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ESCOLA SÃO DOMINGOS
BATERIA DE EXERCÍCIOS – 3º TRIMESTRE
LITERATURA – 2º ANO
(PUC-RS) Instrução: Para responder às questões 1 e
2, leia o texto que segue.
Não tinha predileção por esta ou aquela parte de
seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar não
eram só os pampas do Sul com o seu gado, não era o
café de São Paulo, não eram o ouro e os diamantes de
Minas (...) - era tudo isso junto, fundido, reunido, sob a
bandeira estrelada do Cruzeiro. (...) Era costume seu,
assim pela hora do café, quando os empregados
deixavam as bancas, transmitir aos companheiros o
fruto de seus estudos, as descobertas que fazia, no seu
gabinete de trabalho, de riquezas nacionais. Um dia era
o petróleo que lera em qualquer parte, como sendo
encontrado na Bahia; outra vez, era um novo exemplar
de árvore de borracha que crescia no rio Pardo, em
Mato Grosso; outra, era um sábio, uma notabilidade,
cuja bisavó era brasileira(...).
1. O trecho refere-se à personagem central da obra de
*, denominada *.
a) Graça Aranha - Canaã
b) Lima Barreto - Recordações do escrivão Isaías
Caminha
c) Monteiro Lobato - Negrinha
d) Lima Barreto - Triste fim de Policarpo Quaresma
e) Graça Aranha - Cidades mortas
2. Observa-se, no trecho em questão, que a criação da
personagem * a convivência entre o apego às
tradições e a possibilidade do novo, promovida pela
modernidade, o que vincula a obra ao *.
a) critica - Romance de 30
b) valoriza - Modernismo da primeira fase
c) retifica - Pré-Modernismo
d) revela - Modernismo da segunda fase
e) sugere - Pré-Modernismo
3. (PUC-PR) Durante os anos que ant~cederam o
Movimento Modernista, o nacionalismo at.;'1nçou
expressão literária das mais significativas. Aponte a
alternativa que não é verdadeira quanto às
manifestações de nacionalismo próprias do Pré-
Modernismo.
a) Pesquisa de linguagem, antipassadismo e
abandono dos lusitanismos, na prosa de Coelho
Neto.
b) Denúncia do subdesenvolvimento, especialmente
do sertão, em Os sertões, de Euclides da Cunha.
c) Visão profunda acerca da questão racial, com
ambientação nos subúrbios cariocas, na obra de
Lima Barreto.
d) Teses filosóficas em confronto, problematizando a
imigração, em Canaã, de Graça Aranha.
e) Apresentação do caipira sem idealização (Jeca
Tatu), na obra de Monteiro Lobato.
4. (FEI-SP) Uma das obras citadas abaixo foi escrita
por Lima Barreto. Assinale-a:
a) Canaã
b) Os sertões
c) Triste fim de Policarpo Quaresma
d) Eu
e) Urupês
5. (FEI-SP) O livro Canaã:
a) foi escrito e publicado em Portugal.
b) tem como assunto a campanha dos Canudos.
c) cuida da assimilação do imigrante alemão.
d) é crítica veemente ao sistema agrícola brasileiro, na
figura do Jeca Tatu, símbolo da miséria e do atraso
a que foram relegados nossos caipiras.
e) é sátira política. Antipatia manifesta contra a
República e o militarismo.
6. (PUC-RS) Na figura de *, Monteiro Lobato criou o
símbolo do brasileiro abandonado ao atraso e à
miséria pelos poderes públicos.
a) O cabeleira
b) Jeca Tatu
c) João Miramar
d) Blau Nunes
e) Augusto Matraga
7. (Fuvest-SP) Além de escrever para crianças,
Monteiro Lobato dedicou-se à literatura em geral.
a) Em que gênero ele se evidenciou como autor
regionalista?
b) Indique uma de suas obras regionalistas.
8. (Fatec-SP) Assinale a alternativa incorreta:
a) Nos primeiros vinte anos deste século, a produção
literária brasileira é marcada por diversidades,
abrangendo, ao mesmo tempo, obras que
questionam a realidade social e obras voltadas para
os lugares-comuns herdados de autores anteriores.
b) Pode-se afirmar que um dos traços modernos de
Euclides da Cunha é o compromisso com os
problemas de seu tempo.
c) A importância da obra de Lima Barreto situa-se no
plano do conteúdo, a partir do qual se revela o seu
caráter polêmico; a linguagem descuidada, porém,
revela pouca consciência estética, em virtude de
sua formação literária precária.
d) O estilo parnasiano permanece influenciando
autores e caracterizando boa parte da obra poética
escrita durante o período pré-modernista.
e) Graça Aranha faz parte do conjunto mais significado
de escritores do Pré-Modernismo. Nos anos
anteriores à Semana de Arte Moderna, Graça
Aranha interveio em favor da renovação artística a
que se propunham os escritores modernistas.
9. Augusto dos Anjos é autor de um único livro, Eu,
editado pela primeira vez em 1912. Outras poesias
acrescentaram-se às edições posteriores.
Considerando a produção literária desse poeta, pode-
se dizer que:
a) foi recebida sem restrições no meio literário de sua
época, alcançando destaque na história das formas
literárias brasileiras.
b) revela uma militância político-ideológica que o
coloca entre os principais poetas brasileiros de veio
socialista.
c) foi elogiada poeticamente pela crítica de sua época;
entretanto, não representou um sucesso de público.
d) traduz a sua subjetividade pessimista em relação
ao homem e ao cosmo, por meio de um vocabulário
técnico-científico-poético.
e) anuncia o Parnasianismo, em virtude das suas
inovações técnico-científicas e de sua temática
psicanalítica.
10. A leitura do poema revela a expansão de um tema,
designado, no título, por O martírio do artista.
Esse tema é:
a) a falta de inspiração.
b) o desânimo.
c) a difícil arte da escrita.
d) o nervosismo.
e) a violência.
11. (UFRS) Considere as seguintes afirmações sobre
a poesia de Augusto dos Anjos.
I. Revela forte influência simbolista na exploração da
musicalidade de vocábulos de significado abstrato e
de frases de sentido indefinido.
II. Emprega a nomenclatura científica da época ao
refletir sobre a degradação e a morte em sonetos
de figurino clássico.
III. Lança mão da linguagem erudita para elaborar
poemas nos quais predomina a descrição de
rápidas cenas urbanas.
Ouais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
12. (MACK-SP)
Às vezes se dá ao luxo de um banquinho de três pernas - para
os hóspedes. Três pernas permitem o equilíbrio, inútil,
portanto, meter a quarta, que ainda o obrigaria a nivelar o
chão. Para que assentos, se a natureza os dotou de sólidos,
rachados calcanhares sobre os quais se sentam?
O trecho acima é claramente representativo da obra
de:
a) Lima Barreto.
b) Augusto dos Anjos.
c) Euclides da Cunha.
d) Aluísio de Azevedo.
e) Monteiro Lobato.
13. (Cesgranrio-RJ)
E com vocês a modernidade
Meu verso é profundamente romântico.
Choram cavaquinhos luares se derramam e vai
por aí a longa sombra de rumores e ciganos.
Ai que saudade que tenho de meus negros
[verdes anos!
(Cacaso)
No poema, extraído de Poesia jovem anos 70
(Coleção Literatura Comentada), há características da
1ª fase do Modernismo brasileiro. Cite duas delas,
exemplificando-as com trechos do poema, e dêdois
argumentos que as justifiquem.
14. (UFU-MG) Faça a correspondência das ex-
pressões estilísticas com as gerações modernistas e
assinale a alternativa que contém a correspondência
correta:
I. abominação do passado – Concretismo
II. tentativa de demolição – Surrealismo
III. valorização do inconsciente – Dadaísmo
IV. uso intenso de estrangeirismos – Antropofagia
V. aliança de signos verbais e icônicos – Futurismo
a) V, III, II, I, IV
b) V, II, III, I, IV
c) V, III, II, IV, I
d) IV, I, II, 111, V
e) V. III, IV, II, I
15. (ESPM-SP) Indique a alternativa que completa
corretamente as lacunas:
O primeiro manifesto do movimento futurista foi
publicado em 20 de janeiro de *, assinado por *. Os
pontos principais deste manifesto eram *, * e *.
a) 1909 - Marinetti - exaltação da vida moderna, do
automóvel e da velocidade.
b) 1912 - Marinetti - exaltação da eletricidade, da
velocidade e destruição da sintaxe linear.
c) 1922-Marinetti - exaltação da velocidade, da
eletricidade e da vida moderna.
d) 1912-Oswald de Andrade - exaltacão do automóvel,
da velocidade e da vida moderna.
e) 1922-Oswald de Andrade - exaltação da
velocidade, destruição da sintaxe linear e
valorização da forma.
16. (Fuvest-SP)
Clama a saparia,
Em críticas cépticas:
- Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...
a) Reconheça a estética satirizada por Manuel
Bandeira nesses versos.
b) Qual a oposição entre poesia e artes poéticas?
17. (PUC-SP)
Texto 1: Os sapos
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
(...)
Brada em assomo
O sapo-tanoeiro:
- "A grande arte é como Lavor de joalheiro."
(Manuel Bandeira)
Texto 2: Profissão de fé
Invejo o ourives quando escrevo
Imito o amor
Com que ele, o ouro, o alto-relevo
Faz de uma flor.
(...)
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
(Olavo Bilac)
a) Compare os dois textos e, a partir daí, caracterize a
estética literária a que pertence o texto 2, de acordo
com as afirmações do texto 1.
b) O texto 1 reforça ou nega os procedimentos
estéticos apontados no texto 2? Justifique sua
resposta.
18. (FCC) Considerados os acontecimentos da
Semana de Arte Moderna e a atitude de seus
principais integrantes, é correto dizer que o primeiro
momento do Modernismo brasileiro visava a:
a) atualizar nossa produção literária, fazendo com que
reproduzisse a estética e a temática euro-
americanas, em vigência desde o início do século.
b) instaurar uma literatura politicamente empenhada e
combativa, inspirada no Neo-Realismo e no Neo-
Naturalismo.
c) propor um conjunto de normas e de regras
literárias, pautadas nos ensinamentos clássicos,
que orientassem nossa produção literária.
d) reavivar nossa produção literária que, desde fins do
século XIX, com a decadência do Simbolismo,
escasseava.
e) combater remanescentes literários retrógrados,
representados sobretudo, pelo Parnasianismo, a
fim de renovar o curso da literatura que se fazia
entre nós.
19. (FEI-SP) Assinale a alternativa incorreta, quanto
aos princípios básicos divulgados pelos participantes
da Semana de Arte Moderna:
a) Desejo de expressão livre e tendência para
transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do
academismo, a emoção e a realidade do país.
b) Rejeição dos padrões portugueses, buscando uma
expressão mais coloquial, próxima do falar
brasileiro.
c) Combate a tudo que indicasse o status quo, o
conhecido.
d) Manutenção da temática simbolista e parnasiana.
e) Valorização do prosaico e do humor, que, em todas
as suas gamas, lavou e purificou a atmosfera
sobrecarregada pelos acadêmicos.
20. (FEI-SP)
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Oswald de Andrade)
Observando as características e o teor geral do texto,
é correto afirmar que:
a) o Modernismo pretendeu reformular a gramática,
apesar dos protestos dos conservadores.
b) apesar da tarefa tão árdua para o professor e para
o aluno, a gramática precisa ser preservada.
c) protestar contra a gramática, considerando-a
supérflua e difícil, foi a única atuação "modernista"
do autor.
d) o modo de falar do negro é menos correto do que o
do branco, por razões culturais.
e) a valorização do falar coloquial foi uma das
propostas do Modernismo.
21. (UFRS) É correto afirmar que o movimento
modernista brasileiro nos anos 20:
a) empreende uma vigorosa crítica da dominação
política oligárquica na República Velha, ao
denunciar a exclusão daspopulações rurais do
processo eleitoral.
b) satiriza a linguagem preciosista e bacharelesca dos
prosadores e o apego dos parnasianos às formas
tradicionais de poesia.
c) recusa o nacionalismo e a valorização do folclore
caboclo e das tradições culturais negra e indígena.
d) expõe as mazelas da distribuição fundiária
brasileira e denuncia as más condições de vida dos
trabalhadores rurais.
e) apropria-se de procedimentos estéticos da
vanguarda européia para reavaliar o papel político
dos imigrantes italianos em São Paulo.
22. (Vunesp-SP)
Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações
obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue,
velocidade, sonho, nossa Arte. E que o rufo de um auto-
móvel, nos trilhos de dois versos, espante da poesia o último
deus homérico, que ficou, anacronicamente, a dormir e a
sonhar, na era do JAZZ-BAND e do cinema, com a frauta
dos pastores da Arcádia e os seios divinos de Helena!
O trecho pertence ao discurso feito por Menotti dei
Picchia durante a Semana de Arte Moderna, em São
Paulo, em 1922, a qual marca a introdução oficial do
Modernismo no Brasil. Nesse discurso, o autor
sintetiza os objetivos do movimento. Algumas das
afirmações que se seguem contêm esses objetivos.
I. Os modernistas pregavam a liberdade total na
produção literária, desde a estrutura sintática da
forma até a escolha dos temas.
II. Embora pregassem a supressão das normas fixas
do verso, continuaram recomendando a seleção de
temas nobres, em detrimento dos fatos banais do
cotidiano.
III. Com a consciência de que a Antigüidade clássica
nos legou os princípios básicos que regem a
produção artística, os modernistas defenderam a
manutenção desses princípios.
IV. A proposta de liberdade incondicional de expressão
não se limitava à literatura; estendia-se à música e
às artes plásticas em geral.
Estão de acordo com as propostas do Modernismo:
a) I e III
b) II e III
c) II e IV
d) I e IV
e) III e IV
23. (Vunesp-SP) Além de Menotti dei Picchia,
participaram da Semana de Arte Moderna:
a) Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho,
Oswald de Andrade.
b) Olavo Bilac, Raimundo Correia, Vicente de
Carvalho.
c) Graciliano Ramos, Jorge Amado, José Lins do
Rego.
d) Érico Veríssimo, Cecília Meireles, Manuel Bandeira.
e) Vinicius de Moraes, Murilo Mendes, Carlos
Drummond de Andrade.
24. (UFPI) A alternativa em que todas as carac-
terísticas correspondem ao Modernismo é:
a) concepção lúdica da arte, rigor formal.
b) moralismo, idealização da mulher.
c) verso livre, experimentalismo.
d) jogo antitético, culto da natureza.
e) senso do mistério, liberdade formal.
25. (MACK-SP)
E vivemos uns oito anos, até perto de 1930, na maior
orgia intelectual que a história artística do país registra.
(Mário de Andrade)
Assinale a alternativa na qual aparece um fato cultural
que não se encaixa no período mencionado acima.
a) O Manifesto Pau-Brasil.
b) A exposição de trabalhos de Anita Malfatti, criticada
por Monteiro Lobato.
c) As duas "dentições" da Revista de Antropofagia.
d) A revista Klaxon.
e) O Verde-Amarelismo.
26. (MACK-SP)
I. Seja qual for o lugar em que se ache o poeta, ou
apunhalado pelas dores, ou ao lado de sua bela,
embalado pelos prazeres; no cárcere, como no
palácio; na paz, como sobre o campo de batalha;
se ele é verdadeiro poeta, jamais deve esquecer-se
de sua missão, e acha sempre o segredo de
encantar os sentidos, vibrar as cordas do coração,
e elevar o pensamento nas asas da harmonia até
as idéias arquétipas.
II. Por isso, corre, por servir-me,
Sobre o papel
A pena, como em prata firme
Corre o cinzel.
Corre; desenha, enfeita a imagem,
A idéia veste:
Cinge-lhe o corpo a ampla roupagem
Azul-Celeste
Torce, aprimora, alteia, lima
A frase; e, enfim,
No verso de ouro engasta a rima,
Como um rubim.
III. Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem-comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto
expediente protocolo e manifestações de apreço ao
sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no
dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.
Os trechos expõem idéias defendidas por diferentes
movimentos literários. Aponte a alternativa em que
aparecem, respectivamente, os nomes dos mesmos:
a) Romantismo - Arcadismo - Modernismo.
b) Parnasianismo - Barroco - Romantismo.
c) Arcadismo - Romantismo.
d) Barroco - Romantismo - Parnasianismo.
e) Romantismo - Parnasianismo - Modernismo.
27. (UFMS)
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem-comportado
Do lirismo funcionário público com livro de
[ponto expediente protocolo
[e manifestações de apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai
[averiguar no dicionário
o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas
Todas as palavras sobretudo os barbarismos
[universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes
[de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
[...]
— Não quero mais saber do lirismo que não
[é libertação.
(Fragmento de Poética, do livro Libertinagem,
de Manuel Bandeira.)
Com base 'no texto acima, é correto afirmar que:
a) o poeta sintetiza sua adesão à estética modernista,
abandonando o sentimentalismo convencional e
certos acentos simbolístas que marcaram parte de
seus primeiros trabalhos.
b) é clara a crítica ao rigor gramatical e à
padronização das formas poéticas que dominavam
a poesia da virada do século no Brasil.
c) nota-se um componente político expressivo no
texto, na crítica ao funcionalismo público que fecha
a primeira estrofê.
d) o tom de manifesto, bem caracterizado na segunda
estrofe com suas "palavras de ordem", justifica o
título do poema, Poética, ou seja, uma "teoria do
fazer poético" .
e) Manuel Bandeira deu pouca importância ao tema
amoroso em sua produção modernista, como bem
se pode perceber nesta crítica a todas as formas de
lirismo.
28. (UFJF-MG) Leia com atenção os textos a seguir e
responda às perguntas.
O "adeus" de Teresa
(Castro Alves)
A vez primeira que eu fitei Teresa, Como as plantas que
arrasta a correnteza, A valsa nos levou nos giros seus...
E amamos juntos... E depois na sala "Adeus" eu disse-lhe a
tremer co'a fala...
E, ela, corando, murmurou-me: "adeus."
Uma noite... entreabriu-se um reposteiro... E da alcova saía
um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus... Era eu... Era a pálida
Teresa!
"Adeus" lhe disse conservando-a presa...
E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"
Passaram tempos... séc'los de delírio Prazeres divinais...
gozos do Empíreo...
... Mas um dia voltei aos lares meus. Partindo eu disse -
"Voltarei!... descansa!..." Ela, chorando mais que uma
criança,
Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"
Quando voltei... era o palácio em festa!...
E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra Preenchiam de
amor o azul dos céus. Entrei!... Ela me olhou branca...
surpresa! Foi a última vez que eu vi Teresa!...
E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"
Teresa
(Manuel Bandeira)
A primeira vez .que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna
Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos
[que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos
[esperando que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre
[a face das águas.
Com relação ao primeiro texto, pode-se afirmar que:
a) no Romantismo, uma expressão do tipo "fitei
Teresa" demonstra que os olhos têm função
secundária na descrição do perfil físico da amada.
b) no Romantismo, o poeta não exp(ime nenhum.
gesto de sensualidade, como prova a seqüência
"Prazeres divinais... gozos do Empíreo...".
c) o Romantismo explora novas imagens da mulher
amada, fugindo aos estereótipos dos estilos
literários anteriores, como prova a expressão
"pálida Teresa",
d) combinam-se as imagens do amor sensual e da
amada que se torna inatingível para o poeta,
dualidade comum no Romantismo.
e) aparece a aversão do poeta romântico à mulher
que se entrega à volúpia e ao prazer, desprezando
as normas éticas da sociedade.
Pode-se afirmar do segundo texto que:
a) idealiza a figura feminina do primeiro.
b) corrói ironicamente o primeiro.
c) apenas acentua a graça da mulher.
d) está carregado de sentimentalismo.
e) exalta a afetividade entre os personagens.
Os dois textos se relacionam:
a) por tratar de temáticas diametralmente opostas.
b) pelo tratamento respeitoso da figura feminina.
c) pela ausência de qualquer tensão erótica.
d) pelo contraste de linguagem e tratamento.
e) pela inadequação absoluta entre homem e mulher.
29. (lMS-SP)
Agora, ó José
É teu destino, ó José
a esta hora da tarde,
se encostar na parede,
as mãos para trás.
Teu paletó abotoado
de outro frio te guarda,
enfeita com três botões
tua paciência dura.
A mulher que tens, tão histérica,
tão histórica, desanima.
Mas, ó José, o que fazes?
Passeias no quarteirão
O teu passeio maneiro
e olhas assim e pensas,
o modo de olhar tão pálido.
(...)
Resiste, ó José. Deita, José,
dorme com tua mulher,
gira a aldraba de ferro pesadíssima.
O reino do céu é semelhante a um homem como você,
José.
(Adélia Prado)
O poema estabelece uma relação intertextual com
a) "José", de Mário de Andrade.
b) "E agora, José", de Oswald de Andrade.
c) "José", de Carlos Drummond de Andrade.
d) "E agora, José", de Roberto Drummond.
e) "José", de Vinicius de Moraes.
30. (UFMA) alta
alta
E a minha janela é alta
Como o olhar dos que seguiram o vôo do
primeiro balão
(Mário Quintana)
Nos versos, Mário Quintana faz uma incursão na
corrente poética:
a) romântica.
b) futurista.
c) simbolista.
d) concretista.
e) parnasiana.
31. (Puccamp-SP) T. E. Lawrence, o "Lawrence da
Arábia”, a chamava de Atlântida do deserto.
Agora, Ubar está começando a ressurgir das areias do
oásis de Ash Shisar. Encontra-se o mesmo padrão de
regência verbal das frases acima, respectivamente,
em:
a) Eles consideravam o padrasto como verdadeiro pai.
Pecava o tempo todo contra as normÇJs de
cortesia.
b) Ela soube consorciar seus interesses com os de
seus colegas.
Com muito cuidado, apresentaram desculpas a
todas as pessoas não atendidas.
c) Procurou consolá-Io da morte da mãe.
Ela excede todos os colegas em dedicação.
d) Ele se tornou um cidadão exemplar, depois daquele
fato desagradável.
Para o dia especial, adornou-se com colares e
brincos de mil cores.
e) Um grama contrabalança um centímetro cúbico de
água destilada.
Encarregou-o das missões mais difíceis.
32. (UFF-RJ)
Texto I
O nosso modernismo importa essencialmente, em sua
fase heróica, na libertação de uma série de recalques
históricos, sociais, étnicos, que são trazidos
triunfalmente à tona da consciência literária.
(CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade: estudos de
teoria e história literária. 5. ed. São Paulo, Nacional,
1976. p. 199.)
Texto II
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma,
herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo
da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão
grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a
índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança
é que chamaram de Macunaíma.
Já na meninice, fez coisas de sarapantar. De
primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o
incitavam a falar exclamava:
— Ai! que preguiça!...
(ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem
nenhum caráter. Brasília, CNPq, 1988. p. 5.)
Que elementos da caracterização do "herói de nossa
gente", presentes no texto 11, comprovam a afirmação
feita por Antonio Candido de que o Modernismo nos
libertou de uma série de recalques históricos, sociais e
étnicos?
33. (UNI-RIO)
Gare do infinito
Papai estava doente na cama e vinha um carro e um
homem e o carro ficava esperando no jardim.
Levaram-me para uma casa velha que fazia doces e
nos mudamos para a sala do quintal onde tinha uma
figueira na janela.
No desabar do jantar noturno a voz toda preta de
mamãe ia me buscar para a reza do Anjo que carregou
meu pai.
(ANDRADE, Oswald de. Memórias sentimentais
de João Miramar.)
a) Cite o estilo de época a que pertence o texto.
b) Das características a seguir, assinale as que se
prendem ao texto e comente-as, incluindo a
transcrição de passagens que abonem a sua resposta.
I. Períodos longos, marcados pela subordinação.
II. Uso de figuras de linguagem, para permitir a
visualização da cena descrita.
III. Adaptação do ritmo da frase à situação vivenciada
em cada momento.
IV. Predomínio do dissertativo sobre o descritivo.
34. (PUC-SP) O título da obra Macunaíma é
especificado com "herói sem nenhum caráter". A
alternativa que não é verdadeira em relação à
especificação é:
a) o caráter do herói é ele não ter caráter definido.
b) o protagonista assume várias esferas de ação, daí
ser simultaneamente herói e anti-herói.
c) a fragilidade de caráter do protagonista faz com que
este perca, no decorrer da obra, sua característica
de herói.
d) o herói configura-se por suas qualidades
paradoxais, ele é ao mesmo tempo: preguiçoso e
esperto, irreverente e simpático, valente e covarde.
e) o caráter do herói é contraditório, pois ele se
caracteriza como um "sonsosabido".
