Este documento discute a deficiência motora, definindo-a e discutindo suas causas, tipos, características, adaptações educacionais e o papel do educador. Aborda definições, categorias incluídas, causas pré, peri e pós-natal, tipos de deficiência motora, prevenção, sinais de alerta, características, adaptações familiares e escolares, estratégias educativas e o que educadores devem saber.
2. Temas a abordar:
Definição
Causas
Tipos
Prevenção sinais de alerta
Características
Adaptações educacionais
Papel do educador / Auxiliar
3. Deficiência Motora
A categoria de crianças
com deficiências físicas e
outros problemas de saúde
refere-se a uma variedade
de condições não
sensoriais que afectam o
bem-estar da criança e que
podem criar problemas de
educação especial em
torno da mobilidade,
vitalidade física e auto –
imagem.
O auto-conceito de uma
criança com deficiência
física depende, de certo
modo, da atitude das outras
pessoas em relação a ela!
4. Definição
A deficiência motora é definida como uma
desvantagem, resultante de uma perturbação ou de
uma incapacidade, que limita ou impede o
desempenho motor de determinada pessoa.
Segundo a Declaração dos Direitos das Pessoas
Deficientes elaborada pela Assembleia geral das
Nações Unidas em 1975, definiu o deficiente motor
como uma pessoa incapaz de assegurar, por si
mesma, total ou parcialmente, as necessidades de
uma vida individual ou social normal.
6. Causas inerentes à
Deficiência Motora
Pré-parto:
Ameaça de aborto;
Choque directo no abdómen
na mãe;
Exposição aos raios-X nos
primeiros meses de gestação;
Incompatibilidade de RH da
mãe e do pai;
Infecções contraídas pela mãe
durante a gravidez (rubéola,
sífilis, toxoplasmose);
Mãe portadora de diabetes.
7. Causas inerentes à
Deficiência Motora
Parto:
Falta de oxigenação ao
nascimento da criança;
Um parto muito
demorado;
Uso do fórceps;
Manobras obstétricas
violentas;
Bebés prematuros.
8. Causas inerentes à
Deficiência Motora
Pós-parto:
Período de febre alta (39ºC ou
superior) logo nos primeiros meses de
vida;
Desidratação com perda significativa
de líquidos;
Infecções cerebrais causadas por
meningite ou encefalite;
Ferimento ou traumatismo na cabeça;
Sarampo;
Traumatismo crânio-encefálico até aos
três anos de idade;
9. Tipos de Deficiência Motora
De origem encefálica:
Esclerose Múltipla
AVC (Acidente Vascular
Cerebral)
Paralisia Cerebral;
De origem espinhal:
Polimielite
Traumatismos com ruptura ou
compressão medular
Malformação (espinha bífida)
De origem muscular:
Distrofia muscular progressiva
De origem ósteo-articular:
Luxações
Ausência congénita de
membros
Doenças ligadas a fragilidade
dos ossos
Condrodistrofia (anomalia no
crescimento do osso)
Amputações
10. Prevenção da Deficiência
Motora
Acompanhamento pré-natal;
Prevenir a hipoxia perinatal;
Prevenir as infecções congénitas
e hiperbilirrubinemia neonatal;
Boa nutrição e eliminação
do uso de drogas, álcool fumo
uso de medicamentos;
Vacinação contra a rubéola
antes de engravidar;
Prevenir a toxoplasmose materna;
Prevenir a incompatibilidade sanguínea;
Prevenir quedas;
Estimular a criança durante o seu desenvolvimento.
11. Sinais de alerta
Dificuldade de sucção
Tónus muscular
alterado
Alterações da postura
Atraso para firmar a
cabeça e sorrir
Quando isto acontece
deve-se proceder a:
Exames de laboratório
sangue/urina
Neuro-imagem
(tomografia
computorizada
(TAC) /ressonância
magnética)
Reflexo de Moro
12. Características de crianças /
jovens com Deficiência Motora
Espasmos;
Problemas a nível de tonicidade muscular;
Movimentos involuntários;
Problemas de postura, movimento, visão, audição, fala,
desenvolvimento intelectual, personalidade e atenção
Convulsões;
Anomalias no campo das sensações e da percepção;
Dificuldades na alimentação.
Movimentos pouco ou nada coordenados;
Paralisia numa parte do corpo
14. Adaptações a nível familiar
Recomenda-se o início precoce da educação para a
criança com deficiência física através da educação
sistemática nos anos pré – escolares: colocação da
criança deficiente física em uma creche ou programas de
treinamento de pais.
As primeiras tarefas
é lidar com a reacção
emocional deles em relação
ao facto de que o seu
filho é deficiente.
15. proteger os filhos…
" Com muita frequência, os pais têm
tendência a proteger a criança
deficiente de experiências (em parte
como uma protecção para a criança
contra encontros potencialmente
dolorosos) e, em muitos casos, tratam-
na como criança muito menor do que
é. Os pais podem estar tão obcecados
com as limitações da criança que
negligenciam habilidades
recentemente desenvolvidas."
16. Adaptações a nível familiar
Um dos primeiros passos é convencer os pais de que, em
alguns casos, a criança é capaz, se receber instrução
sistemática e algum equipamento adaptado.
A recompensa por tais actividades não é somente o reforço
das suas habilidades motoras, mas a actividade pode ser
utilizada para estimular a linguagem e objectivos cognitivos,
resultando numa melhor auto – imagem, pois as crianças
provam a si mesmas, aos seus pais e às outras pessoas que
elas são competentes, apesar de certas deficiências.
