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Pedro Luz (2018) 1
◼ Prof. Dr. Pedro Henrique de Cerqueira Luz
◼ AGRARIAS/FZEA/USP
TERRACEAMENTO
PIRASSUNUNGA- SP – OUTUBRO 2018
ZAZ 0036 CONSEVAÇÃO DO SOLO
FZEA/USP
AGRÁRIAS
FZEA/USP
GRUPO DE PESQUISA
Pedro Luz (2018) 2
Pedro Luz (2018) 3
Corte ou canal
Secção
do
canal “S”
Aterro ou Camalhão
Pedro Luz (2018) 4
S
A
Dd%
Dd = Declividade
d = distância entre terraços
S = Seção da calha do canal
A = área de captação entre terraços
Pedro Luz (2018) 5
D
h
S= D x h /2 (m2) ou S= D/2 x h (m2)
V= S (m2) . l (m) = m3 ou 103 l
A=d(m) x l (m) = m2
Pedro Luz (2018) 6
Pedro Luz (2018) 7
EXEMPLO
Distância entre terraços
d=80m
h=0,75m
D= 9,0m
80 m
9 m
0,75m
Pedro Luz (2018) 8
Logo:
S= 9,0 /2 x 0,75 = 3,375 m2
V= S x 1,0 = 3,375 m3 ou 3375 l
A=80x 1 = 80 m2
CAPACIDADE DO TERRAÇO
CT=V/A
CT=3375 l/80 m2 = mm
CT= 42,2 mm
NOTA: recomenda-se +/- 50mm
Sparovek
Pedro Luz (2018) 9
Capacidade de Armazenamento CA
do Terraço – m3 ou litro
D = 10,6m
h = 1,15m
CA = (10,6x1,15)/2 = 6,1 m3/m linear
Pedro Luz (2018) 10
Capacidade de Armazenamento - CA
TERRAÇO – Cana-de-açúcar
◼ SOLOS COM BOA INFILTRAÇÃO
◼ MÉDIA = 4,0 a 6,0 m3/ m linear
◼ SOLOS COM INFILTRAÇÃO REGULAR
◼ MÉDIA = 6,0 a 8,0 m3/ m linear
◼ LUZ (2007)
Pedro Luz (2018) 11
Capacidade de Armazenamento - CA
TERRAÇO – CEREAIS
◼ SOLOS COM BOA INFILTRAÇÃO
◼ MÉDIA = 1,5 a 3,0 m3/ m linear
◼ SOLOS COM INFILTRAÇÃO REGULAR
◼ MÉDIA = 2,0 a 4,0 m3/ m linear
◼ LUZ (2007)
Pedro Luz (2018) 12
TERRAÇO DE INFILTRAÇÃO: maior
preocupação com o volume d água que chega
no terraço
TERRAÇO DE DRENAGEM: preocupação com a
velocidade d água que chega no terraço →
intensidade da chuva
CHUVA
DURAÇÃO x INTENSIDADE x VOLUME
◼ Dimensionamento hidrológico: para qual chuva
atende? Escolha da chuva.
Pedro Luz (2018) 13
Duração da chuva x Intensidade. Cuiabá MT Tempo de retorno = 20 anos
y = 68,883x-0,6354
R2
= 0,9947
0
25
50
75
100
125
150
175
200
225
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5
Tempo - h
Chuva
-
mm
Pedro Luz (2018) 14
TEMPO DE CONCENTRAÇÃO TC: é o
tempo necessário para a água percorrer o
percurso mais demorado dentro da área
de captação até um ponto de referência
SELEÇÃO DA CHUVA:
◼  I → em  duração →< TC
◼  I → em  duração →> TC, porém com
 velocidade
Pedro Luz (2018) 15
TERRAÇO
TERRAÇO
CANAL
ESCOADOURO
LINHAS
DE
PLANTIO
Percurso mais longo dentro da área
Pedro Luz (2018) 16
◼ A escolha mais interessante é a Ip com
uma duração igual ao TC, que
apresentará problemas de EROSÃO
◼ Com base nessa ”chuva esperada”
determina-se a:
◼ vazão máxima esperada.
Pedro Luz (2018) 17
Qmax= (ITC x A x Ce)/360
Onde:
Qmax = vazão máxima (m3/s)
ITC = intensidade precipitação no tempo de
concentração
Ce = coeficiente de enxurrada (TABELADO) é
quanto a chuva se transforma em enxurrada
Na prática → Ce= 0,4 a 0,6 → 0,5
A= área de captação Entre terraços (m2)
◼VAZÃO MÁXIMA ESPERADA.
