Este documento resume os principais pensadores e ideias do Iluminismo no século 18, como John Locke, Montesquieu, Voltaire e Rousseau, bem como as revoluções inglesas que o antecederam. Aborda a revolução científica, o racionalismo, a defesa das liberdades individuais e o anticlericalismo e antiabsolutismo. Explica também as tensões entre o Parlamento e os reis absolutistas ingleses que levaram à guerra civil e à limitação do poder real.
1. O ILUMINISMO
F E R N A N D A C A R O L I N E S TA N G
C U R S I N H O P O P U L A R U N I O E S T E
2. O SÉCULO DAS LUZES (SÉC.
XVIII)
• Revolução Filosófica.
• Apogeu na França.
• Visão burguesa do mundo.
• Razão e Progresso – racionalismo e cientificismo
• Condenava as monarquias absolutistas – anti-absolutismo
• Eram contra o direito divino - anticlericalismo
• Condenavam o intervencionismo estatal na economia
mercantilista.
• Defesa das liberdades individuais.
3. ANTECEDENTE: REVOLUÇÃO
CIENTÍFICA (SÉC XVII)
• A Racionalização da sociedade colocava em xeque o
absolutismo, onde a sociedade deveria se legitimar através de
Leis Racionais.
• René Descartes (1596 – 1650)
– Escola Racionalista – “Penso, logo existo”.
– Dúvida como motor evolutivo.
• Isaac Newton (1642 – 1727)
– Concepção racional do universo
– Leis da Física -> Leis Sociais.
4. JOHN LOCKE (ING)
• “Segundo tratado sobre o governo civil”. Contrato Social.
• Precursor do iluminismo. Pai do liberalismo político e
iluminismo.
• ESTADO DE DIREITO
• Direitos naturais e inalienáveis dos homens: vida,
liberdade e propriedade. (Jusnaturalismo)
• Direito de rebelião, estado laico.
• Crítico do absolutismo.
• Apoiou a Revolução Gloriosa.
• Defesa da Monarquia Parlamentar (Constitucional)
5. MONTESQUIEU (FRA)
• “Cartas Persas”
• “O espírito das Leis”
– Doutrina dos três poderes: executivo, legislativo, judiciário.
Autônomos e Harmônicos.
– Soberano subordinado aos poderes.
– Necessidade de Leis: constituição.
– Constituição: Lei Maior de uma sociedade politicamente organizada. É
o modo pelo qual se forma, se estabelece e organiza uma sociedade.
• Condenava o absolutismo.
• Liberdade política.
6. VOLTAIRE (FRA)
• “Cartas inglesas”: crítica à Igreja, ao clero e à servidão feudal.
• Defesa da liberdade de expressão.
• Defendia: Monarcas adotando ideias iluministas. “Despotismo
esclarecido”
• Crítico da Igreja Católica
– “Écrasez l’infâme = Esmagai a infame
– “Se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo”
• Liberdade e tolerância x Racismo.
• Deísmo é posição filosófica naturalista que aceita a existência e
natureza de Deus através da razão, do livre pensamento e da
experiência pessoal.
• Defendia o Estado Laico.
7.
8. ROUSSEAU (FRA)
• “Contrato social”: igualdade social, defesa da democracia e
participação política.
• “Vontade geral” – Soberana
• “A origem da desigualdade entre os homens”
– Uma sociedade que molda os homens (tábula rasa) na defesa da
propriedade privada, causando o conflito entre os proprietários e
os não-proprietários.
• Filósofo contratualista.
• Influenciou vertentes radicais da Revolução Francesa e ideais
socialistas.
9. OS ENCICLOPEDISTAS
• Denis Diderot
• Jean Le Rond d’Alembert
• Enciclopédia: Acúmulo de
todo o conhecimento.
• Difusão das ideias
iluministas (vitrine das
idéias).
10. OS FISIOCRATAS (FRA)
• Teoria: A economia é uma ciência natural.
• Leis econômicas = Leis Naturais
• Livre comércio – Questionavam o mercantilismo.
• Origem da riqueza: terra!
• Contrários à intervenção do Estado na economia.
• François Quesnay – “Quadro Econômico”
• Gouernay, mirabeu, Dupont e turgot.
• “Laissez faire, laissex passer, le monde va de lui-même.”
11. A ESCOLA CLÁSSICA
• Escola de Manchester
• Liberalismo
• Defendiam:
– Liberdade econômica;
– Liberdade de mercado;
– Propriedade privada.
• Adam Smith
• Thomas Robert Malthus
• David Ricardo
• John Stuart Mill
12. ADAM SMITH (ING)
• “A Riqueza das Nações”.
