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JB NEWS
Informativo Nr. 223
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91 – GLSC
Quintas-feiras 20h00 – Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Florianópolis (SC) 08 de abril de 2011
Índice desta sexta-feira:
1. Almanaque
2. Revoluções e a Maçonaria Verdades ou Fantasias? (Ir. Antonio Carlos de
Souza Godoi)
3. O Segredo Terrível (Eliphas Levi)
4. Maçonaria, o Grande Arquiteto do Universo (Ir. Pedro Neves)
5. Destaques JB
 1378 - Bartolomeu Prignano se torna Papa Urbano VI.
 1553 - Fundação da vila de Santo André da Borda do Campo, atual cidade de Santo
André no ABC Paulista.
 1455 - Alfonso de Borgia se torna Papa Calisto III. Foi um dos três sumos pontífices
espanhóis
 1640 - Sai de Lisboa a esquadra que leva ao Brasil (Bahia) o primeiro Rei nomeado para
este país, Marquês de Montalvão. Chega em 21 de junho
 1730 - Inauguração da primeira sinagoga em Nova York, a Shearith Israel.
 1904 - A França e o Reino Unido assinam a Entente cordiale
 1904 - Aleister Crowley recebe o seu Livro da Lei
 1946 - Fundação da Universidade Federal da Bahia, em Salvador.
 1963 - Fundação do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, em
São Paulo.
 1986 - Clint Eastwood é eleito presidente da câmara de Carmel-by-the-Sea, na California,
com 72% dos votos.
 2005 - Velório do Papa João Paulo II.
o Eclipse solar híbrido (sul do Oceano Pacífico).
NASCIMENTOS
 1320 - Rei Pedro I de Portugal, "o justiceiro" (m. 1367);
 1605 - Rei Filipe IV de Espanha, III de Portugal(m. 1665);
 1692 - Giuseppe Tartini, compositor, violinista e pedagogo italiano (m. 1770)
 1859 - Edmund Husserl, filósofo (m. 1938);
 1818 - August Wilhelm von Hofmann, (químico alemão); (m. 1892)
 1902 - Andrew Irvine, alpinista britânico (m. 1924 no Everest);
 1909 - John Fante, escritor norte-americano (m. 1983)
 1929 - Jacques Brel, autor de canções, compositor e cantor belga. (m. 1978)
 1932 - Jean-Paul Rappeneau, cineasta e cenarista francês.
 1938 - Kofi Annan, ex-Secretário-Geral das Nações Unidas.
 1947 - Robert Kiyosaki, escritor norte-americano de finanças pessoais.
 1961 - Leoni, cantor e compositor brasileiro.
 1963 - Zeca Camargo, apresentador e jornalista brasileiro.
SIDDHARTHA SAKYA MUNI
GAUTAMA
Nascimento: 08/04/cerca de 556 ou
563 a.C., Kapilavastu, norte da Índia
(fronteira com o Nepal)
Filiação: Suddhodana e Maya Devi
Falecimento: 15/02/483 ou 476 a.C.,
durante uma excursão, Kusinara,
bosque de Mallas, Índia
Causa: Picada de um inseto venenoso
Príncipe e líder religioso, seu nome quer dizer "o sábio, o
iluminado, aquele que sabe"; fundador do Budismo.
"Não acredites em qualquer coisa, só porque te ensinou o
testemunho de um velho sábio. Não acredites em qualquer
coisa, só porque provém da autoridade de mestres e de
sacerdotes."
Buda
D. PEDRO I, "O
JUSTICEIRO", "O CRUEL", "O
CRU", "O VINGATIVO"
Nascimento: 08/04/1320, Coimbra,
Portugal
Filiação: Afonso IV e Beatriz de
Castela
Casamento: Branca (repudiado);
Constança Manuel (filhos Luís, 1340;
Maria, 1342 e Fernando, 1345); Teresa
Lourenço (filho João, 1357); com Inês
de Castro tem os filhos Afonso, Beatriz
(1347), João (1349) e Dinis (1354)
Falecimento: 18/01/1367, Estremoz,
Portugal
8* Rei (1357); seu relacionamento com Inês de Castro (a quem
vinga energicamente o assassinato) influencia a política interna do
país e faz revoltar-se contra seu pai (1355), que ordenara o crime;
no trono, revela seu casamento secreto com Inês, fazendo-a Rainha
de POR; destaca-se na administração interna e participa da invasão
de Castela (ao lado de Aragão).
D. Pedro I
D. FILIPE III, "O GRANDE"
Filiação: Filipe II e Margarida da
Áustria
Nascimento: 08/04/1605, Valladolid,
Espanha
Falecimento: 17/09/1665, Madrid,
Espanha
Rei de POR (1621 a 1640) da
Terceira Dinastia, deposto pelo
Levante de Lisboa (01/12/1640).
D. Filipe III
EDMUND HUSSERL
Nascimento: 08/04/1859, Prossnitz,
Morávia (então do Império Austro-
Húngaro, atual Prostejov), República
Tcheca
Casamento: Malvine Steinschneider
(1887)
Falecimento: 27/04/1938, Freiburg
im Breisgau, Alemanha
Escritor e filósofo de grande
influência sobre o Existencialismo e
as ciências sociais; funda a
Fenomenologia (a base filosófica
para a lógica e a matemática precisa
começar com uma análise da
experiência que está antes de todo o pensamento formal).
Edmund Husserl
FALECIMENTOS
 1364 - João II, o Bom, Rei de França (no cativeiro em Inglaterra)
 1816 - Santa Júlia Billiart, santa da Igreja católica.
 1835 - Wilhelm von Humboldt, lingüista, diplomata e filósofo alemão (n. 1767)
 1848 - Gaetano Donizetti, compositor de óperas italiano (n. 1797)
 1924 - Philo Remington, inventor norte-americano do fuzil e da máquina de escrever
 1950 - Vaslav Nijinski, bailarino polaco (n. 1890)
 1973 - Pablo Picasso, pintor espanhol (n. 1881)
 2003 - Maki Ishii, compositor japonês (n. 1936).
 2007 - Luiz de Araújo Sousa, operário, morreu após cair da Ponte Octávio Frias de
Oliveira, em São Paulo, durante sua construção.
SILVINO ELVÍDIO
CARNEIRO DA CUNHA
Nascimento: 31/08/1831, Paraíba,
Brasil
Filiação: Manoel Florenino Carneiro
da Cunha
Falecimento: 08/04/1892, a bordo do
vapor OLINDA, pouco depois de
chegar, Recife, Pernambuco, Brasil
Político, Presidente do Maranhão, Rio
Grande do Norte, Paraíba e Sergipe; Inspetor das Alfândegas da
Paraíba, Manaus e Maranhão; Barão (1888).
Barão de Abihay
PABLO DIEGO JOSÉ
FRANCISCO DE PAULA JUAN
NEPOMUCENO MARÍA DE
LOS REMÉDIOS CIPRIANO DE
LA SANTÍSSIMA TRINIDAD
RUIZ Y PICASSO
Nascimento: 25/10/1881, Málaga,
sul da Espanha
Falecimento: 08/04/1973, Mougins,
perto de Cannes, Itália
Desenhista, gravador, escultor e
pintor, um dos criadores do Cubismo (técnica em que formas
geométricas compõem figuras humanas); autor de "Dora Mara
Sentada", entre outros.
Pablo Picasso
VASLAV FORMICH
NIJINSKY
Nascimento: 12/03/1890, Kiev,
Rússia (atual Ucrânia)
Filiação: Thomas Laurentiyevich
Nijinsky e Eleonora Bereda
Casamento: 1913
Falecimento: 08/04/1950, Londres,
Inglaterra
Bailarino (estréia no ballet "La
Source"); primeiro bailarino do
Bolshoi (1909); primeira
coreografia: 1912; escandaliza com
as coreografias "L'Aprés-Midi d'un Faune" e "Le Sacre du
Printemps", pelo conteúdo erótico, para a companhia de Diaghilev;
num campo de concentração até 1916, tem sua esquizofrenia de
desordem de pensamento agravada, pelo que é obrigado a parar de
dançar (1919); passa as últimas 3 décadas em asilos.
Nijinsky
AMILTON FERNANDES
Nascimento: 1927, Rio Grande do
Sul, Brasil
Falecimento: 08/04/1968, Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Ator de teatro, TV (estréia no seriado
"Suspeita", 1958) e cinema (estréia
em "O Vendedor de Linguiças",
1962); faz sucesso com o personagem
ALBERTINHO LIMONTA na
telenovela "O Direito de Nascer";
destaca-se em filmes como "Quatro
Brasileiros em Paris" (1965),
"Juventude e Ternura" (1968), "Edu,
Coração de Ouro" (1968), etc.
Amilton
Fernandes
Feriados e eventos cíclicos
Brasil
 Dia da Natação
 Dia do Correio
 Aniversário de Cuiabá
 Aniversário de Santo André
China
 Dia da deusa do fogo, Chin Iki Tchöen.
Internacional
 Dia Mundial da Astronomia
 Dia Mundial do Combate ao Câncer
 Dia Mundial dos povos Roma e Sinti (conhecidos como ciganos, embora não se refiram a
si mesmos desta forma)
Japão
 Festival das Flores, em que é celebrado o nascimento de Buda
Santo do dia
 Santo Alberto, bispo e mártir, Itália, 1150
 São Diniz
 Santa Júlia Billiart, religiosa e fundadora da Congregação de Notre Dame de Namur
Fatos Históricos de Santa Catarina:
1823 Provisão do governo da Província de Santa Catarina mandou dar
sesmarias de quarto de léguas aos colonos residentes na província e a
todas as pessoas que estivessem em condições de fazer estabelecimenro
rural.
1858 Lei provincial nº452, desta data, elevou Joinville à categoria de
freguesia, sob a invocação dee São Francisco Xavier.
1935 Instalação do município de Jaraguá do Sul
1964 Lei nº 958 criou os municípios de Aurora e Agronômica, ambos
desmembrados de Rio do Sul.
1964 Lei nº 960, desta data, criou o município de Balneário Camboriú.
Calendário Maçônico do Dia
1790 Fundada a Grande Loja de New Hampshire.
1997 Fundada a Loja “Ciência da Arte Real” nº 65 (GOSC) em
Florianópolis.
(Pesquisas da edição: http://pt.wikipedia.org - Imagens: www.google.com.br)
Ir:. Antonio Carlos de Souza Godoi – M:.M:.- CIM 13.635 –
ARLS Nove de Abril de Mogi Guaçu, 515 – M. Guaçu, SP – Glesp - Tel. (019) 3569-0484 e 9227-0627
REVOLUÇÕES E A MAÇONARIA
(Verdades ou Fantasias?)
Traduzido livremente de fragmentos da Letra “R” incompleta de uma
antiga Enciclopédia Maçônica inglesa, sem identificação de ano de
publicação ou autoria, por Antonio Carlos de Souza Godoi, M:.M:. da
ARLS Nove de Abril de Mogi Guaçu, 515 – M. Guaçu, SP – Glesp
* * *
Não obstante uma das Antigas Obrigações dos Maçons, igualmente
observada nos dias de hoje, impusesse lealdade ao Rei, têm persistido
por muitos anos os esforços por parte de escritores, tanto dentro quanto
fora da Fraternidade, de pintá-la como uma conspiração política ou
mesmo um agente revolucionário. As estórias assumiram muitas formas,
com as do continente europeu tomando a forma de romances, altamente
imaginativos e inconsistentes com alguns sendo propaganda fantástica
ou, obviamente, contrários à Maçonaria.
Aqueles que foram trazidos à superfície por Maçons têm sido menos
bizarros e mais o produto de pessoas mal orientadas e excessivamente
zelosas procurando atirar a Fraternidade para um papel heróico ou
patriótico, dando-lhe um lugar na história, e melhorando sua posição. Na
verdade, a melhor forma de melhorar a posição da Sociedade é
simplesmente contar a verdade sobre a mesma!
As fábulas tiveram início tempos atrás, na metade do Século XVII,
dando a Cromwell o crédito de iniciador da Sociedade para ajudá-lo em
sua luta contra Charles I (Carlos I), embora posteriormente surja a
estória de que a Maçonaria foi tornada a ferramenta da Casa de Stuart e,
novamente, que ela passou a lisonjear a Casa de Hanover mesmo antes
de parar de trabalhar para os Stuarts!
Nos Estados Unidos, a tendência de Maçons patriotas foi dobrada na
exibição de seu amor pelo país tentando elevar a reputação da Ordem
fazendo dela autora e diretora da Revolução Americana. Quando
Bernard Faÿ escreveu “Revolução e Maçonaria” (Revolution and
Freemasonry) em Boston, 1935, baseando sua estória parcialmente em
escritos e oratória americanos e creditando a Maçonaria como
instigadora tanto da Revolução Americana quanto da Francesa, muitos
foram eletrizados, mas sua alegria foi de curta duração, visto que logo se
descobriu que Faÿ estava a serviço do General Von Ludendorff e de
Hitler, os quais estavam fazendo de sua inimizade pelos judeus e
Maçons seu principal lance para a conquista nazista do mundo. Depois
da II Guerra Mundial, Faÿ foi condenado por uma Corte francesa por ter
sido colaborador dos nazistas e uma ferramenta do governo de Vichy,
sendo sentenciado a um longo tempo de prisão. Um dos escritores
maçônicos mais volúveis então esfolou Faÿ por ter obtido
incorretamente acesso a uma das maiores Bibliotecas maçônicas nos
Estados Unidos, onde ele tirou diretamente da literatura e oratória
maçônicas americanas aquilo que após a II Guerra Mundial foi
considerado depreciativo para a Fraternidade!
