Este documento é um informativo maçônico chamado JB News número 2.174, publicado em Florianópolis em 14 de setembro de 2016. Ele contém seções sobre efemérides do dia, uma crônica semanal, uma fábula, um artigo sobre mitologia grega e maçonaria, e outras notícias e artigos de interesse maçônico.
1. JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Homenagem do JB News aos Irmãos de Palmas - TO
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrAilton Elisiário – No Memorial (Crônica semanal)
Bloco 3-IrJoão Ivo Girardi – Fábula dos Porcos Assados
Bloco 4-IrJosé Ronaldo Viega Alves – Mitologia Grega: Fonte de Inspiração para a Maçonaria?
Bloco 5-IrMário Jorge Neves – O Rito da Palavra Maçom
Bloco 6-IrPedro Juk – Perguntas & Respostas – do IrPharney de Souza Ferreira (Curitiba – PR)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 13 de setembro. Versos do Irmão e Poeta Adilson
Zotovici
2. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 2/30
Livros de artigos nos Graus de
Aprendiz, Companheiro e Mestre
Publicados na Revista O PRUMO.
Durante o período de 1970 a 2015.
Pedidos: site http://www.gosc.org.br
Ou pelo telefone: (48) 3952-3300
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
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Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 258º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente)
Faltam 108 para terminar este ano bissexto
Dia do Frevo
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Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
LIVROS
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14 de setembro
1321 — Queimado publicamente por ordem do papa , depois de ter estado desterrado vinte anos, em
Ravena, Durante Alighieri, Dante, nascido em Florença em abril ou maio de 1265, o maior expoente
da poesia, glória literária de Itália na idade média, de cuja vida pouco se sabe. Vida Nova e A Divina
Comédia, são as suas obras-primas.
1523 — Faleceu o papa Adriano VI, o único papa holandês e o último papa não italiano até ao
papa João Paulo II.
1732 — A polícia de Paris publicou uma lei proibindo todas as associações maçónicas.
1735 — Nasceu nas Índias Britânicas do Oeste, Barbados, prince Hall, abolicionista americano,
patriota presbítero, estudioso da Bíblia e educador. Emigrou para Boston onde trabalhou em peles,
iniciado maçon, em 6/3/1775 na Loja Militar n° 441, irlandesa, em Boston, formada no 38.°
Regimento de Infantaria, primeiro G.M. negro da Maçonaria, considerado o Príncipe Negro da
Franco-Maçonaria. Hoje a Fraternidade de Grandes Lojas de Prince Hall, obediência maçónica
de homens de cor, tem mais de 4.500 lojas no mundo, 45 diferentes jurisdições e mais de 300.000
maçons (4/12/1807).
1737 – O chefe da Polícia francesa, René Hérault, proibiu que os donos de tavernas
permitissem reuniões, especialmente de maçons.
1752 – O império britânico adotou o calendário gregoriano, saltando 11 dias (o dia anterior foi
2 de setembro).
1760 — Nasceu em Florença, Luigi Cherubini, músico e compositor, aluno de Sarti em
Bolonha, escreveu a primeira ópera com dezanove anos Il Quinto Fabio. Viveu em Londres e
Paris, onde foi diretor do Teatro Feydeau, prof. e diretor do conservatório. Outras obras: Ldoiska
e Demophoon, iniciado maçon na Loja St. Jean de Jerusalém, do G.O. de França em 1784,
estabelecendo muitas relações com outros músicos maçónicos (15/3/1842).
1767 — Registada a instalação em França, da Loja (militar) Saint-Louis, com um quadro inicial
de quarenta e três oficiais, do Regimento Real.
1812 – Invasão de Moscovo pelas tropas de Napoleão.
1836 — Faleceu na Horta, João José da Graça Júnior, maçon (15/4/1836).
1844 — Instalada nos E.U.A., a G.L. do Michigan.
1849 — Nasceu em Ryazan, Ivan Petrovich Pavlov, médico fisiologista russo laureado,
formado na Univ. de S. Petersburgo, prof., investigador científico, pioneiro no estudo da
fisiologia do coração, pelas suas experiências no campo dos reflexos do corpo, demonstrou os
reflexos condicionados e incondicionados em cães, e que influenciaram o desenvolvimento das
teorias comportamentais da psicologia até às primeiras décadas do séc. XX. O seu trabalho
aplicado às glândulas digestivas granjeou-lhe o Prémio Nobel da Medicina em 1904. Escreveu a
notável obra: Reflexos Condicionados, em 1926. Opositor notável ao regime comunista instalado
(27/2/1936)
EFEMÉRIDES DO DIA -Ir Daniel Madeira de Castro (Lisboa)
(Fonte: Livro das Efemérides - Históricas, Políticas, Maçônicas e Sociais - 2016)
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1852 — Faleceu, Arthur Wellesley Wellington, duque de Wellington, estando o seu corpo depositado em
Londres, na catedral de S. Paul, maçon irlandês (1/5/1769).
1901 — Morreu em Buffalo, Nova Iorque, William McKinley, maçon norte-americano, assassinado pelo
anarquista Leon Czolgosz, durante visita à Exposição Pan-Americana e sucedeu-lhe Franklin Roosevelt, também
maçon. (29/1/1843).
1906 — Realizou-se na Figueira da Foz, até 16/9, o 3° Congresso Maçónico,
designado de II Conferência Maçónica Naciona, discutiram-se as seguintes oito teses:
Valor Científico das Doutrinas Pacifistas; A Mendicidade; Ação da Maçonaria;
Definição de Liberdade, Igualdade, Fraternidade; Efetivação do Registo Civil em
Portugal; Admissão das Mulheres às Profissões Liberais; O Clericalismo em Portugal e
A Maçonaria e as Condições Histórico-Políticas dos Povos.
1916 – Faleceu em Madrid, José Echegaray y Eizaguirre, maçon espanhol (19/4/1832).
1917 – Proclamada a república na Rússia.
1923 – Instalada a ditadura em Espanha, por Primo de Rivera.
1930 – O eleitorado alemão elegeu 107 deputados nazis para o seu parlamento, transformando-o no principal
partido.
1960 – Faleceu no Porto, Eduardo Ferreira dos Santos Silva, maçon (18/3/1879).
– Formada em Bagdade a O.P.E.P. - Organização de Países Exportadores de
Petróleo, com o objetivo de estabilizar os preços.
1970 – O papa Paulo VI dissolveu os corpos policiais pontifícios, exceto a
Guarda Suíça, ou seja, a Guarda de Honra (que existia desde 1485), a Guarda Pontífice (1816) e a Guarda Palatina
(1850).
1981 – O papa João Paulo II publicou a encíclica Laborem Exercens.
1984 – Concretizada a primeira a travessia direta do Atlântico num balão de ar quente, por Joe Kittinger.
1998 – O papa João Paulo II publicou a encíclica Fides et Ratio.
1999 – Kiribati, Nauru e Tonga aderiram à O.N.U..
2003 – Suecos rejeitaram aderir ao €uro.
– Por referendo a Estónia aprovou a sua adesão à União Europeia.
1737 O chefe da Polícia francesa, René Hérault, proíbe que os donos de tavernas permitam reuniões,
especialmente de Frey-Maçons.
1760 Nasce Luigi Cherubini (gravura) compositor italiano muito influente, membro da Loja francesa Saint
Jean de Jerusalém.
1975 Fundação da Loja Obreiros de Hiram nr. 18, de Xanxerê (GLSC)
1982 A Grande Loja da Guanabara, (criada em 1927) decreta sua própria extinção jurídica. Nunca houve
fusão com a GL rival, criada em 1944. Suas Lojas foram individualmente absorvidas pela GLMERJ.