35. (MACK-SP) Texto publicado junto aos poemas de
Paulicéia desvairada, funciona como manifesto das
propostas do autor a respeito das teorias que deveriam
sustentar o Modernismo no Brasil.
Assinale a alternativa em que se encontra o nome do
mesmo.
a) Prefácio interessantíssimo
b) Procura da poesia
c) Manifesto antropofágico
d) A um poeta
e) Poética
36. (FAAP-SP)
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
Estes versos parodiam uma poesia célebre do
Romantismo brasileiro - A canção do exílio. Seu autor
é uma das figuras mais dinâmicas do Modernismo
brasileiro: escreveu Memórias sentimentais de João
Miramar, Serafim Ponte Grande, O rei da vela.
Assinale a alternativa que indica o autor dos versos
anteriores e o autor da poesia parodiada.
a) Oswald de Andrade - Gonçalves Dias
b) Mário de Andrade - Gonçalves Dias
c) Mário de Andrade - Casimiro de Abreu
d) Manuel Bandeira - Castro Alves
e) Oswald de Andrade - Casimiro de Abreu
37. (UNI-RIO) Em outubro de 1993, comemorou se o
centenário de nascimento de importante escritor
brasileiro, que participou ativamente do movimento
artístico de 1922.
A opção que indica esse escritor e uma de suas obras
é:
a) Mário de Andrade, autor de Amar, verbo
intransitivo.
b) Mário de Andrade, autor de Manifesto
antropofágico.
c) Oswald de Andrade, autor de O rei da vela.
d) Oswald de Andrade, autor de Macunaíma.
e) Carlos Drummond de Andrade, autor de Amar se
aprende amando.
38. (Fuvest-SP)
Almoçaram num átimo. Visitar a nova chácara
comprada por Sousa Costa adiante de Jundiaí ... E no
automóvel novo ... que gostosura! Entusiasmo das
meninas. Carlos quase feliz. Os pais se sentem bons.
— Tem alguma coisa Fraulein?
Ela meio que ri:
— Não é ... (hesita. Minal conta:) Mas acontece
cada uma. Nós hoje encontramos uma palavra na lição
... Sabemos como é em português, porém não há meio
de lembrar. Parece incrível, palavra tão comum ... E
nem eu nem Carlos!
— Mas por que não viu no dicionário? - Aí é que
está: hei de me lembrar. Pois se nós sabemos.
(...)
Quando Fraulein vem descer a escada, ele está
ali, machucando as unhas na parede. Emaranha-a nos
braços impacientes.
Os dois exclamam duma vez, sem a surdina que
abafara o diálogo anterior:
— Já sei!
Silêncio curto. Um espera que o outro fale.
E juntos:
— É segredo!
Rindo muito, desceram para jantar. Frau
lein anuncia que afinal descobriram a palavra,
Geheimnis quer dizer segredo:
— Foi ela que achou!
— Eu só não, Carlos. Fomos os dois.
(...) Sousa Costa, não sei, porém me parece que
teve uma intuição genial: olha malicioso pros dois.
As duas cenas apresentadas são bastante
significativas se considerarmos o enredo do livro Amar,
verbo intransitivo.
a) Qual é a relação entre o significado da palavra
Geheimnis e as personagens Carlos e Fraulein?
b) Qual é a relação entre o significado dessa mesma
palavra e o "olhar malicioso" que Sousa Costa dirige a
ambos?
c) A leitura do trecho citado permite perceber a
dificuldade de Fraulein e Carlos em lembrar o
significado dessa palavra. Com base no enredo,
explique por quê.
39. (Fuvest-SP)
Numa das voltas, olhando para trás, viu a montanha
curvada, com o sol lhe mordendo as ilhargas. Era Loge, deus
do incêndio... As montanhas desembestavam assustadas,
grimpando os itatins com gestos de socorro, contorcidas.
Loge perseguia as medrosas, lambido de chamas, trinando.
Fraulein escutou um xilofone, o tema conhecido. E o
encantamento do fogo principiou para Brunilda.
No trecho acima, aparecem traços de estilo e
composição muito característicos da corrente estética
da modernidade que, reconhecidamente, mais
influenciou na feitura de Amar, verbo intransitivo.
a) Qual é essa corrente estética?
b) Identifique duas características dessa corrente
presentes no texto acima, indicando exemplos.
40. (Puccamp-SP) São características da primeira
fase do Modernismo:
a) retomada da ficção regionalista, cultivo de uma
poesia neobarroca e visão de mundo em
perspectiva elitista.
b) libertação dos modelos acadêmicos,
experimentalismo em novas formas de expressão e
rompimento com o nacionalismo tradicional.
c) cultivo de uma ficção de caráter intimista, revisão
das regras de metrificação e retomada do
nacionalismo romântico.
d) predominância dos temas políticos, crítica ao uso
indiscriminado das máquinas e visão de mundo em
perspectiva universalista.
e) pesquisa de lendas e narrativas folclóricas,
valorização do índio enquanto mito romântico e
cultivo de fórmulas estéticas consagradas.
41. (UFMS) Leia o poema e, depois, marque a(s)
proposição(ões) correta(s).
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco Da
Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(Oswald de Andrade)
a) Com "E do mulato sabido", o autor refere-se à
miscigenação de raças no Brasil.
b) O poema de Oswald de Andrade não tem rimas,
nem pontuação, o que é próprio da poesia
Simbolista.
c) O poeta compara a língua ensinada na escola, que
é artificial e elitista, com a língua falada pelo povo
comum.
d) O poema critica a norma gramatical que proíbe o
uso de pronomes oblíquos átonos no início de
frases.
e) Através do adjetivo bom, que antecede as palavras
negro e branco, o poeta valoriza o homem iletrado,
autêntico representante da cultura nacional
brasileira.
42. (MACK-SP) A primeira fase do Modernismo
brasileiro se preocupou mais com:
a) a construção de uma estética moderna.
b) a imitação objetiva da realidade.
c) a descrença na vida.
d) a destruição das estéticas anteriores.
e) as figuras mitológicas.
43. (MACK-SP)
Chamado de Rapsódia por Mário de Andrade,
o livro é construído a partir de uma série de
lendas a que se misturam superstições,
provérbios e anedotas. O tempo e o espaço não
obedecem a regras de verossimilhança, e o
fantástico se confunde com o real durante toda a
narrativa.
A afirmação faz referência à obra:
a) O rei da vela.
b) Calunga.
c) Macunaíma.
d) Memórias sentimentais de João Miramar.
e) Martim Cererê.
44. (MACK-SP) A respeito de Oswald de Andrade, é
incorreto afirmar que:
a) apesar de sua intensa participação na Semana de
Arte Moderna, assumiu uma postura simpática em
relação à poesia parnasiana.
b) em Serafim Ponte Grande, rompe com a forma e a
estrutura tradicionais do romance brasileiro.
c) O Rei da Vela, sua obra-prima em dramaturgia,
apresenta contundente crítica ao sistema burguês.
d) desenvolveu uma poesia original, plena de humor e
ironia, com uma linguagem do cotidiano, repleta de
neologismos.
e) filho único, rico, pôde viajar à Europa, onde entrou
em contato com as idéias vanguardistas, que
divulgaria no Brasil.
45. (UFPI) A frase "Ai, que preguiça" é característica
identificadora de um personagem da literatura
brasileira chamado:
a) Sinhá Vitória.
b) Quincas Berro D'água.
c) Macunaíma.
d) Simão Bacamarte.
e) Tonico Bastos.
46. (UFRS) Sobre Macunaíma, de Mário de Andrade, é
correto afirmar que
a) narra as aventuras de um personagem que
percorre boa parte do território brasileiro para
encontrar um animal de estimação.
b) expõe a trajetória de três irmãos que se unem para
enfrentar Wenceslau Pietro Pietra, um aristocrata
paulista inimigo das vanguardas modernistas.
c) narra as aventuras de um personagem malandro
em busca de um amuleto que ele descobrE1 estar
sob os cuidados de Wenceslau Pietro Pietra.
d) relata as experiências de um herói sem nenhum
caráter que, ao conviver com operários e
camponeses, engaja-se em uma organização
sindical.
e) relata uma série de lendas do folclore brasileiro
para ilustrar a trajetória do herói da narrativa, um
índio nascido no início da colonização do Brasil.
47. (FEI-SP)
Macunaíma estendeu os braços sussurrando: - Ai!...
que preguiça!...
— Ora vamos!... Vamos?
— Pois sim...
Então Piaimã fez pra ele como fizera pro
chofer, carregou o herói nas costas de cabeça pra baixo
prendidos os pés nos buracos das orelhas.
A respeito do fragmento acima, marque a alternativa
correta.
a) nesse famoso romance moderno, Mário de Andrade
limita-se à crítica da burguesia e seus valores de
vida corrompidos
b) nesse conto, Oswald de Andrade analisou um
"herói sem nenhum caráter"
c) nessa "rapsódia", como a designou o autor, Mário
de Andrade, fica caracterizado o caráter indolente
do herói
d) d) Mário de Andrade, cognominado o "Papa do
Modernismo", também escreveu Libertinagem e
Estrela da tarde
e) nessa obra, Mário de Andrade rejeita o modo de ser
do brasileiro e critica o Parnasianismo
48. (Puccamp-SP) Leia com atenção o seguinte
excerto de Amar, verbo intransitivo, de Mário de
Andrade:
Vejam por exemplo a Alemanha, que-dê raça mais forte?
Nenhuma. E justamente porque mais forte e indestrutível
neles o conceito de família. Os filhos nascem robustos. As
mulheres são grandes e claras. São fecundas. O nobre destino
do homem é se conservar sadio e procurar esposa
prodigiosamente sadia. De raça superior, como ela, Fraulein.
Os negros são de raça inferior. Os índios também. Os
portugueses também.
No excerto acima,
a) encontram-se as convicções autênticas do escritor
Mário de Andrade quanto à superioridade racial dos
alemães, que ele ardilosamente atribui a Fraulein,
tornando-a seu porta-voz.
b) o narrador utiliza uma técnica narrativa que gera o
máximo distanciamento entre ele e a personagem,
qual uma câmera que só capta a exterioridade de
um objeto.
c) o nacionalismo de Mário de Andrade faz com que
ele caricaturize o germanismo de Fraulein, já que o
objetivo da narrativa é demonstrar a superioridade
da cultura brasileira sobre as demais.
d) surge, provocadoramente, a tese da "superioridade
racial" do alemão, encarnada em Fraulein, que esta
deverátestar no confronto com a suposta
"inferioridade dos latinos", encarnada no
adolescente Carlos.
e) quem de fato está narrando é o chefe da família
Sousa Costa, que admira a disciplina germânica e
por esta razão contratou Fraulein como preceptora
na iniciação sexual de seu filho Carlos.
49. (Unifor-CE) "O livro promove o encontro de lendas
indígenas com a vida brasileira cotidiana, de mistura
com lendas e tradições populares. O espaço e o tempo
são arbitrários, o fantástico assume um ar de coisa
corriqueira e o lirismo da mitologia se funde a cada
passo com a piada, a brincadeira, a malandragem
nacional que seu protagonista encarna."
O texto está falando de:
a) O guarani.
b) Macunaíma.
c) Os sertões.
d) Urupês.
e) Fogo morto.
50. (UFOP-MG) Considere os poemas de PauBrasil,
abaixo transcritos, da subsérie Poemas da
Colonização, e responda às questões.
Relicário
No baile da Corte
Foi o Conde d'Eu quem disse Pra
Dona Benvinda
Que farinha de Suruí
Pinga de Parati
Fumo de Baependi
É comê bebê pitá e caí
senhor feudal
Se Pedro Segundo Vier aqui
Com história
Eu boto ele na cadeia
a) Que visão os poemas expressam das elites
dominantes do Brasil colonial?
b) Em que essa visão difere da tradição romântica?
51. (UFRS) Sobre a poesia de Oswald de Andrade é
correto afirmar que:
a) refere a cidade de São Paulo mediante imagens
crepusculares em longos poemas narrativos de
verso livre.
b) refere o contraste entre o dinamismo da cidade de
São Paulo e a sobrevivência de traços coloniais no
Brasil.
c) retoma a tradição indianista para apresentar o índio
que contesta a civilização ocidental por meio de
ritos e feitiços.
d) lança mão de sonetos para refletir sobre a
brevidade da vida, a transitoriedade do amor e a
iminência da morte.
e) explora o tema da decadência econômica do
patriarcalismo paulista ao recordar saudosamente
seus antepassados.
52. (Fuvest-SP)
Madrigal tão engraçadinho
Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje
na minha vida, inclusive o porquinho-daíndia que me
deram quando eu tinha seis anos.
Este poema, de Libertinagem, de Manuel Bandeira,
contém os títulos de outros dois poemas famosos do
mesmo livro.
a) Quais são eles?
b) Qual é o tema comum aos três textos?
53. (Fuvest-SP)
O último poema
Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais
[simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os
[diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem
[explicação.
(BANDEIRA, Manuel, Libertinagem.)
Neste texto, ao indicar as qualidades que deseja para
o "último poema", o poeta retoma dois temas centrais
de sua poesia. Um deles é a valorização da
simplicidade; o outro é
a) a verificação da inutilidade da poesia diante da
morte.
b) a coincidência da morte com o máximo de
intensidade vital.
c) a capacidade, própria da poesia, de eliminar a dor.
d) a autodestruição da poesia em um meio hostil à
arte.
e) a aspiração a uma poesia pura e lapidar, afastada
da vida.
54. (Puccamp-SP)
I. Todas as palavras sobretudo os
[barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes
[de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
II. Estavam todos deitados
Estavam todos dormindo
Deitados
Profundamente
III. Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Assinale a alternativa em que se dão indicações
corretas sobre os três importantes poemas do livro
Libertinagem, de Manuel Bandeira, aos quais
pertencem os fragmentos acima.
(Unesp-SP) As questões de números 55 e 56
baseiam-se no seguinte texto:
Relâmpago
A onça-pintada saltou tronco acima que nem um relâmpago
de rabo comprido e cabeça amarela: Zás!
Mas uma flecha ainda mais rápida que o
[relâmpago fez rolar ali mesmo
aquele matinal gatão elétrico e bigodudo
que ficou estendido no chão feito um fruto de
[cor que tivesse caído de uma árvore!
(RICARDO, Cassiano. Martim Cererê. 6. ed.
São Paulo, Nacional, 1938.)
55. O livro Martim Cererê (1928) é um dos mais
representativos da fase nacionalista, verdeamarelista
de Cassiano Ricardo. Em cada poema dessa obra
encontramos, explícita ou implicitamente, a presença
de temas e formas populares, bem como alusões a
fatos da nacionalidade. Com base na leitura de
Relâmpago, aponte:
a) a presença implícita de um elemento básico na
formação étnica brasileira.
b) dois vocábulos ou expressões que retratem o falar
cotidiano brasileiro.
I II III
a)
retomada de
uma poética
constituição
de um mito
alusão a um
sonho
b)
poética
modernista
evocação da
meninice
afirmação de
utopia
c)
defesa do
poema em
prosa
nostalgia da
mocidade
afirmação do
poema-piada
d)
posição
antilírica
instantâneo
urbano
alusão ao
Carnaval de
Schumann
e)
definição
sentimental
notícia de
jornal
alusão a
leituras da
infância
56. Com base no poema Relâmpago, aponte duas
características da literatura modernista brasileira.
57. (UFMG) Leia o poema a seguir, da autoria de
Manuel Bandeira:
Trem de ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar
Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
Sobre o poema, assinale a única afirmativa incorreta.
a) A composição baseia-se em brincadeira popular,
procedimento freqüente na poesia de Manuel
Bandeira.
b) O poema é construido a partir do ponto de vista de
um observador que vê passar um trem de ferro.
c) O ritmo primordialmente binário do poema e a
ocorrência de repetições recriam o funcionamento
da locomotiva.
d) O uso intencional dos aspectos fônicos confere
expressividade ao poema e reforça o sentido de
seu titulo.
58. (UFPI) Libertinagem é o livro que marca a ruptura
definitiva de Manuel Bandeira com a poética
tradicional. A alternativa em que o poeta enfatiza essa
ruptura é:
a) Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei.
b) Uns tomam éter, outros cocaína
Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria.
c) Andorinha, andorinha, minha cantiga é
[mais triste!
— Passei a vida à toa, à toa...
d) Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo
Quero apenas contar-te a minha ternura.
e) Estou farto do lirismo que pára e vai
[averiguar
No dicionário o cunho vernáculo de um
[vocábulo.
59. (UFF-RJ)
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. A
vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
— Diga trinta e três.
— Trinta e três... trinta e três... trinta e três... -
Respire.
........................................................................................
— O senhor tem uma escavação no pulmão
esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
— Então, doutor, não é possível tentar o
pneumotórax?
— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango
argentino.
(BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 8. ed.
Rio de Janeiro, Sabiá, 1972.)
O texto, exemplo da poética modernista, alude à
situação do indivíduo diante da morte iminente.
Indique:
a) o movimento literário anterior que vincula a morte à
extinção do sofrimento existencial do indivíduo.
b) dois traços poéticos do texto que o caracterizam
como poema modernista.
60. (UFMG) Leia o poema a seguir, de autoria de
Manuel Bandeira.
Momento num café
Quando o enterro passou
Os homens se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida
Absortos na vida
Confiantes da vida.
Um no entanto se descobriu num gesto
[largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e
[sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação
incorreta.
a) A atitude do homem atento ao enterro reduplica a
opinião do eu-lírico sobre a relação vida/morte.
b) O poema expressa uma visão materialista e irônica
do mundo ao inverter a relação tradicional entre a
alma e o corpo.
c) Um dos componentes estruturantes da lírica de
Bandeira, presente no poema, é a percepção linear
dos elementos do mundo.
d) Um traço fundamental da lírica de Bandeira,
presente no poema, é a abordagem de temas
universais a partir de elementos do quotidiano.
61. (UFU-MG) Brás, Bexiga ~ Barra Funda, de Antônio
de Alcântara Machado, é um livro cujos contos
transitam entre as poéticas da Antropofagia (vigente
na década de 20) e do Realismo Social (nascente já
no final dos anos 20), duas gerações do Modernismo
brasileiro. A partir dos fragmentos a seguir, comente
as características mencionadas referentes a essas
poéticas:
— Chi, Pepino! Você é ainda muito criança. Tu é
ingênuo, rapaz. Não conhece a podridão da nossa imprensa.
Que o quê, meu nego. Filho de rico manda nesta terra que
nem a Light. Pode matar sem medo. É ou não é, seu
Zamponi? (O monstro de rodas)
(...) Braços nus, colo nu, joelhos de fora. Sapatinhos
verdes. Bago de uva Marengo maduro para os lábios dos
amadores. (Carmela)
Os pares dançarinos maxixavam colados. No meio do
salão eram um bolo tremelicante. Dentro do círculo palerma
de mamãs, moças feias e moços enjoados. A orquestra preta
tonitroava. Alegria de vozes e sons. Palmas contentes
prolongaram o maxixe. O banjo é que ritmava os passos. (A
sociedade)
a) prosa poética: valorização de figuras de som
(musicalidade).
b) estruturas históricas de teor econômico e social
facilmente identificáveis.
c) narrativa em câmera aliada à linguagem telegráfica.
62. (UFU-MG) Assinale a única afirmação que não se
refere corretamente a Malagueta, Perus e Bacanaço,
de João Antônio:
a) Pode-se afirmar que Malagueta, Perus e Bacanaço
é um texto literário documental: o livro compõe-se
de contos que narram a trajetória sem saída de três
personagens típicas do submundo paulista no.
b) O narrador desses contos utiliza com freqüência o
discurso indireto livre e o discurso direto, obtendo
com isso uma representação realista das formas de
expressão características dos malandros de toda
espécie, dos subempregados, dos freqüentadores
de salões de jogos e de casas noturnas, dos
pequenos marginais, das prostitutas, dos excluídos
enfim que habitam nas grandes cidades brasileiras.
c) Não há qualquer idealização ou complacência com
a realidade representada nesses contos: as
personagens são o retrato das pessoas como elas
são, como elas vivem, ou melhor, sobrevivem
diante da ausência de perspectivas sociais e
efetivas. De um modo geral, não são boas nem
más, são antes o resultado das circunstâncias
extremamente adversas de sua existência.
d) Embora o narrador procure distanciarse da
narrativa passando a palavra, sempre que possível,
às personagens dos contos (o que revela sua
preocupação com um certo realismo ficcional), esse
mesmo distanciamento expressa uma outra
preocupação do escritor: o compromisso com uma
literatura de denúncia. Assim sendo, o distancia-
mento do narrador constitui um fator que ratifica
ainda mais a presença do autor nessas narrativas e
não o contrário, como se poderia supor.
e) Malagueta, Perus e Bacanaço é um texto descritivo,
sem outro objetivo senão o relato quase jornalístico
de acontecimentos que compõem o dia-a-dia do
submundo da cidade de São Paulo.
63. (PUC-RS) Leia o texto que segue:
O velho José Paulino gostava de percorrer a sua
propriedade, de andá-Ia canto por canto, entrar
pelas suas matas, olhar as suas nascentes, saber
das precisões de seu povo, dar os seus gritos de
chefe, ouvir queixas e implantar a ordem.
Andávamos muito nessas suas visitas de
patriarca. Ele parava de porta em porta, batendo
com a tabica de cipó-pau nas janelas fechadas.
Acudia sempre uma mulher de cara de
necessidade: a pobre mulher que paria os seus
muitos filhos em cama de vara e criavaos até
grandes com o leite de seus úberes de mochila.
O trecho acima pertence a , obra de , vinculada ao
Romance de 30.
a) Vidas secas - Graciliano Ramos
b) O quinze - Rachei de Queiroz
c) Menino de engenho - José Lins do Rego
d) Caetés - Graciliano Ramos
e) Fogo morto - José Lins do Rego
64. (UFMS) Sobre o romance Fogo morto, de José
Lins do Rego, é correto afirmar:
a) Este romance constitui o ponto culminante do
chamado" ciclo da cana-deaçúcar" na produção
ficcional do autor.
b) Ambientado na região canavieira do Nordeste, o
romance recria com habilidade a fala, os costumes
e as relações sociais dessa região do país.
c) Interessado na modernização tecnológica e
econômica do Nordeste, este trabalho do autor
defende vigorosamente o avanço industrial e a
implantação do capitalismo naquela região.
d) Dividido em duas partes, uma dedicada ao mestre
José Amaro, e a outra centrada no coronel Lula, o
romance contrasta vivamente essas duas persona-
gens, numa perspectiva de crítica política em que o
primeiro é a vítima indefesa do segundo.
e) A utilização do foco narrativo de primeira pessoa,
centrado no mestre José Amaro, aponta para a
adesão do autor aos valores representados por
esta personagem.
65. (Unifor-CE) Descendente de senhores de
engenho, o romancista soube fundir, numa linguagem
de forte e poética oralidade, as recordações da
infância e da adolescência, com o registro intenso da
vida nordestina colhida por dentro, através dos
processos mentais de homens e mulheres que repre-
sentam a gama étnica e social da região.
O trecho acima refere-se ao autor de
a) Grande sertão: veredas.
b) Morte e vida severina.
c) Laços de família.
d) Fogo morto. .
e) Crônica da casa assassinada.
66. (UFRN) Indique a letra que preenche corretamente
os espaços do texto:
 trata da vida de menores abandonados, vivendo à
custa de furtos e malandragens. Denuncia ,
contrapondo, permanentemente, burguesia e povo. O
primeiro romance do autor, , foi O país do carnaval.
a) A bolsa e a vida - o consumo de drogas - Nélida
PilÍon
b) O moleque Ricardo - as delinqüências juvenis -
José Lins do Rego
c) Capitães da areia - as desigualdades sociais -
Jorge Amado
d) A luta corporal- os abusos sexuais Adélia Prado
e) Os condenados - a ineficácia dos reformatórios -
Érico Veríssimo
67. (UFSC)
Tocaia Grande
No deslumbre da lua cheia cravada sobre a terra
violada, sobre o rio assassinado, sobre a morte desatada, na
hora da meia-noite, junto ao pé de mulungu, no alto do
Outeiro do Capitão, Jacinta Coroca e Natário da Fonseca, ela
com a repetição, ele com o parabelo, na tocaia, usufruíam a
beleza da paisagem. Lá embaixo, jazia Tocaia Grande
ocupada pelos jagunços e pelos cabras da Briosa.
— O melhor de tudo - disse Coroca -, não tem nada
que se compare, é aparar menino. Ver aquele peso de carne
saído de um bucho de mulher, mexer na mão da gente, vi-
vinho. Até dá vontade de chorar. No primeiro que peguei, caí
no choro.
