maçom sobre a Frequência
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 15 de novembro e versos do Irmão e Poeta
Adilson Zotovici sobre a Proclamação da República
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 2/35
15 de novembro
 1777 - Depois de 16 meses de debate, o Congresso Continental aprova os Artigos da Confederação na
temporária capital localizada em York, na Pensilvânia. Entre outras diretrizes esse artigo oficializa o nome da
Confederação em Os Estados Unidos da América.
 1884 - Início da Conferência de Berlim: a repartição das colônias europeias na África.
 1887 - Emancipação do município de Anápolis, Goiás.
 1889 - Proclamação da República brasileira. Rui Barbosa assina o primeiro decreto do governo provisório.
 1895
 Fundação do Clube de Regatas do Flamengo.
 O Papa Leão XIII cria a Diocese do Espírito Santo.
 1905 - Inauguração da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro.
 1908 - Primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas por intermédio da mediunidade de Zélio
Fernandino de Moraes, no distrito de Neves, em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, fundando então
a Umbanda.
 1911 - Fundação do Clube 15 de Novembro de Campo Bom, no Rio Grande do Sul.
 1913 - Fundação do Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba.
 1924 - Fundação do Esporte Clube XV de Novembro de Jaú.
 1936 - Mihara (Hiroshima, Japão) recebe estatuto de cidade.
 1938 - Fundação do Íbis Sport Club, que é ironicamente chamado de o pior time de futebol do mundo.
 1942 - Segunda Guerra Mundial: fim da Batalha de Guadalcanal.
 1945 - Venezuela é admitida como Estado-Membro da ONU.
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 320 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia)
Faltam 46 dias para terminar este ano bissexto
Dia da Proclamação da República (127º ano)
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 3/35
 1982 - São realizadas as primeiras eleições diretas no Brasil desde o golpe de 1964 (exceto para presidente).
 1983
 Inauguração do Estádio Aderbal Ramos da Silva, a "Ressacada", de propriedade do Avaí Futebol Clube.
 O Estado Federado Turco do Chipre se autoproclama República Turca de Chipre do Norte.
 1988
 Yasser Arafat, no exílio, proclama o Estado da Palestina.
 Único lançamento do ônibus espacial soviético Buran.
 Fundada a TV Santa Cruz, afiliada da Rede Globo em Itabuna, na Bahia.
 1989 - Realizada, em meio às comemorações dos cem anos da República brasileira, a primeira eleição
presidencial direta em quase trinta anos. O resultado é prorrogado para um segundo turno.
 1999
 Fundada a RedeTV!.
 Lançado o site de animais de estimação virtual Neopets.
 2001 - Lançamento do Video game Xbox.
 2008 - Concedida anistia política ao presidente brasileiro João Goulart, o único a morrer em exílio após ser
deposto pelo golpe de 1964.
1811 Criação do cargo de Juiz de Fora e de Órfãos de Santa Catarina, com o ordenado de 400 mil
réis.
1910 Tendo os trilhos da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande alcançado as margens do rio
Uruguai, em território catarinense, chega nesta data o primeiro trem procedente de Porto União.
1775 Publicação do primeiro Calendário Maçônico, em Londres
1815 Instalada a Loja Comércio e Artes, no Rio de Janeiro, no Rito Adonhiramita.
1876 Fundação do General Grand Chapter da Ordem da Estrela do Oriente
1906 Lauro Sodré, Barbosa Lima, Tasso Fragoso, Olva Bilac e outros intelectuais propõem a
criação do Dia da Bandeira.
1952 Tratado de Amizade entre o Grande Oriente do Brasil; e a Grande Loja de São Paulo.
1964 Fundado o Grande Oriente do Maranhão, federado ao GOB
1979 Fundação da Loja Ciência e Trabalho nr. 30, de Tubarão, que trabalha no REAA (GOSC)
1983 Fundação da Grande Loja de Sergipe.
2000 Os três Capítulos dos Maçons do Real Arco brasileiros enviam petição ao General Grand
Chapter of Royal Arch Masons International para a fundação de um Grande Capítulo no Brasil
para o Rito York americano, o Rito inglês antigo.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
Fatos históricos de santa catarina
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Em Florianópolis visite Marinas Palace Hotel
Rua Manoel Mancellos Moura, 630 - Reservas: 3266-0010 – 3266-0271
O hotel dos Irmãos, na Praia de Canasvieiras
(Mesmo na temporada o Irmão sempre tem desconto especial)
Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era)
Cunhada Gladys Sarobe – Contadores
• Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas
• Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento
• Área Fiscal : Planejamento Tributário
• Área Contábil: Empresas e Condomínios
• Cálculos Periciais
• Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica
Rua dos Ilhéus, 46 - Sala 704 - Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560
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Irmão Manoel Miguel é
MM da Loja Colunas de São Paulo, 4145
CIM 293-759 - GOB/GOSP – São Paulo
Escritor – Palestrante – Coach em Saúde e Estilo de Vida
Autor do livro: Viver Mais Com Saúde e Felicidade
O Ir Manoel Miguel escreve às terças-feiras neste espaço.
Uma Sessão Maçônica
em Tempos Modernos
Era dia de sessão. O Sol amanheceu no Oriente, como costumeiramente o faz, sem perder o brilho,
sem reclamar de sua atividade rotineira a milhares de anos. Estava pronto. Queria manifestar seu
esplendor o máximo que pudesse, pois sabia, que seu ideal, sua missão é BRLHAR!!!
BRILHAR!!! BRILHAR!!! Sem nunca esmorecer. Bem que as nuvens até tentaram encobri-lo em
vão, pois o seu calor fizera com que elas derramassem suas águas na Terra, beneficiando a
semente e desaparecendo dos Céus. Ele então aproveitou o momento e brilhou muito, enquanto o
semeador, satisfeito com o bom momento da Primavera, lançava sua semente no seio do Solo:
Luz, água, minerais; uma combinação perfeita, que gerava calor e fazia a geminação da semente
estar assegurada. O lavrador olhava para os Céus encantado, com sentimento de agradecimento ao
Supremo pela oportunidade de pensar, sentir, aspirar e ter a intuição de que o ano seria promissor.
Na cidade, os irmãos estavam atarefados, vivendo o caos da poluição do ar, da água e dos
alimentos; a inquietação do estresse tomava a mente e os fazia perder a paz e a sensibilidade da
importância da Vida. O trânsito e o rush da manhã, ao sair de casa até o trabalho, haviam tomado
mais de uma hora sagrada, presos no engarrafamento, nos semáforos vermelhos e nos problemas
mecânicos apresentados em alguns carros que paravam e atrapalhavam o percurso. No trabalho,
havia a pressão por produzir mais, com mais qualidade, em menos tempo e mais competitividade.
A crise econômica e financeira assolava as empresas, e os patrões visualizavam as próximas
demissões, sendo que, semanas atrás, um grupo de pessoas, entre elas alguns irmãos, também
tinham perdido seus empregos.
Em casa, algumas cunhadas choravam, se descabelavam e murmuravam contra o momento.
Afinal, as aulas de balé, música, inglês e espanhol, já tinham sido cortadas; os gastos tinham que
ser reduzidos em mais de 50%. Algumas cunhadas já não frequentavam suas academias há algum
2 – Uma Sessão Maçônica em Tempos Modernos
Manoel Miguel
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 6/35
tempo, e se olhavam no espelho, que emitia sua mensagem de reprovação. Depressão à vista!
Alguns irmãos eram donos de escolas, como as escolas, conservatórios, academias, natação e até
escolas de ensino fundamental, médio e avançado. Para estes também não estava fácil. As
matrículas estavam sendo canceladas. Os professores das escolas públicas sofriam a lotação das
salas de aulas e o excesso da carga de trabalho.
E o Sol? Bom. Ele fazia seu giro normalmente, subindo os céus em seu ritmo próprio, na trilha
certa e com o mesmo brilho.
O Venerável da Loja pensou em ligar para alguns irmãos, pensando em pelo menos, obter sete
Mestres, assegurando que teria sessão. Mas as tribulações do dia no trabalho eram tantas que nem
conseguiu ligar. O Primeiro Vigilando até que tentou ligar para o Guarda do Templo, mas este
tinha trabalhado no turno da noite e tinha de repousar. O irmão Orador conseguiu falar com o
Segundo Vigilante, que pediu para que esse entrasse em contato com o Venerável Mestre
justificando sua ausência; tinha sido demitido da empresa em que trabalhava e não estava bem
para assumir a ritualística da sessão naquele dia. O irmão Mestre de Harmonia, ao contrário de
muitos, tinha se preparado para a sessão, assim como o irmão Mestre de Cerimônias. Ambos
pensaram no sentido filosófico de suas funções, e no compromisso de fazer com que os irmãos
fossem estimulados a entrar em equilíbrio e fazerem uma bela sessão naquele dia.
O Sol se pôs no Ocidente e a noite chegou. Muitos tiveram dificuldade com o trânsito, da mesma
forma que tiveram pela manhã, mas conseguiram ir direto para a Loja e chegar a tempo para a
sessão. Muitas cunhadas ficaram em casa se perguntando se aquele esforço todo valeria a pena.
Tudo parecia uma mesmice: sair para o trabalho muito cedo, enfrentar as dificuldades do dia e
aturar os mau humorados do trânsito, do escritório, da linha de montagem, da chefia, etc.,
voltando tarde da noite, depois de uma sessão morna, onde a troca de barulho de Malhetes batendo
era sempre a mesma, as falas eram sempre as mesmas, e ainda tinham que enfrentar o olhar de
águia do irmão Tesoureiro que tinha que colocar as contas da Loja em dia e os metais de vários
irmãos estavam pendentes de alguma forma.
Os irmãos se encontraram na Sala dos Passos Perdidos. Muitos fizeram pranchas e pranchas
dizendo que aquela sala tinha esse nome em função da sala do lado de fora da corte britânica,
onde os intimados esperavam o momento de suas audiências, apreensivos com o momento em que
seriam chamados, bem como o que o juiz poderia dizer como sentença de suas causas, temendo
um possível veredito condenatório. Entretanto, o significado espiritual ou esotérico daquela sala
era outro. Ali estava acontecendo a ebulição do caos, onde todos chegavam com um monte de
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 7/35
problemas, idênticos, semelhantes ou totalmente diferentes. Eles não percebiam que daquele caos,
o Grande Arquiteto do Universo faria surgir o Sol da justiça na vida deles, e que a ordem surgiria
do caos. Estavam tão pertinho, no limiar da ordem, mas não percebiam.
O próprio Grande Arquiteto do Universo assistia tudo aquilo por todos os ângulos. Com suas três
qualidades: Onipotente, Onipresente, Onisciente; via, sentia e sabia detalhes do que cada um
estava passando, bem como o quanto cada um seria capaz de produzir no processo evolutivo, que
era e sempre será o ideal do Supremo. Gabriel, Miguel e Rafael, os três Logos do Criador,
acompanhavam tudo de perto, aguardando ordens para dispensar seus bons fluidos, se os Mestres
e demais irmãos assim os solicitasse.
Vários irmãos tinham faltado. Estavam desmotivados, cada um por seus motivos de certa forma
justificados. Por sorte, tinham mais de sete Mestres para compor o quadro; inclusive, vieram de
outras Lojas três Mestres visitantes.
O Mestre de Cerimônias chamou os irmãos para se paramentarem e formarem o cortejo de
entrada, conforme os graus e cargos. Não houve preparação mental e esotérica para a entrada em
Loja. Tudo ocorreu sem um período de transição entre o caos, a ordem e a Luz.
Os Aprendizes, como é de costume, preencheram os lugares na Coluna do Norte. Os
Companheiros, preencheram seus assentos na Coluna do Sul. Os três representantes dos Três
Logos da criação estavam a postos. O Venerável e os demais irmãos que compunham o Oriente
também estavam a postos. No Ocidente, Chanceler, Segundo Diácono, Hospitaleiro, Mestre de
Cerimônias também preencheram seus lugares. O cobridor interno fechara a porta. Todos haviam
saído da escuridão, das trevas e do caos. Estavam agora na Luz. Será que tinham consciência da
mudança de estado e do propósito do Grande Arquiteto do Universo? Sem a preparação esotérico-
espiritual para a entrada ao Templo, a grande maioria estava eufórica, estressada, preocupados
com o mundo externo e sem se desligar das lutas travadas naquele dia. O clima estava tenso, ar
cansativo, a mente estava fervendo como um redemoinho. O Templo era rico em detalhes. E lá
estavam as Três Marias na Abóboda Celeste, mais ou menos na direção entre Touro e Gêmeos.
Que pena que estavam somente as Três Marias, pois elas são apenas parte do trapézio que compõe
a nebulosa de Órion. As Três Marias são apenas o cinturão desse trapézio. E com isso, o real
significado da Constelação de Órion fica comprometido.
A CONSTELAÇÃO DE ÓRION
Na Mitologia Grega, Órion era um grande caçador, admirado por sua destreza na caça, que
dificilmente errava a pontaria de seu arco e flecha. Órion se apaixonou pela bela Ártemis e seu
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apor a enfeitiçara de tal forma que o romance despertou a fúria de seu irmão Apolo, que jamais
aprovou o enlace. Apolo teve a ideia de enviar um escorpião para que picasse Órion de morte.
Ártemis também era guerreira habilidosa, de boa pontaria. Ártemis procura defender seu amado e,
Apolo, desafia sua pontaria. Ela atira, ele se desvia e a flecha acerta seu amado, Órion, em cheio,
quando este tentava fugir do ataque do escorpião. Ártemis ao perceber que havia ferido de morte o
seu amado, Órion, amargurada pede a Zeus que transforme Órion em uma estrela e o coloque
entre as estrelas e o escorpião. Pedido atendido! Até os dias de hoje, é possível ver Órion e
Escorpião na Abóboda Celeste.
A Constelação de Órion é uma das mais importantes na Abóboda Celeste do Templo Maçônico,
que, apesar de não a utilizar completamente, ela tem grande significado para os Maçons. Ela tem a
forma de um Trapézio, com as três estrelas principais no centro, formando uma espécie de
cinturão. No Brasil, apelidamos essas três estrelas do cinturão de Órion de “As Três Marias”.
Essas três estrelas representam os Três Logos da criação do Universo, cercados por diversas
estrelas visíveis, formando sete estrelas maiores no total. Novamente temos o sete, sendo este a
representação das Sete Hierarquias Divinas, ou os Sete Arcanjos da formação da Vida.
Nas religiões judaica e cristã, as três primeiras representam Gabriel, Miguel e Rafael, enquanto
que as outras 4, representam Uriel, Ithuriel, Amitiel e Baliel, os quatro Arcanjos representantes da
matéria, colocados nos quatro cantos da Terra, nos Solstícios de Verão e Inverno, bem como nos
Equinócios de Primavera e Outono, descritos em Ezequiel 1:1-10 e em Apocalipse 04:07. Cada
um desses quatro Arcanjos, tinham corpo de homem, asas, e uma cabeça com quatro rostos, sendo
um de homem, outro de águia, outro de boi e outro de leão. Esses quatro animais representam um
profundo significado. Espero que os leitores busquem com profundidade a beleza do significado
de cada um, tanto em nossas vidas, quanto na sessão em Loja. Eles representam também as quatro
forças fundamentais da Natureza, Nuclear Forte, Eletromagnética, Nuclear Fraca e Gravitacional
ou ainda, os quatro principais elementos que constituem a matéria: Hidrogênio, Carbono,
Oxigênio e Nitrogênio. Tudo isso está representado no avental do Aprendiz Maçom, com a abeta
levantada, bem como nas notas musicais, nas cores do prisma de luz solar e em muitos outros
momentos da Vida, bastando ao Maçom dedicado em sua evolução buscar descobri-los. Espero
que não busquem o significado místico e esotérico em livros, pois, assim, não seria mais esotérico,
tampouco místico. Para isso, é preciso meditação, pensar filosoficamente, colocar-se como parte
do objeto de estudo, sentir a vibração dos símbolos e aspirar encontrar o néctar de tudo que vê,
busca e pesquisa. O maior equívoco é achar que alguém vai entregar tudo pronto na bandeja,
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 9/35
como fazem o Google, a Internet e os livros. Órion é uma Constelação Equatorial, limitada ao Sul
pela Constelação de Lepus (Lebre), a Oeste, pela Constelação de Eridanus (Eridano) e Taurus
(Touro), ao Norte, pela Constelação de Gemini (Gêmeos) e Monoceros (Unicórnio). Ela ocupa
uma área de 594 graus quadrados, sendo a mais rica e mais brilhante constelação do céu de Verão.
Órion é de fácil visualização em virtude de suas estrelas muito brilhantes, em especial as Três
Marias ou Cinturão de Órion. A imaginação fértil dos povos primitivos os fez associar as figuras e
animais aos agrupamentos aparentes que as estrelas parecem descrever no céu. Com relação à
lenda grega, é bastante curioso que a Constelação de Órion surja no Verão, símbolo da Vida e da
Luz e, quando o Escorpião surge no céu, já estamos em Outono no hemisfério Norte, que é
quando o Escorpião aparece nas noites relativamente frias e estreladas, de forma que, o Escorpião
nunca consegue picar Órion, o magnífico caçador. Traduzindo para uma linguagem bíblica,
expressa no Salmo 91, “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo (sob o comando dos Sete
Arcanjos da Construção Celeste), à sombra do Onipotente descansará”, o que significa que mal
nenhum chegará à sua tenda, como prossegue mais adiante o mesmo Salmo, “mil cairão ao teu
lado, dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido. Se os irmãos que estavam na sessão naquela
noite conseguissem sintonizar os Sete Mestres da Construção durante a sessão, certamente todas
as setas e dardos inflamados do maligno, ou seja, do estressa, insegurança, medo, falta de paz,
cansaço e desânimo, seriam anulados ao abrir a Loja, na formação do pálio, na abertura do Livro
da Lei, na leitura do Salmo 133 ou mesmo na oração de abertura. Em algum desses momentos
seriam elevados a um nível sublime e inefável de paz, espiritualidade e tranquilidade, quando os
problemas externos já não os alcançariam. Mas, aparentemente estamos nos esquecendo de que
somos formados e mantidos pelo triunvirato do LOGOS: Matéria, Vida e Consciência. Assim
como é impossível conceber uma matéria que não seja viva ou uma vida que não seja consciente,
é impossível ao Maçom e à Maçonaria física, hardware, sobreviver sem a compreensão espiritual
ou esotérica do que está se fazendo em Loja nesse sentido. E, quando alguém se dá conta de que
todas as formas de Vida, desde o elétron até a mais alta hierarquia divina, são manifestações do
Criador Uno, e que, embora “encerrado, aprisionado, confinado, Ele reside soberano no elétron,
começa então a viver esse Supremo Criador, num Universo de perpétua Luz, paz, alegria,
entusiasmo e prazer de ir à Loja, de rever os irmãos, de experimentar o Sagrado em cada sessão.