Esta, tendo perdido sai Carta Constitutiva na década de 1950 e concorrido para a extinção da DL que a
outorgou, está impossibilitada de obter uma segunda via legítima da carta.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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De Irmão para Irmão
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como apoio aos irmãos em suas atividades profissionais.
Valorize-os, caro leitor, preferindo o que está sendo anunciado.
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O Irmão Ailton Elisiário,
é membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
NO MEMORIAL
Na tarde desta última segunda-feira saímos com nosso netinho Lucas para um passeio. Fomos ao
Memorial Severino Cabral, onde lá está acontecendo o evento Criança no Memorial. Um conjunto
de atividades artísticas, com espetáculos e concertos musicais. O espetáculo assistido foi A
Cigarra e a Formiga, que conta a história de uma cigarra que é deslumbrada com o sucesso “show
business” e de uma formiga focada no trabalho sério.
Apresentado por atores da Associação Amigos do Teatro Severino Cabral, o texto de Luciano
Mariz é uma adaptação da clássica história que tem apenas os dois personagens, com a inclusão de
outros mais, enriquecendo a peça. A formiguita, a cigarrita, a joanita, a lagarta, o gafanhoto, a
abelha, que transmitem a mensagem da amizade e da confiança que se deve ter nos amigos,
ressaltadas pelas crianças ao final do espetáculo quando foram questionadas da lição que ali
aprenderam.
Lucas assistiu atento, dizendo não ter gostado da lagarta por ser feia, mas se encantando por sua
transformação em borboleta. Indagou se a abelha era homem ou mulher e ante minha resposta de
que era homem disse que homem não veste saia. Ah, meu neto não foge à sua origem! Mas, disse-
lhe que a abelha é que estava de saia e o homem fazia apenas o papel da abelha. Em casa, ao
contar o que assistira, disse que o gafanhoto era mau, porque tinha roubado a cigarra. E que a
formiga gostava da cigarra, porque lhe deu beijos e abraços quando ela voltou sem o dinheiro que
o gafanhoto levou.
Eneida Maracajá escreveu no convite que “todo adulto guarda o menino ou menina que existe
dentro de si mesmo(a)”. Socorro e eu fizemos aflorar a criança que está dentro de nós próprios,
em companhia de Lucas e no meio das crianças que lá estavam, todas deslumbradas com as cores,
os sons, a beleza do espetáculo. Lanches e livros infantis para elas complementaram a festa.
O Encontro da Criança com o Memorial fez-nos sonhar a todos, crianças e adultos. Ainda no
convite Eneida escreveu que “o adulto não pode viver somente de sua adultez” e, por isto mesmo,
fez-nos também voltar a ser crianças. E aí nos enveredamos pela floresta da história rememorando
nossos sonhos de infância, misturando-os com as fantasias dos reinos encantados de Lucas e
daqueles pequeninos.
2 – No Memorial
Ailton Elisiário
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O Ir. João Ivo Girardi joaogira@terra.com.br é
MI da Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 de Blumenau
e autor do “Vade-Mécum Maçônico – Do Meio-Dia à Meia-Noite”
e escreve às quartas-feiras e domingos
FABULA DOS PORCOS ASSADOS
Uma das possíveis variações de uma velha história
obre a origem do assado é a seguinte:
Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados
pelo fogo. Os homens acostumados a comer carne crua, experimentaram e acharam deliciosa a
carne assada. A partir daí, toda vez que queriam comer porco assado, incendiavam um bosque...
até que descobriram um novo método.
Mas o que quero contar é o que aconteceu quando tentaram mudar o SISTEMA para implantar
o novo método. Fazia tempo que as coisas não iam lá muito bem: às vezes os animais ficavam
queimados demais ou parcialmente crus. O processo preocupava muito a todos, porque se o
SISTEMA falhava, as perdas ocasionadas eram muito grandes - milhões eram os que se
alimentavam de carne assada e também milhões os que se ocupavam com a tarefa de assá-los.
Portanto, o SISTEMA simplesmente não podia falhar. Mas, curiosamente, quando mais crescia a
escala do processo, tanto mais parecia falhar e tanto maiores eram as perdas causadas.
Em razão das inúmeras deficiências, aumentavam as queixas. Já era um clamor geral a
necessidade de reformar profundamente o SISTEMA. Congressos, seminários, conferências
passaram a ser realizados anualmente para buscar uma solução. Mas parece que não acertavam o
melhoramento do mecanismo. Assim, no ano seguinte repetiam-se os congressos, seminários,
conferências.
As causas do fracasso do SISTEMA, segundo os especialistas, eram atribuídas à indisciplina
dos porcos, que não permaneciam onde deveriam, ou à inconstante natureza do fogo, tão difícil de
controlar, ou ainda às árvores, excessivamente verdes, ou à umidade da terra, ou ao serviço de
informações meteorológicas, que não acertava o lugar, o momento e a quantidade das chuvas...
As causas eram, como se vê, difíceis de determinar - na verdade, o sistema para assar porcos
era muito complexo. Fora montada uma grande estrutura: maquinário diversificado; indivíduos
dedicados exclusivamente a acender o fogo - incendiadores que eram também especializados
(incendiadores da Zona Norte, da Zona Oeste, etc., incendiadores noturnos e diurnos - com
especialização e matutino e vespertino - incendiador de verão, de inverno, etc.). Havia especialista
também em ventos - os anemotécnicos. Havia um Diretor Geral de Assamento e Alimentação
Assada, um Diretor de Técnicas Ígneas (com seu Conselho Geral de Assessores), um
Administrador Geral de Reflorestamento, uma Comissão de Treinamento Profissional em
Porcologia, um Instituto Superior de Cultura e Técnicas Alimentícias (ISCUTA) e o Bureau
Orientador de Reforma Igneooperativas.
3 – Fábula dos Porcos Assados
João Ivo Girardi
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Havia sido projetada e encontrava-se em plena atividade a formação de bosques e selvas, de
acordo com as mais recentes técnicas de implantação - utilizando-se regiões de baixa umidade e
onde os ventos não soprariam mais que três horas seguidas.
Eram milhões de pessoas trabalhando na preparação dos bosques, que logo seriam incendiados.
Havia especialistas estrangeiros estudando a importação das melhores árvores e sementes, fogo
mais potente, etc. Havia grandes instalações para manter os porcos antes do incêndio, além de
mecanismos para deixá-los sair apenas no momento oportuno.
Foram formados professores especializados na construção dessas instalações. Pesquisadores
trabalhavam para as universidades para que os professores especializados na construção das
instalações para porcos; fundações apoiavam os pesquisadores que trabalhavam para as
universidades que preparavam os professores especializados na construção das instalações para
porcos, etc.
As soluções que os congressos sugeriam eram, por exemplo, aplicar triangularmente o fogo
depois de atingida determinada velocidade do vento, soltar os porcos 15 minutos antes que o
incêndio médio da floresta atingisse 47 graus, posicionar ventiladores-gigantes em direção oposta
à do vento, de forma a direcionar o fogo, etc. Não é preciso dizer que os poucos especialistas
estavam de acordo entre si, e que cada um embasava suas ideias em dados e pesquisas específicos.
Um dia, um incendiador categoria AB/SODM-VCH (ou seja, um acendedor de bosques
especializado em sudoeste diurno, matutino, com bacharelado em verão chuvoso), chamado João
Bom-Senso, resolveu dizer que o problema era muito fácil de ser resolvido - bastava,
primeiramente, matar o porco escolhido, limpando e cortando adequadamente o animal,
colocando-o então sobre uma armação metálica sobre brasas, até que o efeito do calor - e não as
chamas - assasse a carne.
