João Paulo Campos
Graduado em Comunicação Social na Escola Superior de Propaganda e Marketing, pós-graduado em Gestão de Negócios também pela ESPM e especialização em Gestão para Sustentabilidade pela Fundação Dom Cabral;
Atua nas áreas de responsabilidade social empresarial e sustentabilidade desde 2003, na Philips do Brasil, Bombril e Mondelez International (ex-Kraft Foods);
Foi coordenador de investimento social privado e gestão do conhecimento no Instituto Camargo Corrêa e é co-fundador do Ponto Social.
Bianca Kapsevicius
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo na Universidade de Mogi das Cruzes, com MBA em Gestão da Comunicação pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial;
Possui 13 anos de experiência em áreas de Comunicação e Sustentabilidade de empresas como Centro de Soluções Compartilhadas do Grupo Camargo Corrêa, Construtora Camargo Corrêa, Duke Energy e Santista S.A.
No Instituto Camargo Corrêa coordenou as áreas de Comunicação e Voluntariado, de 2014 a 2016. É co-fundadora do Ponto Social.
Objetivo:
Na palestra, serão apresentadas tendências de futuro para o investimento social corporativo e um estudo de caso que demonstra como a boa gestão e o uso da tecnologia são determinantes para a mensuração e ampliação dos impactos realizados pelos administradores nas organizações e em seus programas e projetos.
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ENCOAD 2017 - Gestão de Projetos e Investimento Social Corporativo: tendências para a Administração
1.
2. Gestão de Projetos e
Investimento Social
Corporativo: tendências para a
Administração
3. É uma empresa de tecnologia social que tem o propósito de ampliar a efetividade das
organizações da sociedade civil e do investimento social corporativo.
Presta serviços em gestão, implantação e execução de projetos de voluntariado on-line e
realização de eventos de mobilização comunitária.
4. Sustentabilidade
corporativa refere-se à
integração das dimensões
socioambientais ao
modelo econômico. Os
objetivos sociais,
econômicos e ambientais
são interdependentes e
reforçam-se mutuamente.
ISO 26.000
Sustentabilidade
Responsabilidade Social
Corporativa
É a forma de gestão que se
define pela relação ética e
transparente da empresa
com todos os públicos com
os quais ela se relaciona.
EthosInvestimento social privado é o
repasse voluntário de recursos
privados de forma planejada,
monitorada e sistemática para
projetos sociais, ambientais e
culturais de interesse público.
GIFE – Grupo de Instituto Fundações e Empresas
Investimento
Social
Privado
O que é o Investimento Social Privado
5. Formas de atuação de empresas no campo do investimento
social
Empresas - responsabilidade negocial
Ação social estruturada sem
vínculo com o negócio.
FILANTROPIA
Ação social pontual e
incipiente.
DONATIVO
Ação social planejada e
estruturada, com foco na
comunidade alinhada ao
negócio. Investimento Social
Estratégico
Sociedade–responsabilidadesocial
Ação social pontual ou
estruturada com foco
no negócio
AÇÃO DE MARKETING
6. - Grau de alinhamento ao negócio +
-GraudeImpactoSocial+
Investimento Social Estratégico
Transformação Social e Retorno ao Negócio
Transformação social
Licença Social para operar/reputação
7. Modelo de Análise da Licença Social para Operar (LSO)
Adaptado de Thomson e Boutilier – 2011
Hostilidade
Conflito
Rejeição
Indiferença
Aceitação
Aprovação
Co-Propriedade
Aliança
Zona de Não Concessão da LSO Níveis de Concessão da LSO
Construção do Capital Social
8. Estratégia de Atuação
Comitê de
Desenvolvimento
Comunitário
Grupos de
Voluntários
Parceiros
Operadores
Comitê Interno de
Interação com a
Comunidade
11. Os projetos passam por duas avaliações, a
parcial e a final.
Os objetivos e metas do projeto são definidos
em conjunto pelo Instituto e o Parceiro
Operador no momento do preenchimento do
formulário técnico.
Portal de Gestão de Projetos Sociais
12. Os indicadores do projeto são
definidos de acordo com os
objetivos e metas estabelecidas
para ele antes de seu início.
Portal de Gestão de Projetos Sociais
13. Programa ProjetoInstituto
Indicadores Gerais
Público Direto
Público Indireto
Valor Investido no Projeto:
Previsto x Realizado
Valor Investido com Recursos
de Contrapartida Local
Valor Total Investido no
Projeto
Atividades Concluídas no
Período
Indicadores de
Desenvolvimento
Comunitário
O quanto o projeto contribui
para a criação ou
fortalecimento de vínculos na
comunidade.
Grau de envolvimento dos
parceiros na implantação e
desenvolvimento do projeto.
Como se da a participação de
voluntários no projeto.
