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JB NEWS
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Editoria: Ir Jeronimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro
Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário
Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário
Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente
Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte
O JB News saúda os Irmãos leitores de Lavras – MG (do Ir João Luiz)
(Publique aqui a imagem de sua cidade: jbnews@floripa.com.br)
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.322 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Bloco 1-Almanaque
Bloco 2-IrJeronimo Borges – Voltaire, o Irreverente (homenagem aos 239 anos de sua Iniciação)
Bloco 3-IrCleverson Julião – Coríntios – As Divisões da Igreja
Bloco 4-IrDiógenes de Sínope – Lojas de São João
Bloco 5-IrKennyo Ismail – Os Calendários Maçônicos e suas corretas aplicações
Bloco 6-IrH.L.Haywood – Os Grandes Ensinamentos da Maçonaria – ( do Site O Ponto Dentro do ...)
Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 7 de fevereiro e hoje com versos do Irmão e Poeta
Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 2/33
O JB News Errou!
Na edição anterior, nr. 2.320, foi publicado o artigo “A Bíblia de
Jefferson”, como sendo do Irmão Hercule Spoladore.
O texto não é do ilustre colaborador dominical do JB News, que
imediatamente ao receber o informativo nos intercedeu, e que também
desconhece de quem seja a autoria.
Lamentamos pelo grande equívoco e pedimos desculpas ao Irmão Hercule
pela publicação involuntária de seu nome naquele artigo. Torne sem efeito de
seus arquivos a autoria daquele artigo.
Hercule Spoladore – A Bíblia de– A Bíblia de Jefferson
Hercule Spoladore – A Bíblia de Jefferson
Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 38º dia do Calendário Gregoriano.
Faltam 327 dias para terminar o ano de 2017
- Lua Quarto Crescente –
Dia Nacional do Gráfico
É o 128º ano da Proclamçaõ da República;
195º da Independência do Brasil e
517º ano do Descobrimento do Brasil
Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço
eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado.
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 3/33
7 de fevereiro
1778 – Iniciação de Voltaire 1857: Gustave Flaubert é absolvido da acusação contra
Seu livro Madame Bovary, considerado imoral.
 457 — Coroação de Leão I, o Trácio.
 1550 — Eleito o Papa Júlio III, sucedendo ao Papa Paulo III.
 1756 — É assassinado Sepé Tiaraju, líder da resistência dos Sete Povos das Missões.
 1778 — Voltaire é iniciado na Maçonaria, numa das cerimônias mais brilhantes da história da maçonaria
mundial.
 1785 — Descoberta da galáxia NGC 4038 por William Herschel.
 1792 — Tabela cronológica da Revolução Francesa: aliança entre Áustria e Prússia.
 1821 — História da Antártica: o caçador de focas estadunidense, capitão John Davis faz o primeiro
desembarque no continente.
 1857
 Fundação dos condados de Alpena e Antrim.
 Gustave Flaubert é absolvido da acusação contra seu livro Madame Bovary, considerado imoral.
 1900 — Formação do Partido Trabalhista do Reino Unido.
 1923 — O dia do gráfico é comemorado nesta data em função da grande greve dos operários gráficos de S.
Paulo dirigida por João da Costa Pimenta.
 1944 — Segunda Guerra Mundial: Em Anzio, forças italianas lançam uma contra-ofensiva.
 1969 — AI-6: são realizadas 33 cassações, dentre elas de 11 deputados da Arena.
 1974 — Independência de Granada.
 1992 — Tratado de Maastricht: assinado em Maastricht o tratado que institui a União Europeia.
 1996 — Letsie III assume o trono do Lesoto.
 1999 — Exploração espacial: lançamento da sonda espacial Stardust.
 2004 — O Legislativo do Sri Lanka é dissolvido.
1809 Nasce na vila do Desterro João Nepomuceno de Menezes. Foi capitão-de-mar-e-guerra da
Marinha do Brasil e participou das lutas no Prata.
1869 Instalação do município de Joinville, criado pela Lei nº 566 de 15 de março de 1866.
1893 Inauguração da estação meteorológica de Santa Catarina.
1969 Morre, em Florianópolis, o professor latinista Custódio Francisco de Campos. Era natural de São
José, onde nasceu a 12 de novembro de 1895.
EVENTOS HISTÓRICOS
(Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
Fatos históricos de santa Catarina
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 4/33
1768 Fundada em Genebra a Loja L’Union des Coeurs (União dos Corações) a mais antiga Loja suíça a
preservar suas Atas.
1778 Iniciação de Voltaire na Loja Les Neuf Soeurs, de Paris (veja artigo no Bloco 2)
1821 Fundação do GC MRA do Estado de Maine – USA.
1861 Fundado o Supremo Conselho de Santo Domingo, na República Dominicana.
1944 Bem depois da Loja Liberté chérie foi uma das poucos Lojas Maçônicas fundadas dentro de um
campo de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial.ter sido criada, chegou
ao Campo de Concentração o Maçom: Em 7 de Fevereiro de 1944, Jean Baptiste de Schryver (1903-
1945), Coronel, um membro da Loja "Liberté" de Gand, Bélgica.
1965 Maçons da Loja Discípulos de Hiram, de Porto Rico, paramentados, assistem à missa celebrada na
igreja Santa Bernadete.
1981 Fundação da Grande Loja do Alaska F & AM – USA
1997 Fundação da Loja Luz e Fraternidade nr. 3018 – jurisdicionada ao GOB/MS
2000 Fundação da Loja Obreiro da Paz nr. 3285 – do GOB/PB
2012 Fundação da Loja Caminho da Luz nr. 4204 (GOB/MG)
2013 Fundação da Loja Acácia de Candewias nr. 4257 (GOB/MG
O “Templar Bier” nos Ingleses, à rua geral nr. 6040,
é o novo ponto de encontro dos Maçons de Florianópolis.
Fatos maçônicos do dia
Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
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Ir Jeronimo Borges
V.M. da Loja Templários da Nova Era nr. 91
Academia Catarinense Maçônica de Letras
Editor do JB News
(jbnews@floripa.com.br)
Decorrem-se hoje 239 anos da iniciação de um dos
mais ilustres Maçons. Voltaire. Em sua homenagem,
uma conglomeração de informações, com
um pouco de sua história, de sua genialidade, de
sua têmpera irreverente e de sua
Extraordinária Iniciação
François-Marie Arouet –Voltaire
(1694-1778)
Voltaire, o Irreverente
Voltaire é o pseudônimo de François-Marie Arouet. Nasceu nos arredores de Paris no
dia 21 de novembro de 1694. Foi filho de um tabelião e de uma mãe culta, aristocrática, criada
no requinte de uma educação francesa.
Para o escritor José Maurício Guimarães, essa data deveria ser proclamada feriado
mundial para que todos refletissem sobre honestidade, requinte e distinção de porte.
Voltaire era um homem extremamente radical contra os desonestos e os de mau caráter,
insurgindo-se com esse pessoal do seu tempo, com ironias e zombarias, através de artigos em
panfletos jocosos.
2 – Voltaire, o Irreverente
Jerônimo Borges
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 7/33
Suas ideias, como o sistema imparcial de justiça criminal, liberdade religiosa, leis
tributárias mais justas, educação laica, liberdade de imprensa e redução dos privilégios da
nobreza e do clero, repercutem até hoje no mundo civilizado.
Voltaire era um deísta e reconhecia admitir Deus, mas sem a necessidade de práticas
religiosas.
Existem centenas de frases atribuídas a Voltaire sobre sociedade, caráter, justiça,
felicidade, ambição, inteligência, amor, ambição, e até mesmo dedicadas à Rousseau, seu
maior rival.
Por falar em Rousseau, veja algumas Coincidências entre ambos:
- Rousseau nasceu em Genebra. Voltaire refugiou-se em Genebra, comprou uma casa que foi
transformada mais tarde no Instituto e Museu Voltaire; ambos foram filósofos, teóricos políticos,
compositores, escritores, poetas. Só que Rousseau, era autodidata; foram colecionadores de
amantes; no antagonismo, Rousseau gostava de conviver com as elites. Voltaire as detestava;
ambos amavam a natureza e a botânica; foram perseguidos politicamente, refugiaram-se na
Suíça e moraram na Inglaterra; amavam e lutavam ferozmente pela liberdade;
O Contrato Social, publicado em 1762, despertou muita admiração de Voltaire, embora
permanecesse a rivalidade; as ideias de ambos tiveram reflexos na Revolução Francesa,
principalmente voltadas à liberdade; faleceram no mesmo ano (1778) e seus restos mortais
repousam no Pantheón de Paris.
Voltaire também foi dramaturgo, historiador, epistológrafo (pessoa que escreve muito
e coleciona suas próprias cartas); prosador e livre pensador, cultivando todos os gêneros: a
tragédia, a poesia, a história, o conto, a crítica, a epopeia, mas principalmente a filosofia, como
filósofo iluminista.
Seu papel histórico baseia-se em seus escritos críticos e suas sátiras, em que ataca
violentamente o governo francês de todas as épocas, e, em particular, a Igreja Católica.
Voltaire foi franzino durante a infância e teve saúde fraca durante toda a vida.
Revelou talento literário e sensibilidade poética logo na infância. Aos 7 anos de idade ficou
órfão de sua mãe. O abade de Châteneuf, seu padrinho de batismo, contribuiu em parte com
sua educação, mostrando-lhe, inclusive, orientações religiosas.
Entretanto, o pai de François, queria um futuro prático para o filho. Achava que a
literatura não rendia dinheiro nem prestígio. Com o intuito de tornar o filho advogado do rei,
coloca-o num colégio jesuíta.
Voltaire estudou com os padres jesuítas que lhe ensinaram a dialética, arte de
dialogar progressivamente, para provar as coisas. Ele discutia teologia com os professores,
que reconheciam nele um jovem “de muito talento, embora um patife notável”.
Voltaire comprou seus primeiros livros com a herança de uma senhora que havia
visto nele um futuro cultural brilhante. Com a doação desses livros e com a tutela do abade
padrinho, expandiu sua educação.
Voltaire, no entanto, muito cedo, introduziu-se numa vida desregrada e boêmia de
Paris.
Ele conheceu escritores, poetas e cortesãos. Ficava na rua até tarde divertindo-se
com fanfarrões, cortejando e colecionando mulheres. Seu pai, homem sério, não via com bons
olhos as atividades do filho. Assim, manda-o para a casa de um parente, para mantê-lo quase
preso. Mas o parente, quando o conhece, gosta tanto de Voltaire que lhe dá liberdade total.
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 8/33
Voltaire começou seus estudos no Colégio de Clermont, depois chamado Lycée
Louis Le Grand, em homenagem a Luiz XV. É uma instituição pública de ensino secundário e
superior, localizada em Paris, até os dias de hoje.
Em 1713, aos 19 anos seu pai arranja para que se torne pajém (jovem serviçal) do
marquês de Châteauneut (Chatonê) que é irmão de seu padrinho. Voltaire, parte, então, em
missão diplomática com esse embaixador para Haya, Holanda. É a sua primeira viagem e
aventura pública na vida, servindo-se como secretário particular.
Luís XIV, conhecido como "Rei-Sol", foi um monarca absolutista da França. A ele é
atribuída à famosa frase: "L'État c'est moi", o que ensejou veladas críticas de Voltaire, com
repercusssão além fronteira, o que desagradou todo o governo francês.
Felipe de Orleãs, nessa época, torna-se regente. François-Marie escreve os
primeiros contos e libera sua veia satírica, não o perdoando. Como consequência recebe a sua
primeira reprimenda. É exilado de maio a outubro de 1716 no exílio de Sully-Sur-Loire. Em
1718 começa a usar o nome de Voltaire, pela primeira vez, marca indelével que o consagrou
pelo resto da vida. A adoção do nome «Voltaire» após ter estado encarcerado na Bastilha foi
visto como para marcar uma separação formal de Voltaire da sua família, e do seu passado.
Aos 22 anos, acusado de escrever sobre sátira ao regime, Voltaire foi condenado
novamente ao exílio. Em 1719 viria forçosamente a ser seu hóspede novamente, por novas
críticas ao regime.
Depois de uma briga com Chevalier de Roham-Chabot, Voltaire é espancado pelos
servos dele. A fúria de Chevalier faz com que ele seja posto na Bastilha, sendo solto depois de
um mês, sob a condição de deixar Paris. Parte, então para a Inglaterra.
Tendo aprendido o inglês muito bem, em Londres, conseguiu desenvolver sua
intelectualidade. Relaciona-se com os mais proeminentes personagens literatos da Inglaterra.
Admira-se com a liberdade de expressão dos ingleses, que escrevem o que querem. A filosofia
inglesa, que vinha desde o início da modernidade, com Bacon, Hobbes e Locke e os deístas, o
agradou. Estuda a fundo a obra de Isaac Newton, e mais tarde propaga suas ideias na França,
com as Cartas filosóficas, de 1734, provocando enorme escândalo.
Aos 42 anos começa a corresponder-se com Frederico da Prússia, que viria a ser
Frederico II, tornando-se rei da Prússia e seu particular amigo.
Por causa de uma interpretação de um ponto da teoria newtoniana, Voltaire polemiza
com um protegido do rei, Malpertuis, presidente da academia de Letras de Berlim. Voltaire
dirige seu ataque a Malpertuis num panfleto intitulado Diatribe du Docteur Akakia.
A desavença com Frederico piora e Voltaire deixa Berlim. Quando vai para a França,
descobre que está proibido de entrar em Paris. Não aceito nas cortes de Paris e Berlim,
procura casa na região de Genebra e Lausanne.
Adquire em Genebra uma propriedade chamada “As delícias”. Ali ele termina suas
maiores obras históricas: um ensaio sobre o costume e o espírito das nações e sobre os
principais fatos da história, de Carlos magno a Luís XIII. Escreveu mais de 2 mil panfletos
políticos.
Em 1778 Retorna a Paris em fevereiro, pela primeira vez desde 1750.
É iniciado na Loja “Les Neuf-Soeurs” no dia 7 de fevereiro daquele ano, com a idade
provecta de 84 anos.
Algumas iniciações marcaram história. Nem tanto pelo modo incomum, mas pelos seus
personagens ilustres.
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 9/33
O Imperador Francisco I da Alemanha, por exemplo, marido de Maria Thereza,
apresentado pelo escritor e político inglês Philip Chesterfield, foi elevado a Companheiro no
mesmo ato de sua Iniciação, em 1731.
O astronauta Glenn Jr. nascido em Cambridge, Ohio, teve o beneplácito do Grão-Mestre
da Grande Loja de seu Estado natal, que usando das prerrogativas do Landmarks, fê-lo maçom
sem a cerimônia formal da Iniciação.
No Brasil, D. Pedro foi iniciado em 2 de agosto de 1822 com a justificativa de que acima
dos formalismos, estavam os anseios dos patriotas brasileiros.
Foi Gonçalves Ledo, Primeiro Vigilante, que propôs à Loja “Comércio e Artes”, em
sessão extraordinária presidida por ele três dias depois, que D.Pedro de Alcântara, já Aprendiz,
fosse elevado e exaltado com dispensa dos interstícios naturais, resultando, logo em seguida,
sua investidura como o segundo Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, substituindo
sumariamente a José Bonifácio.
No entanto, a mais fascinante das iniciações da maçonaria universal ocorreu em Paris
na Loja “Les Neuf-Soeurs”, com a iniciação de Voltaire na tarde/noite de 7 de fevereiro de
1778.
Essa Loja era um verdadeiro celeiro cultural onde se destacavam, além de seu
fundador Lalande, o filósofo Diderot, o químico Fourcroy, o físico e estadista norte-americano
Benjamin Franklin, que atuou como Experto na Iniciação de Voltaire, os astrônomos Pierre
Simon Laplace, Dignitário do Grande Oriente de França e Jean Le Rond D’alembert, os
naturalistas Daubenton e Lamarck, o grande matemático e filósofo Condorcet, o cientista
Joseph Ignace Guilhotin, além de poetas, escritores e intelectuais da França, Itália, Inglaterra e
Alemanha, entre outros.
Voltaire foi levado ao Templo por Benjamin Franklin e Court de Gebelin.
Encontravam-se os representantes da Imperatriz Catarina da Rússia e do Rei
Frederico II da Prússia, além das representações de embaixadas especiais compostas por
notabilidades da Inglaterra, Itália e Estados Unidos. Mas, em fim, era tão somente Francisco
Maria Arouet, Voltaire, o demolidor de preconceitos, a maior cultura daquele Século, que iria
ser iniciado. Destacavam-se ainda, damas da alta nobreza empunhando estandartes das Lojas
“Felicitarias” e “Linfas da Rosa”, do Rito de Adoção que ocuparam lugar de destaque no
Oriente da Loja.
Em certo momento surge vagarosamente o octogenário Voltaire, amparado nos
braços de Franklin e Gebelin, sob os olhares atentos da plateia e uma chuva de frenéticos
aplausos. Não lhe vendaram os olhos nem tampouco o submeteram às provas de costume.
Afinal era Voltaire, orgulho da Europa. Recebeu-o o Venerável Mestre Joseph Jérôme
Lalande, na presença de 230 maçons.
Lalande desceu do trono abraçando-o profundamente emocionado. Colocou-o numa
cadeira de espaldar sobre um estrado triangular no centro do Templo. Foi uma das cerimônias
mais brilhantes registradas pela Maçonaria.
Lalande proferiu as palavras sacramentais que consagraram o candidato na plenitude
de todos os direitos maçônicos. Enfim, estava sendo iniciado o maior gênio daquele Século.
Benjamin Franklin, várias vezes Grão Mestre da Grande Loja de Pennsylvania, abraçou-o
demoradamente. Era o abraço do “Novo e Velho Mundo” provocando nova ovação.
