AÇÃO ANULATÓRIA DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EXTRAJUDICIAL

XXXXX XXXX XX XXXXXXX
Assessoria Jurídica Online
Rua XXXX XXXXX, 000 - XXX XXXXX- CEP 00000-000 - XXX XXX XX XXXXXX – XX
Tels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX@hotmail.com 1
EXCELENTEXCELENTÍÍSSIMOSSIMO SENHORSENHOR (A)(A) DOUTORDOUTOR (A)(A) JUIZJUIZ (A)(A) DADA VARAVARA CIVELCIVEL DADA COMARCACOMARCA DEDE
XXXXXXXXXXXXXXXX–– PR.PR.
XXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXX XXXXXXXXXX,, inscritainscrita nono CPF/CNPJCPF/CNPJ
000.0.000000..000000/000/00000--0000,, comcom sedesede ouou residresidêênciancia nana cidadecidade dede XXXXXXXXXXXX -- XXXX,, RuaRua AA 0000 LoteLote 0000 QuadraQuadra AA,,
ParqueParque ComercialComercial XXXXXX XXXXXX XXXXXXXXXX,, 0000..00000-000,0-000, 00000000--00000000,, simplesmentesimplesmente devedor(a),devedor(a), ee sese forfor oo caso,caso,
podendopodendo estarestar representadarepresentada porpor seuseu procuradorprocurador nesteneste atoato representadarepresentada porpor XXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXXXXXX ,, Brasileiro,Brasileiro, CasadoCasado ,, RG:RG: 000000000000000000 -SSP-SSP -SP,-SP, ProfissProfissãão:o: EmpresEmpresáário,rio, CPF:CPF:
000000..000000..000000--0000 ,, EndereEndereçço:o: RuaRua Ver.Ver. XXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXXXXX 000000 -- NaNaçõções,es, SiqueiraSiqueira CamposCampos -- XXXX,, porpor
seuseu procuradorprocurador ee AdvogadoAdvogado XXXXXXXX XXXXXXXXXX XXXXXX XXXXXXXXXX,, brasileiro,brasileiro, casado,casado, OAB/SPOAB/SP nnºº 140.591,140.591, comcom
escritescritóóriorio nana RuaRua XXXXXXXX XXXXXXXX ,, 0000 -- SantosSantos DumontDumont -- CEPCEP 000000000-0-000000 -- XXXXXXXX XXXXXXXXXX XXXXXXXX -- SP,SP, nosnos
termostermos dodo art.art. 966,966, §§ 44ºº dodo NovoNovo CCóódigodigo dede ProcessoProcesso Civil,Civil, vemvem respeitosamenterespeitosamente àà presenpresenççaa dede VossaVossa
ExcelExcelêência,ncia, APRESENTARAPRESENTAR aa presentepresente
AAÇÃÇÃOO ANULATANULATÓÓRIARIA DODO PACTOPACTO ADJETOADJETO DEDE ALIENAALIENAÇÃÇÃOO
FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA EMEM GARANTIAGARANTIA DEDE CONTRATOCONTRATO DEDE MMÚÚTUOTUO
COMCOM PEDIDOPEDIDO DEDE TUTELATUTELA DEDE URGURGÊÊNCIANCIA
emem faceface dada CAIXACAIXA ECONECONÔÔMICAMICA FEDERALFEDERAL,, InstituiInstituiçãçãoo FinanceiraFinanceira sobsob aa formaforma dede empresaempresa ppúública,blica,
vinculadavinculada aoao MinistMinistéériorio dada Fazenda,Fazenda, criadacriada pelopelo Decreto-LeiDecreto-Lei nn°° 759/69,759/69, dede 12.08.1969,12.08.1969, alteradoalterado pelopelo
Decreto-LeiDecreto-Lei nn°° 12591259 dede 19.02.1973,19.02.1973, comcom sedesede nono SetorSetor BancBancááriorio Sul,Sul, QuadraQuadra 4,4, loteslotes 3/4,3/4, emem BrasBrasíília-lia-
DF,DF, CNPJ/MFCNPJ/MF nn°° 00.00.00000.0.000000/000/00000-0-000,, nana pessoapessoa dodo seuseu representanterepresentante legallegal,,

Tels: (00) 0000-0000 / (00) 0000-0000 – e-mail: XXXXXXXXX@hotmail.com
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pelospelos motivosmotivos dede fatofato ee dede direitodireito delineadosdelineados nasnas laudaslaudas subsequentes:subsequentes:DADA SINOPSESINOPSE
FFÁÁTICATICA EE PROCESSUALPROCESSUAL
OsOs PromoventesPromoventes celebraramcelebraram comcom aa instituiinstituiçãçãoo financeirafinanceira promovidapromovida
contratoscontratos dede aberturaabertura dede crcrééditodito emem contaconta corrente,corrente, nana modalidademodalidade dede GIROCAIXAGIROCAIXA FFÁÁCILCIL,, aa qualqual detdetéémm
aa numeranumeraçãçãoo 0000000000000000--00,, dada AgAgêênciancia nnºº 1949,1949, OperaOperaçãçãoo 003,003, dada seguinteseguinte forma:forma:
OO primeiroprimeiro contratocontrato celebradocelebrado emem 23/05/2012,23/05/2012, nono valorvalor dede R$R$ 0000.000,00.000,00
((XXXXXX XXXXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXX),), emem 4040 parcelasparcelas mensaismensais nono valorvalor dede R$R$ 00.0.0000,0,0000 ((XXXXXXXX XXXXXX XXXXXXXX
XXXXXXXXXXXXXX),), comcom oo primeiroprimeiro vencimentovencimento emem 10/07/2012,10/07/2012, foramforam quitadasquitadas XXXXXXXX parcelas.parcelas.
OO segundosegundo contratocontrato foifoi efetuadoefetuado emem 26/04/2013,26/04/2013, nono valorvalor dede R$R$
000000..000000,,0000 ((XXXXXXXXXX ee XXXXXXXX mil,mil, XXXXXXXXXX ee XXXXXXXX ee XXXXXX reaisreais ee XXXXXXXXXXXX ee XXXXXX centavoscentavos),), emem 4040
parcelasparcelas mensaismensais dede R$R$ 0000.0.00000,,0000 ((XXXXXXXXXX mil,mil, XXXXXXXX XXXXXXXXXX XXXXXX reaisreais ee XXXXXXXX ee XXXXXX centavoscentavos),), comcom
oo primeiroprimeiro vencimentovencimento emem 18/06/2013,18/06/2013, foramforam quitadasquitadas XXXXXX parcelas.parcelas.
EmEm 2626 dede abrilabril dede 2013,2013, emem virtudevirtude dada ccééduladula dede CrCrééditodito BancBancááriorio nnºº
000000--00000000.00.0000.0000.000000000000--00,, emitidaemitida emem 12/04/2013,12/04/2013, nono valorvalor dede R$R$ XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX (XXXXXXXXXXX),(XXXXXXXXXXX),
pactuadopactuado emem XXXX parcelas,parcelas, comcom prestaprestaçõçõeses nono valorvalor dede R$R$ XXXXXXXX(XXXXXXXXXX),XXXXXXXX(XXXXXXXXXX), comcom aa primeiraprimeira
parcelaparcela emem XX/XX/2013,XX/XX/2013, foifoi constituconstituíídodo sobresobre oo imimóóvelvel dede matrmatríículacula nnºº R-3-14.661,R-3-14.661, ALIENAALIENAÇÃÇÃOO
FIDUCIARIAFIDUCIARIA EMEM GARANTIAGARANTIA..
PorPor meiomeio dodo InstrumentoInstrumento ParticularParticular dede ConsolidaConsolidaçãção,o, ConfissConfissãão,o,
RenegociaRenegociaçãçãoo dede DDíívidavida ee OutrasOutras ObrigaObrigaçõçõeses,, asas partespartes pactuarampactuaram aa renegociarenegociaçãçãoo dada ddíívidavida nono
valorvalor dede R$R$ 650.000,00650.000,00 ((seiscentosseiscentos ee cinquentacinquenta milmil reaisreais),), referentereferente aoao contratocontrato nnºº
00.00.0000.0000.000000.0000.0000000000--0000,, nana seguinteseguinte forma:forma: entradaentrada nono valorvalor dede R$R$ 00..000000,,0000 ((XXXXXX ee XXXXXXXX ee XXXXXXXXXX
reaisreais ee XXXXXXXX centavoscentavos),), maismais 9696 parcelasparcelas mensaismensais dede R$R$ 0000..000000,,0000 ((XXXXXXXX mil,mil, XXXXXXXX ee XXXXXXXX ee
XXXXXXXXXX reaisreais ee XXXXXXXXXX ee XXXXXXXX centavoscentavos),), comcom oo primeiroprimeiro vencimentovencimento emem 09/07/2015,09/07/2015, foramforam pagaspagas XXXX
parcelas.parcelas.

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EmEm virtudevirtude dada renegociarenegociaçãçãoo acimaacima referidareferida foifoi oferecidaoferecida comocomo garantia,garantia,
ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA –– OUTROSOUTROS IMIMÓÓVEISVEIS –– 00000000..000000--0000,, conformeconforme comprovantecomprovante abaixo:abaixo:
FicouFicou pactuadopactuado tambtambéém,m, atravatravééss dodo ContratoContrato dede RenegociaRenegociaçãçãoo nnºº
0000..00000000..00000.000000.000000000--0000,, referentereferente aoao contratocontrato anterioranterior dede nnºº 0000..00000000..000000.00000.000000000-0-000,, nana quantiaquantia dede
R$R$ 0000.000,00.000,00 ((XXXXXXXXXX ee XXXXXX milmil reais),reais), emem 6060 parcelasparcelas mensais,mensais, sendosendo oo valorvalor dede R$R$ 00..000000,0,000 ((XXXXXX
XXXXXXXXXX ee XXXXXXXXXXXX reaisreais ee XXXXXXXX centavoscentavos aa entrada)entrada) ee parcelasparcelas mensaismensais nono valorvalor dede R$R$ 00..0000,00,0000 (mil(mil
XXXXXXXXXXXX reaisreais ee XXXXXX ee XXXXXXXXXX centavos),centavos), comcom oo primentoprimento vencimentovencimento emem 09/07/2015,09/07/2015, destadesta
renegociarenegociaçãçãoo foramforam pagaspagas XXXX parcelas.parcelas.
EmEm virtudevirtude destadesta renegociarenegociaçãçãoo foifoi oferecidooferecido comocomo garantia,garantia, ALIENAALIENAÇÃÇÃOO
FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA –– VEVEÍÍCULOSCULOS –– $$ 84.177,00,84.177,00, conformeconforme imagemimagem abaixo:abaixo:
PorPor contaconta dosdos elevadoselevados (e(e ilegais)ilegais) encargosencargos contratuais,contratuais, nnããoo acobertadosacobertados
pelapela legislalegislaçãção,o, osos AutoresAutores nnããoo estestããoo conseguindoconseguindo pagarpagar osos valoresvalores acertadosacertados contratualmente.contratualmente.
OsOs AutoresAutores emem grandesgrandes dificuldadesdificuldades financeiras,financeiras, geradagerada pelapela crisecrise
financeirafinanceira dodo PaPaíís,s, tiveramtiveram queque sujeitarem-sesujeitarem-se asas taxastaxas dede jurosjuros impostasimpostas pelapela RRéé dede formaforma unilateralunilateral ee
arbitrarbitráária,ria, taxastaxas estasestas superioressuperiores aosaos patamarespatamares permitidospermitidos legalmentelegalmente ee passoupassou aa utilizar-seutilizar-se dosdos limiteslimites
dede crcrééditodito disponibilizadosdisponibilizados pelapela InstituiInstituiçãçãoo Financeira.Financeira.
ÉÉ importanteimportante ressaltarressaltar queque durantedurante todotodo oo perperííodo,odo, repitam-se,repitam-se, osos autoresautores
pagarampagaram pontualmentepontualmente osos juros,juros, taxastaxas ee comisscomissõõeses incidentesincidentes impostasimpostas pelapela rréé,, mesmo,mesmo, considerando-considerando-
asas excessivas.excessivas.
EmEm virtudevirtude dessesdesses contratoscontratos dede mmúúto,to, foifoi constituconstituíídodo ALIENAALIENAÇÃÇÃOO
FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA EMEM GARANTIA,GARANTIA, emem 2626 dede abrilabril dede 2013,2013, emem virtudevirtude dada ccééduladula dede CrCrééditodito BancBancááriorio nnºº 734-734-
1949.003.00001183-2,1949.003.00001183-2, emitidaemitida emem 12/04/2013,12/04/2013, nono valorvalor dede R$R$ 000000000000000000000000 (XXXXXXXXXXX),(XXXXXXXXXXX),
pactuadopactuado emem XXXX parcelas,parcelas, comcom prestaprestaçõçõeses nono valorvalor dede R$R$ 000000000000000000000000 ((XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX),), comcom aa
primeiraprimeira parcelaparcela emem XX/XX/2013,XX/XX/2013, foifoi constituconstituíídodo sobresobre oo imimóóvelvel dede matrmatríículacula nnºº R-R-00--0000..000000.. ImImóóvelvel esteeste
ondeonde aa empresaempresa XXXXXXXXXXXX XXXXXXXX XXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXX desenvolvedesenvolve suassuas atividades.atividades.

