Este documento resume sete blocos de notícias de um informativo maçônico. O primeiro bloco contém um almanaque com datas históricas. O segundo bloco contém uma opinião sobre o impeachment da presidente. O terceiro bloco descreve a pesquisa do autor sobre as histórias por trás das bandeiras brasileiras. Os blocos restantes contêm artigos de diferentes autores sobre tópicos maçônicos e históricos.
1. Nesta edição:
Pesquisas – Arquivos e artigos próprios e de colaboradores e da Internet
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias, de colaboradores e
www.google.com.br
Os artigos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião deste
informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Saudações, Prezado Irmão!
Índice do JB News nr. 2.027 – Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de abril de 2016
Bloco 1 – Almanaque
Bloco 2 – IrAilton Elisiário - Impeachment
Bloco 3 – IrJoão Guilherme – Minha Bandeira tem história
Bloco 4 - IrDiógenes de Sínope – Correntes Antimaçónicas; breve resumo
Bloco 5 - IrLeonel Ricardo de Andrade - A Maçonaria espera que sejamos Maçons (do site O Ponto...)
Bloco 6 - Ir Pedro Juk – Perguntas & Respostas – do Ir Claudio Rodrigues (Belo Horizonte)
Bloco 7 - Destaques JB: Posse de dois novos membros na Academia Catarinense Maçônica de Letras
2. JB News – Informativo nr. 2.027– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de abril de 2016 Pág. 2/27
O Brasil tem histórias incríveis, que a maioria dos brasileiros cada vez conhece menos.
Nossas bandeiras são muito mais do que simples panos coloridos. Têm significados e contam
histórias que nos ajudam a entender o que somos e porque somos. Um povo sem memória não
tem raízes e torna-se presa fácil dos demagogos e embusteiros.
Bandeiras que Contam Histórias ganhou formato bem maior e tornou-se muito mais
abrangente.
Em 182 páginas a duas cores e 32 em policromia, desfilam, com suas histórias:
• as bandeiras históricas que tremularam no Brasil e em Portugal (até 1822);
• os símbolos das Forças Armadas e as e as insígnias de aviões e carros de combate;
• as bandeiras e brasões de todos os estados brasileiros, em novíssimas ilustrações;
• as bandeiras de todos os países lusófonos.
Para completar, há ainda:
• uma seção sobre a Bandeira Nacional, suas proporções e o modo correto de apresentá-la.
• uma seção sobre a Heráldica, a ciência dos brasões, para ajudar a compreender melhor de onde
vieram os fundamentos norteiam a criação das bandeiras desde a Idade Média.
São centenas de ilustrações cuja preparação exigiu anos de pesquisa e trabalho intenso de
ilustração, incluindo os brasões de cada um dos estados brasileiros, redesenhados com nitidez e
correção.
1 – ALMANAQUE
Hoje é o 110º dia do Calendário Gregoriano do ano de 2016– (Lua Quarto Crescente)
Faltam 256 dias para terminar este ano bissexto
Dia do Diplomata
Se o Irmão não deseja receber mais o informativo ou alterou o seu endereço eletrônico,
POR FAVOR, comunique-nos pelo mesmo e-mail que recebeu a presente mensagem, para evitar
atropelos em nossas remesssas diárias. Obrigado.
Colabore conosco para evitar problemas na emissão de nossas mala direta diária.
LIVROS
3. JB News – Informativo nr. 2.027– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de abril de 2016 Pág. 3/27
Mas valeu todo este trabalho, porque descobrimos coisas incríveis. Por exemplo, você sabia...
… que a Bandeira do Brasil foi a primeira a homenagear a mulher?
… que a Bandeira Imperial foi criada por um francês e o Brasão da República, por um alemão?
… que o Brasil pode ser chamado, com justiça, de país Templário?
… que uma bandeira nacional brasileira já tremulou com uma estrela vermelha?
… que o primeiro a segurar a primeira Bandeira Nacional Brasileira seria o maior responsável
pela consolidação territorial do Brasil?
Veja em www.artedaleitura.com
1233 - O Papa Gregório IX edita duas Bulas que marcam o início da Inquisição, instituição da Igreja
Católica Romana que perseguiu, torturou e matou muitas pessoas, acusadas de serem hereges).
1792 - A França declara guerra a Áustria, começam as guerras revolucionárias francesas.
1902 - Pierre e Marie Curie anunciam o refino do cloreto de rádio, sem no entanto o purificarem até
obter o elemento isolado (embora eles acreditassem tê-lo feito).
1910 - Fundação da Congregação Cristã no Brasil.
1963 - Início do Pan-Americano de São Paulo.
1968 - Pierre Elliott Trudeau toma posse como primeiro-ministro do Canadá.
1985 - Carlos Lopes estabelece a melhor marca mundial da Maratona fazendo 2h7m11s em Roterdão.
1999 - Massacre na Columbine High School: Eric Harris e Dylan Klebold abrem fogo dentro da escola.
Quinze pessoas morrem e 23 ficam feridas. Após os tiroteios, ambos suicidam-se antes da SWAT entrar
no colégio.
2005 - Alfredo Palacio assume a Presidência da República do Equador.
2010 - Explosão da plataforma Deepwater Horizon, causando 11 mortos e uma enorme maré negra.
1822 Ordem do dia desta data, do governador das Armas do Rio Grande, João Carlos de Saldanha, formalizou
agradecimentos ao Regimento de Linha de Santa Catarina “pelos relevantes serviços que, pelo espaço de mais
de doze anos, tem prestado à Província.
Eventos históricos - (Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki)
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas
Fatos históricos de santa Catarina
4. JB News – Informativo nr. 2.027– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de abril de 2016 Pág. 4/27
1845 Nasce, no Rio de Janeiro, José Maria da Silva Paranhos Jr. Barão de Rio Branco.
1849 Bula “Quibus quantisque malis”, do Papa Pio IX, condenando a Maçonaria.
1884 Bula “Humanum Genus” do Papa Leão IX, condenando a Maçonaria.
1898 Iniciado Octavio Kelly, futuro Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil no difícil período
1927-1933 e responsável por sua sobrevivência.
1900 Fundação da Loja
Maçônica Antenor
Ayres Viana no. 39 –
Oriente de Santos
Dumont MG –
Obediência: G O M G
– Federado à
COMAB - Reunião:
Terça-Feira – Rito:
REAA. (Foto JB
News, quando em
visita àquele Templo)
1948 Fundação da Loja Maçônica Vinte De Abril Independente no. 40 – Oriente de Belo
Horizonte MG – Obediência: G L M M G. Reunião: Segunda-Feira – Rito: REAA.
Fatos maçônicos do dia
(Fontes: “O Livro dos Dias” do Ir João Guilherme - 20ª edição e arquivo pessoal)
5. JB News – Informativo nr. 2.027– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de abril de 2016 Pág. 5/27
O Ir Ailton Elisiário é
membro da Academia Paraibana de Letras Maçônicas.
Publicação simultânea desta crônica às quartas-feiras
no JB News, Jornal da Paraíba e Paraiabaonline.
prof.elisiario@uol.com.br
IMPEACHMENT
A admissibilidade pela Câmara dos Deputados do “impeachment” da Presidente da
República exige serena reflexão. Deixando de lado as atitudes apaixonadas dos correligionários e
adversários, a gravidade do fato requer visão ponderada da questão. Não se trata de dar razão a um
lado ou outro, mas sim, de apontar as razões para tanto. É fato inegável que melhorias das
condições de vida da população brasileira foram realizadas pelo governo petista. Programas foram
implantados, resultando na mudança de níveis sociais das classes menos favorecidas. Mas houve
artificialidade nas políticas públicas, que redundaram em disparada da inflação, queda da
produção, desvalorização da moeda, aumento do desemprego, crescimento desmedido da dívida
pública e muitos outros efeitos negativos.