O capitão deixou transparecer nos lábios o fio do
sorriso:
— Tu pegou um bocado de menino. Tu virou uma
senhora dona.
— Nós mudou e cresceu com o lugar. Tu também,
Natário, não é o mesmo cabra ruim de dantes.
— Possa ser.
Houve um breve silêncio e, vinda do rio, na noite
estival, a viração os envolveu numa carícia morna e espalhou
no ar o perfume do jasmineiro.
A partir do fragmento anterior e do conjunto da obra
Tocaia Grande: a face obscura, de Jorge Amado, são
corretas as proposições:
a) Trata-se de uma história ficcional em que o
narrador está ausente e não é personagem da
ação, isto é, narrativa em terceira pessoa, mas é
ele quem descreve a paisagem e dá voz a todos os
personagens.
b) Na realidade inventada de Tocaia Grande há uma
série de passagens sentimentais relacionadas à
natureza, que permitem dizer que a prosa
apresenta características poéticas.
c) A personagem Jacinta Coroca ganha profundidade
e poder de convicção quando mostra não só a face
da violência e do banditismo mas a da emoção pelo
nascimento de uma nova vida.
d) Há uma opção por uma linguagem modernista,
repleta de frases curtas, telegráficas, sem verbos,
que busca a desmontagem da paisagem e o
esvaziamento das características regionais dos
personagens.
e) Em Tocaia Grande, há uma preocupação por parte
do narrador em descrever a paisagem e os
personagens através de pormenores ou detalhes, o
que proporciona a inserção da obra de Jorge Ama-
do na exploração literária do contexto baiano.
68. (PUC-MG) Assinale a característica presente na
obra Fogo morto:
a) ficção urbana.
b) ironia.
c) introspecção.
d) experimentação na linguagem.
e) caráter social.
(PUC-RS) Instrução: Para responder às questões 69 e
70, ler o texto que segue:
— Minha velha, amanhã tenho que ganhar os
campos. Não sou marica para ficar assim dentro de
casa. As eleições estão aí e nestes últimos dias nada
tenho feito. Vou dar uma queda no José Paulino que
vai ser um estouro.
— Vitorino, eu te acho ainda muito machucado.
— Não tenho mais nada. Você viu o compadre e
o cego como estavam andando? Apanharam muito e
não ficaram de papo pro ar numa rede como mulher
parida. Um homem que se preza não deve se entregar.
Vou para a cabala, amanhã na feira de Serrinha. Quero
olhar para a cara de Manuel Ferreira. Este cachorro
vive na Serrinha roubando o povo com parte de que é
deputado. É outra safadeza de José Paulino, deixar que
vá para a Assembléia do Estado um tipo como Manuel
Ferreira. Boto abaixo tudo isto.
69. Considerando a * das personagens, a linguagem
sem marcas significativas de * e a temática reveladora
das estruturas históricas brasileiras, é possível
associar o texto de José Lins do Rego ao romance *.
a) verossimilhança - preciosismo - modernista
b) configuração - nacionalismo - realista
c) indefinição - preciosismo - pré-modernista
d) verossimilhança - regionalismo - de 30
e) indefinição - verossimilhança - naturalista
70. Vitorino, personagem de *, de José Lins do Rego,
conversa com sua esposa sobre os motivos que o
impelem a sair de casa após ter sido surrado por
questões políticas. Demonstra uma atitude * e *, já que
pretende enfrentar o poder de José Paulino.
a) Vidas secas - estéril – oportunista
b) Fogo morto - ingênua – sonhadora
c) Vidas secas - valente - impulsiva
d) Fogo morto - realista - ufanista
e) Menino de engenho - infantil - romântica
71. (UFRS) Assinale a afirmação incorreta sobre o
Romance de 30.
a) Os escritores retomaram a preocupação com a
verossimilhança do romance realista, buscando
maior fidelidade à história de seu tempo.
b) Ao contrário dos modernistas de 22, os escritores
não utilizaram grandes inovações formais, e sua
linguagem segue a tradição do Realismo do século
XIX.
c) Predomina a temática agrária, que serve para
denunciar as mazelas do subdesenvolvimento do
país.
d) Os escritores expressam uma visão crítica em
relação ao mundo social, político e econômico por
eles retratados.
e) Os romances de temática urbana retratam os
hábitos e costumes de grupos populares que se
organizam para confrontos públicos com a
burguesia.
72. (Fuvest-SP) São obras do mesmo autor de Vidas
secas:
a) Jubiabá, Mar morto
b) Usina, Fogo morto
c) O quinze, Caminho de pedras
d) Angústia, São Bernardo
e) A bagaceira, Coiteiras
73. (Fuvest-SP) O capítulo "O mundo coberto de
penas", do romance Vidas secas (Graciliano Ramos),
inicia-se com a seguinte descrição feita pelo narrador:
O mulungu do bebedouro cobria-se de
arribações. Mau sinal, provavelmente o sertão ia
pegar fogo. Vinham em bandos, arranchavam-se
nas árvores da beira do rio, descansavam, bebiam
e, como em redor não havia comida, seguiam
viagem para o sul. O sol chupava os poços, e
aquelas excomungadas levavam o resto da água,
queriam matar o gado.
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano
resmungou, franziu a testa, achando a frase
extravagante. Aves matarem bois e cabras, que
lembrança! (...) Um bicho de penas matar o gado!
Provavelmente Sinhá Vitória não estava
regulando.
a) Sinhá Vitória vê a chegada das aves ao bebedouro
do gado como um sinal. De acordo com o enredo de
Vidas secas, o que simboliza a chegada das aves?
b) Transcreva, do trecho citado, uma passagem que
confirme a resposta dada ao item anterior.
c) Como o sinal identificado por Sinhá Vitória pode ser
relacionado à trajetória da família de Fabiano, em
Vidas secas?
74. (Fuvest-SP) E, pensando bem, ele não era
homem: era apenas um cabra ocupado em guardar
coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos
azuis, a barba e os cabelos ruivos: mas como vivia em
terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se,
encolhiase na presença dos brancos e julgava-se
cabra.
Este é o retrato de Fabiano, do livro Vidas secas, de
Graciliano Ramos.
a) Por que o autor enumera os caracteres físicos de
Fabiano?
b) Que sentido tem a palavra cabra no texto?
75. (Fuvest-SP) Em determinada época, o romance
brasileiro "procurou (...) enraizar fortemente as suas
histórias e os seus personagens em espaços e tempos
bem circunscritos, extraindo de situações culturais
típicas a sua visão do Brasil."
(Alfredo sosi)
Esta afirmação aplica-se a
a) Vidas secas e Fogo morto.
b) Macunaíma e A hora da estrela.
c) A hora da estrela e Serafim Ponte Grande.
d) Fogo morto e Serafim Ponte Grande.
e) Vidas secas e Macunaíma.
76. (PUC-SP) Vidas secas pertence à segunda fase do
Modernismo, marcada pela prosa regionalista. Não se
refere a autor e livro dessa fase
a) Érico Veríssimo - Um certo capitão Rodrigo
b) Jorge Amado - Terras do sem-fim
c) Rachei de Queiroz - O quinze
d) Franklin Távora - O cabeleira
e) José Lins do Rego - Menino de engenho
77. (PUC-SP) O mulungu do bebedouro cobria-se de
arribações. Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar
fogo. Vinham em bandos, arranchavam-se nas árvores
da beira do rio, descansavam, bebiam e, como em
redor não havia comida, seguiam viagem para o Sul. O
casal agoniado sonhava desgraças. O sol chupava os
poços, e aquelas excomungadas levavam o resto da
água, queriam matar o gado. (...) Alguns dias antes
estava sossegado, preparando látegos, consertando
cercas. De repente, um risco no céu, outros riscos, mi-
lhares de riscos juntos, nuvens, O medonho rumor de
asas a anunciar destruição. Ele já andava meio
desconfiado vendo as fontes minguarem. E olhava
com desgosto a brancura das manhãs longas e a
vermelhidão sinistra das tardes. (...)
(Graciliano Ramos)
O texto integra o romance Vidas secas. A linguagem
sintética caracteriza um texto enxuto e conciso, não
porém destituído de marcas poéticas que dão a ele
colorido e visual idade.
a) Considerando o romance como um todo, o que
prenuncia o trecho em questão?
b) Destaque, no trecho dado, o elemento que indicia o
que vai acontecer.
78. (Fuvest-SP) O menino mais novo teve uma dúvida
e apresentou-a timidamente ao irmão. Seria que aquilo
tinha sido feito por gente? O menino mais velho
hesitou, espiou as lojas, as toldas iluminadas, as
moças bem vestidas. Encolheu os ombros. Talvez
aquilo tivesse sido feito por gente. Nova dificuldade
chegoulhe ao espírito, soprou-a no ouvido dó irmão.
Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O
menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim,
com certeza as preciosidades que se exibiam nos
altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham
nomes. Puseramse a discutir a questão intrincada.
Como podiam os homens guardar tantas palavras?
Era impossível, ninguém conservaria tão grande soma
de conhecimentos. Livres dos nomes, as coisas
ficavam distantes, misteriosas. Não tinham sido feitas
por gente. E os indivíduos que mexiam nelas
cometiam imprudência. Vistas de longe, eram bonitas.
Admirados e medrosos, falavam baixo para não
desencadear as forças estranhas que elas porventura
encerrassem.
(Graciliano Ramos. Vidas secas.)
A escassez da linguagem verbal é um dos traços mais
marcantes dos sertanejos de Vidas secas. Em vários
episódios do livro examinam-se os efeitos dessa
carência na vida das personagens,
a) Que resultado dessa carência aparece no trecho
acima?
b) Mencione outra passagem do livro em que essa
carência se manifesta, apontando suas conseqüências
para a personagem.
79. (Vunesp-SP)
Antes de iniciar este livro, imaginei construí-Io pela
divisão do trabalho.
Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram
de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das
letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e
as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a
ortografia e a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição
tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio
Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro.
Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de
agricultura e pecuária, faria as despesas e poria o meu
nome na capa.
(Graciliano Ramos)
O trecho pertence a uma das principais obras de
Graciliano Ramos, Vários personagens estão aí
citados. O protagonista, que é também o narrador, é
bastante citado pela crítica como símbolo do arrivismo,
característico dos que aspiram ao poder. Trata-se de:
a) um prefeito de Palmeira dos índios, em Alagoas,
que é o próprio Graciliano Ramos.
b) um jornalista chamado Luís da Silva.
c) um comerciá rio, que tentava escrever um livro
sobre uma tribo de índios, chamado João Valério.
d) um fazendeiro, chamado Paulo Honório.
e) um veterinário, metido a escritor, chamado Luís
Padilha.
80. (FEI-SP) Assinale a alternativa que apresenta erro
na correlação autor/obra:
a) O tempo e o vento - Érico Veríssimo
b) Mar morto - Jorge Amado
c) Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles
d) Brejo das almas - Carlos Drummond de Andrade
e) Fogo morto - Graciliano Ramos
(PUC-SP) Os trechos a seguir foram extraídos de
diferentes capítulos da obra São Bernardo, de
Graciliano Ramos. A partir deles, responda às
questões de números 80 e 81.
RESOLVI estabelecer-me aqui na minha terra,
município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a
propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário
de cinco tostões. (Cap. 4)
AMANHECI um dia pensando em casar. Foi uma
idéia que me veio sem que nenhum rabo de saia a
provocasse. Não me ocupo com amores, devem ter notado, e
sempre me pareceu que mulher é um bicho esquisito, difícil
de governar. (Cap. 11)
CONHECI que Madalena era boa em demasia, mas
não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco,
e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes,
a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
(Cap. 19)
81. A propósito dos trechos mencionados, é possível
considerar que:
a) indicam o único objetivo de Paulo Honório que é
possuir as terras de S. Bernardo.
b) representam meros marca dores temporais, já que,
nesse romance, o tempo não tem importância na
técnica narrativa.
c) indiciam mudanças de acontecimentos narrativos,
os quais se colocam como pilares estrutura dores
do romance.
d) focalizam a preocupagão do narrador personagem,
que é dissociar os níveis de propriedade - terra e
mulher.
e) constituem eventos narrativos cuja função é
apresentar Paulo Honório como herói cruel e, ao
mesmo tempo, vitorioso.
82. As palavras ou expressões oferecem, aos falantes
de uma língua, multiplicidade de uso, definindo-se
seus significados na situação em que ocorrem. Veja, a
esse exemplo, a expressão "no eito", no primeiro
trecho.
Levando em conta:
I. o verbete no dicionário, definido como 1. Seqüência
ou série de coisas que estão na mesma direção ou
linha. 2. Bras. Limpeza de uma plantação por
turmas que usam enxadas. 3. Bras. Roça onde
trabalhavam escravos. A eito = a fio; a seguir. (et.
Buarque de Holanda, l' ed., p. 501)
II. O emprego no trecho apresentado, você poderia
afirmar que ela se refere a:
a) trabalhar com astúcia.
b) trabalhar com afinco.
c) trabalhar com resignação.
d) trabalhar com prazer.
e) trabalhar com revolta.
83. (ITA-SP) Com relação ao excerto:
Resolvera de supetão aproveitá-Io (o papagaio) como
alimento e justificara-se declarando a si mesma que
ele era mudo e inútil. Não podia deixar de ser mudo.
Ordinariamente a família falava pouco. E depois
daquele desastre viviam todos calados, raramente
soltavam palavras curtas. O louro aboiava, tangendo
um gado inexistente, e latia arremedando a cachorra.
pode-se afirmar que:
I. faz parte do romance em que o autor descreve a
realidade a partir da visão do sertanejo, associando
a psicologia das personagens com as condições
naturais e sociais em que estão inseridas.
II. faz parte da obra São Bernardo, romance em que o
autor questiona o latifúndio e as relações humanas,
associando a psicologia das personagens com as
condições naturais e sociais em que estão
inseridas.
III. faz parte da obra Vidas secas, romance em que o
autor procurou denunciar a degradação humana
decorrente de condições sociais e ecológicas
adversas e o processo de revolução da estrutura
social e econômica na paisagem açucareira do
Nordeste, latifundiária e patriarca lista.
Está(ão) correta(s):
a) apenas a I.
b) as afirmações I e II.
c) apenas a lI.
d) as afirmações I e III.
e) apenas a III.
84. (UFPI) Existe em Vidas secas uma identificação
entre personagens e cores. A alternativa em que a
identificação não está correta é:
a) Fabiano - rosto queimado, barba ruiva, olhos azuis
b) Sinhá Vitória - saia de ramagens vermelhas
c) Seu Tomás da bolandeira - amarelo, sisudo
d) Soldado - branco, faces coradas
e) Baleia - barriguinha vermelha
85. (UFMS) Assinale a(s) alternativa(s) correta(s):
a) No romance Vidas secas, de Graciliano Ramos,
paisagem e linguagem tendem a se fundir: a
escassez da fala das personagens encontra
paralelo na aridez do cenário do semi-árido
nordestino.
b) Ponto alto do chamado" ciclo da canade-açúcar" na
produção literária de José Lins do Rego, Fogo
morto traça um painel crítico e sensível da
decadência do mundo construído em torno da
economia açucareira no Nordeste.
c) Embora as manifestações diretas das personagens
da família que protagoniza o romance sejam raras,
o romance nos permite penetrar nos desejos e
pensamentos de cada uma delas através do uso
habilidoso do discurso indireto livre.
d) É possível identificar na composição das relações
sociais, nos valores éticos, na visão da sexualidade
e dos aspectos econômicos no romance de José
Lins do Rego a influência do estudo Casa grande &
senzala, de Gilberto Freyre.
e) Pode-se dizer que, enquanto o romance de
Graciliano Ramos traça um quadro profundamente
crítico da sociedade e da economia nordestinas, o
trabalho de José Lins do Rego tende a revelar certo
tom nostálgico com relação a um mundo
irremediavelmente perdido.
86. (IMS-SP) Se não fosse aquilo... Nem sabia. O fio
da idéia cresceu, engrossou - e partiu-se. Difícil
pensar. Vivia tão agarrado aos bichos... Nunca vira
uma escola. Por isso não conseguia defender-se, botar
as coisas nos seus lugares. O demônio daquela
história entravalhe na cabeça e saía. Era para um
cristão endoidecer. Se lhe tivessem dado ensino,
encontraria meio de entendê-Ia. Impossível, só sabia
lidar com bichos.
Nesse trecho percebemos que Fabiano, a personagem
de Vidas secas, busca se expressar, mas lhe
a) faltam palavras, não se formam pensa mentos
claros, não é capaz de organizar a linguagem.
b) falta coragem, o soldado amarelo sempre aparece
em seus pensamentos, trazendo-lhe medo.
c) falha o raciocínio, pois está perdendo o juízo,
endoidecendo.
d) atormenta a idéia de que o demônio o persegue.
e) é impossível, pois não pára em nenhum lugar, vive
partindo.
87. (UFRS) Assinale a afirmação correta sobre o
Romance de 30.
a) Predominou, entre os autores, uma preocupação de
renovação estética seguindo os padrões da
vanguarda literária européia.
b) Na obra de José Lins do Rego, predomina a
narrativa curta na recriação do modo de vida dos
senhores de engenho.
c) Os autores, em suas obras, te matizaram os
problemas sociais com o intuito de denunciar as
agruras das populações menos favorecidas.
d) O caráter regionalista dos romances deste período
deve-se à reprodução fiel do linguajar típico de
cada região.
e) A obra de Jorge Amado pode ser considerada uma
exceção, no conjunto da época, porque seus
romances apresentam uma grande inovação na
estrutura narrativa.
88. (UFRS) Considere as seguintes afirmações sobre
a obra de Graciliano Ramos:
I. Vidas secas retrata o drama .de uma família de
sertanejos na luta pela sobrevivência num mundo
assolado pela seca e estruturado a partir de um
modelo socioeconômico injusto.
II. Em São Bernardo, o autor narra a trajetória de
Paulo Honório, desde sua ascensão econômica e
social até sua absoluta decadência, revelando o
momento de transformações históricas nas
décadas de 20 e 30 no Brasil.
III. Infância é uma autobiografia na qual o autor conta,
em tom nostálgico, os anos de prosperidade de sua
família, abordando com carinho a figura paterna.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.
89. (Puccamp-SP) Aparentemente resignado, sentia
um ódio imenso, a qualquer coisa que era ao mesmo
tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os
agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele.
Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas
às vezes se arreliava. Não havia paciência que
suportasse tanta coisa.
Os termos destacados no trecho, de Vidas secas,
indicam que, para Fabiano,
a) as opressões da vida não eram invencíveis, já que
seu ódio ou sua paciência, alternando-se,
permitiam-lhe enfrentáIas do modo que lhe fosse
mais conveniente.
b) tudo era motivo de indignação, uma vez que seu
pensamento confuso não distinguia entre os
verdadeiros inimigos e os possíveis aliados.
c) os diferentes antagonismos misturavam-se e
confundiam-se em sua limitada capacidade de
análise, o que lhe impedia qualquer reação objetiva.
d) nada era especialmente revoltante, porque ele
avaliava com acerto as forças de seus oponentes e
acabava> adotando uma posição fatalista.
e) a vida dos retirantes na caatinga era uma lição de
conformismo, nada podendo ser feito contra as
vicissitudes do clima que estará sempre a castigá-I
os.
90. (Puccamp-SP) Como não sabia falar direito, o
menino balbuciava expressões complicadas, repetia as
sílabas, imitava os berros dos animais, o barulho do vento, o
som dos galhos que rangiam na caatinga, roçando-se.
(...)
Não era propriamente conversa: eram frases soltas,
espaçadas, com repetições e incongruências. Às vezes uma
interjeição gutural dava energia ao discurso ambíguo.
O fato de que as personagens centrais de Vidas secas
expressam-se conforme indicam os fragmentos acima
levou Graciliano Ramos, nesse romance, a
a) ocupar-se com cenas basicamente descritivas,
como um criador que não tem a opção dos diálogos
nem tampouco acesso ao pensamento informe de
suas criaturas.
b) compor um conjunto de episódios isolados,
desconsiderando a cronologia ou qualquer outro
critério de encadeamento das ações.
c) elaborar seu próprio estilo num registro imitativo,
num discurso entre cortado e vago, que inutilmente
procura a expressão exata.
d) adotar formas de discurso indireto toda vez que
desejou traduzir o pensamento nebuloso e
fragmentário de suas personagens.
e) criar um narrador que, desvinculado dos desejos e
sentimentos das personagens, busca interpretá-Ios
a partir de seus gestos ou expressões faciais.
91. (UFGO) De acordo com Alfredo Sosi, "Somos hoje
contemporâneos de uma realidade econômica, social,
política e cultural que se estruturou depois de 1930".
(História concisa da literatura brasileira. 2. ed. São Paulo,
Cultrix. p. 429.)
Dentro desse quadro de estruturação, têm um valor
singular os romances de 30. Assim pode-se afirmar
que:
a) em Vidas secas, Graciliano Ramos apresenta um
quadro social dos retirantes nordestinos que, ao
longo da narrativa, vão perdendo a identidade indi-
vidual, a ponto de serem apenas inconveniências
humanas.
b) a literatura desse período, nomeada de regionalista,
parte dos problemas sociais de uma região para
enquadrá-Ia numa situação tipicamente brasileira,
envolvendo sobretudo a injustiça e, como
conseqüência, a miséria.
c) não eram preocupações de José Lins do Rego e
Rachei de Queiroz nem a situação de decadência
das propriedades rurais, nem o castigo imposto
pela seca nordestina.
d) embora tenham o objetivo de denunciar uma
realidade social, os romances de 30 distinguem-se
de outras obras de caráter panfletário porque se
destacam pelo apuro estético.
92. (Fuvest-SP) Leia atentamente o texto:
Dados biográficos
Mas que dizer do poeta
numa prova escolar?
Que ele é meio pateta
e não sabe rimar?
Que veio de Itabira, terra longe e ferrosa?
E que seu verso vira,
de vez em quando, prosa?
(...)
Que encontrou no caminho
uma pedra e, estacando,
muito riso escarninho
o foi logo cercando?
Esses "dados biográficos" são do poeta:
a) Jorge de Lima
b) Manuel Bandeira
c) João Cabra I de Meio Neto
d) Carlos Orummond de Andrade
e) Guilherme de Almeida
93. (FCC-SP)
I. Moderno e versátil, Vinicius de Moraes compõe,
com maestria, tanto letras para canções populares
como poemas dentro dos mais estritos padrões
clássicos.
II. Cecília Meireles caracterizou sua poesia pela
constante sugestão de sombra, identificação e
ausência; mas soube também incorporar a matéria
histórica em uma das suas mais importantes obras.
III. A Moreninha narra, em linguagem presa ao modelo
lusitano, a história de um amor impossível entre um
jovem da aristocracia imperial do Brasil e uma
mestiça.
Assinale a alternativa correta:
a) Só a proposição I é correta.
b) Só a proposição II é correta.
c) Só a proposição III é correta.
d) São corretas as proposições I e II.
e) São corretas as proposições II e III.
94. (Vunesp-SP) Romanceiro da Inconfidência, poema
épico-lírico, foi feito em homenagem aos heróis de Vila
Rica, hoje Ouro Preto. Além do valor literário, é de
extraordinário valor histórico, uma vez que retrata a
época da mineração e os ideais daqueles que se
levantaram contra a exploração de que éramos
vítimas. Quem escreveu esta obra também nos legou
estes versos:
Eu canto porque o instante existe e a minha
vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Trata-se de:
a) Cecília Meireles.
b) Tomás Antônio Gonzaga.
c) Lygia Fagundes Telles.
d) Carlos Orummond de Andrade.
e) Rachel de Queiroz.
95. (PUC-RS)
Então desanimamos. Adeus, tudo!
A mala pronta, o corpo desprendido,
resta a alegria de estar só e mudo.
Os versos anteriores demonstram um dos traços
marcantes da poesia de Carlos Drummond de
Andrade, que é o:
a) misticismo
b) euforismo
c) desencanto
d) radicalismo
e) egocentrismo
96. (Cesesp-PE) Assinale a série em que todas as
obras são de Carlos Drummond de Andrade:
a) Brejo das almas, Paulicéia desvairada, Fazendeiro
do ar
b) Lição de coisas, Amar, verbo intransitivo, Contos
de aprendiz
c) Confissões de Minas, Câmara ardente, Broquéis
d) Claro enigma, Clã do jabuti, Kyriale
e) Sentimento do mundo, A rosa do povo, Claro
enigma
97. (PUC-RS) O livro de Cecília Meireles que evoca os
"tempos do ouro" denomina-se:
a) Romanceiro da Inconfidência
b) Balada para EI-Rei
c) Vaga música
d) Retrato natural
e) Romance de Santa Clara
98. (PUC-RS) Não faça versos sobre acontecimen-
tos. / Não há criação nem morte perante a poe-
sia. / Diante dela, a vida é um sol estático. / Não
aquece nem ilumina.