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ParaPara evitarevitar futurosfuturos aborrecimentosaborrecimentos ee maioresmaiores prejuprejuíízos,zos, buscandobuscando
solucionarsolucionar ee honrarhonrar seusseus compromissoscompromissos assumidosassumidos comcom oo Banco,Banco, osos autoresautores iniciaraminiciaram acordoacordo dede
renegociarenegociaçãçãoo dada ddíívida.vida. AA ddíívidavida dada empresaempresa foifoi renegociadarenegociada comcom osos ssóócios,cios, parapara evitarevitar aa perdaperda dodo
imimóóvelvel fornecidofornecido emem garantia,garantia, poispois sese taltal aconteceracontecer àà situasituaçãçãoo econeconôômicamica dada empresaempresa ee dede todostodos queque
deladela dependemdependem vaivai piorarpiorar aindaainda mais.mais.
InobstanteInobstante asas irregularidades,irregularidades, comcom aa cobrancobranççaa excessivaexcessiva dede jurosjuros aa rréé
iniciouiniciou umum verdadeiroverdadeiro massacremassacre psicolpsicolóógicogico comcom osos autores,autores, queque aa úúnicanica solusoluçãçãoo queque encontrouencontrou foifoi àà
renegociarenegociaçãçãoo dada ddíívida,vida, conformeconforme acimaacima exposto.exposto. Coagido,Coagido, osos autoresautores renegociaramrenegociaram aa ddíívidavida queque nuncanunca
contraiu,contraiu, porpor causacausa dodo aumentoaumento dosdos encargos.encargos.
AoAo aderiraderir aoao contratocontrato ee renegociarenegociaçãçãoo dasdas ddíívidasvidas (contrato(contrato dede adesadesãão)o)
queque foramforam obrigadosobrigados aa aceitaraceitar osos termostermos dodo contrato,contrato, porpor causacausa dada situasituaçãçãoo financeirafinanceira queque sese
encontravaencontrava comcom oo nomenome dosdos ssóócioscios ee fiadoresfiadores negativados.negativados. NNããoo encontrandoencontrando alternativaalternativa nono momentomomento
difdifíícilcil porpor qualqual estestáá passandopassando aa empresa,empresa, alternativaalternativa nnããoo lheslhes foifoi apresentadaapresentada sensenãão,o, entregarentregar emem
garantiagarantia umum automautomóóvelvel XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX ee oo imimóóvelvel situadosituado nana RuaRua A,A, nnºº 71,71, LoteLote 15,15, QuadraQuadra
C,C, ParqueParque ComercialComercial ee IndustrialIndustrial JorgeJorge LeiteLeite dada Rosa,Rosa, XXXXX/XXXXXXX/XX
Assim,Assim, emem apertadaapertada ssííntese,ntese, estasestas ssããoo asas irregularidadesirregularidades ee abusosabusos
praticadospraticados pelapela rréé contracontra osos autoresautores nono presentepresente casocaso desdedesde oo primeiroprimeiro contratocontrato nono anoano dede 2013,2013, comcom aa
alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria dodo imimóóvelvel dada empresaempresa ee nana renegociarenegociaçãçãoo quaisquais sejam:sejam: obrigarobrigar aa entregaentrega emem garantiagarantia
osos bensbens necessnecessááriosrios parapara desenvolverdesenvolver asas atividadesatividades empresariais,empresariais, ee oo piorpior ainda,ainda, oo prpróóprioprio imimóóvelvel ondeonde
estestáá instaladainstalada aa sedesede dada empresa.empresa.
Destarte,Destarte, pretendepretende aa AutoraAutora destacardestacar nana presentepresente inicialinicial queque oo
CONTRATOCONTRATO DEDE RENEGOCIARENEGOCIAÇÃÇÃOO celebradocelebrado entreentre asas partespartes bembem comocomo aa prpróópriapria execuexecuçãçãoo
extrajudicialextrajudicial queque estestáá emem viasvias dede CONSOLIDACONSOLIDAÇÃÇÃOO encontram-seencontram-se eivadoseivados dede vvíícioscios processuaisprocessuais
inclusiveinclusive emem faceface dada INCONSTITUCIONALIDADEINCONSTITUCIONALIDADE DADA LEILEI 9514/97.9514/97. ÉÉ verdadeverdade queque infelizmenteinfelizmente
momentaneamentemomentaneamente aa autoraautora nnããoo estestáá sendosendo maismais cumprindocumprindo osos pactospactos dede renegociarenegociaçãçãoo emem virtudevirtude dodo
agravamentoagravamento dasdas condicondiçõçõeses econeconôômicasmicas notadamentenotadamente emem faceface dada grandegrande crisecrise financeirafinanceira mundialmundial ee

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nacionalnacional queque vemvem assolandoassolando nanaçõçõeses inteirasinteiras ee emem especialespecial oo BrasilBrasil queque temtem sidosido alvoalvo dede manchetesmanchetes
internacionaisinternacionais nessenesse aspecto,aspecto, crisecrise estaesta acentuadaacentuada aquiaqui pelapela crisecrise polpolííticatica emem queque aa nanaçãçãoo atravessa.atravessa.
AssimAssim pedindopedindo vvééniania aa Autora,Autora, vemvem reiterarreiterar algunsalguns dosdos pontospontos controvertidoscontrovertidos queque merecemmerecem serser
analisadosanalisados antesantes dada invasinvasããoo indevidaindevida dede seuseu patrimpatrimôônionio ee queque estestããoo nana iminiminêênciancia dede ensejarensejar aa
CONSOLIDACONSOLIDAÇÃÇÃOO dosdos bensbens garantidosgarantidos porpor alienaalienaçãçãoo fiducifiduciáária,ria, conformeconforme destacamosdestacamos adiante:adiante:
a)-a)- IncidenteIncidente dede inconstitucionalidadeinconstitucionalidade dada LeiLei 9514/979514/97 porpor afrontarafrontar oo
devidodevido processoprocesso legallegal ee dada inafastabilidadeinafastabilidade jurisdicionaljurisdicional nana execuexecuçãçãoo
extrajudicial;extrajudicial;
b)-b)- NulidadeNulidade porpor ausausêênciancia dede averbaaverbaçãçãoo ouou registroregistro dosdos contratoscontratos dede
mmúútuostuos alienadosalienados fiduciariamentefiduciariamente emem cartcartóóriorio conformeconforme determinadetermina aa
legislalegislaçãçãoo emem vigor;vigor;
DestaDesta forma,forma, diantediante dada inconstitucionalidadeinconstitucionalidade ee dessasdessas violaviolaçõçõeses àà
legislalegislaçãçãoo federalfederal conformeconforme brevementebrevemente acimaacima apontadas,apontadas, deverdeveráá serser decretadadecretada emem umum primeiroprimeiro
momento,momento, AA NULIDADENULIDADE DADA ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA EMEM AMBOSAMBOS OSOS CONTRATOSCONTRATOS EMEM QUESTQUESTÃÃOO,,
aindaainda maismais amplamenteamplamente emem razrazããoo dodo direitodireito dada AutoraAutora conformeconforme adianteadiante restarrestarããoo cabalmentecabalmente
comprovados.comprovados.
EisEis aa ssííntesentese ffááticatica narrada.narrada.
DODO CABIMENTOCABIMENTO DADA PRESENTEPRESENTE AAÇÃÇÃOO ANULATANULATÓÓRIARIA
NaNa esteiraesteira dodo queque pontificapontifica aa maismais reputadareputada doutrina,doutrina, uniformemente,uniformemente,
cabcabíívelvel aa interposiinterposiçãçãoo dede AAÇÃÇÃOO ANULATANULATÓÓRIARIA DEDE ALIENAALIENAÇÃÇÃOO EXTRAJUDICIALEXTRAJUDICIAL,, comocomo nono casocaso dosdos
autos,autos, coadunandocoadunando comcom aa jurisprudjurisprudêênciancia ppáátria,tria, sensenããoo vejamosvejamos::
RECURSORECURSO ESPECIALESPECIAL NNºº 1.367.7041.367.704 -- RSRS (2013/0035337-1)(2013/0035337-1) RELATORRELATOR ::
MINISTROMINISTRO PAULOPAULO DEDE TARSOTARSO SANSEVERINOSANSEVERINO RECORRENTERECORRENTE :: CLAIRCLAIR
MARLIMARLI TEMPASTEMPAS DELDEL ROIOROIO ADVOGADOADVOGADO :: JEFERSONJEFERSON MARINMARIN EE OUTROOUTRO
(S)(S) RECORRIDORECORRIDO :: CAIXACAIXA ECONECONÔÔMICAMICA FEDERALFEDERAL ADVOGADOSADVOGADOS ::
BRUNOBRUNO BUDDEBUDDE EE OUTROOUTRO (S)(S) MARINMARINÊÊSS FRONZAFRONZA MORBINIMORBINI RECURSORECURSO
ESPECIAL.ESPECIAL. CIVILCIVIL EE PROCESSUALPROCESSUAL CIVIL.CIVIL. OFENSAOFENSA AOAO
CONTRADITCONTRADITÓÓRIORIO EE AA AMPLAAMPLA DEFESA.DEFESA. FALTAFALTA DEDE INDICAINDICAÇÃÇÃOO DODO
DISPOSITIVODISPOSITIVO LEGALLEGAL VIOLADO.VIOLADO. SSÚÚMULAMULA 284/STF.284/STF. VIOLAVIOLAÇÃÇÃOO AOAO