A Iniciação de Voltaire motivou a maior explosão da História da Humanidade
estremecendo até mesmo o trono de Luiz XVI, com a presença dos embaixadores de Catarina
e Frederico II, o Grande.
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 10/33
Era o prenúncio do final da tirania e do absolutismo, antecipando à Revolução Francesa,
que absorveu muitas de suas ideias.
A sua Iniciação já alcançando o 3º. Grau, não foi um pedido de Voltaire. O privilégio, é
que foi estendido em homenagem ao maior expoente vivo daquela época.
Voltaire foi revestido com o avental que pertenceu a Claude Arien Helvetius, filósofo e
literato francês, membro da Loja, e que fora cedido, para a ocasião, pela sua viúva. Comovido,
Voltaire beijou o avental.
Primeiro falou Lalande, o Venerável Mestre. Seguiram-se, ao após, as orações dos
embaixadores de Catarina e de Frederico II. Depois discursaram Laplace e Diderot.
Finalmente falou Voltaire.
Falou num improviso contagiante durante duas horas com palavras ora irônicas, ora
proféticas, sob o silêncio sepulcral dos presentes.
Enfim, Voltaire iniciado. Voltaire Maçom.
Voltaire declamando para Frederico II ,
seu particular amigo.
Voltaire adoece algumas semanas depois e vem a falecer a 30 de maio daquele mesmo
ano de 1778, pouco mais de três meses, após sua iniciação maçônica.
Não podendo ser enterrado em solo consagrado, seu corpo é levado às escondidas
de Paris, à noite, para Champagne. Foi atendido pelo Abade Gautier. Deixou escrito que morria
“adorando a Deus e a meus amigos, sem odiar meus inimigos e detestando a superstição”.
Recebe um enterro cristão na abadia de Sullières, em Champagne.
Sua biblioteca foi comprada por Catarina II, sua grande devota, sendo enviada por
barco de Farney a São Petersburgo, onde permanece na biblioteca nacional da Rússia.
De 1784 a 1789, uma edição completa dos escritos de Voltaire é publicada em 70
volumes (a dita edição Kehl), sob a direção do dramaturgo Pierre de Beaumarchais.
Em julho de 1791, em uma grande cerimônia revolucionária, os restos de Voltaire são
trazidos de volta a Paris e colocados definitivamente no Pantheón de Paris, no Quartier Latin.
Estão escritas na base da estátua as seguintes palavras: “Ele nos ensinou a sermos
livres”
Abaixo, dois registros de 4 de abril de 2013, quando visitamos a tumba onde se
encontram os restos e a estátua de Voltaire, no Pantheón, (Quartier Latin) em Paris.
Um irônico destino com Rousseau seu mais ilustre e mordaz adversário. Além de
morrer no mesmo ano que Voltaire, as duas tumbas e estátuas estão bem em frente uma da
outra.
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 11/33
Nossa visita à tumba de Voltaire, em 04.04.2013.(Expedição maçônica/2013)
A tumba de Voltaire em outro ângulo (foto JB News).
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 12/33
Bibliografia:
Voltaire, François Marie A. De L&pm – Livraria Saraiva -
Compêndio da Cambridge sobre Voltaire, de Nicholas Cronk – Edit. Madras
Artigo - Voltaire, Ir E. Figueiredo
La Philosophie de Voltaire , de C. Porset – Livraria Saraiva
Histoire de France – História de França – Marc Ferro – Edições 70, Ltda. Lisboa – Julho de
2011.
Do Meio-Dia À Meia-Noite – Vade-Mecum Maçônico, de João Ivo Girardi -2006
L’Énigme Sacree, de Michel Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, Paris, 1993.
La Franc-Maçonnerie, Musée d’Aquitaine, Dervy, 1994 (Exposition réalisée avec le concours
de la Bibliothèque nationale)
Nos Bastidores do Mistério, de Adelino de Figueiredo Lima –Spiker (Rio) 1953
Artigos pessoais e do JB News.
Internet:
da Biblioteca Numérica (ou seja Digital) de Sceaux, França:
http://bibnum.sceaux.fr/node/93 (
Voltaire, Vida, Iniciação e Morte - Ir José Maurício Guimarães:
Htpp://zmauricio.blogspot.com
Arquivo JB News:
http://www.francmaconcollection.fr/1-VOLTAIRE-FRANC-MACON/tablier-maconnique-de-voltaire.php
http://gremioestreladalva.blogspot.pt/2010/04/voltaire-nome-simbolico.html
http://www.revistauniversomaconico.com.br/capa/o-enciclopedista-voltaire/
http://www.obreirosdeiraja.com.br/voltaire-apenas-tres-meses-de-maconaria/
http://www.gadlu.info/macon-celebre-voltaire.html
http://www.hiram.be/Voltaire-et-la-Franc-Maconnerie-sous-l-eclairage-des-Rituels-du-temps_a6425.html
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Ir Cleverson Julião – CIM 236636
Gr. 33º e MI da Loja Luzes de Iguabinha nr. 3073
Araruama - RJ
1. CORINTIOS
As Divisões na Igreja
10
Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que
concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões
entre vocês; antes, que todos estejam unidos num só pensamento e num
só parecer.
11
Meus irmãos, fui informado por alguns da casa de Cloe de que há divisões
entre vocês.
12
Com isso quero dizer que algum de vocês afirma; “Eu sou de Paulo”; ou
“Eu sou de Apolo; ou “Eu sou de Pedro; ou ainda “Eu sou de Cristo”.
Este belíssimo texto extraído das Sagradas Escrituras - Novo Testamento – leva-nos, de início,
a interpretá-lo literalmente trazendo-o, em seguida, para os dias de hoje, dias difíceis,
conturbados, violentos, onde o desamor aflora, abruptamente, e a concorrência, sob todos os
aspectos, é válida mesmo se praticada de forma desonesta, baixa, antiética, ultrapassando
valores antigos, que ainda se perpetuam, como por exemplo os usos e costumes.
Para falarmos em Igreja, há a necessidade de entendermos os seus mais simples significados.
A palavra advém do latim ecclesia. É um templo cristão, o local da pregação dos ensinamentos
de Cristo, obedecendo os princípios da ética cristã (os morais exemplificando) e que são
derivados da fé cristã e pelos quais agimos. É o conjunto de fiéis unidos pela mesma fé e que
celebram as mesmas doutrinas religiosas. É uma comunidade composta por cristãos, formando
um corpo social organizado, instituído por Jesus Cristo. Na Sociologia, Igreja é um determinado
grupo religioso organizado e institucionalizado. É uma sociedade cujos membros representam
da mesma maneira o mundo sagrado e suas relações com o mundo profano. Como grupo, uma
igreja abrange uma comunidade dos que creem e, geralmente um corpo de sacerdotes, seja
ele hierarquizado ou não. Como instituição, a igreja representa um sistema de preceitos
dogmáticos, ritos e crenças. Preceito dogmático expressa a qualificação de alguém como
seguidor de um dogma – dogmatismo – ou seja um indivíduo que aceita determinada coisa
como uma verdade absoluta e não abre espaço para discussão. Rito é originário do latim ritu,
tendo vários sentidos. No sentido mais geral, é uma sucessão de palavras e atos que, repetida,
compõe uma cerimônia seja ela religiosa ou civil. Já a crença, é a convicção de que algo é
3 – Corintios – As Divisões na Igreja
Cleverson Julião
JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 14/33
verdadeiro e certo. É uma avaliação pessoal que pode ser baseada em elementos racionais ou
em uma sensação interna.
O ato de suplicar ou de rogar de Paulo, anuncia a sua preocupação primária em manter a
unidade da Igreja. Ele tinha ouvido (vs.11-12) que essa unidade em Corinto (cidade do
município de Corinto, na unidade regional da Coríntia, região do Peloponeso, Grécia) tinha sido
quebrada. Havia na comunidade, espírito de dissenção.
Cloe citada, não possui histórico conhecido supondo-se que foi uma cristã com influência
provavelmente membro da Igreja em Corinto. Os “alguns” mencionados por Paulo é que
afirmaram haver, à época, divisões no seio da Igreja afirmando, ainda, quais eram as correntes,
porque não dizer ideológicas, abraçadas por seguidores de Paulo, de Apolo, de Pedro ou
ainda de Cristo. A idéia central, como se denota, explicita a necessidade de união num
contexto de um só pensamento e um só parecer.
As divergências pessoais, e em grupo, sempre existiram e, existirão haja vista que o homem,
animal racional, é por natureza rebelde, subversivo na sua essência, contestador, divergindo,
muitas vezes, do próximo para fazer, a todo custo, prevalecer a sua opinião. Posições
divergentes, defendidas em comunidades, grupos, objetivando não a unidade mas a
desagregação social são notórias. Entretanto, a mensagem bíblica no meu pensar obriga-nos a
refletir democraticamente que a divergência, a contrariedade, fazem parte do cotidiano, desde
que respeitosa. A desagregação, ocorre no momento que as retromencionadas ideologias
afloram, defendidas por ardorosos representantes sociais que não são favoráveis à
harmonização, a idéia única mesmo lapidada por manifestações desordenadas tornando-se
impossível avistar-se um caminho racional, de luz, que alinhave o bem estar e a felicidade dos
homens. E a Igreja pela sua história e, importância, também sofreu e, por que não dizer sofre
com colisões internas, muitas vezes de difícil equacionamento. O homem, independentemente
da sua formação é possuidor de vaidades próprias, de egos elevados, de razões por ele
criadas, muitas vezes totalmente irracionais e incoerentes, “princípios” que o tornam difícil no
relacionamento, tratando única e exclusivamente de si, de seus próprios interesses, de seus
objetivos, metas, atropelando qualquer um que dele discorde ou derrube os seus argumentos
pela via democrática e não impositiva. Esse homem incoerente cria “uma verdade real” da qual
não abre mão. Tudo isso assistimos diuturnamente, mesmo incorporando o preceito
constitucional da Carta Política de 1988 da ampla defesa e do contraditório. A convivência, no
mundo contemporâneo é assaz difícil mas devemos lutar no bom combate, usando sempre de
nossa oralidade, ou da palavra escrita por mais singela que for para trazer a unidade tão
necessária, imprescindível à sociedade afastando dos segmentos sociais em que vivemos os
chamados “donos da verdade”, na maioria das vezes opacos por natureza e, voltados somente
para as trevas. À todos eles nossas intensas e robustas orações para que as divisões
tracejadas, de forma desleal e objetivos espúrios não prosperem e, sim prospere a unidade que
se sobreponha, sempre, à divisão, tudo sob a égide do Criador.
BIBLIOGRAFIA:
Bíblia Vida Melhor – LÍDER – Nova Versão Internacional – Thomas Nelson – Brasil.
Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã – Sociedade Bíblica do Brasil.
Conceitos.com/crença
www.significados.com.br/dogmática.
www.gotquestions.org
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Ir Diógenes de Sínope
MM Loja Salvador Allende (GOL)
Lisboa - Portugal
Lojas de São João
MM.’.QQ.’.IIr.’. Este não vai ser um traçado de instrução por isso implicar um estudo
profundo dos factos históricos, simbólicos e ritualísticos relacionados com o tema que vos vou
propor. Vai ser, apenas, uma lasca da pedra bruta a ser burilada com a finalidade de
enriquecer a mim próprio e a todos os MM.’.QQ.’.IIr.’. se assim o desejarem.
Tradicionalmente, as Lojas Azuis são chamadas de Lojas de S. João, bem expressas nos
trabalhos do Grau de Apr.’. que todos sabem de cor e salteado.
E logo várias perguntas se impõem: por que razão são assim designadas numa época
em que a F-M se exibe laica e não enfeudada à religião? Porquê a razão de os F-M celebrarem
os dias festivos de 24 de Junho e 27 de Dezembro? Porquê, seguindo a tradição operativa do
reconhecimento entre IIr.’. com perguntas e respostas, eles respondem que …vêm de uma Loja
de S. João…?
Por questões de metodologia abordarei este assunto, primeiro sob a perspectiva dos
factos históricos e de seguida as possíveis interpretações simbólicas e ritualísticas.
1-FACTOS HISTÓRICOS
Começo por vos dizer que, segundo alguns estudiosos da tradição maçónica, a 1ªLoja,
ou Loja Mãe, foi convocada em Jerusalém dedicando-se a S. João, primeiro o Baptista, depois
o Evangelista e, posteriormente, a ambos (não há documentos históricos que o comprovem,
apenas lendas). Sendo esta a convicção dos que afirmam a grande influência da tradição
judaico-cristã na tradição maçónica, quero crer que devemos ir mais além (neste caso mais
atrás recuando aos factos percursores da referida tradição judaico-cristã) por haver poucas
dúvidas que as celebrações de 24 de Junho (o Baptista) e 27 de Dezembro (o Evangelista) têm
como base as festas pagãs dos solstícios onde eram celebradas, quer a regeneração (ou um
2ª nascimento) quer o caminho entre os ciclos, sendo mesmo considerados como o
Conhecimento em todas as civilizações pré-abraâmicas. Zénite e Nadir, afirmavam os que
conheciam as Leis dos Astros mas a dinâmica espácio-temporal não se ateve à materialidade
prosseguindo o seu correlato (a espiritualidade) numa senda que nos obriga a recordar a
história de cada S. João que a F-M adoptou.
Primeiro S. João Baptista, filho de Zacarias e Isabel (prima de Maria), ambos estéreis,
logo considerado o seu nascimento como um milagre pois não era esperado, atribuíram-lhe o
papel de percursor dos caminhos de jesus, o Cristo, baptizava no Rio Jordão, pregava a
renúncia, o arrependimento, a fraternidade, justiça e o combate à tirania tornando-se mártir.
4 – Lojas de São João
Diógenes de Sínope
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A seguir, S. João Evangelista, filho de Zebedeu e Salomé, pescador como Pedro, torna-
se apóstolo (íntimo de jesus, o Cristo), autor do 4º Evangelho e Apocalipse transformando o
pensamento de deus em imagens literárias criativas como os célebres…no princípio era o
Verbo ou a voz do divino é como mugido de muitas águas…
A relação de S. João, Baptista e Evangelista, com a F-M provém dos chamados tempos
operativos sendo a mais antiga referência datada de 1427 através de um manuscrito em latim,
perdido em Oxford, que diz terem os pedreiros-livres protestado no dia de S. João Baptista
contra uma ordem emanada do parlamento inglês a suprimir as assembleias dos maçons.
Posteriormente, em 1502 (na ocasião da colocação da primeira pedra da Catedral de
Westminster) há um registo de uma reunião de uma Grande Loja, presidida pelo Rei Henrique
VII, no dia de S. João Baptista. Em relação a S. João Evangelista há um registo nas Acta
Latomorum no dia 27 de Dezembro de 1561 em que os militares enviados pela Rainha Isabel I
para dissolver as assembleias de pedreiros-livres foram iniciados por estes informando
posteriormente a Rainha das boas práticas e costumes dos maçons, ao ponto de aquela mudar
a sua opinião e se tornar protectora dos mesmos.
Mas é no período dito especulativo que documentos e referências proliferam.
Encontramos o 1º testemunho na Constituição da Grande Loja de Londres em 1717 que diz ser
no dia de S. João Baptista que as 4 lojas de Londres se reúnem em assembleia para eleger o
Grão-Mestre. Outro testemunho é, após a eleição de John Montagu (o 1º Aceito a ser eleito
Venerável), a constatação das datas de 24 de Junho e 27 de Dezembro no Artigo 22º dos
Regulamentos Gerais publicados pelo pastor Anderson como celebrações dos maçons. Há
ainda um relato de R. F. Gould em 1704 em que se fixava a data de 24 de Junho para a eleição
do Grão-Mestre e a de 27 de Dezembro para os AApr.’. serem admitidos e aceitos. Uma
referência ainda aos Templários que escolheram para patrono S. João Evangelista e quando
estes foram banidos os seus sucessores, os Hospitaleiros, mantiveram o culto de S. João.
2-SÍMBOLOS E RITUAL
Para lá dos acontecimentos históricos, a interpretação simbólica que a F-M seguiu
parece ser muito mais rica e extensa, valendo a pena aqui focar algumas pistas para, mais
tarde, serem estudadas em pormenor.
Assim, parece evidente que o nascimento inesperado de S. João Baptista é interpretado
como o testemunho da Luz (a de jesus, o Cristo) logo engajado com o Sol que brilha no
solstício de Verão e, é claro que a tradição cristã ligou este facto ao envio do fogo e da água
divinos para purificar (analogia aproveitada na Câmara de Reflexão) o neófito e aquele que
quer renascer para uma nova Luz. Também a retirada de S. João Baptista para o deserto foi
aproveitada por nele reinar o silêncio e assim no grau de Apr.’. não se fala e apenas se escuta.
Após a sua decapitação por Herodes a sua cabeça foi enterrada longe do corpo aproveitando
os monges do séc. XIII para a relacionar como símbolo solar no seu Zénite anual simbolizando
assim a vitória da Luz sobre as trevas.
Quanto a S. João Evangelista é-lhe atribuído, no seu Evangelho, a descrição e
desenvolvimento do nascimento da Luz no seio das trevas (concretamente no 4º verseto do
Prólogo que diz…Nele está a vida, e a vida será a Luz dos homens…), luz esta diferente do 1º
S. João (anúncio da vinda de Cristo), pois os estudiosos remarcam a distinção em que a do
Evangelista seria o mistério da aparição da Luz dentro das trevas (o solstício de Inverno
apresenta a noite mais longa do ano). Muito ligado à recente maçonaria (em certos ritos abrem-
se os trabalhos com uma oração de S. João Evangelista) é considerado o criador do evangelho
do espirito, ou seja, simboliza a igreja interior (esotérica) e portanto um mestre da Iniciação.