Uma constante na obra poética de Carlos Drummond
de Andrade, como se verifica nos versos acima, é:
a) a louvação do homem social.
b) o negativismo destrutivo.
c) a violação e desintegração da palavra.
d) o questionamento da própria poesia.
e) o pessimismo lírico.
99. (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões)
verdadeira(s) com relação a Carlos Drummond de
Andrade.
a) Carlos Drummond de Andrade, representante mais
alto da prosa realista brasileira, preocupou-se em
escrever sobre a vida dos italianos de São Paulo. É
o que se pode depreender da leitura das obras
Brás, Bexiga e Barra Funda.
b) Em Contos de aprendiz, o autor se apega ao
misticismo e à religiosidade, através de uma
temática de caráter nacional, o índio.
c) Carlos Drummond de Andrade publica Contos de
aprendiz em 1951, depois de já ser um reconhecido
poeta das letras naCionaiS.
d) No conto O sorvete, o narrador-personagem fala
da decepção que lhe causou o primeiro sorvete,
nos idos de 1916, quando estudante interno em um
colégio em Belo Horizonte.
e) Em Vocês, criados em cidade grande, não se
espantem com esse jeito de nossa infância do
interior. Ah, no interior se briga muito. Até mesmo
no meu Estado, símbolo de ordem e moderação,
terra de bois pacíficos e de políticos suaves e bem
comportados..., Carlos Drummond de Andrade
satiriza os costumes dos habitantes de sua terra
natal, o estado da Bahia.
100. (Unifor-CE) Identifique os versos que re-
presentam o lirismo irônico de Carlos Drummond de
Andrade, ao falar de suas origens.
a) Sou bem-nascido. Menino,
Fui, como os demais, feliz.
Depois veio o mau destino
E fez de mim o que quis.
b) Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
c) Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.
d) Capiberibe
– Capibaribe
Lá longe o sertãozinho de Caxangá
Banheiros de palha
e) Cadê você meu país do Nordeste
que eu não vi nessa Usina Central Leão
[de minha terra?
Ah! Usina, você engoliu os bangüezinhos
[do país das Alagoas!
101. (Puccamp-SP)
Sentimental
Ponho-me a escrever teu nome
com letras de macarrão.
No prato, a sopa esfria, cheia de escamas
e debruçados na mesa todos contemplam
esse romântico trabalho.
Desgraçadamente falta uma letra,
uma letra somente
para acabar teu nome!
– Está sonhando? Olhe que a sopa esfria!
Eu estava sonhando...
E há em todas as consciências um cartaz
[amarelo:
Neste país é proibido sonhar.
(Carlos Orummond de Andrade)
Este poema é caracteristicamente modernista porque
nele:
a) a uniformidade dos versos reforça a simplicidade
dos sentimentos experimentados pelo poeta.
b) tematiza-se o ato de sonhar, valorizando-se o modo
de composição da linguagem surrealista.
c) satiriza-se o estilo da poesia romântica, defendendo
os padrões da poesia clássica.
d) a linguagem coloquial dos versos livres apresenta
com humor o lirismo encarnado na cena cotidiana.
e) o dia-a-dia surge como novo palco das sensações
poéticas, sem imprimir alteração profunda na
linguagem lírica.
102. (Vunesp-SP) Se quisermos citar dois grandes
escritores nacionais cuja obra aborda a vida, os
costumes e conflitos do nosso camponês,
especificamente dos habitantes dos sertões de Minas
Gerais e do Nordeste, teremos:
a) Machado de Assis e Jorge Amado.
b) José de Alencar e Aluísio de Azevedo.
c) Érico Veríssimo e Raul Pompéia.
d) Mário Palmério e Érico Veríssimo.
e) Guimarães Rosa e Graciliano Ramos.
103. (lTA-SP) Desde o início, nota-se-Ihe o esforço em
querer atingir as camadas mais profundas da
consciência humana, buscando o significado da
existência e da própria atividade de escrever. Por isso,
em suas obras, o interesse principal não está no
desenvolvimento do enredo; o que lhe importa é
investigar a repercussão que os fatos têm sobre a
consciência dos personagens. Trata-se de uma
literatura introspectiva, que mergulha fundo no interior
do ser humano para revelar suas dúvidas e
inquietações. Ou nas suas próprias palavras: "Tenho
medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe.
Perigo de mexer no que está ocultá - e o mundo não
está à tona, está oculto em suas raízes submersas em
profundidade de mar".
As informações acima referem-se a:
a) Graciliano Ramos
b) Dalton Trevisan
c) Clarice Lispector
d) Nélson Rodrigues
e) Mário de Andrade
104. (UFRS) Considere as seguintes afirmações sobre
Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa.
I. O autor rompe as fronteiras entre a prosa
narrativa e a lírica, criando uma linguagem
revolucionária que mistura onomatopéias,
aliterações, neologismos e arcaísmos.
II. Para o personagem-narrador Riobaldo, o ato de
contar a um interlocutor seu passado de
aventuras como membro de um bando de
jagunços permite o questionamento e a
reavaliação do significado de sua trajetória.
III. Ao longo da narrativa, Riobaldo busca resposta
para um de seus principais conflitos, a dúvida
sobre a existência de deus e do diabo.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
105. (UCDB-MT) Dentre as obras a seguir, qual não
se filia à segunda geração modernista?
a) Laços de família
b) Olhai os lírios do campo
c) Vidas secas
d) Terras do sem-fim
e) Memórias do cárcere
106. (FCC-SP) Em Grande sertão: veredas, de
Guimarães Rosa, ergue-se como presença
dominadora a Terra bruta dos confins de Minas
Gerais; as personagens figuram o Homem endurecido
pela rude lida do sertão; e o enredo é a Luta épica
entre grupos de jagunços. Esses três elementos
estruturais lembram uma semelhança básica com:
a) O sertão, de Coelho Neto.
b) Canaã, de Graça Aranha.
c) Os caboclos, de Waldomiro Silveira.
d) Urupês, de Monteiro Lobato.
e) Os sertões, de Euclides da Cunha.
107. (UFPR) A obra Grande sertão: veredas, de
Guimarães Rosa:
a) continua o regionalismo de fins do século passado,
sem grandes inovações.
b) exprime problemas humanos, em estilo
próprio, baseado na contribuição lingüística
regional.
c) descreve tipos de várias regiões do Brasil, na
tentativa de documentar a realidade brasileira.
d) fixa os tipos regionais, com precisão científica.
e) idealiza o tipo sertanejo, continuando a tradição de
Alencar.
108. (UFRS) O romance de Clarice Lispector:
a) fiIia-se à ficção romântica do século XIX, ao criar
heroínas idealizadas e mitificar a figura da mulher.
b) define-se como literatura feminista por
excelência, ao propor uma visão da mu lher
oprimida num universo masculino.
c) prende-se à crítica de costumes, ao analisar com
grande senso de humor uma sociedade urbana em
transformação.
d) explora até as últimas conseqüências, utilizando
embora a temática urbana, a linha do romance
neonaturalista da Geração de 30.
e) renova, define e intensifica a tendência
introspectiva de determinada corrente de ficção da
2ª geração moderna.
109. (FEI-SP) Relacione autor e obra, colocando entre
os parênteses o número correspondente ao autor:
I. Carlos Drummond de Andrade
II. Olavo Bilac
III. José de Alencar
IV. IV Mário de Andrade
V. V Clarice Lispector
( ) 1. O gaúcho
( ) 2. A maçã no escuro
( ) 3. Claro enigma
( ) 4. O caçador de esmeraldas
( ) 5. Amar, verbo intransitivo
A seqüência correta é:
a) I.3 – II.4 – III.1 – IV.5 – V.2.
b) I.2 – II.3 – III.4 – IV.1 – V.5.
c) I.5 – II.1 – III.3 – IV.4 – V.2.
d) I.2 – II.4 – III.1 – IV.5 – V.3.
e) I.1 – II.5 – III.2 – IV.3 – V.4.
110. (UFPI) Grande sertão: veredas, romance de
Guimarães Rosa, revela a presença de vários
personagens, dos quais um faz pacto com o diabo.
Este personagem é
a) Joca Ramiro
b)Riobaldo
c) Diadorim
d) Hermógenes
e) Augusto Matraga
111. (Unifor-CE) A obra-prima de *é sem dúvida*,
romance que deveria ter sido uma das novelas de
Sagarana, mas que se ampliou até às dimensões
atuais e se revelou a expressão máxima do modo de
vida e do imaginário do nosso sertanejo, protagoniza-
do por*, que é também o narrador.
Devo registrar aqui uma alegria. É que a
moça num aflitivo domingo sem farofa teve
uma inesperada felicidade que era inexplicá-
vel: no cais do porto viu um arco-íris. Expe-
rimentando o leve êxtase, ambicionou logo
outro: queria ver, como uma vez em Maceió,
espocarem mudos fogos de artifício. Ela quis
mais porque é mesmo uma verdade que quando
se dá a mão, essa gentinha quer todo o resto,
o zé-povinho sonha com fome de tudo. E quer
mas sem direito algum, pois não é?
(Clarice Lispector. A hora da estrela.)
Assinale a alternativa que preenche corretamente as
lacunas do texto acima.
a) Euclides da Cunha - Os sertões - Antônio
Conselheiro.
b) Guimarães Rosa - Grande sertão: veredas -
Riobaldo.
c) Graciliano Ramos - São Bernardo - Paulo Honório.
d) Machado de Assis - Dom Casmurro - Bentinho.
e) Jorge Amado - Jubiabá – Antônio Balduíno.
112. (UFSE) Considere as seguintes associações:
I. Guimarães Rosa - Regionalismo universalizante -
Corpo de baile
II. Clarice Lispector - Interiorização da experiência - A
paixão segundo G. H.
III. Jorge Amado - Regionalismo tradicional -
Sagarana
IV. Érico Veríssimo - Saga regionalista - O tempo e o
vento
Há correta associação dos elementos em:
a) I, II e III.
b) I, II e IV
c) I, II, III e IV.
d) I, III e IV
e) II, III e IV.
113. (Fuvest-SP)
o trecho em destaque no excerto acima apresenta,
como recurso estilístico, o emprego irônico:
a) da metalinguagem, para desmistificar o caráter
ficcional da narrativa.
b) do clichê, para revelar a distinção entre linguagem
culta e linguagem popular.
c) dos diminutivos, para satirizar a passividade das
classes populares.
d) da frase feita, para criticar o preconceito
antipopular.
e) e) da metalinguagem, para criar distancia mento
crítico entre o narrador e a personagem.
114. (Fuvest-SP)
Será que eu enriqueceria este relato se
usasse alguns difíceis termos técnicos? Mas aí que
está: esta história não tem nenhuma técnica, nem
de estilo, ela é ao deus-dará. Eu que também
não mancharia por nada deste mundo com
palavras brilhantes e falsas uma vida parca como
a da datilógrafa.
(Clarice Lispector. A hora da estrela.)
Em A hora da estrela, o narrador questiona-se quanto
ao modo e, até, à possibilidade de narrar a história. De
acordo com o trecho anterior, isso deriva do fato de ser
ele um narrador:
a) iniciante, que não domina as técnicas necessárias
ao relato literário.
b) pós-moderno, para quem as preocupações de estilo
são ultrapassadas.
c) impessoal, que aspira a um grau de objetividade
máxima no relato.
d) d) objetivista, que se Preocupa apenas com a
precisão técnica do relato.
e) e) autocrítico, que percebe a inadequação de um
estilo sofisticado para narrar a vida popular.
115. (Puccamp-SP) Leia com atenção os seguintes
excertos de contos do livro Laços de família, de Clarice
Lispector:
Mas ninguém poderia adivinhar o que ela
pensava. E para aqueles que junto da porta ainda a
olharam uma vez, a aniversariante era apenas o que
parecia ser: sentada à cabeceira da mesa imunda,
com a mão fechada sobre a toalha como encerrando
um cetro, e com aquela mudez que era a sua última
palavra.
(Feliz aniversário)
Olhando os móveis limpos, seu coração se
apertava um pouco em espanto. Mas na sua vida não
havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto
- ela o abafava com a mesma habilidade que as lides
em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer
compras ou levar objetos para consertar, cuidando do
lar e da família à revelia deles.
(Amor)
Em ambos os excertos destaca-se um dos temas
estruturadores do livro Laços de família, já que nele a
autora:
a) explora o imaginário feminino, cuja na tureza
idealizante liberta a mulher de qualquer
preocupação existencial.
b) denuncia o conformismo burguês da mulher,
fazendo-nos ver que seus inúteis devaneios a
afastam da realidade.
c) satiriza a hipocrisia dos laços familiares, propondo
em lugar deles a harmonia de um mundo
politicamente mais aberto e mais democrático.
d) desvela as tensões entre o universo íntimo e
complexo da mulher e as condições objetivas do
cotidiano em que ela deve desempenhar seu papel.
e) revela a solidez íntima da mulher, mais preparada
para o sucesso das relações familiares do que o
homem, obcecado por valores materiais.
116. (Puccamp-SP)
E desse modo ele se doeu no enxergão, muitos
meses, porque os ossos tomavam tempo para se
ajuntar, e a fratura exposta criara bicheira. Mas os
pretos cuidavam muito dele, não arrefecendo na
dedicação.
– Se eu pudesse ao menos ter .absolvição dos
meus pecados!...
Então eles trouxeram, uma noite, muito à
escondida, o padre, que o confessou e conversou
com ele, muito tempo, dando-lhe conselhos que o
faziam chorar.
– Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com
tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto
pecado mortal?!
– Tem, meu filho. Deus mede a espora pela
rédea, e não tira o estribo do pé de arrependido
nenhum...
E por aí afora foi, com um sermão comprido, que
acabou depondo o doente num desvencido torpor.
Liga-se a este trecho de Guimarães Rosa a seguinte
afirmação:
a) É um exemplo de crise da fala narrativa,
dissolvendo-se a história num estilo indagador e
metafísico.
b) É uma arte marcada pelo grotesco, pela
deformação, que coloca em cena tipos humanos
refinadamente exóticos.
c) O autor recolheu lendas de interesse folclórico, que
sabe recontar de modo documental, isento e
objetivo.
d) Um universo rude e um plano místico se cruzam
com freqüência em sua obra, fundindo-se um no
outro.
e) A miséria arrasta as personagens para a
desesperança, revelando-se ainda na pobreza de
sua expressão verbal.
117. (Puccamp-SP) Indique a alternativa em que se
faz afirmação correta sobre Sagarana, de João
Guimarães Rosa.
a) Neste livro de consagração, o autor reúne novelas
em que a pesquisa de linguagem e estilo encontra
pontos de hermetismo e incomunicabilidade, sem
prejuízo para a alta poesia.
b) Os contos regionalistas deste volume inovam sem
recusar a tradição do gênero, já que por trás do
estilo modernista movem-se os românticos perso-
nagens do sertão.
c) Costumes, aventuras e sagas encorpam estas
narrativas em que o autor surge como um atento
ouvinte da fala sertaneja, transcrita no livro com a
objetividade dos realistas.
d) Estas narrativas de vanguarda partem do cotidiano
dos Gerais para ascenderem à condição de arte
pura, cujo nível de elaboração faz esquecer a rus-
ticidade do meio que descrevem.
e) A surpreendente síntese alcançada nestes contos
de estréia ocorre não apenas entre o regionalismo
e o universalismo, mas também entre a elaboração
literária e a fala popular.
118. (UFRN)
Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o
pensamento da gente se forma mais forte do que o
poder do lugar. Viver é muito perigoso.
Com relação ao autor do fragmento, podese dizer:
I. Ao retratar o sertão mineiro em sua obraprima, ele
consegue recriá-Io, reinventá10 através da
linguagem, e o resultado disso é a universalização
do regional.
II. Ambientada em Canudos, sua principal obra o
consagrou no gênero novelístico. Nela, ele
trabalha três elementos estruturais: a terra, o
homem, a luta.
III. Quando publicou, em 1956, sua obra mais notável
– uma coletânea de crônicas tão primorosas
quanto as de Rubem Braga –, ele deu uma nova
dimensão à prosa regionalista.
É (são) correta{s) a(s) afirmação(ões):
a) II.
b) I.
c) III
d) II e III.
e) I, II e III.
119. (UFMS) Assinale aIs) alternativa(s) correta(s):
a) Em Laços de família, Clarice Lispector faz um
grande elogio ao equilíbrio e às virtudes das
relações familiares tradicionais.
b) Nos contos do volume, Clarice Lispector exercita
sua prosa intimista, linha da qual a autora é uma
das mais importantes representantes em nossa
literatura.
c) Em suas obras, Guimarães Rosa vai além do
regionalismo tradicional, adaptando e recriando
inventiva mente a linguagem popular.
d) No conto Famigerado, o autor explora com humor
a trajetória do sertanejo bruto que, desconhecendo
o sentido da palavra que dá título à narrativa,
procura quem lhe possa sanar a dúvida.
e) Traço comum entre Guimarães Rosa e Clarice
Lispector é o predomínio da ambientação rural, das
paisagens do interior do país, da representação de
seus usos e costumes tradicionais.
120. (UFMG) Os trechos a seguir, da novela Campo
geral, que integra a obra Manuelzão <! Miguilim, de
Guimarães Rosa, revelam que o autor procura ajustar
a linguagem da narrativa à composição da per-
sonagem Miguilim, exceto
a) Ao quando dava qualquer estiada, saía um solzinho
arrependido, então vinham aparecendo abelhas e
marimbondos, de muitas qualidades e cores,
pousavam quietinhos, chupando no caixão de
açúcar, muito tempo, o açúcar mel-meia, pareciam
que estavam morridos.
b) O coelhinho tinha toca na borda-da-mata, saía só
no escurecer, queria comer, queria brincar,
sessepe, serelé, coelhinho da silva, remexendo
com a boquinha de muitos jeitos, esticava pinotes e
sentava a bundinha no chão, cismado, as orelhas
dele estremeciam constantemente.
c) Olhou os matos escuros de cima do morro, aqui a
casa, a cerca de feijão-bravo e sãocaetano; o céu,
o curral, o quintal; os olhps redondos e os vidros
altos da manhã. Olhou, mais longe, o gado
pastando perto do brejo, florido de são-josés, como
um algodão. O verde dos buritis, na primeira
vereda.
d) Pobre dos passarinhos do campo, desassisados. O
gaturano, tão podido miúdo, azulzinho no sol,
tirintintim, com brilhamentos, mel de melhor -
maquinazinha de ser de bem cantar... - "O
gaturaminho das frutas, ele merece castigo, Dito?"
121. (FCMSC-SP) Obras de Oalton Trevisan, Rubem
Fonseca, Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles
atestam o fato de que:
a) a linguagem (desagregadora) e a visão do mundo
(reivindicatória, anárquica) dos modernistas de
primeira geração constituem a fonte primeira de
inspiração dos contistas contemporâneos.
b) a poesia de caráter social e reivindicatória tem
caracterizado a criação literária dos autores
modernos.
c) estilos muito semelhantes, com traços de Neo-
Romantismo, dominam a criação literária
contemporânea.
d) o conto, de tendências diversas (de denúncia
social, intimista, de especulação da existência). tem
sido uma constante da produção literária contempo-
rânea. .
e) romances politicamente comprometidos,
neonaturalistas, de denúncia das mazelas da
sociedade, constituem o aspecto mais importante
da literatura da geração de 30.
122. (IMS-SP)
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
figura de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Fazendo um paralelo entre o fragmento do poema
Morte e vida severina, de João Cabral, e a reprodução
de Os retirantes, de Cândido Portinari, pode-se afirmar
que em ambos:
a) predomina o desprezo pelo retirante nor destino,
incapaz de reverter sua miséria.
b) aparece o sentimento de piedade pelo
sertanejo, representante de um grupo inferior.
c) demonstra-se a miséria de um povo,
responsável pelo subdesenvolvimento nacional.
d) revela-se um quadro de denúncias sociais numa
situação de miséria e de abandono do retirante.
e) há a denúncia do latifundiário, que escraviza o
sertanejo.
123. (Cesesp-PE)
O poeta começou já ele mesmo em Pedra do sono:
poesia visual, linguagem ascética. E já poeta da
pedra, por ela educado, como explicitamente dirá
24 anos mais tarde. E logo, antes da jornada
artística, põe-se a meditar sobre o seu ofício (...)
"Ele será engenheiro" ordenará as pedras ao som
da lira, como Anfion. Poesia "antipoesia" (antiode),
isto é, oposta a sentimentalismos, divagações,
melosidades, intuições e inspirações aleatórias.
Visão do essencial, de estruturas sólidas e canto
nítido, exato e conciso.
(Celso Luft)
Esses conceitos retratam o mundo poético de:
a) João Cabral de Meio Neto
b) Carlos Orummond de Andrade
c) Manuel Bandeira
d) Mário de Andrade
e) Olavo Bilac
GABARITO
1. d
2. e
3. a
4. c
5. c
6. b
7. a) nos contos.
b) Urupês, Cidades mortas
8. c
9. d
10. c
11. c
12. e
13. A retomada do poema romântico de Casimiro de
Abreu, fazendo uso da intertextualidade, e da falta de
pontuação.
14. c
15. a
16. a) Parnasianismo
b) A poeira é o lirismo que se encontra dentro das
artes poéticas que seria a técnica usada para a
composição do texto (métrica, rima, ritmo)
17. a) texto 2 parnasiano, texto lapidado.
b) nega os procedimentos estéticos do texto 2, por
meio da ironia.
18. e
19. d
20. e
21. b
22. d
23. a
24. c
25. b
26. e
27. a, d, b
28. d, b, d
29. c
30. d
31. a
32. Elementos étnicos: o fato de Macunaíma ser “preto
retinto”, ter nascido no meio do mato virgem;
históricos/culturais: a valorização do folclore e das
crenças indígenas; e sociais: a preguiça, como forma
de negação da realidade circundante.
33. a) O trecho pertence à primeira fase do
Modernismo brasileiro.
b) II. Uso de figuras de linguagem, para permitir a
visualização da cena descrita.
Observem-se em especial as metonímias que
recuperam detalhes da cena , a sinestesia (“voz toda
preta de mamãe”), o deslocamento de qualificadores
de um sintagma para outro (“casa velha que fazia
doces”; “figueira na janela”).
III. Adaptação do ritmo da frase à situação vivenciada
em cada momento.
No trecho, a visão da criança é transcrita por meio de
frases longas cujos nexos lógicos não são os mais
indicados pela gramática tradicional.
34. c
35. a
36. a
37. a
38. a) A palavra Geheimnis significa “segredo”, e a
relação amorosa que Carlos e Fräulein mantêm é
secreta.
b) Sousa Costa lança um “olhar malicioso” a Carlos e
Fräulein porque contratou a governanta para que
iniciasse o filho sexualmente, e a intimidade dos dois
parece revelar-lhe que essa relação já se concretizou.
c) Carlos e Fräulein têm dificuldade de lembrar o
significado da palavra porque ela revela a própria
natureza da relação existente entre eles.
39. a) Trata-se do Expressionismo.
b) Sugestão de conteúdos psicológicos através de
imagens distorcidas do mundo exterior (“montanha
curvada”; “as montanhas desembestavam
assustadas...contorcidas”); associações subjetivas,
compondo um quadro da imaginação e do desejo da
personagem.
40. b
41. a; d; e.
42. d
43. c
44. a
45. c
46. c
47. c
48. d
49. b
50. a) Além de indolentes e preguiçosas, as elites
consideram que sua autoridade é superior.
b) Na tradição romântica a elite representa uma classe
em que se aliam conhecimento e nobreza de caráter, é
possuidora de valores morais indiscutíveis.
51. b
52. a) Tereza e Porquinho-da-índia.
b) O tema comum aos três textos é a relação amorosa.
53. e
54. b
55. a) O elemento básico na formação étnica implícito
no texto é o índio, denunciado pela “flecha ainda mais
rápida que o relâmpago”.
b) “que nem” e “feito”, expressões empregadas em
frases comparativas.
56. O nacionalismo e o emprego da linguagem
cotidiana.
57. b
58. e
59. a) O Romantismo.
b) A ironia e o humor, bem como o emprego de um
vocabulário até então considerado não-poético.
60. c
61. b; c; a.