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ART.ART. 5151 DODO CDC.CDC. FALTAFALTA DEDE PREQUESTIONAMENTO.PREQUESTIONAMENTO. SSÚÚMULAMULA
211/STJ.211/STJ. AAÇÃÇÃOO ANULATANULATÓÓRIARIA DEDE LEILLEILÃÃOO EXTRAJUDICIAL.EXTRAJUDICIAL. LEILEI NNºº
9.514/97.9.514/97. ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA DEDE COISACOISA IMIMÓÓVEL.VEL. NOTIFICANOTIFICAÇÃÇÃOO
PESSOALPESSOAL DODO DEVEDORDEVEDOR FIDUCIANTE.FIDUCIANTE. NECESSIDADE.NECESSIDADE.
PRECEDENTEPRECEDENTE ESPECESPECÍÍFICO.FICO. 1.1. "No"No ââmbitombito dodo Decreto-LeiDecreto-Lei nnºº 70/66,70/66, aa
jurisprudjurisprudêênciancia dodo SuperiorSuperior TribunalTribunal dede JustiJustiççaa hháá muitomuito sese encontraencontra
consolidadaconsolidada nono sentidosentido dada necessidadenecessidade dede intimaintimaçãçãoo pessoalpessoal dodo devedordevedor
acercaacerca dada datadata dada realizarealizaçãçãoo dodo leilleilããoo extrajudicial,extrajudicial, entendimentoentendimento queque sese
aplicaaplica aosaos contratoscontratos regidosregidos pelapela LeiLei nnºº 9.514/97"9.514/97" (REsp(REsp 1447687/DF,1447687/DF, Rel.Rel.
MinistroMinistro RICARDORICARDO VILLASVILLAS BBÔÔASAS CUEVA,CUEVA, TERCEIRATERCEIRA TURMA,TURMA, julgadojulgado
emem 21/08/2014,21/08/2014, DJeDJe 08/09/2014).08/09/2014). 2.2. RECURSORECURSO ESPECIALESPECIAL
PARCIALMENTEPARCIALMENTE PROVIDO.PROVIDO. DECISDECISÃÃOO Vistos,Vistos, etc.etc. Trata-seTrata-se dede recursorecurso
especialespecial interpostointerposto porpor CLAIRCLAIR MARLIMARLI TEMPASTEMPAS DELDEL ROIO,ROIO, comcom basebase nana
alalííneanea aa dodo incisoinciso IIIIII dodo artigoartigo 105105 dada ConstituiConstituiçãçãoo Federal,Federal, manejadomanejado
contracontra acacóórdrdããoo dodo TribunalTribunal RegionalRegional FederalFederal dada 44ªª RegiRegiãão,o, assimassim
ementado:ementado: PROCESSUALPROCESSUAL ADMINISTRATIVO.ADMINISTRATIVO. AGRAVOAGRAVO EMEM
APELAAPELAÇÃÇÃOO CCÍÍVEL.VEL. CONTRATOCONTRATO DEDE MMÚÚTUO.TUO. ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIA.RIA.
INADIMPLEMENTO.INADIMPLEMENTO. CONSOLIDACONSOLIDAÇÃÇÃOO DADA PROPRIEDADEPROPRIEDADE.. MantidaMantida aa
decisdecisããoo agravada.agravada. OpostosOpostos embargosembargos dede declaradeclaraçãção,o, foramforam rejeitados.rejeitados.
EmEm suassuas razrazõões,es, ààss fls.fls. 245/256,245/256, alegaalega aa parteparte recorrenterecorrente violaviolaçãçãoo dosdos
arts.arts. 3737 ee 3939 dada LeiLei n.n.ºº 9.514/97;9.514/97; art.art. 3636 dodo Decreto-LeiDecreto-Lei n.n.ºº 70/66,70/66, ee art.art. 5151
dodo CCóódigodigo dede DefesaDefesa dodo Consumidor.Consumidor. Argumenta,Argumenta, primeiramente,primeiramente, queque
houvehouve ofensaofensa aosaos institutosinstitutos dodo contraditcontraditóóriorio ee amplaampla defesa,defesa, umauma vezvez queque
asas instinstâânciasncias ordinordinááriasrias nnããoo permitirampermitiram aa regularregular produproduçãçãoo dede provasprovas pelapela
recorrente,recorrente, aa fimfim dede comprovarcomprovar aa realizarealizaçãçãoo dede leilleilããoo extrajudicialextrajudicial dodo
imimóóvel.vel. Aduz,Aduz, emem seguida,seguida, queque devedeve serser anuladoanulado oo leilleilããoo extrajudicial,extrajudicial, eiseis
queque "n"nããoo houvehouve intimaintimaçãçãoo pessoalpessoal dodo devedordevedor acercaacerca dodo leilleilããoo realizadorealizado
pelapela Caixa,Caixa, mediantemediante inadmissinadmissíívelvel cerceamentocerceamento dede defesa".defesa". Afirma,Afirma, porpor
fim,fim, queque devedeve serser aplicadoaplicado oo CCóódigodigo dede DefesaDefesa dodo ConsumidorConsumidor aoao casocaso
dosdos autos,autos, possibilitandopossibilitando aa ananááliselise dasdas clclááusulasusulas contratuaiscontratuais abusivas.abusivas.
NNããoo houvehouve contrarrazcontrarrazõões.es. ÉÉ oo relatrelatóório.rio. PassoPasso aa decidir.decidir. AA irresignairresignaçãçãoo
recursalrecursal merecemerece parcialparcial acolhida.acolhida. DeDe sasaíída,da, nono queque tangetange àà aventadaaventada
ofensaofensa aosaos princprincíípiospios dodo contraditcontraditóóriorio ee dada amplaampla defesa,defesa, emem faceface dada
inexistinexistêênciancia dede diladilaçãçãoo probatprobatóóriaria nana origem,origem, observa-seobserva-se queque nnããoo hháá,, nana
fundamentafundamentaçãçãoo dodo recurso,recurso, aa indicaindicaçãçãoo adequadaadequada dada questquestããoo federalfederal
controvertida,controvertida, tendotendo deixadodeixado aa recorrenterecorrente dede apontarapontar osos dispositivosdispositivos dede leilei
federalfederal tidostidos porpor violados,violados, incidindo,incidindo, nana espespéécie,cie, oo óóbicebice dada SSúúmulamula 284284 dodo
STF.STF. DeDe outraoutra parte,parte, comcom relarelaçãçãoo àà supostasuposta ofensaofensa art.art. 5151 dodo CCóódigodigo dede
DefesaDefesa dodo Consumidor,Consumidor, oo recursorecurso especialespecial nnããoo podepode serser conhecido,conhecido, pois,pois,
sobresobre aa matmatéériaria dede queque tratatrata essaessa norma,norma, nnããoo houvehouve emissemissããoo dede jujuíízozo
pelopelo acacóórdrdããoo recorrido,recorrido, mesmomesmo comcom aa oposioposiçãçãoo dosdos embargosembargos dede
declaradeclaraçãção,o, fazendofazendo incidirincidir aa orientaorientaçãçãoo dispostadisposta nana SSúúmulamula 211/STJ.211/STJ. PorPor
outrooutro lado,lado, quantoquanto àà aventadaaventada violaviolaçãçãoo aosaos arts.arts. 3737 ee 3939 dada LeiLei n.n.ºº
9.514/979.514/97 c/cc/c oo art.art. 3636 dodo Decreto-LeiDecreto-Lei n.n.ºº 70/66,70/66, oo recursorecurso merecemerece
prosperar.prosperar. PretendePretende aa recorrente,recorrente, essencialmente,essencialmente, aa anulaanulaçãçãoo dodo leilleilããoo
extrajudicialextrajudicial realizado,realizado, tendotendo emem vistavista aa inexistinexistêênciancia dede intimaintimaçãçãoo pessoalpessoal

77
dodo devedordevedor dada realizarealizaçãçãoo dodo leilleilããoo pelopelo credorcredor fiducifiduciáário.rio. NoticiamNoticiam osos
autosautos queque aa recorrenterecorrente CLAIRCLAIR MARLIMARLI TEMPASTEMPAS DELDEL ROIOROIO ajuizouajuizou aaçãçãoo
ordinordinááriaria contracontra aa CAIXACAIXA ECONECONÔÔMICAMICA FEDERALFEDERAL objetivandoobjetivando anularanular
leilleilããoo extrajudicialextrajudicial realizadorealizado sobsob oo ritorito dada LeiLei n.n.ºº 9.514/97,9.514/97, cumuladacumulada comcom
pedidopedido dede revisrevisããoo dede encargosencargos financeiros.financeiros. OO jujuíízozo dede primeiroprimeiro graugrau
declaroudeclarou extintoextinto oo feitofeito emem relarelaçãçãoo aoao pedidopedido dede nulidadenulidade dasdas clclááusulasusulas
contratuaiscontratuais ee julgoujulgou improcedenteimprocedente oo pedidopedido dede anulaanulaçãçãoo dodo leilleilããoo
extrajudicial,extrajudicial, sobsob oo fundamentofundamento dede queque nenhumnenhum leilleilããoo foifoi efetivamenteefetivamente
realizado,realizado, tendotendo havido,havido, apenas,apenas, aa consolidaconsolidaçãçãoo dada propriedadepropriedade emem nomenome
dada credoracredora fiducifiduciááriaria (e-STJ(e-STJ fls.fls. 100/103).100/103). InterpostaInterposta apelaapelaçãçãoo pelapela parteparte
autora,autora, oo TribunalTribunal dede origemorigem mantevemanteve aa improcedimprocedêênciancia dosdos pedidos,pedidos,
pronunciando-sepronunciando-se nosnos seguintesseguintes termostermos (e-STJ(e-STJ fls.fls. 187/191):187/191): Trata-seTrata-se aa
hiphipóótesetese dede 'CONTRATO'CONTRATO PORPOR INSTRUMENTOINSTRUMENTO PARTICULARPARTICULAR DEDE
COMPRACOMPRA EE VENDAVENDA DEDE TERRENO,TERRENO, MMÚÚTUOTUO PARAPARA OBRAS,OBRAS, EE
ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA EMEM GARANTIA,GARANTIA, CARTACARTA DEDE CRCRÉÉDITODITO COMCOM
RECURSOSRECURSOS DODO SBPE,SBPE, NONO ÂÂMBITOMBITO DODO SISTEMASISTEMA FINANCEIROFINANCEIRO DADA
HABITAHABITAÇÃÇÃOO -- SFHSFH -- UTILIZAUTILIZAÇÃÇÃOO DODO FGTSFGTS DODO (S)(S) DEVEDORDEVEDOR (ES)(ES)
FIDUCIANTEFIDUCIANTE (S)'.(S)'. AA LeiLei nnºº 9.514/1997,9.514/1997, AlienaAlienaçãçãoo FiduciFiduciááriaria emem GarantiaGarantia
dede bensbens imimóóveis,veis, estabeleceestabelece que,que, vencidavencida ee nnããoo paga,paga, nono todotodo ouou emem
parte,parte, aa ddíívidavida ee constituconstituíídodo emem moramora oo fiduciante,fiduciante, consolidar-se-consolidar-se-áá aa
propriedadepropriedade dodo imimóóvelvel emem nomenome dodo fiducifiduciáário.rio. OO prazoprazo parapara aa purgapurgaçãçãoo dada
moramora éé dede 1515 dias,dias, conformeconforme previstoprevisto nono artigoartigo 26,26, §§§§ 11ºº ee 77ºº,, dada LeiLei nnºº
9.514/1997.9.514/1997. EstabelecemosEstabelecemos artigosartigos 2626 ee 2727 dada LeiLei nnºº 9.514/97:9.514/97: (...).(...).
Transcreve-seTranscreve-se dada clclááusulausula ddéécimacima sextasexta dodo contratocontrato entreentre asas parteparte
celebrado,celebrado, verbis:verbis: CLCLÁÁUSULAUSULA DDÉÉCIMACIMA SEXTASEXTA -- ALIENAALIENAÇÃÇÃOO
FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA EMEM GARANTIAGARANTIA -- EmEm garantiagarantia dodo pagamentopagamento dada ddíívidavida
decorrentedecorrente dodo financiamento,financiamento, bembem comocomo dodo fielfiel cumprimentocumprimento dede
todastodas asas obrigaobrigaçõçõeses contratuaiscontratuais ee legais,legais, oo (s)(s) DEVEDORDEVEDOR
(ES)/FIDUCIANTE(ES)/FIDUCIANTE (S)(S) alienaaliena (m)(m) àà CAIXA,CAIXA, emem carcarááterter fiducifiduciááriorio oo
imimóóvelvel objetoobjeto destedeste financiamento,financiamento, aoao finalfinal descritodescrito ee caracterizado,caracterizado,
nosnos termostermos ee parapara osos efeitosefeitos dosdos artigosartigos 2222 ee seguintesseguintes dada LeiLei
9.514/97.9.514/97. Verifica-seVerifica-se nosnos documentosdocumentos contidoscontidos nono EVENTOEVENTO 11 (PET14(PET14 EE
OUT15)OUT15) queque aa autoraautora ee seuseu maridomarido foramforam notificadosnotificados emem 1313 dede outubrooutubro dede
20082008 pelopelo RegistradorRegistrador dodo OficioOficio dede RegistrosRegistros ee TabelionatoTabelionato dede ProtestosProtestos
dada ComarcaComarca dede CarlosCarlos BarbosaBarbosa parapara oo pagamentopagamento dede encargosencargos
contratuais,contratuais, dede nnúúmerosmeros 0606 aa 10,10, vencidosvencidos nono diadia trezetreze dosdos mesesmeses
compreendidoscompreendidos entreentre maiomaio ee setembrosetembro dede 2008,2008, inclusive,inclusive, semsem fossefosse
comprovadocomprovado oo pagamento.pagamento. NoNo mesmomesmo ato,ato, atravatravééss dodo mesmomesmo documento,documento,
aa autoraautora ee seuseu maridomarido foramforam notificadosnotificados dede queque sese nnããoo fossefosse cumpridacumprida aa
obrigaobrigaçãçãoo emem 1515 dias,dias, haveriahaveria aa consolidaconsolidaçãçãoo dada propriedadepropriedade dada CEF,CEF, nana
formaforma dodo art.,art., 26,26, §§ 77ºº,, dada LeiLei nnºº 9.514/97.9.514/97. OO STFSTF entendeentende queque aa execuexecuçãçãoo
extrajudicialextrajudicial previstaprevista nono Decreto-LeiDecreto-Lei 70/6670/66 éé constitucional.constitucional. Igualmente,Igualmente,
entendeentende constitucionalconstitucional oo procedimentoprocedimento dede consolidaconsolidaçãçãoo dada propriedadepropriedade
emem alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria dede coisacoisa mmóóvelvel (HC(HC 81319,81319, pleno,pleno, julgadojulgado emem
24.4.02).24.4.02). ComCom igualigual razrazãão,o, éé constitucionalconstitucional aa consolidaconsolidaçãçãoo dada propriedadepropriedade
nana formaforma dodo art.art. 2626 dada LeiLei 9.514/97.9.514/97. (...).(...). EmEm queque pesepese aa inconformidadeinconformidade

