A justificação é o âmago do Evangelho?

1. O Âmago do
Evangelho
A justificação é o âmago do Evangelho?

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Introdução
Qual é o centro do Evangelho?
Muitos vão dizer que a justificação é a base do Evangelho,
pois sem justificação não poderíamos nos achegar à presença de
Deus. A justificação somente pela fé foi o que levou Martinho Lutero
“realizar” a reforma protestante.
Podemos até dizer que essa importante doutrina está meio
esquecida nas nossas igrejas. Mas, se essa doutrina está esquecida, o
que falar de quem a arquitetou? Se não nos importamos mais sobre
justificação, será que nos importamos com Deus?
A justiça divina
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O que é justificação?
O ser humano se encontra em uma situação totalmente deplorável diante de
Deus. Após Adão ter pecado contra Deus no jardim do Éden, levou consigo toda a
humanidade, e todos que nasceram depois de Adão, nasceram com a semente do
pecado. Todo ser humano possui uma natureza pecaminosa e comete muitos pecados
durante a sua vida. Portanto não existe nem um justo sequer, todos se extraviaram e
estão carentes da glória de Deus.
A queda de Adão fez levou a humanidade a uma situação de depravação total, portanto
todas as obras humanas por mais boas que sejam, são pecaminosas, pois não tem como
objetivo glorificar a Deus, mas ao próprio homem. Diante dessa situação, não há nada
que o ser humano possa fazer a fim que ter algum mérito diante do seu criador.
Versículo chave
Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que
nele fôssemos feitos justiça de Deus. 2 Coríntios 5:21

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Deus, pelo seu infinito amor e misericórdia, traçou um plano de salvação para
salvar o homem, e esse plano consistia em enviar Jesus Cristo para pagar o preço do
pecado da humanidade. Visto que não existe um ser humano sequer que não tenha
pecado, a redenção não poderia ser realizada por um humano, mas pelo próprio Deus,
pois somente alguém sem pecado poderia pagar o preço do pecado.
Cristo, mesmo sendo Deus, se fez homem e habitou entre os homens com uma
natureza divina e humana ao mesmo tempo. Nunca cometeu um pecado sequer, portanto
somente ele poderia oferecer o sacrifício perfeito pelos nossos pecados.
Os nossos pecados deixam Deus irado, e quando a ira de Deus se manifestar o
resultado final é sofrimento eterno no inferno. Para evitar que a ira de Deus caísse sobre
a humanidade Cristo teria que levar essa ira sobre si. Dessa forma, deveria ter uma troca,
os nossos pecados deveriam ser lançados sobre Cristo, e a vida de santidade de Cristo
deveria ser imputado em nós. Essa troca é chamada de justificação.
Quando aceitamos o sacrifício de Cristo pela fé,
somos considerados justos diante de Deus. Temos
assim o direito legal de estar diante de Deus. A
justificação acontece imediatamente, a partir do
momento que você crer, você já está justificado.
Porque pela graça
sois salvos, por
meio da fé; e isto
não vem de vós, é
dom de Deus.
Efésios 2:8

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As bênçãos da
justificação
Quando somos justificados em Cristo somos beneficiados com muitas
bênçãos. Benção que somente aqueles que tem o direito de serem chamados filhos de
Deus podem usufruir. Devemos ficar felizes com essas bênçãos, pois afinal de contas
não iremos mais para o inferno e agora iremos para o céu.
Mas surgem o seguinte questionamento “você iria para um céu que Deus não
estaria lá? ”. Vamos supor que no céu tem tudo de bom que você imagina, seus amigos,
sua família, ruas de ouro, dentre outras coisas boas, mas por algum motivo, Deus não se
encontrasse lá. Esse céu deixaria você feliz?
É o que vemos nas mensagens de hoje, falamos tanto das bênçãos que de
sermos salvos que esquecemos do salvador. Esquecemos de quem arquitetou todo o
plano de salvação para a humanidade, o próprio Deus.
Justificação = direito legal de ter acesso e comunhão com Deus.

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Deus é o Evangelho
Deus é o próprio Evangelho, e ele é o objetivo final de tudo, o centro, o âmago
de Evangelho. Mesmo diante de todas as bênçãos que alcançamos com a justificação,
não podemos pensar que essas bênçãos são maiores do que o próprio Deus.
Um céu sem Deus não seria um céu de verdade. Talvez o pior sofrimento do
inferno não seja as dores, mas a falta de Deus, a falta de comunhão com o criador e
sustentador de todas as coisas. Temos que pensar no céu como a máxima comunhão
possível com Deus pois foi ele que nos fez e nos sustenta, e nunca seremos felizes sem
uma comunhão perfeita com Ele.
Concluímos que apesar da justificação ser a porta de entrada para a
comunhão com Deus, e que recebemos muitas bênçãos quando somos justificados, a
melhor parte de tudo isso é ter comunhão verdadeira com nosso criador. Devemos
almejar a Deus, devemos preencher a nossa vida com Deus. Todos os nossos desejos
devem estar voltados para glorificar cada vez mais o nosso Deus e esperar com
paciência o dia em que desfrutaremos de uma comunhão completa com ele na glória.

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