62. e
63. c
64. a, b
65. d
66. c
67. a, b, e
68. e
69. d
70. b
71. b
72. d
73. a) A chegada das aves simboliza o início do
período de secas.
b) “Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar fogo.”
c) O sinal relaciona-se à trajetória da família de
Fabiano porque ela vive um eterno partir em busca de
um lugar melhor para viver, fugindo da seca.
74. a) As características físicas de Fabiano são
levantadas para oporem-se à sua maneira de agir: é
um homem branco (ruivo, olhos azuis), mas é
submisso como um escravo. A conjunção adversativa
mas contrapõe a descrição física à sua maneira de ser.
b) No texto, “cabra” é o trabalhador do campo, o
empregado, o morador de propriedade rural.
75. a
76. d
77. a) O trecho prenuncia um período de seca e,
portanto, de fuga para a família.
b) Indica o que vai acontecer: “Mau sinal,
provavelmente o sertão ia pegar fogo”. Riscos no céu,
rumor de asas, anunciando destruição, arribações.
78.a) Os meninos mostram-se admirados quanto ao
fato de algumas pessoas conseguirem guardar tantos
nomes diferentes para tantas coisas que existem e
assustados porque as coisas sem nome mostram-se a
eles como misteriosas e, por isso, intocáveis.
b) A carência de linguagem também se manifesta
quando Fabiano precisa conversar com o soldado
amarelo e sua incapacidade de expressão é
responsável por sua injusta prisão.
79. d
80. e
81. c
82. b
83. a
84. d
85. a, b, e
86. a
87. c
88. d
89. c
90. d
91. a) c
b) c
c) e
d) e
92. d
93. d
94. a
95. c
96. e
97. a
98. d
99. c, d
100. b
101. d
102. e
103. c
104. e
105. a
106. e
107. b
108. e
109. a
110. b
111. b
112. b
113. d
114. c
115. d
116. d
117. e
118. b
119. b, c, d
120. c
121. d
122. d
123. a

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LITERATURA BRASILEIRA PRÉ-MODERNISTA

  • 1. ESCOLA SÃO DOMINGOS BATERIA DE EXERCÍCIOS – 3º TRIMESTRE LITERATURA – 2º ANO (PUC-RS) Instrução: Para responder às questões 1 e 2, leia o texto que segue. Não tinha predileção por esta ou aquela parte de seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar não eram só os pampas do Sul com o seu gado, não era o café de São Paulo, não eram o ouro e os diamantes de Minas (...) - era tudo isso junto, fundido, reunido, sob a bandeira estrelada do Cruzeiro. (...) Era costume seu, assim pela hora do café, quando os empregados deixavam as bancas, transmitir aos companheiros o fruto de seus estudos, as descobertas que fazia, no seu gabinete de trabalho, de riquezas nacionais. Um dia era o petróleo que lera em qualquer parte, como sendo encontrado na Bahia; outra vez, era um novo exemplar de árvore de borracha que crescia no rio Pardo, em Mato Grosso; outra, era um sábio, uma notabilidade, cuja bisavó era brasileira(...). 1. O trecho refere-se à personagem central da obra de *, denominada *. a) Graça Aranha - Canaã b) Lima Barreto - Recordações do escrivão Isaías Caminha c) Monteiro Lobato - Negrinha d) Lima Barreto - Triste fim de Policarpo Quaresma e) Graça Aranha - Cidades mortas 2. Observa-se, no trecho em questão, que a criação da personagem * a convivência entre o apego às tradições e a possibilidade do novo, promovida pela modernidade, o que vincula a obra ao *. a) critica - Romance de 30 b) valoriza - Modernismo da primeira fase c) retifica - Pré-Modernismo d) revela - Modernismo da segunda fase e) sugere - Pré-Modernismo 3. (PUC-PR) Durante os anos que ant~cederam o Movimento Modernista, o nacionalismo at.;'1nçou expressão literária das mais significativas. Aponte a alternativa que não é verdadeira quanto às manifestações de nacionalismo próprias do Pré- Modernismo. a) Pesquisa de linguagem, antipassadismo e abandono dos lusitanismos, na prosa de Coelho Neto. b) Denúncia do subdesenvolvimento, especialmente do sertão, em Os sertões, de Euclides da Cunha. c) Visão profunda acerca da questão racial, com ambientação nos subúrbios cariocas, na obra de Lima Barreto. d) Teses filosóficas em confronto, problematizando a imigração, em Canaã, de Graça Aranha. e) Apresentação do caipira sem idealização (Jeca Tatu), na obra de Monteiro Lobato. 4. (FEI-SP) Uma das obras citadas abaixo foi escrita por Lima Barreto. Assinale-a: a) Canaã b) Os sertões c) Triste fim de Policarpo Quaresma d) Eu e) Urupês 5. (FEI-SP) O livro Canaã: a) foi escrito e publicado em Portugal. b) tem como assunto a campanha dos Canudos. c) cuida da assimilação do imigrante alemão. d) é crítica veemente ao sistema agrícola brasileiro, na figura do Jeca Tatu, símbolo da miséria e do atraso a que foram relegados nossos caipiras. e) é sátira política. Antipatia manifesta contra a República e o militarismo. 6. (PUC-RS) Na figura de *, Monteiro Lobato criou o símbolo do brasileiro abandonado ao atraso e à miséria pelos poderes públicos. a) O cabeleira b) Jeca Tatu c) João Miramar d) Blau Nunes e) Augusto Matraga 7. (Fuvest-SP) Além de escrever para crianças, Monteiro Lobato dedicou-se à literatura em geral. a) Em que gênero ele se evidenciou como autor regionalista? b) Indique uma de suas obras regionalistas. 8. (Fatec-SP) Assinale a alternativa incorreta: a) Nos primeiros vinte anos deste século, a produção literária brasileira é marcada por diversidades, abrangendo, ao mesmo tempo, obras que questionam a realidade social e obras voltadas para os lugares-comuns herdados de autores anteriores. b) Pode-se afirmar que um dos traços modernos de Euclides da Cunha é o compromisso com os problemas de seu tempo. c) A importância da obra de Lima Barreto situa-se no plano do conteúdo, a partir do qual se revela o seu
  • 2. caráter polêmico; a linguagem descuidada, porém, revela pouca consciência estética, em virtude de sua formação literária precária. d) O estilo parnasiano permanece influenciando autores e caracterizando boa parte da obra poética escrita durante o período pré-modernista. e) Graça Aranha faz parte do conjunto mais significado de escritores do Pré-Modernismo. Nos anos anteriores à Semana de Arte Moderna, Graça Aranha interveio em favor da renovação artística a que se propunham os escritores modernistas. 9. Augusto dos Anjos é autor de um único livro, Eu, editado pela primeira vez em 1912. Outras poesias acrescentaram-se às edições posteriores. Considerando a produção literária desse poeta, pode- se dizer que: a) foi recebida sem restrições no meio literário de sua época, alcançando destaque na história das formas literárias brasileiras. b) revela uma militância político-ideológica que o coloca entre os principais poetas brasileiros de veio socialista. c) foi elogiada poeticamente pela crítica de sua época; entretanto, não representou um sucesso de público. d) traduz a sua subjetividade pessimista em relação ao homem e ao cosmo, por meio de um vocabulário técnico-científico-poético. e) anuncia o Parnasianismo, em virtude das suas inovações técnico-científicas e de sua temática psicanalítica. 10. A leitura do poema revela a expansão de um tema, designado, no título, por O martírio do artista. Esse tema é: a) a falta de inspiração. b) o desânimo. c) a difícil arte da escrita. d) o nervosismo. e) a violência. 11. (UFRS) Considere as seguintes afirmações sobre a poesia de Augusto dos Anjos. I. Revela forte influência simbolista na exploração da musicalidade de vocábulos de significado abstrato e de frases de sentido indefinido. II. Emprega a nomenclatura científica da época ao refletir sobre a degradação e a morte em sonetos de figurino clássico. III. Lança mão da linguagem erudita para elaborar poemas nos quais predomina a descrição de rápidas cenas urbanas. Ouais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 12. (MACK-SP) Às vezes se dá ao luxo de um banquinho de três pernas - para os hóspedes. Três pernas permitem o equilíbrio, inútil, portanto, meter a quarta, que ainda o obrigaria a nivelar o chão. Para que assentos, se a natureza os dotou de sólidos, rachados calcanhares sobre os quais se sentam? O trecho acima é claramente representativo da obra de: a) Lima Barreto. b) Augusto dos Anjos. c) Euclides da Cunha. d) Aluísio de Azevedo. e) Monteiro Lobato. 13. (Cesgranrio-RJ) E com vocês a modernidade Meu verso é profundamente romântico. Choram cavaquinhos luares se derramam e vai por aí a longa sombra de rumores e ciganos. Ai que saudade que tenho de meus negros [verdes anos! (Cacaso) No poema, extraído de Poesia jovem anos 70 (Coleção Literatura Comentada), há características da 1ª fase do Modernismo brasileiro. Cite duas delas, exemplificando-as com trechos do poema, e dêdois argumentos que as justifiquem. 14. (UFU-MG) Faça a correspondência das ex- pressões estilísticas com as gerações modernistas e assinale a alternativa que contém a correspondência correta: I. abominação do passado – Concretismo II. tentativa de demolição – Surrealismo III. valorização do inconsciente – Dadaísmo IV. uso intenso de estrangeirismos – Antropofagia V. aliança de signos verbais e icônicos – Futurismo a) V, III, II, I, IV b) V, II, III, I, IV c) V, III, II, IV, I d) IV, I, II, 111, V e) V. III, IV, II, I 15. (ESPM-SP) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas: O primeiro manifesto do movimento futurista foi publicado em 20 de janeiro de *, assinado por *. Os pontos principais deste manifesto eram *, * e *. a) 1909 - Marinetti - exaltação da vida moderna, do automóvel e da velocidade. b) 1912 - Marinetti - exaltação da eletricidade, da velocidade e destruição da sintaxe linear. c) 1922-Marinetti - exaltação da velocidade, da eletricidade e da vida moderna.
  • 3. d) 1912-Oswald de Andrade - exaltacão do automóvel, da velocidade e da vida moderna. e) 1922-Oswald de Andrade - exaltação da velocidade, destruição da sintaxe linear e valorização da forma. 16. (Fuvest-SP) Clama a saparia, Em críticas cépticas: - Não há mais poesia, Mas há artes poéticas... a) Reconheça a estética satirizada por Manuel Bandeira nesses versos. b) Qual a oposição entre poesia e artes poéticas? 17. (PUC-SP) Texto 1: Os sapos O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiro É bem martelado. (...) Brada em assomo O sapo-tanoeiro: - "A grande arte é como Lavor de joalheiro." (Manuel Bandeira) Texto 2: Profissão de fé Invejo o ourives quando escrevo Imito o amor Com que ele, o ouro, o alto-relevo Faz de uma flor. (...) Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim. (Olavo Bilac) a) Compare os dois textos e, a partir daí, caracterize a estética literária a que pertence o texto 2, de acordo com as afirmações do texto 1. b) O texto 1 reforça ou nega os procedimentos estéticos apontados no texto 2? Justifique sua resposta. 18. (FCC) Considerados os acontecimentos da Semana de Arte Moderna e a atitude de seus principais integrantes, é correto dizer que o primeiro momento do Modernismo brasileiro visava a: a) atualizar nossa produção literária, fazendo com que reproduzisse a estética e a temática euro- americanas, em vigência desde o início do século. b) instaurar uma literatura politicamente empenhada e combativa, inspirada no Neo-Realismo e no Neo- Naturalismo. c) propor um conjunto de normas e de regras literárias, pautadas nos ensinamentos clássicos, que orientassem nossa produção literária. d) reavivar nossa produção literária que, desde fins do século XIX, com a decadência do Simbolismo, escasseava. e) combater remanescentes literários retrógrados, representados sobretudo, pelo Parnasianismo, a fim de renovar o curso da literatura que se fazia entre nós. 19. (FEI-SP) Assinale a alternativa incorreta, quanto aos princípios básicos divulgados pelos participantes da Semana de Arte Moderna: a) Desejo de expressão livre e tendência para transmitir, sem os embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção e a realidade do país. b) Rejeição dos padrões portugueses, buscando uma expressão mais coloquial, próxima do falar brasileiro. c) Combate a tudo que indicasse o status quo, o conhecido. d) Manutenção da temática simbolista e parnasiana. e) Valorização do prosaico e do humor, que, em todas as suas gamas, lavou e purificou a atmosfera sobrecarregada pelos acadêmicos. 20. (FEI-SP) Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro (Oswald de Andrade) Observando as características e o teor geral do texto, é correto afirmar que: a) o Modernismo pretendeu reformular a gramática, apesar dos protestos dos conservadores. b) apesar da tarefa tão árdua para o professor e para o aluno, a gramática precisa ser preservada. c) protestar contra a gramática, considerando-a supérflua e difícil, foi a única atuação "modernista" do autor. d) o modo de falar do negro é menos correto do que o do branco, por razões culturais. e) a valorização do falar coloquial foi uma das propostas do Modernismo. 21. (UFRS) É correto afirmar que o movimento modernista brasileiro nos anos 20:
  • 4. a) empreende uma vigorosa crítica da dominação política oligárquica na República Velha, ao denunciar a exclusão daspopulações rurais do processo eleitoral. b) satiriza a linguagem preciosista e bacharelesca dos prosadores e o apego dos parnasianos às formas tradicionais de poesia. c) recusa o nacionalismo e a valorização do folclore caboclo e das tradições culturais negra e indígena. d) expõe as mazelas da distribuição fundiária brasileira e denuncia as más condições de vida dos trabalhadores rurais. e) apropria-se de procedimentos estéticos da vanguarda européia para reavaliar o papel político dos imigrantes italianos em São Paulo. 22. (Vunesp-SP) Queremos luz, ar, ventiladores, aeroplanos, reivindicações obreiras, idealismos, motores, chaminés de fábricas, sangue, velocidade, sonho, nossa Arte. E que o rufo de um auto- móvel, nos trilhos de dois versos, espante da poesia o último deus homérico, que ficou, anacronicamente, a dormir e a sonhar, na era do JAZZ-BAND e do cinema, com a frauta dos pastores da Arcádia e os seios divinos de Helena! O trecho pertence ao discurso feito por Menotti dei Picchia durante a Semana de Arte Moderna, em São Paulo, em 1922, a qual marca a introdução oficial do Modernismo no Brasil. Nesse discurso, o autor sintetiza os objetivos do movimento. Algumas das afirmações que se seguem contêm esses objetivos. I. Os modernistas pregavam a liberdade total na produção literária, desde a estrutura sintática da forma até a escolha dos temas. II. Embora pregassem a supressão das normas fixas do verso, continuaram recomendando a seleção de temas nobres, em detrimento dos fatos banais do cotidiano. III. Com a consciência de que a Antigüidade clássica nos legou os princípios básicos que regem a produção artística, os modernistas defenderam a manutenção desses princípios. IV. A proposta de liberdade incondicional de expressão não se limitava à literatura; estendia-se à música e às artes plásticas em geral. Estão de acordo com as propostas do Modernismo: a) I e III b) II e III c) II e IV d) I e IV e) III e IV 23. (Vunesp-SP) Além de Menotti dei Picchia, participaram da Semana de Arte Moderna: a) Guilherme de Almeida, Ronald de Carvalho, Oswald de Andrade. b) Olavo Bilac, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho. c) Graciliano Ramos, Jorge Amado, José Lins do Rego. d) Érico Veríssimo, Cecília Meireles, Manuel Bandeira. e) Vinicius de Moraes, Murilo Mendes, Carlos Drummond de Andrade. 24. (UFPI) A alternativa em que todas as carac- terísticas correspondem ao Modernismo é: a) concepção lúdica da arte, rigor formal. b) moralismo, idealização da mulher. c) verso livre, experimentalismo. d) jogo antitético, culto da natureza. e) senso do mistério, liberdade formal. 25. (MACK-SP) E vivemos uns oito anos, até perto de 1930, na maior orgia intelectual que a história artística do país registra. (Mário de Andrade) Assinale a alternativa na qual aparece um fato cultural que não se encaixa no período mencionado acima. a) O Manifesto Pau-Brasil. b) A exposição de trabalhos de Anita Malfatti, criticada por Monteiro Lobato. c) As duas "dentições" da Revista de Antropofagia. d) A revista Klaxon. e) O Verde-Amarelismo. 26. (MACK-SP) I. Seja qual for o lugar em que se ache o poeta, ou apunhalado pelas dores, ou ao lado de sua bela, embalado pelos prazeres; no cárcere, como no palácio; na paz, como sobre o campo de batalha; se ele é verdadeiro poeta, jamais deve esquecer-se de sua missão, e acha sempre o segredo de encantar os sentidos, vibrar as cordas do coração, e elevar o pensamento nas asas da harmonia até as idéias arquétipas. II. Por isso, corre, por servir-me, Sobre o papel A pena, como em prata firme Corre o cinzel. Corre; desenha, enfeita a imagem, A idéia veste: Cinge-lhe o corpo a ampla roupagem Azul-Celeste Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim. III. Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem-comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Os trechos expõem idéias defendidas por diferentes movimentos literários. Aponte a alternativa em que aparecem, respectivamente, os nomes dos mesmos:
  • 5. a) Romantismo - Arcadismo - Modernismo. b) Parnasianismo - Barroco - Romantismo. c) Arcadismo - Romantismo. d) Barroco - Romantismo - Parnasianismo. e) Romantismo - Parnasianismo - Modernismo. 27. (UFMS) Poética Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem-comportado Do lirismo funcionário público com livro de [ponto expediente protocolo [e manifestações de apreço ao sr. diretor. Estou farto do lirismo que pára e vai [averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo. Abaixo os puristas Todas as palavras sobretudo os barbarismos [universais Todas as construções sobretudo as sintaxes [de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis [...] — Não quero mais saber do lirismo que não [é libertação. (Fragmento de Poética, do livro Libertinagem, de Manuel Bandeira.) Com base 'no texto acima, é correto afirmar que: a) o poeta sintetiza sua adesão à estética modernista, abandonando o sentimentalismo convencional e certos acentos simbolístas que marcaram parte de seus primeiros trabalhos. b) é clara a crítica ao rigor gramatical e à padronização das formas poéticas que dominavam a poesia da virada do século no Brasil. c) nota-se um componente político expressivo no texto, na crítica ao funcionalismo público que fecha a primeira estrofê. d) o tom de manifesto, bem caracterizado na segunda estrofe com suas "palavras de ordem", justifica o título do poema, Poética, ou seja, uma "teoria do fazer poético" . e) Manuel Bandeira deu pouca importância ao tema amoroso em sua produção modernista, como bem se pode perceber nesta crítica a todas as formas de lirismo. 28. (UFJF-MG) Leia com atenção os textos a seguir e responda às perguntas. O "adeus" de Teresa (Castro Alves) A vez primeira que eu fitei Teresa, Como as plantas que arrasta a correnteza, A valsa nos levou nos giros seus... E amamos juntos... E depois na sala "Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala... E, ela, corando, murmurou-me: "adeus." Uma noite... entreabriu-se um reposteiro... E da alcova saía um cavaleiro Inda beijando uma mulher sem véus... Era eu... Era a pálida Teresa! "Adeus" lhe disse conservando-a presa... E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!" Passaram tempos... séc'los de delírio Prazeres divinais... gozos do Empíreo... ... Mas um dia voltei aos lares meus. Partindo eu disse - "Voltarei!... descansa!..." Ela, chorando mais que uma criança, Ela em soluços murmurou-me: "adeus!" Quando voltei... era o palácio em festa!... E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra Preenchiam de amor o azul dos céus. Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa! Foi a última vez que eu vi Teresa!... E ela arquejando murmurou-me: "adeus!" Teresa (Manuel Bandeira) A primeira vez .que vi Teresa Achei que ela tinha pernas estúpidas Achei também que a cara parecia uma perna Quando vi Teresa de novo Achei que os olhos eram muito mais velhos [que o resto do corpo (Os olhos nasceram e ficaram dez anos [esperando que o resto do corpo nascesse) Da terceira vez não vi mais nada Os céus se misturaram com a terra E o espírito de Deus voltou a se mover sobre [a face das águas. Com relação ao primeiro texto, pode-se afirmar que: a) no Romantismo, uma expressão do tipo "fitei Teresa" demonstra que os olhos têm função secundária na descrição do perfil físico da amada. b) no Romantismo, o poeta não exp(ime nenhum. gesto de sensualidade, como prova a seqüência "Prazeres divinais... gozos do Empíreo...". c) o Romantismo explora novas imagens da mulher amada, fugindo aos estereótipos dos estilos literários anteriores, como prova a expressão "pálida Teresa", d) combinam-se as imagens do amor sensual e da amada que se torna inatingível para o poeta, dualidade comum no Romantismo. e) aparece a aversão do poeta romântico à mulher que se entrega à volúpia e ao prazer, desprezando as normas éticas da sociedade. Pode-se afirmar do segundo texto que: a) idealiza a figura feminina do primeiro. b) corrói ironicamente o primeiro. c) apenas acentua a graça da mulher. d) está carregado de sentimentalismo. e) exalta a afetividade entre os personagens.
  • 6. Os dois textos se relacionam: a) por tratar de temáticas diametralmente opostas. b) pelo tratamento respeitoso da figura feminina. c) pela ausência de qualquer tensão erótica. d) pelo contraste de linguagem e tratamento. e) pela inadequação absoluta entre homem e mulher. 29. (lMS-SP) Agora, ó José É teu destino, ó José a esta hora da tarde, se encostar na parede, as mãos para trás. Teu paletó abotoado de outro frio te guarda, enfeita com três botões tua paciência dura. A mulher que tens, tão histérica, tão histórica, desanima. Mas, ó José, o que fazes? Passeias no quarteirão O teu passeio maneiro e olhas assim e pensas, o modo de olhar tão pálido. (...) Resiste, ó José. Deita, José, dorme com tua mulher, gira a aldraba de ferro pesadíssima. O reino do céu é semelhante a um homem como você, José. (Adélia Prado) O poema estabelece uma relação intertextual com a) "José", de Mário de Andrade. b) "E agora, José", de Oswald de Andrade. c) "José", de Carlos Drummond de Andrade. d) "E agora, José", de Roberto Drummond. e) "José", de Vinicius de Moraes. 30. (UFMA) alta alta E a minha janela é alta Como o olhar dos que seguiram o vôo do primeiro balão (Mário Quintana) Nos versos, Mário Quintana faz uma incursão na corrente poética: a) romântica. b) futurista. c) simbolista. d) concretista. e) parnasiana. 31. (Puccamp-SP) T. E. Lawrence, o "Lawrence da Arábia”, a chamava de Atlântida do deserto. Agora, Ubar está começando a ressurgir das areias do oásis de Ash Shisar. Encontra-se o mesmo padrão de regência verbal das frases acima, respectivamente, em: a) Eles consideravam o padrasto como verdadeiro pai. Pecava o tempo todo contra as normÇJs de cortesia. b) Ela soube consorciar seus interesses com os de seus colegas. Com muito cuidado, apresentaram desculpas a todas as pessoas não atendidas. c) Procurou consolá-Io da morte da mãe. Ela excede todos os colegas em dedicação. d) Ele se tornou um cidadão exemplar, depois daquele fato desagradável. Para o dia especial, adornou-se com colares e brincos de mil cores. e) Um grama contrabalança um centímetro cúbico de água destilada. Encarregou-o das missões mais difíceis. 32. (UFF-RJ) Texto I O nosso modernismo importa essencialmente, em sua fase heróica, na libertação de uma série de recalques históricos, sociais, étnicos, que são trazidos triunfalmente à tona da consciência literária. (CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária. 5. ed. São Paulo, Nacional, 1976. p. 199.) Texto II No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. Já na meninice, fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava: — Ai! que preguiça!... (ANDRADE, Mário de. Macunaíma, o herói sem nenhum caráter. Brasília, CNPq, 1988. p. 5.) Que elementos da caracterização do "herói de nossa gente", presentes no texto 11, comprovam a afirmação feita por Antonio Candido de que o Modernismo nos libertou de uma série de recalques históricos, sociais e étnicos? 33. (UNI-RIO) Gare do infinito Papai estava doente na cama e vinha um carro e um homem e o carro ficava esperando no jardim. Levaram-me para uma casa velha que fazia doces e nos mudamos para a sala do quintal onde tinha uma figueira na janela. No desabar do jantar noturno a voz toda preta de mamãe ia me buscar para a reza do Anjo que carregou meu pai. (ANDRADE, Oswald de. Memórias sentimentais de João Miramar.)