88
dada autora,autora, nnããoo sese verificaverifica aa presenpresenççaa dodo direitodireito reclamado,reclamado, postoposto queque aa
atuaatuaçãçãoo dada CEF,CEF, nana qualidadequalidade dede credoracredora fiducifiduciáária,ria, foifoi conformeconforme oo
estabelecidoestabelecido nana legislalegislaçãçãoo dede regregêência,ncia, eiseis queque nnããoo foramforam pagaspagas parcelasparcelas
dodo mmúútuotuo nono prazoprazo dodo contrato,contrato, emem lapsolapso dede tempotempo superiorsuperior aa 120120 dias,dias,
sendosendo tomadastomadas asas cautelascautelas dede notificanotificaçãçãoo dodo devedor,devedor, semsem qualquerqualquer
iniciativainiciativa dede purgapurgaçãçãoo tempestivatempestiva dada mora.mora. ConformeConforme documentosdocumentos
acostadosacostados àà apelaapelaçãçãoo ee queque sese tratamtratam dasdas anotaanotaçõçõeses dodo OfOfííciocio dede
RegistrosRegistros PPúúblicosblicos dada ComarcaComarca dede CarlosCarlos BarbosaBarbosa nana matrmatríículacula dodo imimóóvel,vel,
aa consolidaconsolidaçãçãoo dada propriedadepropriedade dada CEFCEF foifoi anotadaanotada emem 2121 dede janeirojaneiro dede
20092009 ee aa arremataarremataçãçãoo ocorreuocorreu emem 99 dede setembrosetembro dede 2009,2009, apapóóss aa
consolidaconsolidaçãçãoo dada propriedade.propriedade. TambTambéémm emem razrazããoo dissodisso restaresta afastadaafastada aa
possibilidadepossibilidade dede discussdiscussããoo acercaacerca dasdas clclááusulasusulas contratuais.contratuais. DaDa leituraleitura
dosdos fundamentosfundamentos acimaacima transcritos,transcritos, constata-se,constata-se, desdedesde logo,logo, queque oo
TribunalTribunal aa quo,quo, aoao contrcontrááriorio dodo jujuíízozo dede primeiroprimeiro grau,grau, considerouconsiderou queque
houvehouve aa realizarealizaçãçãoo dede leilleilããoo extrajudicialextrajudicial dodo imimóóvel,vel, aoao consignarconsignar que,que,
"conforme"conforme documentosdocumentos acostadosacostados àà apelaapelaçãçãoo ee queque sese tratamtratam dasdas
anotaanotaçõçõeses dodo OfOfííciocio dede RegistrosRegistros PPúúblicosblicos dada ComarcaComarca dede CarlosCarlos BarbosaBarbosa
nana matrmatríículacula dodo imimóóvel,vel, aa consolidaconsolidaçãçãoo dada propriedadepropriedade dada CEFCEF foifoi anotadaanotada
emem 2121 dede janeirojaneiro dede 20092009 ee aa arremataarremataçãçãoo ocorreuocorreu emem 99 dede setembrosetembro dede
2009,2009, apapóóss aa consolidaconsolidaçãçãoo dada propriedade".propriedade". PostoPosto isso,isso, apesarapesar dada
alegaalegaçãçãoo dada recorrenterecorrente nana apelaapelaçãçãoo sobresobre aa faltafalta dede intimaintimaçãçãoo pessoalpessoal dodo
devedordevedor dada realizarealizaçãçãoo dodo leilleilãão,o, oo TribunalTribunal dede origemorigem entendeuentendeu queque "a"a
atuaatuaçãçãoo dada CEF,CEF, nana qualidadequalidade dede credoracredora fiducifiduciáária,ria, foifoi conformeconforme oo
estabelecidoestabelecido nana legislalegislaçãçãoo dede regregêência,ncia, eiseis queque nnããoo foramforam pagaspagas parcelasparcelas
dodo mmúútuotuo nono prazoprazo dodo contrato,contrato, emem lapsolapso dede tempotempo superiorsuperior aa 120120 dias,dias,
sendosendo tomadastomadas asas cautelascautelas dede notificanotificaçãçãoo dodo devedor,devedor, semsem qualquerqualquer
iniciativainiciativa dede purgapurgaçãçãoo tempestivatempestiva dada mora".mora". ComCom efeito,efeito, aoao assimassim decidir,decidir,
oo TribunalTribunal dede origemorigem dissentiudissentiu dada jurisprudjurisprudêênciancia dodo STJSTJ sobresobre aa matmatééria,ria,
queque temtem firmadofirmado oo entendimentoentendimento nono sentidosentido dada necessidadenecessidade dede intimaintimaçãçãoo
pessoalpessoal dodo devedordevedor dada datadata dada realizarealizaçãçãoo dodo leilleilããoo extrajudicial,extrajudicial,
"aplicando-se"aplicando-se asas disposidisposiçõçõeses dosdos artigosartigos 2929 aa 4141 dodo Decreto-LeiDecreto-Lei n.n.ºº 70/6670/66
ààss operaoperaçõçõeses dede financiamentofinanciamento imobiliimobiliááriorio emem geralgeral aa queque sese refererefere aa LeiLei
nnºº 9.514/97".9.514/97". NesteNeste exatoexato sentido,sentido, confira-seconfira-se oo precedenteprecedente dada TerceiraTerceira
TurmaTurma destadesta CorteCorte Superior:Superior: RECURSORECURSO ESPECIAL.ESPECIAL. AAÇÃÇÃOO
ANULATANULATÓÓRIARIA DEDE ARREMATAARREMATAÇÃÇÃO.O. NEGATIVANEGATIVA DEDE PRESTAPRESTAÇÃÇÃOO
JURISDICIONAL.JURISDICIONAL. ART.ART. 535535 DODO CPC.CPC. NNÃÃOO OCORROCORRÊÊNCIA.NCIA. LEILEI NNºº
9.514/97.9.514/97. ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA DEDE COISACOISA IMIMÓÓVEL.VEL. LEILLEILÃÃOO
EXTRAJUDICIAL.EXTRAJUDICIAL. NOTIFICANOTIFICAÇÃÇÃOO PESSOALPESSOAL DODO DEVEDORDEVEDOR
FIDUCIANTE.FIDUCIANTE. NECESSIDADE.NECESSIDADE. 1.1. NNããoo hháá falarfalar emem negativanegativa dede prestaprestaçãçãoo
jurisdicionaljurisdicional sese oo tribunaltribunal dede origemorigem motivamotiva adequadamenteadequadamente suasua decisdecisãão,o,
solucionandosolucionando aa controvcontrovéérsiarsia comcom aa aplicaaplicaçãçãoo dodo direitodireito queque entendeentende
cabcabíívelvel àà hiphipóótese,tese, apenasapenas nnããoo nono sentidosentido pretendidopretendido pelapela parte.parte. 2.2. AA teorteor
dodo queque dispdispõõee oo artigoartigo 3939 dada LeiLei nnºº 9.514/97,9.514/97, aplicam-seaplicam-se asas disposidisposiçõçõeses
dosdos artigosartigos 2929 aa 4141 dodo Decreto-LeiDecreto-Lei nnºº 70/6670/66 ààss operaoperaçõçõeses dede
financiamentofinanciamento imobiliimobiliááriorio emem geralgeral aa queque sese refererefere aa LeiLei nnºº 9.514/97.9.514/97. 3.3. NoNo
ââmbitombito dodo Decreto-LeiDecreto-Lei nnºº 70/66,70/66, aa jurisprudjurisprudêênciancia dodo SuperiorSuperior TribunalTribunal dede

99
JustiJustiççaa hháá muitomuito sese encontraencontra consolidadaconsolidada nono sentidosentido dada necessidadenecessidade dede
intimaintimaçãçãoo pessoalpessoal dodo devedordevedor acercaacerca dada datadata dada realizarealizaçãçãoo dodo leilleilããoo
extrajudicial,extrajudicial, entendimentoentendimento queque sese aplicaaplica aosaos contratoscontratos regidosregidos pelapela LeiLei nnºº
9.514/97.9.514/97. 4.4. RecursoRecurso especialespecial provido.provido. (REsp(REsp 1447687/DF,1447687/DF, Rel.Rel. MinistroMinistro
RICARDORICARDO VILLASVILLAS BBÔÔASAS CUEVA,CUEVA, TERCEIRATERCEIRA TURMA,TURMA, julgadojulgado emem
21/08/2014,21/08/2014, DJeDJe 08/09/2014)08/09/2014) AnteAnte oo exposto,exposto, doudou parcialparcial provimentoprovimento aoao
recursorecurso especialespecial parapara declarardeclarar aa invalidadeinvalidade dodo leilleilããoo judicialjudicial realizadorealizado semsem
aa intimaintimaçãçãoo pessoalpessoal dada devedora.devedora. DianteDiante dodo decaimentodecaimento mmíínimonimo dada parteparte
recorrente,recorrente, invertoinverto oo ôônusnus dasdas verbasverbas sucumbenciais,sucumbenciais, conformeconforme valoresvalores
fixadosfixados nana origem.origem. Intimem-se.Intimem-se. BrasBrasíílialia (DF),(DF), 2222 dede maiomaio dede 2015.2015. MinistroMinistro
PAULOPAULO DEDE TARSOTARSO SANSEVERINOSANSEVERINO Relator.Relator. (STJ(STJ -- REsp:REsp: 13677041367704 RSRS
2013/0035337-1,2013/0035337-1, Relator:Relator: MinistroMinistro PAULOPAULO DEDE TARSOTARSO SANSEVERINO,SANSEVERINO,
DataData dede PublicaPublicaçãção:o: DJDJ 27/05/2015).27/05/2015). Fonte:Fonte:
http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/192211224/recurso-especial-resp-1367704-http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/192211224/recurso-especial-resp-1367704-
rs-2013-0035337-1rs-2013-0035337-1
AA AlienaAlienaçãçãoo fiducifiduciááriaria dede imimóóveisveis foifoi instituinstituíídada pelapela leilei 9.514,9.514, dede 20/11/97,20/11/97,
queque dispdispõõee sobresobre oo SistemaSistema dede FinanciamentoFinanciamento ImobiliImobiliáário.rio. AssimAssim estabeleceestabelece oo art.art. 22,22, dada mencionadamencionada lei:lei:
ArtArt 2222 (....)(....)
““AA alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria reguladaregulada porpor estaesta LeiLei éé oo negnegóóciocio jurjuríídicodico pelopelo
qualqual oo devedor,devedor, ouou fiduciante,fiduciante, comcom oo escopoescopo dede garantia,garantia, contratacontrata aa
transfertransferêênciancia aoao credor,credor, ouou fiducifiduciáário,rio, dada propriedadepropriedade resolresolúúvelvel dede
coisacoisa imimóóvelvel””..
E,E, porpor óóbvio,bvio, sese existiremexistirem NULIDADESNULIDADES aindaainda queque extrajudicialextrajudicial oo prpróóprioprio
CCóódigodigo CivilCivil tambtambéémm autorizamautorizam queque asas mesmasmesmas sejamsejam reconhecidas.reconhecidas.
ElaEla éé cabcabíívelvel antes,antes, durantedurante ee nono cursocurso dada execuexecuçãçãoo judicialjudicial ouou
extrajudicialextrajudicial..
NestaNesta linhalinha dede raciocraciocíínio,nio, jjáá éé pacificopacifico nana jurisprudjurisprudêênciancia oo cabimentocabimento dede
AAçãçãoo AnulatAnulatóóriaria,, aindaainda queque emem matmatéériaria extrajudicial.extrajudicial.
TambTambéémm acentuaacentua THEODOROTHEODORO JJÚÚNIORNIOR,, concluindoconcluindo seuseu posicionamentoposicionamento
acercaacerca destedeste tema,tema, nestesnestes termostermos::