Valores de Ce - Coeficiente de enxurrada ou escoamento -
recomendados pelo Soil Conservation Service - USDA
Cobertura do Solo Declividade (%)
Textura do Solo
Arenosa Franca Argilosa
FLORESTAS
0 a 5 0.10 0.30 0.40
5 a 10 0.25 0.35 0.50
10 a 30 0.30 0.50 0.60
PASTAGENS
0 a 5 0.10 0.30 0.40
5 a 10 0.15 0.35 0.55
10 a 30 0.20 0.40 0.60
TERRAS CULTIVADAS
0 a 5 0.30 0.50 0.60
5 a 10 0.40 0.60 0.70
10 a 30 0.50 0.70 0.80
Pedro Luz (2018) 18
Pedro Luz (2018) 19
Determinação da vazão e velocidade
no terraço:
Vazão → Eq. de continuidade
Q= V x A
Onde:
Q= vazão (m3/s)
V= velocidade (m/s)
A= secção (m2)
Pedro Luz (2018) 20
◼ Comentário geral
◼ I → para canais de terraço de
drenagem
I → 0,2 a 0,5 %
◼ V → velocidade d água no terraço
V= 0,5 m/s
Pedro Luz (2018) 21
DECLIVIDADE - Dd
DV
Dd= 100
DH
DH=(Dd x DV)
100
EV
EH
Pedro Luz (2018) 22
DV
Dd= 100
DH
DH=(DV 100)
Dd
Pedro Luz (2018) 23
TIPO DE TERRAÇO
ESPAÇAMENTO VERTICAL – DV
FORMATO DO TERRAÇO
CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DO TERRAÇO
PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO ASSOCIADAS
Pedro Luz (2018) 24
Espaçamento entre terraços
◼ Usar a equação de Bertoni
EV=0,4518 x K x D 0,58 x ((u + m)/2)
Onde:
EV= espaçamento vertical entre terraços (m)
K= fator de tolerância para solos (tabelado)
D= declividade %
u= fator de uso
M= manejo
Pedro Luz (2018) 25
Solos K
SOLOS COM B ESTRUTURAL
Podzólico vermelho amarelo, orto 0,882
Podzólico vermelho amarelo, v. Piracicaba 0,964
Podzólico vermelho amarelo, v. Lavras 1,036
Podzólico com cascalho 0,817
Podzólico Lins e Marília, v. Lins 0,728
Podzólico Lins e Marília, v. Marília 0,841
Mediterrâneo vermelho-amarelo 1,194
Terra roxa estruturada 1,256
SOLOS COM B LATOSSÓLICO
Latossolo roxo 1,191
Latossolo vermelho escuro, orto 1,205
Latossolo vermelho escuro, f. arenosa 1,332
Latossolo vermelho amarelo, f. rasa 1,074
Latossolo vermelho amarelo, f. arenosa 1,294
Latossolo vermelho amarelo, f. terraço 1,218
Latossolo vermelho amarelo, húmico 1,140
Solos Campos do Jordão 1,060
SOLOS POUCO DESENVOLVIDOS
Litossolo 0,704
Regossolo 1,284
EV = 0,4518 x K x D0,58
Valores de K da equação de espaçamento de terraços para os grupos de
Solo do Estado de São Paulo
Pedro Luz (2018) 26
Grupo de culturas e seus respectivos índices (tabela fator u)
GRUPO CULTURAS ÍNDICES
1 Feijão, mandioca e mamona 0,50
2 Amendoim, algodão, arroz, alho, cebola, girassol e
fumo
0,75
3 Soja, batatinha, melancia, abóbora, melão e
leguminosas para adubação verde
1,00
4 Milho, sorgo, cana-de-açúcar, trigo, aveia, centeio,
cevada, outras culturas de inverno e frutíferas de
ciclo curto como a abacaxi
1,25
5 Banana, café, citros e frutíferas permanentes 1,50
6 Pastagens e/ou capineiras 1,75
7 Reflorestamento, cacau e seringueira 2,00
Pedro Luz (2018) 27
Grupos de preparo do solo e manejo de restos culturais com seus respectivos
índices
MANEJO DO SOLO
GRUPO PREPARO
PRIMÁRIO
PREPARO
SECUNDÁRIO
RESTOS
CULTURAIS
ÍNDICES
1 Grade aradora (ou
pesada) ou enxada
rotativa
Grade niveladora Incorporados ou
queimados
0,50
2 Arado de disco ou
aiveca
Grade niveladora Incorporados ou
queimados
0,75
3 Grade leve Grade niveladora Parcialmente
incorporados com
ou sem rotação de
culturas
1,00
4Arado escarificador Grade niveladora Parcialmente
incorporados com
ou sem rotação de
culturas
1,50
5 Não tem Plantio sem
revolvimento do
solo, roçadeira,
rolo-faca, herbicidas
(plantio direto)
Superfície do
terreno
2,00
◼ EV = 0,4518*K*D0,58* u + m *2*p
2
Pedro Luz (2018) 28
EV = Espaçamento Vertical – m
K = Fator Tolerância do Solo – tabelado
D = Declividade do solo - %
u = Fator de Uso – cana de açúcar – Tabelado
m = Fator Manejo – preparo do solo cana – Tabelado
P = Fator Prática Conservacionista Cana
Grupo Profundidade Permeabilidade Textura Razão Solos K
A
muito
profundo;
profundo
rápida/rápida
moderada/
moderada
média/média
argilosa/
argilosa
m.arg/m.arg
<1,2 Latossolos 1,25
B profundo
rápida/rápida
ápida/moderada
moderada/lenta
arenosa/
arenosa
arenosa/
média
média/
argilosa
1,2-1,5
Latossolos;
Argissolos;
Neossolos
Qtz;
Nitossolos
1,1
C
profundo a
moderadamente
profundo
rápida/moderada
moderada/lenta
rápida/lenta
arenosa/
média
arenosa/
argilosa
média/
argilosa
>1,5
Argissolos,
Cambissolos,
Espodossolos
0,9
D
moderadamente
profundo a raso
rápida/lenta
moderada/lenta
lenta/lenta
variável variável
Cambissolos
Neossolos,
Gleissolos
0,75
Pedro Luz (2018) 29
Adaptado de Lombardi Neto et al. (1991). *Razão entre os teores de argila dos
horizontes B/A. Profundidade do solo: Muito profundo: > 2,0 m; Profundo: 1,0 a
2,0 m; moderadamente profundo: 0,5 a 1,0 m; Raso: 0,25 a 0,50 m.
Tabela 5. Valores de K para os grupos hidrológicos de solo considerados na
determinação do dimensionamento do espaçamento vertical entre terraços
Grupo Culturas u
1 feijão, mandioca, mamona 0,50
2 amendoim, algodão, arroz, alho 0,75
3 soja, batata, melancia, leguminosas 1,00
4 milho, sorgo, cana-de-açúcar, aveia, abacaxi 1,25
5 banana, café, citros 1,50
6 pastagens bem formadas 1,75
7 reflorestamentos, seringueira 2,00
Pedro Luz (2018) 30
Tabela 6. Valores do fator u para grupos de cultura, conforme a
proteção que oferecem ao solo, para determinar o dimensionamento
do espaçamento vertical entre terraços
Época Início do preparo e plantio u
Cana-dois-verões dezembro e janeiro 1,00
Cana-de-ano a partir de novembro 1,25
Cana-de-ano-e-meio a partir de fevereiro 1,50*
Cana-de-ano-e-meio a partir de abril 1,75*
Cana-de-inverno a partir de maio 2,00*
Pedro Luz (2018) 31
* + 0,25 se solo mantido com boa cobertura na reforma, com rotação de cultura,
adubo verde ou planta de cobertura, com prática conservacionista adequada à cultura
implantada.