Não conseguindo sustentar os preços mascarados pelos subsídios indevidos, não
arrecadando suficientemente para honrar obrigações financeiras, não efetivando a redução
necessária dos gastos públicos, entre outras fatores, o governo petista gerou a crise econômica
atual. Na prática viciada de maquiar as contas públicas, enveredou pela decretação de créditos
suplementares sem autorização do Congresso Nacional e pela realização de operação de crédito
vedada por lei. Essa situação deixou clara a deterioração das contas públicas e o risco da
insolvência financeira do país, detectada pelas agências de análise de risco que já enquadraram o
Brasil em níveis muito baixos de indicação para investimentos.
Não há que se falar em golpe e nem que a votação foi política. O “impeachment” resulta de
ação política fundada em questão jurídica. Golpe haveria se não houvesse fundamento legal para
isto, o que não é o caso. Os atos lesivos da presidente infringem a Constituição Federal e a Lei de
Responsabilidade Fiscal. Veja-se: CF - Art. 85, VI: São crimes de responsabilidade os atos do
Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra (...) a
lei orçamentária; LRF - Art. 36: É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira
estatal e o ente da Federação que a controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. O
Tribunal de Contas da União ao desaprovar as contas da presidente tipificou o crime.
Política e juridicamente o processo de “impeachment” tem guarida. Todavia,
ideologicamente o país hoje se encontra dividido, como resultado da ideologia que orienta o
governo. Isto explica o muro levantado perante o Congresso para separar os “vermelhos” dos
“verde-amarelos”, quando há tempos já caiu o muro de Berlim. Por isto que a expressão “a minha
bandeira não é vermelha” diz bem da reação do povo nas ruas pela defesa do estado democrático
de direito. O “impeachment” está fazendo as pessoas se enfrentarem como em estado de guerra,
mas é preciso que o nosso povo esteja unido, respeitando a nossa história. Dividir para governar
não é a melhor política, como faz a presidente, daí o “impeachment” que produzirá novos rumos
ao Brasil.
2 – Opinião - Impeachment
Ailton Elisiário
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O Irmão João Guilherme Ribeiro
comparece mais uma vez no JB News,
para descrever um pouco do que andou descobrindo na pesquisa
que realizou para a sua obra
“Bandeiras que contam Histórias”
Ao final, acompanhe os slides de sua palestra
proferida no último sábado em Poços de Caldas,
no II Encontro da Família Maçônica.
Minha Bandeira tem História
Um livro do Irmão Harry Mendoza, Past Master da Loja Quattuor Coronati Nº 2076, tem um
título interessante: Serendipity. Não há em português uma palavra que corresponda a esta.
Segundo o Cambridge Dictionary, é o fato de encontrar algo interessante ou valioso por acaso.
Uma pena, porque ela define exatamente a sensação que senti diversas vezes ao pesquisar nossa
história para escrever Bandeiras que contam histórias.
Sempre gostei de história. Até hoje não consigo entender como é possível encará-la como uma
entediante sucessão de datas, fatos e nomes, como se fossem coisas desconectadas umas das
outras, que só se consegue dominar pela decoreba e da qual logo se esquece. Que desperdício!
Que oportunidade perdida de estabelecer as conexões que a tornam inteligível...
Tudo começou quando preparei a edição de O Livro dos Dias para o ano de 2000. Para celebrar
os quinhentos anos do descobrimento, resolvi falar das bandeiras históricas brasileiras. Claro, tive
que pesquisar muito, recolhendo dados, datas e fatos das fontes mais diversas, verificando,
comparando, tentando separar o joio do trigo para apresentar a informação e as ilustrações de
forma correta. Vocês nem imaginam quanta tolice se diz por aí! A edição foi um sucesso.
Um Irmão e amigo, José Carlos Meneghetti, diretor da Zit Editora, sugeriu que o texto fosse
transformado em um livro. Ainda que modesto, a edição
original de Bandeiras que contam histórias me trouxe
grandes alegrias e muitas surpresas. Hoje, Bandeiras que
contam histórias tem sua segunda edição, mais robusta,
mais colorida, mais abrangente, incluindo também as
bandeiras e os brasões dos estados brasileiros, que me
custaram um ano e meio de trabalho para ilustrar.
Mas não estou escrevendo este artigo para falar de mim,
mas das coisas interessantes que descobri
ao longo das pesquisas para escrever e ilustrar. Coisas que a grande maioria dos brasileiros ignora
e, com isto, perdem a chance de serem mais brasileiros...
A primeira bandeira a homenagear a mulher
Um dia, recebi uma ligação de uma professora gaúcha. Indignada com o que escrevi no livro, ela
queria saber de onde eu tirara aquela história de que as cores de nossa bandeira imperial tinham a
ver com nosso primeiro casal imperial. Ela sempre soube que o verde vinha “das matas” e o
3 – Minha Bandeira tem História
João Guilherme
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amarelo, das “riquezas minerais”, ora! Tive que explicar, é claro. Foi o próprio D. Pedro que
determinou nossas cores: “verde de primavera e amarello d'ouro”. Verde por que era a cor da
casa de Bragança e amarelo que era a cor da casa dos Habsburgos, a qual pertencia a princesa
Leopoldina. A tonalidade de “primavera” para o verde veio como analogia ao país que se criava.
Muito romântico, não?
Bem, e a tal história de verde “das matas” e do amarelo “das riquezas minerais”?
Simples. Do dia 14 para o dia 15 de novembro, o “brasileiro dormiu em uma monarquia e
acordou em uma república”. A República foi um golpe branco, palaciano, sem qualquer
participação popular. Em 1917, a família imperial russa foi chacinada pelos bolcheviques. Mas
não apenas esta não era nossa índole como, se os conspiradores tivessem tocado no velho
imperador, teriam que encarar a ira do povo. Prova disso é que por mais de 20 anos o Brasil se
viu às voltas com guerras civis. Então, exilou-se a Família Real.
Ora, se não se matou o imperador, mate-se a memória! Foi assim que o verde deixou de ser
Bragança para ser “das matas” e o amarelo deixou de ser Habsburgo para ser “das riquezas
minerais”...
Aliás, esse assassinato proposital da memória continuaria mesmo que o retorno do regime
monárquico fosse proibido como cláusula pétrea nas constituições. Desvalorizar o passado e
apagar a memória passou a ser uma atitude nacional. Os artistas da Semana da Arte Moderna, em
1922, não escracharam a arte existente para promoção da deles? Não menosprezaram Carlos
Gomes como compositor italiano de segunda? E para quê? Para impor seu modelo. Exatamente
o fenômeno que vemos agora, só que muito mais grave, mais insidiosa. Como explicar a
passividade geral ante as distorções e mentiras facciosas que “adornam” a história atualmente
ensinada nas escolas se não pelo costume que se arraigou de avilar e desprezar o passado?
Mas uma coisa é certa: ao criar a Bandeira Imperial, o artista francês Jean-Baptiste Debret fez
dela a primeira no mundo a homenagear a mulher.
Realmente, nossa história tem muito a contar!
Em aditamento a este interessante artigo do Irmão João Guilherme segue abaixo
o link dos slides da palestra que o Irmão João Guilherme proferiu no último
sábado (16) em Poços de Caldas, no II Encontro da Família Maçônica.
Segundo JG “um evento extraordinário, reunindo Maçons de todos os
quadrantes das Minas Gerais, um tributo ao Grande Oriente de Minas Gerais,
que acaba de ser aceito na CMI. Confesso, foi um privilégio presenciar um
evento tão abrangente, executado de modo tão minuciosamente eficiente! O
GM Lázaro Emanuel deu um show de alegria, exuberância, capacidade e
liderança. Que dias incríveis!”
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/JoaoGuilhermePalestra?authkey=Gv
1sRgCPqStPOA1IfFywE
8. JB News – Informativo nr. 2.027– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de abril de 2016 Pág. 8/27
Diógenes de Sínope, M.'.M.'.
Grande Oriente Lusitano
Lisboa - Portugal
Correntes Antimaçónicas:
Breve Resumo Racional
Se há assunto, ideia, matéria, teoria ou prática onde a Franco-Maçonaria se sente à vontade, por
possuir armas e argumentos válidos, é precisamente no terreno dosContrários. É que desde a
tradição Hermética à moderna Instrução, o Maçom é orientado para uma racionalidade
espírito/material que o dota particularmente para analisar e colocar em prática a Construção Ideal,
daí ter-me lembrado que valia a pena, embora resumidamente, percorrer os caminhos das
Correntes Antimaçónicas que, quer queiramos ou não, tiveram uma preciosa influência no nosso
percurso enquanto Ordem Universal.