Em alguns países latinos, e muito geralmente nos países da América
Latina, os Maçons (freqüentemente pertencentes ao Rito Escocês) eram
republicanos e, por conseqüência, inclinaram-se pela revolução, contra
ditadores e aventureiros que tinham, de tempos em tempos, se apossado
do governo de seus países e fizeram farsas das constituições modeladas
sobre a dos Estados Unidos e possuídas por praticamente todas as
pequenas nações. Mas isso não quer dizer que Lojas ou mesmo Corpos
do Rito Escocês, que com freqüência discutem assuntos políticos ou
religiosos, se engajem ou possam se engajar em uma revolução. Na
verdade, a própria existência de “Triângulos” em muitos países latino-
americanos nas Américas do Sul e Central, que são aberta e
inquestionavelmente Corpos políticos compostos na maior parte, se não
totalmente, de Maçons, parece indicar que as Lojas maçônicas e outros
Corpos se mantiveram indiferentes.
Porém aqueles que escrevem ou falam com loquacidade sobre idéias
maçônicas políticas e revolucionárias parecem se esquecer que
atualmente há Maçons numerosos o suficiente para exercer grande
influência seja nas urnas ou empunhando uma metralhadora, e alguns,
também, deliberadamente parece, ignoram o fato de que todo governo
que tentou suprimir ou expulsar ou banir a Maçonaria ou os Maçons
durante os três últimos Séculos fez isso fácil, rápida e eficazmente.
Quem é que jamais ouviu sobre algum motim ou rebelião da Maçonaria
mesmo contra a Polícia de alguma cidade? Através da Europa uma vez e
mais outra e outra, Lojas cerraram suas portas por causa de um Edito
Real e com a mesma rapidez as reabriram com a remoção da restrição.
Onde tais proibições foram impostas meio a contragosto ou para mostrar
uma resposta formal a alguma exigência da Igreja Romana e não foram
postas em prática rigidamente, os Maçons mantiveram suas atividades
“sub rosa” (sob a Rosa), mas a idéia de exércitos, amotinados e bandos
de capa-e-espada maçônicos, é absurda demais para mentes adultas.
Os principais temas que têm caracterizado a literatura sobre o assunto
são a teoria de Cromwell, a teoria Jacobita, a teoria de Hanover, estórias
da Revolução Americana, e da Revolução Francesa.
(a) A Teoria de Cromwell. Em 1746, o Abade Larudan (Abbé
Larudan), um inimigo da Maçonaria, publicou a obra “Os Maçons
Esmagados” (Les Franc-Maçons Ecrasés), um trabalho que em vista dos
fatos conhecidos, parece agora ter sido o produto de uma mente
extenuada. Ele afirmou que, em 1648, Cromwell, em um jantar ao qual
compareceram Parlamentaristas, Presbiterianos, e Independentes, de
início indicou sua intenção de formar uma sociedade que posteriormente
se tornou conhecida como Maçons Livres. Depois de manter seus
confidentes em suspense por alguns dias, Cromwell conduziu seus
hóspedes a uma sala escura na qual ele presumia estar em comunicação
com o mundo espiritual e explicou seu propósito de formar uma
sociedade para encorajar a adoração da Divindade e restaurar a paz. Ele
indicou um Mestre, dois Vigilantes, um Secretário e um Orador e
conduziu os visitantes a outra sala onde eles viram uma pintura das
ruínas do Templo de Salomão. Foram então, vendados e conduzidos a
outra sala e investidos nos segredos, após o que Cromwell proferiu um
discurso sobre religião e política, com o qual fez com que ficassem tão
impressionados que se juntaram ao exército de Cromwell, formando um
Corpo ostensivamente baseado no amor de Deus, liberdade, e igualdade
entre os Homens, mas na verdade dedicado ao estabelecimento da
Comunidade Britânica. A Ordem foi dividida em três Graus com uma
lenda “Hirâmica”, de certa forma diversa daquela posteriormente
adotada, com a morte de Hiram representando a perda da liberdade, e a
confusão entre os operários e o povo quando reduzidos à escravidão.
Larudan caiu no poço que esperava a maioria dos fabricantes de teorias
bizarras sobre a Maçonaria, com sua própria ignorância sobre o assunto
levando ao anacronismo evidente. O Diário de Elias Ashmole mostra
que ele e outros foram feitos Maçons em uma Loja inglesa, em 1646,
dois anos antes da fictícia criação de Cromwell da Sociedade e os
registros de Lojas na Escócia mostram que elas existiam quase meio
século antes de 1646. Dos três graus e, particularmente, da lenda de
Hiram nada se ouviu até que mais 65 anos tivessem se passado depois
que Cromwell foi citado como as tendo instituído.
(b) “A Teoria Jacobita está amplamente explicada em qualquer boa
enciclopédia maçônica sob o título “A MAÇONARIA STUART – THE
STUART MASONRY).
(c) “A Teoria de Hanover”. Exatamente na mesma época em que os
Maçons supostamente estariam conspirando para restaurar a Casa de
Stuart no Trono Inglês, eles estavam, de acordo com uma teoria
diferente, patrocinando abertamente a Casa de Hanover, representada
por George I (1714-1727) e George II (1727-1760) e estavam em
adulação à dinastia reinante para evidenciar sua oposição aos Stuarts
depostos. A única circunstância sobre a qual esse tema é baseado parece
ser a de que a Grande Loja, começando com o Duque de Montagu como
Grão-Mestre em 1721, sempre escolheu seus Grão-Mestres dentre a
nobreza. Isso passou por cima do fato, todavia, de que em menos de dois
anos a Grande Loja colocou na Cadeira o instável Duque de Wharton,
que pode ter sido um Jacobita, um Hanoveriano, e um Papista,
certamente não conhecido por causa de sua imobilidade na adesão ao
que quer que fosse. De fato, ele ganhou aquele posto por uma espécie de
rebelião contra o Duque de Montagu e o sucedeu por causa do caráter
generoso deste.
A idéia do favor real e patrocínio da Sociedade era mais antiga que a
própria Grande Loja. As Lendas Góticas (Gothic Legends), por mais de
dois séculos tinham relatado como Nimrod, Rei da Babilônia, Salomão,
Charles Martel (Carlos Martelo), Athelstan, e o Real Edwin haviam
estimado os Maçons e lhes dado Obrigações. O Dr. Anderson, nas
Constituições de 1723 e também nas de 1738, ampliou o tema e
acrescentou muitos nomes reais e imperiais, de modo que a Ordem se
tornou a Arte Real (Royal Art). Elos ainda mais próximos foram
soldados entre a Maçonaria e a realeza em países onde não havia a Casa
de Hanover. Duques reais chefiaram a Grande Loja e o Grande Oriente
da França, Frederico o Grande (Frederich the Great) fundou a Grande
Loja da Prússia por meio de Edito Real, os Reis da Suécia e da
Dinamarca se tornaram Grão-Mestres hereditários das Grandes Lojas
naqueles países, e a mesma doutrina prevaleceu em teoria na Real
Ordem da Escócia. A Dinastia dos Hanover parece não ter exercido
influência digna de nota sobre a Maçonaria inglesa.
(d) “A Revolução Americana”. A Revolução Americana está longe o
bastante no passado para permitir que se digam muitas coisas sobre ela
sem o temor de que possa haver contradições, de modo que tem havido
uma marcada tendência entre os escritores de trabalhos populares sobre
a Maçonaria de deixar a impressão de que as Lojas coloniais eram
canteiros de revolta. Embora não afirmado expressamente, é dada a
impressão que a Guerra foi lutada grandemente por Maçons de um lado
e não-Maçons de outro. É significativo que a Guerra Civil Americana,
um holocausto imensamente maior e que surgiu de sentimentos
fundamentalmente iguais àqueles que deram lugar à Revolução, isto é,
que os poderes e limitações constitucionais haviam sido excedidos até
que os laços de consangüinidade fossem cortados e a revolta se tornou
justificada, não tenha produzido tal literatura – escassamente, quando
muito uma alusão a ela. Poucas grinaldas de flores foram colocadas por
escritores ou oradores maçônicos sobre os túmulos dos Maçons que
tomaram parte na Secessão e muito poucas nos túmulos daqueles que a
derrotaram. Tem havido pouco esforço para mostrar que aqueles grandes
Homens que vestiam o uniforme cinza (N.T.: Confederados) eram
Maçons. Se a revolta contra o que se considera tirania é uma virtude
maçônica, seu brilho não deve ser esmaecido por falha do
empreendimento.
O fato é que, em todas as guerras dos últimos dois séculos entre nações
ocidentais, Maçons têm lutado em ambos os lados, alguns a favor e
outros contra o Rei, alguns a favor e outros contra a liberação, alguns a
favor e outros contra a secessão, e alguns contra todas as outras coisas
pelas quais as guerras supostamente devam ser travadas. Pais, filhos,
irmãos, tios, sobrinhos e primos freqüentemente lutam sob diferentes
padrões, e a explicação de suas diferentes preferências é tão clara quanto
a explicação do por que, afinal, os Homens travam guerras! Antes da
Revolução, alguns Maçons eram legalistas e outros eram patriotas. Eles
foram divididos assim como se dividiram as famílias. Em geral, as
classes mais abastadas eram leais ao Rei ao passo que, a classe média e a
baixa, os fazendeiros, mecânicos e trabalhadores, eram a espinha dorsal
da revolta. O mesmo tem sido verdadeiro geralmente em qualquer lugar:
os que estão bem não têm desejo de mudar;os que têm pouco têm mais
chances de ganhar do que de perder. É provável que a maioria dos
Maçons das Colônias era a favor da Revolução, não porque fossem
Maçons, porém mais em razão de serem de uma classe menos abastada.
Muitos Maçons proeminentes estavam em boa situação e eram Tories
(leais ao Rei).
Sir John Johnson, Grão-Mestre Provincial de Nova York, fugiu do país
ao irromper da Guerra assim como o fizeram o Mestre, o Segundo
Vigilante e também o Secretário da Loja de São Patrício (Saint Patrick´s
Lodge) de Nova York. Sir John mais tarde comandou as forças do Rei
no oeste do Estado de Nova York, e ele e Guy Johnson, antigo Mestre da
Loja de São Patrício, lutaram junto às forças reais durante toda a
Guerra. O Coronel Walter Butler era um Maçom no exército de Johnson
e Joseph Brant, um índio civilizado e Maçom, prestou assistência na
manutenção de uma aliança entre os ingleses e os índios.
Em Filadélfia, o Segundo Vigilante e o Secretário da Loja No
3 (Antigos)
foram para o lado dos ingleses e o Mestre daquela Loja era suspeito de
nutrir sentimentos iguais. William Allen, Grão-Mestre Provincial da
Pensilvania (Modernos), colocou-se sob a proteção de Lorde Howe e
esforçou-se para formar um regimento para o exército inglês. Edward
Shippen da Loja No
1(Modernos) em Filadélfia, Juiz Supremo do
Estado, era um Tory proeminente e sogro de Benedict Arnold. O Capitão
William Cunningham, um Maçom do exército de Howe foi importante
instrumento no salvamento de um pouco das propriedades da Loja No
2
em Filadélfia depois que o Palácio Maçônico foi saqueado.
Em Princeton, New Jersey, o Capitão William Leslie, um Maçom do
exército de Howe foi morto em combate e enterrado com honras
maçônicas e militares por Maçons americanos.
No Sul, havia Egerton Leigh, Grão-Mestre Provincial da Carolina do
Sul, que fugiu para os ingleses a fim de pedir-lhes proteção. No primeiro
ataque a Charleston, Carolina do Sul, em 1776, a frota inglesa foi
comandada pelo Almirante Parker, um Maçom. Em Camden, também na
Carolina do Sul, os ingleses amargaram duas retumbantes derrotas
perante os Coloniais, uma em 16 de Agosto de 1780 e outra em 25 de
Abril de 1781. O Conde de Moira, posteriormente Lorde Hastings, um
dos mais amados e mais valorosos Maçons da Inglaterra, e em seguida
Grão-Mestre em Exercício da Grande Loja da Inglaterra de 1790 a 1812
e Grão-Mestre da Escócia em 1806, liderou uma ala do exército de
Cornwallis na primeira batalha e estava em comando único na segunda.
No irromper da Guerra, havia para cima de 100 Lojas nas Colônias, mas,
de todas essas, A Loja de Santo André (Saint Andrew´s Lodge) em
Boston é a única que deixou registros de sentimentos revolucionários.
Embora sempre haja a possibilidade de se distinguir entre uma Loja e
seus membros, essa Loja tinha tantos excepcionais e dedicados patriotas
que pode ser citada como sendo praticamente patriótica e revolucionária.
Na ausência de melhor autoridade do que qualquer uma até aqui
apresentada, devemos concluir que a vasta maioria das Lojas Coloniais
aderiu à lei maçônica que desaprovava a participação em brigas sobre
“Nações ou Política de Estado” e “Complôs e Conspirações”. Havia
muitos “Tories” (leais ao Rei) e “Legalistas” influentes na Fraternidade.