• Pai do liberalismo econômico.
• Lei Geral: oferta e procura. “Mão invisível”
• Divisão do trabalho.
• Livre concorrência.
• “Laissez-faire”. Sem monopólios, mercados livres.
• Origem da riqueza: Trabalho
• Estado mínimo – deixa a “mão invisível” gerir o mercado.
13. THOMAS ROBERT MALTHUS
(1766-1843)
• “Princípios de economica política”
• “Ensaio sobre a população”
• Superpopulação -> causa -> miséria
• A população aumentava numa progressão geométrica
enquanto a produção de alimentos aumentava numa
progressão aritmética.
• Contenção do aumento da população – celibato e castidade.
14. JOHN STUART MILL (1806-
1873)
• “Princípios de Economia Política”
• “Lógica Racional e Indutiva”
• Se preocupa com os problemas sociais.
• Transição da escola clássica para o socialismo.
15. DESPOTISMO ESCLARECIDO
• Monarcas absolutistas de países atrasados usavam ideias
iluministas para fazer algumas reformas.
• Reprimiam os opositores e usavam políticas mercantilistas x
Buscavam apoio da burguesia e dos “corpos populares”
• Áustria – José II
• Rússia – Catarina II
• Prússia – Frederico II
• Espanha – Carlos III
• Portugal – Marquês de Pombal.
20. ANTECEDENTES
• Guerra dos Cem Anos
– Durou 116 anos
– Ingleses x Franceses
• Guerra das Duas Rosas (1455-1485)
– Disputa pelo poder da Inglaterra
– Henrique VI ficou louco
– Família Lancaster (rosa vermelha) e Família York (rosa Branca).
– Lancaster venceu.
– Henrique Tudor (Lancaster) derrotou Ricardo III (York).
– Henrique Tudor se casou com Elizabeth de York e foi coroado rei.
21. • Henrique VII
– Procurou controlar a nobreza.
– Lançou as bases do absolutismo inglês.
• Henrique VIII
– Consolidou o absolutismo monárquico.
– Reforma Anglicana (confiscou e vendeu os bens eclesiásticos e se
tornou chefe da igreja).
• Elizabeth I
– Filha de Henrique VIII e Ana Bolena.
– Elevou o absolutismo, bem como a reforma religiosa anglicana.
22. A CRISE
• Parlamento x Reis Absolutistas
• No final do século XVI, a burguesia e a nova nobreza
enriqueceram e fortaleceram-se tanto que já não necessitavam
da tutela de um forte poder real.
• Os choques começaram durante o reinado de Elizabeth I.
23. • Revolução inglesa do Século XVII
• Eliminou entraves feudais liberando a economia para o
desenvolvimento do capitalismo.
• A revolução inglesa possibilitou a revolução industrial (século
XVIII)
24. • Os grandes proprietários de terras formavam uma aristocracia que
dava sustentação ao regime absolutista, porém as enormes
mudanças (crescimento das cidades, expansão do comércio,
ascensão de novos grupos sociais, etc.) debilitavam essa
ARISTOCRACIA FUNDIÁRIA.
• Surgimento dos GENTRY, uma pequena e média nobreza rural,
dotada de uma mentalidade capitalista e com laços econômicos com
a burguesia das cidades e dos yeomen, espécie de classe média
formada por pequenos proprietários, granjeiros, lavradores e
arrendatários que viviam numa situação difícil.
25. • + camponeses sem terra, proletariado, desempregados e miseráveis.
• Morre Elizabeth I -> Fim da dinastia dos Tudors.
• Assume Jaime VI
– Rei da Escócia
– Recebe o título de Jaime I
– Inicia a dinastia dos Stuarts
• Jaime I (Stuart)
– Entra em choque com o parlamento, Fecha-o em 1614.
– Persegue católicos e puritanos (fogem da Inglaterra para a América,
formando os EUA).
Notas do Editor
Movimento filosófico, político, econômico e de certa forma social, que vai culminar com a independência dos EUA e as revoluções inglesa e francesa.
Iluminismo = buscar/encontrar conhecimento através da racionalidade, experiência, dúvida. O ato de duvidas das imposições do antigo regime, dos reis absolutistas, do clero, já era um ponto de partida para alcançar o conhecimento. A racionalidade era o elemento fundamental para se chegar a esse conhecimento.
Europa: absolutismo, mercantilismo, já estavam atrapalhando a evolução da burguesia.
O iluminismo surgiu na Inglaterra ´no século XVII, mas seu auge será na França no século XVIII, onde surgirão os principais teóricos iluministas.