As Lojas estão definhando, atrofiando, juntando duas ou três para formar uma, enquanto que, toda
a história de uma Vida nos Balaústres (atas) sagrados ficam em esquecimento, contrariando a Lei
do GADU e seu ideal, que é a Evolução. Qual o motivo? A cegueira. Atualmente, estamos apenas
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 10/35
“sobrevivendo” enquanto Maçons, o que para a Alma é pouco demais. Não é isso que a Alma
quer. Ela tem um Ideal, a Evolução. Para isso, temos que resgatar o Entusiasmo e o Prazer de
Viver enquanto Maçons, através de quatro princípios: Pensar (filosoficamente), Sentir, Aspirar e
despertar a Intuição, que é a capacidade de enxergar muito mais do que uma única oitava do
prisma solar. É preciso compreender e enxergar o que os profanos não conseguem ver.
A Constelação de Órion tem uma coisa fantástica, além de tudo que falamos até aqui. Ela é vista
da Terra acompanhada de uma névoa luminosa, a Nebulosa de Órion. Segundo as crenças e até da
própria Astronomia, ali está ocorrendo um movimento circular em alta velocidade, onde as novas
estrelas estão sendo formadas, algum muito interessante, tanto quanto o caos da Sala dos Passos
Perdidos. É ali que os irmãos se preparam para brilhar como estrelas durante a sessão, no sentido
esotérico-espiritual; é ali que nascem as novas estrelas, ou seja, os novos iniciados.
VOLTANDO PARA A SESSÃO.
Claro que não vou relatar aqui os detalhes da sessão, por respeito à Maçonaria, nossas leis e
princípios, mesmo sendo esse relato uma metáfora. Apesar da sensação de paz temporária que os
irmãos sentiam depois do encontro, aquela sessão terminaria sem vida, sem paz e sem evolução
alguma. Mas, como o Grande Arquiteto do Universo jamais abandona os seus, um certo alívio foi
percebido, e os irmãos conseguiram sair sorrindo, com uma saudação e Ágape final de certo
alívio. Entretanto, eles continuaram sem saber direito o que tinha acontecido, bem como o porquê
de se frequentar as sessões. Isso iria se refletir na sessão seguinte, apenas. É que o mundo de hoje
vive sob estresse total, correria, ocupações diversas, preocupações com o dia seguinte e com a
falta de garantias para o futuro. Para sobreviver a esses desafios teríamos que nos desprender dos
pensamentos do corpo físico durante as sessões e elevarmos nossos pensamentos às vibrações dos
corpos, astral, mental e superiores, ao Grande Arquiteto do Universo, de acordo com a ritualística,
as falas, os instrumentos da sagrada geometria e tudo que compõe o ambiente. Nossa alma clama
por isso. Isso seria a Vida que incorpora o corpo de fora para dentro. Autor: Manoel Miguel.
ARLS Colunas de São Paulo 4145 – GOSP/GOB. Or∴ de São Paulo.
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 11/35
Ano 10 - artigo 46 - número sequencial 591– 13 novembro 2016
Saudações, estimado Irmão!
INADIMPLÊNCIA MAÇÔNICA
Vivemos uma realidade em que mais de 11% da população brasileira está desempregada e muitos
outros tiveram achatamento nos rendimentos. Tudo isso impacta, por consequência, a situação
financeira das Lojas Maçônicas.
O tema tem uma aura que descamba para um certo melindre, mas deve ser tratado, entre os
Obreiros, de forma aberta e com plena consciência.
A percapta maçônica média brasileira está em torno de R$ 120,00, o atraso de 8 meses já
compromete mais de um salário mínimo. Todos nós sabemos que, ao ser convidado para entrar na
Maçonaria, o candidato foi ou, pelo menos, deverá ser instruído sobre as despesas que assumirá.
O foco da questão é: quando o candidato responde estar ciente de que estes valores não farão falta
na manutenção de seu lar, isso ocorreu em um período de estabilidade financeira, mesmo porque,
ele mesmo teve que comprovar seus rendimentos.
Como regra universal da vida, todos nós temos altos e baixos. Neste fluxo de marés financeiras
dos Irmãos é que a Loja navega ou naufraga.
Todas as Potências disciplinam rigorosamente a questão da inadimplência sobre dois pontos:
Primeiro, o da Loja com a Administração Central. O segundo, a dos Obreiros para com sua
Oficina.
3 – Inadimplência Maçônica
Sérgio Quirino Guimarães
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 12/35
O problema está na base. Se o Irmão não paga a Loja, a Loja não consegue honrar seus
compromissos com a Potência e compromete todos os adimplentes.
Porém, como obreiros ativos, mais do que apresentar o problema, devemos nos debruçar na sua
solução.
A fim de evitar a personificação do Tesoureiro como o “Cobrador”, algumas Lojas instituíram o
boleto bancário. Há despesas, porém evita-se o desgaste do Irmão; e alguns até acham isso bom,
por já terem uma rotina bancária, por exemplo, os comerciantes e empresários.
Para os que entendem que o Tesoureiro deve cobrar, a resposta é que, na verdade, os Irmãos é que
devem pagar. Responsabilidade por responsabilidade, ele tem várias outras e nós somente uma.
Mas, o que fazer em relação aos que não cumprem suas obrigações pecuniárias? Primeiramente,
dividi-los em categorias:
1) Aqueles que tem recursos, mas gostam de acumular vários meses e pagar duas vezes ou três por
ano.
 O Venerável Mestre chama-o à responsabilidade mostrando que a Loja tem despesas
mensais. A cobrança bancária resolve esta situação.
2) Aqueles que tem recursos e são infrequentes, quando, trimestralmente, aparecem em Loja e
pagam as percaptas. Estes estão na Maçonaria apenas pelo status e se sentem como que dando
esmola para a Loja.
 Cabe, nestes casos, o rigor da lei quanto à frequência.
3) Aqueles que não tem recursos, mas são frequentes e ativos.
 A Loja é soberana para resolver, apadrinhamento, parcelamento e até a anistia. Neste ponto,
aprendemos a diferença entre Membro e Obreiro.
4) Aqueles que não tem recursos e são infrequentes.
 Formação de uma Comissão para procurar o Irmão e ver se ele desistiu dos trabalhos ou se
sente desconfortável com sua realidade. Se desistiu, os rigores da Lei, mas se houver a
angústia, é por ter um coração bem formado e, talvez, ele possa ser incluído na classe
anterior.
Por outro lado e, levando em conta a conjuntura vivida, a Direção da Loja, deve ter em mente que
um Fundo de Reserva é uma ótima previdência contra os casos de aumento da inadimplência. Que
toda obra e festa estejam em pleno acordo com a disponibilidade financeira do grupo; e que não
deixemos o Tesoureiro sozinho neste grave mister.
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 13/35
Sejamos sinceros: o Irmão que não paga há anos, o valor devido se torna proibitivo para qualquer
apadrinhamento, parcelamento ou anistia. Assim, o Irmão recebe um Ex-Officio, deixando para
trás uma divida tremenda e com grandes possibilidades de nunca mais retornar. Ou seja, nessas
circunstâncias, não há solução para o problema.
O QUE NÃO PODEMOS PERMITIR É DEIXAR OS VALORES SE ACUMULAREM.
ISTO É RUIM PARA O IRMÃO E PÉSSIMO PARA A LOJA.
Este artigo foi inspirado no livro ADMINISTRAÇÃO E LIDERANÇA NAS LOJAS
SIMBÓLICAS do Irmão Armando Ettore do Valle, que, na página 73, sobre o Tesoureiro, assim
se manifesta: “Apresentar sempre para o Venerável os Irmãos com mais de Três meses de atraso,
propondo, se for o caso, medidas juntamente com a Comissão de Finanças”
Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de
fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura,
enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas.
Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de
enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica.
Fraternalmente
Quirino
Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG
Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br
Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes
Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom.
Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
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O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja
“Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do
“Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico
“Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário
da Loja Templários da Nova Era.
escreve às quartas-feiras e domingos.
Excepcionalmente hoje, homenageia
a Proclamação da República
1
PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA:
1. No dia 15 de Novembro de 1889, foi proclamada a República do Brasil. A partir de 1870, com
a fundação do Clube Republicano, presidido pelo maçom Quintino Bocaiúva, uma das maiores
expressões, intensifica-se a ação política na Ordem pelo movimento. Em seguida o Grão-Mestre
Saldanha Marinho publica um manifesto acelerando o movimento e em setembro passa a circular
o jornal: A República. O movimento foi tomando corpo e a ele se uniram fervorosamente Silva
Jardim, Quintino Bocaiúva, Campos Sales e Rui Barbosa, enquanto o Império estava sustentando
uma crise cada dia mais grave sob o aspecto da questão religiosa, a questão militar e a própria
abolição da escravatura. Em 11 de novembro de 1889, reuniam-se os Irmãos Bocaiúva, Rui e
Sólon Ribeiro com Aristides Lobo e Francisco Glicério. Dão eco a um boato de suposta prisão de
Deodoro e Benjamim Constant, o que faz com que o tenente-coronel Silva Teles reúna as tropas
em São Cristóvão, mandando-as para o Campo de Santana. Hélio Silva em sua obra: O Primeiro
Século da República conta-nos a sua versão do dia 15 de novembro de 1889: Deodoro propunha-
se a depor o Gabinete Ouro Preto. Devido ao seu estado de saúde, só ali, junto à tropa, é que
montou a cavalo. Como era de praxe, ao assumir o comando ergueu o boné e deu o grito de Viva
o Imperador, que segundo testemunhas da época, foi abafado por salvas de artilharia, ordenadas
por Benjamim Constant. O general combalido pela doença, visivelmente abatido, penetra no
quartel-general e vai ao encontro de Ouro Preto: Vossa Excelência e seus colegas estão demitidos
por haverem perseguidos oficiais do Exército, e revelarem o firme propósito, em que estavam, de
abaterem ou mesmo dissolverem o próprio Exército. E, finalizando a breve alocução, diz ainda:
nos pântanos do Paraguai, muitas vezes atolado, sacrifiquei minha saúde em benefício da
Pátria... Nesse ponto, Ouro Preto, altivo, observa: Maior sacrifício, General, estou fazendo,
ouvindo-o falar. Preso sob palavra, todo o gabinete aos gritos de Viva a República, estava
proclamada e extinta a monarquia no Brasil. Assim nos relata o nosso Irmão Frederico G. Costa
este acontecimento: O Decreto N.º1, datado de 15 de novembro de 1889, instituindo a República,
nascida de Golpe Militar, não contra a Monarquia, mas a favor dos interesses políticos, nos
quais a Maçonaria, como Instituição, a nosso ver, pouca ou nenhuma participação teve, em que
pese ter, entre os conspiradores, obreiros dignos de suas Colunas.
4 – Proclamação da República
João Ivo Girardi
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2. Maçonaria: O Irmão José Castellani defende a seguinte tese: A Proclamação da República
não foi feita pela Maçonaria e sim pelo Exército. Existiam Clubes Republicanos, que eram na
verdade de inspiração maçônica. Entretanto a maior parte dos militares não era maçom na
época. Representavam uma elite pensante. No livro: História do Grande Oriente do Brasil,
Castellani relata assim os primeiros e agitados anos da República: Implantada a República,
Deodoro, assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério totalmente
constituído de maçons: Quintino Bocaiúva, na Pasta dos Transportes; Aristides Lobo, na do
Interior; Benjamim Constant, na da Guerra; Rui Barbosa, na da Fazenda; Campos Salles, na da
Justiça; Eduardo Wandenkolk, na da Marinha; e Demétrio Ribeiro, na da Agricultura. Esses
homens foram escolhidos, por representarem - com exceção de Rui, que era chamado de
republicano do dia 16 - a nata dos republicanos históricos, que, por feliz coincidência,
pertenciam ao Grande Oriente do Brasil, numa época em que a Maçonaria abrigava os melhores
homens do país e a intelectualidade da nação. A 19 de dezembro do mesmo ano de 1889,
Deodoro - iniciado na Loja Rocha Negra (RS), a 20 de dezembro de 1873 - era eleito Grão-
Mestre do Grande Oriente do Brasil. Ele só tomar posse do cargo, todavia, a 24 de março de
1890. Deodoro, na realidade, pouco podia se dedicar ao Grão-Mestrado, pois o novo regime
necessitava de consolidação e não contava com o consenso de seus artífices, já que, desde os
primeiros momentos, havia duas correntes republicanas, com ideias antagônicas: uma queria uma
república democrática representativa, enquanto a outra desejava uma ditadura sociocrática do tipo
comtista, ou seja, de acordo com a doutrina positivista de Comte (e não se pode esquecer que
grandes maçons expoentes do movimento republicano, como Benjamim, Lauro Sodré e Júlio de
Castilhos eram positivistas). Acabaria vencendo a corrente democrática, sustentada por Rui
Barbosa, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do projeto de Constituição
Provisória, em decorrência da qual se instalou, a 15 de novembro de 1890, o Congresso
Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira Constituição da
República, a qual instituiu o presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, eram realizadas
as eleições indiretas, com duas chapas concorrentes, ambas compostas por maçons: Deodoro,
para presidente, e Eduardo Wandelock, para vice; e Prudente de Moraes, para presidente, e
Floriano Peixoto, para vice. A vitória foi de Deodoro, por pequena margem, mas, como vice, foi
eleito Floriano. Nessa ocasião, o Grande Oriente do Brasil enviava carta de congratulações ao seu
Grão-Mestre, a qual foi respondida a 5 de março. Estava assim redigida, com o timbre do
Gabinete da Presidência da República: As Altas Dignidades do Grande Oriente do Brazil: S S
S A prancha de 2 do corrente mez E V, em que me apresentaes felicitações pelo cargo de
Presidente Constitucional da República dos Estados Unidos do Brazil, com que me honrou o
Congresso Nacional está recebida. Ela assaz penhourou-me, não só por partir de vós Irs
respeitados pelo caracter e pela virtude, que pautam vossos actos pelas lições do Supr Arch
do Univ como também pela confiança que mostraes continuar a depositar em minha pessoa e
pelos votos que fazeis pela minha felicidade. Todavia uma crise, envolvendo o Executivo e o
Legislativo, já se desenvolvia, desde janeiro desse ano, quando o ministério, chefiado pelo antigo
líder conservador, barão de Lucena, mostrou-se impotente para enfrentá-la (daí o grande número
de votos dados a Prudente, contra Deodoro na eleição indireta). Politicamente inábil - embora
militar brilhante - Deodoro tinha que enfrentar um Parlamento hostil e, por parte da imprensa,
críticas a que não estava acostumado e que levariam ao decreto de 23 de dezembro de 1889 -
chamado de decreto rolha - que instituia violenta censura à imprensa. Além disso, muitos dos
seus ministros discutiam, como são de hábito num regime democrático, os seus atos, opondo-se
algumas vezes a eles, o que ele não aceitava, por sua formação na caserna; isso levaria à crise de
janeiro de 1891, quando os ministros pediram demissão. Nessa ocasião foi que, demonstrando sua
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inabilidade, convocara, para compor o novo ministério, o barão de Lucena, notório monarquista,
o que desagradou a todos os republicanos históricos. Em consequência do difícil relacionamento,
o Congresso viria a ser dissolvido, concretizando o primeiro - de uma longa série - atentado à
democracia republicana. Ocorreu que, para que Deodoro fosse eleito, houvera uma verdadeira
corrente de ameaças, aos congressistas, veladas, ou claras, de uma reação armada, partidas tanto
do Exército quanto da Marinha. Isso foi o que gerou o ambiente hostil. E Deodoro, não podendo
governar com o Congresso, dissolveu-o a 3 de dezembro de 1891. Com isso perdeu todos os
apoios, inclusive nos meios militares, pois uma ditadura seria uma mancha muito grande para um
regime republicano, que ainda engatinhava e que procurava a sua consolidação. E, quando a 23 de
novembro o almirante Custódio de Mello, a bordo do encouraçado Riachuelo, declarou-se em
revolta, em nome da Armada. Deodoro, isolado, renunciava à presidência, para não desencadear
uma guerra civil, entregando o governo a Floriano, seu substituto constitucional. Obviamente,
como uma amostra do povo brasileiro, os meios maçônicos também reagiram às atitudes de seu
Grão-Mestre, na presidência da República. E Deodoro, desencantado de tudo, renunciava também
ao Grão-Mestrado, em carta de 18 de dezembro de 1891. Esta carta, bastante lacônica, dizia
apenas: Saúde Amizade União - Desejando retirar-me à vida privada renuncio no irmão
competente, os cargos que estou de posse - Capital federal, 18 de Dezembro de 1891. Foi
substituido, interinamente, pelo Grão-Mestre Adjunto, ministro Antônio Joaquim de Macedo
Soares, que havia sido eleito a 15 de junho de 1891, para ocupar a vaga deixada pela morte de
Josino do Nascimento e Silva, ocorrida a 18 de abril daquele ano. No plano social, os maçons,
diante dos problemas surgidos com a rápida industrialização do país, principalmente no Estado de
São Paulo, começavam a tratar dos interesses do incipiente operariado industrial, ainda sem
organismos protetores.
3. Embora o tema não seja explorado devidamente nos livros de história, a contribuição da
Maçonaria na formação do País é um fato inquestionável. Dentro da história do Brasil, se há
alguma coisa a ser respeitada e venerada, será certamente a contribuição maçônica, afirmou
Rizzardo Da Camino. Para o autor, foram os maçons de ontem que libertaram o Brasil e o
entregram à posteridade com um futuro tão promissor. Rui Barbosa, autor da primeira
Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, e uma das figuras mais
proeminentes da Velha República, foi um maçom atuante. A constituição que ele redigiu trazia a
marca indelével das contribuições maçônicas. Pode-se dizer sem exageros que foi graças à
Maçonaria que a República assumiu o figurino federativo e presidencial que a caracterizou. A
força da Maçonaria no movimento pode ser claramente constatada no fato de o governo
provisório nomeado logo após a proclamação ser composto exclusivamente por maçons. (Cláudio
Blanc). (V. Brasil - História da Maçonaria, Independência do Brasil, República, Rui Barbosa).
4. Pedreiros-Livres na Presidência: Durante os anos da Primeira República, a Maçonaria foi
uma organização poderosa. Dos 12 primeiros presidentes do Brasil, nove pertenciam à
fraternidade. No início do século XX, o poder da Maçonaria se devia em grande parte ao fato de
ela ser uma das instituições mais organizadas do país na época, com ramificações em todo o
território nacional. A extensa malha de lojas espalhadas pelo Brasil funcionava como uma
engrenagem que, uma vez acionada, articulava peças localizadas desde a capital federal até os
rincões mais distantes da República. Em troca de apoio político aos membros da fraternidade, os
irmãos tinham as portas da administração pública abertas para o que precisassem. Isto não quer
dizer que o Brasil era uma república maçônica, diretamente governada pela organização como
alguns acreditavam. O poder da Maçonaria, no entanto, entrou em declínio após a Revolução de
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30, que derrubou o regime oligárquico da Primeira República. Getúlio Vargas passou a
perseguir a fraternidade, que perdeu gradualmente sua força. O Brasil ainda teria um último
presidente maçom, Jânio Quadros, que foi eleito em 1961 e renunciou pouco mais de seis meses
depois de assumir o cargo.