Jeremy Gridley, um membro da Primeira Loja de Boston e Grão-Mestre
Provincial dos Modernos também era Procurador Geral para a Colônia e
venceu, em nome da Coroa, o célebre caso relativo a mandados de
assistência (N.T.:Pesquisar em “Warrants” em uma boa enciclopédia
maçônica). Porém James Otis, um membro da mesma Loja, imortalizou
seu nome neste lado do Atlântico por sua coragem e capacidade ao
argüir o caso pelos cidadãos e desafiando a validade do ato do
Parlamento instituindo tais mandados. Em 1775, Richard Gridley, um
membro da Segunda Loja de Boston e irmão de sangue de Jeremy, que
morreu em 1767, foi o engenheiro sob as ordens de Washington
encarregado do entrincheiramento ao redor de Boston e quem assentou
as armas que puseram os ingleses para fora da cidade. De outro lado,
Thomas Brown, Secretário tanto da Primeira quanto da Segunda Loja,
era um Tory e fugiu para Halifax, na Nova Escócia, junto com a
evacuação de Boston pelos ingleses. John Rowe, que sucedeu Gridley
como Grão-Mestre Provincial, era um dos mais ricos mercadores da
cidade e, não fosse ele um Tory, era tão tíbio que incorreu no desagrado
popular. Ele desaprovou atos como a famosa Festa do Chá de Boston
(Boston Tea Party) assim como também o fizeram Benjamim Franklin e
John Adams, este último não sendo Maçom.
Até onde conhecemos, não havia Tories na Loja de Santo André (Saint
Andrew´s Lodge), mas havia sim um número de excepcionais patriotas:
o Dr. Joseph Warren, que foi Grão-Mestre Provincial da Grande Loja
Provincial patenteada pela Escócia e morto na batalha de Bunker Hill em
17 de Junho de 1775; Paul Revere; John Hancock, primeiro a assinar a
Declaração da Independência; John Rowe o mais novo e sobrinho de
John Rowe dos Modernos; Jonathan W. Edes e o Coronel Henry Purkett,
um dos “índios” que tomou parte na Festa do Chá de Boston conforme
se afirma que teria sido dito por John Rowe o mais novo. Os Filhos da
Liberdade se reuniam na mesma Taverna, O Dragão Verde, e
evidentemente estavam lá por licença da Loja visto que ela havia
comprado a Taverna em 1764, estando em primeiro lugar dentre as
Lojas que possuíam seus próprios quartéis. As Atas da Loja de Santo
André mostram que a Reunião Anual no Dia de Santo André, 30 de
Novembro de 1773, teve que ser adiada por falta de presença, porque
“consignatários do chá tomaram o tempo dos Irmãos”. Na reunião da
noite seguinte, 16 de Dezembro de 1773, apenas 5 membros
compareceram, sendo a véspera da Festa do Chá de Boston e, no rodapé
da curta Ata daquela noite, alguém preencheu o restante da página com
grandes “T´s” maiúsculos em formato arabesco, embora certos
investigadores declarem que isso não foi feito pelo Secretário mas por
algum outro bastante tempo depois. Que a Festa do Chá de Boston foi
consideravelmente exagerada do ponto de vista maçônico está
demonstrado por uma anotação no Diário de John Rowe, Grão-Mestre
Provincial da Grande Loja Moderna em Boston, em 16 de Dezembro de
1773, que diz: “ Um certo número de pessoas apareceu trajando
roupagem indígena e abordou os três navios da Hall Bruce & Coffin,
abriu as escotilhas, içou o chá e o lançou nas águas do porto o que,
creio eu, poderia ter sido evitado. Eu lamento sinceramente esse
acontecimento. Diz-se que quase 2.000 pessoas estiveram presentes
neste caso.” Todo o corpo da Loja de Santo André não poderia ter
fornecido mais que dois ou três por cento daquela multidão. (N.T:.
Consultar REVOLUÇÃO AMERICANA; LOJA DE SANTO ANDRÉ –
American Revolution; Saint Andrew´s Lodge).
Conforme a Revolução seguiu avante, tornou-se mais e mais
desconfortável ser um Tory ou mesmo permanecer neutro. Todas as
Lojas foram feridas pela Guerra, mas o efeito sobre as Lojas Modernas
foi de modo bem geral, fatal, e mesmo o mais antigo estabelecimento
daquele ramo na América, em Boston, adormeceu e só veio a ser
resgatado por uma fusão com o Corpo rival então chefiado por Joseph
Webb, em 1792.
(Uma lista considerável de Maçons que estiveram engajados na causa
colonial, de Washington e Franklin através de todas as patentes, está no
artigo sobre a REVOLUÇÃO AMERICANA. Para uma consulta sobre a
mais célebre Loja militar colonial, ver LOJA UNIÃO AMERICANA
(AMERICAN UNION LODGE). Sobre os efeitos da Revolução sobre os
estabelecimentos Modernos e Antigos consultar “INFLUÊNCIAS
MODERNAS E ANTIGAS NA AMÉRICA – AMERICA, MODERN
AND ANCIENT INFLUENCES IN; ver também “SIGNATÁRIOS DA
DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA; SIGNATÁRIOS DA
CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS – SIGNERS OF THE
DECLARATION OF INDEPENDENCE; SIGNERS OF THE
CONSTITUTION OF THE UNITED STATES).
(e) Revolução Francesa. A afirmação de que a Maçonaria promoveu
ou ajudou a promover a Revolução Francesa pode ser atribuída a
escritores românticos e com um propósito. Lojas francesas,
especialmente aquelas de Paris, eram geralmente aristocráticas, sendo
Grão-Mestre do Grande Oriente nenhum outro senão o Duque de
Orléans, um membro da Família Real que, com o intuito de aplacar a
ralé, renunciou à Ordem e adotou a alcunha de Égalité (Igualdade), mas
acabou sendo executado do mesmo jeito. A mortalidade entre as Lojas
maçônicas de Paris foi alta durante o Reinado do Terror. Depois da
Revolução, é bem verdade que a Maçonaria francesa adulou primeiro
uma depois outra figura política ou militar, especialmente Napoleão, e
mudava de tom conforme os azares da fortuna daquela trágica figura
também mudavam – o que era freqüente. Então a França toda foi
freqüentemente republicana e a Maçonaria francesa seguiu a maré
dominante de modo que algumas declarações são encontradas, feitas
naqueles tempos (Século XIX) para o efeito de que o mote da
Fraternidade fosse o mesmo que o da nação: Liberdade, Igualdade e
Fraternidade – Liberty, Equality and Fraternity. (Para saber mais
consultar REVOLUÇÃO FRANCESA – FRENCH REVOLUTION).
*****************
(Eliphas Levi)
O Segredo Terrível
Há verdades que devem ser para sempre misteriosas para os fracos de
espíritos e para os tolos. E estas verdades podem ser-lhes ditas sem
temor. Pois certamente jamais as compreenderão.
Que é um tolo? Um tolo é uma coisa mais absurda que uma besta. É o
homem que quer chegar antes de ter andado. É o homem que se julga
senhor de tudo só porque chegou a alguma coisa. É um matemático que
despreza a poesia. É um poeta que protesta contra os matemáticos. É um
pintor que diz que a teologia e a cabala são inépcias, porque nada
entende de cabala e teologia. É o ignorante que nega a ciência sem ter o
trabalho de estudá-la. É o homem que fala sem saber e afirma sem
certeza. São os tolos que matam os homens de gênio. Galileu foi
condenado, não pela Igreja, mas por tolos que, infelizmente, pertenciam
à Igreja. A tolice é um animal feroz que tem a calma da inocência;
assassina sem remorso. O tolo é o urso da fábula de La Fontaine; esmaga
a cabeça do seu amigo debaixo de uma pedra para caçar uma mosca;
porém, diante da catástrofe, não procureis fazer-lhe confessar que errou.
A tolice é inexorável e infalível como o inferno e a fatalidade, pois é
sempre dirigida pelo magnetismo do mal.
O animal nunca é tolo enquanto age franca e naturalmente como animal,
porém o homem ensina a tolice aos cães e aos burros sábios. O tolo é o
animal que despreza o instinto e que aparenta inteligência.
O progresso existe para o animal; pode-se dominá-lo, prendê-lo, excitá-
lo. Porém, não existe para o tolo. Porque o tolo julga que nada tem a
aprender. É ele que quer reger e educar aos outros e com ele nunca tereis
razão. Ele vos escarnece à vista, dizendo que o que não compreende é
radicalmente incompreensível. De fato, por que não o compreenderei
eu? Ele vos dirá com admirável aprumo. E nada mais tendes a lhe
responder. Dizer-lhe que é um tolo seria apenas fazer-lhe um insulto.
Todos vêem, porém ele jamais o saberá.
Eis, pois, um já formidável arcano inacessível à maioria dos homens. Eis
aí um segredo que jamais adivinharão e que seria inútil dizer-lhes: o
segredo da tolice deles.
Sócrates bebe a cicuta, Aristides é proscrito, Jesus é crucificado,
Aristófanes se ri de Sócrates e faz rirem os tolos de Atenas; um
camponês se aborrece de ouvir dar a Aristides o nome de Justo e Renan
escreve a vida de Jesus para o maior prazer dos tolos. É por causa do
numero quase infinito dos tolos que a política é e será sempre a ciência
da dissimulação e da mentira. Maquiavel ousou dizê-lo e foi ferido por
uma reprovação bem legítima, pois, fingindo dar lições aos príncipes, ele
traía a todos e os denunciava à desconfiança das multidões. Aqueles que
somos obrigados a enganar não devemos prevenir.
É por causa das vis e tolas multidões que Jesus dizia aos seus discípulos:
“Não lanceis pérolas aos porcos, pois eles as calcariam aos pés e se
voltariam contra vós, procurando despedaçar-vos”.
Vós, portanto, que desejai tornar-vos poderosos em obras, nunca digais a
alguém o vosso pensamento mais secreto. Nem mesmo o digais, e quase
ousaria dizer-vos, escondei-o sobretudo à mulher a quem amais;
lembrai-vos da história de Sansão e Dalila!
Desde que uma mulher julga conhecer a fundo seu marido, ela cessa de
amá-lo. Quer governá-lo e dirigi-lo. Se resiste, ela o odeia; se cede, ela o
despreza. Procura um outro homem para penetrar. A mulher tem sempre
necessidade do desconhecido e do mistério e seu amor geralmente não é
mais que uma insaciável curiosidade.
Porque são os confessores poderosos sobre a alma e quase sempre sobre
o coração das mulheres? É que sabem todos os seus segredos, ao passo
que as mulheres ignoram os dos confessores.
A franco-maçonaria é poderosa no mundo pelo seu terrível segredo tão
prodigiosamente guardado, que os iniciados, mesmo os dos mais altos
graus, não o sabem.
A religião católica se impõe às multidões por um segredo que o próprio
papa não sabe. Este segredo é o dos mistérios. Os antigos gnósticos o
sabiam como indica o nome deles, porém não souberam guardar
silêncio. Quiseram vulgarizar a gnose; resultaram daí doutrinas ridículas
que a Igreja teve razão de condenar. Porém, com eles infelizmente foi
condenada a porta do santuário oculto e lançaram suas chaves no
abismo.
É aí que os Joanitas e os Templários ousaram ir buscá-las com risco da
danação eterna. Mereceriam eles, por isso, serem condenados no outro
mundo? Tudo o que sabemos é que, neste mundo, os Templários foram
queimados.
A doutrina secreta de Jesus era esta:
Deus tinha sido considerado como um senhor e o príncipe deste mundo
era o mal; eu, que sou o filho de Deus, vos digo: não procuremos Deus
no espaço; ele está nas nossas consciências e nos nossos corações. Meu
pai e eu somos um e quero que vós e eu sejamos um. Amemo-nos uns
aos outros como irmãos. Não tenhamos mais que um coração e uma
alma. A lei religiosa é feita para o homem, e o homem não é feito para a
lei. As prescrições legais estão submetidas ao livre arbítrio da nossa
razão unida à fé. Crede no bem e o mal nada poderá sobre vós.
Quando vos reunirdes em meu nome, meu espírito estará no meio de
vós. Ninguém dentre vós deve julgar-se mestre dos outros, porém todos
devem respeitar a decisão da assembléia. Todo homem deve ser julgado
conforme as suas obras e medido conforme a medida que fez para si. A
consciência de cada homem constitui sua fé e a é do homem é o poder de
Deus nele.
Se sois senhor de vós mesmo, a natureza vos obedecerá e governareis os
outros. A fé dos justos é mais inabalável que as portas do inferno e sua
esperança jamais será confundida.
Eu sou vós e vós sois eu, no espírito de caridade que é o nosso e que é
Deus. Crede isto e vosso verbo será criador. Crede isto e fareis milagres.
O mundo vos perseguirá e fareis a conquista do mundo.
As velhas sociedades fundadas sobre a mentira perecerão; um dia, o
filho do homem pairará sobre as nuvens do céu, que são as trevas da
idolatria, e fará um juízo definitivo sobre os vivos e os mortos.
Desejai a luz, pois ela se fará. Aspirai à justiça, pois o assassinato
provoca o assassinato. É pela paciência e a brandura que vos tornareis
senhor de vós mesmos e do mundo.