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Em resumo, não se pode esquecer que o Simbolismo Solar (nas grutas de Lascaux
existem gravuras datadas de há 15.000 anos) é Universal, não sendo senão a simbologia dos
dois S. João uma adaptação (judaico-cristã) desse fenómeno. Se a S. João Baptista se atribui a
incarnação do velho testamento e o anúncio do novo, a S. João Evangelista dá-se-lhe a criação
da interioridade da mensagem cristã. Afinal, não serão apenas dois braços da mesma Luz
numa dialéctica infinita? Exactamente como as duas cabeças do Caduceu ou, aqui a nossos
pés o branco e o preto dos pavimento mosaico!
S. João Baptista foi simbolizado como o grande Iniciado e o Evangelista como Iniciador
(o silêncio e as viagens no deserto do primeiro e a reflexão interior no segundo). Foram
correspondidos às duas Colunas na entrada do Templo (no Evangelho…eu sou a porta por
onde entram os crentes…), são ambos os extremos do ciclo revelador do Verbo na terra, são
também associados a Janus (primeiro Rei mítico de Roma) que era um deus de duas faces,
patrão dos mistérios e guardião das portas do céu e do Templo (a título de curiosidade
encontra-se num vitral da Igreja de S. Rémy em Reims uma imagem única que congrega os
dois santos) e, sobretudo, simbolizam o anúncio da Luz (Baptista) e a explicação dela
(Evangelista) com os consequentes ciclos de morte e renascimento.
No manuscrito de Graham de 1726 vem escrito…Donde vens tu? Eu venho de uma justa
e respeitável Loja de mestres e companheiros pertencentes a deus e a S. João, que saúdam
todos os verdadeiros e perfeitos irmãos dos nossos santos secretos…
Termino, desejando aos MM.’.QQ.’.IIr.’. que o interesse que este traçado vos possa ter
despertado nos una no propósito simbolizado em S. João, Baptista ou Evangelista, vale dizer,
na procura da Luz que nos conduzirá à perfeição e mestria.
Diógenes de Sínope, M.’.M.’.
R.’.L.’. Salvador Allende
G.’.O.’.L.’.
Bibliographia
-Jules Boucher – “La Symbolique Maçonnique”
-Marie Delclos, Jean-Luc Caradeau – « Les Symboles Maçonniques Éclairés par Leurs Sources Anciennes »
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OS CALENDÁRIOS MAÇÔNICOS E
SUAS CORRETAS APLICAÇÕES
1. Introdução
A Maçonaria possui diferentes tipos de calendários, usados nos mais diversos ritos e épocas, cada
um com sua própria lógica e significados. Porém, isso tem gerado certas confusões históricas,
principalmente no Brasil, com sua pluralidade de Ritos e carência de registros legais disponíveis,
de bibliotecas maçônicas e, principalmente, de literatura maçônica de qualidade.
Nesse cenário caótico, muitas vezes as Obediências Maçônicas, Lojas e demais corpos maçônicos
brasileiros encontram dificuldades e não encontram consenso na adoção dos calendários utilizados
em seus certificados.
Pensando nisso, este artigo tem por objetivo disponibilizar uma relação dos tipos de calendários
maçônicos existentes e seus mecanismos de funcionamento, de forma a esclarecer de uma vez por
todas esse tema, disponibilizando aos interessados, sejam estudiosos de Maçonaria ou secretários
com a missão de confeccionar diplomas, acesso a informação organizada e confiável.
Dessa forma, espera-se colaborar com a redução de confusão resultante do registro de data em
atas, documentos e certificados maçônicos brasileiros, matéria essa que deveria ser das mais
simples, mas que faz com que até comemoremos o Dia do Maçom no dia errado.
2. Tipos de Calendários
2.1. Calendários Não-Maçônicos
Calendários que não são genuinamente maçônicos, mas suas menções são importantes, visto que
servem de base para o cálculo de um ou mais sistemas de datação utilizados na Maçonaria. Há
vários outros calendários não maçônicos que foram ou ainda são utilizados em algumas situações,
5 – Os Calendários Maçônicos e suas corretas Aplicações
Kennyo Ismail
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entretanto, por não terem relação direta com os calendários maçônicos apresentados neste artigo,
não serão mencionados.
2.1.1. Era Comum, Era Corrente ou Era Vulgar (E.´. V.´.)
Também conhecido como Anno Domini, termo em latim que significa “Ano de nosso Senhor”, o
qual pode ser encontrado por sua sigla, A.´. D.´.. Trata-se do calendário gregoriano, promulgado
pelo Papa Gregório XIII em 24 de Fevereiro de 1582 (THIBAULT, 1981), e adotado como ano
civil em praticamente todos os países. O Papa Gregório determinou a criação de um novo
calendário porque o calendário juliano, que se utilizava desde 46 a.C., arredondava o ano solar
para 365 dias e 6 horas, o que dava uma diferença de mais de 11 minutos por ano em comparação
com o ano solar real (COIL, 1961, p. 112). Com o passar dos séculos, isso havia gerado uma
diferença de dias, e o Papa desejava determinar corretamente a data da Páscoa. Naquele ano de
1582, a quinta-feira do dia 04 de Outubro, foi seguida por uma sexta-feira, dia 15 de Outubro,
corrigindo o desvio do calendário anterior, e os anos passaram a ter exatos 365 dias, adotando-se o
sistema de anos bissextos para suas correções periódicas.
Esse é o calendário que dá origem ao formato do dia 20 de Junho de 2013, data que servirá de
comparação aos demais calendários. A Maçonaria deve utilizá-lo para todos os documentos, atas e
certificados legais e para pranchas e comunicações direcionadas a pessoas ou instituições do
mundo profano.
2.1.2. Calendário Judaico
Calendário utilizado no Judaísmo, adotado principalmente para as datas religiosas (BASSINI,
2004). Os judeus ortodoxos também utilizam para registrar nascimentos, casamentos e outras
datas importantes. Trata-se de calendário no qual os meses são baseados no ciclo lunar, enquanto
os anos são baseados no ciclo solar. Dessa forma, os anos se intercalam entre de 12 e 13 meses.
Mas é desaconselhada aos corpos maçônicos a utilização desse calendário, visto ser um calendário
religioso.
No calendário judaico, a data de 20 de Junho de 2013 é: 12 de Tamuz de 5773.
2.2. Calendários Maçônicos
2.2.1. Calendário da Maçonaria Simbólica
A Maçonaria Simbólica, ou seja, as Obediências Maçônicas e suas Lojas, deve adotar o Anno
Lucis (Ano da Luz), abreviado como A.´. L.´.. Sua data é calculada acrescentando 4000 anos à
data do ano civil corrente.
A adoção do Anno Lucis na Maçonaria Simbólica foi iniciativa de James Anderson, que
acreditava que a Maçonaria deveria ter uma forma própria de marcar as datas, diferente de
calendários religiosos como o judaico e o gregoriano. Ele tomou por base os cálculos de um
arcebispo anglicano irlandês, James Ussher, que determinou, com base nos registros bíblicos, que
o mundo teve origem no ano de 4.004 a.C. (BARR, 1985). Para facilitar a utilização, Anderson
arredondou a criação do mundo para 4.000 a.C. (COIL, 1961, p. 112).
Dessa forma, tendo como exemplo o dia 20 de Junho de 2013, tem-se: 20 de Junho de 6013 do
A.´. L.´.. Esse é o sistema utilizado pelas Grandes Lojas de todo o mundo, e o recomendado às
Lojas e Grandes Lojas ou Grandes Orientes brasileiros para utilização nos certificados de
concessão dos graus simbólicos, cartas constitutivas e demais documentos que sejam estritamente
maçônicos. Sugere-se a utilização desse calendário no Simbolismo, independente do Rito adotado
na Loja, de forma a padronizar a datação de certificados e cartas constitutivas pelas Obediências,
reduzindo assim possíveis confusões. Dessa forma, os calendários específicos dos ritos têm suas
adoções restritas aos seus respectivos Altos Graus.
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2.2.2. Calendário do Rito Escocês Antigo e Aceito
Houve ocasiões no passado em que se verificou o uso do calendário hebraico em alguns Supremos
Conselhos do REAA, adotando a sigla A.´. H.´., de Anno Hebraico, após a data (MACKEY, 1914,
p. 129). No entanto, via de regra, atualmente adota-se nos Altos Graus do REAA o sistema de
Anno Mundi (Ano do Mundo), A.´. M.´., que é inspirado no Calendário Judaico, apesar de
diferente desse. O sistema funciona da seguinte maneira nos dois Supremos Conselhos do REAA
norte-americanos: Entre 01 de Janeiro e 31 de Agosto, deve-se adicionar 3760 anos ao ano civil
corrente. Já entre 01 de Setembro e 31 de Dezembro, deve-se adicionar um ano extra, ou seja,
3761 anos ao ano civil corrente. Dessa forma, todo ano inicia-se no dia 01 de Setembro do ano
anterior e encerra-se em 31 de Agosto do ano corrente, devendo os meses serem mencionados por
número ordinal. Assim sendo, Setembro é o 1º mês, Outubro o 2º, Novembro o 3º, e Agosto o 12º.
Trata-se de sistema adotado pela maioria dos Supremos Conselhos do Rito no mundo.
Como exemplo, o dia 20 de Junho de 2013 seria 20 do 10º mês de 5773 do A.´. M.´.
2.2.3. Calendários do Rito de York
2.2.3.1. Calendário da Maçonaria Capitular ou do Real Arco
Os Graus Capitulares do Rito de York abrangem um sistema de 04 graus: Mestre de Marca, Past
Master, Mui Excelente Mestre e Maçom do Real Arco. Esses graus são concedidos em Capítulos
de Maçons do Real Arco, subordinados a Grandes Capítulos de Maçons do Real Arco, os quais
são filiados ao Grande Capítulo Geral de Maçons do Real Arco Internacional (General Grand
Chapter of Royal Arch Masons International). Esses corpos adotam o Anno Inventionis, que
significa “Ano do Descobrimento” e é abreviado como A.´. I.´.. Ele é calculado somando 530 anos
ao ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914). Os maçons do Real Arco registram essa
data porque foi o ano em que Zorobabel iniciou a construção do segundo Templo, em 530 anos
antes de Cristo. A seguinte passagem bíblica está relacionada com a construção: “Então se
levantaram Zorobabel, filho de Salatiel, e Jesuá, filho de Jozedeque, e começaram a edificar a casa
de Deus, que está em Jerusalém; e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.” (BÍBLIA,
1969, Esdras 5:2)
Como exemplo, o dia 20 de Junho de 2013 é: 20 de Junho de 2543 do A.´. I.´.
2.2.3.2. Calendário da Maçonaria Críptica ou da Maçonaria de Conselho
Os Graus de Conselho ou Graus Crípticos do rito de York abrangem um sistema de 03 graus:
Mestre Real, Mestre Escolhido e Super Excelente Mestre. Esses graus são concedidos em
Conselhos de Maçons Crípticos, os quais são subordinados a Grandes Conselhos de Maçons
Crípticos, esses últimos filiados ao Grande Conselho Geral de Maçons Crípticos Internacional
(General Grand Council of Cryptic Masons International). Esses corpos utilizam o sistema de
Anno Depositionis (Ano do Depósito), cuja sigla é A.´. Dep.´. e que é calculado somando-se 1.000
anos ao ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914). O uso desse ano é em observância ao
ano em que a construção do Templo de Salomão foi concluída e o Templo foi consagrado, tendo
em seu interior depositada a Arca da Aliança: “Assim se acabou toda a obra que fez o rei Salomão
para a casa do Senhor; então trouxe Salomão as coisas que seu pai Davi havia consagrado; a prata,
e o ouro, e os objetos pôs entre os tesouros da casa do Senhor.” (Reis I 7:51).
Assim, o dia 20 de Junho de 2013 é registrado como: 20 de Junho de 3013 do A.´. Dep.´.
2.2.3.3. Calendário da Maçonaria Templária ou da Cavalaria Maçônica
As Ordens de Cavalaria Maçônica são 03: Ordem da Cruz Vermelha, Ordem de Malta e Ordem
dos Cavaleiros Templários. Essas ordens são concedidas em Comanderias Templárias, que são
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subordinadas a Grandes Comanderias, essas últimas filiadas ao Grande Acampamento Templário.
Esses corpos usam o formato de Anno Ordinis, termo em latim que significa “Ano da Ordem” e
que é abreviado como A.´. O.´.. É calculado subtraindo 1118 anos do ano civil corrente (COIL,
1961; MACKEY, 1914), visto a Ordem dos Templários ter sido oficialmente fundada no ano de
1.118 (i.e.: AYALA, 2005).
Para ilustrar seu uso, o dia 20 de Junho de 2013 seria: 20 de Junho de 895 do A.´. O.´.
2.2.3.4. Calendário da Ordem do Sumo Sacerdócio
Mais conhecida no Brasil como a Ordem dos Sumos Sacerdotes Ungidos, essa é uma Ordem
concedida àqueles eleitos para servirem como Sumos Sacerdotes (Presidentes) de Capítulos de
Maçons do Real Arco. É o correspondente no Real Arco à Instalação de um Venerável Mestre
Eleito na Maçonaria Simbólica. Na Ordem do Sumo Sacerdócio adota-se o Anno Beneiacio (Ano
da Benção), abreviado como A.´. Beo.´., que é calculado adicionando 1913 anos ao ano civil
corrente, pois acredita-se que Abraão foi abençoado por Melquisedeque em 1913 a.C.: “Porque
este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de
Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou” (Hebreus 7:1).
Desse modo, o dia 20 de Junho de 2013 é: 20 de Junho de 3926 do A.´. Beo.´. na Ordem dos
Sumos Sacerdotes Ungidos.
2.2.3.5. Calendário da Ordem dos Cavaleiros Sacerdotes Templários do Santo Arco Real
Também conhecida como Ordem da Santa Sabedoria, possui uma versão inglesa e outra norte-
americana. A inglesa é restrita a maçons que sejam Mestres Instalados, Maçons do Arco Real,
Cavaleiros Templários e professem a fé cristã. Sua versão norte-americana, considerada como um
corpo aliado ao Rito de York, é muito mais restrita, exigindo também que o candidato tenha
servido como Comandante de uma Comanderia Templária. Essa Ordem utiliza o Anno Renascenti
(Ano do Renascimento), cuja sigla é A.´. R.´., e no qual se subtrai 1686 anos do ano civil corrente.
Exemplificando, o dia 20 de Junho de 2013 fica sendo: 20 de Junho de 327 do A.´. R.´.
2.2.4. Calendário do Rito Adonhiramita
O Rito Adonhiramita é um rito de origem francesa, cujo calendário foi abolido pelo Grande
Oriente de França em 12/10/1774, por gerar grande confusão em sua datação.
As primeiras Lojas na cidade do Rio de Janeiro, a Loja “Reunião” e depois a Loja “Comércio e
Artes”, trabalharam inicialmente no Rito Adonhiramita, adotando seu calendário original. Já
quando do reerguimento da Loja “Comércio e Artes” e sua divisão em três Lojas para a fundação
do então Grande Oriente Brasílico, os trabalhos já ocorreram no Rito Moderno
Porém, assim como “o uso do cachimbo deixa a boca torta”, a Loja “Comércio e Artes” por um
bom tempo teve suas atas datadas ainda pelo calendário do Rito Adonhiramita, o que originou,
anos depois, a confusão do Dia do Maçom.
O sistema do Calendário Adonhiramita tem por base o início do ano no dia 21 de Março, fixando
nesse dia o Equinócio Vernal. Soma-se então ao ano 4000 anos, como no calendário maçônico
original, criado por James Anderson. O termo utilizado para designar o ano também é “Verdadeira
Luz”, similar ao termo adotado por Anderson, de Anno Lucis (Ano da Luz).
Considerando esse sistema, o dia 20 de Junho de 2013 é o 31º dia do 3º mês de 6013 da V.´. L.´.,
no Rito Adonhiramita.
2.2.5. Calendário do Rito Moderno
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O Rito Francês, também conhecido como Rito Moderno, foi adotado no Grande Oriente da França
quando de sua Convenção de 1786 (i.e.: COIL, 1961, p. 268; MACKEY, 1914, p. 285). O
calendário do Rito Moderno é o calendário tido como oficial no âmbito do Grande Oriente de
França desde 1774, em substituição do calendário do Rito Adonhiramita. Esse calendário era
baseado no sistema adonhiramita, com a diferença de que se passou a adotar como primeiro dia do
ano o dia 1º de março (COIL, 1961, p. 113), e os meses passaram a ser contados pelo número
ordinal. Isso facilitava no cálculo, visto que o sistema adonhiramita gerava bastante confusão. O
termo relacionado ao ano geralmente utilizado também é o da Verdadeira Luz: V.´. L.´., ou, em
alguns registros do Rito Moderno, Vraie Lumiere (MACKEY, 1914, p. 129).
Assim, o dia 20 de junho de 2013 é o 20º dia do 4º mês de 6013 da V.´. L.´. para o Rito Moderno.
3. Comentários Finais
A Maçonaria Brasileira é, sem dúvida alguma, uma das mais “bem servidas” em se tratando de
ritos maçônicos, como bem evidencia João Guilherme da Cruz Ribeiro (2012, p. 11). Com
exceção do Rito Brasileiro que, por coincidência ou não, parece não possuir calendário próprio, os
demais ritos em prática no Brasil são sistemas importados, a maioria chegando ao Brasil ainda no
século XIX. E cada rito, ou mesmo segmento de rito, chegou com sua própria história, seus
próprios termos, paramentos e regras de funcionamento, resultantes de diferentes origens,
inspirações e influências.