Primeiro Governo Republicano: O governo provisório montado pelo marechal Deodoro da
Fonseca logo depois de proclamar a República, no dia 15 de novembro de 1889, era
completamente composta por maçons. Além do presidente, ele mesmo um pedreiro-livre, o
gabinete era formado pelos ministros Rui Barbosa (Fazenda), Quintino Bocaiúva (Transportes),
Demétrio Ribeiro (Agricultura), Aristides Lobo (Interior), Benjamin Constant (Guerra), Campos
Sales (Justiça) e Eduardo Wandenkolk (Marinha), todos membros da Maçonaria. A partir desse
momento, a Maçonaria brasileira se tornou um baluarte do republicanismo, que passou a ser
encarado como um importante passo na marcha rumo ao progresso e a evolução social do país.
(Revista História Viva Nº 71). (V. Abolição da Escravatura, Confederação do Equador, Deodoro
da Fonseca, Independência do Benjamin Constant, Brasil, Proclamação da República, Questão
Religiosa).
HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1. O Hino à Proclamação da República do
Brasil tem letra de Medeiros e Albuquerque (1867-1934) e música de Leopoldo Miguez (1850-
1902). Publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1890. 2. Letra: I - Seja um pálio de luz
desdobrado/Sob a larga ampliação destes céus/Este canto rebel, que o passado/Vem remir dos
mais torpes labéus (desonra)! II - Seja um hino de glória que fale/De esperança de um novo
porvir!/Com visões de triunfos embale/Quem por ele lutando surgir! III - Liberdade!
Liberdade!/Abre as asas sobre nós! IV - Das lutas na tempestade, /Dá que ouçamos tua voz! V -
Do Ipiranga é preciso que o brado/Seja um grito soberbo de fé. /O Brasil já surgiu
libertado/Sobre as púrpuras régias de pé!/ VI - Eia, pois brasileiros avante!/Verdes louros
colhamos louçãos!/Seja o nosso país triunfante, /Livre terra de livres irmãos! (Proclamação da
República).
DEODORO DA FONSECA, Marechal: 1. Nascido a 5 de agosto de 1827, na vila de Anádia
(hoje, Deodoro), na província de Alagoas, e falecido no Rio de Janeiro, a 23 de agosto de 1892. 0
marechal Manoel Deodoro da Fonseca, além de chefe militar, foi o proclamador da República do
Brasil, chefe do Governo Provisório, primeiro Presidente constitucional e Grão Mestre de Grande
Oriente do Brasil. Pertencia a uma família de militares. Deodoro ingressou na Escola Militar em
1843, tendo pertencido geração seguinte a de Caxias e Osório. Quando tenente, integrou a tropa
destacada para Pernambuco, por ocasião da Revolução Praieira de 1848. Como capitão, seguiu
para o Uruguai, participando dos episódios que antecederam a Guerra do Paraguai, da qual
também participaria e da qual retornaria, em 1870, já como coronel. Em 1874 era promovido a
brigadeiro e, em 1884, a marechal-de-campo. Foi um dos líderes da chamada Questão Militar, de
fundamental importância no processo que resultou na queda do império, embora tenha havido,
também, certa contribuição da Questão Religiosa e dos problemas econômicos causados pela
abrupta extinção da escravatura. Na Questão militar, quando comandante de armas da província
do Rio Grande do Sul, Deodoro defendeu a legitimidade da posição de seu subordinado, coronel
Sena Madureira, que criticara, em artigo publicado pela imprensa, a administração do ministro da
Guerra (civil). Sua atitude seria bastante criticada por Silveira Martins, seu adversário, na Câmara
dos Deputados, tendo havido, também, uma denúncia contra ele, sob a acusação de prevaricação,
apresentada ao Supremo Tribunal de Justiça. Antes do julgamento, ele chega ao Rio de Janeiro e
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é recebido com as mais amplas manifestações de apoio e com a solidariedade hipotecada pelos
Oficiais do Exército e da Armada, que, para isso, se reuniram, no dia 10 de outubro de 1886,
presididos por Benjamin Constant e pelo almirante Artur Silveira da Mota (barão de Jaceguai),
ambos maçons (o último foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, de 1881 a 1882). Os
militares conseguiram, então, a vitória, com o cancelamento dos atos punitivos e a substituição do
ministro. Em julho de 1887, é fundado o Clube Militar, com Deodoro na presidência e Benjamin
Constant na vice-presidência, fato de grande importância para o desenrolar dos acontecimentos
futuros, pois o Clube logo adotou a bandeira da abolição da escravatura e da república, embora,
neste último caso, a influência maior fosse de Benjamim, já que Deodoro tinha grande respeito
pela família imperial. Em outubro de 1887, através de Deodoro, o Clube enviava, à Princesa
Regente, Dna. Isabel, uma mensagem enérgica, solicitando que o Exército fosse dispensado da
tarefa de proceder a captura de escravos fugidos. Após a abolição, o governo imperial, com a
intenção de afastar Deodoro da Corte - e, portanto, dos principais acontecimentos políticos -
nomeou-o para o comando de Mato Grosso, em dezembro de 1888; ele, porém, rebelou-se
quando foi nomeado presidente da província um oficial de patente inferior à sua, o coronel Cunha
Matos, a quem entregou o comando de armas, retornando, em setembro de 1889, ao Rio de
Janeiro, em plena efervescência republicana, acesa pela revolta dos oficiais liderados por
Benjamim Constant. Instado por este, tendo em conta o seu alto prestígio no Exército. Deodoro
acabaria desempenhando o papel principal e decisivo na implantação da República, a 15 de
novembro de 1889. Já no dia 10 de novembro, havia sido decidida a queda do império, numa
reunião realizada na casa de Benjamin, com a presença dos republicanos históricos e Maçons
paulistas Francisco Glicério e Campos Salles. O obstáculo, que, nessa altura, era considerado o
maior, era a grande afeição de Deodoro ao imperador; para contornar esse obstáculo, foi
necessário o poder de persuasão de Benjamin e de outros companheiros de farda, que acabaram
por convencer o marechal. Ele estava doente e acamado, quando os principais líderes militares do
movimento foram buscá-lo, em sua casa, defronte ao Campo de Sant’anna (depois, praça da
República), para colocá-lo à testa da tropa, em plena madrugada. Sua mulher, indignada com a
verdadeira invasão de sua casa, quis expulsar todos os oficiais, tendo sido, todavia, convencida de
que era necessário que o marechal assumisse o comando, para dar maior força ao movimento.
Não era firme, todavia, a sua intenção de derrubar a monarquia, preferindo que o velho imperador
terminasse os seus dias, para que fosse providenciado, então, um novo regime. Tanto isso é
verdade, que, deposto todo o Conselho de Ministros, presidido pelo Visconde de Ouro Preto,
Deodoro, num rasgo de sua antiga fidelidade a D. Pedro II, não se dispunha a tomar providências
para proclamar a república, tendo declarado, a Ouro Preto, que iria mandar procurar o imperador,
em Petrópolis, para propor-lhe uma nova lista de ministros para o Gabinete. Foi aí que entrou em
cena, mais uma vez, o grande Maçom e articulador do movimento, Benjamin Constant, que
alertou Deodoro sobre o perigo que eles correriam, daí em diante, por sua rebeldia, caso
sobrevivesse o governo imperial. Implantada a república, Deodoro assumiria o poder, como
chefe do Governo Provisório, com um ministério totalmente constituído por maçons, embora
nem todos ativos: Aristides Lobo, ministro do Interior; Quintino Bocaiúva, ministro dos
Transportes; Benjamin Constant, ministro da Guerra; Rui Barbosa, ministro da Fazenda; Campos
Salles, ministro da Justiça; Eduardo Wandenkolk, ministro da Marinha; e Demétrio Ribeiro,
ministro da Agricultura. Alguns autores maçônicos tendenciosos, querem fazer crer que esses
homens foram escolhidos devido ao fato de serem maçons, o que não corresponde,
evidentemente, à visão imparcial da história, pois eles foram escolhidos porque representavam a
nata dos chamados republicanos históricos (com exceção de Rui, que, não tendo participado do
movimento, era considerado republicano do dia 16), a qual, por feliz coincidência, se reunia sob
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a égide da Instituição Maçônica, numa época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens
do país e a elite intelectual da nação. Nos primeiros momentos do novo regime, havia duas
correntes republicanas com ideias antagônicas: uma queria uma república democrática
representativa, enquanto que a outra desejava uma ditadura sociocrática de tipo comunista, ou
seja, de acordo com a doutrina de Comte, o positivismo. Acabou vencendo a corrente
democrática, sustentada por Rui, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do
projeto de Constituição Provisória. Em decorrência, instalou-se, a 15 de novembro de 1890, o
Congresso Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira
Constituição da República, que instituía o presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, a
Assembleia elegeu, para a Presidência da República, por pequena margem sobre Prudente de
Moraes, o Marechal Deodoro, e, para vice-presidência, o Marechal Floriano Peixoto, da chapa da
oposição, o qual derrotou Wandenkolk. A 23 de novembro de 1891, Deodoro renunciou ao cargo,
para não provocar uma guerra civil, diante da revolta da armada liderada pelo almirante Custódio
de Melo, em reação ao golpe do presidente, que, a 3 de novembro, dissolvera a Câmara e o
Senado. (...) Foi um maçom ativo desde que foi Iniciado, a 20 de setembro de 1873, na Loja
Rocha Negra, de São Gabriel (RS), a qual, na época, era da jurisdição do Grande Oriente do
Brasil, do qual seria dissidente, em 1927, para se tomar a Loja número um da Grande Loja do Rio
Grande do Sul. Apesar de suas viagens e remoções devidas à sua patente militar - por remoção,
teve que deixar o quadro da Rocha Negra, em dezembro de 1874 - manteve sempre uma
apreciável atividade maçônica, pertenceu, provavelmente, à Loja Dois de Dezembro, do Rio de
Janeiro, e foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil (13 º), a 19 de dezembro de 1890,
tomando posse a 24 de março de 1891. A 18 de dezembro de 1891, seja vinte e cinco dias depois
de renunciar à Presidência da República, Deodoro também renunciou ao cargo de Grão-Mestre do
Grande Oriente. A República, ele entregou a Floriano, para que este a consolidasse; o Grande
Oriente ele entregou ao Adjunto, conselheiro Joaquim Antônio de Macedo Soares, que assumira o
cargo em 10 de agosto de 1891, depois da morte de Josino do Nascimento Silva Filho. Doente e
desencantado com tudo, veio a falecer oito meses depois. (Almir Silva e Heinz Jakobi). (...) Nesse
entremeio, num bizarro episódio, desafiou para um duelo mortal seu próprio ministro do Exército,
irmão de armas e de compasso, Benjamim Constant. Nove meses depois da Proclamação da
República ensaiou um golpe de Estado tentando dissolver o Congresso. Malograda sua intenção,
demitiu-se do cargo, vivendo em isolamento voluntário e vindo a falecer meses depois.
2. História: Deodoro reforma a Constituição: Decreto nº 79 - 22.09.1890, EVReprodução
do texto que consta na coletânea de Boletins de 1890. Nós, Generalíssimo Manoel Deodoro da
Fonseca, Chefe do Governo Provisório dos Estados Unidos do Brazil, e Sob Gr Mestr
Gr Comm da Ord Maçon no Brazil: Fazemos saber a todas AAug Off, SSubl
CCap e MMaç da nossa jurisdição que o Sap Gr Or, em sessão de 22 de Setembro do
corrente anno, resolveu mandar reimprimir a Const e RReg GGer da Ord incluindo as
ultimas resoluções tomadas, bem como fazendo as alterações precisas, de accordo com a actual
forma do Governo do Paiz. Comentário: Tratava-se de adaptação da Constituição à nova
situação política do País, pois era recente a proclamação da República. (V. Brasil: História do,
Proclamação a República).
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Manoel Deodoro da Fonseca –
Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil –
De 3/1890 Até 2/1892 Efetivo
A CONSTITUIÇÃO DE 1891- Antecedentes: Uma vez instalado o
Regime Republicano, necessária se fez a promulgação de uma nova
Constituição, voltada para os anseios do novo regime.
DECRETO No 1 O Governo Provisório da Republica dos Estados Unidos do Brazil decreta:
Art. 1o - Fica proclamada provisoriamente e decretada como a fórma de governo da nação
brazileira a Republica Federativa. Art. 2o - As provincias do Brazil, reunidas pelo laço da
federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brazil. Art. 3o - Cada um desses Estados, no
exercicio de sua legitima soberania, decretará opportunamente a sua Constituição definitiva,
elegendo os seus corpos deliberantes e os seus governos locaes. Art. 4o - Enquanto, pelos meios
regulares, não se proceder á eleição do Congresso Constituinte do Brazil e bem assim á
reeleição das legislaturas de cada um dos Estados, será regida a nação brazileira pelo Governo
Provisório da Republica; e os novos Estados pelos Governos que hajam proclamado ou, na falta
destes, por governadores delegados do Governo Provisório. Art. 5o - Os governos dos Estados
federados adotarão com urgencia todas as providencias necessárias para a manutenção da
ordem e da segurança publica, defeza e garantia da liberdade e dos direitos dos cidadãos, quer
nacionaes, quer extrangeiros. Art. 6o - Em qualquer dos Estados, onde a ordem publica for
perturbada e onde faltem ao governo local meios eficazes para reprimir as desordens e
assegurar a paz e tranquilidade publicas, efetuará o Governo Provisório a intervenção
necessária para, com o apoio da força publica, assegurar o livre exercicio dos direitos dos
cidadãos e a livre acção das autoridades constituidas. Art. 7o - Sendo a Republica Federativa
Brazileira a forma de governo proclamada, o Governo Provisório não reconhece nem
reconhecerá nenhum governo local contrario á forma republicana, aguardando, como lhe
cumpre, o pronunciamento definitivo do voto da nação livremente expressado pelo sufragio
popular. Art. 8o - A força publica regular, representada pelas tres armas do Exercito e pela
Armada nacional onde existam guarnições ou contingentes nas diversas provincias, continuará
subordinada exclusivamente dependente do Governo Provisório da Republica, podendo os
governos locaes, pelos meios ao seu alcance, decretar a organisação de uma guarda civica
destinada ao policiamento do território de cada um dos novos Estados. Art. 9o - Ficam
egualmente subordinadas ao Governo Provisório da Republica todas as repartições civis e
militares até aqui subordinadas ao governo central da nação brazileira. Art. 10 - O território do
Município Neutro fica provisoriamente a administração imediata do Governo Provisório da
República e a cidade do Rio de Janeiro constituida, também, provisoriamente, séde do poder
federal. Art. 11- Ficam encarregados da execução deste decreto, na parte que a cada um
pertença, os secretarios de Estado das diversas repartições ou ministerios do actual Governo
provisório. Sala das sessões do Governo Provisório, 15 de Novembro de 1889, 1o da Republica.
(Ass.) Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisório;S. Lobo; Rui
Barbosa; Q. Bocaiuva; Benjamin Constant; Wandenkolk Corrêa. Nota: Todos que assinam o
documento eram Maçons.
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Ir Erwin Werner TEICHMANN
Loja Pedreiros da Liberdade nr. 79
Flortianópolis (GLSC)
Introdução Histórica à Cabala
SÍNTESE
A Cabala sempre foi cercada de um manto de mistério, principalmente devido à insensatez
presente em algumas épocas e a complexidade do seu conteúdo. Mais do que uma doutrina, a
Cabala é, para o iniciado, uma força, um sopro que lembra de forma incessante que a perfeição do
homem reside na sua capacidade de aprender e melhorar. Desta forma, ela transforma-se em uma
filosofia de vida, uma busca de harmonia e bem estar para si mesmo, mas que resulta também no
bem estar dos outros.
O estudo da Cabala levou ao desenvolvimento do conceito da árvore da vida. Na árvore da vida
esferas chamadas de “Sefiroth” estão alinhados em três pilares conectados entre si por meio de
vinte e duas ligações. Estes 10 “Sephiroth”, cujo singular é “Sephira”, exprimem as dez
modalidades fundamentais do ser humano cuja busca leva ao equilíbrio e a perfeição de forma a
atingir um estado semelhante ao do “Adão Primordial”.
Apesar de existirem indícios de que a tradição da Cabala tem origem há pelo menos 5 mil anos em
escolas secretas, podemos distinguir oito períodos importantes na história da Cabala datando de
aproximadamente dois séculos antes de Cristo até os dias atuais. Cada período foi caracterizado
pela sua época particular e influenciou de forma diferente o estudo da Cabala.
A complexidade e beleza dos ensinamentos da Cabala só fazem aumentar a nossa curiosidade pelo
seu estudo. Mesmo se ela, na tentativa de dar respostas às questões fundamentais que o homem se
coloca como: de onde viemos? Para onde vamos? Quem somos? Não consegue trazer soluções
convincentes, os seus ensinamentos foram responsáveis, sem dúvida, pelo progresso da
5 – Introdução Histórica à Cabala
Erwin Werner Teichmann
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humanidade. Como já foi dito, talvez o caminho percorrido seja mais importante do que o objetivo
a ser atingido.
Ir Erwin Werner TEICHMANN
INTRODUÇÃO
A Cabala ou Kabbalah, sempre foi cercada de um manto de mistério, principalmente devido à
insensatez presente em algumas épocas e a complexidade do seu conteúdo. Este desconhecimento
sobre o tema gera uma atração pelo seu estudo, que pode ser comparada à atração gerada pelo
fruto proibido. Por este motivo resolvi escolher este tema para a minha peça de elevação. Este
texto se concentra nos eventos históricos e na evolução da Cabala, um tema que é inesgotável.
DESENVOLVIMENTO
Derivada do hebreu “qabbala” que significa “recepção”, a palavra Cabala pode ser também
definida como um caminho de elevação espiritual reunindo filosofia teórica e prática de
meditação. A palavra pode ser escrita de diferentes formas: Cabala, Qaballah, Qabala, Kaballah,
Qabalah. Tipicamente são utilizadas as grafias Kabbalah e Cabala, sendo a pronuncia correta desta
última: “Cabalá”.
Da mesma forma que a maçonaria, a Cabala era inicialmente transmitida de boca a ouvido desde
Adão até Moises, antes de ser posteriormente transcrita, codificada e comentada na Bíblia (livro
dos profetas, por exemplo).
Ela se apresenta primeiramente sob a forma de um aprendizado que vai permitir a decodificação
dos mistérios do texto bíblico. Esta primeira definição é chamada de hermenêutica.
Uma outra definição dá um sentido mais místico, confundindo a Cabala a arte de ouvir a sinfonia
dos movimentos dos astros celestes ou a nossa música interior. Neste caso, ela se unifica ao seu
significado histórico ou etimológico, exprimindo através de preces, ritos, meditações, cantos e
danças o fato de receber (recepção) a luz emanada do infinito.
Mais do que uma doutrina, a Cabala é para o iniciado, uma força, um sopro que lembra de forma
incessante que a perfeição do homem reside na sua capacidade de aprender e melhorar.
Desta forma, ela transforma-se em uma filosofia de vida, uma busca de harmonia e bem estar para
si mesmo, mas que resulta também no bem estar dos outros.
Trilhando com sinceridade este caminho, o cabalista vai se aprofundar no estudo dos 10
“Sephiroth” ou esferas.
Estes 10 “Sephiroth”, cujo singular é “Sephira”, exprimem as dez modalidades fundamentais do
ser humano cuja busca leva ao equilíbrio e a perfeição de forma a atingir um estado semelhante ao
do “Adão primordial”.
