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Desempenho motor em séries múltiplas 
até a falha concêntrica 
Erick Henrique Pereira Eches 
Alex Silva Ribeiro 
Matheus Amarante Nascimento 
Edilson Serpeloni Cyrino 
Universidade Estadual de Londrina 
Resumo—O objetivo deste estudo foi analisar o número de repetições sustentadas até a falha concêntrica, em 
séries múltiplas de exercícios com pesos. Três séries a 70% de 1-RM foram executadas por 17 homens (28,0 ± 5,1 
anos), nos exercícios supino em banco horizontal, agachamento, rosca direta, cadeira extensora e mesa flexora, com 
dois minutos de recuperação entre as séries e cinco minutos entre os exercícios. Um maior número total de repeti-ções 
(p < 0,05) foi identificado nos exercícios multiarticulares (33 repetições) em relação aos exercícios 
monoarticulares (24 a 28 repetições). Uma redução significante no desempenho (p < 0,05) foi encontrada entre a 
primeira e a segunda série (28 a 35%) e entre a segunda e a terceira série (22 a 36%). Os resultados sugerem que o 
desempenho motor não é sustentado em séries múltiplas a 70% de 1-RM em exercícios monoarticulares e 
multiarticulares, com intervalos de recuperação de dois minutos. 
Palavras-chaves: resistência de força, fadiga muscular, força muscular, testes motores 
Abstract—“Motor performance in sustained multiple weight exercises to concentric failure.” The aim of this study 
was to analyze the number of repetitions to concentric failure sustained in multiple sets of weight exercises. Three 
sets of 1-RM were performed by 17 men (28.0 ± 5.1 years) in bench press, squat, arm curl, leg extension, and leg curl 
exercises, with rest period of 2-min between sets and 5-min between exercises. A larger number of total repetitions 
(p < 0.05) was identified in multiple-joint (33 repeats) compared to single-joint exercises (24 to 28 repetitions). A 
significant reduction in performance (p < 0.05) was found between the first and second set (28 to 35) and between 
the second and third set (22 to 36). The results suggest that the motor performance is not sustained in multiple sets 
the 70% of 1-RM in single- and multiple-joint exercises, with rest periods of 2-min. 
Keywords: strength endurance, muscular fatigue, muscular strength, motor tests 
Resumen—“Desempeño motor en series múltiples hasta la falla concéntrica.” El objetivo de este estudio fue 
analizar el número de repeticiones sostenidas hasta la falla concéntrica en series múltiples de ejercicios con pesas. 
Tres series a 70% de 1-RM fueron ejecutadas por 17 hombres (28.0 ± 5,1 años), en los ejercicios press de banco, 
sentadilla, curl con barra in pie, extensión de piernas y curl de piernas tendido, con dos minutos de descanso entre 
as series y cinco minutos entre el ejercicios. Un mayor número de repeticiones (p < 0.05) fue identificado en el 
ejercicios multiarticulares (33 repeticiones) en comparación con monoarticulares (24 a 28 repeticiones). Una reducción 
significativa en el desempeño (p < 0.05) fue encontrado entre la primera y segunda serie (28 a 35) y entre la segunda 
y tercera serie (22 a 36). Los resultados sugieren que el desempeño motor no se sustenta en series múltiples a 70% 
de 1-RM en ejercicios monoarticulares y multiarticulares, con intervalos de dos minutos de recuperación. 
Palabras claves: resistencia a la fuerza, fatiga muscular, fuerza muscular, pruebas motoras 
Introdução 
A prática regular do treinamento com pesos (TP) tem sido 
recomendada, sobretudo, para a melhoria de componentes 
neuromusculares (força, potência e resistência muscular) e 
morfológicos (massa muscular, conteúdo e densidade mineral 
óssea) (ACSM, 2009). 
Entretanto, as adaptações crônicas ao TP são 
dependentes do volume (número de exercícios, séries e 
repetições; frequência semanal) e da intensidade (carga, 
velocidade de execução e intervalos de recuperação) 
prescritas para o treinamento. Assim, a prescrição das car-gas 
para o treinamento hipertrófico tem sido baseada em 
percentuais de uma repetição máxima (1-RM) ou em intervalos 
de repetições máximas (por exemplo, 8-12 RM). Acredita-se 
que esse limite de repetições máximas possa ser atingido 
com 70-85% de 1-RM em praticantes de TP iniciantes ou 
intermediários (ACSM, 2009). 
Apesar disso, alguns pesquisadores têm relatado que a 
prescrição das cargas de treinamento baseadas em 
percentuais de 1-RM pode resultar em queda significativa 
de desempenho em séries múltiplas, dificultando a manu-
tenção da zona alvo de repetições recomendada para 
hipertrofia muscular (Salvador et al., 2005; Salvador et al., 
2009). Vale ressaltar que o percentual de 1-RM utilizado nes-sas 
S44 
investigações foi na ordem de 80% de 1-RM, próximo ao 
limite superior recomendado para o treinamento hipertrófico 
(70-85% de 1-RM). 
Outro aspecto importante revelado em investigações 
anteriores é que o desempenho observado em diferentes 
exercícios, a partir da utilização do mesmo percentual de 1- 
RM, pode ser bastante heterogênio, tanto em uma única série 
quanto em séries múltiplas (Borges, Oliveira, Riscado, & 
Salles, 2007; Desgorges, Berthelot, Dietrich, & Testa, 2010; 
Hoeger, Barette, Hale, & Hopkins, 1987; Hoeger, Hopkins, & 
Barette, 1990; Ramalho et al., 2011; Salvador et al., 2005; 
Salvador et al., 2009; Shimano et al., 2006; Simão, Poly, & 
Lemos, 2004). Entretanto, exceto dois destes estudos (Sal-vador 
et al., 2005; Salvador et al., 2009) os demais utilizaram 
somente uma única série nos exercícios testados. 