Tabela 7. Valores do fator u para a cultura da cana-de-açúcar em função da época de
plantio e da cultura antecessora ou uso anterior, conforme a proteção que oferecem
ao solo, para determinar o dimensionamento do espaçamento vertical entre terraços
Grupo
Preparo do
solo
Mobilização
da camada
superficial
Restos culturais m
1 GA, ER intensa incorporado ou queimado 0,5
2 AD, AA média incorporado ou queimado 0,75
3 GL baixa parcialmente incorporado 1
4 ESC, SUB baixa parcialmente incorporado 1,25
5 ESC, SUB baixa manutenção de cobertura 1,5
6 Sem preparo mínima baixa cobertura 2
7 Sem preparo mínima alta cobertura 2,25
Pedro Luz (2018) 32
Adaptado de Lombardi Neto et al. (1991). GA = grade aradora; ER = enxada rotativa;
GL = grade leve; GN = grade niveladora; ESC = escarificador; SUB = subsolador.
Tabela 8. Valores do fator m para grupos de preparo e mobilização da superfície, conforme
a redução que provocam na proteção do solo, para determinar o espaçamentovertical entre
terraços
Grupo Proteção Prática conservacionista p*
1
aumento da velocidade da
enxurrada
sulcação morro abaixo 0,90**
redução da velocidade da
enxurrada
operações em nível 1,10
2
aumento da infiltração de
água
cultivo da linha de tráfego 1,10
controle da compactação controle de tráfego *** 1,10
melhoria física do solo utilização de vinhaça, torta 1,10
3
aumento da cobertura e da
rugosidade da superfície
manutenção da palha com
ou sem enleiramento
1,20
controle da compactação e
aumento da infiltração
cultivo da linha e controle
de tráfego
1,20
4
manutenção da cobertura
do solo na reforma,
redução da faixa
mobilizada e aumento da
infiltração de água
faixas de trabalho, faixas
de vegetação e operações
localizadas
1,30
Pedro Luz (2018) 33
* O valor máximo do fator p será de 1,30. **A sulcação morro abaixo não é compensada
pelas outras práticas por que aumento de cobertura, aumento da infiltração e controle
da compactação não atuam no sulco de plantio.*** O controle de tráfego separa zonas
de tráfego e de crescimento das plantas, concentrando a passagem dos pneus em linhas
permanentes, com diminuição da área submetida ao tráfego agrícola.
Valores do fator p para grupos de práticas conservacionistas, conforme a
proteção que promovem contra o impacto das chuvas e enxurradas, para
determinar o espaçamento vertical entre terraços
Pedro Luz (2018) 34
Grau FORTE de
estruturação
Grau MÉDIO
de
estruturação
Grau FRACO
de
estruturação
ATRIBUTOS DO SOLO PARA A DEFINIçÃO DOS
NÍVEIS DE RESISTÊNCIA DAS CLASSES DE
MANEJO
TEXTURA
ARGILOSA
Relação Textural
TEXTURA
ARENOSA
Pedro Luz (2018) 35
CLASSES DE MANEJO
CONSERVACIONISTA
A
B
C
D
Pedro Luz (2018) 36
A - Solos argilosos homogêneos
Pedro Luz (2018) 37
B - Solos Textura Média
Uniformes ou com ligeiro gradiente
Pedro Luz (2018) 38
C- Solos com alto gradiente textural
e arenosos uniformes
Pedro Luz (2018) 39
D - Solos Rasos
Pedro Luz (2018) 40
Pedro Luz (2018) 41
GRUPO RESISTÊNCIA SOLOS DECLIVIDADE % DV FORMA DO TERRAÇO PRÁTICA
A EROSÃO MANEJO
A ALTA LR, LE, LV < 5,0% 7,5 a 10 BL SN/SR(Dd<3%) - RC
LA, TR 5,0 a 10% 5 a 6 BL/E SN - RC - AV
Argilosos 5,0 a 10% 5 a 7,5 E/EI SN - RC - AV - PR
Uniformes > 10% 5 E SN - AV - PR
B MODERADA LV, LVp, LE < 5,0% 5 BL/E SN - RC - AV - PR
LEP, PVL e PEL 5,0 a 10% 4 a 5 E/EI(BL) SN - AV - PR/PD - PFA
Textura Média 10 a 12% 3 a 4 E/EI SN - AV - PD - PFA
C BAIXA PV, PE, PA 5,0 a 10% 4 a 5 E/EI SN - AV - PD
PL, AQ, PC 10 a 12% 3 a 4 E/EI SN - PD
Com Gradiente
D MUITO BAIXA Li, CB
Associações Alta 3 a 4 E/P
Solos Rasos
DIMENSIONAMENTO DE TERRAÇOS DE INFILTRAÇÃO
PARA CANA-DE-AÇÚCAR
Prof. Dr. Pedro Henrique de Cerqueira Luz - USP
SN Sulcação em nível PF Plantio em Faixas
SR Sulcação "reta" RC Rotação de Culturas - soja/amendoim/feijão
PR Preparo Reduzido - Dessecação AV Adubação verde
PD Plantio Direto PFA Plantio Final das águas
EI Terraço Embutido Invertido BL Terraço Base Larga
P Terraço Patamar E Terraço Embutido
LEGENDA
SULCAÇÃO RETILÍNEA
Pedro Luz (2018) 42
PA PFA
Latossolo Argiloso Uniforme <1,5 a 3,0 >35 600m 800m
Latossolo Argilo-arenoso Uniforme <1,0 a 1,5 25 a 35 500m 700m
Latossolo Areno-Argiloso Uniforme <0,5 a 1,0 20 a 25 - 400m
Comprimento Máximo
Argila
%
Declividade
Máxima %
Tipo de Solo
PA = Plantio nas Águas
PFA = Plantio no Final das Águas
MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO SOLO
PARA CANA-DE-AÇÚCAR
◼ FATORES FUNDAMENTAIS:
◼ TIPO DE SOLO = TEXTURA
◼ RELEVO = DECLIVIDADE
◼ ÉPOCA DE PLANTIO
◼ SISTEMA DE TERRACEAMENTO
◼ PRÁTICAS AUXILIARES
◼ PREPARO DE SOLO
◼ ADUBAÇÃO VERDE/ROTAÇÃO = COBERTURA
DO SOLO
MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO
SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR
FATORES FUNDAMENTAIS
TEXTURA
CLASSIFICAÇÃO ARGILA %
ARENOSA < 15
MÉDIA 2 15 a 35
ARGILOSA >35
MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO
SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR
FATORES FUNDAMENTAIS
RELEVO
CLASSIFICAÇÃO TEXTURA DO SOLO
DECLIVIDADE % ARENOSO MÉDIA ARGILOSO
PLANO < 3 < 5 < 6
SUAVE 3 a 8 5 a 10 6 a 12
ONDULADO > 8 > 10 > 12
MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO
SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR
FATORES FUNDAMENTAIS
ÉPOCA DE PLANTIO MÊS
1 CANA DE ANO/DOIS VERÕES Outubo a Fevereiro*
2 CANA DE ANO E MEIO Março a Maio
3 CANA DE INVERNO Junho a Setembro
* Ver restrição de Solo
MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO
SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR
FATORES FUNDAMENTAIS
TIPO DE PREPARO DO SOLO
CONVENCIONAL
REDUZIDO
CANTEIRIZADO
PRÁTICAS AUXILIARES
MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO
SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR
FATORES FUNDAMENTAIS
PRÁTICAS AUXILIARES
SISTEMA DE TERRAÇO
COM = CONVENCIONAL: EMBUTIDO/BASE LARGA
SEM = BASE LARGA PASSANTE: "TRAVESSEIRO"
SEM TERRAÇO
MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO
SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR
FATORES FUNDAMENTAIS
PRÁTICAS AUXILIARES
SISTEMA DE SULCAÇÃO
NÍVEL
RETILÍNEA
LUZ, Pedro Henrique (2015) -
AGRÁRIAS-USP 50
ÉPOCA DE PLANTIO MÊS
ANO E MEIO Mar a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO COM COBERTURA REDUZIDO/CANTEIRIZADO
INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO
SUAVE 3 a 8 INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO
ONDULADO 8 a 12 INVERNO Jun a Set COM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL SEM COBERTURA REDUZIDO/CANTEIRIZADO
ANO E MEIO Mar a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL
INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL
ANO/DOIS VERÕES Out a Fev SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO COM COBERTURA REDUZIDO
ANO E MEIO Mar a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO
CANA DE INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL
ANO/DOIS VERÕES Out a Fev SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO COM COBERTURA REDUZIDO/CANTEIRIZADO
INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO
ANO E MEIO Mar a Mai COM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL COM COBERTURA REDUZIDO/CANTEIRIZADO
ANO E MEIO & INVERNO Mar a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL
ANO/DOIS VERÕES Out a Fev SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL
ANO E MEIO/ANO/DOIS VERÕES Out a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO
INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL
ANO E MEIO Mar a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO
INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO
ANO/DOIS VERÕES Jun a Set COM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL COM COBERTURA REDUZIDO
>35
ARGILOSA
PLANO
SUAVE/ONDULADO
ONDULADO
< 6
PLANO < 5
SUAVE ONDULADO 5 a 10
MANEJO DA CONSERVAÇÃO
ARENOSA < 15
< 3
PLANO
PRÁTICAS AUXILIARES DE MANEJO
MÉDIA 2/1 15-35
ONDULADO > 10
TEXTURA - ARGILA RELEVO
> 12
6 a 12
CHAVE PARA TOMADA DE DECISÃO DAS PRÁTICAS DE
CONSERVAÇÃO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR
PROJETO: GRUPO BUNGE BIOENERGIA x AGROPH
Equipe Técnica
Coordenação: Prof. Dr. Pedro Henrique – USP
Técnicos da BUNGE: Helena, Renato, Rogério, Elieser, Pedro
Pedro Luz (2018) 51
ESTUDO DE CASO – PLANEJAMENTO
CONSERVACIONISTA
◼ LOCAL: USINA SÃO JOÃO
◼ CONDIÇÃO: REFORMA DE CANAVIAL
◼ COLHEITA: MECANIZADA
◼ ÉPOCA DE PLANTIO: CANA-DE-ANO E MEIO
◼ TIPO DE SOLO: Textura média
◼ DECLIVIDADE MÉDIA = 7%
Pedro Luz (2018) 52
Pedro Luz (2018) 53
Pedro Luz (2018) 54
EXERCÍCIO DE TERRAÇO
◼ Calcule o espaçamento vertical e a capacidade de
armazenamento do terraço para as condições abaixo:
◼ Cultura: cana de açúcar
◼ Solo: Latossolo profundo razão <1,2 com boa infiltração
◼ Relevo = suavemente ondulado 6% declividade
◼ Textura = média
◼ Plantio em Fevereiro
◼ Preparo do solo: subsolagem com ligeira sobra de palhada
◼ Cultivo: controle da compactação e melhoria da infiltração
◼ Capacidade de armazenamento = 5 m3/m linear
◼ Projetar o escoamento superficial para chuva de 100 mm/h
◼ Determinar a altura do terraço para zerar o escoamento superficial
Pedro Luz (2018) 55
Tel. 19 – 3565.4195 ou 3565.4267 ou 9784.5913
E- mail – phcerluz@usp.br ou pedrohenriqueluz51@gmail.com.