Iniciativa inaugurada por James Anderson, quando da Primeira Grande Loja de Londres, o
primeiro calendário maçônico, por sinal muito simples de se utilizar, tinha por objetivo claro dar
uma identidade própria ao registro das datas maçônicas, numa época em que ritos formalmente
ainda não existiam. Conforme foram surgindo, cada rito parece ter utilizado da mesma estratégia
para deixar sua marca na datação dos documentos e registros maçônicos.
Nos últimos anos, muitos desses calendários maçônicos têm caído em desuso. E quando
utilizados, geralmente são acompanhados pela data no formato do calendário civil. Por esse
motivo, não é de se estranhar que muitos maçons, mesmo com algumas décadas de experiência,
desconheçam o funcionamento dos mesmos, até mesmo quando adeptos de um dos ritos que os
possui.
6 - Originalmente publicado em: http://www.noesquadro.com.br/
Portanto, que este trabalho não sirva apenas para saciar a curiosidade daqueles que o leem, ou para
servir de orientação quando se desejar confeccionar um certificado maçônico com certo requinte,
senão para também registrar, de forma sucinta e organizada, um dos elementos que compõem a
história dos ritos aqui citados e que pode simplesmente se perder nas brumas do tempo.
4. Referências Bibliográficas
AYALA, Carlos Martinez – “Origem, Significado e Tipologia das Ordens Militares”, As Ordens Militares na Europa
Medieval, dir., por Feliciano Movoa Portela, 1ª ed., em Portugal, Lisboa, Chaves Ferreira – Publicações S.A., 2005
BARR, J. Why the World Was Created in 4004 BC: Archbishop Ussher and Biblical Chronology. Bulletin of the John
Rylands University. 1985, vol. 67, no2, pp. 575-608.
BASSINI, Marili. Ensino Religioso: educação pró-ativa para a tolerância. Revista de Estudos da Religião Nº 2, p. 49-
64, 2004.
BÍBLIA. Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução: João Ferreira de Almeida. Brasília:
Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.
COIL, Henry Wilson; BROWN, William M. Coil’s Masonic Encyclopedia. New York: Ed. Macoy,1961.
MACKEY, Albert. An Encyclopedia of Freemasonry. New York e Londres: The Masonic History Company, 1914.
RIBEIRO, João Guilherme da Cruz. O Nosso Lado da Escada. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2012.
THIBAULT, Pierre. O Período das Ditaduras 1918-1947. História Universal 12. Lisboa: Publicações Dom Quixote,
1981.
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Irmão H.L.Haywood
Tradução: Ir Luiz Marcelo Viegas
O Ponto Dentro do Círculo
https://opontodentrodocirculo.wordpress.com
Os Grandes Ensinamentos da Maçonaria – Capítulo I
Publicado em 2por Luiz Marcelo Viegas
O que é isso tudo?
Essa foi uma pergunta que eu me fiz muitas vezes durante minha iniciação. É uma pergunta
que você, sem dúvida, também fez a si mesmo, e por ela todos somos moldados até o fim do
Terceiro Grau. A linguagem do ritual, imponente e bonito como ele geralmente é, é para a
maioria de nós um discurso “misterioso”; e as instruções e a ritualística são igualmente
confusas para o neófito. Por isso é que fazemos a pergunta, “O que é isso tudo?”.
Depois de nos tornarmos familiarizados com o ritual e ter aprendido alguma coisa de seu
significado, descobrimos que a própria Fraternidade, como um todo, e não apenas uma parte
ou detalhe mais misterioso, é algo quase demasiado complexo para se entender. Com o passar
do tempo o maçom fica tão acostumado com o ambiente da Loja que ele se esquece de sua
primeira sensação de estranheza, mas mesmo assim ele ouve de tempos em tempos coisas
sobre antiguidade, a universalidade e a profundidade da Maçonaria; ouve conversas sobre o
seu lugar na história e no mundo, e isso o faz sentir que, apesar de toda sua familiaridade com
a Loja, ele pouco sabe sobre a Fraternidade Maçônica na sua totalidade.
O que é a Maçonaria? O que é que está tentando fazer? Como veio a ser? Quais são os seus
ensinamentos centrais e permanentes? É para responder a estas perguntas — e essas
perguntas passam pela mente de quase todos os Maçons, porém ele pode ficar indiferente a
elas — que a filosofia da Maçonaria existe. Para entender “O que é isso tudo”, no seu conjunto,
e não em partes, devemos aprender sobre a filosofia de nossos mistérios.
O indivíduo que ingressa na Maçonaria torna-se herdeiro de uma rica tradição; a iniciação que
lhe permite o acesso aos mistérios não é algo que o capacitará em um dia, e ele vai aprender
pouco se nenhuma tentativa fizer de se aprofundar em seus ensinamentos. Ele deve aprender
um pouco da história da Maçonaria; de suas realizações nas grandes nações; dos seus
professores excelentes, e o que eles têm ensinado; de suas ideias, princípios, espírito.
6 – Os Grandes Ensinamentos da Maçonaria – (do Site O Ponto
Dentro do Círculo) – H. L. Haywood
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A Iniciação por si só não confere esse conhecimento (e não poderia): o próprio iniciado deve se
esforçar para compreender as riquezas inesgotáveis da Ordem. Ele deve descobrir os
propósitos maiores da Fraternidade a que pertence.
Não há uma interpretação pronta para o que é Maçonaria. O irmão recém-iniciado não encontra
à sua espera um ritual leia-e-aprenda. Ele deve pensar o que é a Maçonaria por si mesmo. Mas
pensar o que é Maçonaria por si mesmo não é tarefa fácil. Isso requer que o neófito a veja por
suas próprias perspectivas; que se conheçam os principais contornos da sua história; que se
saiba como ela realmente é, e o que está fazendo; e entender como ela foi entendida pelos
seus próprios pelos seus membros em seus primórdios. Não é fácil de fazer isso sem
orientação e ajuda, e é para dar esta orientação e ajuda que esta série foi escrita.
Há ainda outra razão para o estudo da filosofia, ou, como nós aqui preferimos dizer, os
ensinamentos da Maçonaria. Nossa Fraternidade é uma organização mundial com Grandes
Lojas praticamente em todas as nações. Para sustentar, gerenciar e promover tal sociedade
custa ao mundo somas incalculáveis de dinheiro e esforço humano. Como pode a Maçonaria
justificar sua existência? O que fazer para reembolsar o mundo com seus próprios recursos?
De uma forma ou de outra, essas perguntas são feitas a quase todos os membros, e cada
membro deve estar pronto para dar uma resposta verdadeira e adequada. Mas para dar tal
resposta exige-se que ele tenha entendido os grandes princípios e estar familiarizado com os
contornos das realizações do Craft, e isso novamente é um dos propósitos do nosso filosofar
sobre a Maçonaria.
Como podemos chegar a uma filosofia da Maçonaria? Como podemos aprender a
interpretação autêntica dos ensinamentos da Maçonaria? Qual é o método pelo qual aquele
que não é nem um estudioso geral, nem um especialista maçônico pode ganhar alguma
compreensão abrangente da Maçonaria como foi dito nos parágrafos anteriores? Em suma,
como pode um homem “chegar a ela”?
Uma forma de “chegar a ela” é ler uma ou duas boas histórias maçônicas. Não há necessidade
de entrar em detalhes ou ler sobre as várias questões colaterais de interesse meramente
histórico; isso é para o estudante profissional. Essa leitura e apenas para obter a tendência
geral da história e para capturar os eventos pendentes; para saber o que a Maçonaria tem
realmente realizado no mundo e receber um insight sobre seus propósitos e princípios; para,
como qualquer outra organização, ver revelado seu espírito através de suas ações. A partir de
um conhecimento do que a Ordem tem sido e o que ela fez no passado pode-se facilmente
compreender a sua própria natureza presente e princípios, e entender porque Maçonaria nunca
teve necessidade de romper com o seu próprio passado! A Maçonaria de hoje não nega a
Maçonaria de ontem. Seu caráter resulta claramente da sua própria história como uma
montanha se destaca acima de uma névoa; e que sempre tem sido, pelo menos em um grande
caminho – é agora, e sem dúvida sempre será.
Esta mesma história constrói-se incessantemente, sempre renovando e formando-se. Acontece
no dia-a-dia, e o processo mantém-se aberto a todos, pois, afinal de contas, não há muito que
se esconder sobre a vida rica e incansável da Fraternidade; na verdade, esta vida está
constantemente revelando-se em todos os lugares. Grandes Lojas publicam seus Anais;
homens que exercem as funções ativas de escritórios maçônicos fazem relatórios dos seus
funcionamentos; estudiosos do Craft escreverem artigos e publicam livros; Oradores maçônicos
entregar incontáveis discursos; conferências maçônicas especiais, qualquer que seja a sua
natureza, publicam os temas discutidos; a maioria dos eventos mais importantes está presente
nos jornais diários; há dezenas e dezenas de jornais maçônicos, boletins e jornais, semanais,
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mensais e bimestrais, e há muitas bibliotecas, clubes de estudo e de sociedades científicas em
todos os lugares se esforçando com zelo incansável para tornar claro aos membros e profanos
“o que é tudo isso.” Assim, verifica-se que para aprender isso por si mesmo não é necessário
que uma definição de Maçonaria ouvida por um irmão seja o fim da linha; ele pode (e deve)
pesquisar sobre o tema, ouvir outros irmãos, e ler um pouco, e, assim, formar suas próprias
conclusões. Para saber quais são esses ensinamentos não é necessário nenhum talento raro,
nenhum “conhecimento interno”, mas apenas um pouco de esforço, um pouco de tempo.
Para o neófito do mundo maçônico parece muito confuso, é tudo tão multifacetado, tão
longínquo, tão misterioso; mas isso, afinal de contas, não precisa assustá-lo e impedi-lo de
uma tentativa de entender esse mundo com uma visão abrangente, e perceber que toda a
Maçonaria gira em torno de algumas grandes ideias. Compreender essas ideias por sua vez, é
o que torna mais familiar para um Maçom palavras tais como “Fraternidade”, “Igualdade”,
“Tolerância”, etc., etc., de modo que o mais jovem Aprendiz não precisa ter nenhuma
dificuldade no seu entendimento. Se ele chegar a elas, e se ele aprende a compreendê-las
como maçons devem entendê-las, elas vão ajudá-lo muito para conquistar essa visão
abrangente e inclusive do que chamamos de filosofia da Maçonaria.
Nada foi dito ainda dos grandes mestres da Maçonaria. No passado havia Anderson, Oliver,
Preston, Hutchinson, etc .; depois vieram os filósofos da meia-idade, Pyke, Krause, Mackey,
Drummond, Parvin, Gould, Speth, Crawley, e outros; e em nossos dias Waite, Pound, Newton,
etc., etc. Nas obras desses homens as grandes e simples ideias da Maçonaria se tornaram
luminosas e inteligíveis, de modo que podemos ler e compreender o que dizem.
Além disso, o maçom deve estudar as leituras e instruções incorporadas ao ritual de todos os
ritos e graus, sendo estes instrumentos interpretativos uma parte do próprio Craft. Nenhum
deles é infalível – mas mesmo quando se afastam do significado original de nossos símbolos
são sempre valiosos em revelar as ideias e os ideais das pessoas de que se originaram e que
deles fizeram uso.
Isto é para mostrar por que devemos nos esforçar para fazer da nossa própria mente uma
filosofia da Maçonaria, e de quantas maneiras pode-se chegar a essa filosofia. Mas cuidado. O
estudo da filosofia da Maçonaria não é o estudo da filosofia maçônica; o estudante maçônico
como tal, pode vir a ter pouco interesse em Platão e Aristóteles, no neoplatonismo, misticismo,
Escolástica, racionalismo, idealismo, pragmatismo, Naturalismo, etc. Na Maçonaria há sinais de
cada um desses e de outros sistemas filosóficos principais, sem dúvida, mas não existe essa
coisa de filosofia maçônica, da mesma forma que não existe religião maçônica. Falamos de
uma filosofia da Maçonaria no mesmo sentido que falamos de uma filosofia de governo, ou da
indústria, ou arte, ou ciência. Queremos dizer que se estuda a Maçonaria, da mesma forma
ampla, esclarecida, inclusiva e crítica, da mesma forma em que um economista estuda
a política de um governo ou um astrônomo estuda as estrelas.
Seria uma coisa abençoada se um maior número de nossos membros deixasse de lado os
assuntos administrativos e, muitas vezes mesquinhos de sua própria Loja, a fim de olhar com
mais frequência para esses princípios profundos e sábios que estão para nossa Fraternidade
assim como as leis da natureza estão para o universo.
Continua…(Acompanhe os demais capítulos acessando o site
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Autor: H. L. Haywood - Tradução: Luiz Marcelo Viegas
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville
26/01/1983 Humânitas Joinville
31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e
Fraternidade do Mercosul Ir
Hamilton Savi nr. 70
Florianópolis (trabalha no
recesso maçônico)
11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans
13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba
17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis
21/02/1983 Lédio Martins São José
21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió
22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau
Data Nome da Loja Oriente
11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá
18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau
15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis
21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna
25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau
25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque
7 – Destaques (Resenha Final)
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mêses de janeiro e fevereiro
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis
14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis
25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema
06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes
11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão
29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá
Vem aí o IX Chuletão Templário.
O evento filantrópico Maçônico
Loja “Templários da Nova Era”
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Posse na Loja Fraterno Amor nr. 17, de Rio Branco
(Informações e fotos do Ir Chiquinho – Rio Branco) Em solenidade realizada no Templo da Loja
“Igualdade Acreana” a Grande Loja do Estado do Acre, através de seu Grão-Mestre Ir
Valmikin, procedeu a posse do Ir. Marisil da Loja Fraterno Amor, nr. 17, de Rio Branco.
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Loja Fraterno Amor nr. 17 (GLEAC) – Rio Branco
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CONVOCAÇÃO e CONVITE
ATENÇÃO: MUDANÇA DE LOCAL
O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no
inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para
a 50ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, a primeira sessão ritualística do ano,
dia 14 de fevereiro, terça-feira, quando a palestra a cargo do Poderoso Ir. Altair Salésio
Rodrigues, Grão-Mestre Adjunto do GOB-SC, com o tema
“Como Está Estruturado o GOB-SC”.
A sessão será no Templo Maçônico da Fraternidade da Arte Real (FAR), situado à rua Presidente
Gama Rosa, 36, Trindade, Florianópolis, logo após o TRITI (Terminal de ônibus Integrado da
Trindade).
Programação:
20:15 h: encontro no átrio do Templo;
20:30 h: início da sessão.
Após a sessão, será oferecido uma ágape com um bom whisky.
Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário
Wisdom Dawn Lodge
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Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴
MI da Loja Razão e Lealdade nº 21
Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI
Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no
JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO,
cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico /
Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6)
7 de fevereiro
O Astral
O astral é um plano cósmico entre a Terra e o limiar do que é celestial.
Mundo invisível, onde se movimentariam as almas desencarnadas. A origem da
palavra vem de "astro", que é o corpo que gravita no espaço; contudo, com o acesso
do homem a esses "corpos" no Cosmos, o astral distancia-se do que passa a ser visível
e corpóreo.
Os cabalistas denominam de luz astral, o AUR, a "alma do mundo", de onde tudo
teria se originado.
Em linguagem hindu, o homem possui em si um veículo de matéria astral
denominado Kamarupa, que é o elemento intermediário entre o "corpo mental" e o
corpo físico; o "corpo mental" possui centros de consciência denominados chacras.
Maçonicamente, nenhuma influência possui o astral.
Apenas se tem dado valor aos chacras, por serem "pontos vitais de referência".
O maçom crê em Deus r em uma vida futura, não perambulando por um astral, mas
localizada em um Oriente Eterno.
Trata-se de um dos Landmarks a que o maçom está sujeito, seja por tradição ou por
compromisso.
Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 57.
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ACIDENTES DA ALMA
Autor: Raimundo A. Corado
Barreiras, 29 de julho de 2015.
As fraturas físicas são visíveis;
Quando acidentados fisicamente;
Mas as fraturas mais terríveis;
É quando a alma sofre acidente.
As dolorosas lesões não podemos ver;
Padecemos até mesmo de consolações;
As marcas na matéria podemos perceber;
Na alma, ficam eternas mutilações.
O sofrimento físico é superável;
Cada ferida pode ser curável;
Se obedecermos à prescrição.
As rugas da matéria são na testa;
Isso é fato, ninguém contesta;
Mas as da alma são no coração.