Tendo sido informado sobre as idéias do funcionário, o Diretor Geral de Assamento mandou
chamá-lo ao seu gabinete, e depois de ouví-lo pacientemente, disse-lhe:
- Tudo o que o senhor disse está muito bem, mas não funciona na prática. O que o senhor
faria, por exemplo, com os anemotécnicos, caso viéssemos a aplicar a sua teoria? Onde seria
empregado todo o conhecimento dos acendedores de diversas especialidades? - Não sei - disse
João.
- E os especialistas em sementes? Em árvores importadas? E os desenhistas de instalações
para porcos, com suas máquinas purificadores automáticas de ar? - Não sei.
- E os anemotécnicos que levaram anos especializando-se no exterior, e cuja formação custou
tanto dinheiro ao país? Vou mandá-los limpar porquinhos? E os conferencistas e estudiosos, que
ano após ano têm trabalhado no Programa de Reforma e Melhoramentos? Que faço com eles, se
a sua solução resolver tudo? Heim? - Não sei - repetiu João encabulado.
- O senhor percebe agora que a sua ideia não vem ao encontro daquilo de que necessitamos?
O senhor não vê, que, se tudo fosse tão simples, nossos especialistas já teriam encontrado a
solução há muito tempo atrás? O senhor com certeza compreende que eu não posso simplesmente
convocar os anemotécnicos e dizer-lhes que tudo se resume a utilizar brasinhas, sem chamas! O
que o senhor espera que eu faça com os quilômetros e quilômetros de bosques já preparados,
cujas árvores não dão frutos e nem têm folhas para dar sombra? Vamos, diga-me. - Não sei, não
senhor.
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- Diga-me, nossos três engenheiros em Porcopirotecnia, o senhor não considera que sejam
personalidades científicas do mais extraordinário valor? - Sim, parece que sim.
- Pois então. O simples fato de possuirmos valiosos engenheiros em Porcopirotecnia indica
que nosso sistema é muito bom. O que eu faria com indivíduos tão importantes para o país? - Não
sei.
- Viu? O senhor tem que trazer soluções para certos problemas específicos - por exemplo,
como melhorar as anemotécnicas atualmente utilizadas, como obter mais rapidamente
acendedores de Oeste (nossa maior carência), como construir instalações para porcos com mais
de sete andares. Temos que melhorar o sistema, e não transformá-lo radicalmente, o senhor,
entende? Ao senhor, falta-lhe sensatez! - Realmente, eu estou perplexo! - respondeu João.
- Bem, agora que o senhor conhece as dimensões do problema, não saia dizendo por aí que
pode resolver tudo. O problema é bem mais sério e complexo do que o senhor imagina. Agora,
entre nós, devo recomendar-lhe que não insista nessa sua idéia - isso poderia trazer problemas
para o senhor no seu cargo. Não por mim, o senhor entende. Eu falo isso para o seu próprio bem,
porque eu o compreendo, entendo perfeitamente o seu posicionamento, mas o senhor sabe que
pode encontrar outro superior menos compreensivo, não é mesmo?
João Bom-Senso, coitado, não falou mais um "A". Sem despedir-se, meio atordoado, meio
assustado com a sua sensação de estar caminhando de cabeça para baixo, saiu de fininho e
ninguém nunca mais o viu. Por isso é que até hoje se diz, quando há reuniões de Reforma e
Melhoramentos, que falta o Bom-Senso. (Texto enviado pelo Irmão Nelson Reich).
2. Em 10 anos, comissionados no governo passam de 17,6 mil para 22,6 mil: Nos últimos dez
anos, os ministros passaram de 35 a 39. Subordinados a eles, os ocupantes de cargos de livre
nomeação no Poder Executivo passaram de 17,6 mil, no final de 2003, para 22,6 mil em outubro
de 2013, segundo os dados mais atualizados. Esses cargos são conhecidos como DAS (Direção e
Assessoramento Superior) e abrigam, como o nome indica, nomeados para funções de comando
ou assessoria. São classificados, conforme a hierarquia, de 1 a 6. A multiplicação dos DAS está
concentrada nos escalões mais altos, os mais utilizados nas negociações entre o governo e os
partidos de sua base de sustentação. Ao longo da administração petista, o número de ocupantes de
DAS 4, 5 e 6 saltou 46% em uma década, chegando a 4.814. Nesse grupo estão os secretários de
Estado, chefes de gabinete, assessores especiais e diretores... (Fonte: Folha de São Paulo,
19/01/2014).
3. Comentário: A questão do excesso de cargos comissionados no Estado brasileiro não é
prerrogativa do PT e seus escudeiros, no entanto, o que se vê no governo atual não é meritocracia,
é o preenchimento dessas vagas por “militantes” sem qualificação técnica para o cargo, mas rezam
pela mesma cartilha. O PT não é mais um Partido Político, parece uma tribo isolada com seu
morubixaba. Diz o jornalista Cláudio Tognolli: Não se pode escrever “Corrupto” sem o pt.
MAÇONARIA: O BOM SENSO
Ensaio: - Busquei e reli os nossos Rituais, escritos por quem melhor compreendeu as coisas
tangíveis e intangíveis da existência e, em nenhum momento, se vê lá o vocábulo bom senso,
desta forma explícita. Porém muito lá está que, por vários caminhos a ele converge. Adultos que
somos, quem de nós não acredita ter bom senso? Pois que somos justos, probos e de bons
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costumes, como não admitirmos não sermos depositários desta preciosa, porque necessária,
qualidade?
Entre as paredes do Templo, sob a música indutora, afastada dos problemas da vida lá fora,
sentados entre Irmãos que escolhemos e que nos escolheram, somos a paz, a harmonia, a clareza
de raciocínio, todas somadas e divididas, e por isso, compartilhadas entre nós. Dentro do Templo
ninguém sentirá qualquer impulso que conduza ao mais leve desafio aos mandamentos do Senhor.
Estamos, nestes momentos, sintonizados perfeitamente com as leis da natureza, compreendemos e
somos compreendidos.
Todavia, vivemos no mundo exterior, competitivo, mutável a cada momento, gerador de
angústias ou de sobressaltos, a nós e aos nossos. Incompreensões se nos avizinham, pré-
julgamentos por vezes nos vitimam. A isto tudo reagimos, porque, de outro modo, não seria
normal ou mesmo saudável. Estes, então, passam a ser os nossos momentos de vulnerabilidade e
de desafio. Aí então começa a necessidade do bom senso.
O Aprendiz da Coluna B é instruído na busca da razão, para que se afaste do erro. Talhará a
Pedra Bruta, usando o Esquadro, emblema da sabedoria, para que seu ajustamento na sociedade
seja perfeito. No Pavimento de Mosaico nos defrontamos com os contrastes, mas mantemos a
compreensão.
O Nível lembra que todos os homens são iguais em direitos e deveres. O Prumo concita-nos a
nos elevarmos acima das mesquinharias. A Pedra, ao se tornar cúbica, simboliza a ausência dos
preconceitos. Ipsis literis dos Rituais: O sábio e o pensador, se humilham sempre, quando na
presença de uma Verdade que reconhecem ser superior à sua compreensão. Preferem o silêncio
e o recolhimento. Meditam. Dominar as paixões, fugir de todo o sectarismo, não ter demasiado
apego às palavras, às expressões, essas propostas lá numa página ou noutra, podem ser vistas nos
Rituais que semanalmente manuseamos. Algum de nós deixou de ouvir, no dia em que vimos pela
primeira vez a Verdadeira Luz gozar os prazeres da vida com moderação, não fazendo ostentação
do bem que frui? Eventualmente alguém se negou a afirmar, naquele mesmo dia, frente às
palavras do seu Venerável Mestre: jurais também manter-vos sempre cidadãos honestos e dignos,
nunca atentando contra a honra e a dignidade de ninguém?