“Sefiroth” são as dez emanações de “Ain Soph” na Cabala, um princípio que, segundo ela, não
está a altura da compreensão humana. Os “Sefiroth”, ou emanações, dão forma a árvore da vida e
são simbolicamente representadas nela por 10 esferas.
Os “Sefiroth” emanados são, na sequência, os seguintes:
1
Kether
Coroa
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3
Binah
Entendimento
2
Chokmah
Sabedoria
Daath
5
Geburah
Julgamento
4
Chesed
Misericórdia
6
Tipareth
Beleza
8
Hod
Esplendor
7
Netzach
Vitória
9
Yesod
Fundamento
10
Malkuth
Reino
Existe um décimo primeiro “Sefira”, chamado “Daath”, que representa o abismo, o caos, e
normalmente não é representado na árvore da vida, sendo considerado um portal para as
“Sephiroth” adversas. Paradoxalmente “Daath” também representa cognição, ciência e saber. É
um ponto delicado da árvore da vida, poderia se dizer, o local aonde se encontra o Espírito Santo.
“Daath” é um não “Sephira”, um lugar aonde o inefável pode intervir livremente na existência,
como o conhecimento que vem não se sabe de onde, e que talvez, seja provido diretamente por
Deus.
Na árvore da vida os “Sefirot” estão alinhados em três pilares conectados entre si por meio de
vinte e duas ligações. Também se dispõem em três camadas triangulares e sucessivas, cada uma
delas associada a um mundo (Atziluth, o Mundo das Emanações; Beriah, o Mundo das Criações,
Yetzirah, o Mundo das Formações) e Malkuth na base (correspondendo a Asiyah, o Mundo das
Ações).
Mais do que uma ciência, a Cabala é uma arte. Uma arte do coração, do saber amar e do
autoconhecimento.
Apesar de existirem indícios de que a tradição da Cabala tem origem há pelo menos 5 mil anos em
escolas secretas, podemos distinguir oito períodos importantes na sua história, cada um
caracterizado pela sua época particular:
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- O primeiro período: Entre o segundo século antes de Cristo e o décimo segundo século depois de
Cristo:
Este período faz referência a interpretação mística de dois dos capítulos mais importantes da
Bíblia:
- O primeiro Capítulo de Genesis, que desenvolve a história da criação do mundo. Esta obra
da criação ou “Bereshit” pode ser comparada a uma visão do divino e da estrutura do
mundo nas alturas. A obra do trono ou “Merkabah“ pode ser compreendida como a
exploração do divino através de experiências múltiplas de êxtase. Enfim, nesta obra é
descrita a maneira como a Luz aparece e desce ao nosso mundo e a todos os outros mundos
da criação;
- O primeiro Capítulo de Ezequiel, que descreve a visão do trono no qual Deus está
instalado. Nesta obra Ezequiel mostra as possibilidades do iniciado de atingir os mundos
superiores através da meditação e de práticas transcendentais. Neste texto encontramos a
descrição de imagens que podem ser vistas em outras descrições de visões místicas.
- O segundo período: Que cobre um século entre os anos 1200 e 1300 DC, se caracteriza
pela aparição de obras de prestígio como “O livro dos Homens Piedosos” ou ”Sefer
Hasidim” e de grandes mestres como o rabino “Issac o Cego”.
- O terceiro período: Ocorre na Espanha durante a redação de um livro fundamental para a
Cabala, o “Zohar” ou “Livro do Esplendor”. O “Zohar” foi publicado por Moisés de Léon
no século XIII. Segundo de Léon, a obra é atribuída a um rabino judeu que viveu no
segundo século depois de Cristo logo após a destruição do segundo templo de Jerusalém.
Foi escrito em aramaico sob a forma de um romance místico. Ele contém uma mistura
fascinante de metafísica, cosmogonia mítica (lendas sobre o início do universo) e psicologia
esotérica. Pode-se dizer que este período corresponde à eclosão da Cabala do Êxtase.
- O quarto período: Dura mais de dois séculos e está ligado a uma das tragédias do povo
judeu, a expulsão da Espanha em 1492. Inúmeros mestres e pensadores tomaram a decisão
à época de se instalar em Safed na Galileia e fundam uma escola de Cabala. Esta escola tem
suas atividades concentradas sobre o estudo do “Livro do Esplendor” com enfoque no
sentido dos “Sefiroth” e da presença divina ou “Chekhina”. É durante este período que foi
escrito o “Livro da Árvore da Vida”. Dentre os mestres deste período, destaca-se o Grande
Mestre Rabino Isaac Luria, que nasceu em Jerusalém em 1534 e morreu em Safed em 1572.
Apesar de ter morrido com apenas 38 anos, os estudos deste rabino, principalmente sobre o
“Zohar”, tiveram tamanha relevância que deram origem a Cabala Luriânica. O seu túmulo é
local de visitação até os dias de hoje. Segundo o Ir:. Dagoberto Dalsasso sobre Luria “Já
com influências mais modernas, da gnose e do pensamento Helenista, esse Mestre
concebeu diversos conceitos maravilhosos sobre a origem do Universo por um processo
chamado Tzim-Tizum que mais tarde, por via muito similar, os cientistas chamaram Big-
Bang...”
- O quinto período: Sob a influência do rabino e místico Shabbataï Tsvi (1625-1676), a
Cabala adota um tom messiânico. Tsvi diz ser um Messias judeu e se converte a religião
muçulmana por ordem de um sultão Otomano. Ele se descreve em seus próprios escritos
como “judeu no seu interior e não-judeu no exterior”. Um período interessante pela
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dualidade de um homem obrigado e viver em dois mundos diferentes, um visível e outro
invisível ou secreto.
- O sexto período: Que é chamado de “Chassídico”. É resultado da escola de pensamento
fundada pelo rabino Israël Ben Eliezer, mais conhecido pelos judeus pelo nome de “Baal
Chem Tov” ou mestre do bom nome. Este período se caracteriza pela tradução dos temas da
Cabala ao nível existencial e pela sua aplicação a vida cotidiana. Em outras palavras, existe
uma busca da Luz para descobrir a alegria da vida em sociedade. “Baal Chem Tov” prega
que a missão de cada um é liberar a divindade que existe dentro de todos e que é perdida no
mundo material. Cada ato, se efetuado com uma intenção justa, ajuda a retirar o cosmos da
confusão e da obscuridade. O Chassidismo também trouxe a democratização dos conceitos
da Cabala graças à vivência de suas ideias junto a um mestre denominado de rabino, que se
torna um pilar do grupo trazendo conforto, aconselhamento e cura.
- O sétimo período: É o período da dita Cabala Lituana. Liderada pelo rabino conhecido
como Gaon de Vilna ou o Génio de Vilna (capital de Lituânia) que lá viveu de 1720 à 1797.
Este período teve início na mesma época da Cabala Chassídica, se distinguindo desta pela
aplicação dos “mitsvot” ou mandamentos judaicos (613 no total), como fontes de energia
cósmica e da redenção do mundo.
- O oitavo período: É o período contemporâneo e se caracteriza pela herança deixada pelos
períodos precedentes e pelo contato com outros grupos místicos, principalmente com o
Budismo.
E a Cabala no meio Cristão? De fato durante o período da renascença dentre os humanistas e
eruditos reunidos pelos nobres e ricos da Itália e Alemanha, existiam numerosos rabinos. Graças
ao interesse destes humanistas sobre a Cabala, a literatura e os pensamentos judeus foram
incutidos nos meios cristãos. Os humanistas se interessavam pelo hebreu e pelo aramaico com
particular fascinação pelo estudo do “Zohar”. Neste período teve origem a Cabala Cristã ou do
Renascimento, pois estes pensadores encontraram pontos de convergência entre a Cabala Judaica
e o pensamento místico cristão ou escolástica. Paralelamente, o estudo do Talmude também ganha
força, mas em 1553 tudo foi questionado pela Contra-Reforma ou Reforma Católica. O Talmude
foi queimado em praça pública em Roma e os judeus foram confinados aos guetos.
Como exemplo de autores cristãos que foram fortemente marcados pela Cabala, pode-se citar
Robert Fludd, médico e alquimista, defensor dos Rosacruzes, que foi violentamente combatido
pelas autoridades científicas de sua época. Isto apenas mostra que estes em busca da Verdade,
estão expostos a riscos, como por exemplo, a condenação por heresia em certas épocas. Estas
constatações históricas explicam de certa forma a falta de informação que envolve a Cabala,
considerada por muitos séculos como uma doutrina herética associada à prática de alquimia ou
mágica. Apesar disso, as influências da Cabala estão presentes nos escritos do filósofo e místico
luterano Jacob Boehme e também nas obras de outros autores como: Hugo, Baudelaire, Goethe,
Nietzsche e Wagner.
Finalmente, a Cabala poderia ser definida como o esforço produzido para gerar os
questionamentos de cunho metafísico que levam a compreensão dos sentidos ocultos nos textos
bíblicos ou na “Thora”. Uma vez que estes têm sua origem no divino, quando decodificados em
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hebreu ou aramaico dão origem a interpretações das mais diferentes e muitas vezes o seu sentido
só pode ser apreendido através do estudo da Cabala.
CONCLUSÃO
Não importa o que se diga, a Cabala serviu de influência cultural, dinamizando a pesquisa
filosófica, científica e metafísica. Isto aconteceu por uma simples razão, para os cabalistas a
evolução não para no ser humano, mas continua graças a ele para etapas sempre mais elevadas.
Desta forma o homem poderá conhecer forças criadoras que eram até então desconhecidas e se
elevar ultrapassando os limites estabelecidos pelo mundo físico.
A complexidade e beleza dos seus ensinamentos só fazem aumentar a nossa curiosidade pelo seu
estudo. Mesmo se a Cabala, na tentativa de dar respostas às questões fundamentais que o homem
se coloca como: de onde viemos? Para onde vamos? Quem somos? Não consegue trazer soluções
convincentes, os seus ensinamentos foram responsáveis sem dúvida pelo progresso da
humanidade. Como já foi dito, talvez o caminho percorrido seja mais importante do que o objetivo
a ser atingido.
Bibliografia
Instruções: A:. M:.;
Ritual do Grau de A:. M:.;
Instruções: C:. M:.;
Ritual do Grau de C:. M:.;
http://www.ledifice.net - Acessado 27/07/2014;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sefirot - Acessado 27/07/2014;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Merkabah - Acessado 28/07/2014;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ezequiel - Acessado 28/07/2014;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Zohar - Acessado 28/07/2014;
http://en.wikipedia.org/wiki/Sabbatai_Zevi - Acessado 29/07/2014;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Judaísmo_chassídico - Acessado 29/07/2014;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Contrarreforma - Acessado 29/07/2014;
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabala_cristã - Acessado 29/07/2014;
MacKey, Albert G.; Leroy, Harry – “Encyclopedia of Freemasonry”, 1909;
http://escoladekabbalah.com/site/1/blog/?page_id=25 - Acessado 05/08/2014;
http://en.wikipedia.org/wiki/Vilna_Gaon - Acessado 05/08/2014;
http://en.wikipedia.org/wiki/Isaac_Luria - Acessado 05/08/2014;
Email do Ir:. Dagoberto Dalsasso de 05/08/2014;
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 27/35
O escritor e Irmão Walter Celso de Lima
É obreiro da Loja “Alvorada da Sabedoria” (GOB/SC)
e membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras
Florianópolis
Responsabilidade do Maçom sobre a Frequência
Responsabilidade é a qualidade ou condição de responsável. Sabe-se que responsável é
aquele que responde pelos próprios atos ou, pelos de outrem. Responsabilidade moral é a situação
de um agente consciente, com relação aos atos que ele pratica voluntariamente.
Uma das responsabilidades mais importantes de um Maçom é a frequência à Loja. Trata-se
de uma responsabilidade que tem amparo legal e, também, moral.
Frequência é o ato de frequentar. Em física, frequência significa número de vibrações por
unidade de tempo. Frequentar uma Loja causa, realmente, vibrações positivas em nós e em nossos
Irmãos. A frequência deve ser observada não somente como uma questão de quorum, ou um
problema legal, mas, sobretudo, como a forma mais eficaz para nos conhecermos melhor, uns aos
outros, e nos aproximarmos.
Quando de nossa iniciação, a primeira preleção, feita pelo Venerável Mestre, fala da
fidelidade que deve ser exemplificada por uma estrita observância das Constituições, Regimento,
Estatutos e demais normas do GOB, do GOB-SC e da própria Loja. Também, nesta preleção, o
V.’. M.’. fala da obediência que deve ser provada por uma estrita observância de nossas leis e
regulamentos, por uma atenção pronta a todas as convocações, além de uma pronta observância
das decisões e resoluções aprovadas em Loja. As leis e regulamentos falam da necessidade de
6 – Responsabilidade do Maçom sobre a Frequência
Walter Celso de Lima
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 28/35
frequência. As convocações às nossas sessões são, em geral, semanais e uma das importantes
resoluções aprovadas é o calendário da Loja, que deve ser observado.
O Regulamento Geral da Federação trata da frequência em Loja. Tratam, também, de
quando o Maçom se torna irregular por não ter frequência.
Nos altos graus, disposições análogas devem ser observadas se não estiverem previstas em
regulamentos próprios. Porém, muito mais importante que leis e regulamentos é o inflexível
cumprimento do dever: nossa consciência e nossos compromissos e promessas obrigam-nos à
frequência.
Quando a Loja não abre por falta de quórum, a responsabilidade, definida no princípio, é de
todos: não somente dos faltosos ou do Venerável Mestre. Todos nós somos responsáveis pelo bom
funcionamento da Loja. Quando algum Obreiro necessita faltar, por justa causa, deve procurar
algum Mestre amigo que o substitua, ou avisar a todos, para que todos se responsabilizem pela
existência de quorum. Por isso, somos Irmãos fraternos, nos auxiliando uns aos outros.
Como palavras finais: nós somos construtores (“masons”, pedreiros) sociais; somos
obreiros, cabeças pensantes, pessoas com diferentes formações, opiniões diferentes e, brevemente,
seremos mais. Mas, vivemos numa fraternidade tolerante, respeitamos as ideias, eventualmente,
diferentes. Convergimos em algumas virtudes que adotamos conjuntamente, a exemplo da
tolerância e, especialmente, da responsabilidade objeto deste ensaio. A participação responsável
de todos fortalece a nossa Loja que busca, insistentemente, a realização do trabalho justo e
perfeito de construir nosso templo interior.
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 29/35
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
05.11.1997 União do Vale nr. 69 Blumenau
10.11.2001 Arte Real Santamarense nr. 83 Sto. Amaro da Imperatriz
14.11.1983 Obreiros da Liberdade, nr. 37 Xaxim
14.11.1983 29 de Setembro nr. 38 S. Miguel do Oeste
17.11.1950 14 de Julho nr. 03 Florianópolis
17.11.1986 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau
17.111993 Rei David nr. 58 Florianópolis
18.11.1993 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville
19.111996 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba
19.11.2003 Fraternidade Lourenciana nr. 86 S. Lourenço do Oeste
19.11.1996 Manoel Gomes nr. 24 Florianópolis
21.11.1986 Liberdade e Justiça nr. 45 Abelardo Luz
21.11.1994 Fraternidade Capinzalense nr. 52 Capinzal
21.11.1992 União e Verdade nr. 53 Florianópolis
24.11.1982 Ary Batalha nr. 31 Florianópolis
Data Nome da Loja Oriente
02/11/1991 Seixas Neto Florianópolis
03/11/1971 Acácia dos Campos Campos Novos
03/11/2010 Colunas da Sabedoria Joinville
07/11/2001 Zodiacal Florianópolis
11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí
15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão
22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho
25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de Novembro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome da Loja Oriente
03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis
04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau
09.11.10 Regeneração Guabirubense, 4100 Brusque
12.11.99 União e Justiça - 3274 Chapecó
15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú
15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau
19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis
19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis
21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis
22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages
24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis
25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho
25.L1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis
29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José
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Caro Irmão: (Palestra para o dia 19 de novembro em Porto Alegre)
A Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônica, a Chio da Botica, sente-se honrada em
convidá-lo para mais uma brilhante palestre a ser proferida pelo nosso Irmão Hercule Spoladore,
Membro Fundador da Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil, Oriente de Londrina – PR e Membro
Correspondente nº 1 da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas, em comemoração ao
21º aniversário de fundação de nossa Loja;
Vossa presença muito nos honrará.
Pela atenção e comparecimento deixamos um TFA
Cesar Volnei da Luz Gomes
Venerável Mestre
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas – GORGS - Porto Alegre - RS
JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 32/35
Loja Luz do Oriente em Macau, Região Administrativa
Especial da República Popular da China
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1 –
Um beijinho dos animais mais
fofos do planeta!
2 –
24 belas fotos que provam como os
elefantes são fofos!
3 –
TESTE: Que tipo de emoção
define sua personalidade?
4 –
Origami: Conheça a arte belíssima
de Gonzalo Calvo!
5 –
Então é assim que os músicos
impressionam as mulheres?
6 -
Conheça as 10 pessoas mais velhas
do mundo e seus segredos!
7 – Filme do dia “Assistir de Coração Partido” – dublado
Sinopse: No Filme Online De Coração Partido, Um drama convincente,
vencedor de festivais americanos, explora os diferentes significados de ter um
filho através da corajosa e realista experiência de duas famílias, a simples
Porters e a privilegiada Campbell. Suas vidas se cruzam, se entrelaçam e se
chocam, pelo amor de um menino. O filme expõe corajosamente a
humanidade de cada personagem lembrando-nos que cada um de nós somos
capazes de ser as versões melhores e piores de nós mesmos a qualquer momento.
https://www.youtube.com/watch?v=ulZFsze1xpE&t=24s
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O Irmão Adilson Zotovici
escreve aos sábados neste espaço
Excepcionalmente hoje, homenageia
a Proclamação da República.
15 DE NOVEMBRO
Um basta...ao jugo estrangeiro !
Liberdade, democracia,
Ao povo tenaz e ordeiro
Fim da cansada monarquia
Bradavam em cada canteiro
Homens livres da confraria
Com discurso alvissareiro
Visando a soberania
O que tanta gente pedia
D’ Aclamação...Rio de Janeiro,
A Proclamação se ouviria
Por Fonseca, livre pedreiro,
A República ali nascia...