  • 7. a) Cite o estilo de época a que pertence o texto. b) Das características a seguir, assinale as que se prendem ao texto e comente-as, incluindo a transcrição de passagens que abonem a sua resposta. I. Períodos longos, marcados pela subordinação. II. Uso de figuras de linguagem, para permitir a visualização da cena descrita. III. Adaptação do ritmo da frase à situação vivenciada em cada momento. IV. Predomínio do dissertativo sobre o descritivo. 34. (PUC-SP) O título da obra Macunaíma é especificado com "herói sem nenhum caráter". A alternativa que não é verdadeira em relação à especificação é: a) o caráter do herói é ele não ter caráter definido. b) o protagonista assume várias esferas de ação, daí ser simultaneamente herói e anti-herói. c) a fragilidade de caráter do protagonista faz com que este perca, no decorrer da obra, sua característica de herói. d) o herói configura-se por suas qualidades paradoxais, ele é ao mesmo tempo: preguiçoso e esperto, irreverente e simpático, valente e covarde. e) o caráter do herói é contraditório, pois ele se caracteriza como um "sonsosabido". 35. (MACK-SP) Texto publicado junto aos poemas de Paulicéia desvairada, funciona como manifesto das propostas do autor a respeito das teorias que deveriam sustentar o Modernismo no Brasil. Assinale a alternativa em que se encontra o nome do mesmo. a) Prefácio interessantíssimo b) Procura da poesia c) Manifesto antropofágico d) A um poeta e) Poética 36. (FAAP-SP) Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo. Estes versos parodiam uma poesia célebre do Romantismo brasileiro - A canção do exílio. Seu autor é uma das figuras mais dinâmicas do Modernismo brasileiro: escreveu Memórias sentimentais de João Miramar, Serafim Ponte Grande, O rei da vela. Assinale a alternativa que indica o autor dos versos anteriores e o autor da poesia parodiada. a) Oswald de Andrade - Gonçalves Dias b) Mário de Andrade - Gonçalves Dias c) Mário de Andrade - Casimiro de Abreu d) Manuel Bandeira - Castro Alves e) Oswald de Andrade - Casimiro de Abreu 37. (UNI-RIO) Em outubro de 1993, comemorou se o centenário de nascimento de importante escritor brasileiro, que participou ativamente do movimento artístico de 1922. A opção que indica esse escritor e uma de suas obras é: a) Mário de Andrade, autor de Amar, verbo intransitivo. b) Mário de Andrade, autor de Manifesto antropofágico. c) Oswald de Andrade, autor de O rei da vela. d) Oswald de Andrade, autor de Macunaíma. e) Carlos Drummond de Andrade, autor de Amar se aprende amando. 38. (Fuvest-SP) Almoçaram num átimo. Visitar a nova chácara comprada por Sousa Costa adiante de Jundiaí ... E no automóvel novo ... que gostosura! Entusiasmo das meninas. Carlos quase feliz. Os pais se sentem bons. — Tem alguma coisa Fraulein? Ela meio que ri: — Não é ... (hesita. Minal conta:) Mas acontece cada uma. Nós hoje encontramos uma palavra na lição ... Sabemos como é em português, porém não há meio de lembrar. Parece incrível, palavra tão comum ... E nem eu nem Carlos! — Mas por que não viu no dicionário? - Aí é que está: hei de me lembrar. Pois se nós sabemos. (...) Quando Fraulein vem descer a escada, ele está ali, machucando as unhas na parede. Emaranha-a nos braços impacientes. Os dois exclamam duma vez, sem a surdina que abafara o diálogo anterior: — Já sei! Silêncio curto. Um espera que o outro fale. E juntos: — É segredo! Rindo muito, desceram para jantar. Frau lein anuncia que afinal descobriram a palavra, Geheimnis quer dizer segredo: — Foi ela que achou! — Eu só não, Carlos. Fomos os dois. (...) Sousa Costa, não sei, porém me parece que teve uma intuição genial: olha malicioso pros dois. As duas cenas apresentadas são bastante significativas se considerarmos o enredo do livro Amar, verbo intransitivo. a) Qual é a relação entre o significado da palavra Geheimnis e as personagens Carlos e Fraulein? b) Qual é a relação entre o significado dessa mesma palavra e o "olhar malicioso" que Sousa Costa dirige a ambos? c) A leitura do trecho citado permite perceber a dificuldade de Fraulein e Carlos em lembrar o significado dessa palavra. Com base no enredo, explique por quê.
  • 8. 39. (Fuvest-SP) Numa das voltas, olhando para trás, viu a montanha curvada, com o sol lhe mordendo as ilhargas. Era Loge, deus do incêndio... As montanhas desembestavam assustadas, grimpando os itatins com gestos de socorro, contorcidas. Loge perseguia as medrosas, lambido de chamas, trinando. Fraulein escutou um xilofone, o tema conhecido. E o encantamento do fogo principiou para Brunilda. No trecho acima, aparecem traços de estilo e composição muito característicos da corrente estética da modernidade que, reconhecidamente, mais influenciou na feitura de Amar, verbo intransitivo. a) Qual é essa corrente estética? b) Identifique duas características dessa corrente presentes no texto acima, indicando exemplos. 40. (Puccamp-SP) São características da primeira fase do Modernismo: a) retomada da ficção regionalista, cultivo de uma poesia neobarroca e visão de mundo em perspectiva elitista. b) libertação dos modelos acadêmicos, experimentalismo em novas formas de expressão e rompimento com o nacionalismo tradicional. c) cultivo de uma ficção de caráter intimista, revisão das regras de metrificação e retomada do nacionalismo romântico. d) predominância dos temas políticos, crítica ao uso indiscriminado das máquinas e visão de mundo em perspectiva universalista. e) pesquisa de lendas e narrativas folclóricas, valorização do índio enquanto mito romântico e cultivo de fórmulas estéticas consagradas. 41. (UFMS) Leia o poema e, depois, marque a(s) proposição(ões) correta(s). Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro (Oswald de Andrade) a) Com "E do mulato sabido", o autor refere-se à miscigenação de raças no Brasil. b) O poema de Oswald de Andrade não tem rimas, nem pontuação, o que é próprio da poesia Simbolista. c) O poeta compara a língua ensinada na escola, que é artificial e elitista, com a língua falada pelo povo comum. d) O poema critica a norma gramatical que proíbe o uso de pronomes oblíquos átonos no início de frases. e) Através do adjetivo bom, que antecede as palavras negro e branco, o poeta valoriza o homem iletrado, autêntico representante da cultura nacional brasileira. 42. (MACK-SP) A primeira fase do Modernismo brasileiro se preocupou mais com: a) a construção de uma estética moderna. b) a imitação objetiva da realidade. c) a descrença na vida. d) a destruição das estéticas anteriores. e) as figuras mitológicas. 43. (MACK-SP) Chamado de Rapsódia por Mário de Andrade, o livro é construído a partir de uma série de lendas a que se misturam superstições, provérbios e anedotas. O tempo e o espaço não obedecem a regras de verossimilhança, e o fantástico se confunde com o real durante toda a narrativa. A afirmação faz referência à obra: a) O rei da vela. b) Calunga. c) Macunaíma. d) Memórias sentimentais de João Miramar. e) Martim Cererê. 44. (MACK-SP) A respeito de Oswald de Andrade, é incorreto afirmar que: a) apesar de sua intensa participação na Semana de Arte Moderna, assumiu uma postura simpática em relação à poesia parnasiana. b) em Serafim Ponte Grande, rompe com a forma e a estrutura tradicionais do romance brasileiro. c) O Rei da Vela, sua obra-prima em dramaturgia, apresenta contundente crítica ao sistema burguês. d) desenvolveu uma poesia original, plena de humor e ironia, com uma linguagem do cotidiano, repleta de neologismos. e) filho único, rico, pôde viajar à Europa, onde entrou em contato com as idéias vanguardistas, que divulgaria no Brasil. 45. (UFPI) A frase "Ai, que preguiça" é característica identificadora de um personagem da literatura brasileira chamado: a) Sinhá Vitória. b) Quincas Berro D'água. c) Macunaíma. d) Simão Bacamarte. e) Tonico Bastos.
  • 9. 46. (UFRS) Sobre Macunaíma, de Mário de Andrade, é correto afirmar que a) narra as aventuras de um personagem que percorre boa parte do território brasileiro para encontrar um animal de estimação. b) expõe a trajetória de três irmãos que se unem para enfrentar Wenceslau Pietro Pietra, um aristocrata paulista inimigo das vanguardas modernistas. c) narra as aventuras de um personagem malandro em busca de um amuleto que ele descobrE1 estar sob os cuidados de Wenceslau Pietro Pietra. d) relata as experiências de um herói sem nenhum caráter que, ao conviver com operários e camponeses, engaja-se em uma organização sindical. e) relata uma série de lendas do folclore brasileiro para ilustrar a trajetória do herói da narrativa, um índio nascido no início da colonização do Brasil. 47. (FEI-SP) Macunaíma estendeu os braços sussurrando: - Ai!... que preguiça!... — Ora vamos!... Vamos? — Pois sim... Então Piaimã fez pra ele como fizera pro chofer, carregou o herói nas costas de cabeça pra baixo prendidos os pés nos buracos das orelhas. A respeito do fragmento acima, marque a alternativa correta. a) nesse famoso romance moderno, Mário de Andrade limita-se à crítica da burguesia e seus valores de vida corrompidos b) nesse conto, Oswald de Andrade analisou um "herói sem nenhum caráter" c) nessa "rapsódia", como a designou o autor, Mário de Andrade, fica caracterizado o caráter indolente do herói d) d) Mário de Andrade, cognominado o "Papa do Modernismo", também escreveu Libertinagem e Estrela da tarde e) nessa obra, Mário de Andrade rejeita o modo de ser do brasileiro e critica o Parnasianismo 48. (Puccamp-SP) Leia com atenção o seguinte excerto de Amar, verbo intransitivo, de Mário de Andrade: Vejam por exemplo a Alemanha, que-dê raça mais forte? Nenhuma. E justamente porque mais forte e indestrutível neles o conceito de família. Os filhos nascem robustos. As mulheres são grandes e claras. São fecundas. O nobre destino do homem é se conservar sadio e procurar esposa prodigiosamente sadia. De raça superior, como ela, Fraulein. Os negros são de raça inferior. Os índios também. Os portugueses também. No excerto acima, a) encontram-se as convicções autênticas do escritor Mário de Andrade quanto à superioridade racial dos alemães, que ele ardilosamente atribui a Fraulein, tornando-a seu porta-voz. b) o narrador utiliza uma técnica narrativa que gera o máximo distanciamento entre ele e a personagem, qual uma câmera que só capta a exterioridade de um objeto. c) o nacionalismo de Mário de Andrade faz com que ele caricaturize o germanismo de Fraulein, já que o objetivo da narrativa é demonstrar a superioridade da cultura brasileira sobre as demais. d) surge, provocadoramente, a tese da "superioridade racial" do alemão, encarnada em Fraulein, que esta deverátestar no confronto com a suposta "inferioridade dos latinos", encarnada no adolescente Carlos. e) quem de fato está narrando é o chefe da família Sousa Costa, que admira a disciplina germânica e por esta razão contratou Fraulein como preceptora na iniciação sexual de seu filho Carlos. 49. (Unifor-CE) "O livro promove o encontro de lendas indígenas com a vida brasileira cotidiana, de mistura com lendas e tradições populares. O espaço e o tempo são arbitrários, o fantástico assume um ar de coisa corriqueira e o lirismo da mitologia se funde a cada passo com a piada, a brincadeira, a malandragem nacional que seu protagonista encarna." O texto está falando de: a) O guarani. b) Macunaíma. c) Os sertões. d) Urupês. e) Fogo morto. 50. (UFOP-MG) Considere os poemas de PauBrasil, abaixo transcritos, da subsérie Poemas da Colonização, e responda às questões. Relicário No baile da Corte Foi o Conde d'Eu quem disse Pra Dona Benvinda Que farinha de Suruí Pinga de Parati Fumo de Baependi É comê bebê pitá e caí senhor feudal Se Pedro Segundo Vier aqui Com história Eu boto ele na cadeia a) Que visão os poemas expressam das elites dominantes do Brasil colonial? b) Em que essa visão difere da tradição romântica? 51. (UFRS) Sobre a poesia de Oswald de Andrade é correto afirmar que:
  • 10. a) refere a cidade de São Paulo mediante imagens crepusculares em longos poemas narrativos de verso livre. b) refere o contraste entre o dinamismo da cidade de São Paulo e a sobrevivência de traços coloniais no Brasil. c) retoma a tradição indianista para apresentar o índio que contesta a civilização ocidental por meio de ritos e feitiços. d) lança mão de sonetos para refletir sobre a brevidade da vida, a transitoriedade do amor e a iminência da morte. e) explora o tema da decadência econômica do patriarcalismo paulista ao recordar saudosamente seus antepassados. 52. (Fuvest-SP) Madrigal tão engraçadinho Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha vida, inclusive o porquinho-daíndia que me deram quando eu tinha seis anos. Este poema, de Libertinagem, de Manuel Bandeira, contém os títulos de outros dois poemas famosos do mesmo livro. a) Quais são eles? b) Qual é o tema comum aos três textos? 53. (Fuvest-SP) O último poema Assim eu quereria o meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais [simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os [diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem [explicação. (BANDEIRA, Manuel, Libertinagem.) Neste texto, ao indicar as qualidades que deseja para o "último poema", o poeta retoma dois temas centrais de sua poesia. Um deles é a valorização da simplicidade; o outro é a) a verificação da inutilidade da poesia diante da morte. b) a coincidência da morte com o máximo de intensidade vital. c) a capacidade, própria da poesia, de eliminar a dor. d) a autodestruição da poesia em um meio hostil à arte. e) a aspiração a uma poesia pura e lapidar, afastada da vida. 54. (Puccamp-SP) I. Todas as palavras sobretudo os [barbarismos universais Todas as construções sobretudo as sintaxes [de exceção Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis II. Estavam todos deitados Estavam todos dormindo Deitados Profundamente III. Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Assinale a alternativa em que se dão indicações corretas sobre os três importantes poemas do livro Libertinagem, de Manuel Bandeira, aos quais pertencem os fragmentos acima. (Unesp-SP) As questões de números 55 e 56 baseiam-se no seguinte texto: Relâmpago A onça-pintada saltou tronco acima que nem um relâmpago de rabo comprido e cabeça amarela: Zás! Mas uma flecha ainda mais rápida que o [relâmpago fez rolar ali mesmo aquele matinal gatão elétrico e bigodudo que ficou estendido no chão feito um fruto de [cor que tivesse caído de uma árvore! (RICARDO, Cassiano. Martim Cererê. 6. ed. São Paulo, Nacional, 1938.) 55. O livro Martim Cererê (1928) é um dos mais representativos da fase nacionalista, verdeamarelista de Cassiano Ricardo. Em cada poema dessa obra encontramos, explícita ou implicitamente, a presença de temas e formas populares, bem como alusões a fatos da nacionalidade. Com base na leitura de Relâmpago, aponte: a) a presença implícita de um elemento básico na formação étnica brasileira. b) dois vocábulos ou expressões que retratem o falar cotidiano brasileiro. I II III a) retomada de uma poética constituição de um mito alusão a um sonho b) poética modernista evocação da meninice afirmação de utopia c) defesa do poema em prosa nostalgia da mocidade afirmação do poema-piada d) posição antilírica instantâneo urbano alusão ao Carnaval de Schumann e) definição sentimental notícia de jornal alusão a leituras da infância
  • 11. 56. Com base no poema Relâmpago, aponte duas características da literatura modernista brasileira. 57. (UFMG) Leia o poema a seguir, da autoria de Manuel Bandeira: Trem de ferro Café com pão Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isto maquinista? Agora sim Café com pão Agora sim Voa, fumaça Corre, cerca Ai seu foguista Bota fogo Na fornalha Que eu preciso Muita força Muita força Muita força Oô... Foge, bicho Foge, povo Passa ponte Passa poste Passa pasto Passa boi Passa boiada Passa galho De ingazeira Debruçada No riacho Que vontade De cantar Oô... Quando me prendero No canaviá Cada pé de cana Era um oficiá Oô... Menina bonita Do vestido verde Me dá tua boca Pra matá minha sede Oô... Vou mimbora vou mimbora Não gosto daqui Nasci no sertão Sou de Ouricuri Oô... Vou depressa Vou correndo Vou na toda Que só levo Pouca gente Pouca gente Pouca gente... Sobre o poema, assinale a única afirmativa incorreta. a) A composição baseia-se em brincadeira popular, procedimento freqüente na poesia de Manuel Bandeira. b) O poema é construido a partir do ponto de vista de um observador que vê passar um trem de ferro. c) O ritmo primordialmente binário do poema e a ocorrência de repetições recriam o funcionamento da locomotiva. d) O uso intencional dos aspectos fônicos confere expressividade ao poema e reforça o sentido de seu titulo. 58. (UFPI) Libertinagem é o livro que marca a ruptura definitiva de Manuel Bandeira com a poética tradicional. A alternativa em que o poeta enfatiza essa ruptura é: a) Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei. b) Uns tomam éter, outros cocaína Eu já tomei tristeza, hoje tomo alegria. c) Andorinha, andorinha, minha cantiga é [mais triste! — Passei a vida à toa, à toa... d) Escuta, eu não quero contar-te o meu desejo Quero apenas contar-te a minha ternura. e) Estou farto do lirismo que pára e vai [averiguar No dicionário o cunho vernáculo de um [vocábulo. 59. (UFF-RJ) Pneumotórax Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos. A vida inteira que podia ter sido e que não foi. Tosse, tosse, tosse. Mandou chamar o médico: — Diga trinta e três. — Trinta e três... trinta e três... trinta e três... - Respire. ........................................................................................ — O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado. — Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax? — Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino. (BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 8. ed. Rio de Janeiro, Sabiá, 1972.) O texto, exemplo da poética modernista, alude à situação do indivíduo diante da morte iminente. Indique: a) o movimento literário anterior que vincula a morte à extinção do sofrimento existencial do indivíduo. b) dois traços poéticos do texto que o caracterizam como poema modernista.