1010
““EmEm suma:suma: ‘‘emem razrazããoo dede execuexecuçãçãoo injustainjusta ee nnããoo embargada,embargada, aoao
executadoexecutado estestáá facultadafacultada aa possibilidadepossibilidade dede proporpropor demandademanda
cognitivacognitiva autautôônoma,noma, visandovisando àà obtenobtençãçãoo dede provimentoprovimento jurisdicionaljurisdicional
declaratdeclaratóóriorio ouou desconstitutivodesconstitutivo dodo ttíítulotulo executivoexecutivo’’..””
AA presentepresente aaçãçãoo anulatanulatóóriaria éé instrumentoinstrumento processualprocessual aptoapto ee adequadoadequado
parapara oo reconhecimentoreconhecimento dosdos direitosdireitos dodo cidadcidadããoo ouou dede instituiinstituiçõções.es.
GIUSEPPINOGIUSEPPINO TREVESTREVES,, tambtambéémm pensapensa assim:assim: SeSe faltafalta (aos(aos direitosdireitos dodo
homem)homem) oo seuseu reconhecimentoreconhecimento (do(do ordenamentoordenamento jurjuríídico)dico) ouou sese esteeste éé puramentepuramente verbalverbal ee nnããoo éé
acompanhadoacompanhado dede umauma tutelatutela efetiva,efetiva, nnããoo ttêêmm atratrááss dede sisi aa forforççaa dodo ordenamentoordenamento jurjuríídicodico SeSe nnããoo
hháá remreméédio,dio, nnããoo hháá direito.direito.””
Assim,Assim, asas NULIDADESNULIDADES PROCESSUAISPROCESSUAIS ABSOLUTASABSOLUTAS operam-seoperam-se dede
plenopleno direito,direito, podendopodendo serser alegadasalegadas emem qualquerqualquer tempotempo ee graugrau dede jurisdijurisdiçãção,o, nana qualqual devemdevem serser
declaradas,declaradas, atatéé mesmomesmo dede ofofíício,cio, pelopelo Juiz.Juiz.
Ensinam,Ensinam, aa proppropóósito,sito, ARAARAÚÚJOJO CINTRACINTRA::
""ÀÀss vezesvezes aa exigexigêênciancia dede determinadadeterminada formaforma dodo atoato jurjuríídicodico visavisa aa
preservarpreservar interessesinteresses dada ordemordem ppúúblicablica nono processoprocesso ee porpor issoisso querquer oo
direitodireito queque oo prpróóprioprio juizjuiz sejaseja oo primeiroprimeiro guardiguardiããoo dede suasua observobservâância.ncia.
Trata-se,Trata-se, aqui,aqui, dada nulidadenulidade absoluta,absoluta, queque porpor issoisso mesmomesmo podepode ee
devedeve serser decretadadecretada dede ofofíício,cio, independentementeindependentemente dede provocaprovocaçãçãoo dada
parteparte interessada".interessada".
NNããoo sese trata,trata, nono casocaso emem ananáálise,lise, dede nulidadesnulidades relativas,relativas, queque possampossam serser
convalidadasconvalidadas pelopelo transcursotranscurso naturalnatural dodo processo.processo. OO interesseinteresse aquiaqui visadovisado nnããoo éé exclusivamenteexclusivamente dada
parte.parte. MuitoMuito aoao contrcontráário,rio, estestáá-se-se aa defenderdefender interesseinteresse ppúúblicoblico (n(naa verdadeverdade oo maiormaior deles:deles: aa supremaciasupremacia
dada ConstituiConstituiçãçãoo).). EE éé aa prpróópriapria CartaCarta FundamentalFundamental queque garantegarante aosaos litiganteslitigantes oo contraditcontraditóóriorio ee aa amplaampla
defesa,defesa, comcom osos meiosmeios ee recursosrecursos aa elaela inerentes,inerentes, advertindoadvertindo queque ninguninguéémm serseráá privadoprivado dede seusseus bensbens
semsem oo devidodevido processoprocesso legallegal ((art.art. 55ºº,, incisosincisos LIVLIV ee LVLV).). EE nnããoo podepode receberreceber oo qualificativoqualificativo dede "devido"devido

1111
processoprocesso legal"legal" aa execuexecuçãçãoo eivadaeivada ee crivadacrivada dede nulidadesnulidades ((mormentemormente tendotendo comocomo objetoobjeto bembem dede
famfamíílialia)) –– comocomo adianteadiante sese ververáá..
SeSe aa nulidadenulidade dada alienaalienaçãçãoo extrajudicialextrajudicial podepode serser declaradadeclarada atatéé
mesmomesmo dede ofofííciocio pelopelo JuizJuiz ((comocomo nono arestoaresto acimaacima citadocitado),), comcom muitomuito maiormaior razrazããoo ((interpretainterpretaçãçãoo aa fortiorifortiori))
podepode ee devedeve serser discutidadiscutida porpor meiomeio dada medidamedida processualprocessual adequada,adequada, previstaprevista nono art.art. 966,966, §§ 44ºº dodo NovoNovo
CCóódigodigo dede ProcessoProcesso CivilCivil ppáátrio.trio.
Destarte,Destarte, perfeitamenteperfeitamente cabcabíívelvel ee admissadmissíívelvel aa presentepresente aaçãçãoo porpor
preencherpreencher todostodos osos requisitosrequisitos indispensindispensááveisveis aoao seuseu conhecimento.conhecimento.
DADA APLICAAPLICAÇÃÇÃOO DODO CDCCDC NOSNOS CONTRATOSCONTRATOS DEDE ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA
AA aplicabilidadeaplicabilidade dodo CCóódigodigo dede DefesaDefesa dede ConsumidorConsumidor emem casocaso dede
contratacontrataçãçãoo dede crcrééditodito bancbancááriorio comcom alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria mesmomesmo parapara pessoapessoa jurjuríídicadica éé perfeitamenteperfeitamente
posspossíível.vel. HHáá vvááriosrios precedentesprecedentes nesteneste sentido,sentido, dede ondeonde destacamosdestacamos algunsalguns exemplosexemplos dodo prpróóprioprio TJPRTJPR::
AGRAVOAGRAVO DEDE INSTRUMENTO.INSTRUMENTO. AAÇÃÇÃOO REVISIONALREVISIONAL DEDE CONTRATOCONTRATO C/CC/C
REPETIREPETIÇÃÇÃOO DODO INDINDÉÉBITOBITO EE EXIBIEXIBIÇÃÇÃOO DEDE DOCUMENTOS.DOCUMENTOS. CONTACONTA
CORRENTE.CCORRENTE.CÓÓDIGODIGO DEDE DEFESADEFESA DODO CONSUMIDOR.APLICACONSUMIDOR.APLICAÇÃÇÃOO ÀÀSS
OPERAOPERAÇÕÇÕESES BANCBANCÁÁRIAS.INVERSRIAS.INVERSÃÃOO DODO ÔÔNUSNUS DADA
PROVA.VEROSSIMILHANPROVA.VEROSSIMILHANÇÇAA DASDAS ALEGAALEGAÇÕÇÕESES EE
HIPOSSUFICIHIPOSSUFICIÊÊNCIANCIA TTÉÉCNICACNICA VERIFICADAS.VERIFICADAS. ART.ART. 66ºº,, VIII,VIII, CDC.CDC. OO
CCóódigodigo dede DefesaDefesa dodo ConsumidorConsumidor éé aplicaplicáávelvel ààss operaoperaçõçõeses bancbancáárias,rias,
conformeconforme disposidisposiçãçãoo expressaexpressa dodo SuperiorSuperior TribunalTribunal dede JustiJustiçça,a, "O"O CCóódigodigo
dede DefesaDefesa dodo ConsumidorConsumidor éé aplicaplicáávelvel ààss instituiinstituiçõçõeses bancbancáárias"rias" (S(Súúmulamula
297),297), independentementeindependentemente dede sese tratartratar dede consumidorconsumidor pessoapessoa ffíísicasica ouou
jurjuríídica.dica. NesseNesse passopasso éé queque estandoestando presentespresentes osos requisitosrequisitos dada
verossimilhanverossimilhanççaa dasdas alegaalegaçõçõeses ee dada hipossuficihipossuficiêênciancia ttéécnicacnica dada parteparte parapara
provarprovar osos fatosfatos constitutivosconstitutivos dede seuseu direito,direito, faz-sefaz-se pertinentepertinente aa inversinversããoo dodo
ôônusnus dada prova,prova, nosnos termostermos dodo art.art. art.art. 66ºº,, incisoinciso VIII,VIII, dodo CCóódigodigo dede DefesaDefesa
dodo Consumidor.Consumidor. RECURSORECURSO CONHECIDOCONHECIDO EE PROVIDO.PROVIDO. (TJ-PR(TJ-PR -- AAçãçãoo
CivilCivil dede ImprobidadeImprobidade Administrativa:Administrativa: 1106038111060381 PRPR 1106038-11106038-1
(Ac(Acóórdrdãão),o), Relator:Relator: ShiroshiShiroshi Yendo,Yendo, DataData dede Julgamento:Julgamento: 27/11/2013,27/11/2013,
1515ªª CCââmaramara CCíível,vel, DataData dede PublicaPublicaçãção:o: DJ:DJ: 1248).1248).