Das Leis Básicas, extraímos: deveis evitar toda a discussão, toda a discórdia e todo propósito
calunioso, toda maledicência. O Código Moral Maçônico prescreve: Escuta sempre a voz
consciência, evita as querelas, previne os insultos, deixa que a razão seja o teu guia. Também
está lá: Não te irrites com facilidade, porque a ira repousa no seio do ignorante. E logo adiante:
não julgues rapidamente as ações dos homens e nem as reprove. Antes, procura sondar bem os
corações para que possas apreciar a obra por eles realizadas. E traz preciosos ensinamento para
que possamos melhor entender a tolerância dentro da fraternidade: Sê firme, sem serdes radical;
severo, sem ser inflexível e submisso, sem ser servil.
A Maçonaria permite que venhamos a dar passos laterais, mas sempre voltando ao caminho
original, o da retidão dos propósitos e das ações. Ensina-nos ela como dominar nossos
sentimentos. Obriga-nos, quando elevados a Mestres-Maçons, a sermos exemplos aos
Companheiros e Aprendizes e além deles, à comunidade em que vivemos. Só assim
conseguiremos se mantivermos a coerência em nossos atos, qualidade prima-irmã do bom senso.
(Autor: Irmão Luiz Carlos da Fonseca de Mello, Oriente de Blumenau).
Que é a maioria? A maioria é tolice. / O bom senso sempre tem sido de poucos. / Convém pesar
os votos e não contá-los. (Friedrich Schiller (1759-1805), filósofo e historiador alemão. Sua
amizade com Goethe rendeu uma longa troca de cartas que se tornou famosa na literatura alemã).
11. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 11/30
O Ir.·. José Ronaldo Viega Alves
escreve às quartas-feiras e domingos.
Loja Saldanha Marinho, “A Fraterna”
Santana do Livramento – RS
ronaldoviega@hotmail.com
MITOLOGIA GREGA:
FONTE DE INSPIRAÇÃO PARA A MAÇONARIA?
“A mitologia é relevada pelos maçons, não só como fonte de inspirações
alegóricas, simbólicas e éticas, como também pelo fato de representar uma
das grandes fases na evolução das crenças e fornecer elementos de
comparação entre diversas religiões.” (Varoli Filho, pág. 143, 1977)
Sabemos que a Grécia antiga, tem indiscutivelmente sua mitologia bastante conhecida e
divulgada, pois, além de ser muito rica, é muito estudada, e exerceu notável influência,
particularmente sobre o Ocidente. Existiu naqueles primórdios, todo um sistema de crenças e de
devoção dos gregos direcionado àqueles vários seres divinos ou deuses, ou ainda, os habitantes do
Monte Olimpo.
Sabemos que a Maçonaria possui e admite em seu Simbolismo, a influência da
mitologia grega, e podemos citar um exemplo pelo menos, no referente à Sabedoria, que está
simbolizada pela deusa Atena e que em Loja seria representada pelo V.’. Mestre, a Força
simbolizada por Hércules e referindo-se ao 1º Vigilante e a Beleza, simbolizada por Vênus e numa
relação direta com o 2º Vigilante.
Da história da antiga Grécia, interessa à Maçonaria, a mitologia, a iniciática, as
correntes filosóficas, o desenvolvimento da democracia, o simbolismo e o alegorismo, as artes, os
templos e as construções. (Varoli Filho, pág. 142, 1977)
Pelas considerações do Irmão Varoli Filho, não é pouca coisa não. E um pouco disso
tudo, pelo menos, deve estar presente no âmago da doutrina maçônica.
4– Mitologia Grega: Fonte de Inspiração para a Maçonaria?
- José Ronaldo Viega Alves
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Sabemos também que falar em mito, é o mesmo que falar das lendas, das tradições e do
folclore, além de que, há várias mitologias, podendo haver uma de origem cristã, judaica, egípcia,
árabe, romana, nórdica, além da grega que tomamos aqui como exemplo para o presente trabalho,
e outras. O estudo delas permitirá apossar-nos das chaves que vão abrir as portas para lugares que
são o começo de tudo.
Há uma pergunta, que vou transcrever na sequência, a qual já vem acompanhada da
sua resposta, mas, que merece ser conhecida, pelo simples fato de que dá o dimensionamento que
adquire a mitologia e o estudo dos mitos para a compreensão das raízes das nossas crenças e das
nossas culturas. Independente das opiniões contrárias e reducionistas do tipo daquelas que
enxergam na mesma somente uma crença pagã, os mitos contém mensagens importantes e contam
histórias lá do começo da humanidade envolvendo a criação, o comportamento dos deuses e do ser
humano, a evolução da humanidade no plano religioso, social, filosófico, psicológico e científico.
Vamos à pergunta, que diz assim: “Suponhamos que se tivessem perdido os livros dos Antigos
que nos explicam a teogonia (nascimento dos deuses e que tem relação ainda com a formação do
mundo): compreender-se-ia hoje o sentido das inumeráveis inscrições que se descobrem
diariamente, e que se referem mais ou menos diretamente a essas crenças? Compreender-se-iam
o destino, os motivos de estrutura da maior parte dos monumentos cujos restos contemplamos?
Saber-se-ia o que representam a maioria das estátuas e baixos-relevos? Certo que não. Sem o
conhecimento da(s) mitologia(s), todas as coisas para nós seriam letra-morta, como a escritura
cuneiforme e os hieróglifos egípcios. A mitologia é, pois, a chave da qual reconstruímos a
história do passado...” (Marques & Coutinho, pág. 364, 2010)
É evidente que há toda uma relação entre a mitologia grega, a religião e a filosofia,
fontes das quais a Maçonaria recebeu um cabedal de influências, ou como o Irmão Varoli Filho
bem inferiu, quando referindo-se às inspirações alegóricas, simbólicas e éticas.
Aliás, é também do Irmão Varoli Filho, a seguinte frase: “As boas lojas maçônicas
do mundo contemporâneo já não se limitam a recitar para os obreiros as ininteligíveis instruções
e não mais ocultam as fontes gregas que os maçons aceitos do passado foram rebuscar, para
introduzi-las nos rituais.”
O estudo da mitologia, da história e da filosofia grega, traz com certeza, muitos
esclarecimentos sobre o passado de todos nós. É interessante sabermos e aqui com o intuito
também de exemplificar, que no que concerne às origens de alguns dos nossos costumes, nos
aspectos específicos ligados à religião, por exemplo, os costumes gregos se assemelhavam com os
costumes religiosos atuais, pois, oravam e acreditavam no efeito que teriam suas preces dirigidas
aos deuses, para os quais solicitavam saúde, segurança, prosperidade, boas colheitas e com relação
aos parentes que se lançavam ao mar, fosse para buscar alimentos, para o comércio ou para a
guerra, pediam que os mesmos voltassem sãos e salvos. Esses cultos no começo eram de caráter
totalmente comunitários, mas, com o tempo evoluíram para uma relação mais de indivíduo para
com a divindade.
A diferença mesmo ficaria por conta de acreditarem que se os deuses estavam no
controle das suas vidas, além das rezas a eles dirigidas, deveriam realizar também oferendas e
sacrifícios.
DEFININDO MITO E MITOLOGIA GREGA
O Mito é uma narrativa que faz parte da cultura de um povo, sendo constituído em
sua formação de elementos simbólicos e sobrenaturais. A função do mito é explicar o mundo e
através dele dar sentido às nossas vidas. Além do mais, no que se refere às religiões, o seu
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objetivo adquire uma maior importância, a partir do momento em que, assume forma de
transmissão da experiência que envolve o sagrado, o divino, sendo que, essa história é contada por
seu intermédio ou com a ajuda dele.