Prof. Dr. Pedro Henrique Luz
Pedro Luz (2018)
56

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  • 1. Pedro Luz (2018) 1 ◼ Prof. Dr. Pedro Henrique de Cerqueira Luz ◼ AGRARIAS/FZEA/USP TERRACEAMENTO PIRASSUNUNGA- SP – OUTUBRO 2018 ZAZ 0036 CONSEVAÇÃO DO SOLO FZEA/USP AGRÁRIAS FZEA/USP GRUPO DE PESQUISA
  • 3. Pedro Luz (2018) 3 Corte ou canal Secção do canal “S” Aterro ou Camalhão
  • 4. Pedro Luz (2018) 4 S A Dd% Dd = Declividade d = distância entre terraços S = Seção da calha do canal A = área de captação entre terraços
  • 5. Pedro Luz (2018) 5 D h S= D x h /2 (m2) ou S= D/2 x h (m2) V= S (m2) . l (m) = m3 ou 103 l A=d(m) x l (m) = m2
  • 7. Pedro Luz (2018) 7 EXEMPLO Distância entre terraços d=80m h=0,75m D= 9,0m 80 m 9 m 0,75m
  • 8. Pedro Luz (2018) 8 Logo: S= 9,0 /2 x 0,75 = 3,375 m2 V= S x 1,0 = 3,375 m3 ou 3375 l A=80x 1 = 80 m2 CAPACIDADE DO TERRAÇO CT=V/A CT=3375 l/80 m2 = mm CT= 42,2 mm NOTA: recomenda-se +/- 50mm Sparovek
  • 9. Pedro Luz (2018) 9 Capacidade de Armazenamento CA do Terraço – m3 ou litro D = 10,6m h = 1,15m CA = (10,6x1,15)/2 = 6,1 m3/m linear
  • 10. Pedro Luz (2018) 10 Capacidade de Armazenamento - CA TERRAÇO – Cana-de-açúcar ◼ SOLOS COM BOA INFILTRAÇÃO ◼ MÉDIA = 4,0 a 6,0 m3/ m linear ◼ SOLOS COM INFILTRAÇÃO REGULAR ◼ MÉDIA = 6,0 a 8,0 m3/ m linear ◼ LUZ (2007)
  • 11. Pedro Luz (2018) 11 Capacidade de Armazenamento - CA TERRAÇO – CEREAIS ◼ SOLOS COM BOA INFILTRAÇÃO ◼ MÉDIA = 1,5 a 3,0 m3/ m linear ◼ SOLOS COM INFILTRAÇÃO REGULAR ◼ MÉDIA = 2,0 a 4,0 m3/ m linear ◼ LUZ (2007)
  • 12. Pedro Luz (2018) 12 TERRAÇO DE INFILTRAÇÃO: maior preocupação com o volume d água que chega no terraço TERRAÇO DE DRENAGEM: preocupação com a velocidade d água que chega no terraço → intensidade da chuva CHUVA DURAÇÃO x INTENSIDADE x VOLUME ◼ Dimensionamento hidrológico: para qual chuva atende? Escolha da chuva.
  • 13. Pedro Luz (2018) 13 Duração da chuva x Intensidade. Cuiabá MT Tempo de retorno = 20 anos y = 68,883x-0,6354 R2 = 0,9947 0 25 50 75 100 125 150 175 200 225 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5 10 10,5 Tempo - h Chuva - mm
  • 14. Pedro Luz (2018) 14 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO TC: é o tempo necessário para a água percorrer o percurso mais demorado dentro da área de captação até um ponto de referência SELEÇÃO DA CHUVA: ◼  I → em  duração →< TC ◼  I → em  duração →> TC, porém com  velocidade
  • 15. Pedro Luz (2018) 15 TERRAÇO TERRAÇO CANAL ESCOADOURO LINHAS DE PLANTIO Percurso mais longo dentro da área
  • 16. Pedro Luz (2018) 16 ◼ A escolha mais interessante é a Ip com uma duração igual ao TC, que apresentará problemas de EROSÃO ◼ Com base nessa ”chuva esperada” determina-se a: ◼ vazão máxima esperada.
  • 17. Pedro Luz (2018) 17 Qmax= (ITC x A x Ce)/360 Onde: Qmax = vazão máxima (m3/s) ITC = intensidade precipitação no tempo de concentração Ce = coeficiente de enxurrada (TABELADO) é quanto a chuva se transforma em enxurrada Na prática → Ce= 0,4 a 0,6 → 0,5 A= área de captação Entre terraços (m2) ◼VAZÃO MÁXIMA ESPERADA.