  • 12. 60. (UFMG) Leia o poema a seguir, de autoria de Manuel Bandeira. Momento num café Quando o enterro passou Os homens se achavam no café Tiraram o chapéu maquinalmente Saudavam o morto distraídos Estavam todos voltados para a vida Absortos na vida Confiantes da vida. Um no entanto se descobriu num gesto [largo e demorado Olhando o esquife longamente Este sabia que a vida é uma agitação feroz e [sem finalidade Que a vida é traição E saudava a matéria que passava Liberta para sempre da alma extinta. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação incorreta. a) A atitude do homem atento ao enterro reduplica a opinião do eu-lírico sobre a relação vida/morte. b) O poema expressa uma visão materialista e irônica do mundo ao inverter a relação tradicional entre a alma e o corpo. c) Um dos componentes estruturantes da lírica de Bandeira, presente no poema, é a percepção linear dos elementos do mundo. d) Um traço fundamental da lírica de Bandeira, presente no poema, é a abordagem de temas universais a partir de elementos do quotidiano. 61. (UFU-MG) Brás, Bexiga ~ Barra Funda, de Antônio de Alcântara Machado, é um livro cujos contos transitam entre as poéticas da Antropofagia (vigente na década de 20) e do Realismo Social (nascente já no final dos anos 20), duas gerações do Modernismo brasileiro. A partir dos fragmentos a seguir, comente as características mencionadas referentes a essas poéticas: — Chi, Pepino! Você é ainda muito criança. Tu é ingênuo, rapaz. Não conhece a podridão da nossa imprensa. Que o quê, meu nego. Filho de rico manda nesta terra que nem a Light. Pode matar sem medo. É ou não é, seu Zamponi? (O monstro de rodas) (...) Braços nus, colo nu, joelhos de fora. Sapatinhos verdes. Bago de uva Marengo maduro para os lábios dos amadores. (Carmela) Os pares dançarinos maxixavam colados. No meio do salão eram um bolo tremelicante. Dentro do círculo palerma de mamãs, moças feias e moços enjoados. A orquestra preta tonitroava. Alegria de vozes e sons. Palmas contentes prolongaram o maxixe. O banjo é que ritmava os passos. (A sociedade) a) prosa poética: valorização de figuras de som (musicalidade). b) estruturas históricas de teor econômico e social facilmente identificáveis. c) narrativa em câmera aliada à linguagem telegráfica. 62. (UFU-MG) Assinale a única afirmação que não se refere corretamente a Malagueta, Perus e Bacanaço, de João Antônio: a) Pode-se afirmar que Malagueta, Perus e Bacanaço é um texto literário documental: o livro compõe-se de contos que narram a trajetória sem saída de três personagens típicas do submundo paulista no. b) O narrador desses contos utiliza com freqüência o discurso indireto livre e o discurso direto, obtendo com isso uma representação realista das formas de expressão características dos malandros de toda espécie, dos subempregados, dos freqüentadores de salões de jogos e de casas noturnas, dos pequenos marginais, das prostitutas, dos excluídos enfim que habitam nas grandes cidades brasileiras. c) Não há qualquer idealização ou complacência com a realidade representada nesses contos: as personagens são o retrato das pessoas como elas são, como elas vivem, ou melhor, sobrevivem diante da ausência de perspectivas sociais e efetivas. De um modo geral, não são boas nem más, são antes o resultado das circunstâncias extremamente adversas de sua existência. d) Embora o narrador procure distanciarse da narrativa passando a palavra, sempre que possível, às personagens dos contos (o que revela sua preocupação com um certo realismo ficcional), esse mesmo distanciamento expressa uma outra preocupação do escritor: o compromisso com uma literatura de denúncia. Assim sendo, o distancia- mento do narrador constitui um fator que ratifica ainda mais a presença do autor nessas narrativas e não o contrário, como se poderia supor. e) Malagueta, Perus e Bacanaço é um texto descritivo, sem outro objetivo senão o relato quase jornalístico de acontecimentos que compõem o dia-a-dia do submundo da cidade de São Paulo. 63. (PUC-RS) Leia o texto que segue: O velho José Paulino gostava de percorrer a sua propriedade, de andá-Ia canto por canto, entrar pelas suas matas, olhar as suas nascentes, saber das precisões de seu povo, dar os seus gritos de chefe, ouvir queixas e implantar a ordem. Andávamos muito nessas suas visitas de patriarca. Ele parava de porta em porta, batendo com a tabica de cipó-pau nas janelas fechadas. Acudia sempre uma mulher de cara de necessidade: a pobre mulher que paria os seus muitos filhos em cama de vara e criavaos até grandes com o leite de seus úberes de mochila. O trecho acima pertence a , obra de , vinculada ao Romance de 30. a) Vidas secas - Graciliano Ramos b) O quinze - Rachei de Queiroz c) Menino de engenho - José Lins do Rego d) Caetés - Graciliano Ramos e) Fogo morto - José Lins do Rego
  • 13. 64. (UFMS) Sobre o romance Fogo morto, de José Lins do Rego, é correto afirmar: a) Este romance constitui o ponto culminante do chamado" ciclo da cana-deaçúcar" na produção ficcional do autor. b) Ambientado na região canavieira do Nordeste, o romance recria com habilidade a fala, os costumes e as relações sociais dessa região do país. c) Interessado na modernização tecnológica e econômica do Nordeste, este trabalho do autor defende vigorosamente o avanço industrial e a implantação do capitalismo naquela região. d) Dividido em duas partes, uma dedicada ao mestre José Amaro, e a outra centrada no coronel Lula, o romance contrasta vivamente essas duas persona- gens, numa perspectiva de crítica política em que o primeiro é a vítima indefesa do segundo. e) A utilização do foco narrativo de primeira pessoa, centrado no mestre José Amaro, aponta para a adesão do autor aos valores representados por esta personagem. 65. (Unifor-CE) Descendente de senhores de engenho, o romancista soube fundir, numa linguagem de forte e poética oralidade, as recordações da infância e da adolescência, com o registro intenso da vida nordestina colhida por dentro, através dos processos mentais de homens e mulheres que repre- sentam a gama étnica e social da região. O trecho acima refere-se ao autor de a) Grande sertão: veredas. b) Morte e vida severina. c) Laços de família. d) Fogo morto. . e) Crônica da casa assassinada. 66. (UFRN) Indique a letra que preenche corretamente os espaços do texto:  trata da vida de menores abandonados, vivendo à custa de furtos e malandragens. Denuncia , contrapondo, permanentemente, burguesia e povo. O primeiro romance do autor, , foi O país do carnaval. a) A bolsa e a vida - o consumo de drogas - Nélida PilÍon b) O moleque Ricardo - as delinqüências juvenis - José Lins do Rego c) Capitães da areia - as desigualdades sociais - Jorge Amado d) A luta corporal- os abusos sexuais Adélia Prado e) Os condenados - a ineficácia dos reformatórios - Érico Veríssimo 67. (UFSC) Tocaia Grande No deslumbre da lua cheia cravada sobre a terra violada, sobre o rio assassinado, sobre a morte desatada, na hora da meia-noite, junto ao pé de mulungu, no alto do Outeiro do Capitão, Jacinta Coroca e Natário da Fonseca, ela com a repetição, ele com o parabelo, na tocaia, usufruíam a beleza da paisagem. Lá embaixo, jazia Tocaia Grande ocupada pelos jagunços e pelos cabras da Briosa. — O melhor de tudo - disse Coroca -, não tem nada que se compare, é aparar menino. Ver aquele peso de carne saído de um bucho de mulher, mexer na mão da gente, vi- vinho. Até dá vontade de chorar. No primeiro que peguei, caí no choro. O capitão deixou transparecer nos lábios o fio do sorriso: — Tu pegou um bocado de menino. Tu virou uma senhora dona. — Nós mudou e cresceu com o lugar. Tu também, Natário, não é o mesmo cabra ruim de dantes. — Possa ser. Houve um breve silêncio e, vinda do rio, na noite estival, a viração os envolveu numa carícia morna e espalhou no ar o perfume do jasmineiro. A partir do fragmento anterior e do conjunto da obra Tocaia Grande: a face obscura, de Jorge Amado, são corretas as proposições: a) Trata-se de uma história ficcional em que o narrador está ausente e não é personagem da ação, isto é, narrativa em terceira pessoa, mas é ele quem descreve a paisagem e dá voz a todos os personagens. b) Na realidade inventada de Tocaia Grande há uma série de passagens sentimentais relacionadas à natureza, que permitem dizer que a prosa apresenta características poéticas. c) A personagem Jacinta Coroca ganha profundidade e poder de convicção quando mostra não só a face da violência e do banditismo mas a da emoção pelo nascimento de uma nova vida. d) Há uma opção por uma linguagem modernista, repleta de frases curtas, telegráficas, sem verbos, que busca a desmontagem da paisagem e o esvaziamento das características regionais dos personagens. e) Em Tocaia Grande, há uma preocupação por parte do narrador em descrever a paisagem e os personagens através de pormenores ou detalhes, o que proporciona a inserção da obra de Jorge Ama- do na exploração literária do contexto baiano. 68. (PUC-MG) Assinale a característica presente na obra Fogo morto: a) ficção urbana. b) ironia. c) introspecção. d) experimentação na linguagem. e) caráter social. (PUC-RS) Instrução: Para responder às questões 69 e 70, ler o texto que segue: — Minha velha, amanhã tenho que ganhar os campos. Não sou marica para ficar assim dentro de casa. As eleições estão aí e nestes últimos dias nada tenho feito. Vou dar uma queda no José Paulino que
  • 14. vai ser um estouro. — Vitorino, eu te acho ainda muito machucado. — Não tenho mais nada. Você viu o compadre e o cego como estavam andando? Apanharam muito e não ficaram de papo pro ar numa rede como mulher parida. Um homem que se preza não deve se entregar. Vou para a cabala, amanhã na feira de Serrinha. Quero olhar para a cara de Manuel Ferreira. Este cachorro vive na Serrinha roubando o povo com parte de que é deputado. É outra safadeza de José Paulino, deixar que vá para a Assembléia do Estado um tipo como Manuel Ferreira. Boto abaixo tudo isto. 69. Considerando a * das personagens, a linguagem sem marcas significativas de * e a temática reveladora das estruturas históricas brasileiras, é possível associar o texto de José Lins do Rego ao romance *. a) verossimilhança - preciosismo - modernista b) configuração - nacionalismo - realista c) indefinição - preciosismo - pré-modernista d) verossimilhança - regionalismo - de 30 e) indefinição - verossimilhança - naturalista 70. Vitorino, personagem de *, de José Lins do Rego, conversa com sua esposa sobre os motivos que o impelem a sair de casa após ter sido surrado por questões políticas. Demonstra uma atitude * e *, já que pretende enfrentar o poder de José Paulino. a) Vidas secas - estéril – oportunista b) Fogo morto - ingênua – sonhadora c) Vidas secas - valente - impulsiva d) Fogo morto - realista - ufanista e) Menino de engenho - infantil - romântica 71. (UFRS) Assinale a afirmação incorreta sobre o Romance de 30. a) Os escritores retomaram a preocupação com a verossimilhança do romance realista, buscando maior fidelidade à história de seu tempo. b) Ao contrário dos modernistas de 22, os escritores não utilizaram grandes inovações formais, e sua linguagem segue a tradição do Realismo do século XIX. c) Predomina a temática agrária, que serve para denunciar as mazelas do subdesenvolvimento do país. d) Os escritores expressam uma visão crítica em relação ao mundo social, político e econômico por eles retratados. e) Os romances de temática urbana retratam os hábitos e costumes de grupos populares que se organizam para confrontos públicos com a burguesia. 72. (Fuvest-SP) São obras do mesmo autor de Vidas secas: a) Jubiabá, Mar morto b) Usina, Fogo morto c) O quinze, Caminho de pedras d) Angústia, São Bernardo e) A bagaceira, Coiteiras 73. (Fuvest-SP) O capítulo "O mundo coberto de penas", do romance Vidas secas (Graciliano Ramos), inicia-se com a seguinte descrição feita pelo narrador: O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar fogo. Vinham em bandos, arranchavam-se nas árvores da beira do rio, descansavam, bebiam e, como em redor não havia comida, seguiam viagem para o sul. O sol chupava os poços, e aquelas excomungadas levavam o resto da água, queriam matar o gado. Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cabras, que lembrança! (...) Um bicho de penas matar o gado! Provavelmente Sinhá Vitória não estava regulando. a) Sinhá Vitória vê a chegada das aves ao bebedouro do gado como um sinal. De acordo com o enredo de Vidas secas, o que simboliza a chegada das aves? b) Transcreva, do trecho citado, uma passagem que confirme a resposta dada ao item anterior. c) Como o sinal identificado por Sinhá Vitória pode ser relacionado à trajetória da família de Fabiano, em Vidas secas? 74. (Fuvest-SP) E, pensando bem, ele não era homem: era apenas um cabra ocupado em guardar coisas dos outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os cabelos ruivos: mas como vivia em terra alheia, cuidava de animais alheios, descobria-se, encolhiase na presença dos brancos e julgava-se cabra. Este é o retrato de Fabiano, do livro Vidas secas, de Graciliano Ramos. a) Por que o autor enumera os caracteres físicos de Fabiano? b) Que sentido tem a palavra cabra no texto? 75. (Fuvest-SP) Em determinada época, o romance brasileiro "procurou (...) enraizar fortemente as suas histórias e os seus personagens em espaços e tempos bem circunscritos, extraindo de situações culturais típicas a sua visão do Brasil." (Alfredo sosi) Esta afirmação aplica-se a a) Vidas secas e Fogo morto. b) Macunaíma e A hora da estrela. c) A hora da estrela e Serafim Ponte Grande. d) Fogo morto e Serafim Ponte Grande. e) Vidas secas e Macunaíma.
  • 15. 76. (PUC-SP) Vidas secas pertence à segunda fase do Modernismo, marcada pela prosa regionalista. Não se refere a autor e livro dessa fase a) Érico Veríssimo - Um certo capitão Rodrigo b) Jorge Amado - Terras do sem-fim c) Rachei de Queiroz - O quinze d) Franklin Távora - O cabeleira e) José Lins do Rego - Menino de engenho 77. (PUC-SP) O mulungu do bebedouro cobria-se de arribações. Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar fogo. Vinham em bandos, arranchavam-se nas árvores da beira do rio, descansavam, bebiam e, como em redor não havia comida, seguiam viagem para o Sul. O casal agoniado sonhava desgraças. O sol chupava os poços, e aquelas excomungadas levavam o resto da água, queriam matar o gado. (...) Alguns dias antes estava sossegado, preparando látegos, consertando cercas. De repente, um risco no céu, outros riscos, mi- lhares de riscos juntos, nuvens, O medonho rumor de asas a anunciar destruição. Ele já andava meio desconfiado vendo as fontes minguarem. E olhava com desgosto a brancura das manhãs longas e a vermelhidão sinistra das tardes. (...) (Graciliano Ramos) O texto integra o romance Vidas secas. A linguagem sintética caracteriza um texto enxuto e conciso, não porém destituído de marcas poéticas que dão a ele colorido e visual idade. a) Considerando o romance como um todo, o que prenuncia o trecho em questão? b) Destaque, no trecho dado, o elemento que indicia o que vai acontecer. 78. (Fuvest-SP) O menino mais novo teve uma dúvida e apresentou-a timidamente ao irmão. Seria que aquilo tinha sido feito por gente? O menino mais velho hesitou, espiou as lojas, as toldas iluminadas, as moças bem vestidas. Encolheu os ombros. Talvez aquilo tivesse sido feito por gente. Nova dificuldade chegoulhe ao espírito, soprou-a no ouvido dó irmão. Provavelmente aquelas coisas tinham nomes. O menino mais novo interrogou-o com os olhos. Sim, com certeza as preciosidades que se exibiam nos altares da igreja e nas prateleiras das lojas tinham nomes. Puseramse a discutir a questão intrincada. Como podiam os homens guardar tantas palavras? Era impossível, ninguém conservaria tão grande soma de conhecimentos. Livres dos nomes, as coisas ficavam distantes, misteriosas. Não tinham sido feitas por gente. E os indivíduos que mexiam nelas cometiam imprudência. Vistas de longe, eram bonitas. Admirados e medrosos, falavam baixo para não desencadear as forças estranhas que elas porventura encerrassem. (Graciliano Ramos. Vidas secas.) A escassez da linguagem verbal é um dos traços mais marcantes dos sertanejos de Vidas secas. Em vários episódios do livro examinam-se os efeitos dessa carência na vida das personagens, a) Que resultado dessa carência aparece no trecho acima? b) Mencione outra passagem do livro em que essa carência se manifesta, apontando suas conseqüências para a personagem. 79. (Vunesp-SP) Antes de iniciar este livro, imaginei construí-Io pela divisão do trabalho. Dirigi-me a alguns amigos, e quase todos consentiram de boa vontade em contribuir para o desenvolvimento das letras nacionais. Padre Silvestre ficaria com a parte moral e as citações latinas; João Nogueira aceitou a pontuação, a ortografia e a sintaxe; prometi ao Arquimedes a composição tipográfica; para a composição literária convidei Lúcio Gomes de Azevedo Gondim, redator e diretor do Cruzeiro. Eu traçaria o plano, introduziria na história rudimentos de agricultura e pecuária, faria as despesas e poria o meu nome na capa. (Graciliano Ramos) O trecho pertence a uma das principais obras de Graciliano Ramos, Vários personagens estão aí citados. O protagonista, que é também o narrador, é bastante citado pela crítica como símbolo do arrivismo, característico dos que aspiram ao poder. Trata-se de: a) um prefeito de Palmeira dos índios, em Alagoas, que é o próprio Graciliano Ramos. b) um jornalista chamado Luís da Silva. c) um comerciá rio, que tentava escrever um livro sobre uma tribo de índios, chamado João Valério. d) um fazendeiro, chamado Paulo Honório. e) um veterinário, metido a escritor, chamado Luís Padilha. 80. (FEI-SP) Assinale a alternativa que apresenta erro na correlação autor/obra: a) O tempo e o vento - Érico Veríssimo b) Mar morto - Jorge Amado c) Romanceiro da Inconfidência – Cecília Meireles d) Brejo das almas - Carlos Drummond de Andrade e) Fogo morto - Graciliano Ramos (PUC-SP) Os trechos a seguir foram extraídos de diferentes capítulos da obra São Bernardo, de Graciliano Ramos. A partir deles, responda às questões de números 80 e 81. RESOLVI estabelecer-me aqui na minha terra, município de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões. (Cap. 4) AMANHECI um dia pensando em casar. Foi uma idéia que me veio sem que nenhum rabo de saia a provocasse. Não me ocupo com amores, devem ter notado, e sempre me pareceu que mulher é um bicho esquisito, difícil de governar. (Cap. 11) CONHECI que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste. (Cap. 19)
  • 16. 81. A propósito dos trechos mencionados, é possível considerar que: a) indicam o único objetivo de Paulo Honório que é possuir as terras de S. Bernardo. b) representam meros marca dores temporais, já que, nesse romance, o tempo não tem importância na técnica narrativa. c) indiciam mudanças de acontecimentos narrativos, os quais se colocam como pilares estrutura dores do romance. d) focalizam a preocupagão do narrador personagem, que é dissociar os níveis de propriedade - terra e mulher. e) constituem eventos narrativos cuja função é apresentar Paulo Honório como herói cruel e, ao mesmo tempo, vitorioso. 82. As palavras ou expressões oferecem, aos falantes de uma língua, multiplicidade de uso, definindo-se seus significados na situação em que ocorrem. Veja, a esse exemplo, a expressão "no eito", no primeiro trecho. Levando em conta: I. o verbete no dicionário, definido como 1. Seqüência ou série de coisas que estão na mesma direção ou linha. 2. Bras. Limpeza de uma plantação por turmas que usam enxadas. 3. Bras. Roça onde trabalhavam escravos. A eito = a fio; a seguir. (et. Buarque de Holanda, l' ed., p. 501) II. O emprego no trecho apresentado, você poderia afirmar que ela se refere a: a) trabalhar com astúcia. b) trabalhar com afinco. c) trabalhar com resignação. d) trabalhar com prazer. e) trabalhar com revolta. 83. (ITA-SP) Com relação ao excerto: Resolvera de supetão aproveitá-Io (o papagaio) como alimento e justificara-se declarando a si mesma que ele era mudo e inútil. Não podia deixar de ser mudo. Ordinariamente a família falava pouco. E depois daquele desastre viviam todos calados, raramente soltavam palavras curtas. O louro aboiava, tangendo um gado inexistente, e latia arremedando a cachorra. pode-se afirmar que: I. faz parte do romance em que o autor descreve a realidade a partir da visão do sertanejo, associando a psicologia das personagens com as condições naturais e sociais em que estão inseridas. II. faz parte da obra São Bernardo, romance em que o autor questiona o latifúndio e as relações humanas, associando a psicologia das personagens com as condições naturais e sociais em que estão inseridas. III. faz parte da obra Vidas secas, romance em que o autor procurou denunciar a degradação humana decorrente de condições sociais e ecológicas adversas e o processo de revolução da estrutura social e econômica na paisagem açucareira do Nordeste, latifundiária e patriarca lista. Está(ão) correta(s): a) apenas a I. b) as afirmações I e II. c) apenas a lI. d) as afirmações I e III. e) apenas a III. 84. (UFPI) Existe em Vidas secas uma identificação entre personagens e cores. A alternativa em que a identificação não está correta é: a) Fabiano - rosto queimado, barba ruiva, olhos azuis b) Sinhá Vitória - saia de ramagens vermelhas c) Seu Tomás da bolandeira - amarelo, sisudo d) Soldado - branco, faces coradas e) Baleia - barriguinha vermelha 85. (UFMS) Assinale a(s) alternativa(s) correta(s): a) No romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, paisagem e linguagem tendem a se fundir: a escassez da fala das personagens encontra paralelo na aridez do cenário do semi-árido nordestino. b) Ponto alto do chamado" ciclo da canade-açúcar" na produção literária de José Lins do Rego, Fogo morto traça um painel crítico e sensível da decadência do mundo construído em torno da economia açucareira no Nordeste. c) Embora as manifestações diretas das personagens da família que protagoniza o romance sejam raras, o romance nos permite penetrar nos desejos e pensamentos de cada uma delas através do uso habilidoso do discurso indireto livre. d) É possível identificar na composição das relações sociais, nos valores éticos, na visão da sexualidade e dos aspectos econômicos no romance de José Lins do Rego a influência do estudo Casa grande & senzala, de Gilberto Freyre. e) Pode-se dizer que, enquanto o romance de Graciliano Ramos traça um quadro profundamente crítico da sociedade e da economia nordestinas, o trabalho de José Lins do Rego tende a revelar certo tom nostálgico com relação a um mundo irremediavelmente perdido. 86. (IMS-SP) Se não fosse aquilo... Nem sabia. O fio da idéia cresceu, engrossou - e partiu-se. Difícil pensar. Vivia tão agarrado aos bichos... Nunca vira uma escola. Por isso não conseguia defender-se, botar as coisas nos seus lugares. O demônio daquela história entravalhe na cabeça e saía. Era para um cristão endoidecer. Se lhe tivessem dado ensino, encontraria meio de entendê-Ia. Impossível, só sabia lidar com bichos. Nesse trecho percebemos que Fabiano, a personagem de Vidas secas, busca se expressar, mas lhe
  • 17. a) faltam palavras, não se formam pensa mentos claros, não é capaz de organizar a linguagem. b) falta coragem, o soldado amarelo sempre aparece em seus pensamentos, trazendo-lhe medo. c) falha o raciocínio, pois está perdendo o juízo, endoidecendo. d) atormenta a idéia de que o demônio o persegue. e) é impossível, pois não pára em nenhum lugar, vive partindo. 87. (UFRS) Assinale a afirmação correta sobre o Romance de 30. a) Predominou, entre os autores, uma preocupação de renovação estética seguindo os padrões da vanguarda literária européia. b) Na obra de José Lins do Rego, predomina a narrativa curta na recriação do modo de vida dos senhores de engenho. c) Os autores, em suas obras, te matizaram os problemas sociais com o intuito de denunciar as agruras das populações menos favorecidas. d) O caráter regionalista dos romances deste período deve-se à reprodução fiel do linguajar típico de cada região. e) A obra de Jorge Amado pode ser considerada uma exceção, no conjunto da época, porque seus romances apresentam uma grande inovação na estrutura narrativa. 88. (UFRS) Considere as seguintes afirmações sobre a obra de Graciliano Ramos: I. Vidas secas retrata o drama .de uma família de sertanejos na luta pela sobrevivência num mundo assolado pela seca e estruturado a partir de um modelo socioeconômico injusto. II. Em São Bernardo, o autor narra a trajetória de Paulo Honório, desde sua ascensão econômica e social até sua absoluta decadência, revelando o momento de transformações históricas nas décadas de 20 e 30 no Brasil. III. Infância é uma autobiografia na qual o autor conta, em tom nostálgico, os anos de prosperidade de sua família, abordando com carinho a figura paterna. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 89. (Puccamp-SP) Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso, a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa. Os termos destacados no trecho, de Vidas secas, indicam que, para Fabiano, a) as opressões da vida não eram invencíveis, já que seu ódio ou sua paciência, alternando-se, permitiam-lhe enfrentáIas do modo que lhe fosse mais conveniente. b) tudo era motivo de indignação, uma vez que seu pensamento confuso não distinguia entre os verdadeiros inimigos e os possíveis aliados. c) os diferentes antagonismos misturavam-se e confundiam-se em sua limitada capacidade de análise, o que lhe impedia qualquer reação objetiva. d) nada era especialmente revoltante, porque ele avaliava com acerto as forças de seus oponentes e acabava> adotando uma posição fatalista. e) a vida dos retirantes na caatinga era uma lição de conformismo, nada podendo ser feito contra as vicissitudes do clima que estará sempre a castigá-I os. 90. (Puccamp-SP) Como não sabia falar direito, o menino balbuciava expressões complicadas, repetia as sílabas, imitava os berros dos animais, o barulho do vento, o som dos galhos que rangiam na caatinga, roçando-se. (...) Não era propriamente conversa: eram frases soltas, espaçadas, com repetições e incongruências. Às vezes uma interjeição gutural dava energia ao discurso ambíguo. O fato de que as personagens centrais de Vidas secas expressam-se conforme indicam os fragmentos acima levou Graciliano Ramos, nesse romance, a a) ocupar-se com cenas basicamente descritivas, como um criador que não tem a opção dos diálogos nem tampouco acesso ao pensamento informe de suas criaturas. b) compor um conjunto de episódios isolados, desconsiderando a cronologia ou qualquer outro critério de encadeamento das ações. c) elaborar seu próprio estilo num registro imitativo, num discurso entre cortado e vago, que inutilmente procura a expressão exata. d) adotar formas de discurso indireto toda vez que desejou traduzir o pensamento nebuloso e fragmentário de suas personagens. e) criar um narrador que, desvinculado dos desejos e sentimentos das personagens, busca interpretá-Ios a partir de seus gestos ou expressões faciais. 91. (UFGO) De acordo com Alfredo Sosi, "Somos hoje contemporâneos de uma realidade econômica, social, política e cultural que se estruturou depois de 1930". (História concisa da literatura brasileira. 2. ed. São Paulo, Cultrix. p. 429.) Dentro desse quadro de estruturação, têm um valor singular os romances de 30. Assim pode-se afirmar que: a) em Vidas secas, Graciliano Ramos apresenta um quadro social dos retirantes nordestinos que, ao longo da narrativa, vão perdendo a identidade indi- vidual, a ponto de serem apenas inconveniências humanas. b) a literatura desse período, nomeada de regionalista, parte dos problemas sociais de uma região para