Por outro lado, sintetizando, podemos dizer que mito é uma ficção popular, que é
narrada como sendo histórica e real. (Champlin, pág. 320, 1998)
Já sobre a mitologia grega especificamente, também há muitas definições. Escolhi
uma definição de autoria do estudioso Ken Dowden, da Universidade de Birmingham da
Inglaterra, exposta em seu livro “Os Usos da Mitologia Grega”:
“Na verdade, a Mitologia Grega é um fundo comum de temas e ideias ordenadas em um
repertório comum de estórias. Essas estórias vinculam-se, comparam-se e contrastam-se com, e
são compreendidas à luz de, outras estórias do sistema. A Mitologia Grega é um ‘intertexto’,
porque se constitui de todas as representações de mitos já experimentadas por seu auditório e
porque cada nova representação ganha seu sentido a partir de como está posicionada em relação
a esta totalidade de apresentações prévias.”
O grande estudioso cristão R.N.Champlin, escreveu sobre o Mito, o que é
importante, em função do que se está tentando mostrar aqui, e mesmo porque ao que tudo indica,
há uma ligação comum perpassando pelo mito, pela religião (no comentário que segue, o pano de
fundo é a religião cristã, mas, poderia ser outra) e pela filosofia, e o que remete também às
palavras do Irmão Theobaldo Varoli utilizadas lá na abertura deste trabalho.
Vejamos, então, o que diz Champlin:
“Um mito é uma espécie de primeira tentativa para os homens chegarem à compreensão dos
grandes mistérios que nos circundam. É verdade que os mitos refletem discernimentos,
porque os homens possuem uma função intuitiva que revela alguma verdade. Os muitos
mitos acerca de hades, em várias religiões, mostram-nos que o coração humano reconhece o
desespero do lugar de julgamento que tem esse nome, e que busca uma saída esperançosa
para o mesmo. Muitos dos mitos sobre o hades, incluindo estórias de descidas àquele lugar
de juízo, proclamam esperança para os homens. É significativo que os mitos também exibam
certa progressão. Os deuses vão ficando melhores, à medida que os séculos se escoam. Os
estoicos viam os mitos como uma filosofia primitiva, que teve a sua contribuição, mas que,
finalmente, precisou ceder terreno a um fator mais alto, o do raciocínio, na filosofia
posterior. (...) Alguns judeus helenistas sentiram ser útil tratar certos relatos do Antigo
Testamento como alegorias, que envolveriam algum elemento mitológico. Filo, filósofo
judeu foi o supremo exemplo dessa atividade. Os pais alexandrinos da Igreja também se
ocuparam nessa atividade. (...) Esse tipo de interpretação pressupõe que nem sempre é
possível aceitar os relatos do Antigo Testamento em sentido histórico. É preciso esclarecer,
porém, que uma alegoria não inclui, necessariamente, o elemento mitológico. Uma alegoria
pode ser apenas uma estória representativa, ilustrativa. Por outro lado, por muitas vezes
mito e alegoria avançam de mãos dadas.“
COMENTÁRIOS FINAIS:
A mitologia grega, que ainda possui marcante influência na cultura ocidental, mesmo
depois de 3000 anos, teve em seu começo uma ligação estreita com novas formas de religião,
cultos e rituais. Dos alicerces que serviram para determinadas religiões, acabou cedendo lugar
depois ao cristianismo para quem perdeu seu domínio.
Antes a mitologia e os seus deuses, já vinham também cedendo espaço à filosofia, já
que os filósofos fariam uma abordagem mais racional sobre a origem e os acontecimentos no
universo, o que depois vai sofre novas transformações, seja por uma abordagem agora do ponto
de vista científico, ainda que com base empírica até o surgimento da ciência propriamente dita.´
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Mas, voltando aos filósofos, estes a partir dos seus porquês começaram a duvidar das
explicações originárias da mitologia, sobrepondo a razão às histórias de origem mitológica e
elaborando outros sistemas que contivessem explicações sobre a própria vida, ou sobre os
fenômenos que acometiam a natureza e os destinos do homem.
Durante o Renascimento houve uma retomada, ainda que, não tão centrada na
mitologia em si, mas, num plano mais artístico, melhor dizendo, tanto que a própria arte em
determinados momentos já encarava muitos dos deuses do panteão grego, como que, destituídos
de seus poderes e da sua carga de religiosidade, porém, imbuídos de padrões estéticos de beleza.
Mitologia e religião, mitologia e arte, mitologia e a literatura grega, mitologia e a arquitetura, a
mitologia está presente em todo o universo da cultura grega e exportou essas influências para todo
o mundo e, muito particularmente para o Ocidente. Em muitos sistemas religiosos do mundo atual
ainda permanecem histórias de cunho mitológico.
Jorraram a partir dessas fontes um manancial de significados e conhecimentos
simbólicos sobre os mitos que guardam relação com as nossas próprias origens e existências, tanto
que são objetos de estudo até hoje. Os mitos ou muitos deles nasceram em função da busca do
homem pela verdade, embora se revelassem insuficientes para explicá-las. E o fato é que, mesmo
a verdade surgindo com o tempo, de maneira muito lenta mesmo, é que elas irão sendo
incorporadas, e paralelamente sacrificando muitos dos mitos. A verdade surge depois dos mitos, o
que pode ser o mesmo que dizer que sempre haverá mitos em nossa sociedade, até que a verdade
venha à tona. De qualquer forma, a mitologia como um sistema, não terá mais espaço no mundo
moderno, e o que fica claro, portanto, é o quanto podemos aprender com o que ela representou no
mundo antigo, o quanto alguns deles ainda representam, o quanto está na origem de tudo o que
nos cerca. Dizendo isso, não teríamos como não reconhecer o quanto está presente nas religiões,
principalmente ocidentais, ou também na Maçonaria, diluído nos conhecimentos que nos são
repassados, principalmente, por via do simbolismo. É um aprendizado, quando o caminho que
escolhemos é aquele que está nos levando em direção à verdade.
CONSULTAS BIBLIOGRÁFICAS:
Revistas:
NATIONAL GEOGRAPHIC, Julho/2016: “A Grécia do Além e dos Deuses” – Artigo da autoria de
Caroline Alexander.
Livros:
CHAMPLIN, R.N. “Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia” – Hagnos Editora – 9ª Edição - 2008
DOWDEN, Ken. “Os Usos da Mitologia Grega” – Papirus Editora- 1994
GIRARDI, João Ivo. “Do Meio-Dia à Meia-Noite Vade-Mécum Maçônico” – Nova Letra Gráfica e Editora
Ltda. 2008 – 2ª Edição.
MARQUES, Leonardo Arantes & COUTINHO, Emilia Aparecida dos Santos. “Compêndio de Religiões
e Espiritualidades” – Ícone Editora Ltda. – 1ª Edição - 2010
VAROLI FILHO, Theobaldo. “Curso de Maçonaria Simbólica” 1º Tomo (Aprendiz) 2ª Edição – Editora A
Gazeta Maçônica S.A. 1977
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O Ir Mário Jorge Neves
é médico e membro da R:. L:.
Salvador Allende do Grande Oriente Lusitano (GOL)
Lisboa - Portugal
O Rito da Palavra de Maçon
A expressão “Palavra de Maçom” (Mason Word) designa, numa pequena vintena de textos
escoceses e ingleses do século XVII e em cerca de uma dúzia de textos do século XVIII, um rito
maçónico de recepção que consistia em receber em loja um novo maçon com um aperto de mão
durante o qual lhe comunicavam oralmente o nome das 2 colunas, Jachim e Boaz, do Templo de
Salomão.