  • 18. Valores de Ce - Coeficiente de enxurrada ou escoamento - recomendados pelo Soil Conservation Service - USDA Cobertura do Solo Declividade (%) Textura do Solo Arenosa Franca Argilosa FLORESTAS 0 a 5 0.10 0.30 0.40 5 a 10 0.25 0.35 0.50 10 a 30 0.30 0.50 0.60 PASTAGENS 0 a 5 0.10 0.30 0.40 5 a 10 0.15 0.35 0.55 10 a 30 0.20 0.40 0.60 TERRAS CULTIVADAS 0 a 5 0.30 0.50 0.60 5 a 10 0.40 0.60 0.70 10 a 30 0.50 0.70 0.80 Pedro Luz (2018) 18
  • 19. Pedro Luz (2018) 19 Determinação da vazão e velocidade no terraço: Vazão → Eq. de continuidade Q= V x A Onde: Q= vazão (m3/s) V= velocidade (m/s) A= secção (m2)
  • 20. Pedro Luz (2018) 20 ◼ Comentário geral ◼ I → para canais de terraço de drenagem I → 0,2 a 0,5 % ◼ V → velocidade d água no terraço V= 0,5 m/s
  • 21. Pedro Luz (2018) 21 DECLIVIDADE - Dd DV Dd= 100 DH DH=(Dd x DV) 100 EV EH
  • 22. Pedro Luz (2018) 22 DV Dd= 100 DH DH=(DV 100) Dd
  • 23. Pedro Luz (2018) 23 TIPO DE TERRAÇO ESPAÇAMENTO VERTICAL – DV FORMATO DO TERRAÇO CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DO TERRAÇO PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO ASSOCIADAS
  • 24. Pedro Luz (2018) 24 Espaçamento entre terraços ◼ Usar a equação de Bertoni EV=0,4518 x K x D 0,58 x ((u + m)/2) Onde: EV= espaçamento vertical entre terraços (m) K= fator de tolerância para solos (tabelado) D= declividade % u= fator de uso M= manejo
  • 25. Pedro Luz (2018) 25 Solos K SOLOS COM B ESTRUTURAL Podzólico vermelho amarelo, orto 0,882 Podzólico vermelho amarelo, v. Piracicaba 0,964 Podzólico vermelho amarelo, v. Lavras 1,036 Podzólico com cascalho 0,817 Podzólico Lins e Marília, v. Lins 0,728 Podzólico Lins e Marília, v. Marília 0,841 Mediterrâneo vermelho-amarelo 1,194 Terra roxa estruturada 1,256 SOLOS COM B LATOSSÓLICO Latossolo roxo 1,191 Latossolo vermelho escuro, orto 1,205 Latossolo vermelho escuro, f. arenosa 1,332 Latossolo vermelho amarelo, f. rasa 1,074 Latossolo vermelho amarelo, f. arenosa 1,294 Latossolo vermelho amarelo, f. terraço 1,218 Latossolo vermelho amarelo, húmico 1,140 Solos Campos do Jordão 1,060 SOLOS POUCO DESENVOLVIDOS Litossolo 0,704 Regossolo 1,284 EV = 0,4518 x K x D0,58 Valores de K da equação de espaçamento de terraços para os grupos de Solo do Estado de São Paulo
  • 26. Pedro Luz (2018) 26 Grupo de culturas e seus respectivos índices (tabela fator u) GRUPO CULTURAS ÍNDICES 1 Feijão, mandioca e mamona 0,50 2 Amendoim, algodão, arroz, alho, cebola, girassol e fumo 0,75 3 Soja, batatinha, melancia, abóbora, melão e leguminosas para adubação verde 1,00 4 Milho, sorgo, cana-de-açúcar, trigo, aveia, centeio, cevada, outras culturas de inverno e frutíferas de ciclo curto como a abacaxi 1,25 5 Banana, café, citros e frutíferas permanentes 1,50 6 Pastagens e/ou capineiras 1,75 7 Reflorestamento, cacau e seringueira 2,00
  • 27. Pedro Luz (2018) 27 Grupos de preparo do solo e manejo de restos culturais com seus respectivos índices MANEJO DO SOLO GRUPO PREPARO PRIMÁRIO PREPARO SECUNDÁRIO RESTOS CULTURAIS ÍNDICES 1 Grade aradora (ou pesada) ou enxada rotativa Grade niveladora Incorporados ou queimados 0,50 2 Arado de disco ou aiveca Grade niveladora Incorporados ou queimados 0,75 3 Grade leve Grade niveladora Parcialmente incorporados com ou sem rotação de culturas 1,00 4Arado escarificador Grade niveladora Parcialmente incorporados com ou sem rotação de culturas 1,50 5 Não tem Plantio sem revolvimento do solo, roçadeira, rolo-faca, herbicidas (plantio direto) Superfície do terreno 2,00
  • 28. ◼ EV = 0,4518*K*D0,58* u + m *2*p 2 Pedro Luz (2018) 28 EV = Espaçamento Vertical – m K = Fator Tolerância do Solo – tabelado D = Declividade do solo - % u = Fator de Uso – cana de açúcar – Tabelado m = Fator Manejo – preparo do solo cana – Tabelado P = Fator Prática Conservacionista Cana
  • 29. Grupo Profundidade Permeabilidade Textura Razão Solos K A muito profundo; profundo rápida/rápida moderada/ moderada média/média argilosa/ argilosa m.arg/m.arg <1,2 Latossolos 1,25 B profundo rápida/rápida ápida/moderada moderada/lenta arenosa/ arenosa arenosa/ média média/ argilosa 1,2-1,5 Latossolos; Argissolos; Neossolos Qtz; Nitossolos 1,1 C profundo a moderadamente profundo rápida/moderada moderada/lenta rápida/lenta arenosa/ média arenosa/ argilosa média/ argilosa >1,5 Argissolos, Cambissolos, Espodossolos 0,9 D moderadamente profundo a raso rápida/lenta moderada/lenta lenta/lenta variável variável Cambissolos Neossolos, Gleissolos 0,75 Pedro Luz (2018) 29 Adaptado de Lombardi Neto et al. (1991). *Razão entre os teores de argila dos horizontes B/A. Profundidade do solo: Muito profundo: > 2,0 m; Profundo: 1,0 a 2,0 m; moderadamente profundo: 0,5 a 1,0 m; Raso: 0,25 a 0,50 m. Tabela 5. Valores de K para os grupos hidrológicos de solo considerados na determinação do dimensionamento do espaçamento vertical entre terraços