Do heroico povo Brasileiro
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
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Uma sessão maçônica em tempos modernos

  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda o dia da Proclamação da República no seu 127º ano Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.238 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrManoel Miguel – Uma Sessão Maçônica em Tempos Modernos Bloco 3-IrSérgio Quirino Guimarães – Inadimplência Maçônica Bloco 4-IrJoão Ivo Girardi – Proclamação da República Bloco 5-IrErwin Werner Teichmann – Introdução Histórica à Cabala Bloco 6-IrWalter Celso de Lima – Responsabilidade do Maçom sobre a Frequência Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 15 de novembro e versos do Irmão e Poeta Adilson Zotovici sobre a Proclamação da República
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 2/35 15 de novembro  1777 - Depois de 16 meses de debate, o Congresso Continental aprova os Artigos da Confederação na temporária capital localizada em York, na Pensilvânia. Entre outras diretrizes esse artigo oficializa o nome da Confederação em Os Estados Unidos da América.  1884 - Início da Conferência de Berlim: a repartição das colônias europeias na África.  1887 - Emancipação do município de Anápolis, Goiás.  1889 - Proclamação da República brasileira. Rui Barbosa assina o primeiro decreto do governo provisório.  1895  Fundação do Clube de Regatas do Flamengo.  O Papa Leão XIII cria a Diocese do Espírito Santo.  1905 - Inauguração da Avenida Central, atual Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro.  1908 - Primeira manifestação do Caboclo das Sete Encruzilhadas por intermédio da mediunidade de Zélio Fernandino de Moraes, no distrito de Neves, em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro, fundando então a Umbanda.  1911 - Fundação do Clube 15 de Novembro de Campo Bom, no Rio Grande do Sul.  1913 - Fundação do Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba.  1924 - Fundação do Esporte Clube XV de Novembro de Jaú.  1936 - Mihara (Hiroshima, Japão) recebe estatuto de cidade.  1938 - Fundação do Íbis Sport Club, que é ironicamente chamado de o pior time de futebol do mundo.  1942 - Segunda Guerra Mundial: fim da Batalha de Guadalcanal.  1945 - Venezuela é admitida como Estado-Membro da ONU. Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 320 dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Cheia) Faltam 46 dias para terminar este ano bissexto Dia da Proclamação da República (127º ano) Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado. Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 3/35  1982 - São realizadas as primeiras eleições diretas no Brasil desde o golpe de 1964 (exceto para presidente).  1983  Inauguração do Estádio Aderbal Ramos da Silva, a "Ressacada", de propriedade do Avaí Futebol Clube.  O Estado Federado Turco do Chipre se autoproclama República Turca de Chipre do Norte.  1988  Yasser Arafat, no exílio, proclama o Estado da Palestina.  Único lançamento do ônibus espacial soviético Buran.  Fundada a TV Santa Cruz, afiliada da Rede Globo em Itabuna, na Bahia.  1989 - Realizada, em meio às comemorações dos cem anos da República brasileira, a primeira eleição presidencial direta em quase trinta anos. O resultado é prorrogado para um segundo turno.  1999  Fundada a RedeTV!.  Lançado o site de animais de estimação virtual Neopets.  2001 - Lançamento do Video game Xbox.  2008 - Concedida anistia política ao presidente brasileiro João Goulart, o único a morrer em exílio após ser deposto pelo golpe de 1964. 1811 Criação do cargo de Juiz de Fora e de Órfãos de Santa Catarina, com o ordenado de 400 mil réis. 1910 Tendo os trilhos da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande alcançado as margens do rio Uruguai, em território catarinense, chega nesta data o primeiro trem procedente de Porto União. 1775 Publicação do primeiro Calendário Maçônico, em Londres 1815 Instalada a Loja Comércio e Artes, no Rio de Janeiro, no Rito Adonhiramita. 1876 Fundação do General Grand Chapter da Ordem da Estrela do Oriente 1906 Lauro Sodré, Barbosa Lima, Tasso Fragoso, Olva Bilac e outros intelectuais propõem a criação do Dia da Bandeira. 1952 Tratado de Amizade entre o Grande Oriente do Brasil; e a Grande Loja de São Paulo. 1964 Fundado o Grande Oriente do Maranhão, federado ao GOB 1979 Fundação da Loja Ciência e Trabalho nr. 30, de Tubarão, que trabalha no REAA (GOSC) 1983 Fundação da Grande Loja de Sergipe. 2000 Os três Capítulos dos Maçons do Real Arco brasileiros enviam petição ao General Grand Chapter of Royal Arch Masons International para a fundação de um Grande Capítulo no Brasil para o Rito York americano, o Rito inglês antigo. Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal Fatos históricos de santa catarina
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 4/35 Em Florianópolis visite Marinas Palace Hotel Rua Manoel Mancellos Moura, 630 - Reservas: 3266-0010 – 3266-0271 O hotel dos Irmãos, na Praia de Canasvieiras (Mesmo na temporada o Irmão sempre tem desconto especial) Ir Jorge Sarobe (Loja Templários da Nova Era) Cunhada Gladys Sarobe – Contadores • Área Societária : Abertura /Regularização/Fechamento de empresas • Área Trabalhista: Elaboração de folha de pagamento • Área Fiscal : Planejamento Tributário • Área Contábil: Empresas e Condomínios • Cálculos Periciais • Imposto de Renda Pessoa Física e Jurídica Rua dos Ilhéus, 46 - Sala 704 - Centro - Florianópolis - SC CEP 88010-560 contato@sarobecontabilidade.com.br Fones: (48) 3266-0069 - (48) 3334-2500 Visite o Site: www.sarobecontabilidade.com.br
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 5/35 Irmão Manoel Miguel é MM da Loja Colunas de São Paulo, 4145 CIM 293-759 - GOB/GOSP – São Paulo Escritor – Palestrante – Coach em Saúde e Estilo de Vida Autor do livro: Viver Mais Com Saúde e Felicidade O Ir Manoel Miguel escreve às terças-feiras neste espaço. Uma Sessão Maçônica em Tempos Modernos Era dia de sessão. O Sol amanheceu no Oriente, como costumeiramente o faz, sem perder o brilho, sem reclamar de sua atividade rotineira a milhares de anos. Estava pronto. Queria manifestar seu esplendor o máximo que pudesse, pois sabia, que seu ideal, sua missão é BRLHAR!!! BRILHAR!!! BRILHAR!!! Sem nunca esmorecer. Bem que as nuvens até tentaram encobri-lo em vão, pois o seu calor fizera com que elas derramassem suas águas na Terra, beneficiando a semente e desaparecendo dos Céus. Ele então aproveitou o momento e brilhou muito, enquanto o semeador, satisfeito com o bom momento da Primavera, lançava sua semente no seio do Solo: Luz, água, minerais; uma combinação perfeita, que gerava calor e fazia a geminação da semente estar assegurada. O lavrador olhava para os Céus encantado, com sentimento de agradecimento ao Supremo pela oportunidade de pensar, sentir, aspirar e ter a intuição de que o ano seria promissor. Na cidade, os irmãos estavam atarefados, vivendo o caos da poluição do ar, da água e dos alimentos; a inquietação do estresse tomava a mente e os fazia perder a paz e a sensibilidade da importância da Vida. O trânsito e o rush da manhã, ao sair de casa até o trabalho, haviam tomado mais de uma hora sagrada, presos no engarrafamento, nos semáforos vermelhos e nos problemas mecânicos apresentados em alguns carros que paravam e atrapalhavam o percurso. No trabalho, havia a pressão por produzir mais, com mais qualidade, em menos tempo e mais competitividade. A crise econômica e financeira assolava as empresas, e os patrões visualizavam as próximas demissões, sendo que, semanas atrás, um grupo de pessoas, entre elas alguns irmãos, também tinham perdido seus empregos. Em casa, algumas cunhadas choravam, se descabelavam e murmuravam contra o momento. Afinal, as aulas de balé, música, inglês e espanhol, já tinham sido cortadas; os gastos tinham que ser reduzidos em mais de 50%. Algumas cunhadas já não frequentavam suas academias há algum 2 – Uma Sessão Maçônica em Tempos Modernos Manoel Miguel
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 6/35 tempo, e se olhavam no espelho, que emitia sua mensagem de reprovação. Depressão à vista! Alguns irmãos eram donos de escolas, como as escolas, conservatórios, academias, natação e até escolas de ensino fundamental, médio e avançado. Para estes também não estava fácil. As matrículas estavam sendo canceladas. Os professores das escolas públicas sofriam a lotação das salas de aulas e o excesso da carga de trabalho. E o Sol? Bom. Ele fazia seu giro normalmente, subindo os céus em seu ritmo próprio, na trilha certa e com o mesmo brilho. O Venerável da Loja pensou em ligar para alguns irmãos, pensando em pelo menos, obter sete Mestres, assegurando que teria sessão. Mas as tribulações do dia no trabalho eram tantas que nem conseguiu ligar. O Primeiro Vigilando até que tentou ligar para o Guarda do Templo, mas este tinha trabalhado no turno da noite e tinha de repousar. O irmão Orador conseguiu falar com o Segundo Vigilante, que pediu para que esse entrasse em contato com o Venerável Mestre justificando sua ausência; tinha sido demitido da empresa em que trabalhava e não estava bem para assumir a ritualística da sessão naquele dia. O irmão Mestre de Harmonia, ao contrário de muitos, tinha se preparado para a sessão, assim como o irmão Mestre de Cerimônias. Ambos pensaram no sentido filosófico de suas funções, e no compromisso de fazer com que os irmãos fossem estimulados a entrar em equilíbrio e fazerem uma bela sessão naquele dia. O Sol se pôs no Ocidente e a noite chegou. Muitos tiveram dificuldade com o trânsito, da mesma forma que tiveram pela manhã, mas conseguiram ir direto para a Loja e chegar a tempo para a sessão. Muitas cunhadas ficaram em casa se perguntando se aquele esforço todo valeria a pena. Tudo parecia uma mesmice: sair para o trabalho muito cedo, enfrentar as dificuldades do dia e aturar os mau humorados do trânsito, do escritório, da linha de montagem, da chefia, etc., voltando tarde da noite, depois de uma sessão morna, onde a troca de barulho de Malhetes batendo era sempre a mesma, as falas eram sempre as mesmas, e ainda tinham que enfrentar o olhar de águia do irmão Tesoureiro que tinha que colocar as contas da Loja em dia e os metais de vários irmãos estavam pendentes de alguma forma. Os irmãos se encontraram na Sala dos Passos Perdidos. Muitos fizeram pranchas e pranchas dizendo que aquela sala tinha esse nome em função da sala do lado de fora da corte britânica, onde os intimados esperavam o momento de suas audiências, apreensivos com o momento em que seriam chamados, bem como o que o juiz poderia dizer como sentença de suas causas, temendo um possível veredito condenatório. Entretanto, o significado espiritual ou esotérico daquela sala era outro. Ali estava acontecendo a ebulição do caos, onde todos chegavam com um monte de
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 7/35 problemas, idênticos, semelhantes ou totalmente diferentes. Eles não percebiam que daquele caos, o Grande Arquiteto do Universo faria surgir o Sol da justiça na vida deles, e que a ordem surgiria do caos. Estavam tão pertinho, no limiar da ordem, mas não percebiam. O próprio Grande Arquiteto do Universo assistia tudo aquilo por todos os ângulos. Com suas três qualidades: Onipotente, Onipresente, Onisciente; via, sentia e sabia detalhes do que cada um estava passando, bem como o quanto cada um seria capaz de produzir no processo evolutivo, que era e sempre será o ideal do Supremo. Gabriel, Miguel e Rafael, os três Logos do Criador, acompanhavam tudo de perto, aguardando ordens para dispensar seus bons fluidos, se os Mestres e demais irmãos assim os solicitasse. Vários irmãos tinham faltado. Estavam desmotivados, cada um por seus motivos de certa forma justificados. Por sorte, tinham mais de sete Mestres para compor o quadro; inclusive, vieram de outras Lojas três Mestres visitantes. O Mestre de Cerimônias chamou os irmãos para se paramentarem e formarem o cortejo de entrada, conforme os graus e cargos. Não houve preparação mental e esotérica para a entrada em Loja. Tudo ocorreu sem um período de transição entre o caos, a ordem e a Luz. Os Aprendizes, como é de costume, preencheram os lugares na Coluna do Norte. Os Companheiros, preencheram seus assentos na Coluna do Sul. Os três representantes dos Três Logos da criação estavam a postos. O Venerável e os demais irmãos que compunham o Oriente também estavam a postos. No Ocidente, Chanceler, Segundo Diácono, Hospitaleiro, Mestre de Cerimônias também preencheram seus lugares. O cobridor interno fechara a porta. Todos haviam saído da escuridão, das trevas e do caos. Estavam agora na Luz. Será que tinham consciência da mudança de estado e do propósito do Grande Arquiteto do Universo? Sem a preparação esotérico- espiritual para a entrada ao Templo, a grande maioria estava eufórica, estressada, preocupados com o mundo externo e sem se desligar das lutas travadas naquele dia. O clima estava tenso, ar cansativo, a mente estava fervendo como um redemoinho. O Templo era rico em detalhes. E lá estavam as Três Marias na Abóboda Celeste, mais ou menos na direção entre Touro e Gêmeos. Que pena que estavam somente as Três Marias, pois elas são apenas parte do trapézio que compõe a nebulosa de Órion. As Três Marias são apenas o cinturão desse trapézio. E com isso, o real significado da Constelação de Órion fica comprometido. A CONSTELAÇÃO DE ÓRION Na Mitologia Grega, Órion era um grande caçador, admirado por sua destreza na caça, que dificilmente errava a pontaria de seu arco e flecha. Órion se apaixonou pela bela Ártemis e seu
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 8/35 apor a enfeitiçara de tal forma que o romance despertou a fúria de seu irmão Apolo, que jamais aprovou o enlace. Apolo teve a ideia de enviar um escorpião para que picasse Órion de morte. Ártemis também era guerreira habilidosa, de boa pontaria. Ártemis procura defender seu amado e, Apolo, desafia sua pontaria. Ela atira, ele se desvia e a flecha acerta seu amado, Órion, em cheio, quando este tentava fugir do ataque do escorpião. Ártemis ao perceber que havia ferido de morte o seu amado, Órion, amargurada pede a Zeus que transforme Órion em uma estrela e o coloque entre as estrelas e o escorpião. Pedido atendido! Até os dias de hoje, é possível ver Órion e Escorpião na Abóboda Celeste. A Constelação de Órion é uma das mais importantes na Abóboda Celeste do Templo Maçônico, que, apesar de não a utilizar completamente, ela tem grande significado para os Maçons. Ela tem a forma de um Trapézio, com as três estrelas principais no centro, formando uma espécie de cinturão. No Brasil, apelidamos essas três estrelas do cinturão de Órion de “As Três Marias”. Essas três estrelas representam os Três Logos da criação do Universo, cercados por diversas estrelas visíveis, formando sete estrelas maiores no total. Novamente temos o sete, sendo este a representação das Sete Hierarquias Divinas, ou os Sete Arcanjos da formação da Vida. Nas religiões judaica e cristã, as três primeiras representam Gabriel, Miguel e Rafael, enquanto que as outras 4, representam Uriel, Ithuriel, Amitiel e Baliel, os quatro Arcanjos representantes da matéria, colocados nos quatro cantos da Terra, nos Solstícios de Verão e Inverno, bem como nos Equinócios de Primavera e Outono, descritos em Ezequiel 1:1-10 e em Apocalipse 04:07. Cada um desses quatro Arcanjos, tinham corpo de homem, asas, e uma cabeça com quatro rostos, sendo um de homem, outro de águia, outro de boi e outro de leão. Esses quatro animais representam um profundo significado. Espero que os leitores busquem com profundidade a beleza do significado de cada um, tanto em nossas vidas, quanto na sessão em Loja. Eles representam também as quatro forças fundamentais da Natureza, Nuclear Forte, Eletromagnética, Nuclear Fraca e Gravitacional ou ainda, os quatro principais elementos que constituem a matéria: Hidrogênio, Carbono, Oxigênio e Nitrogênio. Tudo isso está representado no avental do Aprendiz Maçom, com a abeta levantada, bem como nas notas musicais, nas cores do prisma de luz solar e em muitos outros momentos da Vida, bastando ao Maçom dedicado em sua evolução buscar descobri-los. Espero que não busquem o significado místico e esotérico em livros, pois, assim, não seria mais esotérico, tampouco místico. Para isso, é preciso meditação, pensar filosoficamente, colocar-se como parte do objeto de estudo, sentir a vibração dos símbolos e aspirar encontrar o néctar de tudo que vê, busca e pesquisa. O maior equívoco é achar que alguém vai entregar tudo pronto na bandeja,