Parecem ter surgido no início do Séc. XVIII em paridade com o crescimento da Maçonaria
dita Especulativa, e em várias regiões do globo, cada uma delas apresentando circunstâncias
regionais e continentais. Esta dimensão internacional do que se considera
oantimaçonismo primário é muito ambígua no sentido em que as suas formas e tendências se
apresentaram sob a forma de ultrajes e vinganças com grande simplificação sendo a maior parte
delas sem fundamento estruturado, coerente e apenas montadas em campanhas ignominiosas em
que o plano escondido é um ataque político-social provocado pelo sentimento de perda do
absolutismo, quer temporal quer espiritual da época ou, como diriam os psicanalistas, uma reacção
afectiva de origem neurótica, ou seja, o principal factor não é apenas a mudança mas o medo
dessa mudança, da distância crítica e da adaptação a novos ideais em que se sentem
desenraizados.
Por questão de metodologia abordaremos as origens destas correntes antimaçónicas em
França, EUA, Roma Pontifica, Espanha e América Latina de um modo mais substancial que já
vão tornar pesado este traçado e mais ligeiramente as que grassaram na Bélgica, Turquia,
Inglaterra, Escandinávia, Rússia e tantas outras regiões.
Iniciemos, então pelo que se passou em França. Sabe-se que na primeira metade do Séc.
XVIII foram férteis os libelos, panfletos, sátiras e diatribes datando de 1738 a famosa bula de
Clemente XII (In Eminenti) como consequência de toda esta contracorrente face a uma Ordem que
4 – Correntes Antimaçónicas: breve resumo
Diógenes de Sínope
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crescia a olhos vistos em toda a Europa, constando as objecções pontificas exclusivamente sobre
algumas práticas dos Francos-maçons, a saber, o pluralismo religioso, filosofia e moral baseados
no naturalismo e a estigmatização do segredo e o juramento maçónicos como uma autêntica
perversão moral em direcção à heresia.
Detenhamo-nos um pouco sobre o que, na realidade, se passou: à medida que proliferava a
Maçonaria Especulativa em terras Gaulesas uma série de obras literárias surgiram com
naturalidade a evocar, dissecar e revelar o que se passava nas Lojas e não de modo linear mas
bastante fantasista. Imediatamente uma reacção contrária cresceu e as pseudo-revelações
maçónicas entusiasmaram o público em geral sobre o que seriam aqueles segredos e juramentos,
fizeram-no enganando (com proveito económico pois foram vendidos aos milhares) e tirando
partido da ignorância dos profanos em relação à nova Ordem. Vale a pena mencionar uma dessa
obras (Revélation des Mystéres des Franc-Maçons) em que o autor relata a história de uma mulher
de um franco-maçom que se introduz clandestinamente numa sessão da Loja indo encontrar uma
série de costumes ridiculamente inventados (as palavras de passe
eram longitudo, latitudo ealtitudo e descrevendo os rituais como uma espécie de
comunismo rousseísta), enfim, uma quantidade de disparates que vieram contribuir para que o
público em geral ficasse com uma ideia completamente diferente do que eram os maçons. Por
outro lado, as obras de revelação pura e verdadeira estavam impregnadas por um olhar filosófico,
moral e simbólico onde pontificavam o naturalismo de Alembert e Diderot ou da filantropia
desgarrada dos imperativos cristãos. Ora, estes princípios distanciados da igreja católica e da
monarquia absoluta vão desencadear os principais fundamentos das correntes antimaçónicas que
aqui se podem resumir: exclusividade da amizade entre irmãos, prática de uma moral estranha ao
cristianismo, acusação de voluptuosidade nos ritos, objectivo do juramento e a exclusão das
mulheres (curioso recordar um dos primeiros documentos de Do Ir.’. Uriot que explica o porquê
desta exclusão baseando--se, precisamente, no facto de as poupar à calúnia do deboche que,
pretensamente, era praticado nas Lojas durante os seus trabalhos).
Terminando este resumo do que se passou em França podemos considerar que os
antimaçónicos, além de seguirem o adágio popular que diz que tudo o que é secreto ésuspeito,
também ignoravam o que escreveu o mesmo Ir.’. Uriot… se os responsáveis do Estado e da Igreja
tivessem adquirido a sabedoria maçónica não haveria segredos nemexclusões, sendo o segredo
uma espécie de cimento sagrado que une os maçons à maneira dos primeiros cristãos das
catacumbas e a exclusão uma falsa questão porque os maçons praticam a igualdade e liberdade e
aplicam à vida moral as regras da arquitectura…
Vamos, agora, passar ao que se passou nos EUA começando por vos relatar como oaffair
Morgan deu início ao chamado Partido Antimaçónico. Antes, convém lembrar o que Michel L.
Brodsky escreveu: a franco-maçonaria é fenómeno social consistente numa sociedade estruturada
na qual grupos fraternos, unidos por cerimónias iniciáticas e rituais, respondem a um ambiente
específico pois as suas actividades estão de acordo com as inquietações das populações (onde
recrutam os seus membros) e com as suasparticularidades económicas, sociais, culturais e
religiosas. O Affair Morgan resume-se a uma contenda que aconteceu em Setembro de 1826 numa
terra chamada Canandaiguano Estado de Nova Iorque e que consistiu numa queixa feita pelo
V.’.M.’. da Loja local sobre um roubo de uma camisa e uma gravata efectuada por William
Morgan. Levado o caso à justiça o pretenso infractor foi absolvido e não se sabendo porquê, o
mesmo, desapareceu misteriosamente. Os seus vizinhos subentenderam que tinha sido assassinado
às escondidas (a velha justiça da noite) pelos maçons queixosos. Esta situação desencadeou uma
feroz rivalidade em que um lado e o outro se digladiaram com factos não comprovados e verdades
misturadas com inverdades, de tal modo, que, e coincidindo com a crise económica e social no
Estado de Nova Iorque, a florescente maçonaria da época começou a decair chegando ao ponto de
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um quase desaparecimento. Curioso apontar que foram as mulheres (por não poderem participar
nos trabalhos das Lojas) e os habitantes rurais (calvinistas e de fraco nível cultural tendo como
único livro de leitura a Bíblia) os mais ferozes opositores, facto aproveitado pela Igreja Baptista
(dominante) que se tornou na líder da ofensiva antimaçónica. Nesta ofensiva poder-se-ão
distinguir 2 períodos tendo no 1º (aquando do desaparecimento de W. Morgan) havido uma
pressão violenta da população que resultou em muitos abandonos das Lojas por parte dos maçons
e no 2º um aproveitamento político em que se deu a génese do chamado Partido Antimaçónico
alternativo aos dois tradicionalmente existentes. Decorreu isto entre os anos de 1828 e 1848 com a
enfâse religiosa a ser nitidamente substituída por uma moral antimaçónica, muito retórica mas
eficaz, remarcando que a maçonaria e os seus segredos visavam a subversão de todas as formas de
governo e que a afinidade dos maçons com a sabedoria egípcia e judaica era antagónica à política
dos Pais Fundadores da Nação.
Um homem, de seu nome Thurlow Weed, destacou-se neste particular conseguindo ser
nomeado, na Convenção do Estado de Nova Iorque, como delegado do Comité Central
Antimaçónico que viria a ser o embrião do tal 3º Partido que passou mesmo a designar-se como
Antimaçónico e se espalhou rapidamente pelos Estados vizinhos dando lugar à 1ª Convenção
Nacional do referido Partido realizada em Filadélfia em Setembro de 1830. Os resultados foram
desencorajadores pois nas eleições de 1832 só conseguiram eleger um Governador no Estado
do Vermont, Estado sem peso nacional e de pequena dimensão.