1212
AGRAVOAGRAVO DEDE INSTRUMENTO.INSTRUMENTO. AAÇÃÇÃOO DEDE COBRANCOBRANÇÇA.A. CCÓÓDIGODIGO DEDE
DEFESADEFESA DODO CONSUMIDOR.CONSUMIDOR. APLICAAPLICAÇÃÇÃOO AOSAOS CONTRATOSCONTRATOS
BANCBANCÁÁRIOS.RIOS. INVERSINVERSÃÃOO DODO ÔÔNUSNUS DADA PROVA.PROVA. HIPOSSUFICIHIPOSSUFICIÊÊNCIANCIA
TTÉÉCNICA.CNICA. DECISDECISÃÃOO MANTIDA.MANTIDA. RECURSORECURSO NNÃÃOO PROVIDO.PROVIDO. 1.1. SendoSendo
osos bancosbancos comerciantes,comerciantes, assimassim definidosdefinidos jjáá nono vetustovetusto CCóódigodigo ComercialComercial
dede 18501850 (art.(art. 119),119), estestããoo caracterizadoscaracterizados comocomo fornecedoresfornecedores dede produtosprodutos ee
prestadoresprestadores dede serviserviççosos (art.(art. 33ºº,, caputcaput ee seusseus §§§§,, dodo CDC),CDC), enquantoenquanto queque
osos tomadorestomadores dede crcrééditodito bancbancááriorio ouou usuusuááriosrios dede quaisquerquaisquer serviserviççosos
prestadosprestados pelaspelas instituiinstituiçõçõeses financeirasfinanceiras ssããoo consumidores,consumidores, aindaainda queque porpor
equiparaequiparaçãção,o, abrangidosabrangidos pelopelo dispostodisposto nono art.art. 2929 dodo mesmomesmo CCóódigodigo dede
DefesaDefesa dodo Consumidor.Consumidor. 2.2. AA inversinversããoo dodo ôônusnus dada provaprova temtem comocomo
fundamentofundamento aa hipossuficihipossuficiêênciancia dodo consumidor,consumidor, nnããoo ssóó nono planoplano econeconôômico,mico,
masmas tambtambéémm jurjuríídico,dico, principalmenteprincipalmente processual,processual, porqueporque nnããoo rarasraras asas
vezesvezes estestáá oo consumidorconsumidor impossibilitadoimpossibilitado dede comprovarcomprovar seuseu direitodireito porpor
ausausêênciancia dede dados,dados, enquantoenquanto oo fornecedorfornecedor temtem aoao seuseu alcancealcance todostodos osos
elementoselementos indispensindispensááveisveis parapara aa produproduçãçãoo dada prova.prova. (TJ-PR(TJ-PR -- AI:AI:
14426991442699 PRPR AgravoAgravo dede InstrumentoInstrumento -- 0144269-9,0144269-9, Relator:Relator: DomingosDomingos
Ramina,Ramina, DataData dede Julgamento:Julgamento: 04/11/2003,04/11/2003, 55ªª CCââmaramara CCíível,vel, DataData dede
PublicaPublicaçãção:o: 17/11/200317/11/2003 DJ:DJ: 6499).6499).
AdemaisAdemais emem sese tratandotratando dede contratoscontratos bancbancááriosrios oo prpróóprioprio STJSTJ jjáá assentouassentou
entendimentoentendimento pacificadopacificado nessenesse sentido.sentido.
QuantoQuanto àà tutelatutela especespecíífica,fica, oo CCóódigodigo dede DefesaDefesa dodo ConsumidorConsumidor estabeleceestabelece
oo seguinte:seguinte:
"" Art.Art. 8484 NaNa aaçãçãoo queque tenhatenha porpor objetoobjeto oo cumprimentocumprimento dada obrigaobrigaçãçãoo
dede fazerfazer ouou nnããoo fazer,fazer, oo juizjuiz concederconcederáá aa tutelatutela especespecííficafica dada
obrigaobrigaçãçãoo ouou determinardeterminaráá providprovidêênciasncias queque asseguremassegurem oo resultadoresultado
prprááticotico equivalenteequivalente aoao dodo adimplemento.adimplemento.
§§§§ 11ºº aoao 22ºº (omissis).(omissis).
§§ 33ºº SendoSendo relevanterelevante oo fundamentofundamento dada demandademanda ee havendohavendo
justificadojustificado receioreceio dede ineficiineficiêênciancia dodo provimentoprovimento final,final, éé llíícitocito aoao juizjuiz
concederconceder aa tutelatutela liminarmenteliminarmente ouou apapóóss justificajustificaçãçãoo prpréévia,via, citadocitado oo
rrééu.u.
§§ 44ºº (omissis).(omissis).
§§ 55ºº ParaPara aa tutelatutela especespecííficafica ouou parapara aa obtenobtençãçãoo dodo resultadoresultado prprááticotico
equivalente,equivalente, poderpoderáá oo juizjuiz determinardeterminar asas medidasmedidas necessnecessáárias,rias, taistais
comocomo buscabusca ee apreensapreensãão,o, remoremoçãçãoo dede coisascoisas ee pessoas,pessoas,
desfazimentodesfazimento dede obra,obra, impedimentoimpedimento dede atividadeatividade nociva,nociva, alaléémm dede
requisirequisiçãçãoo dede forforççaa policial."policial."

1313
E,E, comcom basebase nestesnestes princprincíípiospios jurjuríídicos,dicos, vemvem osos AutoresAutores socorrerem-sesocorrerem-se dodo
PoderPoder JudiciJudiciáário,rio, buscandobuscando tutelar-se,tutelar-se, independentementeindependentemente dada ouvidaouvida dodo BancoBanco Requerido,Requerido, sobsob oo mantomanto
dada presentepresente medidamedida tutelatutela dede urgurgêência,ncia, enaltecendoenaltecendo ee pugnandopugnando pelapela concessconcessããoo dada pleiteadapleiteada "tutela""tutela"
parapara queque sejaseja aa rréé proibidaproibida dede qualquerqualquer atoato emem vistavista dede transfertransferêênciancia ee posseposse dodo imimóóvelvel ee dodo veveíículo,culo,
porpor faltafalta dede requisitosrequisitos legaislegais parapara constituiconstituiçãçãoo dada alienaalienaçãçãoo fiducifiduciáária.ria.
Note-seNote-se queque aa legislalegislaçãçãoo adotouadotou procedimentoprocedimento extrajudicialextrajudicial tantotanto parapara
constituiconstituiçãçãoo emem moramora dodo devedor,devedor, quantoquanto parapara consolidaconsolidaçãçãoo dada posse,posse, poispois cabecabe aoao agenteagente notarialnotarial
notificarnotificar oo devedordevedor ee constitui-loconstitui-lo emem mora,mora, ee consolidarconsolidar aa propriedadepropriedade emem favorfavor dodo fiducifiduciáário,rio, nono casocaso dede
persistirpersistir aa inadimplinadimplêênciancia pelopelo prazoprazo dede quinzequinze dias.dias. MaisMais nono caso,caso, dodo contratocontrato queque levoulevou aa termotermo aa
alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria nono CartCartóóriorio dede TTíítulostulos ee DocumentosDocumentos foifoi extintoextinto quandoquando ocorreuocorreu àà novanovaçãçãoo
(renegocia(renegociaçãção),o), ee asas alienaalienaçõçõeses constantesconstantes nosnos contratoscontratos dede renegociarenegociaçãção,o, comocomo jjáá
demonstradodemonstrado nnããoo preenchepreenche osos requisitosrequisitos mmíínimosnimos dede validade.validade.
DeDe formaforma diretadireta ee laclacôônica,nica, oo queque sese podepode falarfalar éé queque osos clientesclientes dede
serviserviççosos ee produtosprodutos bancbancááriosrios estestããoo devidamentedevidamente amparadosamparados pelopelo CCóódigodigo dede DefesaDefesa dodo Consumidor,Consumidor,
umauma vezvez queque sese enquadramenquadram nana definidefiniçãçãoo dede consumidor.consumidor.
OO CDCCDC traztraz emem seuseu bojobojo aa possibilidadepossibilidade dada aplicaaplicaçãçãoo dodo mesmomesmo nasnas
relarelaçõçõeses bancbancáárias.rias. OO art.art. 33ºº,, §§22ºº deixadeixa claroclaro queque asas instituiinstituiçõçõeses financeirasfinanceiras ssããoo consideradasconsideradas comocomo
fornecedorasfornecedoras dede produtosprodutos ee serviserviçços,os, enquantoenquanto osos consumidores,consumidores, usuusuááriosrios dessesdesses serviserviççosos ee produtos.produtos.
Assim,Assim, §§22ºº,, dodo art.art. 3,3, disciplinadisciplina queque oo serviserviççoo “é“é todatoda atividadeatividade fornecidafornecida aoao mercadomercado dede consumo,consumo,
mediantemediante remuneraremuneraçãção,o, inclusiveinclusive asas dede naturezanatureza bancbancáária,ria, financeira,financeira, dede crcrééditodito ee securitsecuritáária,ria, salvosalvo asas
decorrentesdecorrentes dasdas relarelaçõçõeses dede carcarááterter trabalhistatrabalhista””..
DeDe formaforma bembem peculiar,peculiar, ficafica evidenteevidente queque oo clientecliente bancbancááriorio atuandoatuando nana
relarelaçãçãoo consumeristaconsumerista comocomo consumidorconsumidor (destinat(destinatááriorio final),final), ee determinadadeterminada instituiinstituiçãçãoo financeirafinanceira atuandoatuando
comocomo fornecedorfornecedor dede prestaprestaçãçãoo dede serviserviççosos ee produtosprodutos bancbancáários,rios, nnããoo sese caracterizecaracterize nestanesta relarelaçãçãoo
jurjuríídicadica umauma relarelaçãçãoo dede consumo.consumo. ComoComo sequelasequela dede aplicaaplicaçãçãoo dodo CDC,CDC, oo consumidorconsumidor éé consideradoconsiderado
presumivelmentepresumivelmente vulnervulneráávelvel frentefrente aoao fornecedor,fornecedor, porpor issoisso aplicar-se-aplicar-se-áá oo CDCCDC emem defesadefesa dosdos
vulnervulnerááveisveis ee hipossuficientes.hipossuficientes.

1414
Assim,Assim, parapara melhormelhor elucidarelucidar segundosegundo SilveiraSilveira (apud(apud COSTA,COSTA, 2009,2009, p.p.
507-508):507-508):
““[[……]] aa conclusconclusããoo inexorinexoráávelvel aa queque sese chegachega aa termotermo éé queque aa atividadeatividade
bancbancááriaria éé serviserviçço,o, nosnos termostermos dodo CCóódigodigo dede DefesaDefesa dodo Consumidor,Consumidor,
sendosendo oo usuusuáário/cliente,rio/cliente, consumidor,consumidor, nosnos termostermos dada lei,lei, bembem comocomo osos
bancos,bancos, asas instituiinstituiçõçõeses financeirasfinanceiras dede crcréédito,dito, alaléémm dasdas companhiascompanhias
dede seguro,seguro, fornecedores.fornecedores. Ademais,Ademais, aa relarelaçãçãoo estabelecidaestabelecida entreentre taistais
entesentes ee osos consumidoresconsumidores devedeve serser consideradaconsiderada comocomo umauma tradicionaltradicional
relarelaçãçãoo dede consumo,consumo, inclusiveinclusive porpor decorrdecorrêênciancia dodo fenfenôômenomeno
denominadodenominado ‘‘bancarizabancarizaçãçãoo’’.. AA ResoluResoluçãçãoo BANCENBANCEN 2.878/20012.878/2001 ee
aindaainda suasua consequenteconsequente –– ResoluResoluçãçãoo 2.892/20012.892/2001 –– nnããoo revogamrevogam
nenhumnenhum princprincíípio,pio, normanorma ouou regraregra inseridainserida nono CCóódigodigo dede DefesaDefesa dodo
Consumidor,Consumidor, atatéé porqueporque oo BancoBanco CentralCentral dodo BrasilBrasil nnããoo temtem
competcompetêênciancia legislativalegislativa parapara dispordispor sobresobre asas relarelaçõçõeses dede consumo.consumo.””
AquiAqui notamosnotamos aa devidadevida aplicaaplicaçãçãoo dodo CDCCDC quandoquando figurafigura dede umum ladolado oo
cliente,cliente, aindaainda queque pessoapessoa jurjuríídica,dica, ee dodo outrooutro asas instituiinstituiçõçõeses financeiras,financeiras, nono casocaso concreto,concreto, suasua
vulnerabilidadevulnerabilidade ee hipossuficihipossuficiêênciancia nana relarelaçãçãoo jurjuríídica.dica.
Demonstra-seDemonstra-se comcom clarezaclareza aa aplicabilidadeaplicabilidade dodo CDCCDC faceface aosaos serviserviççosos ee
produtosprodutos bancbancááriosrios –– oo art.art. 33ºº,, §§22ºº dodo CDCCDC deixadeixa óóbviobvio queque aa aplicaaplicaçãçãoo sese estende,estende, inclusiveinclusive ““aa
atividadeatividade dede naturezanatureza bancbancáária,ria, financeira,financeira, dede crcrééditodito ee securitsecuritááriaria””..
SemSem ddúúvidas,vidas, oo dinheirodinheiro éé umum atrativoatrativo parapara osos bancos,bancos, mostrando-se,mostrando-se,
muitasmuitas vezes,vezes, comocomo umum produtoproduto bastantebastante desejadodesejado ee necessnecessááriorio aa todastodas asas atividadesatividades queque integramintegram aa
economiaeconomia dede maneiramaneira diretadireta ouou indireta,indireta, pessoapessoa ffíísicasica ouou pessoapessoa jurjuríídica.dica. EsseEsse dinheiro,dinheiro, oraora produtoproduto
estestáá subordinadosubordinado aoao CDC,CDC, aoao passopasso queque aa relarelaçãçãoo banco/clientebanco/cliente necessitanecessita dede proteproteçãçãoo àà parteparte maismais
fracafraca nestanesta relarelaçãçãoo jurjuríídica.dica.