Considerando que o uso de séries múltiplas tem sido 
recomendado para o TP com finalidades hipertróficas 
(ACSM, 2009; Krieger, 2010) e que, ainda, existem lacunas 
na literatura no que diz respeito à quantificação das cargas 
de trabalho em programas de TP (Külkamp, Dias, & Wentz, 
2009), o objetivo do presente estudo foi analisar o número 
de repetições sustentadas até a falha concêntrica em séries 
múltiplas em exercícios com pesos monoarticulares e 
multiarticulares executados a 70% de 1-RM. 
Método 
Participantes 
Participaram deste estudo 17 indivíduos do sexo 
masculino (28,0 ± 5,1 anos; 78,3 ± 5,8 kg; 174,8 ± 4,9 cm), 
aparentemente saudáveis (assintomáticos). Como critérios 
de inclusão os sujeitos deveriam acumular uma experiência 
prévia de pelo menos seis meses em TP, com frequência igual 
ou superior a quatro sessões semanais e não serem usuários 
de suplementos alimentares e/ou recursos farmacológicos 
que pudessem influenciar o desempenho físico, por um 
período mínimo de seis meses anteriores ao início deste 
estudo. Todos os voluntários foram informados sobre os 
objetivos do estudo e procedimentos aos quais seriam 
submetidos e, posteriomente, assinaram um termo de 
consentimento livre e esclarecido. O projeto foi aprovado 
pelo Comitê de Ética local, de acordo com as normas da 
Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre 
pesquisa envolvendo seres humanos (no 265/06). 
Antropometria 
A massa corporal foi medida em uma balança de leitura 
digital, da marca Filizola, modelo ID 110 (São Paulo, Brasil), 
com escala de 0,1 kg, ao passo que a estatura foi determinada 
por meio de um estadiômetro de madeira com escala de 0,1 
cm, de acordo com procedimentos convencionais descritos 
na literatura. A partir dessas medidas o índice de massa cor-poral 
(IMC) foi calculado pela razão entre a massa corporal 
(kg) e o quadrado da estatura (m). Todos os participantes 
foram medidos e pesados descalços. 
Teste de 1-RM 
A força muscular máxima foi determinada por meio do 
teste de 1-RM em cinco exercícios: supino em banco 
horizontal (SUP), rosca direta (ROS), agachamento (AGA), 
cadeira extensora (EXT) e mesa flexora (FLEX). 
A execução dos testes de 1-RM, em cada exercício, foi 
precedida por uma série de aquecimento de 6 a 10 repetições, 
com aproximadamente 50% da carga utilizada na primeira 
tentativa. O teste foi iniciado dois minutos após o 
aquecimento, com os participantes sendo orientados para 
tentarem completar duas repetições. Caso fossem completa-das 
duas repetições na primeira tentativa, ou mesmo se não 
fosse completada uma única repetição, uma segunda 
tentativa era executada, após um intervalo de três a cinco 
minutos, com uma carga superior (primeira possibilidade) 
ou inferior (segunda possibilidade) àquela empregada na 
tentativa anterior. Tal procedimento foi repetido novamente 
em uma terceira tentativa, caso ainda não se tivesse 
determinado a carga referente a uma única repetição máxima. 
Portanto, a carga registrada como 1-RM foi aquela na qual 
foi possível ao indivíduo completar somente uma única 
repetição. O intervalo de recuperação entre os exercícios foi 
de cinco minutos. A técnica e a forma de execução de cada 
exercício foram padronizadas e continuamente monitoradas 
na tentativa de garantir a qualidade das informações. 
Protocolo de avaliação da resistência de força 
O protocolo de avaliação da capacidade da resistência 
de força foi aplicado nos exercícios SUP, ROS, AGA, EXT e 
FLEX. O protocolo consistiu da execução de três séries em 
cada exercício, a 70% de 1-RM, até a exaustão voluntária, a 
qual se caracterizou pela incapacidade funcional de vencer 
a resistência oferecida. Os sujeitos foram orientados a 
tentarem executar o máximo de repetições possíveis em cada 
uma das séries. O intervalo de recuperação entre as séries 
foi de dois minutos, ao passo que entre os exercícios foi de 
cinco minutos. 
Os cinco exercícios foram precedidos por um 
aquecimento específico, com a execução de 6 a 10 repetições 
com aproximadamente 50% da carga estabelecida para cada 
exercício. Como indicador de resistência de força utilizou-se 
o somatório do número de repetições executadas nas três 
séries. A taxa de declínio de força entre a primeira e a terceira 
série de cada exercício foi utilizada como índice de fadiga, 
conforme a equação proposta por Sforzo e Touey (1996): 
IF = [(FT(1ª série) - FT(3ª série))/FT(1ª série)] x100% 
onde IF = índice de fadiga e FT = força total (carga 
levantada x número de repetições executadas 
durante a série).