O que é certo, e em suma, é que a F-M sofreu um rude golpe (só recuperado depois da
Guerra da Secessão) em que os ministros dos Cultos e os políticos fizeram questão de desinformar
uma população pouco culta e muito crédula de que os maçons queriam repetir os banhos de
sangue da Revolução Francesa ou as práticas satânicas mas, não se poderá escamotear, também, a
incapacidade da F-M em conciliar as antigas tradições com a vaga religiosa em cuja ética os
Norte-Americanos se reviam.
Passemos, agora, à velha Itália e a sua Roma do Sumo Pontífice
onde tudo se controlava sob o bom nome de Deus. Aqui, antimaçónico
conjuga-se como excomunhão e logo muito cedo Papas e as suas coortes
trataram de o evidenciar promulgando bulas, realizando encíclicas e
criando outros éditos a confirmarem uma condenação espiritual total.
São extensos e complexos os meandros com que se digladiaram maçons
e antimaçons nesta bela Nação, e assim, impõem-se resumir o que, de
facto, aconteceu. Podemos começar lembrando a Época em que a
unificação da Itália correspondeu à perda do poder temporal dos Papas
com Pio IX e Leão XIII a serem os primeiros a organizar, com
ferocidade virulenta, a chamada Liga Antimaçónica
(Encíclicas Qui Pluribus e Humanum Genus). A dita Liga foi proposta
em 1885 pelo Belga Arthur Verhaegen ao Papa como consequência da laicização dos bens
económicos e patrimoniais eclesiásticos insinuando que a F-M seria a testa de ferro dos
revolucionários e do modernismo e, inteligente e paradoxalmente, aproveitou-se da luta
nacionalista para se atirar aos maçons, considerados como a raiz do mal e comparando-os aos
socialistas, comunistas e anarquistas com a diferença de que eram muito piores por serem
seguidores do culto do naturalismo. Por outro lado, e baseados nas Encíclicas referidas, uma série
de livros, panfletos, revistas e jornais deram à estampa desatando a construir um ódio sustentado
na ignorância e, rapidamente, vários autores (o Padre Regnault como autor do Manual da Liga
Antimaçónica merece referência) desencadearam uma campanha em que a condenação dos
maçons (as leis civis e os costumes impediam que fossem mortos) se baseou em preconceitos pois
os seus crimes não eram senão o desejo de imporem o progresso social através da igualdade e da
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liberdade. Aquela campanha desenvolveu-se em 3 níveis: político, económico e cultural
culminando todos numa dicotomização da sociedade italiana em que de um lado estavam os
homens de bem (clérigos e realeza), e do outro, os do mal (maçons e republicanos). A igreja
católica mobilizou todos os seus instrumentos e instituições conseguindo introduzir falsos
conceitos (como o da maçonaria ter origem no judaísmo e com quem queriam formar uma espécie
de Internacional Maçónica) indo ao encontro dos desejos de uma burguesia conservadora em
relação às reformas sociais e impondo na consciência do cidadão comum a ideia que, de um lado
estavam a Itália liberal e maçónica (logo satânica) e do outro todos os que apoiavam a igreja
católica na demanda entre o arcaísmo e a modernização, ou seja, entre a retoma do poder temporal
pelo Vaticano e os que procuravam as verdades baseados na razão, os que lutavam contra a
guerra, os que estimulavam a educação das classes populares ou a emancipação da mulher e
mesmo os que queriam desapegar a moral das superstições e vaidades, numa palavra, dos que
queriam a laicização da vida social. Enfim, e concluindo, pode afirmar-se que a Liga
Antimaçónica conseguiu, apenas, lançar a primeira pedra dos totalitarismos que surgiram no Séc.
XX.
Vamos passar ao resumo do que se passou em Espanha e na América Latina começando por
vos apontar uma diferença marcante em relação às outras correntes antimaçónicas, a saber, tratou-
se de um antimaçonismo institucional contrariamente ao antimaçonismo sociopolítico das outras
correntes. Em Espanha tudo começou em 1738, data da primeira condenação do sumo Pontífice à
maçonaria sob uma dupla orientação político-religiosa (o rei e o papa). O Monarca, servindo-se do
Tribunal da Inquisição, publica uma série de Decretos-Reais a interditar a F-M, nomeia
inquisidores-gerais, premeia a delação e a denúncia dos maçons e proíbe a divulgação da literatura
maçónica. Depois do fim da Inquisição (1830) serão as pastorais dos bispos que recomendam a
todo o clero que cumpram as leis reais juntando-se também a imprensa católica publicando meias-
verdades (com a particularidade de só serem escritas as meias-mentiras). Um episódio fulcral foi o
deputado Carlista (Vasquez de Mella) ter apresentado nas Cortes de Madrid uma proposta de Lei
que considerava a F-M ilegal, traidora à pátria e obrigando os maçons a serem expulsos dos
cargos públicos (para recordar que a 1ª interdição aos maçons datava de 1751 no reinado de
Fernando VI). Entre este monarca e passando por Carlos III e IV, Fernando VII e Isabel II foram
publicados dezenas e dezenas de decretos a interditar a F-M, ora, estes decretos reais levaram a
que a polícia, governadores civis e comandantes das colónias tornassem institucional o
antimaçonismo. Já no Séc. XIX foram os Carlistas a promoverem estas acções tendo sido
substituídas, no Séc. XX pelos fascistas de Franco que agudizaram ainda mais a repressão
tornando-a tão feroz que culminou com a criação do Tribunal da Repressão da Franco-Maçonaria
no ano de 1940 e que ficou em actividade até 1965 (uma curiosidade é que pela acção desta
repressão ficou em arquivo uma das maiores bases de dados dos trabalhos da lojas maçónicas que
foram apreendidas pela polícia). Como consequência deste antimaçonismo institucional surgiu um
ainda pior que foi o chamado antimaçonismo popular, ainda hoje grassando em terras espanholas,
considerando os maçons como libertinos, ladrões e heréticos, e pior ainda, associando-os aos
comunistas, separatistas, judeus, anarquistas e outros revolucionários.
Trata-se, portanto de uma corrente antimaçónica, nos primeiros anos defensiva, ou seja, luta
contra uma Ordem de características difíceis de compreender (o segredo e o juramento) e que no
fim se tornou ofensiva engendrando-se uma autêntica guerra contra a F-M, à vez, jurídica e
ideológica, e desde as bulas à introdução no Código de Direito Canónico e culminando com a
expressividade nas Constituições, não só se excomungavam os maçons como também os puniam
de acordo com a Lei, ou seja, fizeram do antimaçonismo a união entre a religião, pátria e
harmonia social (vale a pena recordar que durante a Inquisição nenhum maçon foi condenado à
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morte e à prisão mas em pleno Séc. XX foram muitos os banidos, os assassinados e os condenados
a prisão perpétua).
Na América Latina o antimaçonismo religioso e eclesiástico seguiu as pegadas da mãe
Espanha tendo a componente política cessada com a independência das respectivas colónias mas
não completamente pois só atenuou tendo o próprio Simão Bolívar, em 1828, assinado um decreto
a proibir toda a associação secreta qualquer que fosse a sua denominação. Os casos particulares do
México e Cuba merecem referência pois a F-M foi bem aceite a nível popular. Hoje, poder-se-á
afirmar que as correntes antimaçónicas praticamente desapareceram neste subcontinente sul-
americano pois, após ter sido legalizada, desenvolveu um trabalho social e filantrópico de
enaltecer não esquecendo algumas questões, sobretudo a nível religioso e ideológico, que
ensombram o verdadeiro papel da N.’.A.’.O.’., e se os famosos segredos e juramentos já pouco
inquietam, o facto de a F-M ser oposta à igreja e associado ao judaísmo e correntes
revolucionárias ainda permanece na mente daqueles que julgam estar a F-M por detrás da
Independência das Américas.