O desaparecimento progressivo das antigas lojas operativas determinou que o Rito da Palavra de
Maçom tenha conseguido difundir-se rapidamente para substituir o Rito dos Antigos Deveres (Old
Charges).
O conteúdo operativo deste último rito já não se adaptava aos maçons especulativos.
Importa lembrar que o Rito dos Antigos Deveres era um antigo rito operativo e de influência
anglicana que consistia na recepção de um novo maçon em loja, onde lhe eram lidos os antigos
deveres e sobre os quais o recipiendário jurava que os respeitaria.
Referir, desde já, que o Rito dos Antigos Deveres não comportava nem palavras nem sinais
secretos.
De 1637 a 1652 os testemunhos históricos são unânimes em situar a existência do Rito da Palavra
de Maçon na Escócia.
A título de exemplos: o poeta Henry Adanson, em 1638, referiu numa das suas obras (Thrénodie
des Muses) que este rito surgiu em Kilwinning e depois em Perth entre 1628 e 1637 , que eram 2
cidades escocesas de elevada influência calvinista no século XVI; em 1653, Sir Thomas Urquhart
de Cromarty afirmou na sua obra “Logopandecteision” que a Palavra de Maçon servia para fazer
um maçon; em 1663, o reverendo William Guthrie, num dos seus sermões, qualificou-a de sinal; o
reverendo Robert Kirk precisou no seu “Secret Commonwealth” que um dos elementos da Palavra
de Maçon era um sinal secreto fornecido de mão a mão; e em 1696, o Edimburgo referiu-se-lhe
como “a forma de transmitir a palavra de maçon”.
5– O Rito da Palavra Maçom
Mário Jorge Neves
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Este manuscrito de Edimburgo revela que este rito fez parte da loja de Canongate/ /Kilwinning,
contendo 2 elementos rituais combinados e indissociáveis:
• O toque dos 5 pontos do “compagnonnage”.
• Uma palavra de companheiro ou de mestre cuja existência é mencionada, mas não identificada.
Um aspecto historicamente relevante é que a loja calvinista de Kilwinning recusou assinar as
cartas maçónicas dos católicos Sinclair de 1601 e 1628.
Os toques dos 5 pontos era uma ritualização maçónica que se baseava nos 5 pontos do
Calvinismo, doutrina definida no sínodo presbiteriano de Dordrecht que incluía 5 artigos de fé de
que as iniciais sucessivas formavam em conjunto a palavra TULIP: Total depravity;
Unconditional Election; Limited atonement; Irresistible Grace; Perseverance of the saints.
Este rito foi concebido na origem para, por um lado, ser um sinal de comunhão fraternal (aperto
da mão direita, em garra) e, por outro, como uma dupla palavra-passe (Jachim e Boaz).
Os maçons presbiterianos desenvolveram-no sob a forma de um catecismo simbólico para criar
uma arte de memória conforme os princípios do Calvinismo, com um claro significado de
santidade e da sua comunhão apostólica. A sua criação aconteceu num período de perseguição
pelo poder real anglicano, o que determinou o seu carácter secreto.
A partir da chegada ao poder do calvinista Guilherme III, de Orange, em 1688, o secretismo deste
rito deixou de estar motivado por razões político-religiosas, mas unicamente por questões
profissionais de pertença e de independência sociais.
A confirmar este aspecto, importa ter presente o facto de, em 1705, a loja presbiteriana de
Kilwinning definir o rito não do ponto de vista confessional, mas como um previlégio profissional
que era recusado aos cowans, ou seja, aos operários não qualificados.
De 1696 até às Constituições de 1723, surgiram vários catecismos relativos ao rito da Palavra de
Maçom.
A título de exemplo, temos:
• Chetwode Crawley (1700)
• Sloane 3329 (1700)
• Dumfries nº 4 (1710)
• Trinity College (1711)
• Kevan (1714/1720)
• Exame do Maçon (1723)
Ao longo dos vários textos é possível verificar sucessivas modificações em diversos aspectos
deste rito. A primeira modificação foi introduzida pelo Sloane, onde se verificou uma tendência,
que se acentuou posteriormente, de descalvinizar o rito através de um processo de anglicanização.
Enquanto os anteriores catecismos, calvinistas, afirmavam que uma loja se compunha de 12
maçons, numa referência ao modelo de comunhão fraternal fornecido pelo colégio dos 12
apóstolos de Cristo, o Sloane refere que são suficientes 5 ou 6.
Simultaneamente, o Sloane divulga, pela primeira vez, que as letras de mestre são MB. O locutor
proferia a letra M e o interlocutor a palavra B. Estas letras foram deformadas pela grande maioria
dos catecismos onde apareceram como correspondendo às palavras judaico-cristãs de Maha / Byn.
Analisando o documento intitulado ” Eclectismo Maçónico” acaba-se por reconhecer na expressão
“Marrow Bone” a forma credível das letras M B.
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Noutro documento, intitulado “Todas as instituições dos franco-maçons a descoberto”, de 1725, é
mencionada a expressão “Marrow in the Bone” e no Graham, em 1726, aparece como “Marrow in
this Bone”.
Quanto aos toques, os 5 pontos estabelecidos nos catecismos calvinistas eram: pé com pé; joelho
com joelho; coração com coração; mão com mão; orelha com orelha. Alguns catecismos
consideravam que os 5 pontos incluíam a pressão mútua da coluna vertebral, referida como
“backbone”.
O Graham, referiu que os 5 pontos eram: pé com pé; joelho com joelho; peito com peito;
bochecha com bochecha; mão nas costas. Este catecismo possui ainda um outro aspecto de grande
importância ao ser o primeiro a adoptar a reutilização do toque dos 5 pontos para os aplicar ao
levantamento do cadáver de Noé.
Ora, de 1696 a 1725 o toque dos 5 pontos não servia para levantar cadáveres, mas simbolizava
exclusivamente o papel determinante da doutrina do calvinismo na edificação da comunhão
fraternal dos maçons presbiterianos entre eles.
Mais tarde, a Grande Loja de Londres descalvinizou por completo o sentido do toque dos 5
pontos, utilizando-o para a elevação do cadáver de Hiram, como figura alegórica da elevação de
Cristo entre os mortos.
O documento “Exame do Maçon”, publicado em Londres em 1723, contemporâneo das
Constituições, consiste numa abordagem ritual já anglicanizada que ironiza sobre os 5 toques
calvinistas, acrescentando um 6º : língua com língua. Faz menção às 5 ordens de arquitectura
reabilitadas na arquitectura religiosa anglicana pelo arquitecto Inigo Jones, e é o primeiro ritual a
apresentar o arco-íris como modelo de arco da arquitectura.
As referências às ordens de arquitectura e ao arco-íris são elucidativas do seu carácter anglicano,
dado que os presbiterianos, como todos os reformistas religiosos, se caracterizavam pela recusa
categórica de construir santuários materiais religiosos.
Um outro catecismo inserido no rito da “Palavra de Maçon”, surgido em 1727 e denominado
“Wilkinson”, foi o primeiro a mencionar a tríade ” Sabedoria, Força e Beleza”.
É este rito da “Palavra de Maçon” que, na sua essência, é transmitido, em Dezembro de 1714, pelo
pastor escocês e presbiteriano James Anderson aos futuros criadores da Grande Loja de Londres.
Composto no século XVII por 2 graus, aprendiz e companheiro, enquadrados por 1 mestre da loja,
a função de mestre transforma-se na década de 1720 no 3º e último grau.
O rito da “Palavra de Maçon”, já modificado pelo “Exame do Maçon”, acabou por ser adoptado
pela Grande Loja de Londres, em 1723. Esta abordagem ritual procurou introduzir o ecumenismo
confessional e o eclectismo cultural, mantendo os elementos presbiterianos da “Palavra de
Maçon” e acabando, até, de algum modo, por desconfessionalizá-lo pela sua referência á religião
natural.