Entregai agora esta doutrina admirável aos comentários dos sofistas da
decadência e polemistas da Idade Média, e daí vereis sair belas coisas.
Se Jesus era filho de Deus, como o engendrou Deus? É ele da mesma
substância de Deus ou de outra substância? A substância de Deus! Que
eterno assunto de disputa para a ignorância presunçosa! Era ele uma
pessoa divina ou uma pessoa humana? Tinha ele duas naturezas e duas
vontades? Terríveis questões que merecem que as pessoas se
excomunguem e se degolem! Jesus tinha uma só natureza e duas
vontades, dizem uns; porém, não os escuteis, são hereges; então, duas
naturezas e uma vontade? Não, duas vontades. Então, estava em
oposição consigo mesmo? Não, porque estas duas vontades faziam uma
só que se chama Teandrica. Oh! Oh, diante desta palavra não digamos
mais nada e, outrossim, é preciso obedecer à Igreja que se tornou muito
diferente da primitiva assembléia dos fiéis. A lei é feita para o homem,
disse Jesus, porém o homem é feito para a Igreja, diz a Igreja, e é ela que
impõe a lei. Deus sancionará todos os decretos da Igreja e condenará a
todos vós, se ela decidir que sois todos ou quase todos condenados.Jesus
diz que é preciso referir-se à assembléia, portanto, ela é infalível, é
Deus, e se ela decide que dois e dois são cinco, dois e dois serão cinco.
Se ela diz que a terá é imóvel e que o sol gira, é proibido à Terra de
girar. Ela vos dirá que Deus salva seus eleitos dando-lhes a graça eficaz
e que os outros serão condenados por terem recebido somente graças
suficientes, as quais, por causa do pecado original, bastavam em
principio, porém não eram suficientes em fato. Que o papa salva e
condena a quem quer, pois tem as chaves do céu e do inferno. Depois
vêm os casuístas com seus molhos de chaves que não abrem, mas
fecham com duas ou três voltas as portas dos compartimentos feitos na
torre de Babel. Ó Rabelais, meu mestre! Só tu podes trazer a panacéia
que convém a toda demência. Uma grande gargalhada! Dize-nos, enfim,
a ultima palavra de tudo isso, e ensina=nos definitivamente se uma
quimera que arrebenta fazendo ruído no vácuo pode se encher de novo e
adquirir bandulho absorvendo a substância quiditativa e merífica das
nossas segundas intenções?
Utrum chimera in vacuum bombinans possit concidere secundum
intentiones.
Outros tolos, outros comentários. Eis que vêm os adversários da Igreja a
nos dizer: Deus está no homem, isto quer dizer que não há outro Deus
senão a inteligência humana. Se o homem está acima da lei religiosa e
esta lei embaraça o homem, porque não suprimiria ele a lei? Se Deus é
nós e se nós somos todos irmãos, se ninguém tem o direito de chamar-se
nosso senhor, por que obedecemos nós? A fé e a razão dos imbecis. Não
acreditemos em nada e não nos submetamos a ninguém.
Pois seja! Isto é altivez. Porém, será necessário baterem-se uns contra os
outros. Eis a guerra dos deuses e a exterminação dos homens! Ora!
Miséria e tolice!... mais ainda, mais ainda, tolice, tolice e miséria!
“Pai, perdoa-lhes”, dizia Jesus, “porque não sabem o que fazem.”.
Pessoas de bom senso, quem quer que sejais, acrescentarei eu, não os
escuteis, porque não sabem o que dizem.
Mas então são inocentes, vai gritar um terrível menino. Silêncio,
imprudente. Silêncio, em nome do céu, ou toda moral está perdida! Aliás
vós vos enganais. Se fossem inocentes, seria permitido fazer como eles e
quereríeis vós imita-los? Crer tudo é uma tolice; a tolice não pode, pois,
ser inocente. Se há circunstancias atenuantes, só a Deus pertence
apreciá-las.
A nossa espécie é evidentemente defeituosa e, ao ouvir falar e ver agir a
maioria dos homens,m parece que não têm bastante razão para serem
seriamente responsáveis. Ouvi falar na Câmara dos homens que a França
(o primeiro país do mundo) honrará com a sua confiança. Eis aqui o
orador da oposição. Eis o campeão do ministério. Cada qual prova
vitoriosamente que o outro nada entende dos negócios do Estado. A
prova que B é um idiota, B prova que A é um saltimbanco. A quem dar
crédito? Se fordes branco, acreditareis em A; se fordes vermelho,
acreditareis em B. Porém, a verdade, meu Deus! A verdade! – A verdade
é que A e B são charlatões e mentirosos. Desde que existiu uma dúvida
entre eles, provaram que um e outro nada valiam. Admiro a prova e
admiro a ambos nesta demolição mútua. Encontra-se tudo nos livros,
exceto o que ordinariamente o autor quis pôr neles. Riem-se da religião
como uma impostura e mandam-se as crianças à igreja. Ostenta-se
cinismo e tem-se superstição. O que se teme acima de tudo é o bom
senso, é a verdade, é a razão.
A vaidade pueril e o sórdido interesse levam os homens pelo nariz, até a
morte, este esquecimento definitivo e motejador supremo. O fundo da
maior parte das almas é a vaidade. Ora, que é a vaidade? É o vácuo.
Multiplicai os zeros quantas vezes quiserdes, sempre valerão zero;
amontoai nadas e a nada chegareis, nada, nada. Nada, eis aí o programa
da maioria dos homens!
E estes são os imortais! E estas almas, tão ridiculamente enganadoras e
enganadas são imperecíveis! Para todos estes estouvados, a vida é uma
armadilha suprema que encobre o inferno! Oh! Há certamente aqui um
segredo terrível: é o da responsabilidade. O pai responde por seus filhos,
o senhor pelos seus sevos e o homem inteligente pela multidão
ignorante. A redenção se realiza por todos os homens superiores, a tolice
sofre, porém só o espírito expia.
A dor do verme que é esmagado e da ostra que é despedaçada não são
expiações.
Sabe, pois, ó tu que queres ser iniciado nos grandes mistérios, que fazes
um pacto com a dor e afrontas o inferno! O abutre, o Prometeida, te
olha, e as Fúrias dirigidas por Mercúrio preparam cunhas de madeiras e
cravos. Vais ser sagrado, isto é, consagrado ao suplício. A humanidade
tem necessidade dos teus tormentos.
O Cristo morreu jovem numa cruz e todos aqueles a quem iniciou foram
mártires. Apolônio de Tiana morreu pelas torturas que sofreu nas prisões
de Roma. Paracelso e Agripa levaram uma vida errante e morreram
miseravelmente. Guilherme Postello morreu preso. São Germano e
Gagliostro tiveram um fim misterioso e provavelmente trágico. Cedo ou
tarde é preciso satisfazer ao pacto quer formal, quer tácito. É preciso
libertar-se do imposto que a natureza estabeleceu sobre os milagres. É
preciso ter uma luta final com o diabo, desde que se tomou a liberdade
de ser Deus.
Eritis sicut dii scientes bonum et malum.
Ir Pedro Neves
Publicado no Recanto das Letras em 02/03/2011
Código do texto: T2823588
Sempre que se fala em maçonaria, um termo é recorrente: O Grande
Arquiteto do Universo, ou G.A.D.U. (a forma abreviada mais comum).
Em quase todas as obras maçônicas e também na maioria das citações ou
reportagens, há referências a esta expressão. Mas o que muitos leigos se
perguntam sempre é: o que, ou quem é, exatamente, este Grande
Arquiteto? Qual o real significado desta denominação?
Respondendo objetivamente, e de maneira simplificada, afirmamos: o
G.A.D.U. é a maneira pela qual os maçons se referem a Deus. E a razão
é simples: sendo a maçonaria uma instituição que teve origem histórica
nas corporações de construtores medievais – que eram formadas por
arquitetos, engenheiros, artesãos, pedreiros e outros profissionais ligados
à área da construção civil e militar – e, ainda nos nossos dias, valer-se de
instrumentos daqueles ofícios como ícones simbólicos (o compasso e o
esquadro, por exemplo), nada mais natural que denomine o projetista ou
construtor de tudo o que existe como O Grande Arquiteto do Universo.
Denominações adicionais para o Criador como O Grande Arquiteto dos
Mundos ou O Grande Geômetra são encontradas em alguns livros
maçônicos, todas com o mesmo significado.
Ampliando o escopo deste artigo, consideramos importante esclarecer
brevemente o conceito de Deus na maçonaria. A imagem eternizada por
Michelangelo na Capela Sistina – a de um ancião de cabelos brancos,
adotada como representação costumeira de Deus por grande parcela da
civilização ocidental – ainda que enquanto obra de arte seja belíssima,
não é suficiente para a compreensão da onipotência, onipresença e
onisciência divinas. Em verdade, ousaríamos dizer que é, de fato,
inapropriada. Ora, qualquer que seja o ser, se este for limitado por uma
forma, não pode ter tais características. Portanto, seguindo este
raciocínio, concluímos que a imagem de Deus como um velho senhor
sentado em um trono de nuvens é apenas o retrato humanizado do
pensamento de uma época, não devendo ser levado em conta para uma
reflexão mais aprofundada. Deus é o amor infinito, a inteligência
suprema, causa primária de todas as coisas, é aquele que não tem
começo nem fim, e não pode ser conhecido através dos esforços
intelectuais de uma mente humana que, por mais avançada ou capaz que
seja, está sujeita a limitações. Deus, portanto, é uma força que não pode
ser analisada ou mensurada, só podendo ser sentida e contemplada
através de suas manifestações. Esta força é o que os maçons chamam de
Grande Arquiteto, gerador do universo, do homem e da vida em todas as
suas formas.
Um movimento anti-maçônico, fundado nos Estados Unidos no século
XX e formado quase majoritariamente por fundamentalistas religiosos,
tem distorcido continuamente o conceito do Grande Arquiteto do
Universo. Este movimento, que já conta com ramificações no Brasil,
afirma erroneamente que o G.A.D.U. não passa de um „deus maçônico‟,
ou ainda uma divindade que representaria uma suposta união sincrética
de ídolos antigos. Os mais radicais acreditam ainda que o G.A.D.U. seria
uma representação do diabo. Conforme já explicado, nada mais longe da
realidade. Aliás, para ser maçom, o postulante tem de, necessariamente,
crer na existência de um ser supremo. Todos os trabalhos maçônicos são
dedicados à glória de Deus, e os templos maçônicos conservam abertos
em seus rituais o chamado Livro da Lei, que nada mais é que o livro
sagrado da religião dos países onde funcionam as lojas maçônicas. No
Brasil é a Bíblia que pode ser vista na quase totalidade dos templos, e ao
redor do planeta, o livro sagrado muda conforme o caso: para os
hebreus, o Talmude ou o Antigo Testamento; para os muçulmanos, o
Alcorão; para os adeptos do bramanismo, os Vedas; para os masdeístas
ou seguidores de Zaratustra, ou Zoroastro, o Zenda-Avesta etc. O Livro
da Lei possui esse nome por conter o código de moral e ética que
devemos seguir em nossas vidas. Este nome evita ainda qualquer tipo de
sectarismo. A única exigência que se faz é que o volume deve conter, de
fato, as sagradas escrituras de uma religião conhecida, e fazer referência
ao Ser Supremo, Deus.
É importante colocar que a crença no Grande Arquiteto do Universo é
encarada na maçonaria como uma realidade filosófica, e não de modo
dogmático. A maçonaria, portanto, não é uma religião, mas abriga em
suas fileiras homens de todas as religiões – por reconhecer a importância
de cada uma delas, respeitando o conceito íntimo que cada um tem de
Deus. Mas a maneira pela qual cada maçom professa a sua crença neste
ser supremo é assunto de foro íntimo. Assim, em um templo maçônico
poderão ser vistos, lado a lado, católicos, budistas, espíritas e assim por
diante, pois a tolerância e o respeito mútuo fazem que praticantes dos
mais diferentes cultos estejam unidos em prol da lapidação espiritual, da
construção de um mundo justo e da busca pelo bem de toda a
humanidade.
Termino este artigo citando o escritor Dan Brown, em carta endereçada
aos maçons americanos na época do lançamento de seu livro O Símbolo
Perdido, cuja trama envolve a maçonaria: “Em um mundo onde os
homens batalham a propósito de qual definição de Deus é a mais
acertada, não acho palavras para expressar adequadamente o profundo
respeito e admiração que sinto por uma organização na qual homens de
crenças diferentes são capazes de „partilhar o pão juntos‟ num laço de
fraternidade, amizade e camaradagem”.
Que o Grande Arquiteto nos ilumine e guarde.
 Na noite de quarta-feira (6) a Exc Loja de Perf  Luz e Meditação promoveu a
Sessão Magna de Iniciação ao Grau 9 dos IIr Fabiano Matos da Silva, Gilberto
Rocha Linhares, Gerson Luiz Soares, Jorge da Cunha, José Carlos Bail, José
Henrique Galego, Roberto dos Santos Júnior, Ruy Angonese e José Carlos de
Oliveira, com a presença do Ir João José Machado Inspetor Litúrgico da 2ª.
Região do Estado de Santa Catarina, além de diversas autoridades dos Graus
Superiores. A Sessão foie presidida pelo Ir. Eroni Bonsenhor e sua
administração.