Não gostaria de terminar sem referir que em muitas regiões do Planeta estas correntes
antimaçónicas grassaram de acordo com as características de cada Nação, e desde o affair
Imianitoff na Bélgica (em que um falso médico, que foi o criador da medicina social e preventiva,
foi acusado e condenado pelos seus ideais maçónicos) passando pela Turquia (onde se
caracterizou pela catalogação do maçom como ateu e irreligioso) ou pela Escandinávia (onde o
carácter cristão da F-M amenizou a polémica mas com uma oposição filosófica marcada e com a
curiosidade de na Suécia ter sido o próprio Rei a defender a F-M aquando do antimaçonismo
lançado pelos nazis da Alemanha) ou ainda pela Inglaterra (onde pode parecer paradoxal mas o
antimaçonismo existiu quase sempre ligado a pessoas mas nunca estruturado ou generalizado e,
nos tempos actuais por estar intimamente ligado ao chamadoEstablishment, ou seja, igreja,
monarquia e partidos políticos, que estão em nítida decadência).
Mesmo no Irão (onde a F-M é recente mas considerada como o catalisador da modernização
tendo, inclusivamente, redigido a Constituição de 1905 que cessou a monarquia absoluta, mas não
sem ser reprimida pela revolução de 1978) ou na Grécia, Rússia, Hungria e Alemanha muito
haveria a relatar mas já vai longo o traçado e à guisa de conclusão podemos afirmar que as
correntes antimaçónicas podem ser analisadas sob duas formas, desiguais pelas suas intenções:
por um lado o fundamento doutrinal que visa limitar a influência da F-M na vida política, cultural
ou social, e por outro, na sua versão mais radical, a anatemização pura e simples da Ordem
Maçónica.
Na minha opinião valeu a pena ter elaborado este Traçado pois ele incita-nos a uma reflexão
profunda num momento onde a perda de determinados valores universais fazem com que medrem
nacionalismos e xenofobias que outrora só as sociedades desprovidas de cultura democrática
promoveram. E se desde os primórdios as correntes antimaçónicas se iniciaram pela zombaria,
comparando maçons a filósofos e ateus, logo cresceram no seu antagonismo. As sociedades
humanas, periodicamente, necessitam de catalisar as suas frustrações em bodes expiatórios (os
judeus foram os primeiros e agora são os maçons) havendo, pois, que resumir, racionalmente, nos
dois grandes inimigos naturais da F-M (ignorância e fanatismo) a solução do problema, vale
dizer, procurar a Luz construindo-nos na virtude, tolerância, liberdade, igualdade, justiça e
fraternidade.
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(do site: O Ponto Dentro do Círculo)
Seu espaço para estudos e pesquisas
A Maçonaria espera que sejamos Maçons!
Publicado em 21 de janeiro de 2016por Luiz Marcelo Viegas
Ir Leonel Ricardo de Andrade
Grão-Mestre ad Vitam – GLMMG
Estimado Irmão,
Ouso dizer-lhe que um Homem Iniciado só será verdadeiramente Maçom quando conhecer a si
mesmo e, a partir de então ser capaz de compreender aqueles que o cercam, entendendo as suas
tristezas, fraquezas e até faltas, mas, sobretudo, tendo a coragem de dizer-lhes o quão é necessário
que a sinceridade e a lealdade prevaleçam sobre os interesses individuais de cada um.
Um homem só será verdadeiramente Maçom quando, como disse Joseph Fort Newton, tiver
mantido a fé em si mesmo, no seu semelhante, no seu Deus e, na sua mão uma “espada” contra o
mal, no seu coração o “toque de uma canção”, feliz por viver, mas sem medo de morrer. Ou seja,
buscando incessante e insistentemente a VERDADE sobre todas as coisas.
Digo-lhe que enquanto Maçons precisamos buscar sempre uma maior aproximação, uma melhor
estruturação e organização de nossa Ordem, em especial sob o PONTO DE VISTA SÓCIO –
POLÍTICO e ADMINISTRATIVO, no sentido de termos de fato uma vivência plena da
ESSÊNCIA Maçônica, sem vaidades e sem divisões em nossa UNIVERSALIDADE, para
fazermos a diferença nas comunidades onde nossas Lojas estejam inseridas. Nesse sentido, meu
Amado Irmão, a ESSÊNCIA Maçônica está na capacidade em que cada Iniciado tem
em compreender e exercer os seus DEVERES, RESPONSABILIDADES e PAPÉIS perante todos
os ENTES que o cercam. Mas, atente-se, pois para o DISCERNIMENTO necessário a essa
CONSCIÊNCIA é preciso estudo e compreensão dos ensinamentos contidos na Simbologia e
na prática da Ritualística Maçônica. Eis que, nesse mister, cabe à Loja não somente Iniciar o
Homem, mas, sobretudo, instruí-lo e prepará-lo para uma nova etapa em sua vida.
5 – A Maçonaria espera que sejamos Maçons
Leonel Ricardo de Andrade
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Dito isso, é fundamental que as Lojas Maçônicas e seus Obreiros percebam um fato
inquestionável: o de que a sociedade humana vem ao longo dos anos se envolvendo em inúmeras
necessidades banais, criadas por mentes vaidosas e vazias, que perdeu de vista a sua realidade e as
suas raízes, para uma assustadora e avassaladora inversão de valores éticos e morais, a ponto de
afetar inclusive os valores de instituições consideradas até então “inquestionáveis”, tais como a
própria família, a Maçonaria, entre outras.
Você pode estar a perguntar: o quê a Maçonaria e eu temos a ver com isso?
Ou nós nos adequamos à realidade de um mundo extraordinariamente dinâmico e espantosamente
instável ou estaremos irremediavelmente condenados a desaparecer em poucos anos. Não pelo
fechamento das portas de nossos Templos ou encerramentos de nossas atividades, mas,
simplesmente, por falta de CREDIBILIDADE. Primeiro entre nós mesmos e depois perante a
sociedade de um modo geral.
Lembro-lhe de que a razão de nossa existência nunca foi, não é, e nunca será fundamentada
na prática da filantropia, da caridade e da beneficência. Ou a Maçonaria, através das LOJAS
MAÇÔNICAS, se empenha em transformar o Homem Maçom em um LÍDER capaz de promover
mudanças profundas no ESTRATO SOCIAL ou seremos tão somente meros expectadores de uma
história recheada de fatos negativos e deletérios aos reais interesses de cidadão e trabalhadores, a
exemplo do que vem sendo escrito no Brasil de hoje por autoridades e políticos corruptos e sem
princípios éticos e morais.
É por isso e por muito mais que a nossa participação na sociedade deve estar ligada a todas as
situações que interferem no desenvolvimento humano. Precisamos ter consciência do potencial
universal e divino da Sublime Ordem Maçônica, pois nenhuma outra organização possui a
estrutura humana que ela tem: quem abriga em seu seio tamanha diversidade de homens (etnias,
crenças, profissões, etc.), na busca de um objetivo comum – a evolução da humanidade? Mas, na
mesma medida em que possuímos uma estrutura invejável, adotamos uma postura acomodada e
isenta de ações efetivas e concretas para melhorarmos os ambientes aos quais pertencemos e ou
frequentamos. Por exemplo:
É gritante a falta de instrução, conscientização e conhecimento do que vem a ser
Maçonaria – REPITO: muitos ainda consideram-na filantrópica. “Arrepia-me tamanha
ignorância”;
As nossas Sessões Ordinárias duram em torno de 120 minutos e os períodos de estudos ou de
instrução, quando utilizados, duram em torno de cinco a quinze minutos. É lamentável ver
que muitos querem encurtar as Sessões, simplesmente para ampliar a “segundinha”, sempre
regada com muita cerveja, cachaça e outros produtos não menos etílicos. Quando algum irmão
mais interessado tenta apresentar um trabalho mais elaborado, a reclamação é certa, vai atrasar o
andamento da sessão e, consequentemente a “segundinha” vai ficar prejudicada. Perguntas: como
instruir-se em tempo tão exíguo? Como esgotar a discussão de um assunto interessante em tempo
tão curto? Como a Diretoria de uma Loja pode propor uma ORDEM DO DIA que seja de fato
produtiva e edificante? Aliás, o que temos discutido nas “ORDENS DO DIA” de nossas
Reuniões?