Grau de relacionamento do
projeto com ações claras
vinculadas às políticas
públicas locais.
Indicadores de Programa
(Ex.: Geração de Renda)
Número de Ocupações Geradas
Valor per-capita do incremento de renda
N° de pessoas atendidas diretamente
N° de pessoas atendidas indiretamente
Renda média per-capita mensal Inicial
Renda média per-capita mensal Final
Indicadores de Projeto
(Ex.: Projeto Bordados Natividade)
Quantitativos
• Faturamento médio mensal
ampliado;
• Quadro Social Ampliado
• Linha de Produtos Desenvolvida
Qualitativos
• Plano de ação realizado com metas
alcançadas e divisão de
responsabilidades em vigor;
• Percepção do fortalecimento da
cooperativa frente seus membros,
clientes, fornecedores e comunidade
• Aumento de atividades associativas
entre os integrantes da cooperativa
Os Indicadores
14. Resultados dos projetos são consolidados
em relatórios detalhados preenchidos
pelos parceiros operadores com
informações e evidências e validados pelo
instituto.
Os Indicadores
16. • Adaptação da escala de avaliação;
1 2 3 4 5
Exemplo
Metodologia
17. • Retorno Econômico: Cálculo feito considerando o investimento total do projeto X o total de
incremento de renda alcançado do público alvo.
• Cálculo do retorno econômico:
Público total atingido
Geração de renda per
capita atingidaX =
Valor mensal de aumento
de renda por grupo
Exemplo:
Tempo de
Empreender
50 pessoas
R$ 288,00 (Acima de 100% da
meta estabelecida)
R$ 14.400,00 (Acima de 100%
da meta estabelecida)
Investimento Total do
Projeto
Valor mensal de aumento
de renda por grupo/ =
Número de meses para
retorno do investimento
R$ 266.336,00 18,5 meses
R$ 14.400,00 (Acima de 100%
da meta estabelecida)
Metodologia
18. Projetos Liderados por Mulheres X Não Liderados por mulheres
* Percentual definido com base na pontuação máxima possível para cada projeto nos 14 Indicadores = 70 pontos
Número de Projetos Pontuação Total
Média das Pontuações
Totais
Aproveitamento
(%)*
Liderados por
Mulheres 19 935 49,2 70,3
Não liderados por
Mulheres 19 880 46,3 66,1
Total de Projetos 38 1815 47,8 68,2
Região Número de Projetos Pontuação Total
Média das Pontuações
Totais
Aproveitamento
(%)*
Sul 4 233 58,2 83,1
Sudeste 10 541 54,1 77,2
Centro-Oeste 6 299 49,8 71,2
Norte 7 320 45,7 65,3
Nordeste 11 414 37,6 53,7
Por Região
Resultados Gerais
19. Por forma de organização
Número de Projetos Pontuação Total
Média das Pontuações
Totais
Aproveitamento (%)*
Cooperativas 17 825 48,5 69,3
Associações 21 981 46,7 66,7
* Percentual definido com base na pontuação máxima possível para cada projeto nos 14 Indicadores = 70 pontos
Resultados Gerais
20. * Percentual definido com base na pontuação máxima possível para cada projeto nos 14 Indicadores = 70 pontos
Por Empresa
Número de Projetos Média das Pontuações Totais
Aproveitamento
(%)*
Industrial 8 48,1 68,7
Infraestrutura 26 48,9 69,8
Têxtil 4 39,8 56,8
Resultados Gerais
21. Notas Médias
Indicadores de Desenvolvimento Comunitário
3.5 3.6
2.7
3.2
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
O quanto o projeto contribui
para a criação ou
fortalecimento de vínculos na
comunidade.
Grau de envolvimento dos
parceiros na implantação e
desenvolvimento do projeto.
Como se da a participação de
voluntários no projeto.
Grau de relacionamento do
projeto com ações claras
vinculadas às políticas públicas
locais.
GERAL
*Notas de 1 a 5
22. 3.6 3.6
2.7
3.23.3
3.5
2.5
2.9
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
O quanto o projeto contribui
para a criação ou
fortalecimento de vínculos na
comunidade.
Grau de envolvimento dos
parceiros na implantação e
desenvolvimento do projeto.
Como se da a participação de
voluntários no projeto.
Grau de relacionamento do
projeto com ações claras
vinculadas às políticas públicas
locais.
Grupos Liderados por Mulheres Grupos Não Liderados por Mulheres
*Notas de 1 a 5
Notas Médias
Indicadores de Desenvolvimento Comunitário
23. 4.3 4.3
3.3
4.04 3.9
3.1 3.33.1
3.8
2.5
3.3
2.9 2.9
2.0
2.5
3.7 3.8
3.0
3.3
0.0
1.0
2.0
3.0
4.0
5.0
O quanto o projeto contribui
para a criação ou
fortalecimento de vínculos na
comunidade.