Nota de Falecimento
Com pesar registramos o falecimento ocorrido na quinta-feira (7) da sra.
genitora do Ir. Helton Camargo Costa, Obreiro da ARLS Templários
da Nova Era nr. 91. À família enlutada e ao Ir. Helton as condolências
do JB News. E a vida continua Mano Helton
 O JB News desta sexta-feira nos traz outro artigo do Ir. Hercule Spoladore, de
Londrina. Trata-se de “Iniciação Maçônica no futuro” - Estados alterados da
mente – A tropa Belladona. Acompanhe, acessando o texto que se encontra anexado
em PDF
Loja Maçônica Winston Churchill nr. 2216 (GOEG) na comemoração dos seus 27 anos
Dedicado aos Irmãos que não querem deixar de fumar
Jb news   informativo nr. 0223

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  • 1. JB NEWS Informativo Nr. 223 Editoria: Ir Jerônimo Borges Loja Templários da Nova Era nr. 91 – GLSC Quintas-feiras 20h00 – Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras Florianópolis (SC) 08 de abril de 2011 Índice desta sexta-feira: 1. Almanaque 2. Revoluções e a Maçonaria Verdades ou Fantasias? (Ir. Antonio Carlos de Souza Godoi) 3. O Segredo Terrível (Eliphas Levi) 4. Maçonaria, o Grande Arquiteto do Universo (Ir. Pedro Neves) 5. Destaques JB
  • 2.
  • 3.  1378 - Bartolomeu Prignano se torna Papa Urbano VI.  1553 - Fundação da vila de Santo André da Borda do Campo, atual cidade de Santo André no ABC Paulista.  1455 - Alfonso de Borgia se torna Papa Calisto III. Foi um dos três sumos pontífices espanhóis  1640 - Sai de Lisboa a esquadra que leva ao Brasil (Bahia) o primeiro Rei nomeado para este país, Marquês de Montalvão. Chega em 21 de junho  1730 - Inauguração da primeira sinagoga em Nova York, a Shearith Israel.  1904 - A França e o Reino Unido assinam a Entente cordiale  1904 - Aleister Crowley recebe o seu Livro da Lei  1946 - Fundação da Universidade Federal da Bahia, em Salvador.  1963 - Fundação do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, em São Paulo.  1986 - Clint Eastwood é eleito presidente da câmara de Carmel-by-the-Sea, na California, com 72% dos votos.  2005 - Velório do Papa João Paulo II. o Eclipse solar híbrido (sul do Oceano Pacífico). NASCIMENTOS  1320 - Rei Pedro I de Portugal, "o justiceiro" (m. 1367);  1605 - Rei Filipe IV de Espanha, III de Portugal(m. 1665);  1692 - Giuseppe Tartini, compositor, violinista e pedagogo italiano (m. 1770)  1859 - Edmund Husserl, filósofo (m. 1938);  1818 - August Wilhelm von Hofmann, (químico alemão); (m. 1892)  1902 - Andrew Irvine, alpinista britânico (m. 1924 no Everest);  1909 - John Fante, escritor norte-americano (m. 1983)  1929 - Jacques Brel, autor de canções, compositor e cantor belga. (m. 1978)  1932 - Jean-Paul Rappeneau, cineasta e cenarista francês.  1938 - Kofi Annan, ex-Secretário-Geral das Nações Unidas.  1947 - Robert Kiyosaki, escritor norte-americano de finanças pessoais.  1961 - Leoni, cantor e compositor brasileiro.  1963 - Zeca Camargo, apresentador e jornalista brasileiro.
  • 4. SIDDHARTHA SAKYA MUNI GAUTAMA Nascimento: 08/04/cerca de 556 ou 563 a.C., Kapilavastu, norte da Índia (fronteira com o Nepal) Filiação: Suddhodana e Maya Devi Falecimento: 15/02/483 ou 476 a.C., durante uma excursão, Kusinara, bosque de Mallas, Índia Causa: Picada de um inseto venenoso Príncipe e líder religioso, seu nome quer dizer "o sábio, o iluminado, aquele que sabe"; fundador do Budismo. "Não acredites em qualquer coisa, só porque te ensinou o testemunho de um velho sábio. Não acredites em qualquer coisa, só porque provém da autoridade de mestres e de sacerdotes." Buda D. PEDRO I, "O JUSTICEIRO", "O CRUEL", "O CRU", "O VINGATIVO" Nascimento: 08/04/1320, Coimbra, Portugal Filiação: Afonso IV e Beatriz de Castela Casamento: Branca (repudiado); Constança Manuel (filhos Luís, 1340; Maria, 1342 e Fernando, 1345); Teresa Lourenço (filho João, 1357); com Inês de Castro tem os filhos Afonso, Beatriz (1347), João (1349) e Dinis (1354) Falecimento: 18/01/1367, Estremoz, Portugal 8* Rei (1357); seu relacionamento com Inês de Castro (a quem vinga energicamente o assassinato) influencia a política interna do país e faz revoltar-se contra seu pai (1355), que ordenara o crime; no trono, revela seu casamento secreto com Inês, fazendo-a Rainha de POR; destaca-se na administração interna e participa da invasão de Castela (ao lado de Aragão). D. Pedro I D. FILIPE III, "O GRANDE" Filiação: Filipe II e Margarida da Áustria Nascimento: 08/04/1605, Valladolid, Espanha Falecimento: 17/09/1665, Madrid, Espanha Rei de POR (1621 a 1640) da Terceira Dinastia, deposto pelo Levante de Lisboa (01/12/1640). D. Filipe III EDMUND HUSSERL Nascimento: 08/04/1859, Prossnitz, Morávia (então do Império Austro- Húngaro, atual Prostejov), República Tcheca Casamento: Malvine Steinschneider (1887) Falecimento: 27/04/1938, Freiburg im Breisgau, Alemanha Escritor e filósofo de grande influência sobre o Existencialismo e as ciências sociais; funda a Fenomenologia (a base filosófica para a lógica e a matemática precisa começar com uma análise da experiência que está antes de todo o pensamento formal). Edmund Husserl FALECIMENTOS  1364 - João II, o Bom, Rei de França (no cativeiro em Inglaterra)  1816 - Santa Júlia Billiart, santa da Igreja católica.  1835 - Wilhelm von Humboldt, lingüista, diplomata e filósofo alemão (n. 1767)  1848 - Gaetano Donizetti, compositor de óperas italiano (n. 1797)  1924 - Philo Remington, inventor norte-americano do fuzil e da máquina de escrever  1950 - Vaslav Nijinski, bailarino polaco (n. 1890)  1973 - Pablo Picasso, pintor espanhol (n. 1881)  2003 - Maki Ishii, compositor japonês (n. 1936).  2007 - Luiz de Araújo Sousa, operário, morreu após cair da Ponte Octávio Frias de Oliveira, em São Paulo, durante sua construção.
  • 5. SILVINO ELVÍDIO CARNEIRO DA CUNHA Nascimento: 31/08/1831, Paraíba, Brasil Filiação: Manoel Florenino Carneiro da Cunha Falecimento: 08/04/1892, a bordo do vapor OLINDA, pouco depois de chegar, Recife, Pernambuco, Brasil Político, Presidente do Maranhão, Rio Grande do Norte, Paraíba e Sergipe; Inspetor das Alfândegas da Paraíba, Manaus e Maranhão; Barão (1888). Barão de Abihay PABLO DIEGO JOSÉ FRANCISCO DE PAULA JUAN NEPOMUCENO MARÍA DE LOS REMÉDIOS CIPRIANO DE LA SANTÍSSIMA TRINIDAD RUIZ Y PICASSO Nascimento: 25/10/1881, Málaga, sul da Espanha Falecimento: 08/04/1973, Mougins, perto de Cannes, Itália Desenhista, gravador, escultor e pintor, um dos criadores do Cubismo (técnica em que formas geométricas compõem figuras humanas); autor de "Dora Mara Sentada", entre outros. Pablo Picasso VASLAV FORMICH NIJINSKY Nascimento: 12/03/1890, Kiev, Rússia (atual Ucrânia) Filiação: Thomas Laurentiyevich Nijinsky e Eleonora Bereda Casamento: 1913 Falecimento: 08/04/1950, Londres, Inglaterra Bailarino (estréia no ballet "La Source"); primeiro bailarino do Bolshoi (1909); primeira coreografia: 1912; escandaliza com as coreografias "L'Aprés-Midi d'un Faune" e "Le Sacre du Printemps", pelo conteúdo erótico, para a companhia de Diaghilev; num campo de concentração até 1916, tem sua esquizofrenia de desordem de pensamento agravada, pelo que é obrigado a parar de dançar (1919); passa as últimas 3 décadas em asilos. Nijinsky AMILTON FERNANDES Nascimento: 1927, Rio Grande do Sul, Brasil Falecimento: 08/04/1968, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil Ator de teatro, TV (estréia no seriado "Suspeita", 1958) e cinema (estréia em "O Vendedor de Linguiças", 1962); faz sucesso com o personagem ALBERTINHO LIMONTA na telenovela "O Direito de Nascer"; destaca-se em filmes como "Quatro Brasileiros em Paris" (1965), "Juventude e Ternura" (1968), "Edu, Coração de Ouro" (1968), etc. Amilton Fernandes Feriados e eventos cíclicos Brasil  Dia da Natação  Dia do Correio  Aniversário de Cuiabá  Aniversário de Santo André China  Dia da deusa do fogo, Chin Iki Tchöen.