  • 30. Grupo Culturas u 1 feijão, mandioca, mamona 0,50 2 amendoim, algodão, arroz, alho 0,75 3 soja, batata, melancia, leguminosas 1,00 4 milho, sorgo, cana-de-açúcar, aveia, abacaxi 1,25 5 banana, café, citros 1,50 6 pastagens bem formadas 1,75 7 reflorestamentos, seringueira 2,00 Pedro Luz (2018) 30 Tabela 6. Valores do fator u para grupos de cultura, conforme a proteção que oferecem ao solo, para determinar o dimensionamento do espaçamento vertical entre terraços
  • 31. Época Início do preparo e plantio u Cana-dois-verões dezembro e janeiro 1,00 Cana-de-ano a partir de novembro 1,25 Cana-de-ano-e-meio a partir de fevereiro 1,50* Cana-de-ano-e-meio a partir de abril 1,75* Cana-de-inverno a partir de maio 2,00* Pedro Luz (2018) 31 * + 0,25 se solo mantido com boa cobertura na reforma, com rotação de cultura, adubo verde ou planta de cobertura, com prática conservacionista adequada à cultura implantada. Tabela 7. Valores do fator u para a cultura da cana-de-açúcar em função da época de plantio e da cultura antecessora ou uso anterior, conforme a proteção que oferecem ao solo, para determinar o dimensionamento do espaçamento vertical entre terraços
  • 32. Grupo Preparo do solo Mobilização da camada superficial Restos culturais m 1 GA, ER intensa incorporado ou queimado 0,5 2 AD, AA média incorporado ou queimado 0,75 3 GL baixa parcialmente incorporado 1 4 ESC, SUB baixa parcialmente incorporado 1,25 5 ESC, SUB baixa manutenção de cobertura 1,5 6 Sem preparo mínima baixa cobertura 2 7 Sem preparo mínima alta cobertura 2,25 Pedro Luz (2018) 32 Adaptado de Lombardi Neto et al. (1991). GA = grade aradora; ER = enxada rotativa; GL = grade leve; GN = grade niveladora; ESC = escarificador; SUB = subsolador. Tabela 8. Valores do fator m para grupos de preparo e mobilização da superfície, conforme a redução que provocam na proteção do solo, para determinar o espaçamentovertical entre terraços
  • 33. Grupo Proteção Prática conservacionista p* 1 aumento da velocidade da enxurrada sulcação morro abaixo 0,90** redução da velocidade da enxurrada operações em nível 1,10 2 aumento da infiltração de água cultivo da linha de tráfego 1,10 controle da compactação controle de tráfego *** 1,10 melhoria física do solo utilização de vinhaça, torta 1,10 3 aumento da cobertura e da rugosidade da superfície manutenção da palha com ou sem enleiramento 1,20 controle da compactação e aumento da infiltração cultivo da linha e controle de tráfego 1,20 4 manutenção da cobertura do solo na reforma, redução da faixa mobilizada e aumento da infiltração de água faixas de trabalho, faixas de vegetação e operações localizadas 1,30 Pedro Luz (2018) 33 * O valor máximo do fator p será de 1,30. **A sulcação morro abaixo não é compensada pelas outras práticas por que aumento de cobertura, aumento da infiltração e controle da compactação não atuam no sulco de plantio.*** O controle de tráfego separa zonas de tráfego e de crescimento das plantas, concentrando a passagem dos pneus em linhas permanentes, com diminuição da área submetida ao tráfego agrícola. Valores do fator p para grupos de práticas conservacionistas, conforme a proteção que promovem contra o impacto das chuvas e enxurradas, para determinar o espaçamento vertical entre terraços
  • 35. Grau FORTE de estruturação Grau MÉDIO de estruturação Grau FRACO de estruturação ATRIBUTOS DO SOLO PARA A DEFINIçÃO DOS NÍVEIS DE RESISTÊNCIA DAS CLASSES DE MANEJO TEXTURA ARGILOSA Relação Textural TEXTURA ARENOSA Pedro Luz (2018) 35
  • 37. A - Solos argilosos homogêneos Pedro Luz (2018) 37
  • 38. B - Solos Textura Média Uniformes ou com ligeiro gradiente Pedro Luz (2018) 38
  • 39. C- Solos com alto gradiente textural e arenosos uniformes Pedro Luz (2018) 39
  • 40. D - Solos Rasos Pedro Luz (2018) 40
  • 41. Pedro Luz (2018) 41 GRUPO RESISTÊNCIA SOLOS DECLIVIDADE % DV FORMA DO TERRAÇO PRÁTICA A EROSÃO MANEJO A ALTA LR, LE, LV < 5,0% 7,5 a 10 BL SN/SR(Dd<3%) - RC LA, TR 5,0 a 10% 5 a 6 BL/E SN - RC - AV Argilosos 5,0 a 10% 5 a 7,5 E/EI SN - RC - AV - PR Uniformes > 10% 5 E SN - AV - PR B MODERADA LV, LVp, LE < 5,0% 5 BL/E SN - RC - AV - PR LEP, PVL e PEL 5,0 a 10% 4 a 5 E/EI(BL) SN - AV - PR/PD - PFA Textura Média 10 a 12% 3 a 4 E/EI SN - AV - PD - PFA C BAIXA PV, PE, PA 5,0 a 10% 4 a 5 E/EI SN - AV - PD PL, AQ, PC 10 a 12% 3 a 4 E/EI SN - PD Com Gradiente D MUITO BAIXA Li, CB Associações Alta 3 a 4 E/P Solos Rasos DIMENSIONAMENTO DE TERRAÇOS DE INFILTRAÇÃO PARA CANA-DE-AÇÚCAR Prof. Dr. Pedro Henrique de Cerqueira Luz - USP SN Sulcação em nível PF Plantio em Faixas SR Sulcação "reta" RC Rotação de Culturas - soja/amendoim/feijão PR Preparo Reduzido - Dessecação AV Adubação verde PD Plantio Direto PFA Plantio Final das águas EI Terraço Embutido Invertido BL Terraço Base Larga P Terraço Patamar E Terraço Embutido LEGENDA