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  • 1. JB NEWS Filiado à ABIM sob nr. 007/JV Editoria: Ir Jeronimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91(Florianópolis) - Obreiro Loja Alferes Tiradentes nr. 20 (Florianópolis) - Membro Honorário Loja Harmonia nr. 26 (B. Horizonte) - Membro Honorário Loja Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas (J. de Fora) -Correspondente Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas Maçônicas (P. Alegre) - Correspondente Academia Catarinense Maçônica de Letras Academia Maçônica de Letras do Brasil – Arcádia de B. Horizonte O JB News saúda os Irmãos leitores de Lavras – MG (do Ir João Luiz) (Publique aqui a imagem de sua cidade: jbnews@floripa.com.br) Saudações, Prezado Irmão! Índice do JB News nr. 2.322 – Florianópolis (SC) – terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 Bloco 1-Almanaque Bloco 2-IrJeronimo Borges – Voltaire, o Irreverente (homenagem aos 239 anos de sua Iniciação) Bloco 3-IrCleverson Julião – Coríntios – As Divisões da Igreja Bloco 4-IrDiógenes de Sínope – Lojas de São João Bloco 5-IrKennyo Ismail – Os Calendários Maçônicos e suas corretas aplicações Bloco 6-IrH.L.Haywood – Os Grandes Ensinamentos da Maçonaria – ( do Site O Ponto Dentro do ...) Bloco 7-Destaques JB – Breviário Maçônico p/o dia 7 de fevereiro e hoje com versos do Irmão e Poeta Raimundo Augusto Corado (Barreiras – BA)
  • 2. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 2/33 O JB News Errou! Na edição anterior, nr. 2.320, foi publicado o artigo “A Bíblia de Jefferson”, como sendo do Irmão Hercule Spoladore. O texto não é do ilustre colaborador dominical do JB News, que imediatamente ao receber o informativo nos intercedeu, e que também desconhece de quem seja a autoria. Lamentamos pelo grande equívoco e pedimos desculpas ao Irmão Hercule pela publicação involuntária de seu nome naquele artigo. Torne sem efeito de seus arquivos a autoria daquele artigo. Hercule Spoladore – A Bíblia de– A Bíblia de Jefferson Hercule Spoladore – A Bíblia de Jefferson Nesta edição: Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet – Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e www.google.com.br Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores. 1 – ALMANAQUE Hoje é o 38º dia do Calendário Gregoriano. Faltam 327 dias para terminar o ano de 2017 - Lua Quarto Crescente – Dia Nacional do Gráfico É o 128º ano da Proclamçaõ da República; 195º da Independência do Brasil e 517º ano do Descobrimento do Brasil Colabore conosco. Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebe o JB News, para evitar atropelos em nossas remesssas diárias por mala direta. Obrigado.
  • 3. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 3/33 7 de fevereiro 1778 – Iniciação de Voltaire 1857: Gustave Flaubert é absolvido da acusação contra Seu livro Madame Bovary, considerado imoral.  457 — Coroação de Leão I, o Trácio.  1550 — Eleito o Papa Júlio III, sucedendo ao Papa Paulo III.  1756 — É assassinado Sepé Tiaraju, líder da resistência dos Sete Povos das Missões.  1778 — Voltaire é iniciado na Maçonaria, numa das cerimônias mais brilhantes da história da maçonaria mundial.  1785 — Descoberta da galáxia NGC 4038 por William Herschel.  1792 — Tabela cronológica da Revolução Francesa: aliança entre Áustria e Prússia.  1821 — História da Antártica: o caçador de focas estadunidense, capitão John Davis faz o primeiro desembarque no continente.  1857  Fundação dos condados de Alpena e Antrim.  Gustave Flaubert é absolvido da acusação contra seu livro Madame Bovary, considerado imoral.  1900 — Formação do Partido Trabalhista do Reino Unido.  1923 — O dia do gráfico é comemorado nesta data em função da grande greve dos operários gráficos de S. Paulo dirigida por João da Costa Pimenta.  1944 — Segunda Guerra Mundial: Em Anzio, forças italianas lançam uma contra-ofensiva.  1969 — AI-6: são realizadas 33 cassações, dentre elas de 11 deputados da Arena.  1974 — Independência de Granada.  1992 — Tratado de Maastricht: assinado em Maastricht o tratado que institui a União Europeia.  1996 — Letsie III assume o trono do Lesoto.  1999 — Exploração espacial: lançamento da sonda espacial Stardust.  2004 — O Legislativo do Sri Lanka é dissolvido. 1809 Nasce na vila do Desterro João Nepomuceno de Menezes. Foi capitão-de-mar-e-guerra da Marinha do Brasil e participou das lutas no Prata. 1869 Instalação do município de Joinville, criado pela Lei nº 566 de 15 de março de 1866. 1893 Inauguração da estação meteorológica de Santa Catarina. 1969 Morre, em Florianópolis, o professor latinista Custódio Francisco de Campos. Era natural de São José, onde nasceu a 12 de novembro de 1895. EVENTOS HISTÓRICOS (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki) Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas Fatos históricos de santa Catarina
  • 4. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 4/33 1768 Fundada em Genebra a Loja L’Union des Coeurs (União dos Corações) a mais antiga Loja suíça a preservar suas Atas. 1778 Iniciação de Voltaire na Loja Les Neuf Soeurs, de Paris (veja artigo no Bloco 2) 1821 Fundação do GC MRA do Estado de Maine – USA. 1861 Fundado o Supremo Conselho de Santo Domingo, na República Dominicana. 1944 Bem depois da Loja Liberté chérie foi uma das poucos Lojas Maçônicas fundadas dentro de um campo de concentração nazista durante a Segunda Guerra Mundial.ter sido criada, chegou ao Campo de Concentração o Maçom: Em 7 de Fevereiro de 1944, Jean Baptiste de Schryver (1903- 1945), Coronel, um membro da Loja "Liberté" de Gand, Bélgica. 1965 Maçons da Loja Discípulos de Hiram, de Porto Rico, paramentados, assistem à missa celebrada na igreja Santa Bernadete. 1981 Fundação da Grande Loja do Alaska F & AM – USA 1997 Fundação da Loja Luz e Fraternidade nr. 3018 – jurisdicionada ao GOB/MS 2000 Fundação da Loja Obreiro da Paz nr. 3285 – do GOB/PB 2012 Fundação da Loja Caminho da Luz nr. 4204 (GOB/MG) 2013 Fundação da Loja Acácia de Candewias nr. 4257 (GOB/MG O “Templar Bier” nos Ingleses, à rua geral nr. 6040, é o novo ponto de encontro dos Maçons de Florianópolis. Fatos maçônicos do dia Fonte: O Livro dos Dias 20ª edição (Ir João Guilherme) e acervo pessoal
  • 5. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 5/33 Venerável Mestre! Desejas criar e manter um site de qualidade da sua Loja? Então atente para este anúncio (Coisa de Irmão para Irmão)
  • 6. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 6/33 Ir Jeronimo Borges V.M. da Loja Templários da Nova Era nr. 91 Academia Catarinense Maçônica de Letras Editor do JB News (jbnews@floripa.com.br) Decorrem-se hoje 239 anos da iniciação de um dos mais ilustres Maçons. Voltaire. Em sua homenagem, uma conglomeração de informações, com um pouco de sua história, de sua genialidade, de sua têmpera irreverente e de sua Extraordinária Iniciação François-Marie Arouet –Voltaire (1694-1778) Voltaire, o Irreverente Voltaire é o pseudônimo de François-Marie Arouet. Nasceu nos arredores de Paris no dia 21 de novembro de 1694. Foi filho de um tabelião e de uma mãe culta, aristocrática, criada no requinte de uma educação francesa. Para o escritor José Maurício Guimarães, essa data deveria ser proclamada feriado mundial para que todos refletissem sobre honestidade, requinte e distinção de porte. Voltaire era um homem extremamente radical contra os desonestos e os de mau caráter, insurgindo-se com esse pessoal do seu tempo, com ironias e zombarias, através de artigos em panfletos jocosos. 2 – Voltaire, o Irreverente Jerônimo Borges
  • 7. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 7/33 Suas ideias, como o sistema imparcial de justiça criminal, liberdade religiosa, leis tributárias mais justas, educação laica, liberdade de imprensa e redução dos privilégios da nobreza e do clero, repercutem até hoje no mundo civilizado. Voltaire era um deísta e reconhecia admitir Deus, mas sem a necessidade de práticas religiosas. Existem centenas de frases atribuídas a Voltaire sobre sociedade, caráter, justiça, felicidade, ambição, inteligência, amor, ambição, e até mesmo dedicadas à Rousseau, seu maior rival. Por falar em Rousseau, veja algumas Coincidências entre ambos: - Rousseau nasceu em Genebra. Voltaire refugiou-se em Genebra, comprou uma casa que foi transformada mais tarde no Instituto e Museu Voltaire; ambos foram filósofos, teóricos políticos, compositores, escritores, poetas. Só que Rousseau, era autodidata; foram colecionadores de amantes; no antagonismo, Rousseau gostava de conviver com as elites. Voltaire as detestava; ambos amavam a natureza e a botânica; foram perseguidos politicamente, refugiaram-se na Suíça e moraram na Inglaterra; amavam e lutavam ferozmente pela liberdade; O Contrato Social, publicado em 1762, despertou muita admiração de Voltaire, embora permanecesse a rivalidade; as ideias de ambos tiveram reflexos na Revolução Francesa, principalmente voltadas à liberdade; faleceram no mesmo ano (1778) e seus restos mortais repousam no Pantheón de Paris. Voltaire também foi dramaturgo, historiador, epistológrafo (pessoa que escreve muito e coleciona suas próprias cartas); prosador e livre pensador, cultivando todos os gêneros: a tragédia, a poesia, a história, o conto, a crítica, a epopeia, mas principalmente a filosofia, como filósofo iluminista. Seu papel histórico baseia-se em seus escritos críticos e suas sátiras, em que ataca violentamente o governo francês de todas as épocas, e, em particular, a Igreja Católica. Voltaire foi franzino durante a infância e teve saúde fraca durante toda a vida. Revelou talento literário e sensibilidade poética logo na infância. Aos 7 anos de idade ficou órfão de sua mãe. O abade de Châteneuf, seu padrinho de batismo, contribuiu em parte com sua educação, mostrando-lhe, inclusive, orientações religiosas. Entretanto, o pai de François, queria um futuro prático para o filho. Achava que a literatura não rendia dinheiro nem prestígio. Com o intuito de tornar o filho advogado do rei, coloca-o num colégio jesuíta. Voltaire estudou com os padres jesuítas que lhe ensinaram a dialética, arte de dialogar progressivamente, para provar as coisas. Ele discutia teologia com os professores, que reconheciam nele um jovem “de muito talento, embora um patife notável”. Voltaire comprou seus primeiros livros com a herança de uma senhora que havia visto nele um futuro cultural brilhante. Com a doação desses livros e com a tutela do abade padrinho, expandiu sua educação. Voltaire, no entanto, muito cedo, introduziu-se numa vida desregrada e boêmia de Paris. Ele conheceu escritores, poetas e cortesãos. Ficava na rua até tarde divertindo-se com fanfarrões, cortejando e colecionando mulheres. Seu pai, homem sério, não via com bons olhos as atividades do filho. Assim, manda-o para a casa de um parente, para mantê-lo quase preso. Mas o parente, quando o conhece, gosta tanto de Voltaire que lhe dá liberdade total.
  • 8. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 8/33 Voltaire começou seus estudos no Colégio de Clermont, depois chamado Lycée Louis Le Grand, em homenagem a Luiz XV. É uma instituição pública de ensino secundário e superior, localizada em Paris, até os dias de hoje. Em 1713, aos 19 anos seu pai arranja para que se torne pajém (jovem serviçal) do marquês de Châteauneut (Chatonê) que é irmão de seu padrinho. Voltaire, parte, então, em missão diplomática com esse embaixador para Haya, Holanda. É a sua primeira viagem e aventura pública na vida, servindo-se como secretário particular. Luís XIV, conhecido como "Rei-Sol", foi um monarca absolutista da França. A ele é atribuída à famosa frase: "L'État c'est moi", o que ensejou veladas críticas de Voltaire, com repercusssão além fronteira, o que desagradou todo o governo francês. Felipe de Orleãs, nessa época, torna-se regente. François-Marie escreve os primeiros contos e libera sua veia satírica, não o perdoando. Como consequência recebe a sua primeira reprimenda. É exilado de maio a outubro de 1716 no exílio de Sully-Sur-Loire. Em 1718 começa a usar o nome de Voltaire, pela primeira vez, marca indelével que o consagrou pelo resto da vida. A adoção do nome «Voltaire» após ter estado encarcerado na Bastilha foi visto como para marcar uma separação formal de Voltaire da sua família, e do seu passado. Aos 22 anos, acusado de escrever sobre sátira ao regime, Voltaire foi condenado novamente ao exílio. Em 1719 viria forçosamente a ser seu hóspede novamente, por novas críticas ao regime. Depois de uma briga com Chevalier de Roham-Chabot, Voltaire é espancado pelos servos dele. A fúria de Chevalier faz com que ele seja posto na Bastilha, sendo solto depois de um mês, sob a condição de deixar Paris. Parte, então para a Inglaterra. Tendo aprendido o inglês muito bem, em Londres, conseguiu desenvolver sua intelectualidade. Relaciona-se com os mais proeminentes personagens literatos da Inglaterra. Admira-se com a liberdade de expressão dos ingleses, que escrevem o que querem. A filosofia inglesa, que vinha desde o início da modernidade, com Bacon, Hobbes e Locke e os deístas, o agradou. Estuda a fundo a obra de Isaac Newton, e mais tarde propaga suas ideias na França, com as Cartas filosóficas, de 1734, provocando enorme escândalo. Aos 42 anos começa a corresponder-se com Frederico da Prússia, que viria a ser Frederico II, tornando-se rei da Prússia e seu particular amigo. Por causa de uma interpretação de um ponto da teoria newtoniana, Voltaire polemiza com um protegido do rei, Malpertuis, presidente da academia de Letras de Berlim. Voltaire dirige seu ataque a Malpertuis num panfleto intitulado Diatribe du Docteur Akakia. A desavença com Frederico piora e Voltaire deixa Berlim. Quando vai para a França, descobre que está proibido de entrar em Paris. Não aceito nas cortes de Paris e Berlim, procura casa na região de Genebra e Lausanne. Adquire em Genebra uma propriedade chamada “As delícias”. Ali ele termina suas maiores obras históricas: um ensaio sobre o costume e o espírito das nações e sobre os principais fatos da história, de Carlos magno a Luís XIII. Escreveu mais de 2 mil panfletos políticos. Em 1778 Retorna a Paris em fevereiro, pela primeira vez desde 1750. É iniciado na Loja “Les Neuf-Soeurs” no dia 7 de fevereiro daquele ano, com a idade provecta de 84 anos. Algumas iniciações marcaram história. Nem tanto pelo modo incomum, mas pelos seus personagens ilustres.
  • 9. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 9/33 O Imperador Francisco I da Alemanha, por exemplo, marido de Maria Thereza, apresentado pelo escritor e político inglês Philip Chesterfield, foi elevado a Companheiro no mesmo ato de sua Iniciação, em 1731. O astronauta Glenn Jr. nascido em Cambridge, Ohio, teve o beneplácito do Grão-Mestre da Grande Loja de seu Estado natal, que usando das prerrogativas do Landmarks, fê-lo maçom sem a cerimônia formal da Iniciação. No Brasil, D. Pedro foi iniciado em 2 de agosto de 1822 com a justificativa de que acima dos formalismos, estavam os anseios dos patriotas brasileiros. Foi Gonçalves Ledo, Primeiro Vigilante, que propôs à Loja “Comércio e Artes”, em sessão extraordinária presidida por ele três dias depois, que D.Pedro de Alcântara, já Aprendiz, fosse elevado e exaltado com dispensa dos interstícios naturais, resultando, logo em seguida, sua investidura como o segundo Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil, substituindo sumariamente a José Bonifácio. No entanto, a mais fascinante das iniciações da maçonaria universal ocorreu em Paris na Loja “Les Neuf-Soeurs”, com a iniciação de Voltaire na tarde/noite de 7 de fevereiro de 1778. Essa Loja era um verdadeiro celeiro cultural onde se destacavam, além de seu fundador Lalande, o filósofo Diderot, o químico Fourcroy, o físico e estadista norte-americano Benjamin Franklin, que atuou como Experto na Iniciação de Voltaire, os astrônomos Pierre Simon Laplace, Dignitário do Grande Oriente de França e Jean Le Rond D’alembert, os naturalistas Daubenton e Lamarck, o grande matemático e filósofo Condorcet, o cientista Joseph Ignace Guilhotin, além de poetas, escritores e intelectuais da França, Itália, Inglaterra e Alemanha, entre outros. Voltaire foi levado ao Templo por Benjamin Franklin e Court de Gebelin. Encontravam-se os representantes da Imperatriz Catarina da Rússia e do Rei Frederico II da Prússia, além das representações de embaixadas especiais compostas por notabilidades da Inglaterra, Itália e Estados Unidos. Mas, em fim, era tão somente Francisco Maria Arouet, Voltaire, o demolidor de preconceitos, a maior cultura daquele Século, que iria ser iniciado. Destacavam-se ainda, damas da alta nobreza empunhando estandartes das Lojas “Felicitarias” e “Linfas da Rosa”, do Rito de Adoção que ocuparam lugar de destaque no Oriente da Loja. Em certo momento surge vagarosamente o octogenário Voltaire, amparado nos braços de Franklin e Gebelin, sob os olhares atentos da plateia e uma chuva de frenéticos aplausos. Não lhe vendaram os olhos nem tampouco o submeteram às provas de costume. Afinal era Voltaire, orgulho da Europa. Recebeu-o o Venerável Mestre Joseph Jérôme Lalande, na presença de 230 maçons. Lalande desceu do trono abraçando-o profundamente emocionado. Colocou-o numa cadeira de espaldar sobre um estrado triangular no centro do Templo. Foi uma das cerimônias mais brilhantes registradas pela Maçonaria. Lalande proferiu as palavras sacramentais que consagraram o candidato na plenitude de todos os direitos maçônicos. Enfim, estava sendo iniciado o maior gênio daquele Século. Benjamin Franklin, várias vezes Grão Mestre da Grande Loja de Pennsylvania, abraçou-o demoradamente. Era o abraço do “Novo e Velho Mundo” provocando nova ovação. A Iniciação de Voltaire motivou a maior explosão da História da Humanidade estremecendo até mesmo o trono de Luiz XVI, com a presença dos embaixadores de Catarina e Frederico II, o Grande.