De facto, a Grande Loja de Londres conseguiu fazer do rito da “Palavra de Maçon” um rito
ecuménico e, sobretudo, filosófico que, sem perder as características essenciais do calvinismo, se
tornou interconfessional e, como tal, universal.
Em 1730, surgiu em Londres a publicação “Maçonaria Dissecada”, da autoria de Samuel Prichard,
que procedeu á divulgação do ritual da Grande Loja de Londres praticado nessa época. Nesta
publicação, que constituiu uma abordagem comentada do rito da “Palavra de Maçon”, foi
efectuado o seu enquadramento histórico com a observação de que antes deste rito existia um
outro rito praticado em conformidade com os antigos deveres operativos.
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CONCLUSÕES:
O Rito da “Palavra de Maçom” constitui a base dos ritos maçónicos mais antigos e cujos
elementos caracterizadores fundamentais ainda hoje perduram, tendo desempenhado a função de
enquadramento da maçonaria especulativa então em grande expansão nos meios aristocráticos,
burgueses e intelectuais.
Este rito é divulgado também na França a partir de 1725 e conheceu igualmente grande
desenvolvimento neste país.
Todo o contexto histórico revela que a luta político-religiosa teve directas repercussões na
evolução do ritual maçónico, determinando, em muitos aspectos, o seu conteúdo e alcance, quer
simbólico quer alegórico.
De origem calvinista, acabou por ser anglicanizado e catolizado, dando lugar mais tarde a uma
concepção ecuménica e conciliadora.
Já o Rito dos Antigos Deveres, textos da maçonaria inglesa, tinham sido primeiro de confissão
católica antes de se tornarem anglicanos a partir de 1534.
O Rito da “Palavra de Maçon” , de acordo com vários dados históricos, é criado entre 1628 e
1637, num período em que as correntes religiosas minoritárias eram alvo de uma repressão
generalizada pelo Poder político-religioso da monarquia inglesa.
Só a partir da aprovação do “Toleration Act”, em 1689, é que foi restituída aos presbiterianos a
sua liberdade de culto.
O conhecimento dos aspectos históricos relativos a este rito mostra que o nascimento e
consolidação da maçonaria especulativa não foram imunes ao meio social, político e religioso
envolvente e que procurou e conseguiu acompanhar essas alterações como forma de assegurar a
sua viabilidade e desenvolvimento no seio das sociedades em acelerada transformação.
Apesar dos princípios desde sempre proclamados quanto á proibição das discussões em loja sobre
assuntos políticos e religiosos, tornam-se evidentes a influência decisiva das concepções religiosas
na elaboração dos aspectos mais elementares dos rituais maçónicos e o maior ou menor peso que
certas correntes religiosas detiveram num dado momento histórico.
O estudo e a divulgação dos diversos aspectos do desenvolvimento da Maçonaria e dos seus ritos
constitui um elemento fundamental na compreensão e manutenção da sua identidade histórica e
filosófica.
Mário Jorge Neves
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O Irmão Pedro Juk,
Produz este Bloco às
Segundas, quartas e sextas-feiras
Loja Estrela de Morretes, 3159 –
Morretes – PR
Irmãos Militares Armados
Em 01/03/2016 o Respeitável Irmão Pharney de Souza Ferreira, Loja Fênix das Araucárias, 4.254,
REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, formula a seguinte questão:
pharneyferreira@gmail.com
Gostaria de esclarecer uma dúvida:
Quando temos em Loja Irmãos que são policiais, militares, etc., e que normalmente portam
armas qual o melhor procedimento acerca disso? É necessário que o irmão deixe a arma com o
Venerável Mestre?
Considerações:
Vamos por parte. A única arma permitida dentro da Loja, de modo litúrgico ou de
formalidade ritualística é a espada - arma branca sem fio que é usada apenas de modo
simbólico na Maçonaria. Agora, armas de fogo, presumo, não fazem nenhum sentido.
A Loja é um canteiro de obras especulativo, cujos utensílios lembram as ferramentas
dos construtores. Assim, um Irmão que por força de ofício na sua vida profana exija dele o porte
de arma, deve antes deixa-la em lugar seguro, mas não na Loja, muito menos com o Venerável
que não tem função de almoxarife responsável pela guarda de armas.
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
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Vou tornar a repetir. Certos procedimentos na nossa vida carecem de bom senso.
Assim, um Irmão militar, ou policial, deve prever antes essa possibilidade, de tal modo que não
precise participar dos trabalhos na Oficina armado.
Irmãos armados em Loja, só se forem os Cobridores ou Expertos que têm a espada
como objeto litúrgico de trabalho. Outra situação que envolva armas de fogo, mesmo que
portadas com discrição, sem dúvida é de péssima Geometria, portanto essa não é uma prática
permitida sob nenhuma justificativa.
T.F.A. PEDRO JUK –
jukirm@hotmail.com -
Mai/2016
Exegese Simbólica para o Aprendiz Maçom
I Tomo - Rito Escocês Antigo e Aceito e Trabalhos de Emulação
Autor – Ir. Pedro Juk - Editora – A trolha, Londrina 2.012 – Segunda Edição.
www.atrolha.com.br - Objetivo – Introdução a interpretação simbólica maçônica.
Conteúdo – Resumo histórico das origens da Maçonaria – Operativa, Especulativa e
Moderna. Apreciação – Sistema Latino e Inglês – Rito Escocês Antigo e Aceito e
Trabalho de Emulação.
Tema Central – Origens históricas do Painel da Loja de Aprendiz e da Tábua de
Delinear. Enfoque – Exegese do conteúdo dos Painéis (Ritualística e Liturgia,
História, Ética e Filosofia). Extenso roteiro bibliográfico.
https://www.trolha.com.br/loja/
21. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 21/30
(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome da Loja Oriente
01.09.1952 Fraternidade Blumenauense nr. 06 Blumenau
05.09.1996 Fraternidade Chapecó nr. 63 Chapecó
08.09.1982 Sentinela do Sul nr. 29 Tubarão
17.09.1986 Universo nr. 43 Florianópolis
17.09.1993 Universo II – nr. 57 Florianópolis
17.09.2000 Universo III nr. 77 Florianópolis
20.09.1991 Acácia da Arte Real nr. 50 Florianópolis
22.09.1982 Fraternidade Josefense nr. 30 São José
25.09.1978 Harmonia e Fraternidade nr. 22 Joinville
27.09.2000 Colunas da Fraternidade nr. 78 Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
03/09/1993 Treue Freundschaft Florianópolis
09/09/1969 Liberdade E Justiça Canoinhas
09/09/1991 Cavaleiros Da Luz Blumenau
16/09/2003 Ordem E Fraternidade Florianópolis
18/09/2009 Colunas Do Oriente Tijucas
20/09/1948 Luiz Balster Caçador
20/09/2008 Acácia Da Serra Rio Negrinho
25/09/2002 Fraternidade Tresbarrense Três Barras
27/09/2010 João Marcolino Costa Sto. Amaro da Imperatriz
28/09/1993 Colunas da Fraternidade Balneário Camboriú
30/09/2010 Triângulo Equilíbrio e Consciência Mafra
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de setembro
22. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 22/30
GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Loja Oriente
01.09.64 Harmonia e Trabalho - 2816 Florianópolis
03.09.05 Retidão e Cultura - 3751 Florianópolis
08.09.04 Cruzeiro do Sul - 3631 Florianópolis
09.09.10 Reg. Guabirubense - 4100 Brusque
10.09.96 Reg. Lagunense - 2984 Laguna
11.09.10 Cruz e Sousa de Estudos e Pesq. do Rito de York Florianópolis
12.09.23 Paz e Amor V - 0998 São Francisco do Sul
12.09.97 Otávio Rosa 3184 São Pedro de Alcântara
15.09.94 Herbert Jurk - 2818 Rio dos Cedros
18.09.10 Frat. Guabirubense - 4116 Brusque
19.09.08 Cavaleiros Templários - 3968 Fraiburgo
22.09.09 Acácia De Itapoá-4044 Itapoá
30.09.93 União Catarinense - 2764 Florianópolis
Amor 2
“De onde vem o amor? Amor é o que nós somos. Amor é
intrínseco à natureza humana. Mas quando perdemos a visão do
fato de que somos amor, nós começamos a olhar para isso fora
nos objetos, pessoas e posses. Mas com entendimento espiritual
eu posso sempre me lembrar de que eu sou uma alma amorosa
e filha da alma suprema,, o Oceano de Amor. Quando eu
conecto com Deus, as qualidades puras de Paz e Amor começam
a transbordar dentro de mim. É o amor de Deus que faz o que
somos. Ele nos ensina a amar a nós mesmos e os outros.”