Delineamento experimental 
Os participantes realizaram um total de seis visitas ao 
local de realização do experimento, em dias não 
consecutivos, com um intervalo de 48 a 72 h entre elas. As 
duas primeiras visitas foram destinadas a coleta de dados 
antropométricos e sessões de familiarização aos testes de 1- 
RM. Testes de 1-RM foram executados nos exercícios 
multiarticulares (SUP e AGA, respectivamente) na terceira 
visita e nos monoarticulares (EXT, ROS e FLEX, 
respectivamente) na quarta visita. Na quinta e na sexta visita 
foram executados os testes de resistência de força, seguindo 
a mesma ordem descrita anteriormente. Os sujeitos foram 
orientados para evitarem a prática de exercícios físicos nas 
48 h precedentes às sessões, bem como para manterem os 
hábitos alimentares nos dias de realização dos testes, 
evitando qualquer tipo de alimento ou bebida que contivesse 
substâncias estimulantes. Os testes foram realizados no 
mesmo período do dia. 
Análise estatística 
A normalidade dos dados foi confirmada pelo teste de 
Shapiro Wilk. Os testes de Levene e Mauchly foram 
utilizados para verificação da homocedasticidade e 
esfericidade dos dados, respectivamente. Análise de 
variância (ANOVA) para medidas repetidas foi empregada 
para as comparações entre o número máximo de repetições 
atingido em cada uma das três séries executadas nos cinco 
exercícios. ANOVA one way foi utilizada para comparações 
entre os exercícios, referente ao número total de repetições 
executadas e o índice de fadiga atingido. O teste post hoc de 
Bonferroni para comparações múltiplas, foi empregado para 
a identificação das diferenças específicas nas variáveis cujos 
valores de F foram superiores ao critério de significância 
estatística estabelecido (p < 0,05). Os dados foram proces-sados 
no pacote estatístico Statistica versão 7.0. 
Resultados 
As características gerais da amostra são apresentadas 
na Tabela 1. 
Tabela 1. Características gerais dos sujeitos (n = 17). 
Motriz, Rio Claro, v.19 n.3, Suplemento, p.S43-S48, jul/set. 2013 
O número de repetições executadas a 70% de 1-RM, em 
cada série, nos cinco exercícios é apresentado na Tabela 2. 
Diferenças significantes foram identificadas nas comparações 
entre o número de repetições executadas nas três séries em 
todos os exercícios analisados (p < 0,001). Os valores do 
coeficiente de correlação intraclasse (ICC) nos testes de 1- 
RM variaram entre 0,97-0,99. 
A Figura 1 apresenta o somatório de repetições realizadas 
em cada exercício. O maior número de repetições foi 
identificado nos exercícios multiarticulares (AGA = 33,7 e 
SUP = 33,2; p < 0,001) quando comparados aos exercícios 
monoarticulares (EXT = 27,9; ROS = 26 e FLEX = 24,1). 
Entretanto, nenhuma diferença estatisticamente significante 
foi encontrada nas comparações entre os exercícios 
multiarticulares (AGA = SUP; p > 0,05), bem como entre os 
monoarticulares (EXT = ROS = FLEX; p > 0,05). 
Embora uma queda significante no desempenho motor 
tenha sido identificada entre as séries, ANOVA one way não 
revelou diferenças significantes entre os exercícios (F = 2,30 
e p = 0,07) nos valores referentes ao IF (Figura 2). 
Variáveis Média ± DP Mínimo Máximo 
Idade (anos) 28,0 ± 5,1 21,0 35,0 
Massa Corporal (kg) 78,3 ± 4,4 69,1 86,0 
Estatura (cm) 174,8 ± 4,0 169,0 180,0 
IMC kg/m² 25,7 ± 1,6 22,6 28,6 
DP = desvio-padrão. 
Figura 1. Somatório do número de repetições em cada exercício (n 
= 17). Valores em média e erro padrão. *p < 0,05 vs. rosca direta. 
†p < 0,05 vs. cadeira extensora. §p < 0,05 vs. mesa flexora. 
Figura 2. Índice de fadiga nos cinco exercícios, calculado a partir 
das alterações observadas entre as séries 1 e 3 (n = 17). Valores em 
média e erro padrão.
Tabela 2 - Número de repetições máximas realizadas em cada série para cinco exercícios com pesos (n = 17). Valores em média e desvio-padrão. 
SUP AGA EXT ROS FLE 
Série 1 15,5 ± 2,0 15,9 ± 1,8 12,4 ± 1,9 11,9 ± 1,6 11,1 ± 2,4 
Série 2 10,1 ± 1,8* 10,5 ± 1,7* 8,7 ± 1,9* 8,6 ± 1,3* 7,5 ± 2,2* 
Série 3 7,6 ± 1,8*† 7,3 ± 1,4*† 6,8 ± 1,5*† 5,5 ± 1,6*† 5,5 ± 2,6*† 
Nota. SUP = supino em banco horizontal, AGA = agachamento, EXT = cadeira extensora, ROS = rosca direta, 
FLEX = mesa flexora. *P < 0,05 vs. Série 1. † P < 0,05 vs. Série 2. 
Discussão 
Os principais achados do presente estudo foram que o 
número máximo de repetições alcançado na primeira série a 
70% de 1-RM em todos os exercícios analisados não pode 
ser sustentado ao longo de três séries em nenhum deles. 
Adicionalmente, o número total de repetições executadas 
foi maior nos exercícios multiarticulares do que nos 
monoarticulares, variando em média de 7 a 16 RM nos 
exercícios multiarticulares e de 6 a 12 RM nos monoarti-culares. 
Embora o nosso estudo tenha confirmado a queda de 
desempenho motor entre as séries relatada em investigações 
anteriores que, também, adotaram protocolos de séries 
múltiplas (Salvador et al., 2005; Salvador et al., 2009), o uso 
de uma intensidade de 70% de 1-RM proporcionou valores 
relativamente próximos a faixa de 8-12 RM sugerida para 
programas de TP com finalidade hipertrófica (ACSM, 2009), 
para praticantes iniciantes e intermediários. 