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 9/35 como fazem o Google, a Internet e os livros. Órion é uma Constelação Equatorial, limitada ao Sul pela Constelação de Lepus (Lebre), a Oeste, pela Constelação de Eridanus (Eridano) e Taurus (Touro), ao Norte, pela Constelação de Gemini (Gêmeos) e Monoceros (Unicórnio). Ela ocupa uma área de 594 graus quadrados, sendo a mais rica e mais brilhante constelação do céu de Verão. Órion é de fácil visualização em virtude de suas estrelas muito brilhantes, em especial as Três Marias ou Cinturão de Órion. A imaginação fértil dos povos primitivos os fez associar as figuras e animais aos agrupamentos aparentes que as estrelas parecem descrever no céu. Com relação à lenda grega, é bastante curioso que a Constelação de Órion surja no Verão, símbolo da Vida e da Luz e, quando o Escorpião surge no céu, já estamos em Outono no hemisfério Norte, que é quando o Escorpião aparece nas noites relativamente frias e estreladas, de forma que, o Escorpião nunca consegue picar Órion, o magnífico caçador. Traduzindo para uma linguagem bíblica, expressa no Salmo 91, “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo (sob o comando dos Sete Arcanjos da Construção Celeste), à sombra do Onipotente descansará”, o que significa que mal nenhum chegará à sua tenda, como prossegue mais adiante o mesmo Salmo, “mil cairão ao teu lado, dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido. Se os irmãos que estavam na sessão naquela noite conseguissem sintonizar os Sete Mestres da Construção durante a sessão, certamente todas as setas e dardos inflamados do maligno, ou seja, do estressa, insegurança, medo, falta de paz, cansaço e desânimo, seriam anulados ao abrir a Loja, na formação do pálio, na abertura do Livro da Lei, na leitura do Salmo 133 ou mesmo na oração de abertura. Em algum desses momentos seriam elevados a um nível sublime e inefável de paz, espiritualidade e tranquilidade, quando os problemas externos já não os alcançariam. Mas, aparentemente estamos nos esquecendo de que somos formados e mantidos pelo triunvirato do LOGOS: Matéria, Vida e Consciência. Assim como é impossível conceber uma matéria que não seja viva ou uma vida que não seja consciente, é impossível ao Maçom e à Maçonaria física, hardware, sobreviver sem a compreensão espiritual ou esotérica do que está se fazendo em Loja nesse sentido. E, quando alguém se dá conta de que todas as formas de Vida, desde o elétron até a mais alta hierarquia divina, são manifestações do Criador Uno, e que, embora “encerrado, aprisionado, confinado, Ele reside soberano no elétron, começa então a viver esse Supremo Criador, num Universo de perpétua Luz, paz, alegria, entusiasmo e prazer de ir à Loja, de rever os irmãos, de experimentar o Sagrado em cada sessão. As Lojas estão definhando, atrofiando, juntando duas ou três para formar uma, enquanto que, toda a história de uma Vida nos Balaústres (atas) sagrados ficam em esquecimento, contrariando a Lei do GADU e seu ideal, que é a Evolução. Qual o motivo? A cegueira. Atualmente, estamos apenas
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 10/35 “sobrevivendo” enquanto Maçons, o que para a Alma é pouco demais. Não é isso que a Alma quer. Ela tem um Ideal, a Evolução. Para isso, temos que resgatar o Entusiasmo e o Prazer de Viver enquanto Maçons, através de quatro princípios: Pensar (filosoficamente), Sentir, Aspirar e despertar a Intuição, que é a capacidade de enxergar muito mais do que uma única oitava do prisma solar. É preciso compreender e enxergar o que os profanos não conseguem ver. A Constelação de Órion tem uma coisa fantástica, além de tudo que falamos até aqui. Ela é vista da Terra acompanhada de uma névoa luminosa, a Nebulosa de Órion. Segundo as crenças e até da própria Astronomia, ali está ocorrendo um movimento circular em alta velocidade, onde as novas estrelas estão sendo formadas, algum muito interessante, tanto quanto o caos da Sala dos Passos Perdidos. É ali que os irmãos se preparam para brilhar como estrelas durante a sessão, no sentido esotérico-espiritual; é ali que nascem as novas estrelas, ou seja, os novos iniciados. VOLTANDO PARA A SESSÃO. Claro que não vou relatar aqui os detalhes da sessão, por respeito à Maçonaria, nossas leis e princípios, mesmo sendo esse relato uma metáfora. Apesar da sensação de paz temporária que os irmãos sentiam depois do encontro, aquela sessão terminaria sem vida, sem paz e sem evolução alguma. Mas, como o Grande Arquiteto do Universo jamais abandona os seus, um certo alívio foi percebido, e os irmãos conseguiram sair sorrindo, com uma saudação e Ágape final de certo alívio. Entretanto, eles continuaram sem saber direito o que tinha acontecido, bem como o porquê de se frequentar as sessões. Isso iria se refletir na sessão seguinte, apenas. É que o mundo de hoje vive sob estresse total, correria, ocupações diversas, preocupações com o dia seguinte e com a falta de garantias para o futuro. Para sobreviver a esses desafios teríamos que nos desprender dos pensamentos do corpo físico durante as sessões e elevarmos nossos pensamentos às vibrações dos corpos, astral, mental e superiores, ao Grande Arquiteto do Universo, de acordo com a ritualística, as falas, os instrumentos da sagrada geometria e tudo que compõe o ambiente. Nossa alma clama por isso. Isso seria a Vida que incorpora o corpo de fora para dentro. Autor: Manoel Miguel. ARLS Colunas de São Paulo 4145 – GOSP/GOB. Or∴ de São Paulo.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 11/35 Ano 10 - artigo 46 - número sequencial 591– 13 novembro 2016 Saudações, estimado Irmão! INADIMPLÊNCIA MAÇÔNICA Vivemos uma realidade em que mais de 11% da população brasileira está desempregada e muitos outros tiveram achatamento nos rendimentos. Tudo isso impacta, por consequência, a situação financeira das Lojas Maçônicas. O tema tem uma aura que descamba para um certo melindre, mas deve ser tratado, entre os Obreiros, de forma aberta e com plena consciência. A percapta maçônica média brasileira está em torno de R$ 120,00, o atraso de 8 meses já compromete mais de um salário mínimo. Todos nós sabemos que, ao ser convidado para entrar na Maçonaria, o candidato foi ou, pelo menos, deverá ser instruído sobre as despesas que assumirá. O foco da questão é: quando o candidato responde estar ciente de que estes valores não farão falta na manutenção de seu lar, isso ocorreu em um período de estabilidade financeira, mesmo porque, ele mesmo teve que comprovar seus rendimentos. Como regra universal da vida, todos nós temos altos e baixos. Neste fluxo de marés financeiras dos Irmãos é que a Loja navega ou naufraga. Todas as Potências disciplinam rigorosamente a questão da inadimplência sobre dois pontos: Primeiro, o da Loja com a Administração Central. O segundo, a dos Obreiros para com sua Oficina. 3 – Inadimplência Maçônica Sérgio Quirino Guimarães
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 12/35 O problema está na base. Se o Irmão não paga a Loja, a Loja não consegue honrar seus compromissos com a Potência e compromete todos os adimplentes. Porém, como obreiros ativos, mais do que apresentar o problema, devemos nos debruçar na sua solução. A fim de evitar a personificação do Tesoureiro como o “Cobrador”, algumas Lojas instituíram o boleto bancário. Há despesas, porém evita-se o desgaste do Irmão; e alguns até acham isso bom, por já terem uma rotina bancária, por exemplo, os comerciantes e empresários. Para os que entendem que o Tesoureiro deve cobrar, a resposta é que, na verdade, os Irmãos é que devem pagar. Responsabilidade por responsabilidade, ele tem várias outras e nós somente uma. Mas, o que fazer em relação aos que não cumprem suas obrigações pecuniárias? Primeiramente, dividi-los em categorias: 1) Aqueles que tem recursos, mas gostam de acumular vários meses e pagar duas vezes ou três por ano.  O Venerável Mestre chama-o à responsabilidade mostrando que a Loja tem despesas mensais. A cobrança bancária resolve esta situação. 2) Aqueles que tem recursos e são infrequentes, quando, trimestralmente, aparecem em Loja e pagam as percaptas. Estes estão na Maçonaria apenas pelo status e se sentem como que dando esmola para a Loja.  Cabe, nestes casos, o rigor da lei quanto à frequência. 3) Aqueles que não tem recursos, mas são frequentes e ativos.  A Loja é soberana para resolver, apadrinhamento, parcelamento e até a anistia. Neste ponto, aprendemos a diferença entre Membro e Obreiro. 4) Aqueles que não tem recursos e são infrequentes.  Formação de uma Comissão para procurar o Irmão e ver se ele desistiu dos trabalhos ou se sente desconfortável com sua realidade. Se desistiu, os rigores da Lei, mas se houver a angústia, é por ter um coração bem formado e, talvez, ele possa ser incluído na classe anterior. Por outro lado e, levando em conta a conjuntura vivida, a Direção da Loja, deve ter em mente que um Fundo de Reserva é uma ótima previdência contra os casos de aumento da inadimplência. Que toda obra e festa estejam em pleno acordo com a disponibilidade financeira do grupo; e que não deixemos o Tesoureiro sozinho neste grave mister.
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 13/35 Sejamos sinceros: o Irmão que não paga há anos, o valor devido se torna proibitivo para qualquer apadrinhamento, parcelamento ou anistia. Assim, o Irmão recebe um Ex-Officio, deixando para trás uma divida tremenda e com grandes possibilidades de nunca mais retornar. Ou seja, nessas circunstâncias, não há solução para o problema. O QUE NÃO PODEMOS PERMITIR É DEIXAR OS VALORES SE ACUMULAREM. ISTO É RUIM PARA O IRMÃO E PÉSSIMO PARA A LOJA. Este artigo foi inspirado no livro ADMINISTRAÇÃO E LIDERANÇA NAS LOJAS SIMBÓLICAS do Irmão Armando Ettore do Valle, que, na página 73, sobre o Tesoureiro, assim se manifesta: “Apresentar sempre para o Venerável os Irmãos com mais de Três meses de atraso, propondo, se for o caso, medidas juntamente com a Comissão de Finanças” Neste décimo ano de compartilhamento de instruções maçônicas, mantemos a intenção primaz de fomentar os Irmãos a desenvolverem o tema tratado e apresentarem Prancha de Arquitetura, enriquecendo o Quarto-de-Hora-de-Estudo das Lojas. Precisamos incentivar os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo cultural, moral, ético e de formação maçônica. Fraternalmente Quirino Sérgio Quirino - ARLS Presidente Roosevelt 025 - GLMMG Contato: 0 xx 31 8853-2969 / quirino@roosevelt.org.br Facebook: (exclusivamente assuntos maçônicos) Sergio Quirino Guimaraes Guimaraes Os artigos publicados refletem a opinião do autor exclusivamente como um Irmão Maçom. Os conteúdos expostos não reproduzem necessariamente a ideia ou posição de nenhum grupo, cargo ou entidade maçônica.
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 14/35 O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau é autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite” Premiado com a Comenda do Mérito Cultural Maçônico “Aquiles Garcia” 2016 da GLSC e com a Ordem do Mérito Templário da Loja Templários da Nova Era. escreve às quartas-feiras e domingos. Excepcionalmente hoje, homenageia a Proclamação da República 1 PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1. No dia 15 de Novembro de 1889, foi proclamada a República do Brasil. A partir de 1870, com a fundação do Clube Republicano, presidido pelo maçom Quintino Bocaiúva, uma das maiores expressões, intensifica-se a ação política na Ordem pelo movimento. Em seguida o Grão-Mestre Saldanha Marinho publica um manifesto acelerando o movimento e em setembro passa a circular o jornal: A República. O movimento foi tomando corpo e a ele se uniram fervorosamente Silva Jardim, Quintino Bocaiúva, Campos Sales e Rui Barbosa, enquanto o Império estava sustentando uma crise cada dia mais grave sob o aspecto da questão religiosa, a questão militar e a própria abolição da escravatura. Em 11 de novembro de 1889, reuniam-se os Irmãos Bocaiúva, Rui e Sólon Ribeiro com Aristides Lobo e Francisco Glicério. Dão eco a um boato de suposta prisão de Deodoro e Benjamim Constant, o que faz com que o tenente-coronel Silva Teles reúna as tropas em São Cristóvão, mandando-as para o Campo de Santana. Hélio Silva em sua obra: O Primeiro Século da República conta-nos a sua versão do dia 15 de novembro de 1889: Deodoro propunha- se a depor o Gabinete Ouro Preto. Devido ao seu estado de saúde, só ali, junto à tropa, é que montou a cavalo. Como era de praxe, ao assumir o comando ergueu o boné e deu o grito de Viva o Imperador, que segundo testemunhas da época, foi abafado por salvas de artilharia, ordenadas por Benjamim Constant. O general combalido pela doença, visivelmente abatido, penetra no quartel-general e vai ao encontro de Ouro Preto: Vossa Excelência e seus colegas estão demitidos por haverem perseguidos oficiais do Exército, e revelarem o firme propósito, em que estavam, de abaterem ou mesmo dissolverem o próprio Exército. E, finalizando a breve alocução, diz ainda: nos pântanos do Paraguai, muitas vezes atolado, sacrifiquei minha saúde em benefício da Pátria... Nesse ponto, Ouro Preto, altivo, observa: Maior sacrifício, General, estou fazendo, ouvindo-o falar. Preso sob palavra, todo o gabinete aos gritos de Viva a República, estava proclamada e extinta a monarquia no Brasil. Assim nos relata o nosso Irmão Frederico G. Costa este acontecimento: O Decreto N.º1, datado de 15 de novembro de 1889, instituindo a República, nascida de Golpe Militar, não contra a Monarquia, mas a favor dos interesses políticos, nos quais a Maçonaria, como Instituição, a nosso ver, pouca ou nenhuma participação teve, em que pese ter, entre os conspiradores, obreiros dignos de suas Colunas. 4 – Proclamação da República João Ivo Girardi
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 15/35 2. Maçonaria: O Irmão José Castellani defende a seguinte tese: A Proclamação da República não foi feita pela Maçonaria e sim pelo Exército. Existiam Clubes Republicanos, que eram na verdade de inspiração maçônica. Entretanto a maior parte dos militares não era maçom na época. Representavam uma elite pensante. No livro: História do Grande Oriente do Brasil, Castellani relata assim os primeiros e agitados anos da República: Implantada a República, Deodoro, assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério totalmente constituído de maçons: Quintino Bocaiúva, na Pasta dos Transportes; Aristides Lobo, na do Interior; Benjamim Constant, na da Guerra; Rui Barbosa, na da Fazenda; Campos Salles, na da Justiça; Eduardo Wandenkolk, na da Marinha; e Demétrio Ribeiro, na da Agricultura. Esses homens foram escolhidos, por representarem - com exceção de Rui, que era chamado de republicano do dia 16 - a nata dos republicanos históricos, que, por feliz coincidência, pertenciam ao Grande Oriente do Brasil, numa época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens do país e a intelectualidade da nação. A 19 de dezembro do mesmo ano de 1889, Deodoro - iniciado na Loja Rocha Negra (RS), a 20 de dezembro de 1873 - era eleito Grão- Mestre do Grande Oriente do Brasil. Ele só tomar posse do cargo, todavia, a 24 de março de 1890. Deodoro, na realidade, pouco podia se dedicar ao Grão-Mestrado, pois o novo regime necessitava de consolidação e não contava com o consenso de seus artífices, já que, desde os primeiros momentos, havia duas correntes republicanas, com ideias antagônicas: uma queria uma república democrática representativa, enquanto a outra desejava uma ditadura sociocrática do tipo comtista, ou seja, de acordo com a doutrina positivista de Comte (e não se pode esquecer que grandes maçons expoentes do movimento republicano, como Benjamim, Lauro Sodré e Júlio de Castilhos eram positivistas). Acabaria vencendo a corrente democrática, sustentada por Rui Barbosa, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do projeto de Constituição Provisória, em decorrência da qual se instalou, a 15 de novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira Constituição da República, a qual instituiu o presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, eram realizadas as eleições indiretas, com duas chapas concorrentes, ambas compostas por maçons: Deodoro, para presidente, e Eduardo Wandelock, para vice; e Prudente de Moraes, para presidente, e Floriano Peixoto, para vice. A vitória foi de Deodoro, por pequena margem, mas, como vice, foi eleito Floriano. Nessa ocasião, o Grande Oriente do Brasil enviava carta de congratulações ao seu Grão-Mestre, a qual foi respondida a 5 de março. Estava assim redigida, com o timbre do Gabinete da Presidência da República: As Altas Dignidades do Grande Oriente do Brazil: S S S A prancha de 2 do corrente mez E V, em que me apresentaes felicitações pelo cargo de Presidente Constitucional da República dos Estados Unidos do Brazil, com que me honrou o Congresso Nacional está recebida. Ela assaz penhourou-me, não só por partir de vós Irs respeitados pelo caracter e pela virtude, que pautam vossos actos pelas lições do Supr Arch do Univ como também pela confiança que mostraes continuar a depositar em minha pessoa e pelos votos que fazeis pela minha felicidade. Todavia uma crise, envolvendo o Executivo e o Legislativo, já se desenvolvia, desde janeiro desse ano, quando o ministério, chefiado pelo antigo líder conservador, barão de Lucena, mostrou-se impotente para enfrentá-la (daí o grande número de votos dados a Prudente, contra Deodoro na eleição indireta). Politicamente inábil - embora militar brilhante - Deodoro tinha que enfrentar um Parlamento hostil e, por parte da imprensa, críticas a que não estava acostumado e que levariam ao decreto de 23 de dezembro de 1889 - chamado de decreto rolha - que instituia violenta censura à imprensa. Além disso, muitos dos seus ministros discutiam, como são de hábito num regime democrático, os seus atos, opondo-se algumas vezes a eles, o que ele não aceitava, por sua formação na caserna; isso levaria à crise de janeiro de 1891, quando os ministros pediram demissão. Nessa ocasião foi que, demonstrando sua