  • 6. Internacional  Dia Mundial da Astronomia  Dia Mundial do Combate ao Câncer  Dia Mundial dos povos Roma e Sinti (conhecidos como ciganos, embora não se refiram a si mesmos desta forma) Japão  Festival das Flores, em que é celebrado o nascimento de Buda Santo do dia  Santo Alberto, bispo e mártir, Itália, 1150  São Diniz  Santa Júlia Billiart, religiosa e fundadora da Congregação de Notre Dame de Namur Fatos Históricos de Santa Catarina: 1823 Provisão do governo da Província de Santa Catarina mandou dar sesmarias de quarto de léguas aos colonos residentes na província e a todas as pessoas que estivessem em condições de fazer estabelecimenro rural. 1858 Lei provincial nº452, desta data, elevou Joinville à categoria de freguesia, sob a invocação dee São Francisco Xavier. 1935 Instalação do município de Jaraguá do Sul 1964 Lei nº 958 criou os municípios de Aurora e Agronômica, ambos desmembrados de Rio do Sul. 1964 Lei nº 960, desta data, criou o município de Balneário Camboriú. Calendário Maçônico do Dia 1790 Fundada a Grande Loja de New Hampshire. 1997 Fundada a Loja “Ciência da Arte Real” nº 65 (GOSC) em Florianópolis. (Pesquisas da edição: http://pt.wikipedia.org - Imagens: www.google.com.br)
  • 7. Ir:. Antonio Carlos de Souza Godoi – M:.M:.- CIM 13.635 – ARLS Nove de Abril de Mogi Guaçu, 515 – M. Guaçu, SP – Glesp - Tel. (019) 3569-0484 e 9227-0627 REVOLUÇÕES E A MAÇONARIA (Verdades ou Fantasias?) Traduzido livremente de fragmentos da Letra “R” incompleta de uma antiga Enciclopédia Maçônica inglesa, sem identificação de ano de publicação ou autoria, por Antonio Carlos de Souza Godoi, M:.M:. da ARLS Nove de Abril de Mogi Guaçu, 515 – M. Guaçu, SP – Glesp * * * Não obstante uma das Antigas Obrigações dos Maçons, igualmente observada nos dias de hoje, impusesse lealdade ao Rei, têm persistido por muitos anos os esforços por parte de escritores, tanto dentro quanto fora da Fraternidade, de pintá-la como uma conspiração política ou mesmo um agente revolucionário. As estórias assumiram muitas formas, com as do continente europeu tomando a forma de romances, altamente imaginativos e inconsistentes com alguns sendo propaganda fantástica ou, obviamente, contrários à Maçonaria. Aqueles que foram trazidos à superfície por Maçons têm sido menos bizarros e mais o produto de pessoas mal orientadas e excessivamente zelosas procurando atirar a Fraternidade para um papel heróico ou patriótico, dando-lhe um lugar na história, e melhorando sua posição. Na
  • 8. verdade, a melhor forma de melhorar a posição da Sociedade é simplesmente contar a verdade sobre a mesma! As fábulas tiveram início tempos atrás, na metade do Século XVII, dando a Cromwell o crédito de iniciador da Sociedade para ajudá-lo em sua luta contra Charles I (Carlos I), embora posteriormente surja a estória de que a Maçonaria foi tornada a ferramenta da Casa de Stuart e, novamente, que ela passou a lisonjear a Casa de Hanover mesmo antes de parar de trabalhar para os Stuarts! Nos Estados Unidos, a tendência de Maçons patriotas foi dobrada na exibição de seu amor pelo país tentando elevar a reputação da Ordem fazendo dela autora e diretora da Revolução Americana. Quando Bernard Faÿ escreveu “Revolução e Maçonaria” (Revolution and Freemasonry) em Boston, 1935, baseando sua estória parcialmente em escritos e oratória americanos e creditando a Maçonaria como instigadora tanto da Revolução Americana quanto da Francesa, muitos foram eletrizados, mas sua alegria foi de curta duração, visto que logo se descobriu que Faÿ estava a serviço do General Von Ludendorff e de Hitler, os quais estavam fazendo de sua inimizade pelos judeus e Maçons seu principal lance para a conquista nazista do mundo. Depois da II Guerra Mundial, Faÿ foi condenado por uma Corte francesa por ter sido colaborador dos nazistas e uma ferramenta do governo de Vichy, sendo sentenciado a um longo tempo de prisão. Um dos escritores maçônicos mais volúveis então esfolou Faÿ por ter obtido incorretamente acesso a uma das maiores Bibliotecas maçônicas nos Estados Unidos, onde ele tirou diretamente da literatura e oratória maçônicas americanas aquilo que após a II Guerra Mundial foi considerado depreciativo para a Fraternidade! Em alguns países latinos, e muito geralmente nos países da América Latina, os Maçons (freqüentemente pertencentes ao Rito Escocês) eram republicanos e, por conseqüência, inclinaram-se pela revolução, contra ditadores e aventureiros que tinham, de tempos em tempos, se apossado do governo de seus países e fizeram farsas das constituições modeladas sobre a dos Estados Unidos e possuídas por praticamente todas as
  • 9. pequenas nações. Mas isso não quer dizer que Lojas ou mesmo Corpos do Rito Escocês, que com freqüência discutem assuntos políticos ou religiosos, se engajem ou possam se engajar em uma revolução. Na verdade, a própria existência de “Triângulos” em muitos países latino- americanos nas Américas do Sul e Central, que são aberta e inquestionavelmente Corpos políticos compostos na maior parte, se não totalmente, de Maçons, parece indicar que as Lojas maçônicas e outros Corpos se mantiveram indiferentes. Porém aqueles que escrevem ou falam com loquacidade sobre idéias maçônicas políticas e revolucionárias parecem se esquecer que atualmente há Maçons numerosos o suficiente para exercer grande influência seja nas urnas ou empunhando uma metralhadora, e alguns, também, deliberadamente parece, ignoram o fato de que todo governo que tentou suprimir ou expulsar ou banir a Maçonaria ou os Maçons durante os três últimos Séculos fez isso fácil, rápida e eficazmente. Quem é que jamais ouviu sobre algum motim ou rebelião da Maçonaria mesmo contra a Polícia de alguma cidade? Através da Europa uma vez e mais outra e outra, Lojas cerraram suas portas por causa de um Edito Real e com a mesma rapidez as reabriram com a remoção da restrição. Onde tais proibições foram impostas meio a contragosto ou para mostrar uma resposta formal a alguma exigência da Igreja Romana e não foram postas em prática rigidamente, os Maçons mantiveram suas atividades “sub rosa” (sob a Rosa), mas a idéia de exércitos, amotinados e bandos de capa-e-espada maçônicos, é absurda demais para mentes adultas. Os principais temas que têm caracterizado a literatura sobre o assunto são a teoria de Cromwell, a teoria Jacobita, a teoria de Hanover, estórias da Revolução Americana, e da Revolução Francesa. (a) A Teoria de Cromwell. Em 1746, o Abade Larudan (Abbé Larudan), um inimigo da Maçonaria, publicou a obra “Os Maçons Esmagados” (Les Franc-Maçons Ecrasés), um trabalho que em vista dos fatos conhecidos, parece agora ter sido o produto de uma mente extenuada. Ele afirmou que, em 1648, Cromwell, em um jantar ao qual compareceram Parlamentaristas, Presbiterianos, e Independentes, de
  • 10. início indicou sua intenção de formar uma sociedade que posteriormente se tornou conhecida como Maçons Livres. Depois de manter seus confidentes em suspense por alguns dias, Cromwell conduziu seus hóspedes a uma sala escura na qual ele presumia estar em comunicação com o mundo espiritual e explicou seu propósito de formar uma sociedade para encorajar a adoração da Divindade e restaurar a paz. Ele indicou um Mestre, dois Vigilantes, um Secretário e um Orador e conduziu os visitantes a outra sala onde eles viram uma pintura das ruínas do Templo de Salomão. Foram então, vendados e conduzidos a outra sala e investidos nos segredos, após o que Cromwell proferiu um discurso sobre religião e política, com o qual fez com que ficassem tão impressionados que se juntaram ao exército de Cromwell, formando um Corpo ostensivamente baseado no amor de Deus, liberdade, e igualdade entre os Homens, mas na verdade dedicado ao estabelecimento da Comunidade Britânica. A Ordem foi dividida em três Graus com uma lenda “Hirâmica”, de certa forma diversa daquela posteriormente adotada, com a morte de Hiram representando a perda da liberdade, e a confusão entre os operários e o povo quando reduzidos à escravidão. Larudan caiu no poço que esperava a maioria dos fabricantes de teorias bizarras sobre a Maçonaria, com sua própria ignorância sobre o assunto levando ao anacronismo evidente. O Diário de Elias Ashmole mostra que ele e outros foram feitos Maçons em uma Loja inglesa, em 1646, dois anos antes da fictícia criação de Cromwell da Sociedade e os registros de Lojas na Escócia mostram que elas existiam quase meio século antes de 1646. Dos três graus e, particularmente, da lenda de Hiram nada se ouviu até que mais 65 anos tivessem se passado depois que Cromwell foi citado como as tendo instituído. (b) “A Teoria Jacobita está amplamente explicada em qualquer boa enciclopédia maçônica sob o título “A MAÇONARIA STUART – THE STUART MASONRY). (c) “A Teoria de Hanover”. Exatamente na mesma época em que os Maçons supostamente estariam conspirando para restaurar a Casa de Stuart no Trono Inglês, eles estavam, de acordo com uma teoria diferente, patrocinando abertamente a Casa de Hanover, representada
  • 11. por George I (1714-1727) e George II (1727-1760) e estavam em adulação à dinastia reinante para evidenciar sua oposição aos Stuarts depostos. A única circunstância sobre a qual esse tema é baseado parece ser a de que a Grande Loja, começando com o Duque de Montagu como Grão-Mestre em 1721, sempre escolheu seus Grão-Mestres dentre a nobreza. Isso passou por cima do fato, todavia, de que em menos de dois anos a Grande Loja colocou na Cadeira o instável Duque de Wharton, que pode ter sido um Jacobita, um Hanoveriano, e um Papista, certamente não conhecido por causa de sua imobilidade na adesão ao que quer que fosse. De fato, ele ganhou aquele posto por uma espécie de rebelião contra o Duque de Montagu e o sucedeu por causa do caráter generoso deste. A idéia do favor real e patrocínio da Sociedade era mais antiga que a própria Grande Loja. As Lendas Góticas (Gothic Legends), por mais de dois séculos tinham relatado como Nimrod, Rei da Babilônia, Salomão, Charles Martel (Carlos Martelo), Athelstan, e o Real Edwin haviam estimado os Maçons e lhes dado Obrigações. O Dr. Anderson, nas Constituições de 1723 e também nas de 1738, ampliou o tema e acrescentou muitos nomes reais e imperiais, de modo que a Ordem se tornou a Arte Real (Royal Art). Elos ainda mais próximos foram soldados entre a Maçonaria e a realeza em países onde não havia a Casa de Hanover. Duques reais chefiaram a Grande Loja e o Grande Oriente da França, Frederico o Grande (Frederich the Great) fundou a Grande Loja da Prússia por meio de Edito Real, os Reis da Suécia e da Dinamarca se tornaram Grão-Mestres hereditários das Grandes Lojas naqueles países, e a mesma doutrina prevaleceu em teoria na Real Ordem da Escócia. A Dinastia dos Hanover parece não ter exercido influência digna de nota sobre a Maçonaria inglesa. (d) “A Revolução Americana”. A Revolução Americana está longe o bastante no passado para permitir que se digam muitas coisas sobre ela sem o temor de que possa haver contradições, de modo que tem havido uma marcada tendência entre os escritores de trabalhos populares sobre a Maçonaria de deixar a impressão de que as Lojas coloniais eram canteiros de revolta. Embora não afirmado expressamente, é dada a
  • 12. impressão que a Guerra foi lutada grandemente por Maçons de um lado e não-Maçons de outro. É significativo que a Guerra Civil Americana, um holocausto imensamente maior e que surgiu de sentimentos fundamentalmente iguais àqueles que deram lugar à Revolução, isto é, que os poderes e limitações constitucionais haviam sido excedidos até que os laços de consangüinidade fossem cortados e a revolta se tornou justificada, não tenha produzido tal literatura – escassamente, quando muito uma alusão a ela. Poucas grinaldas de flores foram colocadas por escritores ou oradores maçônicos sobre os túmulos dos Maçons que tomaram parte na Secessão e muito poucas nos túmulos daqueles que a derrotaram. Tem havido pouco esforço para mostrar que aqueles grandes Homens que vestiam o uniforme cinza (N.T.: Confederados) eram Maçons. Se a revolta contra o que se considera tirania é uma virtude maçônica, seu brilho não deve ser esmaecido por falha do empreendimento. O fato é que, em todas as guerras dos últimos dois séculos entre nações ocidentais, Maçons têm lutado em ambos os lados, alguns a favor e outros contra o Rei, alguns a favor e outros contra a liberação, alguns a favor e outros contra a secessão, e alguns contra todas as outras coisas pelas quais as guerras supostamente devam ser travadas. Pais, filhos, irmãos, tios, sobrinhos e primos freqüentemente lutam sob diferentes padrões, e a explicação de suas diferentes preferências é tão clara quanto a explicação do por que, afinal, os Homens travam guerras! Antes da Revolução, alguns Maçons eram legalistas e outros eram patriotas. Eles foram divididos assim como se dividiram as famílias. Em geral, as classes mais abastadas eram leais ao Rei ao passo que, a classe média e a baixa, os fazendeiros, mecânicos e trabalhadores, eram a espinha dorsal da revolta. O mesmo tem sido verdadeiro geralmente em qualquer lugar: os que estão bem não têm desejo de mudar;os que têm pouco têm mais chances de ganhar do que de perder. É provável que a maioria dos Maçons das Colônias era a favor da Revolução, não porque fossem Maçons, porém mais em razão de serem de uma classe menos abastada. Muitos Maçons proeminentes estavam em boa situação e eram Tories (leais ao Rei).
  • 13. Sir John Johnson, Grão-Mestre Provincial de Nova York, fugiu do país ao irromper da Guerra assim como o fizeram o Mestre, o Segundo Vigilante e também o Secretário da Loja de São Patrício (Saint Patrick´s Lodge) de Nova York. Sir John mais tarde comandou as forças do Rei no oeste do Estado de Nova York, e ele e Guy Johnson, antigo Mestre da Loja de São Patrício, lutaram junto às forças reais durante toda a Guerra. O Coronel Walter Butler era um Maçom no exército de Johnson e Joseph Brant, um índio civilizado e Maçom, prestou assistência na manutenção de uma aliança entre os ingleses e os índios. Em Filadélfia, o Segundo Vigilante e o Secretário da Loja No 3 (Antigos) foram para o lado dos ingleses e o Mestre daquela Loja era suspeito de nutrir sentimentos iguais. William Allen, Grão-Mestre Provincial da Pensilvania (Modernos), colocou-se sob a proteção de Lorde Howe e esforçou-se para formar um regimento para o exército inglês. Edward Shippen da Loja No 1(Modernos) em Filadélfia, Juiz Supremo do Estado, era um Tory proeminente e sogro de Benedict Arnold. O Capitão William Cunningham, um Maçom do exército de Howe foi importante instrumento no salvamento de um pouco das propriedades da Loja No 2 em Filadélfia depois que o Palácio Maçônico foi saqueado. Em Princeton, New Jersey, o Capitão William Leslie, um Maçom do exército de Howe foi morto em combate e enterrado com honras maçônicas e militares por Maçons americanos. No Sul, havia Egerton Leigh, Grão-Mestre Provincial da Carolina do Sul, que fugiu para os ingleses a fim de pedir-lhes proteção. No primeiro ataque a Charleston, Carolina do Sul, em 1776, a frota inglesa foi comandada pelo Almirante Parker, um Maçom. Em Camden, também na Carolina do Sul, os ingleses amargaram duas retumbantes derrotas perante os Coloniais, uma em 16 de Agosto de 1780 e outra em 25 de Abril de 1781. O Conde de Moira, posteriormente Lorde Hastings, um dos mais amados e mais valorosos Maçons da Inglaterra, e em seguida Grão-Mestre em Exercício da Grande Loja da Inglaterra de 1790 a 1812 e Grão-Mestre da Escócia em 1806, liderou uma ala do exército de Cornwallis na primeira batalha e estava em comando único na segunda.