  • 42. SULCAÇÃO RETILÍNEA Pedro Luz (2018) 42 PA PFA Latossolo Argiloso Uniforme <1,5 a 3,0 >35 600m 800m Latossolo Argilo-arenoso Uniforme <1,0 a 1,5 25 a 35 500m 700m Latossolo Areno-Argiloso Uniforme <0,5 a 1,0 20 a 25 - 400m Comprimento Máximo Argila % Declividade Máxima % Tipo de Solo PA = Plantio nas Águas PFA = Plantio no Final das Águas
  • 43. MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR ◼ FATORES FUNDAMENTAIS: ◼ TIPO DE SOLO = TEXTURA ◼ RELEVO = DECLIVIDADE ◼ ÉPOCA DE PLANTIO ◼ SISTEMA DE TERRACEAMENTO ◼ PRÁTICAS AUXILIARES ◼ PREPARO DE SOLO ◼ ADUBAÇÃO VERDE/ROTAÇÃO = COBERTURA DO SOLO
  • 44. MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR FATORES FUNDAMENTAIS TEXTURA CLASSIFICAÇÃO ARGILA % ARENOSA < 15 MÉDIA 2 15 a 35 ARGILOSA >35
  • 45. MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR FATORES FUNDAMENTAIS RELEVO CLASSIFICAÇÃO TEXTURA DO SOLO DECLIVIDADE % ARENOSO MÉDIA ARGILOSO PLANO < 3 < 5 < 6 SUAVE 3 a 8 5 a 10 6 a 12 ONDULADO > 8 > 10 > 12
  • 46. MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR FATORES FUNDAMENTAIS ÉPOCA DE PLANTIO MÊS 1 CANA DE ANO/DOIS VERÕES Outubo a Fevereiro* 2 CANA DE ANO E MEIO Março a Maio 3 CANA DE INVERNO Junho a Setembro * Ver restrição de Solo
  • 47. MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR FATORES FUNDAMENTAIS TIPO DE PREPARO DO SOLO CONVENCIONAL REDUZIDO CANTEIRIZADO PRÁTICAS AUXILIARES
  • 48. MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR FATORES FUNDAMENTAIS PRÁTICAS AUXILIARES SISTEMA DE TERRAÇO COM = CONVENCIONAL: EMBUTIDO/BASE LARGA SEM = BASE LARGA PASSANTE: "TRAVESSEIRO" SEM TERRAÇO
  • 49. MANEJO DA CONSERVAÇÃO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR FATORES FUNDAMENTAIS PRÁTICAS AUXILIARES SISTEMA DE SULCAÇÃO NÍVEL RETILÍNEA
  • 50. LUZ, Pedro Henrique (2015) - AGRÁRIAS-USP 50 ÉPOCA DE PLANTIO MÊS ANO E MEIO Mar a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO COM COBERTURA REDUZIDO/CANTEIRIZADO INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO SUAVE 3 a 8 INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO ONDULADO 8 a 12 INVERNO Jun a Set COM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL SEM COBERTURA REDUZIDO/CANTEIRIZADO ANO E MEIO Mar a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL ANO/DOIS VERÕES Out a Fev SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO COM COBERTURA REDUZIDO ANO E MEIO Mar a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO CANA DE INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL ANO/DOIS VERÕES Out a Fev SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO COM COBERTURA REDUZIDO/CANTEIRIZADO INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO ANO E MEIO Mar a Mai COM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL COM COBERTURA REDUZIDO/CANTEIRIZADO ANO E MEIO & INVERNO Mar a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL ANO/DOIS VERÕES Out a Fev SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL ANO E MEIO/ANO/DOIS VERÕES Out a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA/NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO/CONVENCIONAL ANO E MEIO Mar a Mai SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO INVERNO Jun a Set SEM TERRAÇO, SULCAÇÃO RETILINEA, COM TRAVESSEIRO SEM COBERTURA REDUZIDO ANO/DOIS VERÕES Jun a Set COM TERRAÇO, SULCAÇÃO NÍVEL COM COBERTURA REDUZIDO >35 ARGILOSA PLANO SUAVE/ONDULADO ONDULADO < 6 PLANO < 5 SUAVE ONDULADO 5 a 10 MANEJO DA CONSERVAÇÃO ARENOSA < 15 < 3 PLANO PRÁTICAS AUXILIARES DE MANEJO MÉDIA 2/1 15-35 ONDULADO > 10 TEXTURA - ARGILA RELEVO > 12 6 a 12 CHAVE PARA TOMADA DE DECISÃO DAS PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO PARA CANA-DE-AÇÚCAR PROJETO: GRUPO BUNGE BIOENERGIA x AGROPH Equipe Técnica Coordenação: Prof. Dr. Pedro Henrique – USP Técnicos da BUNGE: Helena, Renato, Rogério, Elieser, Pedro
  • 51. Pedro Luz (2018) 51 ESTUDO DE CASO – PLANEJAMENTO CONSERVACIONISTA ◼ LOCAL: USINA SÃO JOÃO ◼ CONDIÇÃO: REFORMA DE CANAVIAL ◼ COLHEITA: MECANIZADA ◼ ÉPOCA DE PLANTIO: CANA-DE-ANO E MEIO ◼ TIPO DE SOLO: Textura média ◼ DECLIVIDADE MÉDIA = 7%
  • 55. EXERCÍCIO DE TERRAÇO ◼ Calcule o espaçamento vertical e a capacidade de armazenamento do terraço para as condições abaixo: ◼ Cultura: cana de açúcar ◼ Solo: Latossolo profundo razão <1,2 com boa infiltração ◼ Relevo = suavemente ondulado 6% declividade ◼ Textura = média ◼ Plantio em Fevereiro ◼ Preparo do solo: subsolagem com ligeira sobra de palhada ◼ Cultivo: controle da compactação e melhoria da infiltração ◼ Capacidade de armazenamento = 5 m3/m linear ◼ Projetar o escoamento superficial para chuva de 100 mm/h ◼ Determinar a altura do terraço para zerar o escoamento superficial Pedro Luz (2018) 55
  • 56. Tel. 19 – 3565.4195 ou 3565.4267 ou 9784.5913 E- mail – phcerluz@usp.br ou pedrohenriqueluz51@gmail.com. Prof. Dr. Pedro Henrique Luz Pedro Luz (2018) 56