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 16/35 inabilidade, convocara, para compor o novo ministério, o barão de Lucena, notório monarquista, o que desagradou a todos os republicanos históricos. Em consequência do difícil relacionamento, o Congresso viria a ser dissolvido, concretizando o primeiro - de uma longa série - atentado à democracia republicana. Ocorreu que, para que Deodoro fosse eleito, houvera uma verdadeira corrente de ameaças, aos congressistas, veladas, ou claras, de uma reação armada, partidas tanto do Exército quanto da Marinha. Isso foi o que gerou o ambiente hostil. E Deodoro, não podendo governar com o Congresso, dissolveu-o a 3 de dezembro de 1891. Com isso perdeu todos os apoios, inclusive nos meios militares, pois uma ditadura seria uma mancha muito grande para um regime republicano, que ainda engatinhava e que procurava a sua consolidação. E, quando a 23 de novembro o almirante Custódio de Mello, a bordo do encouraçado Riachuelo, declarou-se em revolta, em nome da Armada. Deodoro, isolado, renunciava à presidência, para não desencadear uma guerra civil, entregando o governo a Floriano, seu substituto constitucional. Obviamente, como uma amostra do povo brasileiro, os meios maçônicos também reagiram às atitudes de seu Grão-Mestre, na presidência da República. E Deodoro, desencantado de tudo, renunciava também ao Grão-Mestrado, em carta de 18 de dezembro de 1891. Esta carta, bastante lacônica, dizia apenas: Saúde Amizade União - Desejando retirar-me à vida privada renuncio no irmão competente, os cargos que estou de posse - Capital federal, 18 de Dezembro de 1891. Foi substituido, interinamente, pelo Grão-Mestre Adjunto, ministro Antônio Joaquim de Macedo Soares, que havia sido eleito a 15 de junho de 1891, para ocupar a vaga deixada pela morte de Josino do Nascimento e Silva, ocorrida a 18 de abril daquele ano. No plano social, os maçons, diante dos problemas surgidos com a rápida industrialização do país, principalmente no Estado de São Paulo, começavam a tratar dos interesses do incipiente operariado industrial, ainda sem organismos protetores. 3. Embora o tema não seja explorado devidamente nos livros de história, a contribuição da Maçonaria na formação do País é um fato inquestionável. Dentro da história do Brasil, se há alguma coisa a ser respeitada e venerada, será certamente a contribuição maçônica, afirmou Rizzardo Da Camino. Para o autor, foram os maçons de ontem que libertaram o Brasil e o entregram à posteridade com um futuro tão promissor. Rui Barbosa, autor da primeira Constituição republicana, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, e uma das figuras mais proeminentes da Velha República, foi um maçom atuante. A constituição que ele redigiu trazia a marca indelével das contribuições maçônicas. Pode-se dizer sem exageros que foi graças à Maçonaria que a República assumiu o figurino federativo e presidencial que a caracterizou. A força da Maçonaria no movimento pode ser claramente constatada no fato de o governo provisório nomeado logo após a proclamação ser composto exclusivamente por maçons. (Cláudio Blanc). (V. Brasil - História da Maçonaria, Independência do Brasil, República, Rui Barbosa). 4. Pedreiros-Livres na Presidência: Durante os anos da Primeira República, a Maçonaria foi uma organização poderosa. Dos 12 primeiros presidentes do Brasil, nove pertenciam à fraternidade. No início do século XX, o poder da Maçonaria se devia em grande parte ao fato de ela ser uma das instituições mais organizadas do país na época, com ramificações em todo o território nacional. A extensa malha de lojas espalhadas pelo Brasil funcionava como uma engrenagem que, uma vez acionada, articulava peças localizadas desde a capital federal até os rincões mais distantes da República. Em troca de apoio político aos membros da fraternidade, os irmãos tinham as portas da administração pública abertas para o que precisassem. Isto não quer dizer que o Brasil era uma república maçônica, diretamente governada pela organização como alguns acreditavam. O poder da Maçonaria, no entanto, entrou em declínio após a Revolução de
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 17/35 30, que derrubou o regime oligárquico da Primeira República. Getúlio Vargas passou a perseguir a fraternidade, que perdeu gradualmente sua força. O Brasil ainda teria um último presidente maçom, Jânio Quadros, que foi eleito em 1961 e renunciou pouco mais de seis meses depois de assumir o cargo. Primeiro Governo Republicano: O governo provisório montado pelo marechal Deodoro da Fonseca logo depois de proclamar a República, no dia 15 de novembro de 1889, era completamente composta por maçons. Além do presidente, ele mesmo um pedreiro-livre, o gabinete era formado pelos ministros Rui Barbosa (Fazenda), Quintino Bocaiúva (Transportes), Demétrio Ribeiro (Agricultura), Aristides Lobo (Interior), Benjamin Constant (Guerra), Campos Sales (Justiça) e Eduardo Wandenkolk (Marinha), todos membros da Maçonaria. A partir desse momento, a Maçonaria brasileira se tornou um baluarte do republicanismo, que passou a ser encarado como um importante passo na marcha rumo ao progresso e a evolução social do país. (Revista História Viva Nº 71). (V. Abolição da Escravatura, Confederação do Equador, Deodoro da Fonseca, Independência do Benjamin Constant, Brasil, Proclamação da República, Questão Religiosa). HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: 1. O Hino à Proclamação da República do Brasil tem letra de Medeiros e Albuquerque (1867-1934) e música de Leopoldo Miguez (1850- 1902). Publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1890. 2. Letra: I - Seja um pálio de luz desdobrado/Sob a larga ampliação destes céus/Este canto rebel, que o passado/Vem remir dos mais torpes labéus (desonra)! II - Seja um hino de glória que fale/De esperança de um novo porvir!/Com visões de triunfos embale/Quem por ele lutando surgir! III - Liberdade! Liberdade!/Abre as asas sobre nós! IV - Das lutas na tempestade, /Dá que ouçamos tua voz! V - Do Ipiranga é preciso que o brado/Seja um grito soberbo de fé. /O Brasil já surgiu libertado/Sobre as púrpuras régias de pé!/ VI - Eia, pois brasileiros avante!/Verdes louros colhamos louçãos!/Seja o nosso país triunfante, /Livre terra de livres irmãos! (Proclamação da República). DEODORO DA FONSECA, Marechal: 1. Nascido a 5 de agosto de 1827, na vila de Anádia (hoje, Deodoro), na província de Alagoas, e falecido no Rio de Janeiro, a 23 de agosto de 1892. 0 marechal Manoel Deodoro da Fonseca, além de chefe militar, foi o proclamador da República do Brasil, chefe do Governo Provisório, primeiro Presidente constitucional e Grão Mestre de Grande Oriente do Brasil. Pertencia a uma família de militares. Deodoro ingressou na Escola Militar em 1843, tendo pertencido geração seguinte a de Caxias e Osório. Quando tenente, integrou a tropa destacada para Pernambuco, por ocasião da Revolução Praieira de 1848. Como capitão, seguiu para o Uruguai, participando dos episódios que antecederam a Guerra do Paraguai, da qual também participaria e da qual retornaria, em 1870, já como coronel. Em 1874 era promovido a brigadeiro e, em 1884, a marechal-de-campo. Foi um dos líderes da chamada Questão Militar, de fundamental importância no processo que resultou na queda do império, embora tenha havido, também, certa contribuição da Questão Religiosa e dos problemas econômicos causados pela abrupta extinção da escravatura. Na Questão militar, quando comandante de armas da província do Rio Grande do Sul, Deodoro defendeu a legitimidade da posição de seu subordinado, coronel Sena Madureira, que criticara, em artigo publicado pela imprensa, a administração do ministro da Guerra (civil). Sua atitude seria bastante criticada por Silveira Martins, seu adversário, na Câmara dos Deputados, tendo havido, também, uma denúncia contra ele, sob a acusação de prevaricação, apresentada ao Supremo Tribunal de Justiça. Antes do julgamento, ele chega ao Rio de Janeiro e
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 18/35 é recebido com as mais amplas manifestações de apoio e com a solidariedade hipotecada pelos Oficiais do Exército e da Armada, que, para isso, se reuniram, no dia 10 de outubro de 1886, presididos por Benjamin Constant e pelo almirante Artur Silveira da Mota (barão de Jaceguai), ambos maçons (o último foi Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, de 1881 a 1882). Os militares conseguiram, então, a vitória, com o cancelamento dos atos punitivos e a substituição do ministro. Em julho de 1887, é fundado o Clube Militar, com Deodoro na presidência e Benjamin Constant na vice-presidência, fato de grande importância para o desenrolar dos acontecimentos futuros, pois o Clube logo adotou a bandeira da abolição da escravatura e da república, embora, neste último caso, a influência maior fosse de Benjamim, já que Deodoro tinha grande respeito pela família imperial. Em outubro de 1887, através de Deodoro, o Clube enviava, à Princesa Regente, Dna. Isabel, uma mensagem enérgica, solicitando que o Exército fosse dispensado da tarefa de proceder a captura de escravos fugidos. Após a abolição, o governo imperial, com a intenção de afastar Deodoro da Corte - e, portanto, dos principais acontecimentos políticos - nomeou-o para o comando de Mato Grosso, em dezembro de 1888; ele, porém, rebelou-se quando foi nomeado presidente da província um oficial de patente inferior à sua, o coronel Cunha Matos, a quem entregou o comando de armas, retornando, em setembro de 1889, ao Rio de Janeiro, em plena efervescência republicana, acesa pela revolta dos oficiais liderados por Benjamim Constant. Instado por este, tendo em conta o seu alto prestígio no Exército. Deodoro acabaria desempenhando o papel principal e decisivo na implantação da República, a 15 de novembro de 1889. Já no dia 10 de novembro, havia sido decidida a queda do império, numa reunião realizada na casa de Benjamin, com a presença dos republicanos históricos e Maçons paulistas Francisco Glicério e Campos Salles. O obstáculo, que, nessa altura, era considerado o maior, era a grande afeição de Deodoro ao imperador; para contornar esse obstáculo, foi necessário o poder de persuasão de Benjamin e de outros companheiros de farda, que acabaram por convencer o marechal. Ele estava doente e acamado, quando os principais líderes militares do movimento foram buscá-lo, em sua casa, defronte ao Campo de Sant’anna (depois, praça da República), para colocá-lo à testa da tropa, em plena madrugada. Sua mulher, indignada com a verdadeira invasão de sua casa, quis expulsar todos os oficiais, tendo sido, todavia, convencida de que era necessário que o marechal assumisse o comando, para dar maior força ao movimento. Não era firme, todavia, a sua intenção de derrubar a monarquia, preferindo que o velho imperador terminasse os seus dias, para que fosse providenciado, então, um novo regime. Tanto isso é verdade, que, deposto todo o Conselho de Ministros, presidido pelo Visconde de Ouro Preto, Deodoro, num rasgo de sua antiga fidelidade a D. Pedro II, não se dispunha a tomar providências para proclamar a república, tendo declarado, a Ouro Preto, que iria mandar procurar o imperador, em Petrópolis, para propor-lhe uma nova lista de ministros para o Gabinete. Foi aí que entrou em cena, mais uma vez, o grande Maçom e articulador do movimento, Benjamin Constant, que alertou Deodoro sobre o perigo que eles correriam, daí em diante, por sua rebeldia, caso sobrevivesse o governo imperial. Implantada a república, Deodoro assumiria o poder, como chefe do Governo Provisório, com um ministério totalmente constituído por maçons, embora nem todos ativos: Aristides Lobo, ministro do Interior; Quintino Bocaiúva, ministro dos Transportes; Benjamin Constant, ministro da Guerra; Rui Barbosa, ministro da Fazenda; Campos Salles, ministro da Justiça; Eduardo Wandenkolk, ministro da Marinha; e Demétrio Ribeiro, ministro da Agricultura. Alguns autores maçônicos tendenciosos, querem fazer crer que esses homens foram escolhidos devido ao fato de serem maçons, o que não corresponde, evidentemente, à visão imparcial da história, pois eles foram escolhidos porque representavam a nata dos chamados republicanos históricos (com exceção de Rui, que, não tendo participado do movimento, era considerado republicano do dia 16), a qual, por feliz coincidência, se reunia sob
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 19/35 a égide da Instituição Maçônica, numa época em que a Maçonaria abrigava os melhores homens do país e a elite intelectual da nação. Nos primeiros momentos do novo regime, havia duas correntes republicanas com ideias antagônicas: uma queria uma república democrática representativa, enquanto que a outra desejava uma ditadura sociocrática de tipo comunista, ou seja, de acordo com a doutrina de Comte, o positivismo. Acabou vencendo a corrente democrática, sustentada por Rui, seu maior expoente e a cuja diligência deve-se a elaboração do projeto de Constituição Provisória. Em decorrência, instalou-se, a 15 de novembro de 1890, o Congresso Constituinte, que, a 24 de fevereiro de 1891, aprovava e promulgava a primeira Constituição da República, que instituía o presidencialismo e o federalismo. Dois dias depois, a Assembleia elegeu, para a Presidência da República, por pequena margem sobre Prudente de Moraes, o Marechal Deodoro, e, para vice-presidência, o Marechal Floriano Peixoto, da chapa da oposição, o qual derrotou Wandenkolk. A 23 de novembro de 1891, Deodoro renunciou ao cargo, para não provocar uma guerra civil, diante da revolta da armada liderada pelo almirante Custódio de Melo, em reação ao golpe do presidente, que, a 3 de novembro, dissolvera a Câmara e o Senado. (...) Foi um maçom ativo desde que foi Iniciado, a 20 de setembro de 1873, na Loja Rocha Negra, de São Gabriel (RS), a qual, na época, era da jurisdição do Grande Oriente do Brasil, do qual seria dissidente, em 1927, para se tomar a Loja número um da Grande Loja do Rio Grande do Sul. Apesar de suas viagens e remoções devidas à sua patente militar - por remoção, teve que deixar o quadro da Rocha Negra, em dezembro de 1874 - manteve sempre uma apreciável atividade maçônica, pertenceu, provavelmente, à Loja Dois de Dezembro, do Rio de Janeiro, e foi eleito Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil (13 º), a 19 de dezembro de 1890, tomando posse a 24 de março de 1891. A 18 de dezembro de 1891, seja vinte e cinco dias depois de renunciar à Presidência da República, Deodoro também renunciou ao cargo de Grão-Mestre do Grande Oriente. A República, ele entregou a Floriano, para que este a consolidasse; o Grande Oriente ele entregou ao Adjunto, conselheiro Joaquim Antônio de Macedo Soares, que assumira o cargo em 10 de agosto de 1891, depois da morte de Josino do Nascimento Silva Filho. Doente e desencantado com tudo, veio a falecer oito meses depois. (Almir Silva e Heinz Jakobi). (...) Nesse entremeio, num bizarro episódio, desafiou para um duelo mortal seu próprio ministro do Exército, irmão de armas e de compasso, Benjamim Constant. Nove meses depois da Proclamação da República ensaiou um golpe de Estado tentando dissolver o Congresso. Malograda sua intenção, demitiu-se do cargo, vivendo em isolamento voluntário e vindo a falecer meses depois. 2. História: Deodoro reforma a Constituição: Decreto nº 79 - 22.09.1890, EVReprodução do texto que consta na coletânea de Boletins de 1890. Nós, Generalíssimo Manoel Deodoro da Fonseca, Chefe do Governo Provisório dos Estados Unidos do Brazil, e Sob Gr Mestr Gr Comm da Ord Maçon no Brazil: Fazemos saber a todas AAug Off, SSubl CCap e MMaç da nossa jurisdição que o Sap Gr Or, em sessão de 22 de Setembro do corrente anno, resolveu mandar reimprimir a Const e RReg GGer da Ord incluindo as ultimas resoluções tomadas, bem como fazendo as alterações precisas, de accordo com a actual forma do Governo do Paiz. Comentário: Tratava-se de adaptação da Constituição à nova situação política do País, pois era recente a proclamação da República. (V. Brasil: História do, Proclamação a República).
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 20/35 Manoel Deodoro da Fonseca – Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil – De 3/1890 Até 2/1892 Efetivo A CONSTITUIÇÃO DE 1891- Antecedentes: Uma vez instalado o Regime Republicano, necessária se fez a promulgação de uma nova Constituição, voltada para os anseios do novo regime. DECRETO No 1 O Governo Provisório da Republica dos Estados Unidos do Brazil decreta: Art. 1o - Fica proclamada provisoriamente e decretada como a fórma de governo da nação brazileira a Republica Federativa. Art. 2o - As provincias do Brazil, reunidas pelo laço da federação, ficam constituindo os Estados Unidos do Brazil. Art. 3o - Cada um desses Estados, no exercicio de sua legitima soberania, decretará opportunamente a sua Constituição definitiva, elegendo os seus corpos deliberantes e os seus governos locaes. Art. 4o - Enquanto, pelos meios regulares, não se proceder á eleição do Congresso Constituinte do Brazil e bem assim á reeleição das legislaturas de cada um dos Estados, será regida a nação brazileira pelo Governo Provisório da Republica; e os novos Estados pelos Governos que hajam proclamado ou, na falta destes, por governadores delegados do Governo Provisório. Art. 5o - Os governos dos Estados federados adotarão com urgencia todas as providencias necessárias para a manutenção da ordem e da segurança publica, defeza e garantia da liberdade e dos direitos dos cidadãos, quer nacionaes, quer extrangeiros. Art. 6o - Em qualquer dos Estados, onde a ordem publica for perturbada e onde faltem ao governo local meios eficazes para reprimir as desordens e assegurar a paz e tranquilidade publicas, efetuará o Governo Provisório a intervenção necessária para, com o apoio da força publica, assegurar o livre exercicio dos direitos dos cidadãos e a livre acção das autoridades constituidas. Art. 7o - Sendo a Republica Federativa Brazileira a forma de governo proclamada, o Governo Provisório não reconhece nem reconhecerá nenhum governo local contrario á forma republicana, aguardando, como lhe cumpre, o pronunciamento definitivo do voto da nação livremente expressado pelo sufragio popular. Art. 8o - A força publica regular, representada pelas tres armas do Exercito e pela Armada nacional onde existam guarnições ou contingentes nas diversas provincias, continuará subordinada exclusivamente dependente do Governo Provisório da Republica, podendo os governos locaes, pelos meios ao seu alcance, decretar a organisação de uma guarda civica destinada ao policiamento do território de cada um dos novos Estados. Art. 9o - Ficam egualmente subordinadas ao Governo Provisório da Republica todas as repartições civis e militares até aqui subordinadas ao governo central da nação brazileira. Art. 10 - O território do Município Neutro fica provisoriamente a administração imediata do Governo Provisório da República e a cidade do Rio de Janeiro constituida, também, provisoriamente, séde do poder federal. Art. 11- Ficam encarregados da execução deste decreto, na parte que a cada um pertença, os secretarios de Estado das diversas repartições ou ministerios do actual Governo provisório. Sala das sessões do Governo Provisório, 15 de Novembro de 1889, 1o da Republica. (Ass.) Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, chefe do Governo Provisório;S. Lobo; Rui Barbosa; Q. Bocaiuva; Benjamin Constant; Wandenkolk Corrêa. Nota: Todos que assinam o documento eram Maçons.