Neste sentido, apesar do Colégio Americano de Medicina 
do Esporte (ACSM, 2009) recomendar para hipertrofia a 
execução de séries múltiplas com intensidades de 70 a 85% 
de 1-RM parece que a manutenção de 8 a 12 RM por série 
somente será possível com a utilização de uma intensidade 
abaixo do limite inferior dessa zona alvo (70% de 1-RM). 
Vale destacar que a faixa de 8 a 12 RM parece favorecer um 
melhor equilíbrio entre o estresse metabólico e tensional, 
criando um ambiente anabólico adequado para a promoção 
da hipertrofia muscular (Schoenfeld, 2010; Schoenfeld, 2013). 
Se a análise dos resultados do nosso estudo fosse 
pautada somente no desempenho observado na primeira 
série, somente nos exercícios monoarticulares o limite 
superior da zona de treinamento para hipertrofia seria 
respeitado (< 12-RM). Por outro lado, nos exercícios 
multiarticulares o número de repetições atingidos na primeira 
série caracterizaria um treinamento recomendado para 
melhoria da resistência muscular localizada (> 12-RM). Os 
resultados sugerem que a prescrição de cargas, utilizando 
valores normativos relacionados aos percentuais 1-RM, de 
forma generalizada, sem distinção entre exercícios mono e 
multiarticulares, pode não ser adequada para a prescrição 
de TP para hipertrofia muscular, embora o delineamento 
transversal adotado na presente investigação não nos per-mita 
confirmar essa hipótese. 
Comparando os resultados deste estudo com 
investigações anteriores que adotaram uma análise a partir 
do uso de série simples (Iglesias et al., 2010, Ikeda & 
Takamatsu, 2007; Simão et al., 2006), observa-se resultados 
similares para o exercício SUP (Iglesias, Boullosa, Dopico, 
& Carballeira, 2010; Simão et al., 2006), valores inferiores na 
FLEX (Simão et al., 2006) e superiores na ROS (Iglesias et al., 
2010) e EXT (Ikeda & Takamatsu, 2007). Grande parte des-sas 
diferenças pode estar atrelada as diferenças 
metodológicas entre os estudos, tal como a adoção ou não 
de um processo de familiarização aos testes de 1-RM utiliza-dos 
(Ritti-Dias, Avelar, Salvador, & Cyrino, 2011). 
No presente estudo estabelecemos, também, uma análise 
comparativa entre os exercícios. Os nossos resultados 
confirmaram os resultados de trabalhos anteriores indicando 
que exercícios multiarticulares permitem um maior número 
de repetições em relação aos exercícios monoarticulares para 
uma mesma carga relativa (Borges et al., 2007; Hoeger et al., 
1987; Hoeger et al., 1990; Shimano et al., 2006; Simão et al., 
2004). Portanto, o modelo de determinação de cargas de 
trabalho baseado em percentuais de 1-RM pode gerar 
estímulos distintos para os diferentes grupos musculares, 
comprometendo assim a sua validade. 
Considerando que a fadiga muscular provocada pelo 
exercício é um elemento importante para a otimização da 
hipertrofia muscular (Schoenfeld, 2010), adotamos um 
indicador interessante (IF) para verificar a queda de 
desempenho entre a primeira e última série em cada um dos 
exercícios analisados. Entretanto, diferente do que 
encontrado com relação ao número de repetições, nenhuma 
diferença foi identificada. 
O presente estudo apresenta algumas limitações que não 
podem ser desprezadas. Em primeiro lugar, a velocidade de 
execução não foi controlada. Nesse sentido, Chagas, Bar-bosa, 
e Lima (2005) não observaram diferença de desempe-nho 
entre os exercícios ao adotarem um controle na veloci-dade 
de execução (seis segundos para cada fase do movi-mento). 
Todavia, se a padronização da velocidade de execu-ção 
permite o controle mais rigoroso da intensidade dos 
exercícios (ACSM, 2009), ela não favorece a maximização do
número máximo de repetições para a carga imposta, uma vez 
que a adoção de velocidades baixa ou moderada pode au-mentar 
acentuadamente a intensidade do esforço, dificul-tando 
a execução de um maior número de repetições 
(Lachance & Hortobagyi, 1994; Sakamoto & Sinclair, 2006). 
Além disso, a ordem de execução dos exercícios foi 
estabelecida arbitrariamente. Assim, os exercícios posiciona-dos 
e testados no final da sessão podem ter sido, pelo me-nos 
em parte, influenciados negativamente por uma suposta 
fadiga residual (Gil et al., 2011; Miranda et al., 2010; Silva et 
al., 2009, Simão et al. 2012). Na tentativa de atenuar este 
viés, optamos pela adoção de uma rotina parcelada, com a 
realização de exercícios multiarticulares e monoarticulares 
em dias distintos, diferente dos protocolos experimentais 
adotados em investigações anteriores (Hoeger et al., 1987; 
Hoeger et al., 1990; Shimano et al., 2006; Simão et al., 2004). 
Conclusão 
Os resultados sugerem que o desempenho motor não é 
sustentado em séries múltiplas a 70% de 1-RM com intervalos 
de recuperação de dois minutos, tanto em exercícios 
monoarticulares quanto multiarticulares, embora o volume 
total de repetições atingido em cada exercício tenha sido 
maior nos exercícios multiarticulares. 