É grande o número Mestres Maçons que, ao atingirem essa condição, deixam de estudar,
pois acham, coitados, que atingiram a plenitude maçônica e, pensando assim prejudicam muito
o desenvolvimento de Aprendizes e Companheiros, razão fundamental de EXISTÊNCIA do
próprio Mestre. Talvez seja este o maior problema interno de nossa Ordem – o excesso de
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confiança daqueles que se vêem como ”líderes”, mas que não o são e tão somente se comportam
como indivíduos vaidosos e cheios de presunção;
Muitos, por desconhecimento de nossos PRINCÍPIOS mais elementares, param no tempo e
não aceitam que se discuta dentro das Lojas assuntos de interesse geral, inclusive da Ordem,
como as questões Políticas, Econômicas e Sociais. A nossa falta de posicionamento político
contribuiu e tem contribuído para o estado de coisas que ora assistimos no país como um todo –
onde o que prevalece é a FALTA DE ÉTICA, a CORRUPÇÃO e a IMPUNIDADE;
Quantas vezes presenciamos impassíveis, o comportamento anti-maçônico de muitos Irmãos,
verdadeiros “profanos de avental”, que querem fazer de seus defeitos e vícios, regras morais
para os demais – é o resultado final da falta de estudo e de conhecimento dos Princípios
elementares, que aliados à presunção do falso saber “entronizam” os FALSOS LÍDERES acerca
dos quais já fiz menção acima;
A tudo isso se soma a um verdadeiro desrespeito às tradições históricas da Ordem, onde
candidatos são indicados sem os menores critérios e ou cuidados, permitindo que indivíduos
sem princípios utilizem a Maçonaria, unicamente para a conquista de benefícios pessoais e ou
profissionais – isto já nos enfraqueceu demais. Veja só: sob o pretexto de sermos em pequeno
número, se comparados a outras organizações, alguns defendem e promovem abertamente a
iniciação indiscriminada de profanos, propiciando assim, o acesso aos nossos Templos, Ritos e
Rituais, à pessoas que em nada engrandecerão nossas colunas. Sem contar a enormidade de
publicações indevidas sobre a ordem em revistas, livros de qualidade duvidosa, Internet, entre
outros. Como se isso fosse fundamental para estarmos mais próximos da sociedade, tal qual fazem
e agem certas seitas religiosas – há anos venho alertando sobre este estado de coisas. Já fui
inclusive taxado de preconceituoso e antidemocrático, por não aceitar a iniciação de pessoas
“oportunistas”.
Até quando seremos coniventes com Irmãos se lamentando sobre o que a Maçonaria fez ou está
fazendo por eles, quando em verdade deveriam analisar sobre o que poderiam eles fazer pela
Maçonaria? Já que é dever de todo Maçom conhecer e saber quais são os objetivos da Sublime
Ordem a qual pertence, devendo se comprometer com a plena realização e concretização dos
mesmos, sempre atento aos seus atos e hábitos diários, pois são eles que constroem ou destroem o
desenrolar de suas vidas, seja no mundo profano, seja no mundo maçônico. O Maçom deve ter
consciência de que, antes de ser um homem que se envolve em relações simplesmente
materiais, é um elemento que se colocou à disposição do equilíbrio entre todas as coisas e
criaturas, e, consequentemente pela evolução da sociedade humana e de tudo que a cerca.
Por esse motivo me dirijo novamente a você, no sentido de pedir-lhe: nunca deixe de discutir os
rumos de nossa Sublime Ordem junto aos irmãos de vossa Loja, pois existem em nossas bases
homens que podem e devem contribuir para o engrandecimento da Maçonaria Universal,
despertando a vontade e a necessidade de muito trabalho para que as nossas marcas sejam
deixadas pelo caminho, e que o amanhã seja melhor do que o hoje e do que o ontem.
Um Tríplice e Fraternal Abraço,
Leonel
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Este Bloco é produzido
pelo Irmão Pedro Juk, às segundas,
quartas e sextas-feiras
Proposta e óbolo
Em 18.09.2015 o Respeitável Irmão Cláudio Rodrigues, sem declinar o nome da Loja, REAA,
GLMMG, Oriente de Belo Horizonte, formula a seguinte questão:
claudiorodrix33@gmail.com
Sobre a mão direita no Tronco de Solidariedade, objeto deste Informativo (JB NEWS,
1.814) o que fazemos em MG, com a mão esquerda. A mão direita o fazemos quando da
Proposta e Informações. Por favor, Mano Juk dê sua - Professoral - respeitada e abalizada
opinião.
Considerações: -
Mano Cláudio, mesmo que a situação seja adversa aos verdadeiros costumes, saliento que
o Ritual deve ser rigorosamente cumprido.
Quanto à mão que vai à bolsa, tradicionalmente, seja ela destinada para as propostas ou
para a caridade faz-se o gesto sempre com a mão direita (com a mesma mão que executa a pena
simbólica pelo Sinal).
Infelizmente alguns tratadistas abeirados pelas suas próprias opiniões inseriram ao longo
dos tempos na Maçonaria opiniões oriundas dos seus costumes pessoais, tal como aqueles que
justificam ser a mão esquerda propícia para a caridade por ser ela coincidente com lado do
coração – eu particularmente penso que essa justificativa é capenga e não se coaduna com a
razão. Penso assim até porque a coleta do óbolo nos moldes como praticamos no REAA é
oriunda da Maçonaria Francesa que é filha espiritual do Século das Luzes, o que a fez deixar
que os credos pessoais respeitosamente ficassem restritos ao de foro íntimo de cada um.
Assim, em Maçonaria essa atitude que corresponde à mão do coração não pode ser
tomada como justificativa, sobretudo pelo respeito à coletividade maçônica que deve sempre
estar distante de opiniões individuais ou de grupos particulares.
Infelizmente isso nem sempre é observado em alguns rituais das Obediências brasileiras,
daí o aparecimento dessas distinções de costumes na prática de um mesmo Rito aqui no Brasil.
Por fim eu gostaria de salientar que essas considerações não têm qualquer intuito de
desrespeitar um ritual legalmente aprovado. A opinião aqui emitida tem apenas o propósito de
colaborar com o esclarecimento.
T.F.A. - PEDRO JUK –
Nov/2015
jukirm@hotmail.com –
6 – Perguntas & Respostas
Pedro Juk
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo,
Loja, Oriente, Rito e Potência.
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(as letras em vermelho significam que a Loja completou
ou está completando aniversário)
GLSC -
http://www.mrglsc.org.br
GOSC
https://www.gosc.org.br
Data Nome Oriente
07.04.1997 Expedicionário Nilson Vasco Gondin Florianópolis
12.04.1997 Lara Ribas Florianópolis
21.04.1979 Colunas do Imbé Imbituba
26.04.1979 Duque de Caxias Florianópolis
28.04.1990 Luz do Vale Rio do Sul
28.04.2008 Consensio Içara
Data Nome da Loja Oriente
02.04.2013 Sol do Oriente nr. 107 Balneário do Rincão
05.04.1983 Acácia Negra nr. 35 Mafra
08.04.2015 São Miguel da Terra Firme nr. 110 Biguaçú
09.04.1952 Fraternidade Tubaronense nr. 09 Tubarão
14.04.1956 Mozart nr. 08 Joinville
14.04.2014 Amadeus Mozart nr. 108 Joinville
15.04.2007 Acácia Riosulense nr. 95 Rio do Sul
18.04.1997 Padre Roma nr. 16 São José
21.04.1982 Inconfidência de Concórdia nr. 27 Concórdia
24.04.2001 Liberdade e Harmonia nr. 81 Florianópolis
Lojas Aniversariantes de Santa Catarina
Mês de abril
7 – Destaques (Resenha Final)
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GOB/SC –
http://www.gob-sc.org.br/gobsc
Data Nome Oriente
02.04.1860 Regeneração Catarinense - 0138 Florianópolis
03.04.1998 Pedra Da Fraternidade - 3149 Itapoá
04.04.1974 Hermann Blumenau - 1896 Blumenau
12.04.1973 Plácido O De Oliveira 2385 Rio do Sul
19.04.1996 Universo Da Arte Real - 2947 Penha
23.04.2012 Ética E Justiça Florianópolis
24.04.1995 Estrela Da Harmonia -2868 Criciúma
25.04.2003 Laelia Purpurata - 3496 Camboriú
28.04.2003 Harmonia E Fraternidade -3490 Florianópolis
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Novos Empossados na Academia Catarinense Maçônica
de Letras
Mesa diretoria dos trabalhos: Irmão Salésio G.Mestre Adjunto do GOB, Ir. Edy Luft, Presidente da
Academia Maçônica de Letras e Ir. Paulo Velloso, VM da Loja Alvortada da Sabedoria.