  • 10. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 10/33 Era o prenúncio do final da tirania e do absolutismo, antecipando à Revolução Francesa, que absorveu muitas de suas ideias. A sua Iniciação já alcançando o 3º. Grau, não foi um pedido de Voltaire. O privilégio, é que foi estendido em homenagem ao maior expoente vivo daquela época. Voltaire foi revestido com o avental que pertenceu a Claude Arien Helvetius, filósofo e literato francês, membro da Loja, e que fora cedido, para a ocasião, pela sua viúva. Comovido, Voltaire beijou o avental. Primeiro falou Lalande, o Venerável Mestre. Seguiram-se, ao após, as orações dos embaixadores de Catarina e de Frederico II. Depois discursaram Laplace e Diderot. Finalmente falou Voltaire. Falou num improviso contagiante durante duas horas com palavras ora irônicas, ora proféticas, sob o silêncio sepulcral dos presentes. Enfim, Voltaire iniciado. Voltaire Maçom. Voltaire declamando para Frederico II , seu particular amigo. Voltaire adoece algumas semanas depois e vem a falecer a 30 de maio daquele mesmo ano de 1778, pouco mais de três meses, após sua iniciação maçônica. Não podendo ser enterrado em solo consagrado, seu corpo é levado às escondidas de Paris, à noite, para Champagne. Foi atendido pelo Abade Gautier. Deixou escrito que morria “adorando a Deus e a meus amigos, sem odiar meus inimigos e detestando a superstição”. Recebe um enterro cristão na abadia de Sullières, em Champagne. Sua biblioteca foi comprada por Catarina II, sua grande devota, sendo enviada por barco de Farney a São Petersburgo, onde permanece na biblioteca nacional da Rússia. De 1784 a 1789, uma edição completa dos escritos de Voltaire é publicada em 70 volumes (a dita edição Kehl), sob a direção do dramaturgo Pierre de Beaumarchais. Em julho de 1791, em uma grande cerimônia revolucionária, os restos de Voltaire são trazidos de volta a Paris e colocados definitivamente no Pantheón de Paris, no Quartier Latin. Estão escritas na base da estátua as seguintes palavras: “Ele nos ensinou a sermos livres” Abaixo, dois registros de 4 de abril de 2013, quando visitamos a tumba onde se encontram os restos e a estátua de Voltaire, no Pantheón, (Quartier Latin) em Paris. Um irônico destino com Rousseau seu mais ilustre e mordaz adversário. Além de morrer no mesmo ano que Voltaire, as duas tumbas e estátuas estão bem em frente uma da outra.
  • 11. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 11/33 Nossa visita à tumba de Voltaire, em 04.04.2013.(Expedição maçônica/2013) A tumba de Voltaire em outro ângulo (foto JB News).
  • 12. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 12/33 Bibliografia: Voltaire, François Marie A. De L&pm – Livraria Saraiva - Compêndio da Cambridge sobre Voltaire, de Nicholas Cronk – Edit. Madras Artigo - Voltaire, Ir E. Figueiredo La Philosophie de Voltaire , de C. Porset – Livraria Saraiva Histoire de France – História de França – Marc Ferro – Edições 70, Ltda. Lisboa – Julho de 2011. Do Meio-Dia À Meia-Noite – Vade-Mecum Maçônico, de João Ivo Girardi -2006 L’Énigme Sacree, de Michel Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, Paris, 1993. La Franc-Maçonnerie, Musée d’Aquitaine, Dervy, 1994 (Exposition réalisée avec le concours de la Bibliothèque nationale) Nos Bastidores do Mistério, de Adelino de Figueiredo Lima –Spiker (Rio) 1953 Artigos pessoais e do JB News. Internet: da Biblioteca Numérica (ou seja Digital) de Sceaux, França: http://bibnum.sceaux.fr/node/93 ( Voltaire, Vida, Iniciação e Morte - Ir José Maurício Guimarães: Htpp://zmauricio.blogspot.com Arquivo JB News: http://www.francmaconcollection.fr/1-VOLTAIRE-FRANC-MACON/tablier-maconnique-de-voltaire.php http://gremioestreladalva.blogspot.pt/2010/04/voltaire-nome-simbolico.html http://www.revistauniversomaconico.com.br/capa/o-enciclopedista-voltaire/ http://www.obreirosdeiraja.com.br/voltaire-apenas-tres-meses-de-maconaria/ http://www.gadlu.info/macon-celebre-voltaire.html http://www.hiram.be/Voltaire-et-la-Franc-Maconnerie-sous-l-eclairage-des-Rituels-du-temps_a6425.html
  • 13. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 13/33 Ir Cleverson Julião – CIM 236636 Gr. 33º e MI da Loja Luzes de Iguabinha nr. 3073 Araruama - RJ 1. CORINTIOS As Divisões na Igreja 10 Irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo suplico a todos vocês que concordem uns com os outros no que falam, para que não haja divisões entre vocês; antes, que todos estejam unidos num só pensamento e num só parecer. 11 Meus irmãos, fui informado por alguns da casa de Cloe de que há divisões entre vocês. 12 Com isso quero dizer que algum de vocês afirma; “Eu sou de Paulo”; ou “Eu sou de Apolo; ou “Eu sou de Pedro; ou ainda “Eu sou de Cristo”. Este belíssimo texto extraído das Sagradas Escrituras - Novo Testamento – leva-nos, de início, a interpretá-lo literalmente trazendo-o, em seguida, para os dias de hoje, dias difíceis, conturbados, violentos, onde o desamor aflora, abruptamente, e a concorrência, sob todos os aspectos, é válida mesmo se praticada de forma desonesta, baixa, antiética, ultrapassando valores antigos, que ainda se perpetuam, como por exemplo os usos e costumes. Para falarmos em Igreja, há a necessidade de entendermos os seus mais simples significados. A palavra advém do latim ecclesia. É um templo cristão, o local da pregação dos ensinamentos de Cristo, obedecendo os princípios da ética cristã (os morais exemplificando) e que são derivados da fé cristã e pelos quais agimos. É o conjunto de fiéis unidos pela mesma fé e que celebram as mesmas doutrinas religiosas. É uma comunidade composta por cristãos, formando um corpo social organizado, instituído por Jesus Cristo. Na Sociologia, Igreja é um determinado grupo religioso organizado e institucionalizado. É uma sociedade cujos membros representam da mesma maneira o mundo sagrado e suas relações com o mundo profano. Como grupo, uma igreja abrange uma comunidade dos que creem e, geralmente um corpo de sacerdotes, seja ele hierarquizado ou não. Como instituição, a igreja representa um sistema de preceitos dogmáticos, ritos e crenças. Preceito dogmático expressa a qualificação de alguém como seguidor de um dogma – dogmatismo – ou seja um indivíduo que aceita determinada coisa como uma verdade absoluta e não abre espaço para discussão. Rito é originário do latim ritu, tendo vários sentidos. No sentido mais geral, é uma sucessão de palavras e atos que, repetida, compõe uma cerimônia seja ela religiosa ou civil. Já a crença, é a convicção de que algo é 3 – Corintios – As Divisões na Igreja Cleverson Julião
  • 14. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 14/33 verdadeiro e certo. É uma avaliação pessoal que pode ser baseada em elementos racionais ou em uma sensação interna. O ato de suplicar ou de rogar de Paulo, anuncia a sua preocupação primária em manter a unidade da Igreja. Ele tinha ouvido (vs.11-12) que essa unidade em Corinto (cidade do município de Corinto, na unidade regional da Coríntia, região do Peloponeso, Grécia) tinha sido quebrada. Havia na comunidade, espírito de dissenção. Cloe citada, não possui histórico conhecido supondo-se que foi uma cristã com influência provavelmente membro da Igreja em Corinto. Os “alguns” mencionados por Paulo é que afirmaram haver, à época, divisões no seio da Igreja afirmando, ainda, quais eram as correntes, porque não dizer ideológicas, abraçadas por seguidores de Paulo, de Apolo, de Pedro ou ainda de Cristo. A idéia central, como se denota, explicita a necessidade de união num contexto de um só pensamento e um só parecer. As divergências pessoais, e em grupo, sempre existiram e, existirão haja vista que o homem, animal racional, é por natureza rebelde, subversivo na sua essência, contestador, divergindo, muitas vezes, do próximo para fazer, a todo custo, prevalecer a sua opinião. Posições divergentes, defendidas em comunidades, grupos, objetivando não a unidade mas a desagregação social são notórias. Entretanto, a mensagem bíblica no meu pensar obriga-nos a refletir democraticamente que a divergência, a contrariedade, fazem parte do cotidiano, desde que respeitosa. A desagregação, ocorre no momento que as retromencionadas ideologias afloram, defendidas por ardorosos representantes sociais que não são favoráveis à harmonização, a idéia única mesmo lapidada por manifestações desordenadas tornando-se impossível avistar-se um caminho racional, de luz, que alinhave o bem estar e a felicidade dos homens. E a Igreja pela sua história e, importância, também sofreu e, por que não dizer sofre com colisões internas, muitas vezes de difícil equacionamento. O homem, independentemente da sua formação é possuidor de vaidades próprias, de egos elevados, de razões por ele criadas, muitas vezes totalmente irracionais e incoerentes, “princípios” que o tornam difícil no relacionamento, tratando única e exclusivamente de si, de seus próprios interesses, de seus objetivos, metas, atropelando qualquer um que dele discorde ou derrube os seus argumentos pela via democrática e não impositiva. Esse homem incoerente cria “uma verdade real” da qual não abre mão. Tudo isso assistimos diuturnamente, mesmo incorporando o preceito constitucional da Carta Política de 1988 da ampla defesa e do contraditório. A convivência, no mundo contemporâneo é assaz difícil mas devemos lutar no bom combate, usando sempre de nossa oralidade, ou da palavra escrita por mais singela que for para trazer a unidade tão necessária, imprescindível à sociedade afastando dos segmentos sociais em que vivemos os chamados “donos da verdade”, na maioria das vezes opacos por natureza e, voltados somente para as trevas. À todos eles nossas intensas e robustas orações para que as divisões tracejadas, de forma desleal e objetivos espúrios não prosperem e, sim prospere a unidade que se sobreponha, sempre, à divisão, tudo sob a égide do Criador. BIBLIOGRAFIA: Bíblia Vida Melhor – LÍDER – Nova Versão Internacional – Thomas Nelson – Brasil. Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã – Sociedade Bíblica do Brasil. Conceitos.com/crença www.significados.com.br/dogmática. www.gotquestions.org
  • 15. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 15/33 Ir Diógenes de Sínope MM Loja Salvador Allende (GOL) Lisboa - Portugal Lojas de São João MM.’.QQ.’.IIr.’. Este não vai ser um traçado de instrução por isso implicar um estudo profundo dos factos históricos, simbólicos e ritualísticos relacionados com o tema que vos vou propor. Vai ser, apenas, uma lasca da pedra bruta a ser burilada com a finalidade de enriquecer a mim próprio e a todos os MM.’.QQ.’.IIr.’. se assim o desejarem. Tradicionalmente, as Lojas Azuis são chamadas de Lojas de S. João, bem expressas nos trabalhos do Grau de Apr.’. que todos sabem de cor e salteado. E logo várias perguntas se impõem: por que razão são assim designadas numa época em que a F-M se exibe laica e não enfeudada à religião? Porquê a razão de os F-M celebrarem os dias festivos de 24 de Junho e 27 de Dezembro? Porquê, seguindo a tradição operativa do reconhecimento entre IIr.’. com perguntas e respostas, eles respondem que …vêm de uma Loja de S. João…? Por questões de metodologia abordarei este assunto, primeiro sob a perspectiva dos factos históricos e de seguida as possíveis interpretações simbólicas e ritualísticas. 1-FACTOS HISTÓRICOS Começo por vos dizer que, segundo alguns estudiosos da tradição maçónica, a 1ªLoja, ou Loja Mãe, foi convocada em Jerusalém dedicando-se a S. João, primeiro o Baptista, depois o Evangelista e, posteriormente, a ambos (não há documentos históricos que o comprovem, apenas lendas). Sendo esta a convicção dos que afirmam a grande influência da tradição judaico-cristã na tradição maçónica, quero crer que devemos ir mais além (neste caso mais atrás recuando aos factos percursores da referida tradição judaico-cristã) por haver poucas dúvidas que as celebrações de 24 de Junho (o Baptista) e 27 de Dezembro (o Evangelista) têm como base as festas pagãs dos solstícios onde eram celebradas, quer a regeneração (ou um 2ª nascimento) quer o caminho entre os ciclos, sendo mesmo considerados como o Conhecimento em todas as civilizações pré-abraâmicas. Zénite e Nadir, afirmavam os que conheciam as Leis dos Astros mas a dinâmica espácio-temporal não se ateve à materialidade prosseguindo o seu correlato (a espiritualidade) numa senda que nos obriga a recordar a história de cada S. João que a F-M adoptou. Primeiro S. João Baptista, filho de Zacarias e Isabel (prima de Maria), ambos estéreis, logo considerado o seu nascimento como um milagre pois não era esperado, atribuíram-lhe o papel de percursor dos caminhos de jesus, o Cristo, baptizava no Rio Jordão, pregava a renúncia, o arrependimento, a fraternidade, justiça e o combate à tirania tornando-se mártir. 4 – Lojas de São João Diógenes de Sínope
  • 16. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 16/33 A seguir, S. João Evangelista, filho de Zebedeu e Salomé, pescador como Pedro, torna- se apóstolo (íntimo de jesus, o Cristo), autor do 4º Evangelho e Apocalipse transformando o pensamento de deus em imagens literárias criativas como os célebres…no princípio era o Verbo ou a voz do divino é como mugido de muitas águas… A relação de S. João, Baptista e Evangelista, com a F-M provém dos chamados tempos operativos sendo a mais antiga referência datada de 1427 através de um manuscrito em latim, perdido em Oxford, que diz terem os pedreiros-livres protestado no dia de S. João Baptista contra uma ordem emanada do parlamento inglês a suprimir as assembleias dos maçons. Posteriormente, em 1502 (na ocasião da colocação da primeira pedra da Catedral de Westminster) há um registo de uma reunião de uma Grande Loja, presidida pelo Rei Henrique VII, no dia de S. João Baptista. Em relação a S. João Evangelista há um registo nas Acta Latomorum no dia 27 de Dezembro de 1561 em que os militares enviados pela Rainha Isabel I para dissolver as assembleias de pedreiros-livres foram iniciados por estes informando posteriormente a Rainha das boas práticas e costumes dos maçons, ao ponto de aquela mudar a sua opinião e se tornar protectora dos mesmos. Mas é no período dito especulativo que documentos e referências proliferam. Encontramos o 1º testemunho na Constituição da Grande Loja de Londres em 1717 que diz ser no dia de S. João Baptista que as 4 lojas de Londres se reúnem em assembleia para eleger o Grão-Mestre. Outro testemunho é, após a eleição de John Montagu (o 1º Aceito a ser eleito Venerável), a constatação das datas de 24 de Junho e 27 de Dezembro no Artigo 22º dos Regulamentos Gerais publicados pelo pastor Anderson como celebrações dos maçons. Há ainda um relato de R. F. Gould em 1704 em que se fixava a data de 24 de Junho para a eleição do Grão-Mestre e a de 27 de Dezembro para os AApr.’. serem admitidos e aceitos. Uma referência ainda aos Templários que escolheram para patrono S. João Evangelista e quando estes foram banidos os seus sucessores, os Hospitaleiros, mantiveram o culto de S. João. 2-SÍMBOLOS E RITUAL Para lá dos acontecimentos históricos, a interpretação simbólica que a F-M seguiu parece ser muito mais rica e extensa, valendo a pena aqui focar algumas pistas para, mais tarde, serem estudadas em pormenor. Assim, parece evidente que o nascimento inesperado de S. João Baptista é interpretado como o testemunho da Luz (a de jesus, o Cristo) logo engajado com o Sol que brilha no solstício de Verão e, é claro que a tradição cristã ligou este facto ao envio do fogo e da água divinos para purificar (analogia aproveitada na Câmara de Reflexão) o neófito e aquele que quer renascer para uma nova Luz. Também a retirada de S. João Baptista para o deserto foi aproveitada por nele reinar o silêncio e assim no grau de Apr.’. não se fala e apenas se escuta. Após a sua decapitação por Herodes a sua cabeça foi enterrada longe do corpo aproveitando os monges do séc. XIII para a relacionar como símbolo solar no seu Zénite anual simbolizando assim a vitória da Luz sobre as trevas. Quanto a S. João Evangelista é-lhe atribuído, no seu Evangelho, a descrição e desenvolvimento do nascimento da Luz no seio das trevas (concretamente no 4º verseto do Prólogo que diz…Nele está a vida, e a vida será a Luz dos homens…), luz esta diferente do 1º S. João (anúncio da vinda de Cristo), pois os estudiosos remarcam a distinção em que a do Evangelista seria o mistério da aparição da Luz dentro das trevas (o solstício de Inverno apresenta a noite mais longa do ano). Muito ligado à recente maçonaria (em certos ritos abrem- se os trabalhos com uma oração de S. João Evangelista) é considerado o criador do evangelho do espirito, ou seja, simboliza a igreja interior (esotérica) e portanto um mestre da Iniciação.