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Nota dos autores 
Os autores são filiados ao Grupo de Estudos e Pesquisa em 
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Esportes. Universidade Estadual de Londrina. Londrina, PR. 
Agradecimentos 
Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Ci-entífico 
e Tecnológico (CNPq) pela bolsa de produtividade em pesqui-sa 
concedida a E.S.C. e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal 
de Nível Superior (CAPES) pelas bolsas de mestrado outorgadas a 
A.S.R. e E.H.P.E. e de doutorado concedida a M.A.N. 
Correspondência 
Erick Henrique Pereira Eches 
Rua Doutor Moacyr Arcoverde, 439. Aquiles Stenghel. Londrina - PR. 
Fone: (43) 33252430, e (43) 84024451. 
e-mail: erick_eches@hotmail.com 
Artigo completo de trabalho apresentado no VIII Congresso 
Internacional de Educação Física e Motricidade Humana e XIV Simpósio 
Paulista de Educação Física. 
Declaração de Conflito de Interesses: Os autores declararam ausência 
de conflitos de interesse no que diz respeito à pesquisa, autoria e / ou 
publicação deste artigo. 
Manuscrito recebido em 30 de março de 2013 
Manuscrito aceito em 10 de maio de 2013

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Desempenho motor em séries múltiplas até a falha concêntrica

  • 1. Desempenho motor em séries múltiplas até a falha concêntrica Erick Henrique Pereira Eches Alex Silva Ribeiro Matheus Amarante Nascimento Edilson Serpeloni Cyrino Universidade Estadual de Londrina Resumo—O objetivo deste estudo foi analisar o número de repetições sustentadas até a falha concêntrica, em séries múltiplas de exercícios com pesos. Três séries a 70% de 1-RM foram executadas por 17 homens (28,0 ± 5,1 anos), nos exercícios supino em banco horizontal, agachamento, rosca direta, cadeira extensora e mesa flexora, com dois minutos de recuperação entre as séries e cinco minutos entre os exercícios. Um maior número total de repeti-ções (p < 0,05) foi identificado nos exercícios multiarticulares (33 repetições) em relação aos exercícios monoarticulares (24 a 28 repetições). Uma redução significante no desempenho (p < 0,05) foi encontrada entre a primeira e a segunda série (28 a 35%) e entre a segunda e a terceira série (22 a 36%). Os resultados sugerem que o desempenho motor não é sustentado em séries múltiplas a 70% de 1-RM em exercícios monoarticulares e multiarticulares, com intervalos de recuperação de dois minutos. Palavras-chaves: resistência de força, fadiga muscular, força muscular, testes motores Abstract—“Motor performance in sustained multiple weight exercises to concentric failure.” The aim of this study was to analyze the number of repetitions to concentric failure sustained in multiple sets of weight exercises. Three sets of 1-RM were performed by 17 men (28.0 ± 5.1 years) in bench press, squat, arm curl, leg extension, and leg curl exercises, with rest period of 2-min between sets and 5-min between exercises. A larger number of total repetitions (p < 0.05) was identified in multiple-joint (33 repeats) compared to single-joint exercises (24 to 28 repetitions). A significant reduction in performance (p < 0.05) was found between the first and second set (28 to 35) and between the second and third set (22 to 36). The results suggest that the motor performance is not sustained in multiple sets the 70% of 1-RM in single- and multiple-joint exercises, with rest periods of 2-min. Keywords: strength endurance, muscular fatigue, muscular strength, motor tests Resumen—“Desempeño motor en series múltiples hasta la falla concéntrica.” El objetivo de este estudio fue analizar el número de repeticiones sostenidas hasta la falla concéntrica en series múltiples de ejercicios con pesas. Tres series a 70% de 1-RM fueron ejecutadas por 17 hombres (28.0 ± 5,1 años), en los ejercicios press de banco, sentadilla, curl con barra in pie, extensión de piernas y curl de piernas tendido, con dos minutos de descanso entre as series y cinco minutos entre el ejercicios. Un mayor número de repeticiones (p < 0.05) fue identificado en el ejercicios multiarticulares (33 repeticiones) en comparación con monoarticulares (24 a 28 repeticiones). Una reducción significativa en el desempeño (p < 0.05) fue encontrado entre la primera y segunda serie (28 a 35) y entre la segunda y tercera serie (22 a 36). Los resultados sugieren que el desempeño motor no se sustenta en series múltiples a 70% de 1-RM en ejercicios monoarticulares y multiarticulares, con intervalos de dos minutos de recuperación. Palabras claves: resistencia a la fuerza, fatiga muscular, fuerza muscular, pruebas motoras Introdução A prática regular do treinamento com pesos (TP) tem sido recomendada, sobretudo, para a melhoria de componentes neuromusculares (força, potência e resistência muscular) e morfológicos (massa muscular, conteúdo e densidade mineral óssea) (ACSM, 2009). Entretanto, as adaptações crônicas ao TP são dependentes do volume (número de exercícios, séries e repetições; frequência semanal) e da intensidade (carga, velocidade de execução e intervalos de recuperação) prescritas para o treinamento. Assim, a prescrição das car-gas para o treinamento hipertrófico tem sido baseada em percentuais de uma repetição máxima (1-RM) ou em intervalos de repetições máximas (por exemplo, 8-12 RM). Acredita-se que esse limite de repetições máximas possa ser atingido com 70-85% de 1-RM em praticantes de TP iniciantes ou intermediários (ACSM, 2009). Apesar disso, alguns pesquisadores têm relatado que a prescrição das cargas de treinamento baseadas em percentuais de 1-RM pode resultar em queda significativa de desempenho em séries múltiplas, dificultando a manu-