  • 14. No irromper da Guerra, havia para cima de 100 Lojas nas Colônias, mas, de todas essas, A Loja de Santo André (Saint Andrew´s Lodge) em Boston é a única que deixou registros de sentimentos revolucionários. Embora sempre haja a possibilidade de se distinguir entre uma Loja e seus membros, essa Loja tinha tantos excepcionais e dedicados patriotas que pode ser citada como sendo praticamente patriótica e revolucionária. Na ausência de melhor autoridade do que qualquer uma até aqui apresentada, devemos concluir que a vasta maioria das Lojas Coloniais aderiu à lei maçônica que desaprovava a participação em brigas sobre “Nações ou Política de Estado” e “Complôs e Conspirações”. Havia muitos “Tories” (leais ao Rei) e “Legalistas” influentes na Fraternidade. Jeremy Gridley, um membro da Primeira Loja de Boston e Grão-Mestre Provincial dos Modernos também era Procurador Geral para a Colônia e venceu, em nome da Coroa, o célebre caso relativo a mandados de assistência (N.T.:Pesquisar em “Warrants” em uma boa enciclopédia maçônica). Porém James Otis, um membro da mesma Loja, imortalizou seu nome neste lado do Atlântico por sua coragem e capacidade ao argüir o caso pelos cidadãos e desafiando a validade do ato do Parlamento instituindo tais mandados. Em 1775, Richard Gridley, um membro da Segunda Loja de Boston e irmão de sangue de Jeremy, que morreu em 1767, foi o engenheiro sob as ordens de Washington encarregado do entrincheiramento ao redor de Boston e quem assentou as armas que puseram os ingleses para fora da cidade. De outro lado, Thomas Brown, Secretário tanto da Primeira quanto da Segunda Loja, era um Tory e fugiu para Halifax, na Nova Escócia, junto com a evacuação de Boston pelos ingleses. John Rowe, que sucedeu Gridley como Grão-Mestre Provincial, era um dos mais ricos mercadores da cidade e, não fosse ele um Tory, era tão tíbio que incorreu no desagrado popular. Ele desaprovou atos como a famosa Festa do Chá de Boston (Boston Tea Party) assim como também o fizeram Benjamim Franklin e John Adams, este último não sendo Maçom. Até onde conhecemos, não havia Tories na Loja de Santo André (Saint Andrew´s Lodge), mas havia sim um número de excepcionais patriotas: o Dr. Joseph Warren, que foi Grão-Mestre Provincial da Grande Loja
  • 15. Provincial patenteada pela Escócia e morto na batalha de Bunker Hill em 17 de Junho de 1775; Paul Revere; John Hancock, primeiro a assinar a Declaração da Independência; John Rowe o mais novo e sobrinho de John Rowe dos Modernos; Jonathan W. Edes e o Coronel Henry Purkett, um dos “índios” que tomou parte na Festa do Chá de Boston conforme se afirma que teria sido dito por John Rowe o mais novo. Os Filhos da Liberdade se reuniam na mesma Taverna, O Dragão Verde, e evidentemente estavam lá por licença da Loja visto que ela havia comprado a Taverna em 1764, estando em primeiro lugar dentre as Lojas que possuíam seus próprios quartéis. As Atas da Loja de Santo André mostram que a Reunião Anual no Dia de Santo André, 30 de Novembro de 1773, teve que ser adiada por falta de presença, porque “consignatários do chá tomaram o tempo dos Irmãos”. Na reunião da noite seguinte, 16 de Dezembro de 1773, apenas 5 membros compareceram, sendo a véspera da Festa do Chá de Boston e, no rodapé da curta Ata daquela noite, alguém preencheu o restante da página com grandes “T´s” maiúsculos em formato arabesco, embora certos investigadores declarem que isso não foi feito pelo Secretário mas por algum outro bastante tempo depois. Que a Festa do Chá de Boston foi consideravelmente exagerada do ponto de vista maçônico está demonstrado por uma anotação no Diário de John Rowe, Grão-Mestre Provincial da Grande Loja Moderna em Boston, em 16 de Dezembro de 1773, que diz: “ Um certo número de pessoas apareceu trajando roupagem indígena e abordou os três navios da Hall Bruce & Coffin, abriu as escotilhas, içou o chá e o lançou nas águas do porto o que, creio eu, poderia ter sido evitado. Eu lamento sinceramente esse acontecimento. Diz-se que quase 2.000 pessoas estiveram presentes neste caso.” Todo o corpo da Loja de Santo André não poderia ter fornecido mais que dois ou três por cento daquela multidão. (N.T:. Consultar REVOLUÇÃO AMERICANA; LOJA DE SANTO ANDRÉ – American Revolution; Saint Andrew´s Lodge). Conforme a Revolução seguiu avante, tornou-se mais e mais desconfortável ser um Tory ou mesmo permanecer neutro. Todas as Lojas foram feridas pela Guerra, mas o efeito sobre as Lojas Modernas
  • 16. foi de modo bem geral, fatal, e mesmo o mais antigo estabelecimento daquele ramo na América, em Boston, adormeceu e só veio a ser resgatado por uma fusão com o Corpo rival então chefiado por Joseph Webb, em 1792. (Uma lista considerável de Maçons que estiveram engajados na causa colonial, de Washington e Franklin através de todas as patentes, está no artigo sobre a REVOLUÇÃO AMERICANA. Para uma consulta sobre a mais célebre Loja militar colonial, ver LOJA UNIÃO AMERICANA (AMERICAN UNION LODGE). Sobre os efeitos da Revolução sobre os estabelecimentos Modernos e Antigos consultar “INFLUÊNCIAS MODERNAS E ANTIGAS NA AMÉRICA – AMERICA, MODERN AND ANCIENT INFLUENCES IN; ver também “SIGNATÁRIOS DA DECLARAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA; SIGNATÁRIOS DA CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS – SIGNERS OF THE DECLARATION OF INDEPENDENCE; SIGNERS OF THE CONSTITUTION OF THE UNITED STATES). (e) Revolução Francesa. A afirmação de que a Maçonaria promoveu ou ajudou a promover a Revolução Francesa pode ser atribuída a escritores românticos e com um propósito. Lojas francesas, especialmente aquelas de Paris, eram geralmente aristocráticas, sendo Grão-Mestre do Grande Oriente nenhum outro senão o Duque de Orléans, um membro da Família Real que, com o intuito de aplacar a ralé, renunciou à Ordem e adotou a alcunha de Égalité (Igualdade), mas acabou sendo executado do mesmo jeito. A mortalidade entre as Lojas maçônicas de Paris foi alta durante o Reinado do Terror. Depois da Revolução, é bem verdade que a Maçonaria francesa adulou primeiro uma depois outra figura política ou militar, especialmente Napoleão, e mudava de tom conforme os azares da fortuna daquela trágica figura também mudavam – o que era freqüente. Então a França toda foi freqüentemente republicana e a Maçonaria francesa seguiu a maré dominante de modo que algumas declarações são encontradas, feitas naqueles tempos (Século XIX) para o efeito de que o mote da Fraternidade fosse o mesmo que o da nação: Liberdade, Igualdade e
  • 17. Fraternidade – Liberty, Equality and Fraternity. (Para saber mais consultar REVOLUÇÃO FRANCESA – FRENCH REVOLUTION). ***************** (Eliphas Levi) O Segredo Terrível Há verdades que devem ser para sempre misteriosas para os fracos de espíritos e para os tolos. E estas verdades podem ser-lhes ditas sem temor. Pois certamente jamais as compreenderão. Que é um tolo? Um tolo é uma coisa mais absurda que uma besta. É o homem que quer chegar antes de ter andado. É o homem que se julga senhor de tudo só porque chegou a alguma coisa. É um matemático que despreza a poesia. É um poeta que protesta contra os matemáticos. É um pintor que diz que a teologia e a cabala são inépcias, porque nada entende de cabala e teologia. É o ignorante que nega a ciência sem ter o trabalho de estudá-la. É o homem que fala sem saber e afirma sem certeza. São os tolos que matam os homens de gênio. Galileu foi condenado, não pela Igreja, mas por tolos que, infelizmente, pertenciam à Igreja. A tolice é um animal feroz que tem a calma da inocência; assassina sem remorso. O tolo é o urso da fábula de La Fontaine; esmaga a cabeça do seu amigo debaixo de uma pedra para caçar uma mosca; porém, diante da catástrofe, não procureis fazer-lhe confessar que errou. A tolice é inexorável e infalível como o inferno e a fatalidade, pois é sempre dirigida pelo magnetismo do mal.
  • 18. O animal nunca é tolo enquanto age franca e naturalmente como animal, porém o homem ensina a tolice aos cães e aos burros sábios. O tolo é o animal que despreza o instinto e que aparenta inteligência. O progresso existe para o animal; pode-se dominá-lo, prendê-lo, excitá- lo. Porém, não existe para o tolo. Porque o tolo julga que nada tem a aprender. É ele que quer reger e educar aos outros e com ele nunca tereis razão. Ele vos escarnece à vista, dizendo que o que não compreende é radicalmente incompreensível. De fato, por que não o compreenderei eu? Ele vos dirá com admirável aprumo. E nada mais tendes a lhe responder. Dizer-lhe que é um tolo seria apenas fazer-lhe um insulto. Todos vêem, porém ele jamais o saberá. Eis, pois, um já formidável arcano inacessível à maioria dos homens. Eis aí um segredo que jamais adivinharão e que seria inútil dizer-lhes: o segredo da tolice deles. Sócrates bebe a cicuta, Aristides é proscrito, Jesus é crucificado, Aristófanes se ri de Sócrates e faz rirem os tolos de Atenas; um camponês se aborrece de ouvir dar a Aristides o nome de Justo e Renan escreve a vida de Jesus para o maior prazer dos tolos. É por causa do numero quase infinito dos tolos que a política é e será sempre a ciência da dissimulação e da mentira. Maquiavel ousou dizê-lo e foi ferido por uma reprovação bem legítima, pois, fingindo dar lições aos príncipes, ele traía a todos e os denunciava à desconfiança das multidões. Aqueles que somos obrigados a enganar não devemos prevenir. É por causa das vis e tolas multidões que Jesus dizia aos seus discípulos: “Não lanceis pérolas aos porcos, pois eles as calcariam aos pés e se voltariam contra vós, procurando despedaçar-vos”. Vós, portanto, que desejai tornar-vos poderosos em obras, nunca digais a alguém o vosso pensamento mais secreto. Nem mesmo o digais, e quase ousaria dizer-vos, escondei-o sobretudo à mulher a quem amais; lembrai-vos da história de Sansão e Dalila!