1515
AoAo enquadrarenquadrar oo contratocontrato dede crcrééditodito nasnas disposidisposiçõçõeses dodo CDC,CDC, oo
consumidorconsumidor pessoapessoa jurjuríídicadica temtem garantidogarantido parapara sisi vvááriosrios direitosdireitos queque oo CCóódigodigo protege,protege, taistais comocomo aa
necessidadenecessidade dede informainformaçõçõeses clarasclaras ee precisasprecisas quantoquanto aoao produto,produto, àà interpretainterpretaçãçãoo dede clclááusulasusulas dede modomodo
maismais favorfavoráávelvel aoao consumidor,consumidor, àà inversinversããoo dodo ôônusnus dada provaprova ouou aa proteproteçãçãoo contracontra clclááusulasusulas abusivas,abusivas,
dentredentre outrasoutras questquestõões,es, razrazõõeses pelaspelas quaisquais tambtambéémm sese REQUERREQUER AA INVERSINVERSÃÃOO DODO ÔÔNUSNUS DASDAS
PROVASPROVAS comocomo medidamedida dede direito.direito.
DADA PRINCIPALPRINCIPAL NULIDADENULIDADE OCORRIDAOCORRIDA ANTESANTES DADA NOVANOVAÇÃÇÃOO
EmEm observobservâânciancia aoao incisoinciso LVLV dodo art.art. 55ºº dada ConstituiConstituiçãçãoo Federal,Federal, cumprecumpre
esclareceresclarecer queque aa iminenteiminente CONSOLIDACONSOLIDAÇÃÇÃOO porpor virvir encontra-seencontra-se eivadaeivada dede vvíícios,cios, conformeconforme sese ververáá
adiante:adiante:
DADA NULIDADENULIDADE EMEM VIRTUDEVIRTUDE DADA NOVANOVAÇÃÇÃOO DADA DDÍÍVIDAVIDA
CumpreCumpre inicialmenteinicialmente ressaltarressaltar queque osos autores,autores, mantiverammantiveram ee mantemmantem óótimotimo
relacionamentorelacionamento comercial,comercial, nono mercadomercado local,local, nuncanunca antesantes tendotendo seuseu nomenome negativadonegativado juntojunto aosaos óórgrgããosos
dede proteproteçãçãoo aoao crcréédito.dito.
TantoTanto oo fatofato éé ververíídicodico queque aa prpróópriapria instituiinstituiçãçãoo financeirafinanceira rréé ofereceuofereceu––lheslhes
diversasdiversas oportunidadesoportunidades dede crcréédito.dito.
PoisPois bem,bem, aoao invinvééss dada situasituaçãçãoo financeirafinanceira dada empresaempresa melhorarmelhorar ouou sese estabilizarestabilizar
pelospelos contratoscontratos indicadosindicados pelopelo bancobanco rrééu,u, elaela pioroupiorou emem decorrdecorrêênciancia dede abusosabusos dede todatoda sortesorte queque eleseles
contcontêêm.m. AA mesmamesma entrouentrou emem umum ccíírculorculo viciosovicioso aondeaonde perdeuperdeu controlecontrole dosdos contratoscontratos efetuados.efetuados.
Ademais,Ademais, aoao submeter-sesubmeter-se aa renegociarenegociaçãçãoo dasdas ddíívidasvidas houvehouve porpor bembem aa novanovaçãçãoo
dasdas obrigaobrigaçõçõeses anteriormenteanteriormente assumidasassumidas dandodando lugarlugar aa outrasoutras obrigaobrigaçõçõeses impostasimpostas pelopelo Banco.Banco. UmaUma
dasdas dessasdessas obrigaobrigaçõçõeses éé emem relarelaçãçãoo aa AlienaAlienaçãçãoo FiduciFiduciááriaria dodo ImImóóvelvel MatrMatríículacula nnºº R-R-00--0000..000000,, realizadarealizada

1616
emem 26/04/2013,26/04/2013, referentereferente aa ccééduladula dede CrCrééditodito BancBancááriorio nnºº 000000--00000000.00.0000.0000.000000000000--00,, conformeconforme
constaconsta nana escrituraescritura dodo imimóóvelvel ee devidamentedevidamente registradaregistrada emem cartcartóório,rio, conformeconforme imagemimagem abaixo:abaixo:
OcorreOcorre queque comcom aa novanovaçãçãoo dodo contratocontrato acimaacima referido,referido, bembem comocomo osos demaisdemais jjáá
mencionados,mencionados, asas obrigaobrigaçõçõeses assumidas,assumidas, bembem comocomo aa ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA EMEM GARANTIAGARANTIA foramforam
extintas,extintas, surgindosurgindo assimassim novasnovas obrigaobrigaçõçõeses ee direitosdireitos parapara asas partespartes..
NoNo cotidianocotidiano dasdas relarelaçõçõeses bancbancááriasrias ee comerciaiscomerciais sucedidassucedidas porpor crisescrises ee
instabilidadesinstabilidades nana economiaeconomia dodo papaíís,s, tornou-setornou-se muitomuito comumcomum aa repactuarepactuaçãçãoo dede ddíívidas,vidas, sejaseja atravatravééss dede
instrumentosinstrumentos aditivosaditivos aosaos contratoscontratos ouou porpor interminterméédiodio dodo institutoinstituto legallegal dada novanovaçãção.o. NoNo casocaso dosdos autores,autores,
nnããoo houvehouve instrumentosinstrumentos aditivosaditivos ee simsim novosnovos contratos,contratos, comcom novasnovas parcelas,parcelas, prazosprazos ee tambtambéémm valores.valores.
OsOs artigosartigos 360360 ee 367367 dodo CCóódigodigo CivilCivil caracterizacaracteriza aa novanovaçãçãoo comocomo umum pactopacto
bilateral,bilateral, oo devedordevedor contraicontrai comcom oo credorcredor umauma novanova ddíívidavida comcom oo proppropóósitosito deliberadodeliberado dede extinguirextinguir ee
substituirsubstituir aa anterior.anterior. ÉÉ umum contratocontrato queque sese criacria comcom obrigaobrigaçõçõeses distintasdistintas ee independentesindependentes dodo anterior,anterior,
masmas queque temtem comocomo objetivoobjetivo maiormaior extinguirextinguir ee substituirsubstituir aa ddíívidavida anterioranterior porpor estaesta novanova (art.360,(art.360, I).I).
DesapareceDesaparece dodo mundomundo jurjuríídicodico oo encargoencargo dodo devedordevedor satisfazersatisfazer asas obrigaobrigaçõçõeses
ententããoo existentesexistentes nono contratocontrato queque foifoi extintoextinto pelapela novanovaçãçãoo dada ddíívida.vida. Doravante,Doravante, aa relarelaçãçãoo obrigacionalobrigacional sese
regerregeráá pelopelo novonovo contrato,contrato, dentrodentro dosdos seusseus termostermos ee clclááusulas.usulas.
AA formaforma dede novanovaçãçãoo maismais comumcomum éé oo seuseu aparelhamentoaparelhamento atravatravééss dodo
contratocontrato dede confissconfissããoo dede ddíívida,vida, comcom aa presenpresenççaa dede duasduas testemunhas,testemunhas, parapara lhelhe outorgaroutorgar aa condicondiçãçãoo dede
ttíítulotulo dede crcrééditodito extrajudicial.extrajudicial.

1717
ÉÉ nana confissconfissããoo dede ddíívidavida queque credorcredor ee devedordevedor resolvemresolvem aa ddíívidavida anterior,anterior,
substituindo-asubstituindo-a porpor umauma nova,nova, podendopodendo serser incluincluíídodo novonovo devedordevedor parapara sucedersuceder oo antigoantigo ouou assumirassumir emem
solidariedadesolidariedade oo ddéébito.bito. NNããoo hháá restrirestriçãçãoo quantoquanto ààss condicondiçõçõeses negociaisnegociais destedeste novonovo contrato,contrato, estandoestando ààss
partespartes livreslivres parapara ajustarajustar oo queque forfor dede interesseinteresse comum.comum. OO importanteimportante éé queque estejaesteja presentepresente oo âânimonimo dede
novar,novar, aa intenintençãçãoo manifestamanifesta dede modomodo ““inequinequíívocovoco”” (art.(art. 361361 -- expressoexpresso ouou ttáácito),cito), dandodando contaconta dodo
proppropóósitosito deliberadodeliberado dada criacriaçãçãoo daqueladaquela novanova obrigaobrigaçãção.o.
EfeitoEfeito maiormaior dada novanovaçãçãoo éé aa extinextinçãçãoo integralintegral dada ddíívidavida primitiva,primitiva, porpor
inteiro,inteiro, incluindo-seincluindo-se osos acessacessóóriosrios ee asas garantias,garantias, salvosalvo sese nana confissconfissããoo dada ddíívidavida ((consideradoconsiderado
doravantedoravante comocomo oo instrumentoinstrumento contratualcontratual dada novanovaçãçãoo)) houverhouver estipulaestipulaçãçãoo emem contrcontráário,rio, ressalvandoressalvando aa
persistpersistêênciancia parcialparcial dada ddíívidavida emem virtudevirtude dede algumalgum encargoencargo (art.(art. 364).364). AA novanovaçãçãoo ssóó atingeatinge aosaos queque deladela
participaramparticiparam diretamente,diretamente, ee porpor isso,isso, desaparecemdesaparecem asas garantiasgarantias porpor penhor,penhor, hipotecahipoteca ouou anticreseanticrese
eventualmenteeventualmente oferecidasoferecidas porpor terceiros,terceiros, bembem comocomo asas obrigaobrigaçõçõeses dosdos devedoresdevedores solidsolidááriosrios nono contratocontrato
extintoextinto (art.364,(art.364, 365365 ee 366).366).
InteressanteInteressante destacardestacar queque nnããoo produzemproduzem efeitoefeito parapara finsfins dede novanovaçãçãoo asas
obrigaobrigaçõçõeses consideradasconsideradas nulasnulas ouou extintas.extintas. Consideram-seConsideram-se nulasnulas asas estipulaestipulaçõçõeses contrcontrááriasrias àà leilei queque
nnããoo causamcausam nenhumnenhum efeitoefeito jurjuríídico.dico. EE extintasextintas asas queque nnããoo existemexistem nono mundomundo jurjuríídico,dico, nnããoo sese podendopodendo
novarnovar obrigaobrigaçõçõeses insubsistentes.insubsistentes.
Assim,Assim, numanuma primeiraprimeira ananáálise,lise, atinenteatinente ààss exigexigêênciasncias legaislegais esculpidasesculpidas nono
CCóódigodigo CivilCivil ee dada permissibilidadepermissibilidade livrelivre parapara sese contratarcontratar aa novanovaçãçãoo dada ddíívidavida formalizadaformalizada atravatravééss dede
umauma confissconfissããoo dede ddíívida,vida, geragera dede imediatoimediato oo resultadoresultado legallegal dede EXTINEXTINÇÃÇÃOO dada ddíívidavida anterioranterior ee aa
CRIACRIAÇÃÇÃOO dede umauma novanova obrigaobrigaçãçãoo escolhidaescolhida pelapela autonomiaautonomia dasdas partespartes deladela integrantes,integrantes, queque passarpassaráá aa
prevalecerprevalecer dentrodentro dodo queque restourestou deliberadodeliberado entreentre osos contratantes,contratantes, pactapacta suncsunc servandaservanda..
Todavia,Todavia, aa anterioranterior obrigaobrigaçãçãoo extintaextinta emem faceface dada novanovaçãçãoo anulouanulou
alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria emem garantiagarantia sobresobre oo imimóóvel,vel, queque apesarapesar dede constarconstar nosnos novosnovos contratoscontratos asas
alienaalienaçõçõeses fiducifiduciááriasrias sobresobre bens,bens, estestáá ocorreuocorreu dede formaforma gengenéérica:rica: ““ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA ––
VEVEÍÍCULOSCULOS –– 0000..000000,00,00”” ee ““ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA –– OUTROSOUTROS IMIMÓÓVEISVEIS –– 00000000..000000--0000””..