  • 17. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 17/33 Em resumo, não se pode esquecer que o Simbolismo Solar (nas grutas de Lascaux existem gravuras datadas de há 15.000 anos) é Universal, não sendo senão a simbologia dos dois S. João uma adaptação (judaico-cristã) desse fenómeno. Se a S. João Baptista se atribui a incarnação do velho testamento e o anúncio do novo, a S. João Evangelista dá-se-lhe a criação da interioridade da mensagem cristã. Afinal, não serão apenas dois braços da mesma Luz numa dialéctica infinita? Exactamente como as duas cabeças do Caduceu ou, aqui a nossos pés o branco e o preto dos pavimento mosaico! S. João Baptista foi simbolizado como o grande Iniciado e o Evangelista como Iniciador (o silêncio e as viagens no deserto do primeiro e a reflexão interior no segundo). Foram correspondidos às duas Colunas na entrada do Templo (no Evangelho…eu sou a porta por onde entram os crentes…), são ambos os extremos do ciclo revelador do Verbo na terra, são também associados a Janus (primeiro Rei mítico de Roma) que era um deus de duas faces, patrão dos mistérios e guardião das portas do céu e do Templo (a título de curiosidade encontra-se num vitral da Igreja de S. Rémy em Reims uma imagem única que congrega os dois santos) e, sobretudo, simbolizam o anúncio da Luz (Baptista) e a explicação dela (Evangelista) com os consequentes ciclos de morte e renascimento. No manuscrito de Graham de 1726 vem escrito…Donde vens tu? Eu venho de uma justa e respeitável Loja de mestres e companheiros pertencentes a deus e a S. João, que saúdam todos os verdadeiros e perfeitos irmãos dos nossos santos secretos… Termino, desejando aos MM.’.QQ.’.IIr.’. que o interesse que este traçado vos possa ter despertado nos una no propósito simbolizado em S. João, Baptista ou Evangelista, vale dizer, na procura da Luz que nos conduzirá à perfeição e mestria. Diógenes de Sínope, M.’.M.’. R.’.L.’. Salvador Allende G.’.O.’.L.’. Bibliographia -Jules Boucher – “La Symbolique Maçonnique” -Marie Delclos, Jean-Luc Caradeau – « Les Symboles Maçonniques Éclairés par Leurs Sources Anciennes »
  • 18. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 18/33 Ir Kennyo Ismail kennyoismail@hotmail.com www.noesquadro.com.br OS CALENDÁRIOS MAÇÔNICOS E SUAS CORRETAS APLICAÇÕES 1. Introdução A Maçonaria possui diferentes tipos de calendários, usados nos mais diversos ritos e épocas, cada um com sua própria lógica e significados. Porém, isso tem gerado certas confusões históricas, principalmente no Brasil, com sua pluralidade de Ritos e carência de registros legais disponíveis, de bibliotecas maçônicas e, principalmente, de literatura maçônica de qualidade. Nesse cenário caótico, muitas vezes as Obediências Maçônicas, Lojas e demais corpos maçônicos brasileiros encontram dificuldades e não encontram consenso na adoção dos calendários utilizados em seus certificados. Pensando nisso, este artigo tem por objetivo disponibilizar uma relação dos tipos de calendários maçônicos existentes e seus mecanismos de funcionamento, de forma a esclarecer de uma vez por todas esse tema, disponibilizando aos interessados, sejam estudiosos de Maçonaria ou secretários com a missão de confeccionar diplomas, acesso a informação organizada e confiável. Dessa forma, espera-se colaborar com a redução de confusão resultante do registro de data em atas, documentos e certificados maçônicos brasileiros, matéria essa que deveria ser das mais simples, mas que faz com que até comemoremos o Dia do Maçom no dia errado. 2. Tipos de Calendários 2.1. Calendários Não-Maçônicos Calendários que não são genuinamente maçônicos, mas suas menções são importantes, visto que servem de base para o cálculo de um ou mais sistemas de datação utilizados na Maçonaria. Há vários outros calendários não maçônicos que foram ou ainda são utilizados em algumas situações, 5 – Os Calendários Maçônicos e suas corretas Aplicações Kennyo Ismail
  • 19. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 19/33 entretanto, por não terem relação direta com os calendários maçônicos apresentados neste artigo, não serão mencionados. 2.1.1. Era Comum, Era Corrente ou Era Vulgar (E.´. V.´.) Também conhecido como Anno Domini, termo em latim que significa “Ano de nosso Senhor”, o qual pode ser encontrado por sua sigla, A.´. D.´.. Trata-se do calendário gregoriano, promulgado pelo Papa Gregório XIII em 24 de Fevereiro de 1582 (THIBAULT, 1981), e adotado como ano civil em praticamente todos os países. O Papa Gregório determinou a criação de um novo calendário porque o calendário juliano, que se utilizava desde 46 a.C., arredondava o ano solar para 365 dias e 6 horas, o que dava uma diferença de mais de 11 minutos por ano em comparação com o ano solar real (COIL, 1961, p. 112). Com o passar dos séculos, isso havia gerado uma diferença de dias, e o Papa desejava determinar corretamente a data da Páscoa. Naquele ano de 1582, a quinta-feira do dia 04 de Outubro, foi seguida por uma sexta-feira, dia 15 de Outubro, corrigindo o desvio do calendário anterior, e os anos passaram a ter exatos 365 dias, adotando-se o sistema de anos bissextos para suas correções periódicas. Esse é o calendário que dá origem ao formato do dia 20 de Junho de 2013, data que servirá de comparação aos demais calendários. A Maçonaria deve utilizá-lo para todos os documentos, atas e certificados legais e para pranchas e comunicações direcionadas a pessoas ou instituições do mundo profano. 2.1.2. Calendário Judaico Calendário utilizado no Judaísmo, adotado principalmente para as datas religiosas (BASSINI, 2004). Os judeus ortodoxos também utilizam para registrar nascimentos, casamentos e outras datas importantes. Trata-se de calendário no qual os meses são baseados no ciclo lunar, enquanto os anos são baseados no ciclo solar. Dessa forma, os anos se intercalam entre de 12 e 13 meses. Mas é desaconselhada aos corpos maçônicos a utilização desse calendário, visto ser um calendário religioso. No calendário judaico, a data de 20 de Junho de 2013 é: 12 de Tamuz de 5773. 2.2. Calendários Maçônicos 2.2.1. Calendário da Maçonaria Simbólica A Maçonaria Simbólica, ou seja, as Obediências Maçônicas e suas Lojas, deve adotar o Anno Lucis (Ano da Luz), abreviado como A.´. L.´.. Sua data é calculada acrescentando 4000 anos à data do ano civil corrente. A adoção do Anno Lucis na Maçonaria Simbólica foi iniciativa de James Anderson, que acreditava que a Maçonaria deveria ter uma forma própria de marcar as datas, diferente de calendários religiosos como o judaico e o gregoriano. Ele tomou por base os cálculos de um arcebispo anglicano irlandês, James Ussher, que determinou, com base nos registros bíblicos, que o mundo teve origem no ano de 4.004 a.C. (BARR, 1985). Para facilitar a utilização, Anderson arredondou a criação do mundo para 4.000 a.C. (COIL, 1961, p. 112). Dessa forma, tendo como exemplo o dia 20 de Junho de 2013, tem-se: 20 de Junho de 6013 do A.´. L.´.. Esse é o sistema utilizado pelas Grandes Lojas de todo o mundo, e o recomendado às Lojas e Grandes Lojas ou Grandes Orientes brasileiros para utilização nos certificados de concessão dos graus simbólicos, cartas constitutivas e demais documentos que sejam estritamente maçônicos. Sugere-se a utilização desse calendário no Simbolismo, independente do Rito adotado na Loja, de forma a padronizar a datação de certificados e cartas constitutivas pelas Obediências, reduzindo assim possíveis confusões. Dessa forma, os calendários específicos dos ritos têm suas adoções restritas aos seus respectivos Altos Graus.
  • 20. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 20/33 2.2.2. Calendário do Rito Escocês Antigo e Aceito Houve ocasiões no passado em que se verificou o uso do calendário hebraico em alguns Supremos Conselhos do REAA, adotando a sigla A.´. H.´., de Anno Hebraico, após a data (MACKEY, 1914, p. 129). No entanto, via de regra, atualmente adota-se nos Altos Graus do REAA o sistema de Anno Mundi (Ano do Mundo), A.´. M.´., que é inspirado no Calendário Judaico, apesar de diferente desse. O sistema funciona da seguinte maneira nos dois Supremos Conselhos do REAA norte-americanos: Entre 01 de Janeiro e 31 de Agosto, deve-se adicionar 3760 anos ao ano civil corrente. Já entre 01 de Setembro e 31 de Dezembro, deve-se adicionar um ano extra, ou seja, 3761 anos ao ano civil corrente. Dessa forma, todo ano inicia-se no dia 01 de Setembro do ano anterior e encerra-se em 31 de Agosto do ano corrente, devendo os meses serem mencionados por número ordinal. Assim sendo, Setembro é o 1º mês, Outubro o 2º, Novembro o 3º, e Agosto o 12º. Trata-se de sistema adotado pela maioria dos Supremos Conselhos do Rito no mundo. Como exemplo, o dia 20 de Junho de 2013 seria 20 do 10º mês de 5773 do A.´. M.´. 2.2.3. Calendários do Rito de York 2.2.3.1. Calendário da Maçonaria Capitular ou do Real Arco Os Graus Capitulares do Rito de York abrangem um sistema de 04 graus: Mestre de Marca, Past Master, Mui Excelente Mestre e Maçom do Real Arco. Esses graus são concedidos em Capítulos de Maçons do Real Arco, subordinados a Grandes Capítulos de Maçons do Real Arco, os quais são filiados ao Grande Capítulo Geral de Maçons do Real Arco Internacional (General Grand Chapter of Royal Arch Masons International). Esses corpos adotam o Anno Inventionis, que significa “Ano do Descobrimento” e é abreviado como A.´. I.´.. Ele é calculado somando 530 anos ao ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914). Os maçons do Real Arco registram essa data porque foi o ano em que Zorobabel iniciou a construção do segundo Templo, em 530 anos antes de Cristo. A seguinte passagem bíblica está relacionada com a construção: “Então se levantaram Zorobabel, filho de Salatiel, e Jesuá, filho de Jozedeque, e começaram a edificar a casa de Deus, que está em Jerusalém; e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.” (BÍBLIA, 1969, Esdras 5:2) Como exemplo, o dia 20 de Junho de 2013 é: 20 de Junho de 2543 do A.´. I.´. 2.2.3.2. Calendário da Maçonaria Críptica ou da Maçonaria de Conselho Os Graus de Conselho ou Graus Crípticos do rito de York abrangem um sistema de 03 graus: Mestre Real, Mestre Escolhido e Super Excelente Mestre. Esses graus são concedidos em Conselhos de Maçons Crípticos, os quais são subordinados a Grandes Conselhos de Maçons Crípticos, esses últimos filiados ao Grande Conselho Geral de Maçons Crípticos Internacional (General Grand Council of Cryptic Masons International). Esses corpos utilizam o sistema de Anno Depositionis (Ano do Depósito), cuja sigla é A.´. Dep.´. e que é calculado somando-se 1.000 anos ao ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914). O uso desse ano é em observância ao ano em que a construção do Templo de Salomão foi concluída e o Templo foi consagrado, tendo em seu interior depositada a Arca da Aliança: “Assim se acabou toda a obra que fez o rei Salomão para a casa do Senhor; então trouxe Salomão as coisas que seu pai Davi havia consagrado; a prata, e o ouro, e os objetos pôs entre os tesouros da casa do Senhor.” (Reis I 7:51). Assim, o dia 20 de Junho de 2013 é registrado como: 20 de Junho de 3013 do A.´. Dep.´. 2.2.3.3. Calendário da Maçonaria Templária ou da Cavalaria Maçônica As Ordens de Cavalaria Maçônica são 03: Ordem da Cruz Vermelha, Ordem de Malta e Ordem dos Cavaleiros Templários. Essas ordens são concedidas em Comanderias Templárias, que são
  • 21. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 21/33 subordinadas a Grandes Comanderias, essas últimas filiadas ao Grande Acampamento Templário. Esses corpos usam o formato de Anno Ordinis, termo em latim que significa “Ano da Ordem” e que é abreviado como A.´. O.´.. É calculado subtraindo 1118 anos do ano civil corrente (COIL, 1961; MACKEY, 1914), visto a Ordem dos Templários ter sido oficialmente fundada no ano de 1.118 (i.e.: AYALA, 2005). Para ilustrar seu uso, o dia 20 de Junho de 2013 seria: 20 de Junho de 895 do A.´. O.´. 2.2.3.4. Calendário da Ordem do Sumo Sacerdócio Mais conhecida no Brasil como a Ordem dos Sumos Sacerdotes Ungidos, essa é uma Ordem concedida àqueles eleitos para servirem como Sumos Sacerdotes (Presidentes) de Capítulos de Maçons do Real Arco. É o correspondente no Real Arco à Instalação de um Venerável Mestre Eleito na Maçonaria Simbólica. Na Ordem do Sumo Sacerdócio adota-se o Anno Beneiacio (Ano da Benção), abreviado como A.´. Beo.´., que é calculado adicionando 1913 anos ao ano civil corrente, pois acredita-se que Abraão foi abençoado por Melquisedeque em 1913 a.C.: “Porque este Melquisedeque, que era rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele regressava da matança dos reis, e o abençoou” (Hebreus 7:1). Desse modo, o dia 20 de Junho de 2013 é: 20 de Junho de 3926 do A.´. Beo.´. na Ordem dos Sumos Sacerdotes Ungidos. 2.2.3.5. Calendário da Ordem dos Cavaleiros Sacerdotes Templários do Santo Arco Real Também conhecida como Ordem da Santa Sabedoria, possui uma versão inglesa e outra norte- americana. A inglesa é restrita a maçons que sejam Mestres Instalados, Maçons do Arco Real, Cavaleiros Templários e professem a fé cristã. Sua versão norte-americana, considerada como um corpo aliado ao Rito de York, é muito mais restrita, exigindo também que o candidato tenha servido como Comandante de uma Comanderia Templária. Essa Ordem utiliza o Anno Renascenti (Ano do Renascimento), cuja sigla é A.´. R.´., e no qual se subtrai 1686 anos do ano civil corrente. Exemplificando, o dia 20 de Junho de 2013 fica sendo: 20 de Junho de 327 do A.´. R.´. 2.2.4. Calendário do Rito Adonhiramita O Rito Adonhiramita é um rito de origem francesa, cujo calendário foi abolido pelo Grande Oriente de França em 12/10/1774, por gerar grande confusão em sua datação. As primeiras Lojas na cidade do Rio de Janeiro, a Loja “Reunião” e depois a Loja “Comércio e Artes”, trabalharam inicialmente no Rito Adonhiramita, adotando seu calendário original. Já quando do reerguimento da Loja “Comércio e Artes” e sua divisão em três Lojas para a fundação do então Grande Oriente Brasílico, os trabalhos já ocorreram no Rito Moderno Porém, assim como “o uso do cachimbo deixa a boca torta”, a Loja “Comércio e Artes” por um bom tempo teve suas atas datadas ainda pelo calendário do Rito Adonhiramita, o que originou, anos depois, a confusão do Dia do Maçom. O sistema do Calendário Adonhiramita tem por base o início do ano no dia 21 de Março, fixando nesse dia o Equinócio Vernal. Soma-se então ao ano 4000 anos, como no calendário maçônico original, criado por James Anderson. O termo utilizado para designar o ano também é “Verdadeira Luz”, similar ao termo adotado por Anderson, de Anno Lucis (Ano da Luz). Considerando esse sistema, o dia 20 de Junho de 2013 é o 31º dia do 3º mês de 6013 da V.´. L.´., no Rito Adonhiramita. 2.2.5. Calendário do Rito Moderno
  • 22. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 22/33 O Rito Francês, também conhecido como Rito Moderno, foi adotado no Grande Oriente da França quando de sua Convenção de 1786 (i.e.: COIL, 1961, p. 268; MACKEY, 1914, p. 285). O calendário do Rito Moderno é o calendário tido como oficial no âmbito do Grande Oriente de França desde 1774, em substituição do calendário do Rito Adonhiramita. Esse calendário era baseado no sistema adonhiramita, com a diferença de que se passou a adotar como primeiro dia do ano o dia 1º de março (COIL, 1961, p. 113), e os meses passaram a ser contados pelo número ordinal. Isso facilitava no cálculo, visto que o sistema adonhiramita gerava bastante confusão. O termo relacionado ao ano geralmente utilizado também é o da Verdadeira Luz: V.´. L.´., ou, em alguns registros do Rito Moderno, Vraie Lumiere (MACKEY, 1914, p. 129). Assim, o dia 20 de junho de 2013 é o 20º dia do 4º mês de 6013 da V.´. L.´. para o Rito Moderno. 3. Comentários Finais A Maçonaria Brasileira é, sem dúvida alguma, uma das mais “bem servidas” em se tratando de ritos maçônicos, como bem evidencia João Guilherme da Cruz Ribeiro (2012, p. 11). Com exceção do Rito Brasileiro que, por coincidência ou não, parece não possuir calendário próprio, os demais ritos em prática no Brasil são sistemas importados, a maioria chegando ao Brasil ainda no século XIX. E cada rito, ou mesmo segmento de rito, chegou com sua própria história, seus próprios termos, paramentos e regras de funcionamento, resultantes de diferentes origens, inspirações e influências. Iniciativa inaugurada por James Anderson, quando da Primeira Grande Loja de Londres, o primeiro calendário maçônico, por sinal muito simples de se utilizar, tinha por objetivo claro dar uma identidade própria ao registro das datas maçônicas, numa época em que ritos formalmente ainda não existiam. Conforme foram surgindo, cada rito parece ter utilizado da mesma estratégia para deixar sua marca na datação dos documentos e registros maçônicos. Nos últimos anos, muitos desses calendários maçônicos têm caído em desuso. E quando utilizados, geralmente são acompanhados pela data no formato do calendário civil. Por esse motivo, não é de se estranhar que muitos maçons, mesmo com algumas décadas de experiência, desconheçam o funcionamento dos mesmos, até mesmo quando adeptos de um dos ritos que os possui. 6 - Originalmente publicado em: http://www.noesquadro.com.br/ Portanto, que este trabalho não sirva apenas para saciar a curiosidade daqueles que o leem, ou para servir de orientação quando se desejar confeccionar um certificado maçônico com certo requinte, senão para também registrar, de forma sucinta e organizada, um dos elementos que compõem a história dos ritos aqui citados e que pode simplesmente se perder nas brumas do tempo. 4. Referências Bibliográficas AYALA, Carlos Martinez – “Origem, Significado e Tipologia das Ordens Militares”, As Ordens Militares na Europa Medieval, dir., por Feliciano Movoa Portela, 1ª ed., em Portugal, Lisboa, Chaves Ferreira – Publicações S.A., 2005 BARR, J. Why the World Was Created in 4004 BC: Archbishop Ussher and Biblical Chronology. Bulletin of the John Rylands University. 1985, vol. 67, no2, pp. 575-608. BASSINI, Marili. Ensino Religioso: educação pró-ativa para a tolerância. Revista de Estudos da Religião Nº 2, p. 49- 64, 2004. BÍBLIA. Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento. Tradução: João Ferreira de Almeida. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969. COIL, Henry Wilson; BROWN, William M. Coil’s Masonic Encyclopedia. New York: Ed. Macoy,1961. MACKEY, Albert. An Encyclopedia of Freemasonry. New York e Londres: The Masonic History Company, 1914. RIBEIRO, João Guilherme da Cruz. O Nosso Lado da Escada. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2012. THIBAULT, Pierre. O Período das Ditaduras 1918-1947. História Universal 12. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1981.