A percepção de que se é capaz permite à criança aumentar a
sua auto-estima e minimizar o seu problema.
Maior confiança e motivação para os
pais
17. Adaptações na escola
Depende do tipo de deficiência
motora!
O ambiente físico tem que ser mais
acolhedor
Actualmente vemos rampas para
cadeiras de rodas,
corrimão no WC,
superfícies não escorregadias e
outras modificações ambientais
que encorajam a independência.
salas especiais para terapia física e
ocupacional são equipadas com os
materiais necessários usados para
o tratamento de deficiências
musculares e para o
aperfeiçoamento da coordenação
motora.
18. Adaptações na escola
Cadeiras especiais e mesas recortadas, que ajudarão a criança
a se levantar e a se sentar
cavaletes para livros para crianças que não conseguem segurá-
los,
projectores voltados para o tecto para as crianças em camas
hospitalares ou em casa,
máquinas de escrever eléctricas com controle remoto para
crianças que ficam na cama,
camas portáteis para períodos especiais de repouso
…
19. Recursos materiais
importantes
Materiais para facilitar a mobilidade no centro educativo:
Elevadores
Elevadores de escadas
Antiderrapantes
Barras fixas para escadas
Barras fixas dentro da sala
Materiais para facilitar a deslocação:
Andarilhos
Cadeiras de rodas
Materiais para facilitar a manipulação no centro:
Maçanetas de portas
Torneiras
Serviço de mesa adaptados
20. Recursos materiais
importantes
Materiais para facilitar o controlo da postura:
Mesas e cadeiras adaptadas com apoia-cabeças
Standing-frame
Separador de pernas ou repousa pés
Materiais na sala de aula:
Extremidades de diferentes tamanhos e espessuras em puzzles;
Suportes de madeira com margens laterais, para evitar a saída das
peças;
Estantes para ler de pé;
Histórias de imagens em madeira presas com anilhas;
Tesouras adaptadas;
Adaptação de utensílios de escrita.
21. Papel do Educador / Auxiliar
A maior parte do trabalho é individualizado
Proporcionar experiências secundárias (especialmente
através do emprego de recursos visuais, excursões e
principalmente filmes e vídeos educativos adequados)
Compreender os problemas físicos e as suas exigências,
Ajudar a motivar a criança que está deprimida e tem
comportamento retraído,
Amenizar os acessos de raiva que às vezes acompanham a
frustração
Promover o ajustamento pessoal e emocional das
crianças.
22. Estratégias Educativas
Ajudar a criança a levar uma
vida independente
Desenvolver uma boa
capacidade de comunicação
Desenvolver capacidades
para AVD’s (Actividades da
vida diária)
Vigiar o controlo da postura;
Exercitar a motricidade viso-
manual;
Obter o controlo da cintura
escapular e dos membros
superiores;
23. Estratégias Educativas
Corrigir movimentos
involuntários e os
espasmos;
Potenciar a realização de
movimentos diferenciados e
dissociados;
Potenciar a dissociação de
movimentos das duas mãos;
Conseguir a empatia da
criança;
Trabalhar a noção corporal;
Aprender por rotinas;
24. Actividade Principal Motora Linguagem e cognição Sócio - emocional
Instrução para passear e
usar um triciclo adaptado
Uso bilateral da mão;
movimentos recíprocos
da perna.
Uso de nomes e funções
ao falar sobre o triciclo;
brinquedo imaginário,
assumindo papéis e
brincando de viagens
Satisfação de ser bem
sucedido em andar de
triciclo; mobilidade
crescente para se
relacionar com os colegas
através do uso do triciclo.
Sentar simetricamente e
balançar-se em cavalo de
balanço
Uso bilateral da mão;
integração bilateral do
movimento.
Brinquedo imaginário,
como jogos de balançar e
uso de palavras de acção.
Actividade motora
pesada agradável, oferece
um meio de dar vazão à
hiperactividade;
oportunidade para uso
por iniciativa própria e
independente do
cavalinho de balanço.
Pintura a dedo com uso
de cavalete numa
situação de grupo
Uso bilateral das mãos
Experiência de um meio
novo; manter a atenção
numa tarefa que dá
satisfação; exploração e
uso dos conceitos
relacionados à cor e à
textura; actividade
significativa de
brincadeiras que
alimentam a expressão
criativa.
Oportunidade para
actividade de grupo;
oportunidade para indicar
desejo de parar a
actividade sem recorrer a
manifestações de acesso
de raiva.
25. Nestes casos o desenvolvimento da
actividade física é fundamental!
26. O que o Educador / Auxiliar
deve saber e fazer
Conhecer o historial da criança;
Desenvolver na criança o sentido de
autonomia;
Ajudar a criança a aceitar as suas
limitações;
Proporcionar conhecimentos
culturais, académicos e sociais
adequados às suas capacidades;
Apoiar a criança a inserir-se no meio
social;
Ajudar as relações interpessoais
27. O que o Educador / Auxiliar
deve saber e fazer
Trabalhar a integração de
esquemas perceptivos;
Ensinar a criança a seleccionar,
reconhecer e utilizar com
precisão os estímulos
pertinentes numa determinada
situação;
Criar situações que lhes
permitam vivenciar experiências;
Tratar a criança de acordo com a
sua idade evitando infantilizá-la.
Criar situações que envolvam os
pais no dia a dia da criança no
centro de reabilitação/Jardim-de-
infância, escola.
28. Olhem só para isto!
Vêm como também
consigo?
HEHE!!!