Base das Revoluções Burguesas, responsáveis pelo fim do Antigo Regime (absolutismo+mercantilismo).
Objetivos do iluminismo: fazer a Europa avançar no rumo do sistema capitalista.
Anti-absolutismo, em oposição ao poder ilimitado.
Anti-mercantilismo – em oposição ao intervencionismo.
Humanismo – antropocentrismo – homem como agente produtor de conhecimentos, não apenas centro do universo. Rompe com a visão teocêntrica, que coloca Deus como centro produtor de conhecimento. Ideia de que todos os seres humanos fazem parte de uma mesma coletividade.
Kant: racionalismo acaba sendo duvidar. Para Kant, duvidar significa caminhar para sua maioridade intelectual. Rompe com o pensamento dogmático.
Fim dos privilégio = igualdade
Penso, logo existe: o ato de pensar propõe uma reflexão. Se você reflete, tem dúvidas, o que vai te levar ao racionalismo. Dúvidas é válido e necessário e imprescindível para que se alcance o conhecimento.
Leis: uma coisa que recorrentemente vai acontecer.
Segundo Tratado sobre o governo civil: traz a ideia de contrato social. Contrato entre governantes e governados. Proposta. Filósofo contratualista. Se aqueles governantes não estivessem executando bem suas funções, esse contrato poderia ser quebrado. Assim acabaria a soberania absoluta do rei.
Liberalismo: romper as amarras do antigo regime. O John Locke defendia uma monarquia parlamentar. Apresenta um modelo de cosntituíção. Defende os direitos naturais do homem: vida, liberdade e propriedade. Os governos existem para preservar esses direitos.
Conhecimento = experiência e razão.
Empirismo = experimentação do mundo, o que apreendemos com nossos sentidos. Trabalha o Jusnaturalismo (direito natural, que não depende do homem e independe de qualquer condição). O Estado deveria agir de forma a garantir que todos tenhamos acesso a esses direitos. Fim da escravidão e formas de trabalho compulsório. Ele é burguês porque defende a propriedade privada.
Meritocracia. Nascemos iguais, mas ao longo nos diferenciamos.
“Cartas Persas” -> Sátira aos costumes e uma crítica às instituições políticas europeias.
Harmonia e autonomia entre os poderes.
Submissão de TODOS perante a lei.
Crítica ao clero e a intolerância.
Igualdade jurídica
Liberdade de expressão
Monarquia ilustrada
A confiança que temos em nossas crenças deve se relacionar com as provas que existem para sustenta-las.
O mais importante e influente.
Soberania popular
Poder = povo (democracia)
Teoria do bom selvagem
O único filosofo da época que critica a sociedade privada. Propunha a democracia e a igualdade social. O outros iluministas queriam fazer transformações políticas e econômicas, mas não falavam de igualdade social. Rousseau vem quebrar esses paradigmas. Soberania do povo.
Não pode ser colocado totalmente dentro da esfera do pensamento burguês.
Hobbes: soberania vertical descendente.
Rousseau: soberania vertical ascendente. A soberania se dá na vontade geral. Só com isso chegaremos ao progresso?
Bom selvagem = o homem nasce potencialmente bom e potencialmente mau, tudo o que o homem faz tem origem na sociedade. A sociedade corrompe. A vontade geral deve se sobrepor a individual.
O meio corrompe: é um determinista ambiental. Se o homem nasce numa sociedade boa, os homens apresentarão caráter bom. A sociedade determina isso. A sociedade não é algo etério e metafísico. A bondade e a maldade é inerente ao próprio homem.
Somos desiguais pq a sociedade n defende o direito dos indivíduos, defende apenas a propriedade privada.
Para Rousseau, a solução é fazer uma nova sociedade, um novo contrato social. Com democracial, educação universal, para todos terem as mesmas oportunidades.
Bom selvagem: não tem propriedade privada, então consegue ser bom e viver em paz. Visão romanceada.
Queriam que a enciclopédia virasse o livro da vida das pessoas, substituindo a bíblia.
Versão francesa do liberalismo econômico.
Não intervenção do Estado na economia.
Riqueza = agricultura
Prega a máxima de que era necessária a livre concorrência e a atuação mínima do Estado, que deveria garantir o bem estar social, mas intervir o mínimo.
Tentativa de algumas monarquias absolutistas de fazerem algumas reformas. Essas monarquias iriam aderir algumas práticas iluministas para se manter no poder. O movimento iluminista assustou algumas monarquias.
Era pombalina – Portual –Reinado de José Primeiro – ministro Marquês de Pombal que fez os avanços.
Política absolutista x Administração iluminista. Reformas de modernização do Estado a partir dos princípios iluministas.