  • 23. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 23/33 Irmão H.L.Haywood Tradução: Ir Luiz Marcelo Viegas O Ponto Dentro do Círculo https://opontodentrodocirculo.wordpress.com Os Grandes Ensinamentos da Maçonaria – Capítulo I Publicado em 2por Luiz Marcelo Viegas O que é isso tudo? Essa foi uma pergunta que eu me fiz muitas vezes durante minha iniciação. É uma pergunta que você, sem dúvida, também fez a si mesmo, e por ela todos somos moldados até o fim do Terceiro Grau. A linguagem do ritual, imponente e bonito como ele geralmente é, é para a maioria de nós um discurso “misterioso”; e as instruções e a ritualística são igualmente confusas para o neófito. Por isso é que fazemos a pergunta, “O que é isso tudo?”. Depois de nos tornarmos familiarizados com o ritual e ter aprendido alguma coisa de seu significado, descobrimos que a própria Fraternidade, como um todo, e não apenas uma parte ou detalhe mais misterioso, é algo quase demasiado complexo para se entender. Com o passar do tempo o maçom fica tão acostumado com o ambiente da Loja que ele se esquece de sua primeira sensação de estranheza, mas mesmo assim ele ouve de tempos em tempos coisas sobre antiguidade, a universalidade e a profundidade da Maçonaria; ouve conversas sobre o seu lugar na história e no mundo, e isso o faz sentir que, apesar de toda sua familiaridade com a Loja, ele pouco sabe sobre a Fraternidade Maçônica na sua totalidade. O que é a Maçonaria? O que é que está tentando fazer? Como veio a ser? Quais são os seus ensinamentos centrais e permanentes? É para responder a estas perguntas — e essas perguntas passam pela mente de quase todos os Maçons, porém ele pode ficar indiferente a elas — que a filosofia da Maçonaria existe. Para entender “O que é isso tudo”, no seu conjunto, e não em partes, devemos aprender sobre a filosofia de nossos mistérios. O indivíduo que ingressa na Maçonaria torna-se herdeiro de uma rica tradição; a iniciação que lhe permite o acesso aos mistérios não é algo que o capacitará em um dia, e ele vai aprender pouco se nenhuma tentativa fizer de se aprofundar em seus ensinamentos. Ele deve aprender um pouco da história da Maçonaria; de suas realizações nas grandes nações; dos seus professores excelentes, e o que eles têm ensinado; de suas ideias, princípios, espírito. 6 – Os Grandes Ensinamentos da Maçonaria – (do Site O Ponto Dentro do Círculo) – H. L. Haywood
  • 24. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 24/33 A Iniciação por si só não confere esse conhecimento (e não poderia): o próprio iniciado deve se esforçar para compreender as riquezas inesgotáveis da Ordem. Ele deve descobrir os propósitos maiores da Fraternidade a que pertence. Não há uma interpretação pronta para o que é Maçonaria. O irmão recém-iniciado não encontra à sua espera um ritual leia-e-aprenda. Ele deve pensar o que é a Maçonaria por si mesmo. Mas pensar o que é Maçonaria por si mesmo não é tarefa fácil. Isso requer que o neófito a veja por suas próprias perspectivas; que se conheçam os principais contornos da sua história; que se saiba como ela realmente é, e o que está fazendo; e entender como ela foi entendida pelos seus próprios pelos seus membros em seus primórdios. Não é fácil de fazer isso sem orientação e ajuda, e é para dar esta orientação e ajuda que esta série foi escrita. Há ainda outra razão para o estudo da filosofia, ou, como nós aqui preferimos dizer, os ensinamentos da Maçonaria. Nossa Fraternidade é uma organização mundial com Grandes Lojas praticamente em todas as nações. Para sustentar, gerenciar e promover tal sociedade custa ao mundo somas incalculáveis de dinheiro e esforço humano. Como pode a Maçonaria justificar sua existência? O que fazer para reembolsar o mundo com seus próprios recursos? De uma forma ou de outra, essas perguntas são feitas a quase todos os membros, e cada membro deve estar pronto para dar uma resposta verdadeira e adequada. Mas para dar tal resposta exige-se que ele tenha entendido os grandes princípios e estar familiarizado com os contornos das realizações do Craft, e isso novamente é um dos propósitos do nosso filosofar sobre a Maçonaria. Como podemos chegar a uma filosofia da Maçonaria? Como podemos aprender a interpretação autêntica dos ensinamentos da Maçonaria? Qual é o método pelo qual aquele que não é nem um estudioso geral, nem um especialista maçônico pode ganhar alguma compreensão abrangente da Maçonaria como foi dito nos parágrafos anteriores? Em suma, como pode um homem “chegar a ela”? Uma forma de “chegar a ela” é ler uma ou duas boas histórias maçônicas. Não há necessidade de entrar em detalhes ou ler sobre as várias questões colaterais de interesse meramente histórico; isso é para o estudante profissional. Essa leitura e apenas para obter a tendência geral da história e para capturar os eventos pendentes; para saber o que a Maçonaria tem realmente realizado no mundo e receber um insight sobre seus propósitos e princípios; para, como qualquer outra organização, ver revelado seu espírito através de suas ações. A partir de um conhecimento do que a Ordem tem sido e o que ela fez no passado pode-se facilmente compreender a sua própria natureza presente e princípios, e entender porque Maçonaria nunca teve necessidade de romper com o seu próprio passado! A Maçonaria de hoje não nega a Maçonaria de ontem. Seu caráter resulta claramente da sua própria história como uma montanha se destaca acima de uma névoa; e que sempre tem sido, pelo menos em um grande caminho – é agora, e sem dúvida sempre será. Esta mesma história constrói-se incessantemente, sempre renovando e formando-se. Acontece no dia-a-dia, e o processo mantém-se aberto a todos, pois, afinal de contas, não há muito que se esconder sobre a vida rica e incansável da Fraternidade; na verdade, esta vida está constantemente revelando-se em todos os lugares. Grandes Lojas publicam seus Anais; homens que exercem as funções ativas de escritórios maçônicos fazem relatórios dos seus funcionamentos; estudiosos do Craft escreverem artigos e publicam livros; Oradores maçônicos entregar incontáveis discursos; conferências maçônicas especiais, qualquer que seja a sua natureza, publicam os temas discutidos; a maioria dos eventos mais importantes está presente nos jornais diários; há dezenas e dezenas de jornais maçônicos, boletins e jornais, semanais,
  • 25. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 25/33 mensais e bimestrais, e há muitas bibliotecas, clubes de estudo e de sociedades científicas em todos os lugares se esforçando com zelo incansável para tornar claro aos membros e profanos “o que é tudo isso.” Assim, verifica-se que para aprender isso por si mesmo não é necessário que uma definição de Maçonaria ouvida por um irmão seja o fim da linha; ele pode (e deve) pesquisar sobre o tema, ouvir outros irmãos, e ler um pouco, e, assim, formar suas próprias conclusões. Para saber quais são esses ensinamentos não é necessário nenhum talento raro, nenhum “conhecimento interno”, mas apenas um pouco de esforço, um pouco de tempo. Para o neófito do mundo maçônico parece muito confuso, é tudo tão multifacetado, tão longínquo, tão misterioso; mas isso, afinal de contas, não precisa assustá-lo e impedi-lo de uma tentativa de entender esse mundo com uma visão abrangente, e perceber que toda a Maçonaria gira em torno de algumas grandes ideias. Compreender essas ideias por sua vez, é o que torna mais familiar para um Maçom palavras tais como “Fraternidade”, “Igualdade”, “Tolerância”, etc., etc., de modo que o mais jovem Aprendiz não precisa ter nenhuma dificuldade no seu entendimento. Se ele chegar a elas, e se ele aprende a compreendê-las como maçons devem entendê-las, elas vão ajudá-lo muito para conquistar essa visão abrangente e inclusive do que chamamos de filosofia da Maçonaria. Nada foi dito ainda dos grandes mestres da Maçonaria. No passado havia Anderson, Oliver, Preston, Hutchinson, etc .; depois vieram os filósofos da meia-idade, Pyke, Krause, Mackey, Drummond, Parvin, Gould, Speth, Crawley, e outros; e em nossos dias Waite, Pound, Newton, etc., etc. Nas obras desses homens as grandes e simples ideias da Maçonaria se tornaram luminosas e inteligíveis, de modo que podemos ler e compreender o que dizem. Além disso, o maçom deve estudar as leituras e instruções incorporadas ao ritual de todos os ritos e graus, sendo estes instrumentos interpretativos uma parte do próprio Craft. Nenhum deles é infalível – mas mesmo quando se afastam do significado original de nossos símbolos são sempre valiosos em revelar as ideias e os ideais das pessoas de que se originaram e que deles fizeram uso. Isto é para mostrar por que devemos nos esforçar para fazer da nossa própria mente uma filosofia da Maçonaria, e de quantas maneiras pode-se chegar a essa filosofia. Mas cuidado. O estudo da filosofia da Maçonaria não é o estudo da filosofia maçônica; o estudante maçônico como tal, pode vir a ter pouco interesse em Platão e Aristóteles, no neoplatonismo, misticismo, Escolástica, racionalismo, idealismo, pragmatismo, Naturalismo, etc. Na Maçonaria há sinais de cada um desses e de outros sistemas filosóficos principais, sem dúvida, mas não existe essa coisa de filosofia maçônica, da mesma forma que não existe religião maçônica. Falamos de uma filosofia da Maçonaria no mesmo sentido que falamos de uma filosofia de governo, ou da indústria, ou arte, ou ciência. Queremos dizer que se estuda a Maçonaria, da mesma forma ampla, esclarecida, inclusiva e crítica, da mesma forma em que um economista estuda a política de um governo ou um astrônomo estuda as estrelas. Seria uma coisa abençoada se um maior número de nossos membros deixasse de lado os assuntos administrativos e, muitas vezes mesquinhos de sua própria Loja, a fim de olhar com mais frequência para esses princípios profundos e sábios que estão para nossa Fraternidade assim como as leis da natureza estão para o universo. Continua…(Acompanhe os demais capítulos acessando o site https://opontodentrodocirculo.wordpress.com ) Autor: H. L. Haywood - Tradução: Luiz Marcelo Viegas
  • 26. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 26/33 (as letras em vermelho significam que a Loja completou ou está completando aniversário) GLSC - http://www.mrglsc.org.br GOSC https://www.gosc.org.br Data Nome Oriente 01/01/2003 Fraternidade Joinvillense Joinville 26/01/1983 Humânitas Joinville 31/01/1998 Loja Maçônica Especial União e Fraternidade do Mercosul Ir Hamilton Savi nr. 70 Florianópolis (trabalha no recesso maçônico) 11/02/1980 Toneza Cascaes Orleans 13/02/2011 Entalhadores de Maçaranduba Massaranduba 17/02/2000 Samuel Fonseca Florianópolis 21/02/1983 Lédio Martins São José 21/02/2006 Pedra Áurea do Vale Taió 22/02/1953 Justiça e Trabalho Blumenau Data Nome da Loja Oriente 11.01.1957 Pedro Cunha nr. 11 Araranguá 18.01.2006 Obreiros de Salomão nr. 39 Blumenau 15.02.2001 Pedreiros da Liberdade nr. 79 Florianópolis 21.02.1903 Fraternidade Lagunense nr. 10 Laguna 25.02.1997 Acácia Blumenauense nr. 67 Blumenau 25.02.2009 Caminho da Luz nr. 99 Brusque 7 – Destaques (Resenha Final) Lojas Aniversariantes de Santa Catarina Mêses de janeiro e fevereiro
  • 27. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 27/33 GOB/SC – http://www.gob-sc.org.br/gobsc Data Nome Oriente 07.01.77 Prof. Mâncio da Costa - 1977 Florianópolis 14.01.06 Osmar Romão da Silva - 3765 Florianópolis 25.01.95 Gideões da Paz - 2831 Itapema 06.02.06 Ordem e Progresso - 3797 Navegantes 11.02.98 Energia e Luz -3130 Tubarão 29.02.04 Luz das Águas - 3563 Corupá Vem aí o IX Chuletão Templário. O evento filantrópico Maçônico Loja “Templários da Nova Era”
  • 28. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 28/33 Posse na Loja Fraterno Amor nr. 17, de Rio Branco (Informações e fotos do Ir Chiquinho – Rio Branco) Em solenidade realizada no Templo da Loja “Igualdade Acreana” a Grande Loja do Estado do Acre, através de seu Grão-Mestre Ir Valmikin, procedeu a posse do Ir. Marisil da Loja Fraterno Amor, nr. 17, de Rio Branco.
  • 29. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 29/33 Loja Fraterno Amor nr. 17 (GLEAC) – Rio Branco
  • 30. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 30/33 CONVOCAÇÃO e CONVITE ATENÇÃO: MUDANÇA DE LOCAL O Secretário da Loja, que subscreve, convoca todos os Irmãos do quadro, com base no inciso V do Artº 116 do Regulamento Geral da Federação e convida todos os demais Irmãos, para a 50ª Sessão da A.R.L.S. “Alvorada da Sabedoria” nº 4.285, a primeira sessão ritualística do ano, dia 14 de fevereiro, terça-feira, quando a palestra a cargo do Poderoso Ir. Altair Salésio Rodrigues, Grão-Mestre Adjunto do GOB-SC, com o tema “Como Está Estruturado o GOB-SC”. A sessão será no Templo Maçônico da Fraternidade da Arte Real (FAR), situado à rua Presidente Gama Rosa, 36, Trindade, Florianópolis, logo após o TRITI (Terminal de ônibus Integrado da Trindade). Programação: 20:15 h: encontro no átrio do Templo; 20:30 h: início da sessão. Após a sessão, será oferecido uma ágape com um bom whisky. Ir. Ruben Luz da Costa, Secretário Wisdom Dawn Lodge
  • 31. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 31/33 Ir Marcelo Angelo de Macedo, 33∴ MI da Loja Razão e Lealdade nº 21 Or de Cuiabá/MT, GOEMT-COMAB-CMI Tel: (65) 3052-6721 divulga diariamente no JB News o Breviário Maçônico, Obra de autoria do saudoso IrRIZZARDO DA CAMINO, cuja referência bibliográfica é: Camino, Rizzardo da, 1918-2007 - Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014 - ISBN 978-85.370.0292-6) 7 de fevereiro O Astral O astral é um plano cósmico entre a Terra e o limiar do que é celestial. Mundo invisível, onde se movimentariam as almas desencarnadas. A origem da palavra vem de "astro", que é o corpo que gravita no espaço; contudo, com o acesso do homem a esses "corpos" no Cosmos, o astral distancia-se do que passa a ser visível e corpóreo. Os cabalistas denominam de luz astral, o AUR, a "alma do mundo", de onde tudo teria se originado. Em linguagem hindu, o homem possui em si um veículo de matéria astral denominado Kamarupa, que é o elemento intermediário entre o "corpo mental" e o corpo físico; o "corpo mental" possui centros de consciência denominados chacras. Maçonicamente, nenhuma influência possui o astral. Apenas se tem dado valor aos chacras, por serem "pontos vitais de referência". O maçom crê em Deus r em uma vida futura, não perambulando por um astral, mas localizada em um Oriente Eterno. Trata-se de um dos Landmarks a que o maçom está sujeito, seja por tradição ou por compromisso. Breviário Maçônico / Rizzardo da Camino, - 6. Ed. – São Paulo. Madras, 2014, p. 57.
  • 32. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 32/33 ACIDENTES DA ALMA Autor: Raimundo A. Corado Barreiras, 29 de julho de 2015. As fraturas físicas são visíveis; Quando acidentados fisicamente; Mas as fraturas mais terríveis; É quando a alma sofre acidente. As dolorosas lesões não podemos ver; Padecemos até mesmo de consolações; As marcas na matéria podemos perceber; Na alma, ficam eternas mutilações. O sofrimento físico é superável; Cada ferida pode ser curável; Se obedecermos à prescrição. As rugas da matéria são na testa; Isso é fato, ninguém contesta; Mas as da alma são no coração.
  • 33. JB News – Informativo nr. 2.322– Florianópolis (SC), terça-feira, 7 de fevereiro de 2017 - Pág. 33/33