Empossados Irmãos José Baltazar e Marcos de Oliveira
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A Academia Catarinense Maçônica de Letras realizou na noite desta segunda-feira
(18), Sessão Solene Pública de posse de mais dois novos acadêmicos.
A sessão foi realizada nas dependências do Templo da Fundação Arte Real, (FAR)
sob a presidência do Irmão e Confrade Edy Genovez Luft. A abertura dos trabalhos esteve a
cargo do Irmão Paulo Velloso, Venerável Mestre da Loja professor Mâncio da Costa que em
seguida transferiu a condução da cerimônia para o Presidente Luft.
Foram empossados os irmãos José Baltazar Salgueirinho Osório de Andrade
Guerra (Loja Simbólica “Universitária Álcio Antunes”, N. 3.778), na Cadeira N. 39, cujo
Patrono é o pranteado Irmão Sérgio Boppré, e Marcos de Oliveira, (Loja “Alvorada da
Sabedoria”, N. 4.285), na Cadeira N. 32, cujo Patrono é o pranteado Irmão Brasilicio
Celestino de Oliveira.
Estiveram presentes irmãos e confrades da Academia, das Lojas Professor Mâncio
da Costa, Alvorada da Sabedoria e Alcio Nunes, além de irmãos de outras lojas e Potências
maçônicas, convidados, amigos e parentes dos empossados.
O Grande Oriente do Brasil esteve representado pelo Poderoso Irmão Altair
Salésio, Grão-Mestre Adjunto.
IRMÃO MARCOS DE OLIVEIRA E O PANEGÍRICO EM LOUVOR DE
BRASILIO CELESTINO DE OLIVEIRA JUNIOR
“Inicio minha fala para saudar nosso Presidente, o Acadêmico Edy Genovez Luft e o Venerável
Mestre Paulo Roberto Velloso, da Benemérita Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Professor
Mâncio da Costa”, nº 1977, nossos anfitriões, e em seus nomes, estender os cumprimentos a todos os
acadêmicos presentes, maçons independente de Obediências ou Ritos, distintas famílias,
autoridades civis e militares, minhas senhoras e meus senhores.
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Primeiramente registro meu agradecimento pela confiança depositada pelos generosos Irmãos que
aprovaram minha indicação para integrar a Academia Catarinense Maçônica de Letras, na
qualidade de seu mais novo acadêmico.
De forma especial, agradeço ainda à minha família. Aos meus pais, Walmor (em memória) e Paula.
À Marisol, minha mulher, e aos meus filhos, Isabella e João Gabriel, por toda a compreensão, apoio
e pela continuada paciência. À vocês meu eterno amor!
Minha gratidão aos Irmãos da Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Alvorada da Sabedoria”, nº
4285, pelo incondicional apoio e constantes ensinamentos, bem como ao confrade Coronel PM RR
Roberto Rodrigues de Menezes, Presidente da Academia de Letras dos Militares Estaduais, a qual
tenho orgulho de pertencer como membro fundador, ocupando a cadeira 11, que tem como patrono
o Cel PM RR Ruy Stockler de Souza.
Feitos os devidos agradecimentos, valho-me da oportunidade para traçar um breve comentário
inicial sobre a Academia Catarinense Maçônica de Letras, fundada em 21 de abril de 1989, por
doze visionários, todos obreiros da Centenária Loja Maçônica Regeneração Catarinense, nº 138,
fundada em 1859, filiada ao Grande Oriente do Brasil, Santa Catarina.
Destaco que a expressão “academia” remonta a famosa “Academia de Platão”, escola fundada pelo
célebre filósofo grego que pretendia alcançar a sabedoria através do debate promovido pela
dialética socrática ao contrário da tradicional escola de Isócrates onde o conhecimento consistia na
mera repetição do saber.
Neste viés cito Schopennhauer que em seu livro “A arte de escrever” afirmou: “Pois é apenas por
meio da combinação ampla do que se sabe, e da comparação de cada verdade com todas as outras,
que uma pessoa se apropria de seu próprio saber e então o domina”.
Portanto, o saber não está na ciência alheia, que se absorve, mas, principalmente, como disse Rui
Barbosa, “nas ideias próprias, que se geram dos conhecimentos absorvidos, mediante a
transmutação, por que passam, no espírito daqueles que os assimila.”
Neste momento, passo a discorrer brevemente sobre o Acadêmico Enyr José Cecconi, antigo
ocupante da cadeira 32 desta Academia e que recentemente (16 de janeiro de 2016) passou para o
Oriente Eterno, com 86 anos de idade.
Enyr José Cecconi, jornalista, advogado e maçom, nasceu na cidade de Passo Fundo, RS, em 01 de
janeiro de 1930. Filho de Guerino Cecconi e Elvira Meneguzzo Cecconi, casou-se com a Sra.
Natalina Bombassaro Cecconi e teve dois filhos, Paulo Roberto Cecconi e Márcia Regina Cecconi
Beduschi. Aposentou-se como Procurador do Estado de Santa Catarina.
Nosso saudoso acadêmico Enyr José Cecconi, foi iniciado em 02 de dezembro de 1980, nesta
Benemérita Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Professor Mâncio da Costa”. Elevado em 1981,
foi exaltado no mesmo ano. Mestre instalado em 1995, na ARLS Palmeira da Paz, nº 2121, do
Oriente de Blumenau, SC, atuou como Chanceler, Orador e Venerável da Loja, no período de 1991
à 1997. Progrediu por todos os graus filosóficos, alcançando o grau 33 em 1999, no Mui Poderoso
Consistório de Príncipes do Real Segredo, nº 7, do Oriente de Florianópolis. Foi diplomado e
recebeu a Medalha do Mérito Maçônico Catarinense, a Medalha de Benemérito da Maçonaria
Catarinense e era ativo membro desta Academia.
Prezados Irmãos e Confrades, dedicarei agora atenção ao Patrono da cadeira de número 32, desta
renomada Academia Catarinense Maçônica de Letras, o Irmão Brasilio Celestino de Oliveira
Junior.
Nascido na cidade de Rio Negro, Paraná, em 10 de março de 1912. Filho de Brasilio Celestino e de
Maria José Celestino de Oliveira, casou-se com a Sra. Iracema de Oliveira e foi um dos primeiros
advogados a aportar na então Cruzeiro do Sul, atual município de Joaçaba. Ali atuou em conjunto
com o Dr. Antonio Nunes Varella e o Dr. Gaspar Coutinho, elevando o nome da advocacia naquela
região do meio oeste catarinense, às margens do Rio do Peixe. Faleceu de forma precoce em 06 de
julho de 1976, aos 64 anos de idade, devido a problemas cardíacos agravados pelo tabagismo.
Na vida profana exerceu vários cargos relevantes, com destaque para as funções de Delegado
Regional e de Promotor nomeado, mas acabou sendo exonerado do cargo por não enquadrar-se na
orientação ditatorial vivenciada pelo país à época.
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Uma de suas principais atuações foi junto ao jornalismo, sendo diretor e sócio proprietário da
Emissora Rádio Sociedade Catarinense (rádio pioneira no meio oeste catarinense, que atendia pelo
prefixo ZYC-7) e do Jornal Semanário Cruzeiro do Sul, onde sempre defendeu os interesses
maiores da região.
Na rádio fez amizade com os irmãos Adolfo e Walter Zigelli e conheceu também nosso Ir. Enyr José
Cecconi, recentemente falecido e antigo acadêmico ocupante da cadeira 32, quando o mesmo
iniciava suas atividades como jornalista naquela mesma emissora de rádio. Com a morte do Sr.