José Aparecido dos Santos
TIM: 044-9846-3552
E-mail: aparecido14@gmail.com
Visite nosso site: www.ourolux.com.br
"Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamento
23. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 23/30
Sessão de Investidura do Grau 33 - 17/09/2016
Ao
Irmão JERÔNIMO BORGES FILHO
Membro do Consistório dos Príncipes do Real Segredo Xaver Arp Drolshagen
Caríssimo Irmão
Convidamos para participar da Sessão de Investidura do Grau 33, no
próximo sábado, dia 17/09/2016, às 17:00 horas no Templo da Grande Loja,
onde serão Investidos os Irmãos:
- HÉLIO RUBENS BRASIL
- HILÁRIO ALFREDO DRUMM
- JOSÉ MARTINS CARDOSO
- JOSÉ ROSNEI DE OLIVEIRA ROSA
- JOSEMAR FRANCISCO LOHN
- MILTON ANTONIO LAZZARIS
- PAULO AUGUSTO MEIRA DE ALBUQUERQUE
- QUIRINO HAWERROTH FILHO
- RENATO REIS ODEBRECHT
- WILSON CAVALHEIRO JÚNIOR
Após a Sessão, ocorrerá jantar nas dependências da Churrascaria Ataliba,
ao preço de R$ 60,00 mais bebida por pessoa.
Para que possamos organizar o evento, solicitamos informar até o dia
14/09/2016 a participação do Irmão.
A sua participação é muito importante, pois trará muitas energias aos
Irmãos Investidos.
Fraternalmente
ADAIRSO LAERTE NIENKOETTER
Presidente do Consistório dos Príncipes do Real Segredo Xaver Arp Drolshagen
24. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 24/30
Loja Lédio Martins - GOSC
Na noite de segunda-feira (13/09), o Venerável Mestre da Loja Mercosul e obreiro da
Loja Samuel Fonseca, ambas do GOSC, Ir.'. Emílio Espindola, realizou visita a Loja
Lédio Martins, com o objetivo de pedir o apoio para os Irmãos da Loja Samuel
Fonseca que estão concorrendo a cargo eletivo nas eleições deste ano. Em especial, ao
Irmão Gean Loureiro, candidato a prefeito de Florianópolis/SC. Na ocasião, houve
também uma belíssima palestra do Ir.'. Marcos Souza, presidente da AEMFLO-CDL
de São José e membro do Observatório Social da mesma cidade, que explanou sobre a
importância do Observatório Social.
25. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 25/30
Lojas Pensadores Livres realiza Instalação e Posse
Foi realizado no último sábado (10) na Loja Maçonica Pensadores Livres N.4448 –
que trabalha no Rito Moderno, uma cerimônia de Instalação e Posse da nova diretoria
Administrativa onde tomaram posse como Venerável Mestre o Irmão Valter Silveira,
1° Vigilante Williem Barreto, 2° Vigilante Ricardo Ferraz, Orador Adenilson Cunha,
Secretário Valter Bento, Tesoureiro Higaro Gobira e Chanceler Relder Pereira.
A cerimônia foi presidida pelo irmão Maurílio Caldeira com a presença de várias
autoridades maçônicas, dentre elas o Delegado Litúrgico do Rito Moderno para o
Estado da Bahia o Eminente Irmão Cléber T. Viana.
26. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 26/30
Irmão é reconhecido Cavaleiro da Sapiência
Foi realizado no último sábado (10) cerimônia de reconhecimento de grau onde o irmão
Glauber Santos Soares foi reconhecido Grau 9 Cavaleiro da Sapiência, último grau da
hierarquia dos altos corpos do Supremo Conselho do Rito Moderno.
A cerimônia foi presidida pelo Delegado Litúrgico do Rito Moderno para o Estado da
Bahia o Eminente Irmão Cléber T. Viana
27. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 27/30
Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
O Ósculo
Para o dia 14 de setembro
Deriva do latim, significando os Os, boca; traduz-se por “beijo”, do latim basiare ou
“tocar com os lábios”.
Sendo os lábios uma parte muito sensível do corpo, cujo tato vem acentuado para a
seleção dos alimentos, essa sensibilidade transforma-se em afeição.
Na Antiguidade, o beijo era trocado entre os familiares, mais tarde, significava
honraria; é uma das expressões mais ativas do sexo.
Em alguns ritos maçônicos, subsiste o ósculo da Fraternidade, que é depositado pelo
dirigente da cerimônia na fronte do Neófito.
A intenção do ósculo é “tocar” a mente, para apor-lhe o “selo místico”. Beijar,
maçonicamente, é “selar”.
O beijo fraterno entre Irmãos, aqui no Brasil, proveio da Europa, onde os amigos
saúdam-se por meio do ósculo; esse costume surgiu nos países árabes.
Socialmente, o ósculo é praticado em alta escala e demonstra afeto e carinho; sem
qualquer malicia, é aposto nas faces.
O calor do aperto das mãos, o abraço e o ósculo são expressões comuns, que não
escandalizam, mas estreitam uma amizade.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 276.
28. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 28/30
Fachada da Loja Maçônica Vale das Antas nº 3138, da cidade de Anápolis GO
29. JB News – Informativo nr. 2.174 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 14 de setembro de 2016 Pág. 29/30
1 –
Teste: Você se considera realista ou idealista?
Saiba agora!
2-
Assim é quando voz e música complementam-
se perfeitamente!
3 –
Um século dançante! Que desempenho
impressionante!
4 –
Esses pássaros deslumbrantes vão colorir o
seu dia!
5 – As verdades de Charles Chaplin:
AS VERDADES DE CHARLES CHAPLIN ( By Don Patro)1.ppsx
6 – Maçons e a Revolução:
111 - Maçons e a Revolução.mp4
7 – Filme do dia: (Busca Explosiva 4) - Ação e Suspense - Dublado
https://www.youtube.com/watch?v=5Fe-3gcF3kE
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O Irmão Adilson Zotovici,
É obreiro da Loja Chequer Nassif-169
de São Bernardo do Campo – GLESP
adilsonzotovici@gmail.com
PROCURA-SE
Requer a nossa labuta
Pra preencher o canteiro
Homem de senda impoluta
Obstinado obreiro !
Ser de ilibada conduta
Um hábil livre pedreiro
Vez que a obra é dura luta
Ao valente cavaleiro
Pois postura resoluta
Nosso labor sobranceiro
Desde quando se debuta
A transformar por inteiro
Uma rica pedra bruta
Em brilhante verdadeiro !
Adilson Zotovici
ARLS Chequer Nassif-169
São Bernardo do Campo - GLESP