  • 2. tenção da zona alvo de repetições recomendada para hipertrofia muscular (Salvador et al., 2005; Salvador et al., 2009). Vale ressaltar que o percentual de 1-RM utilizado nes-sas S44 investigações foi na ordem de 80% de 1-RM, próximo ao limite superior recomendado para o treinamento hipertrófico (70-85% de 1-RM). Outro aspecto importante revelado em investigações anteriores é que o desempenho observado em diferentes exercícios, a partir da utilização do mesmo percentual de 1- RM, pode ser bastante heterogênio, tanto em uma única série quanto em séries múltiplas (Borges, Oliveira, Riscado, & Salles, 2007; Desgorges, Berthelot, Dietrich, & Testa, 2010; Hoeger, Barette, Hale, & Hopkins, 1987; Hoeger, Hopkins, & Barette, 1990; Ramalho et al., 2011; Salvador et al., 2005; Salvador et al., 2009; Shimano et al., 2006; Simão, Poly, & Lemos, 2004). Entretanto, exceto dois destes estudos (Sal-vador et al., 2005; Salvador et al., 2009) os demais utilizaram somente uma única série nos exercícios testados. Considerando que o uso de séries múltiplas tem sido recomendado para o TP com finalidades hipertróficas (ACSM, 2009; Krieger, 2010) e que, ainda, existem lacunas na literatura no que diz respeito à quantificação das cargas de trabalho em programas de TP (Külkamp, Dias, & Wentz, 2009), o objetivo do presente estudo foi analisar o número de repetições sustentadas até a falha concêntrica em séries múltiplas em exercícios com pesos monoarticulares e multiarticulares executados a 70% de 1-RM. Método Participantes Participaram deste estudo 17 indivíduos do sexo masculino (28,0 ± 5,1 anos; 78,3 ± 5,8 kg; 174,8 ± 4,9 cm), aparentemente saudáveis (assintomáticos). Como critérios de inclusão os sujeitos deveriam acumular uma experiência prévia de pelo menos seis meses em TP, com frequência igual ou superior a quatro sessões semanais e não serem usuários de suplementos alimentares e/ou recursos farmacológicos que pudessem influenciar o desempenho físico, por um período mínimo de seis meses anteriores ao início deste estudo. Todos os voluntários foram informados sobre os objetivos do estudo e procedimentos aos quais seriam submetidos e, posteriomente, assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética local, de acordo com as normas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa envolvendo seres humanos (no 265/06). Antropometria A massa corporal foi medida em uma balança de leitura digital, da marca Filizola, modelo ID 110 (São Paulo, Brasil), com escala de 0,1 kg, ao passo que a estatura foi determinada por meio de um estadiômetro de madeira com escala de 0,1 cm, de acordo com procedimentos convencionais descritos na literatura. A partir dessas medidas o índice de massa cor-poral (IMC) foi calculado pela razão entre a massa corporal (kg) e o quadrado da estatura (m). Todos os participantes foram medidos e pesados descalços. Teste de 1-RM A força muscular máxima foi determinada por meio do teste de 1-RM em cinco exercícios: supino em banco horizontal (SUP), rosca direta (ROS), agachamento (AGA), cadeira extensora (EXT) e mesa flexora (FLEX). A execução dos testes de 1-RM, em cada exercício, foi precedida por uma série de aquecimento de 6 a 10 repetições, com aproximadamente 50% da carga utilizada na primeira tentativa. O teste foi iniciado dois minutos após o aquecimento, com os participantes sendo orientados para tentarem completar duas repetições. Caso fossem completa-das duas repetições na primeira tentativa, ou mesmo se não fosse completada uma única repetição, uma segunda tentativa era executada, após um intervalo de três a cinco minutos, com uma carga superior (primeira possibilidade) ou inferior (segunda possibilidade) àquela empregada na tentativa anterior. Tal procedimento foi repetido novamente em uma terceira tentativa, caso ainda não se tivesse determinado a carga referente a uma única repetição máxima. Portanto, a carga registrada como 1-RM foi aquela na qual foi possível ao indivíduo completar somente uma única repetição. O intervalo de recuperação entre os exercícios foi de cinco minutos. A técnica e a forma de execução de cada exercício foram padronizadas e continuamente monitoradas na tentativa de garantir a qualidade das informações. Protocolo de avaliação da resistência de força O protocolo de avaliação da capacidade da resistência de força foi aplicado nos exercícios SUP, ROS, AGA, EXT e FLEX. O protocolo consistiu da execução de três séries em cada exercício, a 70% de 1-RM, até a exaustão voluntária, a qual se caracterizou pela incapacidade funcional de vencer a resistência oferecida. Os sujeitos foram orientados a tentarem executar o máximo de repetições possíveis em cada uma das séries. O intervalo de recuperação entre as séries foi de dois minutos, ao passo que entre os exercícios foi de cinco minutos. Os cinco exercícios foram precedidos por um aquecimento específico, com a execução de 6 a 10 repetições com aproximadamente 50% da carga estabelecida para cada exercício. Como indicador de resistência de força utilizou-se o somatório do número de repetições executadas nas três séries. A taxa de declínio de força entre a primeira e a terceira série de cada exercício foi utilizada como índice de fadiga, conforme a equação proposta por Sforzo e Touey (1996): IF = [(FT(1ª série) - FT(3ª série))/FT(1ª série)] x100% onde IF = índice de fadiga e FT = força total (carga levantada x número de repetições executadas durante a série).