Guilherme Zigelli, pai dos irmãos Adolfo, Walter e da irmã Gertrudes, Brasilio passou a atuar
como uma espécie de tutor dos irmãos Zigelli, mudando-se para Florianópolis em 1956, onde
acabaram trabalhando juntos (Adolfo foi Chefe de Gabinete na Secretaria do Interior e Walter
trabalhou no Gabinete do Governador Jorge Lacerda).
Atuou na política, como “udenista” ou seja, defensor da União Democrática Nacional (UDN),
partido político fundado em 07 de abril de 1945, que representava uma orientação mais
conservadora, de forte oposição ao populismo de Getúlio Vargas.
Destaca-se sua atuação como Secretário do Interior e Justiça, no Governo de Jorge Lacerda1
. Em
1966, juntamente com Cid Pedroso, o Irmão Brasilio, egresso da ex-UDN, lançou-se candidato ao
Senado pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido político brasileiro que abrigou os
opositores do Regime Militar de 1964 ante o poderio governista da Aliança Renovadora Nacional
(ARENA), mas ambos foram derrotados. Depois disso, foi suplente de Senador, na chapa junto com
Irineu Bornhausen2
, no período de 1959 a 1967, tendo por diversas vezes, assumido o cargo e
dignificado o Estado de Santa Catarina.
Durante as pesquisas, descobrimos que Brasilio Celestino de Oliveira Junior emprestou seu nome
para dois logradouros nas cidades de Mafra, em Santa Catarina, e em Rio Negro, Paraná, sua
cidade natal. Descobrimos também uma lei de nº 822, datada de 01 de dezembro de 1976, na qual o
Prefeito de Joaçaba, Raul Furlan, homenageou nosso Irmão Brasílio, colocando seu nome numa
praça, a Praça Brasilio Celestino de Oliveira, a qual localiza-se em frente da antiga Estação
Rodoviária Municipal.
Nosso Irmão Brasilio Celestino de Oliveira Junior iniciou sua jornada na vida maçônica em 06 de
junho de 1940, ao ingressar como aprendiz maçom, na Loja Cruzeiro do Sul, de Joaçaba, SC.
Foi Mestre Maçom em 27 de julho de 1940. Alcançou o mais alto Grau na Ordem, destacando-se
por ocupar vários cargos na administração de sua Oficina, onde atuou como Orador em sete
administrações, no período de 1957 à 1976, e Hospitaleiro, no período de 1962 e 1963.
Foi Delegado do 5° Distrito Maçônico com Sede no Oriente de Joaçaba, SC, e fundador de uma
Loja de Aperfeiçoamento, também em Joaçaba, a qual leva o seu nome.
Foi grande representante da Grande Loja do Amazonas, Acre, Rondônia e Rio Branco, onde atuou
como Grande Orador de 1956 à 1959 e 2° Grande Vigilante de 1959 à 1962.
De acordo com um relato deixado por seu colega jornalista e admirador, o acadêmico Enyr José
Cecconi:
Brasilio Celestino de Oliveira Junior marcou sua trajetória com espírito de
humanidade, bondade espontânea e praticou sempre a caridade. Nunca deixou
de atender a quem quer que fosse - rico ou pobre - demonstrando uma postura
humanizada, de alguém que tem a alma impregnada de sabedoria e bondade.
Em rápidas palavras, este é Brasilio Celestino de Oliveira Junior, mui digno patrono da cadeira 32
da Academia Catarinense Maçônica de Letras.
Finalizo minhas palavras, cumprimentando o Irmão José Baltazar Salgueirinho Osório de Andrade
Guerra, da Augusta e Respeitável Loja Simbólica “Universitária Álcio Antunes”, nº 3778, novo
ocupante da Cadeira nº 39, cujo Patrono é o pranteado Irmão Sérgio Boppré.
Ressalto por fim que o futuro desta Academia dependerá agora da atuação dedicada e
comprometida de cada um de seus membros instalados, e também da ajuda e do apoio das demais
academias, portanto conclamo a todos ao estudo, a produção literária e ao debate das ideias.
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Acredito que o que nos alimenta para existir e sonhar um futuro melhor é aquilo que o educador
Paulo Freire chamava de a busca por construir o “inédito viável”, ou seja, aquilo que ainda não é,
mas pode vir a ser. Como disse François Rabelais, na sua obra prima Gargantua e Pantagruel,
“Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam”. Se
queremos e podemos, então também devemos sonhar e transformar nossos sonhos em realidade!
Sonhar então não é mais delirar, sonhar é desejar e procurar alcançar o objetivo que oferecerá
honra e paz de espírito ao sonhador.
Muito obrigado pela oportunidade, parabéns a todos e vida longa a Academia Catarinense
Maçônica de Letras de Santa Catarina.
1 Jorge Lacerda (1914-1958), médico e advogado, foi um político brasileiro, filho de imigrantes gregos. Foi Governador de
Santa Catarina (de 1956 a 1958) e Deputado Federal por duas vezes. Morreu em um acidente aéreo aos 43 anos idade. No
mesmo desastre também faleceram Nereu Ramos e Leoberto Leal.
2 Irineu Bornhausen (1896-1974) foi um político brasileiro, que exerceu as funções de Vereador e Prefeito da cidade de
Itajaí, Governador de Santa Catarina (de 1951 a 1956), Deputado Federal por Santa Catarina (de 1959 a 1963) e Senador
da República (de 1959 a 1967).
Homenagens ao JB News:
Na mesma sessão, o JB News foi homenageado pela Loja Professor Mâncio da Costa
(GOB/SC) e pela própria Academia Maçônica de Letras, pela passagem de sua sua edição
nr. 2000.
O JB News foi homenageado pela Loja professor Mâncio da Costa com Diploma de Mérito Maçônico e um
estojo com Malhete e suporte, entregues pelo Irmão Paulo Velloso VM e Ir. Valmor Backes Grão-Mestre de
Honra do GOB/SC.
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Coube ao Irmão José Carlos Pacheco, ex Grão-Mestre do GOSC e atual Secretário Geral da
Academia Catarinense Maçônica de Letras, de fazer entrega em nome desta, do Diploma respectivo.
Acesse o link e acompanhe alguns dos registros fotográficos
da Sessão Magna de Posse:
https://picasaweb.google.com/103634428674850958508/AcademiaCatarinenseMaconicaDeLe
tras1804016?authkey=Gv1sRgCLSSsO2-9bPU3AE
25. JB News – Informativo nr. 2.027– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de abril de 2016 Pág. 25/27
Na tarde desta última segunda-feira, o Irmão Borbinha. Nosso correspondente, não perdeu a
oportunidade de registrar a reunião da de Avaliação do GOB Santa Catarina, realizada em
sua sede, com respeitável equipe sob o comando do Eminente Grão-Mestre Adalberto
Aluízio Eyng e Poderoso Grão-Mestre Adjunto Irmão Salésio.
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Os vídeos são pesquisados ou repassados, em sua maioria, por irmãos colaboradores do JB News.
1 –
Caso você tenha perdido 7 Ótimos
Motivos Para Você Tomar Banho
Frio!
Exibir Conteúdo
2 – Aviação – Grupo de Caça na Itália:
Aviação - GUA-Grupo de Caça na Itália-.mp4
3 – Aviação:
Aviação 560ª remessa.pps
4 – Pinturas da Idade Média:
Pinturas da idade média.pps
5 – O castelo das Mulheres:
O castelo das mulheres.pps
6 – Catedral de Notre Dame:
Catedral de Notre-Dame_Paris.pps
7 – Filme do dia: (Meu Filho meu Mundo) – dublado
Quando nasceu, Raun era um saudável e feliz bebê. Com o passar dos meses, seus pais começam a observar que havia
alguma coisa estranha com ele, sempre com um ar ausente. Um dia vem a confirmação do que suspeitavam, Raun
tinha autismo. Decidem então penetrar no mundo da criança, acreditando que somente o milagre do amor poderia
salvá-lo.
https://www.youtube.com/watch?v=AYra_5668lE
27. JB News – Informativo nr. 2.027– Florianópolis (SC) – quarta-feira, 20 de abril de 2016 Pág. 27/27
Praia dos Naufragados – Ponta do Sul da Ilha – Florianópolis (foto JB News)