Grau de envolvimento dos
parceiros na implantação e
desenvolvimento do projeto.
Como se da a participação de
voluntários no projeto.
Grau de relacionamento do
projeto com ações claras
vinculadas às políticas públicas
locais.
Sul Sudeste Norte Nordeste Centro Oeste
*Notas de 1 a 5
Notas Médias
Indicadores de Desenvolvimento Comunitário
25. *O payback foi calculado com base no custo total do projeto x o incremento de renda efetivamente gerado.
Projetos Liderados por Mulheres X Não Liderados por mulheres
Número de Projetos Retorno Médio (Meses) Retorno Médio (Anos)
Liderados por
Mulheres 18 70 5,8
Não liderados por
Mulheres 14 74 6,2
Total de Projetos 32 72 6,0
Número de Projetos Retorno Médio (Meses) Retorno Médio (Anos)
Sul 4 41 3,4
Norte 6 41 3,4
Sudeste 8 57 4,8
Centro-Oeste 5 72 6,0
Nordeste 9 119 9,7
Por Região
Indicadores de Geração de Renda
Cálculo do Retorno Econômico
26. Por Empresa
Número de Projetos Retorno Médio (Meses) Retorno Médio (Anos)
Industrial 23 57 4,7
Infraestrutura 7 109 9,1
Têxtil ** 2 119 9,9
Por forma de organização
Número de Projetos Retorno Médio (Meses) Retorno Médio (Anos)
Cooperativas 14 54 4,5
Associações 18 85 7,1
*O payback foi calculado com base no custo total do projeto x incremento de renda efetivamente gerado.
**Os dois projetos da Têxtil avaliados tem características bastante distintas e apresentaram resultados de payback totalmente
díspares: 251 meses (Tecendo a Inclusão - PAI 2011) e 26 meses (Tecendo Inclusão – Paulista)
Indicadores de Geração de Renda
Cálculo do Retorno Econômico
27. Aproximação da estratégia de Institutos e
Fundações das estratégias de negócio
Mensurar do retorno do investimento social
Valorização de projetos que envolvem a cadeia de
valor das empresas
Busca por influenciar gestão pública e construir
aliança com governos locais para realizar ISP
Trabalho colaborativo em rede com diversos atores
complementares
Busca pelo compartilhamento de responsabilidades
com a comunidade
Aproximação do investimento social
ao negócio
Aumento do impacto social gerado na
sociedade
Macro tendências no contexto do Investimento Social Privado
28. CONTATOS
Endereço
Edifício Stella Vega
Rua Salto, 70, Térreo
Paraíso, São Paulo – SP
CEP 04001-130
Bianca Kapsevicius
bianca.kapsevicius@pontosocial.net
(11) 99528-5897
João Paulo Campos
joao.campos@pontosocial.net
(11) 98532-2128
www.pontosocial.net
Notas do Editor
Diferenças Outras informações
A diferença essencial entre associações e cooperativas está na natureza dos dois processos: as associações têm por finalidade a promoção de assistência social, educacional, cultural, representação política, defesa de interesses de classe, filantropia.
Já as cooperativas têm finalidade essencialmente econômica e seu principal objetivo é viabilizar o negócio produtivo dos associados junto ao mercado.
A compreensão dessa diferença é o que determina a adequação a um ou a outro modelo. Enquanto a associação é adequada para levar adiante uma atividade social, a cooperativa é mais adequada para desenvolver uma atividade comercial em média ou grande escala de forma coletiva.
Tipo de vínculo e resultado
Essa diferença de natureza estabelece também o tipo de vínculo e o resultado que os participantes recebem das organizações. Nas cooperativas, os participantes são os donos do patrimônio e os beneficiários dos ganhos. Uma cooperativa de trabalho beneficia os próprios cooperados e o mesmo acontece em uma cooperativa de produção.
As sobras das relações comerciais estabelecidas pela cooperativa podem, por decisão de assembleia geral, ser distribuídas entre os próprios cooperados.
Além disso, há o repasse dos valores relacionados ao trabalho prestado pelos cooperados ou da venda dos produtos por eles entregues na cooperativa.
Em uma associação, os associados não são propriamente os donos. O patrimônio acumulado pela associação, no caso de sua dissolução, deve ser destinado a outra instituição semelhante, conforme determina a lei.
Os ganhos eventualmente obtidos pertencem à sociedade e não aos associados, pois, também de acordo com a lei, tais ganhos devem ser destinados à atividade-fim da associação.
Na maioria das vezes, os associados não são nem mesmo os beneficiários da ação do trabalho da associação.
A associação tem uma grande desvantagem em relação à cooperativa, pois ela engessa o capital e o patrimônio. Em compensação, tem algumas vantagens que compensam para grupos que querem se organizar: o gerenciamento é mais simples e o custo de registro é menor.