  • 3. Delineamento experimental Os participantes realizaram um total de seis visitas ao local de realização do experimento, em dias não consecutivos, com um intervalo de 48 a 72 h entre elas. As duas primeiras visitas foram destinadas a coleta de dados antropométricos e sessões de familiarização aos testes de 1- RM. Testes de 1-RM foram executados nos exercícios multiarticulares (SUP e AGA, respectivamente) na terceira visita e nos monoarticulares (EXT, ROS e FLEX, respectivamente) na quarta visita. Na quinta e na sexta visita foram executados os testes de resistência de força, seguindo a mesma ordem descrita anteriormente. Os sujeitos foram orientados para evitarem a prática de exercícios físicos nas 48 h precedentes às sessões, bem como para manterem os hábitos alimentares nos dias de realização dos testes, evitando qualquer tipo de alimento ou bebida que contivesse substâncias estimulantes. Os testes foram realizados no mesmo período do dia. Análise estatística A normalidade dos dados foi confirmada pelo teste de Shapiro Wilk. Os testes de Levene e Mauchly foram utilizados para verificação da homocedasticidade e esfericidade dos dados, respectivamente. Análise de variância (ANOVA) para medidas repetidas foi empregada para as comparações entre o número máximo de repetições atingido em cada uma das três séries executadas nos cinco exercícios. ANOVA one way foi utilizada para comparações entre os exercícios, referente ao número total de repetições executadas e o índice de fadiga atingido. O teste post hoc de Bonferroni para comparações múltiplas, foi empregado para a identificação das diferenças específicas nas variáveis cujos valores de F foram superiores ao critério de significância estatística estabelecido (p < 0,05). Os dados foram proces-sados no pacote estatístico Statistica versão 7.0. Resultados As características gerais da amostra são apresentadas na Tabela 1. Tabela 1. Características gerais dos sujeitos (n = 17). Motriz, Rio Claro, v.19 n.3, Suplemento, p.S43-S48, jul/set. 2013 O número de repetições executadas a 70% de 1-RM, em cada série, nos cinco exercícios é apresentado na Tabela 2. Diferenças significantes foram identificadas nas comparações entre o número de repetições executadas nas três séries em todos os exercícios analisados (p < 0,001). Os valores do coeficiente de correlação intraclasse (ICC) nos testes de 1- RM variaram entre 0,97-0,99. A Figura 1 apresenta o somatório de repetições realizadas em cada exercício. O maior número de repetições foi identificado nos exercícios multiarticulares (AGA = 33,7 e SUP = 33,2; p < 0,001) quando comparados aos exercícios monoarticulares (EXT = 27,9; ROS = 26 e FLEX = 24,1). Entretanto, nenhuma diferença estatisticamente significante foi encontrada nas comparações entre os exercícios multiarticulares (AGA = SUP; p > 0,05), bem como entre os monoarticulares (EXT = ROS = FLEX; p > 0,05). Embora uma queda significante no desempenho motor tenha sido identificada entre as séries, ANOVA one way não revelou diferenças significantes entre os exercícios (F = 2,30 e p = 0,07) nos valores referentes ao IF (Figura 2). Variáveis Média ± DP Mínimo Máximo Idade (anos) 28,0 ± 5,1 21,0 35,0 Massa Corporal (kg) 78,3 ± 4,4 69,1 86,0 Estatura (cm) 174,8 ± 4,0 169,0 180,0 IMC kg/m² 25,7 ± 1,6 22,6 28,6 DP = desvio-padrão. Figura 1. Somatório do número de repetições em cada exercício (n = 17). Valores em média e erro padrão. *p < 0,05 vs. rosca direta. †p < 0,05 vs. cadeira extensora. §p < 0,05 vs. mesa flexora. Figura 2. Índice de fadiga nos cinco exercícios, calculado a partir das alterações observadas entre as séries 1 e 3 (n = 17). Valores em média e erro padrão.
  • 4. Tabela 2 - Número de repetições máximas realizadas em cada série para cinco exercícios com pesos (n = 17). Valores em média e desvio-padrão. SUP AGA EXT ROS FLE Série 1 15,5 ± 2,0 15,9 ± 1,8 12,4 ± 1,9 11,9 ± 1,6 11,1 ± 2,4 Série 2 10,1 ± 1,8* 10,5 ± 1,7* 8,7 ± 1,9* 8,6 ± 1,3* 7,5 ± 2,2* Série 3 7,6 ± 1,8*† 7,3 ± 1,4*† 6,8 ± 1,5*† 5,5 ± 1,6*† 5,5 ± 2,6*† Nota. SUP = supino em banco horizontal, AGA = agachamento, EXT = cadeira extensora, ROS = rosca direta, FLEX = mesa flexora. *P < 0,05 vs. Série 1. † P < 0,05 vs. Série 2. Discussão Os principais achados do presente estudo foram que o número máximo de repetições alcançado na primeira série a 70% de 1-RM em todos os exercícios analisados não pode ser sustentado ao longo de três séries em nenhum deles. Adicionalmente, o número total de repetições executadas foi maior nos exercícios multiarticulares do que nos monoarticulares, variando em média de 7 a 16 RM nos exercícios multiarticulares e de 6 a 12 RM nos monoarti-culares. Embora o nosso estudo tenha confirmado a queda de desempenho motor entre as séries relatada em investigações anteriores que, também, adotaram protocolos de séries múltiplas (Salvador et al., 2005; Salvador et al., 2009), o uso de uma intensidade de 70% de 1-RM proporcionou valores relativamente próximos a faixa de 8-12 RM sugerida para programas de TP com finalidade hipertrófica (ACSM, 2009), para praticantes iniciantes e intermediários. Neste sentido, apesar do Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM, 2009) recomendar para hipertrofia a execução de séries múltiplas com intensidades