  • 18. enquadrá-Ia numa situação tipicamente brasileira, envolvendo sobretudo a injustiça e, como conseqüência, a miséria. c) não eram preocupações de José Lins do Rego e Rachei de Queiroz nem a situação de decadência das propriedades rurais, nem o castigo imposto pela seca nordestina. d) embora tenham o objetivo de denunciar uma realidade social, os romances de 30 distinguem-se de outras obras de caráter panfletário porque se destacam pelo apuro estético. 92. (Fuvest-SP) Leia atentamente o texto: Dados biográficos Mas que dizer do poeta numa prova escolar? Que ele é meio pateta e não sabe rimar? Que veio de Itabira, terra longe e ferrosa? E que seu verso vira, de vez em quando, prosa? (...) Que encontrou no caminho uma pedra e, estacando, muito riso escarninho o foi logo cercando? Esses "dados biográficos" são do poeta: a) Jorge de Lima b) Manuel Bandeira c) João Cabra I de Meio Neto d) Carlos Orummond de Andrade e) Guilherme de Almeida 93. (FCC-SP) I. Moderno e versátil, Vinicius de Moraes compõe, com maestria, tanto letras para canções populares como poemas dentro dos mais estritos padrões clássicos. II. Cecília Meireles caracterizou sua poesia pela constante sugestão de sombra, identificação e ausência; mas soube também incorporar a matéria histórica em uma das suas mais importantes obras. III. A Moreninha narra, em linguagem presa ao modelo lusitano, a história de um amor impossível entre um jovem da aristocracia imperial do Brasil e uma mestiça. Assinale a alternativa correta: a) Só a proposição I é correta. b) Só a proposição II é correta. c) Só a proposição III é correta. d) São corretas as proposições I e II. e) São corretas as proposições II e III. 94. (Vunesp-SP) Romanceiro da Inconfidência, poema épico-lírico, foi feito em homenagem aos heróis de Vila Rica, hoje Ouro Preto. Além do valor literário, é de extraordinário valor histórico, uma vez que retrata a época da mineração e os ideais daqueles que se levantaram contra a exploração de que éramos vítimas. Quem escreveu esta obra também nos legou estes versos: Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. Trata-se de: a) Cecília Meireles. b) Tomás Antônio Gonzaga. c) Lygia Fagundes Telles. d) Carlos Orummond de Andrade. e) Rachel de Queiroz. 95. (PUC-RS) Então desanimamos. Adeus, tudo! A mala pronta, o corpo desprendido, resta a alegria de estar só e mudo. Os versos anteriores demonstram um dos traços marcantes da poesia de Carlos Drummond de Andrade, que é o: a) misticismo b) euforismo c) desencanto d) radicalismo e) egocentrismo 96. (Cesesp-PE) Assinale a série em que todas as obras são de Carlos Drummond de Andrade: a) Brejo das almas, Paulicéia desvairada, Fazendeiro do ar b) Lição de coisas, Amar, verbo intransitivo, Contos de aprendiz c) Confissões de Minas, Câmara ardente, Broquéis d) Claro enigma, Clã do jabuti, Kyriale e) Sentimento do mundo, A rosa do povo, Claro enigma 97. (PUC-RS) O livro de Cecília Meireles que evoca os "tempos do ouro" denomina-se: a) Romanceiro da Inconfidência b) Balada para EI-Rei c) Vaga música d) Retrato natural e) Romance de Santa Clara 98. (PUC-RS) Não faça versos sobre acontecimen- tos. / Não há criação nem morte perante a poe- sia. / Diante dela, a vida é um sol estático. / Não aquece nem ilumina. Uma constante na obra poética de Carlos Drummond
  • 19. de Andrade, como se verifica nos versos acima, é: a) a louvação do homem social. b) o negativismo destrutivo. c) a violação e desintegração da palavra. d) o questionamento da própria poesia. e) o pessimismo lírico. 99. (UFSC) Assinale a(s) proposição(ões) verdadeira(s) com relação a Carlos Drummond de Andrade. a) Carlos Drummond de Andrade, representante mais alto da prosa realista brasileira, preocupou-se em escrever sobre a vida dos italianos de São Paulo. É o que se pode depreender da leitura das obras Brás, Bexiga e Barra Funda. b) Em Contos de aprendiz, o autor se apega ao misticismo e à religiosidade, através de uma temática de caráter nacional, o índio. c) Carlos Drummond de Andrade publica Contos de aprendiz em 1951, depois de já ser um reconhecido poeta das letras naCionaiS. d) No conto O sorvete, o narrador-personagem fala da decepção que lhe causou o primeiro sorvete, nos idos de 1916, quando estudante interno em um colégio em Belo Horizonte. e) Em Vocês, criados em cidade grande, não se espantem com esse jeito de nossa infância do interior. Ah, no interior se briga muito. Até mesmo no meu Estado, símbolo de ordem e moderação, terra de bois pacíficos e de políticos suaves e bem comportados..., Carlos Drummond de Andrade satiriza os costumes dos habitantes de sua terra natal, o estado da Bahia. 100. (Unifor-CE) Identifique os versos que re- presentam o lirismo irônico de Carlos Drummond de Andrade, ao falar de suas origens. a) Sou bem-nascido. Menino, Fui, como os demais, feliz. Depois veio o mau destino E fez de mim o que quis. b) Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! c) Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo. d) Capiberibe – Capibaribe Lá longe o sertãozinho de Caxangá Banheiros de palha e) Cadê você meu país do Nordeste que eu não vi nessa Usina Central Leão [de minha terra? Ah! Usina, você engoliu os bangüezinhos [do país das Alagoas! 101. (Puccamp-SP) Sentimental Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas e debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! – Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz [amarelo: Neste país é proibido sonhar. (Carlos Orummond de Andrade) Este poema é caracteristicamente modernista porque nele: a) a uniformidade dos versos reforça a simplicidade dos sentimentos experimentados pelo poeta. b) tematiza-se o ato de sonhar, valorizando-se o modo de composição da linguagem surrealista. c) satiriza-se o estilo da poesia romântica, defendendo os padrões da poesia clássica. d) a linguagem coloquial dos versos livres apresenta com humor o lirismo encarnado na cena cotidiana. e) o dia-a-dia surge como novo palco das sensações poéticas, sem imprimir alteração profunda na linguagem lírica. 102. (Vunesp-SP) Se quisermos citar dois grandes escritores nacionais cuja obra aborda a vida, os costumes e conflitos do nosso camponês, especificamente dos habitantes dos sertões de Minas Gerais e do Nordeste, teremos: a) Machado de Assis e Jorge Amado. b) José de Alencar e Aluísio de Azevedo. c) Érico Veríssimo e Raul Pompéia. d) Mário Palmério e Érico Veríssimo. e) Guimarães Rosa e Graciliano Ramos. 103. (lTA-SP) Desde o início, nota-se-Ihe o esforço em querer atingir as camadas mais profundas da consciência humana, buscando o significado da existência e da própria atividade de escrever. Por isso, em suas obras, o interesse principal não está no desenvolvimento do enredo; o que lhe importa é investigar a repercussão que os fatos têm sobre a consciência dos personagens. Trata-se de uma literatura introspectiva, que mergulha fundo no interior do ser humano para revelar suas dúvidas e inquietações. Ou nas suas próprias palavras: "Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está ocultá - e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidade de mar". As informações acima referem-se a:
  • 20. a) Graciliano Ramos b) Dalton Trevisan c) Clarice Lispector d) Nélson Rodrigues e) Mário de Andrade 104. (UFRS) Considere as seguintes afirmações sobre Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa. I. O autor rompe as fronteiras entre a prosa narrativa e a lírica, criando uma linguagem revolucionária que mistura onomatopéias, aliterações, neologismos e arcaísmos. II. Para o personagem-narrador Riobaldo, o ato de contar a um interlocutor seu passado de aventuras como membro de um bando de jagunços permite o questionamento e a reavaliação do significado de sua trajetória. III. Ao longo da narrativa, Riobaldo busca resposta para um de seus principais conflitos, a dúvida sobre a existência de deus e do diabo. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e II. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 105. (UCDB-MT) Dentre as obras a seguir, qual não se filia à segunda geração modernista? a) Laços de família b) Olhai os lírios do campo c) Vidas secas d) Terras do sem-fim e) Memórias do cárcere 106. (FCC-SP) Em Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, ergue-se como presença dominadora a Terra bruta dos confins de Minas Gerais; as personagens figuram o Homem endurecido pela rude lida do sertão; e o enredo é a Luta épica entre grupos de jagunços. Esses três elementos estruturais lembram uma semelhança básica com: a) O sertão, de Coelho Neto. b) Canaã, de Graça Aranha. c) Os caboclos, de Waldomiro Silveira. d) Urupês, de Monteiro Lobato. e) Os sertões, de Euclides da Cunha. 107. (UFPR) A obra Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa: a) continua o regionalismo de fins do século passado, sem grandes inovações. b) exprime problemas humanos, em estilo próprio, baseado na contribuição lingüística regional. c) descreve tipos de várias regiões do Brasil, na tentativa de documentar a realidade brasileira. d) fixa os tipos regionais, com precisão científica. e) idealiza o tipo sertanejo, continuando a tradição de Alencar. 108. (UFRS) O romance de Clarice Lispector: a) fiIia-se à ficção romântica do século XIX, ao criar heroínas idealizadas e mitificar a figura da mulher. b) define-se como literatura feminista por excelência, ao propor uma visão da mu lher oprimida num universo masculino. c) prende-se à crítica de costumes, ao analisar com grande senso de humor uma sociedade urbana em transformação. d) explora até as últimas conseqüências, utilizando embora a temática urbana, a linha do romance neonaturalista da Geração de 30. e) renova, define e intensifica a tendência introspectiva de determinada corrente de ficção da 2ª geração moderna. 109. (FEI-SP) Relacione autor e obra, colocando entre os parênteses o número correspondente ao autor: I. Carlos Drummond de Andrade II. Olavo Bilac III. José de Alencar IV. IV Mário de Andrade V. V Clarice Lispector ( ) 1. O gaúcho ( ) 2. A maçã no escuro ( ) 3. Claro enigma ( ) 4. O caçador de esmeraldas ( ) 5. Amar, verbo intransitivo A seqüência correta é: a) I.3 – II.4 – III.1 – IV.5 – V.2. b) I.2 – II.3 – III.4 – IV.1 – V.5. c) I.5 – II.1 – III.3 – IV.4 – V.2. d) I.2 – II.4 – III.1 – IV.5 – V.3. e) I.1 – II.5 – III.2 – IV.3 – V.4. 110. (UFPI) Grande sertão: veredas, romance de Guimarães Rosa, revela a presença de vários personagens, dos quais um faz pacto com o diabo. Este personagem é a) Joca Ramiro b)Riobaldo c) Diadorim d) Hermógenes e) Augusto Matraga 111. (Unifor-CE) A obra-prima de *é sem dúvida*, romance que deveria ter sido uma das novelas de Sagarana, mas que se ampliou até às dimensões atuais e se revelou a expressão máxima do modo de vida e do imaginário do nosso sertanejo, protagoniza- do por*, que é também o narrador.
  • 21. Devo registrar aqui uma alegria. É que a moça num aflitivo domingo sem farofa teve uma inesperada felicidade que era inexplicá- vel: no cais do porto viu um arco-íris. Expe- rimentando o leve êxtase, ambicionou logo outro: queria ver, como uma vez em Maceió, espocarem mudos fogos de artifício. Ela quis mais porque é mesmo uma verdade que quando se dá a mão, essa gentinha quer todo o resto, o zé-povinho sonha com fome de tudo. E quer mas sem direito algum, pois não é? (Clarice Lispector. A hora da estrela.) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto acima. a) Euclides da Cunha - Os sertões - Antônio Conselheiro. b) Guimarães Rosa - Grande sertão: veredas - Riobaldo. c) Graciliano Ramos - São Bernardo - Paulo Honório. d) Machado de Assis - Dom Casmurro - Bentinho. e) Jorge Amado - Jubiabá – Antônio Balduíno. 112. (UFSE) Considere as seguintes associações: I. Guimarães Rosa - Regionalismo universalizante - Corpo de baile II. Clarice Lispector - Interiorização da experiência - A paixão segundo G. H. III. Jorge Amado - Regionalismo tradicional - Sagarana IV. Érico Veríssimo - Saga regionalista - O tempo e o vento Há correta associação dos elementos em: a) I, II e III. b) I, II e IV c) I, II, III e IV. d) I, III e IV e) II, III e IV. 113. (Fuvest-SP) o trecho em destaque no excerto acima apresenta, como recurso estilístico, o emprego irônico: a) da metalinguagem, para desmistificar o caráter ficcional da narrativa. b) do clichê, para revelar a distinção entre linguagem culta e linguagem popular. c) dos diminutivos, para satirizar a passividade das classes populares. d) da frase feita, para criticar o preconceito antipopular. e) e) da metalinguagem, para criar distancia mento crítico entre o narrador e a personagem. 114. (Fuvest-SP) Será que eu enriqueceria este relato se usasse alguns difíceis termos técnicos? Mas aí que está: esta história não tem nenhuma técnica, nem de estilo, ela é ao deus-dará. Eu que também não mancharia por nada deste mundo com palavras brilhantes e falsas uma vida parca como a da datilógrafa. (Clarice Lispector. A hora da estrela.) Em A hora da estrela, o narrador questiona-se quanto ao modo e, até, à possibilidade de narrar a história. De acordo com o trecho anterior, isso deriva do fato de ser ele um narrador: a) iniciante, que não domina as técnicas necessárias ao relato literário. b) pós-moderno, para quem as preocupações de estilo são ultrapassadas. c) impessoal, que aspira a um grau de objetividade máxima no relato. d) d) objetivista, que se Preocupa apenas com a precisão técnica do relato. e) e) autocrítico, que percebe a inadequação de um estilo sofisticado para narrar a vida popular. 115. (Puccamp-SP) Leia com atenção os seguintes excertos de contos do livro Laços de família, de Clarice Lispector: Mas ninguém poderia adivinhar o que ela pensava. E para aqueles que junto da porta ainda a olharam uma vez, a aniversariante era apenas o que parecia ser: sentada à cabeceira da mesa imunda, com a mão fechada sobre a toalha como encerrando um cetro, e com aquela mudez que era a sua última palavra. (Feliz aniversário) Olhando os móveis limpos, seu coração se apertava um pouco em espanto. Mas na sua vida não havia lugar para que sentisse ternura pelo seu espanto - ela o abafava com a mesma habilidade que as lides em casa lhe haviam transmitido. Saía então para fazer compras ou levar objetos para consertar, cuidando do lar e da família à revelia deles. (Amor) Em ambos os excertos destaca-se um dos temas estruturadores do livro Laços de família, já que nele a autora: a) explora o imaginário feminino, cuja na tureza idealizante liberta a mulher de qualquer preocupação existencial. b) denuncia o conformismo burguês da mulher, fazendo-nos ver que seus inúteis devaneios a afastam da realidade. c) satiriza a hipocrisia dos laços familiares, propondo em lugar deles a harmonia de um mundo politicamente mais aberto e mais democrático. d) desvela as tensões entre o universo íntimo e complexo da mulher e as condições objetivas do cotidiano em que ela deve desempenhar seu papel.
  • 22. e) revela a solidez íntima da mulher, mais preparada para o sucesso das relações familiares do que o homem, obcecado por valores materiais. 116. (Puccamp-SP) E desse modo ele se doeu no enxergão, muitos meses, porque os ossos tomavam tempo para se ajuntar, e a fratura exposta criara bicheira. Mas os pretos cuidavam muito dele, não arrefecendo na dedicação. – Se eu pudesse ao menos ter .absolvição dos meus pecados!... Então eles trouxeram, uma noite, muito à escondida, o padre, que o confessou e conversou com ele, muito tempo, dando-lhe conselhos que o faziam chorar. – Mas, será que Deus vai ter pena de mim, com tanta ruindade que fiz, e tendo nas costas tanto pecado mortal?! – Tem, meu filho. Deus mede a espora pela rédea, e não tira o estribo do pé de arrependido nenhum... E por aí afora foi, com um sermão comprido, que acabou depondo o doente num desvencido torpor. Liga-se a este trecho de Guimarães Rosa a seguinte afirmação: a) É um exemplo de crise da fala narrativa, dissolvendo-se a história num estilo indagador e metafísico. b) É uma arte marcada pelo grotesco, pela deformação, que coloca em cena tipos humanos refinadamente exóticos. c) O autor recolheu lendas de interesse folclórico, que sabe recontar de modo documental, isento e objetivo. d) Um universo rude e um plano místico se cruzam com freqüência em sua obra, fundindo-se um no outro. e) A miséria arrasta as personagens para a desesperança, revelando-se ainda na pobreza de sua expressão verbal. 117. (Puccamp-SP) Indique a alternativa em que se faz afirmação correta sobre Sagarana, de João Guimarães Rosa. a) Neste livro de consagração, o autor reúne novelas em que a pesquisa de linguagem e estilo encontra pontos de hermetismo e incomunicabilidade, sem prejuízo para a alta poesia. b) Os contos regionalistas deste volume inovam sem recusar a tradição do gênero, já que por trás do estilo modernista movem-se os românticos perso- nagens do sertão. c) Costumes, aventuras e sagas encorpam estas narrativas em que o autor surge como um atento ouvinte da fala sertaneja, transcrita no livro com a objetividade dos realistas. d) Estas narrativas de vanguarda partem do cotidiano dos Gerais para ascenderem à condição de arte pura, cujo nível de elaboração faz esquecer a rus- ticidade do meio que descrevem. e) A surpreendente síntese alcançada nestes contos de estréia ocorre não apenas entre o regionalismo e o universalismo, mas também entre a elaboração literária e a fala popular. 118. (UFRN) Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito perigoso. Com relação ao autor do fragmento, podese dizer: I. Ao retratar o sertão mineiro em sua obraprima, ele consegue recriá-Io, reinventá10 através da linguagem, e o resultado disso é a universalização do regional. II. Ambientada em Canudos, sua principal obra o consagrou no gênero novelístico. Nela, ele trabalha três elementos estruturais: a terra, o homem, a luta. III. Quando publicou, em 1956, sua obra mais notável – uma coletânea de crônicas tão primorosas quanto as de Rubem Braga –, ele deu uma nova dimensão à prosa regionalista. É (são) correta{s) a(s) afirmação(ões): a) II. b) I. c) III d) II e III. e) I, II e III. 119. (UFMS) Assinale aIs) alternativa(s) correta(s): a) Em Laços de família, Clarice Lispector faz um grande elogio ao equilíbrio e às virtudes das relações familiares tradicionais. b) Nos contos do volume, Clarice Lispector exercita sua prosa intimista, linha da qual a autora é uma das mais importantes representantes em nossa literatura. c) Em suas obras, Guimarães Rosa vai além do regionalismo tradicional, adaptando e recriando inventiva mente a linguagem popular. d) No conto Famigerado, o autor explora com humor a trajetória do sertanejo bruto que, desconhecendo o sentido da palavra que dá título à narrativa, procura quem lhe possa sanar a dúvida. e) Traço comum entre Guimarães Rosa e Clarice Lispector é o predomínio da ambientação rural, das paisagens do interior do país, da representação de seus usos e costumes tradicionais. 120. (UFMG) Os trechos a seguir, da novela Campo geral, que integra a obra Manuelzão <! Miguilim, de Guimarães Rosa, revelam que o autor procura ajustar a linguagem da narrativa à composição da per- sonagem Miguilim, exceto a) Ao quando dava qualquer estiada, saía um solzinho arrependido, então vinham aparecendo abelhas e marimbondos, de muitas qualidades e cores,
  • 23. pousavam quietinhos, chupando no caixão de açúcar, muito tempo, o açúcar mel-meia, pareciam que estavam morridos. b) O coelhinho tinha toca na borda-da-mata, saía só no escurecer, queria comer, queria brincar, sessepe, serelé, coelhinho da silva, remexendo com a boquinha de muitos jeitos, esticava pinotes e sentava a bundinha no chão, cismado, as orelhas dele estremeciam constantemente. c) Olhou os matos escuros de cima do morro, aqui a casa, a cerca de feijão-bravo e sãocaetano; o céu, o curral, o quintal; os olhps redondos e os vidros altos da manhã. Olhou, mais longe, o gado pastando perto do brejo, florido de são-josés, como um algodão. O verde dos buritis, na primeira vereda. d) Pobre dos passarinhos do campo, desassisados. O gaturano, tão podido miúdo, azulzinho no sol, tirintintim, com brilhamentos, mel de melhor - maquinazinha de ser de bem cantar... - "O gaturaminho das frutas, ele merece castigo, Dito?" 121. (FCMSC-SP) Obras de Oalton Trevisan, Rubem Fonseca, Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles atestam o fato de que: a) a linguagem (desagregadora) e a visão do mundo (reivindicatória, anárquica) dos modernistas de primeira geração constituem a fonte primeira de inspiração dos contistas contemporâneos. b) a poesia de caráter social e reivindicatória tem caracterizado a criação literária dos autores modernos. c) estilos muito semelhantes, com traços de Neo- Romantismo, dominam a criação literária contemporânea. d) o conto, de tendências diversas (de denúncia social, intimista, de especulação da existência). tem sido uma constante da produção literária contempo- rânea. . e) romances politicamente comprometidos, neonaturalistas, de denúncia das mazelas da sociedade, constituem o aspecto mais importante da literatura da geração de 30. 122. (IMS-SP) E se somos Severinos iguais em tudo na vida, morremos de morte igual, mesma morte severina: que é a morte de que se morre de velhice antes dos trinta, figura de emboscada antes dos vinte, de fome um pouco por dia (de fraqueza e de doença é que a morte severina ataca em qualquer idade, e até gente não nascida). Fazendo um paralelo entre o fragmento do poema Morte e vida severina, de João Cabral, e a reprodução de Os retirantes, de Cândido Portinari, pode-se afirmar que em ambos: a) predomina o desprezo pelo retirante nor destino, incapaz de reverter sua miséria. b) aparece o sentimento de piedade pelo sertanejo, representante de um grupo inferior. c) demonstra-se a miséria de um povo, responsável pelo subdesenvolvimento nacional. d) revela-se um quadro de denúncias sociais numa situação de miséria e de abandono do retirante. e) há a denúncia do latifundiário, que escraviza o sertanejo. 123. (Cesesp-PE) O poeta começou já ele mesmo em Pedra do sono: poesia visual, linguagem ascética. E já poeta da pedra, por ela educado, como explicitamente dirá 24 anos mais tarde. E logo, antes da jornada artística, põe-se a meditar sobre o seu ofício (...) "Ele será engenheiro" ordenará as pedras ao som da lira, como Anfion. Poesia "antipoesia" (antiode), isto é, oposta a sentimentalismos, divagações, melosidades, intuições e inspirações aleatórias. Visão do essencial, de estruturas sólidas e canto nítido, exato e conciso. (Celso Luft) Esses conceitos retratam o mundo poético de: a) João Cabral de Meio Neto b) Carlos Orummond de Andrade c) Manuel Bandeira d) Mário de Andrade e) Olavo Bilac
  • 24. GABARITO 1. d 2. e 3. a 4. c 5. c 6. b 7. a) nos contos. b) Urupês, Cidades mortas 8. c 9. d 10. c 11. c 12. e 13. A retomada do poema romântico de Casimiro de Abreu, fazendo uso da intertextualidade, e da falta de pontuação. 14. c 15. a 16. a) Parnasianismo b) A poeira é o lirismo que se encontra dentro das artes poéticas que seria a técnica usada para a composição do texto (métrica, rima, ritmo) 17. a) texto 2 parnasiano, texto lapidado. b) nega os procedimentos estéticos do texto 2, por meio da ironia. 18. e 19. d 20. e 21. b 22. d 23. a 24. c 25. b 26. e 27. a, d, b 28. d, b, d 29. c 30. d 31. a 32. Elementos étnicos: o fato de Macunaíma ser “preto retinto”, ter nascido no meio do mato virgem; históricos/culturais: a valorização do folclore e das crenças indígenas; e sociais: a preguiça, como forma de negação da realidade circundante. 33. a) O trecho pertence à primeira fase do Modernismo brasileiro. b) II. Uso de figuras de linguagem, para permitir a visualização da cena descrita. Observem-se em especial as metonímias que recuperam detalhes da cena , a sinestesia (“voz toda preta de mamãe”), o deslocamento de qualificadores de um sintagma para outro (“casa velha que fazia doces”; “figueira na janela”). III. Adaptação do ritmo da frase à situação vivenciada em cada momento. No trecho, a visão da criança é transcrita por meio de frases longas cujos nexos lógicos não são os mais indicados pela gramática tradicional. 34. c 35. a 36. a 37. a 38. a) A palavra Geheimnis significa “segredo”, e a relação amorosa que Carlos e Fräulein mantêm é secreta. b) Sousa Costa lança um “olhar malicioso” a Carlos e Fräulein porque contratou a governanta para que iniciasse o filho sexualmente, e a intimidade dos dois parece revelar-lhe que essa relação já se concretizou. c) Carlos e Fräulein têm dificuldade de lembrar o significado da palavra porque ela revela a própria natureza da relação existente entre eles. 39. a) Trata-se do Expressionismo. b) Sugestão de conteúdos psicológicos através de imagens distorcidas do mundo exterior (“montanha curvada”; “as montanhas desembestavam assustadas...contorcidas”); associações subjetivas, compondo um quadro da imaginação e do desejo da personagem. 40. b 41. a; d; e. 42. d 43. c 44. a
  • 25. 45. c 46. c 47. c 48. d 49. b 50. a) Além de indolentes e preguiçosas, as elites consideram que sua autoridade é superior. b) Na tradição romântica a elite representa uma classe em que se aliam conhecimento e nobreza de caráter, é possuidora de valores morais indiscutíveis. 51. b 52. a) Tereza e Porquinho-da-índia. b) O tema comum aos três textos é a relação amorosa. 53. e 54. b 55. a) O elemento básico na formação étnica implícito no texto é o índio, denunciado pela “flecha ainda mais rápida que o relâmpago”. b) “que nem” e “feito”, expressões empregadas em frases comparativas. 56. O nacionalismo e o emprego da linguagem cotidiana. 57. b 58. e 59. a) O Romantismo. b) A ironia e o humor, bem como o emprego de um vocabulário até então considerado não-poético. 60. c 61. b; c; a. 62. e 63. c 64. a, b 65. d 66. c 67. a, b, e 68. e 69. d 70. b 71. b 72. d 73. a) A chegada das aves simboliza o início do período de secas. b) “Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar fogo.” c) O sinal relaciona-se à trajetória da família de Fabiano porque ela vive um eterno partir em busca de um lugar melhor para viver, fugindo da seca. 74. a) As características físicas de Fabiano são levantadas para oporem-se à sua maneira de agir: é um homem branco (ruivo, olhos azuis), mas é submisso como um escravo. A conjunção adversativa mas contrapõe a descrição física à sua maneira de ser. b) No texto, “cabra” é o trabalhador do campo, o empregado, o morador de propriedade rural. 75. a 76. d 77. a) O trecho prenuncia um período de seca e, portanto, de fuga para a família. b) Indica o que vai acontecer: “Mau sinal, provavelmente o sertão ia pegar fogo”. Riscos no céu, rumor de asas, anunciando destruição, arribações. 78.a) Os meninos mostram-se admirados quanto ao fato de algumas pessoas conseguirem guardar tantos nomes diferentes para tantas coisas que existem e assustados porque as coisas sem nome mostram-se a eles como misteriosas e, por isso, intocáveis. b) A carência de linguagem também se manifesta quando Fabiano precisa conversar com o soldado amarelo e sua incapacidade de expressão é responsável por sua injusta prisão. 79. d 80. e 81. c 82. b 83. a 84. d 85. a, b, e 86. a 87. c 88. d 89. c 90. d 91. a) c b) c c) e d) e 92. d
  • 26. 93. d 94. a 95. c 96. e 97. a 98. d 99. c, d 100. b 101. d 102. e 103. c 104. e 105. a 106. e 107. b 108. e 109. a 110. b 111. b 112. b 113. d 114. c 115. d 116. d 117. e 118. b 119. b, c, d 120. c 121. d 122. d 123. a