  • 19. Desde que uma mulher julga conhecer a fundo seu marido, ela cessa de amá-lo. Quer governá-lo e dirigi-lo. Se resiste, ela o odeia; se cede, ela o despreza. Procura um outro homem para penetrar. A mulher tem sempre necessidade do desconhecido e do mistério e seu amor geralmente não é mais que uma insaciável curiosidade. Porque são os confessores poderosos sobre a alma e quase sempre sobre o coração das mulheres? É que sabem todos os seus segredos, ao passo que as mulheres ignoram os dos confessores. A franco-maçonaria é poderosa no mundo pelo seu terrível segredo tão prodigiosamente guardado, que os iniciados, mesmo os dos mais altos graus, não o sabem. A religião católica se impõe às multidões por um segredo que o próprio papa não sabe. Este segredo é o dos mistérios. Os antigos gnósticos o sabiam como indica o nome deles, porém não souberam guardar silêncio. Quiseram vulgarizar a gnose; resultaram daí doutrinas ridículas que a Igreja teve razão de condenar. Porém, com eles infelizmente foi condenada a porta do santuário oculto e lançaram suas chaves no abismo. É aí que os Joanitas e os Templários ousaram ir buscá-las com risco da danação eterna. Mereceriam eles, por isso, serem condenados no outro mundo? Tudo o que sabemos é que, neste mundo, os Templários foram queimados. A doutrina secreta de Jesus era esta: Deus tinha sido considerado como um senhor e o príncipe deste mundo era o mal; eu, que sou o filho de Deus, vos digo: não procuremos Deus no espaço; ele está nas nossas consciências e nos nossos corações. Meu pai e eu somos um e quero que vós e eu sejamos um. Amemo-nos uns aos outros como irmãos. Não tenhamos mais que um coração e uma alma. A lei religiosa é feita para o homem, e o homem não é feito para a lei. As prescrições legais estão submetidas ao livre arbítrio da nossa
  • 20. razão unida à fé. Crede no bem e o mal nada poderá sobre vós. Quando vos reunirdes em meu nome, meu espírito estará no meio de vós. Ninguém dentre vós deve julgar-se mestre dos outros, porém todos devem respeitar a decisão da assembléia. Todo homem deve ser julgado conforme as suas obras e medido conforme a medida que fez para si. A consciência de cada homem constitui sua fé e a é do homem é o poder de Deus nele. Se sois senhor de vós mesmo, a natureza vos obedecerá e governareis os outros. A fé dos justos é mais inabalável que as portas do inferno e sua esperança jamais será confundida. Eu sou vós e vós sois eu, no espírito de caridade que é o nosso e que é Deus. Crede isto e vosso verbo será criador. Crede isto e fareis milagres. O mundo vos perseguirá e fareis a conquista do mundo. As velhas sociedades fundadas sobre a mentira perecerão; um dia, o filho do homem pairará sobre as nuvens do céu, que são as trevas da idolatria, e fará um juízo definitivo sobre os vivos e os mortos. Desejai a luz, pois ela se fará. Aspirai à justiça, pois o assassinato provoca o assassinato. É pela paciência e a brandura que vos tornareis senhor de vós mesmos e do mundo. Entregai agora esta doutrina admirável aos comentários dos sofistas da decadência e polemistas da Idade Média, e daí vereis sair belas coisas. Se Jesus era filho de Deus, como o engendrou Deus? É ele da mesma substância de Deus ou de outra substância? A substância de Deus! Que eterno assunto de disputa para a ignorância presunçosa! Era ele uma pessoa divina ou uma pessoa humana? Tinha ele duas naturezas e duas vontades? Terríveis questões que merecem que as pessoas se excomunguem e se degolem! Jesus tinha uma só natureza e duas vontades, dizem uns; porém, não os escuteis, são hereges; então, duas naturezas e uma vontade? Não, duas vontades. Então, estava em oposição consigo mesmo? Não, porque estas duas vontades faziam uma
  • 21. só que se chama Teandrica. Oh! Oh, diante desta palavra não digamos mais nada e, outrossim, é preciso obedecer à Igreja que se tornou muito diferente da primitiva assembléia dos fiéis. A lei é feita para o homem, disse Jesus, porém o homem é feito para a Igreja, diz a Igreja, e é ela que impõe a lei. Deus sancionará todos os decretos da Igreja e condenará a todos vós, se ela decidir que sois todos ou quase todos condenados.Jesus diz que é preciso referir-se à assembléia, portanto, ela é infalível, é Deus, e se ela decide que dois e dois são cinco, dois e dois serão cinco. Se ela diz que a terá é imóvel e que o sol gira, é proibido à Terra de girar. Ela vos dirá que Deus salva seus eleitos dando-lhes a graça eficaz e que os outros serão condenados por terem recebido somente graças suficientes, as quais, por causa do pecado original, bastavam em principio, porém não eram suficientes em fato. Que o papa salva e condena a quem quer, pois tem as chaves do céu e do inferno. Depois vêm os casuístas com seus molhos de chaves que não abrem, mas fecham com duas ou três voltas as portas dos compartimentos feitos na torre de Babel. Ó Rabelais, meu mestre! Só tu podes trazer a panacéia que convém a toda demência. Uma grande gargalhada! Dize-nos, enfim, a ultima palavra de tudo isso, e ensina=nos definitivamente se uma quimera que arrebenta fazendo ruído no vácuo pode se encher de novo e adquirir bandulho absorvendo a substância quiditativa e merífica das nossas segundas intenções? Utrum chimera in vacuum bombinans possit concidere secundum intentiones. Outros tolos, outros comentários. Eis que vêm os adversários da Igreja a nos dizer: Deus está no homem, isto quer dizer que não há outro Deus senão a inteligência humana. Se o homem está acima da lei religiosa e esta lei embaraça o homem, porque não suprimiria ele a lei? Se Deus é nós e se nós somos todos irmãos, se ninguém tem o direito de chamar-se nosso senhor, por que obedecemos nós? A fé e a razão dos imbecis. Não
  • 22. acreditemos em nada e não nos submetamos a ninguém. Pois seja! Isto é altivez. Porém, será necessário baterem-se uns contra os outros. Eis a guerra dos deuses e a exterminação dos homens! Ora! Miséria e tolice!... mais ainda, mais ainda, tolice, tolice e miséria! “Pai, perdoa-lhes”, dizia Jesus, “porque não sabem o que fazem.”. Pessoas de bom senso, quem quer que sejais, acrescentarei eu, não os escuteis, porque não sabem o que dizem. Mas então são inocentes, vai gritar um terrível menino. Silêncio, imprudente. Silêncio, em nome do céu, ou toda moral está perdida! Aliás vós vos enganais. Se fossem inocentes, seria permitido fazer como eles e quereríeis vós imita-los? Crer tudo é uma tolice; a tolice não pode, pois, ser inocente. Se há circunstancias atenuantes, só a Deus pertence apreciá-las. A nossa espécie é evidentemente defeituosa e, ao ouvir falar e ver agir a maioria dos homens,m parece que não têm bastante razão para serem seriamente responsáveis. Ouvi falar na Câmara dos homens que a França (o primeiro país do mundo) honrará com a sua confiança. Eis aqui o orador da oposição. Eis o campeão do ministério. Cada qual prova vitoriosamente que o outro nada entende dos negócios do Estado. A prova que B é um idiota, B prova que A é um saltimbanco. A quem dar crédito? Se fordes branco, acreditareis em A; se fordes vermelho, acreditareis em B. Porém, a verdade, meu Deus! A verdade! – A verdade é que A e B são charlatões e mentirosos. Desde que existiu uma dúvida entre eles, provaram que um e outro nada valiam. Admiro a prova e admiro a ambos nesta demolição mútua. Encontra-se tudo nos livros, exceto o que ordinariamente o autor quis pôr neles. Riem-se da religião como uma impostura e mandam-se as crianças à igreja. Ostenta-se cinismo e tem-se superstição. O que se teme acima de tudo é o bom senso, é a verdade, é a razão. A vaidade pueril e o sórdido interesse levam os homens pelo nariz, até a
  • 23. morte, este esquecimento definitivo e motejador supremo. O fundo da maior parte das almas é a vaidade. Ora, que é a vaidade? É o vácuo. Multiplicai os zeros quantas vezes quiserdes, sempre valerão zero; amontoai nadas e a nada chegareis, nada, nada. Nada, eis aí o programa da maioria dos homens! E estes são os imortais! E estas almas, tão ridiculamente enganadoras e enganadas são imperecíveis! Para todos estes estouvados, a vida é uma armadilha suprema que encobre o inferno! Oh! Há certamente aqui um segredo terrível: é o da responsabilidade. O pai responde por seus filhos, o senhor pelos seus sevos e o homem inteligente pela multidão ignorante. A redenção se realiza por todos os homens superiores, a tolice sofre, porém só o espírito expia. A dor do verme que é esmagado e da ostra que é despedaçada não são expiações. Sabe, pois, ó tu que queres ser iniciado nos grandes mistérios, que fazes um pacto com a dor e afrontas o inferno! O abutre, o Prometeida, te olha, e as Fúrias dirigidas por Mercúrio preparam cunhas de madeiras e cravos. Vais ser sagrado, isto é, consagrado ao suplício. A humanidade tem necessidade dos teus tormentos. O Cristo morreu jovem numa cruz e todos aqueles a quem iniciou foram mártires. Apolônio de Tiana morreu pelas torturas que sofreu nas prisões de Roma. Paracelso e Agripa levaram uma vida errante e morreram miseravelmente. Guilherme Postello morreu preso. São Germano e Gagliostro tiveram um fim misterioso e provavelmente trágico. Cedo ou tarde é preciso satisfazer ao pacto quer formal, quer tácito. É preciso libertar-se do imposto que a natureza estabeleceu sobre os milagres. É preciso ter uma luta final com o diabo, desde que se tomou a liberdade de ser Deus. Eritis sicut dii scientes bonum et malum.
  • 24. Ir Pedro Neves Publicado no Recanto das Letras em 02/03/2011 Código do texto: T2823588 Sempre que se fala em maçonaria, um termo é recorrente: O Grande Arquiteto do Universo, ou G.A.D.U. (a forma abreviada mais comum). Em quase todas as obras maçônicas e também na maioria das citações ou reportagens, há referências a esta expressão. Mas o que muitos leigos se perguntam sempre é: o que, ou quem é, exatamente, este Grande Arquiteto? Qual o real significado desta denominação? Respondendo objetivamente, e de maneira simplificada, afirmamos: o G.A.D.U. é a maneira pela qual os maçons se referem a Deus. E a razão é simples: sendo a maçonaria uma instituição que teve origem histórica nas corporações de construtores medievais – que eram formadas por arquitetos, engenheiros, artesãos, pedreiros e outros profissionais ligados à área da construção civil e militar – e, ainda nos nossos dias, valer-se de instrumentos daqueles ofícios como ícones simbólicos (o compasso e o esquadro, por exemplo), nada mais natural que denomine o projetista ou construtor de tudo o que existe como O Grande Arquiteto do Universo. Denominações adicionais para o Criador como O Grande Arquiteto dos Mundos ou O Grande Geômetra são encontradas em alguns livros maçônicos, todas com o mesmo significado. Ampliando o escopo deste artigo, consideramos importante esclarecer brevemente o conceito de Deus na maçonaria. A imagem eternizada por Michelangelo na Capela Sistina – a de um ancião de cabelos brancos, adotada como representação costumeira de Deus por grande parcela da civilização ocidental – ainda que enquanto obra de arte seja belíssima, não é suficiente para a compreensão da onipotência, onipresença e onisciência divinas. Em verdade, ousaríamos dizer que é, de fato, inapropriada. Ora, qualquer que seja o ser, se este for limitado por uma
  • 25. forma, não pode ter tais características. Portanto, seguindo este raciocínio, concluímos que a imagem de Deus como um velho senhor sentado em um trono de nuvens é apenas o retrato humanizado do pensamento de uma época, não devendo ser levado em conta para uma reflexão mais aprofundada. Deus é o amor infinito, a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, é aquele que não tem começo nem fim, e não pode ser conhecido através dos esforços intelectuais de uma mente humana que, por mais avançada ou capaz que seja, está sujeita a limitações. Deus, portanto, é uma força que não pode ser analisada ou mensurada, só podendo ser sentida e contemplada através de suas manifestações. Esta força é o que os maçons chamam de Grande Arquiteto, gerador do universo, do homem e da vida em todas as suas formas. Um movimento anti-maçônico, fundado nos Estados Unidos no século XX e formado quase majoritariamente por fundamentalistas religiosos, tem distorcido continuamente o conceito do Grande Arquiteto do Universo. Este movimento, que já conta com ramificações no Brasil, afirma erroneamente que o G.A.D.U. não passa de um „deus maçônico‟, ou ainda uma divindade que representaria uma suposta união sincrética de ídolos antigos. Os mais radicais acreditam ainda que o G.A.D.U. seria uma representação do diabo. Conforme já explicado, nada mais longe da realidade. Aliás, para ser maçom, o postulante tem de, necessariamente, crer na existência de um ser supremo. Todos os trabalhos maçônicos são dedicados à glória de Deus, e os templos maçônicos conservam abertos em seus rituais o chamado Livro da Lei, que nada mais é que o livro sagrado da religião dos países onde funcionam as lojas maçônicas. No Brasil é a Bíblia que pode ser vista na quase totalidade dos templos, e ao redor do planeta, o livro sagrado muda conforme o caso: para os hebreus, o Talmude ou o Antigo Testamento; para os muçulmanos, o Alcorão; para os adeptos do bramanismo, os Vedas; para os masdeístas ou seguidores de Zaratustra, ou Zoroastro, o Zenda-Avesta etc. O Livro da Lei possui esse nome por conter o código de moral e ética que devemos seguir em nossas vidas. Este nome evita ainda qualquer tipo de sectarismo. A única exigência que se faz é que o volume deve conter, de fato, as sagradas escrituras de uma religião conhecida, e fazer referência
  • 26. ao Ser Supremo, Deus. É importante colocar que a crença no Grande Arquiteto do Universo é encarada na maçonaria como uma realidade filosófica, e não de modo dogmático. A maçonaria, portanto, não é uma religião, mas abriga em suas fileiras homens de todas as religiões – por reconhecer a importância de cada uma delas, respeitando o conceito íntimo que cada um tem de Deus. Mas a maneira pela qual cada maçom professa a sua crença neste ser supremo é assunto de foro íntimo. Assim, em um templo maçônico poderão ser vistos, lado a lado, católicos, budistas, espíritas e assim por diante, pois a tolerância e o respeito mútuo fazem que praticantes dos mais diferentes cultos estejam unidos em prol da lapidação espiritual, da construção de um mundo justo e da busca pelo bem de toda a humanidade. Termino este artigo citando o escritor Dan Brown, em carta endereçada aos maçons americanos na época do lançamento de seu livro O Símbolo Perdido, cuja trama envolve a maçonaria: “Em um mundo onde os homens batalham a propósito de qual definição de Deus é a mais acertada, não acho palavras para expressar adequadamente o profundo respeito e admiração que sinto por uma organização na qual homens de crenças diferentes são capazes de „partilhar o pão juntos‟ num laço de fraternidade, amizade e camaradagem”. Que o Grande Arquiteto nos ilumine e guarde.  Na noite de quarta-feira (6) a Exc Loja de Perf  Luz e Meditação promoveu a Sessão Magna de Iniciação ao Grau 9 dos IIr Fabiano Matos da Silva, Gilberto Rocha Linhares, Gerson Luiz Soares, Jorge da Cunha, José Carlos Bail, José Henrique Galego, Roberto dos Santos Júnior, Ruy Angonese e José Carlos de Oliveira, com a presença do Ir João José Machado Inspetor Litúrgico da 2ª. Região do Estado de Santa Catarina, além de diversas autoridades dos Graus Superiores. A Sessão foie presidida pelo Ir. Eroni Bonsenhor e sua administração.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30. Nota de Falecimento Com pesar registramos o falecimento ocorrido na quinta-feira (7) da sra. genitora do Ir. Helton Camargo Costa, Obreiro da ARLS Templários da Nova Era nr. 91. À família enlutada e ao Ir. Helton as condolências do JB News. E a vida continua Mano Helton  O JB News desta sexta-feira nos traz outro artigo do Ir. Hercule Spoladore, de Londrina. Trata-se de “Iniciação Maçônica no futuro” - Estados alterados da mente – A tropa Belladona. Acompanhe, acessando o texto que se encontra anexado em PDF
  • 31.
  • 32. Loja Maçônica Winston Churchill nr. 2216 (GOEG) na comemoração dos seus 27 anos
  • 33. Dedicado aos Irmãos que não querem deixar de fumar