de 70 a 85% de 1-RM parece que a manutenção de 8 a 12 RM por série somente será possível com a utilização de uma intensidade abaixo do limite inferior dessa zona alvo (70% de 1-RM). Vale destacar que a faixa de 8 a 12 RM parece favorecer um melhor equilíbrio entre o estresse metabólico e tensional, criando um ambiente anabólico adequado para a promoção da hipertrofia muscular (Schoenfeld, 2010; Schoenfeld, 2013). Se a análise dos resultados do nosso estudo fosse pautada somente no desempenho observado na primeira série, somente nos exercícios monoarticulares o limite superior da zona de treinamento para hipertrofia seria respeitado (< 12-RM). Por outro lado, nos exercícios multiarticulares o número de repetições atingidos na primeira série caracterizaria um treinamento recomendado para melhoria da resistência muscular localizada (> 12-RM). Os resultados sugerem que a prescrição de cargas, utilizando valores normativos relacionados aos percentuais 1-RM, de forma generalizada, sem distinção entre exercícios mono e multiarticulares, pode não ser adequada para a prescrição de TP para hipertrofia muscular, embora o delineamento transversal adotado na presente investigação não nos per-mita confirmar essa hipótese. Comparando os resultados deste estudo com investigações anteriores que adotaram uma análise a partir do uso de série simples (Iglesias et al., 2010, Ikeda & Takamatsu, 2007; Simão et al., 2006), observa-se resultados similares para o exercício SUP (Iglesias, Boullosa, Dopico, & Carballeira, 2010; Simão et al., 2006), valores inferiores na FLEX (Simão et al., 2006) e superiores na ROS (Iglesias et al., 2010) e EXT (Ikeda & Takamatsu, 2007). Grande parte des-sas diferenças pode estar atrelada as diferenças metodológicas entre os estudos, tal como a adoção ou não de um processo de familiarização aos testes de 1-RM utiliza-dos (Ritti-Dias, Avelar, Salvador, & Cyrino, 2011). No presente estudo estabelecemos, também, uma análise comparativa entre os exercícios. Os nossos resultados confirmaram os resultados de trabalhos anteriores indicando que exercícios multiarticulares permitem um maior número de repetições em relação aos exercícios monoarticulares para uma mesma carga relativa (Borges et al., 2007; Hoeger et al., 1987; Hoeger et al., 1990; Shimano et al., 2006; Simão et al., 2004). Portanto, o modelo de determinação de cargas de trabalho baseado em percentuais de 1-RM pode gerar estímulos distintos para os diferentes grupos musculares, comprometendo assim a sua validade. Considerando que a fadiga muscular provocada pelo exercício é um elemento importante para a otimização da hipertrofia muscular (Schoenfeld, 2010), adotamos um indicador interessante (IF) para verificar a queda de desempenho entre a primeira e última série em cada um dos exercícios analisados. Entretanto, diferente do que encontrado com relação ao número de repetições, nenhuma diferença foi identificada. O presente estudo apresenta algumas limitações que não podem ser desprezadas. Em primeiro lugar, a velocidade de execução não foi controlada. Nesse sentido, Chagas, Bar-bosa, e Lima (2005) não observaram diferença de desempe-nho entre os exercícios ao adotarem um controle na veloci-dade de execução (seis segundos para cada fase do movi-mento). Todavia, se a padronização da velocidade de execu-ção permite o controle mais rigoroso da intensidade dos exercícios (ACSM, 2009), ela não favorece a maximização do
  • 5. número máximo de repetições para a carga imposta, uma vez que a adoção de velocidades baixa ou moderada pode au-mentar acentuadamente a intensidade do esforço, dificul-tando a execução de um maior número de repetições (Lachance & Hortobagyi, 1994; Sakamoto & Sinclair, 2006). Além disso, a ordem de execução dos exercícios foi estabelecida arbitrariamente. Assim, os exercícios posiciona-dos e testados no final da sessão podem ter sido, pelo me-nos em parte, influenciados negativamente por uma suposta fadiga residual (Gil et al., 2011; Miranda et al., 2010; Silva et al., 2009, Simão et al. 2012). Na tentativa de atenuar este viés, optamos pela adoção de uma rotina parcelada, com a realização de exercícios multiarticulares e monoarticulares em dias distintos, diferente dos protocolos experimentais adotados em investigações anteriores (Hoeger et al., 1987; Hoeger et al., 1990; Shimano et al., 2006; Simão et al., 2004). Conclusão Os resultados sugerem que o desempenho motor não é sustentado em séries múltiplas a 70% de 1-RM com intervalos de recuperação de dois minutos, tanto em exercícios monoarticulares quanto multiarticulares, embora o volume total de repetições atingido em cada exercício tenha sido maior nos exercícios multiarticulares. Referências American College of Sports Medicine (2009). Position Stand: Progression models in resistance training for healthy adults. Medicine and Science in Sports and Exercise, 41(3), 687-708. doi: 10.1249/MSS.0b013e3181915670 Borges, D. G., Oliveira, J. S., Riscado, J. P. M., & Salles, B. F. (2007). Análise das repetições máximas estimadas através do teste de uma repetição máxima. Arquivos em Movimento, 3(2), 33-41. Retirado de http://www.eefd.ufrj.br/arquivos Chagas, M. H., Barbosa, J. R. M., & Lima, F. V. (2005). 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