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 21/35 Ir Erwin Werner TEICHMANN Loja Pedreiros da Liberdade nr. 79 Flortianópolis (GLSC) Introdução Histórica à Cabala SÍNTESE A Cabala sempre foi cercada de um manto de mistério, principalmente devido à insensatez presente em algumas épocas e a complexidade do seu conteúdo. Mais do que uma doutrina, a Cabala é, para o iniciado, uma força, um sopro que lembra de forma incessante que a perfeição do homem reside na sua capacidade de aprender e melhorar. Desta forma, ela transforma-se em uma filosofia de vida, uma busca de harmonia e bem estar para si mesmo, mas que resulta também no bem estar dos outros. O estudo da Cabala levou ao desenvolvimento do conceito da árvore da vida. Na árvore da vida esferas chamadas de “Sefiroth” estão alinhados em três pilares conectados entre si por meio de vinte e duas ligações. Estes 10 “Sephiroth”, cujo singular é “Sephira”, exprimem as dez modalidades fundamentais do ser humano cuja busca leva ao equilíbrio e a perfeição de forma a atingir um estado semelhante ao do “Adão Primordial”. Apesar de existirem indícios de que a tradição da Cabala tem origem há pelo menos 5 mil anos em escolas secretas, podemos distinguir oito períodos importantes na história da Cabala datando de aproximadamente dois séculos antes de Cristo até os dias atuais. Cada período foi caracterizado pela sua época particular e influenciou de forma diferente o estudo da Cabala. A complexidade e beleza dos ensinamentos da Cabala só fazem aumentar a nossa curiosidade pelo seu estudo. Mesmo se ela, na tentativa de dar respostas às questões fundamentais que o homem se coloca como: de onde viemos? Para onde vamos? Quem somos? Não consegue trazer soluções convincentes, os seus ensinamentos foram responsáveis, sem dúvida, pelo progresso da 5 – Introdução Histórica à Cabala Erwin Werner Teichmann
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 22/35 humanidade. Como já foi dito, talvez o caminho percorrido seja mais importante do que o objetivo a ser atingido. Ir Erwin Werner TEICHMANN INTRODUÇÃO A Cabala ou Kabbalah, sempre foi cercada de um manto de mistério, principalmente devido à insensatez presente em algumas épocas e a complexidade do seu conteúdo. Este desconhecimento sobre o tema gera uma atração pelo seu estudo, que pode ser comparada à atração gerada pelo fruto proibido. Por este motivo resolvi escolher este tema para a minha peça de elevação. Este texto se concentra nos eventos históricos e na evolução da Cabala, um tema que é inesgotável. DESENVOLVIMENTO Derivada do hebreu “qabbala” que significa “recepção”, a palavra Cabala pode ser também definida como um caminho de elevação espiritual reunindo filosofia teórica e prática de meditação. A palavra pode ser escrita de diferentes formas: Cabala, Qaballah, Qabala, Kaballah, Qabalah. Tipicamente são utilizadas as grafias Kabbalah e Cabala, sendo a pronuncia correta desta última: “Cabalá”. Da mesma forma que a maçonaria, a Cabala era inicialmente transmitida de boca a ouvido desde Adão até Moises, antes de ser posteriormente transcrita, codificada e comentada na Bíblia (livro dos profetas, por exemplo). Ela se apresenta primeiramente sob a forma de um aprendizado que vai permitir a decodificação dos mistérios do texto bíblico. Esta primeira definição é chamada de hermenêutica. Uma outra definição dá um sentido mais místico, confundindo a Cabala a arte de ouvir a sinfonia dos movimentos dos astros celestes ou a nossa música interior. Neste caso, ela se unifica ao seu significado histórico ou etimológico, exprimindo através de preces, ritos, meditações, cantos e danças o fato de receber (recepção) a luz emanada do infinito. Mais do que uma doutrina, a Cabala é para o iniciado, uma força, um sopro que lembra de forma incessante que a perfeição do homem reside na sua capacidade de aprender e melhorar. Desta forma, ela transforma-se em uma filosofia de vida, uma busca de harmonia e bem estar para si mesmo, mas que resulta também no bem estar dos outros. Trilhando com sinceridade este caminho, o cabalista vai se aprofundar no estudo dos 10 “Sephiroth” ou esferas. Estes 10 “Sephiroth”, cujo singular é “Sephira”, exprimem as dez modalidades fundamentais do ser humano cuja busca leva ao equilíbrio e a perfeição de forma a atingir um estado semelhante ao do “Adão primordial”. “Sefiroth” são as dez emanações de “Ain Soph” na Cabala, um princípio que, segundo ela, não está a altura da compreensão humana. Os “Sefiroth”, ou emanações, dão forma a árvore da vida e são simbolicamente representadas nela por 10 esferas. Os “Sefiroth” emanados são, na sequência, os seguintes: 1 Kether Coroa
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 23/35 3 Binah Entendimento 2 Chokmah Sabedoria Daath 5 Geburah Julgamento 4 Chesed Misericórdia 6 Tipareth Beleza 8 Hod Esplendor 7 Netzach Vitória 9 Yesod Fundamento 10 Malkuth Reino Existe um décimo primeiro “Sefira”, chamado “Daath”, que representa o abismo, o caos, e normalmente não é representado na árvore da vida, sendo considerado um portal para as “Sephiroth” adversas. Paradoxalmente “Daath” também representa cognição, ciência e saber. É um ponto delicado da árvore da vida, poderia se dizer, o local aonde se encontra o Espírito Santo. “Daath” é um não “Sephira”, um lugar aonde o inefável pode intervir livremente na existência, como o conhecimento que vem não se sabe de onde, e que talvez, seja provido diretamente por Deus. Na árvore da vida os “Sefirot” estão alinhados em três pilares conectados entre si por meio de vinte e duas ligações. Também se dispõem em três camadas triangulares e sucessivas, cada uma delas associada a um mundo (Atziluth, o Mundo das Emanações; Beriah, o Mundo das Criações, Yetzirah, o Mundo das Formações) e Malkuth na base (correspondendo a Asiyah, o Mundo das Ações). Mais do que uma ciência, a Cabala é uma arte. Uma arte do coração, do saber amar e do autoconhecimento. Apesar de existirem indícios de que a tradição da Cabala tem origem há pelo menos 5 mil anos em escolas secretas, podemos distinguir oito períodos importantes na sua história, cada um caracterizado pela sua época particular:
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 24/35 - O primeiro período: Entre o segundo século antes de Cristo e o décimo segundo século depois de Cristo: Este período faz referência a interpretação mística de dois dos capítulos mais importantes da Bíblia: - O primeiro Capítulo de Genesis, que desenvolve a história da criação do mundo. Esta obra da criação ou “Bereshit” pode ser comparada a uma visão do divino e da estrutura do mundo nas alturas. A obra do trono ou “Merkabah“ pode ser compreendida como a exploração do divino através de experiências múltiplas de êxtase. Enfim, nesta obra é descrita a maneira como a Luz aparece e desce ao nosso mundo e a todos os outros mundos da criação; - O primeiro Capítulo de Ezequiel, que descreve a visão do trono no qual Deus está instalado. Nesta obra Ezequiel mostra as possibilidades do iniciado de atingir os mundos superiores através da meditação e de práticas transcendentais. Neste texto encontramos a descrição de imagens que podem ser vistas em outras descrições de visões místicas. - O segundo período: Que cobre um século entre os anos 1200 e 1300 DC, se caracteriza pela aparição de obras de prestígio como “O livro dos Homens Piedosos” ou ”Sefer Hasidim” e de grandes mestres como o rabino “Issac o Cego”. - O terceiro período: Ocorre na Espanha durante a redação de um livro fundamental para a Cabala, o “Zohar” ou “Livro do Esplendor”. O “Zohar” foi publicado por Moisés de Léon no século XIII. Segundo de Léon, a obra é atribuída a um rabino judeu que viveu no segundo século depois de Cristo logo após a destruição do segundo templo de Jerusalém. Foi escrito em aramaico sob a forma de um romance místico. Ele contém uma mistura fascinante de metafísica, cosmogonia mítica (lendas sobre o início do universo) e psicologia esotérica. Pode-se dizer que este período corresponde à eclosão da Cabala do Êxtase. - O quarto período: Dura mais de dois séculos e está ligado a uma das tragédias do povo judeu, a expulsão da Espanha em 1492. Inúmeros mestres e pensadores tomaram a decisão à época de se instalar em Safed na Galileia e fundam uma escola de Cabala. Esta escola tem suas atividades concentradas sobre o estudo do “Livro do Esplendor” com enfoque no sentido dos “Sefiroth” e da presença divina ou “Chekhina”. É durante este período que foi escrito o “Livro da Árvore da Vida”. Dentre os mestres deste período, destaca-se o Grande Mestre Rabino Isaac Luria, que nasceu em Jerusalém em 1534 e morreu em Safed em 1572. Apesar de ter morrido com apenas 38 anos, os estudos deste rabino, principalmente sobre o “Zohar”, tiveram tamanha relevância que deram origem a Cabala Luriânica. O seu túmulo é local de visitação até os dias de hoje. Segundo o Ir:. Dagoberto Dalsasso sobre Luria “Já com influências mais modernas, da gnose e do pensamento Helenista, esse Mestre concebeu diversos conceitos maravilhosos sobre a origem do Universo por um processo chamado Tzim-Tizum que mais tarde, por via muito similar, os cientistas chamaram Big- Bang...” - O quinto período: Sob a influência do rabino e místico Shabbataï Tsvi (1625-1676), a Cabala adota um tom messiânico. Tsvi diz ser um Messias judeu e se converte a religião muçulmana por ordem de um sultão Otomano. Ele se descreve em seus próprios escritos como “judeu no seu interior e não-judeu no exterior”. Um período interessante pela
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 25/35 dualidade de um homem obrigado e viver em dois mundos diferentes, um visível e outro invisível ou secreto. - O sexto período: Que é chamado de “Chassídico”. É resultado da escola de pensamento fundada pelo rabino Israël Ben Eliezer, mais conhecido pelos judeus pelo nome de “Baal Chem Tov” ou mestre do bom nome. Este período se caracteriza pela tradução dos temas da Cabala ao nível existencial e pela sua aplicação a vida cotidiana. Em outras palavras, existe uma busca da Luz para descobrir a alegria da vida em sociedade. “Baal Chem Tov” prega que a missão de cada um é liberar a divindade que existe dentro de todos e que é perdida no mundo material. Cada ato, se efetuado com uma intenção justa, ajuda a retirar o cosmos da confusão e da obscuridade. O Chassidismo também trouxe a democratização dos conceitos da Cabala graças à vivência de suas ideias junto a um mestre denominado de rabino, que se torna um pilar do grupo trazendo conforto, aconselhamento e cura. - O sétimo período: É o período da dita Cabala Lituana. Liderada pelo rabino conhecido como Gaon de Vilna ou o Génio de Vilna (capital de Lituânia) que lá viveu de 1720 à 1797. Este período teve início na mesma época da Cabala Chassídica, se distinguindo desta pela aplicação dos “mitsvot” ou mandamentos judaicos (613 no total), como fontes de energia cósmica e da redenção do mundo. - O oitavo período: É o período contemporâneo e se caracteriza pela herança deixada pelos períodos precedentes e pelo contato com outros grupos místicos, principalmente com o Budismo. E a Cabala no meio Cristão? De fato durante o período da renascença dentre os humanistas e eruditos reunidos pelos nobres e ricos da Itália e Alemanha, existiam numerosos rabinos. Graças ao interesse destes humanistas sobre a Cabala, a literatura e os pensamentos judeus foram incutidos nos meios cristãos. Os humanistas se interessavam pelo hebreu e pelo aramaico com particular fascinação pelo estudo do “Zohar”. Neste período teve origem a Cabala Cristã ou do Renascimento, pois estes pensadores encontraram pontos de convergência entre a Cabala Judaica e o pensamento místico cristão ou escolástica. Paralelamente, o estudo do Talmude também ganha força, mas em 1553 tudo foi questionado pela Contra-Reforma ou Reforma Católica. O Talmude foi queimado em praça pública em Roma e os judeus foram confinados aos guetos. Como exemplo de autores cristãos que foram fortemente marcados pela Cabala, pode-se citar Robert Fludd, médico e alquimista, defensor dos Rosacruzes, que foi violentamente combatido pelas autoridades científicas de sua época. Isto apenas mostra que estes em busca da Verdade, estão expostos a riscos, como por exemplo, a condenação por heresia em certas épocas. Estas constatações históricas explicam de certa forma a falta de informação que envolve a Cabala, considerada por muitos séculos como uma doutrina herética associada à prática de alquimia ou mágica. Apesar disso, as influências da Cabala estão presentes nos escritos do filósofo e místico luterano Jacob Boehme e também nas obras de outros autores como: Hugo, Baudelaire, Goethe, Nietzsche e Wagner. Finalmente, a Cabala poderia ser definida como o esforço produzido para gerar os questionamentos de cunho metafísico que levam a compreensão dos sentidos ocultos nos textos bíblicos ou na “Thora”. Uma vez que estes têm sua origem no divino, quando decodificados em
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 26/35 hebreu ou aramaico dão origem a interpretações das mais diferentes e muitas vezes o seu sentido só pode ser apreendido através do estudo da Cabala. CONCLUSÃO Não importa o que se diga, a Cabala serviu de influência cultural, dinamizando a pesquisa filosófica, científica e metafísica. Isto aconteceu por uma simples razão, para os cabalistas a evolução não para no ser humano, mas continua graças a ele para etapas sempre mais elevadas. Desta forma o homem poderá conhecer forças criadoras que eram até então desconhecidas e se elevar ultrapassando os limites estabelecidos pelo mundo físico. A complexidade e beleza dos seus ensinamentos só fazem aumentar a nossa curiosidade pelo seu estudo. Mesmo se a Cabala, na tentativa de dar respostas às questões fundamentais que o homem se coloca como: de onde viemos? Para onde vamos? Quem somos? Não consegue trazer soluções convincentes, os seus ensinamentos foram responsáveis sem dúvida pelo progresso da humanidade. Como já foi dito, talvez o caminho percorrido seja mais importante do que o objetivo a ser atingido. Bibliografia Instruções: A:. M:.; Ritual do Grau de A:. M:.; Instruções: C:. M:.; Ritual do Grau de C:. M:.; http://www.ledifice.net - Acessado 27/07/2014; http://pt.wikipedia.org/wiki/Sefirot - Acessado 27/07/2014; http://pt.wikipedia.org/wiki/Merkabah - Acessado 28/07/2014; http://pt.wikipedia.org/wiki/Ezequiel - Acessado 28/07/2014; http://pt.wikipedia.org/wiki/Zohar - Acessado 28/07/2014; http://en.wikipedia.org/wiki/Sabbatai_Zevi - Acessado 29/07/2014; http://pt.wikipedia.org/wiki/Judaísmo_chassídico - Acessado 29/07/2014; http://pt.wikipedia.org/wiki/Contrarreforma - Acessado 29/07/2014; http://pt.wikipedia.org/wiki/Cabala_cristã - Acessado 29/07/2014; MacKey, Albert G.; Leroy, Harry – “Encyclopedia of Freemasonry”, 1909; http://escoladekabbalah.com/site/1/blog/?page_id=25 - Acessado 05/08/2014; http://en.wikipedia.org/wiki/Vilna_Gaon - Acessado 05/08/2014; http://en.wikipedia.org/wiki/Isaac_Luria - Acessado 05/08/2014; Email do Ir:. Dagoberto Dalsasso de 05/08/2014;
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 27/35 O escritor e Irmão Walter Celso de Lima É obreiro da Loja “Alvorada da Sabedoria” (GOB/SC) e membro da Academia Catarinense Maçônica de Letras Florianópolis Responsabilidade do Maçom sobre a Frequência Responsabilidade é a qualidade ou condição de responsável. Sabe-se que responsável é aquele que responde pelos próprios atos ou, pelos de outrem. Responsabilidade moral é a situação de um agente consciente, com relação aos atos que ele pratica voluntariamente. Uma das responsabilidades mais importantes de um Maçom é a frequência à Loja. Trata-se de uma responsabilidade que tem amparo legal e, também, moral. Frequência é o ato de frequentar. Em física, frequência significa número de vibrações por unidade de tempo. Frequentar uma Loja causa, realmente, vibrações positivas em nós e em nossos Irmãos. A frequência deve ser observada não somente como uma questão de quorum, ou um problema legal, mas, sobretudo, como a forma mais eficaz para nos conhecermos melhor, uns aos outros, e nos aproximarmos. Quando de nossa iniciação, a primeira preleção, feita pelo Venerável Mestre, fala da fidelidade que deve ser exemplificada por uma estrita observância das Constituições, Regimento, Estatutos e demais normas do GOB, do GOB-SC e da própria Loja. Também, nesta preleção, o V.’. M.’. fala da obediência que deve ser provada por uma estrita observância de nossas leis e regulamentos, por uma atenção pronta a todas as convocações, além de uma pronta observância das decisões e resoluções aprovadas em Loja. As leis e regulamentos falam da necessidade de 6 – Responsabilidade do Maçom sobre a Frequência Walter Celso de Lima
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 28/35 frequência. As convocações às nossas sessões são, em geral, semanais e uma das importantes resoluções aprovadas é o calendário da Loja, que deve ser observado. O Regulamento Geral da Federação trata da frequência em Loja. Tratam, também, de quando o Maçom se torna irregular por não ter frequência. Nos altos graus, disposições análogas devem ser observadas se não estiverem previstas em regulamentos próprios. Porém, muito mais importante que leis e regulamentos é o inflexível cumprimento do dever: nossa consciência e nossos compromissos e promessas obrigam-nos à frequência. Quando a Loja não abre por falta de quórum, a responsabilidade, definida no princípio, é de todos: não somente dos faltosos ou do Venerável Mestre. Todos nós somos responsáveis pelo bom funcionamento da Loja. Quando algum Obreiro necessita faltar, por justa causa, deve procurar algum Mestre amigo que o substitua, ou avisar a todos, para que todos se responsabilizem pela existência de quorum. Por isso, somos Irmãos fraternos, nos auxiliando uns aos outros. Como palavras finais: nós somos construtores (“masons”, pedreiros) sociais; somos obreiros, cabeças pensantes, pessoas com diferentes formações, opiniões diferentes e, brevemente, seremos mais. Mas, vivemos numa fraternidade tolerante, respeitamos as ideias, eventualmente, diferentes. Convergimos em algumas virtudes que adotamos conjuntamente, a exemplo da tolerância e, especialmente, da responsabilidade objeto deste ensaio. A participação responsável de todos fortalece a nossa Loja que busca, insistentemente, a realização do trabalho justo e perfeito de construir nosso templo interior.
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 29/35 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome da Loja Oriente 05.11.1997 União do Vale nr. 69 Blumenau 10.11.2001 Arte Real Santamarense nr. 83 Sto. Amaro da Imperatriz 14.11.1983 Obreiros da Liberdade, nr. 37 Xaxim 14.11.1983 29 de Setembro nr. 38 S. Miguel do Oeste 17.11.1950 14 de Julho nr. 03 Florianópolis 17.11.1986 Templários da Arte Real nr. 44 Blumenau 17.111993 Rei David nr. 58 Florianópolis 18.11.1993 Ottokar Dörffel nr. 59 Joinville 19.111996 Ordem e Progresso nr. 65 Joaçaba 19.11.2003 Fraternidade Lourenciana nr. 86 S. Lourenço do Oeste 19.11.1996 Manoel Gomes nr. 24 Florianópolis 21.11.1986 Liberdade e Justiça nr. 45 Abelardo Luz 21.11.1994 Fraternidade Capinzalense nr. 52 Capinzal 21.11.1992 União e Verdade nr. 53 Florianópolis 24.11.1982 Ary Batalha nr. 31 Florianópolis Data Nome da Loja Oriente 02/11/1991 Seixas Neto Florianópolis 03/11/1971 Acácia dos Campos Campos Novos 03/11/2010 Colunas da Sabedoria Joinville 07/11/2001 Zodiacal Florianópolis 11/11/2005 Harmonia e Perseverança Itajaí 15/11/1979 Ciência e Trabalho Tubarão 22/11/1997 Templários da Liberdade Pinhalzinho 25/11/1977 Fraternidade Catarinense Florianópolis 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mês de Novembro
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 30/35 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome da Loja Oriente 03.11.99 Delta do Norte - 3273 Florianópolis 04.11.81 Palmeira da Paz - 2121 Blumenau 09.11.10 Regeneração Guabirubense, 4100 Brusque 12.11.99 União e Justiça - 3274 Chapecó 15.11.01 Verdes Mares - 3426 Camboriú 15.11.96 Verde Vale - 3838 Blumenau 19.11.80 União Brasileira - 2085 Florianópolis 19.11.04 Verdade e Justiça - 3646 Florianópolis 21.11.69 Jerônimo Coelho - 1820 Florianópolis 22.11.95 Luz da Verdade - 2933 Lages 24.11.92 Nereu de O. Ramos - 2744 Florianópolis 25.11.04 Luz e Frat Rionegrinhense -3643 Rio Negrinho 25.L1.06 Obreiros da Terra Firme - 3827 Florianópolis 29.11.11 Ciência e Misticismo - 4177 São José
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 31/35 Caro Irmão: (Palestra para o dia 19 de novembro em Porto Alegre) A Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônica, a Chio da Botica, sente-se honrada em convidá-lo para mais uma brilhante palestre a ser proferida pelo nosso Irmão Hercule Spoladore, Membro Fundador da Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil, Oriente de Londrina – PR e Membro Correspondente nº 1 da Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas, em comemoração ao 21º aniversário de fundação de nossa Loja; Vossa presença muito nos honrará. Pela atenção e comparecimento deixamos um TFA Cesar Volnei da Luz Gomes Venerável Mestre Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas – GORGS - Porto Alegre - RS
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 32/35 Loja Luz do Oriente em Macau, Região Administrativa Especial da República Popular da China
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 33/35 1 – Um beijinho dos animais mais fofos do planeta! 2 – 24 belas fotos que provam como os elefantes são fofos! 3 – TESTE: Que tipo de emoção define sua personalidade? 4 – Origami: Conheça a arte belíssima de Gonzalo Calvo! 5 – Então é assim que os músicos impressionam as mulheres? 6 - Conheça as 10 pessoas mais velhas do mundo e seus segredos! 7 – Filme do dia “Assistir de Coração Partido” – dublado Sinopse: No Filme Online De Coração Partido, Um drama convincente, vencedor de festivais americanos, explora os diferentes significados de ter um filho através da corajosa e realista experiência de duas famílias, a simples Porters e a privilegiada Campbell. Suas vidas se cruzam, se entrelaçam e se chocam, pelo amor de um menino. O filme expõe corajosamente a humanidade de cada personagem lembrando-nos que cada um de nós somos capazes de ser as versões melhores e piores de nós mesmos a qualquer momento. https://www.youtube.com/watch?v=ulZFsze1xpE&t=24s
  • 34. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 34/35 O Irmão Adilson Zotovici escreve aos sábados neste espaço Excepcionalmente hoje, homenageia a Proclamação da República. 15 DE NOVEMBRO Um basta...ao jugo estrangeiro ! Liberdade, democracia, Ao povo tenaz e ordeiro Fim da cansada monarquia Bradavam em cada canteiro Homens livres da confraria Com discurso alvissareiro Visando a soberania O que tanta gente pedia D’ Aclamação...Rio de Janeiro, A Proclamação se ouviria Por Fonseca, livre pedreiro, A República ali nascia... Do heroico povo Brasileiro Adilson Zotovici ARLS Chequer Nassif-169
  • 35. JB News – Informativo nr. 2.238– Florianópolis (SC) – terça-feira, 15 de novembro de 2016 Pág. 35/35