1818
OO negnegóóciocio fiducifiduciááriorio trata-setrata-se dede umum negnegóóciocio jurjuríídicodico uno,uno, apesarapesar dede serser
compostocomposto porpor duasduas relarelaçõçõeses jurjuríídicas:dicas: umauma dede naturezanatureza realreal ee outraoutra dede naturezanatureza obrigacional.obrigacional. OO primeiroprimeiro
éé representadorepresentado pelapela garantia,garantia, compreendendocompreendendo aa transmisstransmissããoo dodo direitodireito ouou dada propriedade,propriedade, devendodevendo oo
fiducifiduciááriorio receberreceber oo bembem nnããoo parapara ttêê-lo-lo comocomo prpróóprio,prio, masmas comcom oo fimfim dede restiturestituíí-lo-lo comcom oo pagamentopagamento dada
ddíívida,vida, ee oo segundosegundo sese expressaexpressa nono ddéébitobito contracontraíído.do.
AA alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria trata-setrata-se dede umauma espespééciecie dodo ggêêneronero negnegóóciocio
fiducifiduciáário,rio, guardandoguardando osos tratraççosos comunscomuns deste.deste. OO devedordevedor alienaaliena aa coisacoisa sobsob aa condicondiçãçãoo suspensivasuspensiva dede
retornoretorno dodo domdomíínio,nio, mediantemediante oo pagamentopagamento dada ddíívidavida assimassim garantida.garantida. EE oo credorcredor temtem temporariamentetemporariamente
oo domdomíínionio dada coisacoisa alienadaalienada emem garantiagarantia fiducifiduciáária,ria, sobsob condicondiçãçãoo resolutiva.resolutiva. (RESTIFFE(RESTIFFE NETO,NETO,
RESTIFFE,RESTIFFE, 2000,2000, p.p. 313).313).
AA alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria emem garantiagarantia dede bembem mmóóvelvel nadanada maismais éé dodo queque umauma
modalidademodalidade dede negnegóóciocio fiducifiduciááriorio previstoprevisto nono nossonosso CCóódigodigo Civil,Civil, nono LivroLivro III,III, CapCapíítulotulo IXIX (Da(Da
propriedadepropriedade fiducifiduciáária),ria), nnããoo obstante,obstante, tendotendo regulamentaregulamentaçãçãoo prpróópria,pria, nono Decreto-leiDecreto-lei nnºº.. 911/69,911/69, alteradoalterado
pelapela LeiLei 10.931/2004.10.931/2004.
NATUREZANATUREZA JURJURÍÍDICADICA DADA ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA
AA alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria éé umum contratocontrato formalformal ee acessacessóório,rio, tendotendo comocomo
objetivoobjetivo principalprincipal garantirgarantir oo cumprimentocumprimento dede umauma obrigaobrigaçãçãoo convencionada,convencionada, queque consisteconsiste nana
transfertransferêênciancia feitafeita pelopelo devedordevedor fiduciantefiduciante aoao credorcredor fiducifiduciááriorio dada propriedadepropriedade resolresolúúvelvel ee dada posseposse
indiretaindireta dede umum bembem mmóóvelvel infunginfungíível,vel, comcom garantiagarantia dodo seuseu ddéébito,bito, atatéé oo adimplementoadimplemento dada obrigaobrigaçãçãoo
principal.principal.
Analisando-seAnalisando-se aa estruturaestrutura dada alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria emem garantia,garantia, verifica-se,verifica-se,
dede imediato,imediato, queque sese tratatrata dede negnegóóciocio jurjuríídicodico bilateral,bilateral, oo qualqual visavisa transferirtransferir aa propriedadepropriedade dede coisacoisa mmóóvelvel
comcom finsfins dede garantiagarantia (propriedade(propriedade fiducifiduciáária).ria).
REQUISITOSREQUISITOS LEGAISLEGAIS

1919
SegundoSegundo disposidisposiçãçãoo contidacontida nono art.art. 1.361,1.361, §§ 11ºº dodo CCóódigodigo Civil:Civil:
Constitui-seConstitui-se aa propriedadepropriedade fiducifiduciááriaria comcom oo registroregistro dodo contrato,contrato, celebradocelebrado
porpor instrumentoinstrumento ppúúblicoblico ouou particular,particular, queque lhelhe serveserve dede ttíítulo,tulo, nono RegistroRegistro dede TTíítulostulos ee documentosdocumentos dodo
domicdomicííliolio dodo devedor,devedor, ou,ou, emem sese tratandotratando dede veveíículos,culos, nana repartirepartiçãçãoo competentecompetente parapara oo licenciamento,licenciamento,
fazendo-sefazendo-se aa anotaanotaçãçãoo nono certificadocertificado dede registro.registro.
OuOu seja,seja, dentredentre osos requisitosrequisitos legaislegais parapara aa constituiconstituiçãçãoo dada alienaalienaçãçãoo
fiducifiduciáária,ria, aa provaprova dodo institutoinstituto sempresempre sese farfaráá porpor meiomeio literal,literal, ouou seja,seja, escrito,escrito, istoisto querquer dizerdizer queque deverdeveráá
serser constituconstituíídada porpor instrumentoinstrumento contratual,contratual, queque poderpoderáá serser ppúúblicoblico ouou privado.privado. OutroOutro aspectoaspecto importanteimportante
dentrodentro dada legalidadelegalidade dodo institutoinstituto dada alienaalienaçãçãoo fiducifiduciáária,ria, especialmenteespecialmente parapara sese valervaler contracontra terceiros,terceiros, éé
dodo contratocontrato constitutivoconstitutivo queque deverdeveráá serser levadolevado aa registroregistro nono CartCartóóriorio dede RegistroRegistro dede TTíítulostulos ee
DocumentosDocumentos dodo domicdomicííliolio dodo credorcredor fiducifiduciáário,rio, ee sese tratandotratando dede veveíículos,culos, nana repartirepartiçãçãoo competentecompetente parapara
oo licenciamento.licenciamento.
ConformeConforme oo dispostodisposto nono art.art. 1.3621.362 dodo CCóódigodigo Civil,Civil, oo contrato,contrato, aoao serser
formalizado,formalizado, deverdeveráá conterconter algunsalguns itensitens dede carcarááterter essencial,essencial, taistais como:como:
““a)a) totaltotal dada ddíívidavida negociada,negociada, ouou suasua estimativa;estimativa;
b)b) locallocal ee datadata dodo pagamento;pagamento;
c)c) taxataxa dede juros,juros, bembem comocomo oo ííndicendice dada correcorreçãçãoo monetmonetáária,ria,
legalmentelegalmente permitida,permitida, clclááusulausula penal,penal, taxataxa dede comisscomissõõeses tambtambéémm
dentrodentro dada permisspermissããoo legal;legal;
d)d) descridescriçãçãoo dodo bembem transferido,transferido, comcom elementoselementos indispensindispensááveisveis àà
suasua identificaidentificaçãção.o. ””
ComoComo podemospodemos observarobservar dosdos contratoscontratos dede renegociarenegociaçãção,o, nnããoo existeexiste
nenhumanenhuma descridescriçãçãoo dosdos bensbens transferidostransferidos necessnecessááriosrios parapara suasua identificaidentificaçãção,o, assimassim comocomo esteeste novonovo
contratocontrato nnããoo foifoi levadolevado aa termotermo nono CartCartóóriorio dede RegistroRegistro dede TTíítulostulos ee DocumentosDocumentos ee nana repartirepartiçãçãoo
competentecompetente parapara oo licenciamentolicenciamento nono casocaso dodo veveíículo,culo, nnããoo preenchendopreenchendo assimassim osos requisitosrequisitos legaislegais parapara aa
alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria..

2020
PorPor todotodo exposto,exposto, restaresta claroclaro queque apapóóss aa novanovaçãçãoo dada ddíívidavida nnããoo existeexiste
maismais aa AlienaAlienaçãçãoo FiduciFiduciááriaria emem GarantiaGarantia sobresobre oo imimóóvel,vel, registradaregistrada emem cartcartóóriorio,, referentereferente aoao contratocontrato
extinto,extinto, bembem comocomo asas garantiasgarantias atuaisatuais porpor faltafalta dosdos requisitosrequisitos legaislegais ee tratando-setratando-se dede questquestããoo dede ordemordem
ppúúblicablica estaesta nnããoo podepode serser aaççambarcadaambarcada pelapela execuexecuçãçãoo extrajudicialextrajudicial emem trtrââmite,mite, mormentemormente nono casocaso emem
tela,tela, devendodevendo assimassim serser reconhecidoreconhecido nana presentepresente AAÇÃÇÃOO ANULATANULATÓÓRIARIA àà NULIDADE.NULIDADE.
DAS PRINCIPAIS NULIDADES OCORRIDAS APÓS A
NOVAÇÃO DO CONTRATO
EmEm observobservâânciancia aoao incisoinciso LVLV dodo art.art. 55ºº dada ConstituiConstituiçãçãoo Federal,Federal, cumprecumpre
esclareceresclarecer queque aa ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA EMEM GARANTIAGARANTIA,, encontra-seencontra-se eivadaeivada dede vvíício,cio, porpor estarestar
registradaregistrada emem umauma ccééduladula dede crcrééditodito extinta,extinta, pelopelo fatofato dodo contratocontrato bancbancááriorio dede renegociarenegociaçãçãoo nnããoo
discriminardiscriminar osos bensbens dadosdados emem garantiugarantiu,, conformeconforme sese ververáá adiante:adiante:
ConstamConstam dosdos autosautos queque oo imimóóvelvel foifoi gravadogravado comcom alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria emem
garantiagarantia nono mmêêss dede abrilabril dede 2013,2013, conformeconforme muitomuito bembem explanadoexplanado acima,acima, emem contratocontrato queque foifoi extintoextinto emem
virtudevirtude dada novanovaçãção.o.
Assim,Assim, comocomo oo BancoBanco RequeridoRequerido nnããoo levoulevou aa termotermo oo contratocontrato dede
renegociarenegociaçãção,o, oo queque jjáá encontra-seencontra-se extintoextinto nnããoo possuipossui nenhumanenhuma validadevalidade legal,legal, impossibilitandoimpossibilitando assimassim
suasua execuexecuçãção,o, ouou sejaseja aa posseposse dodo imimóóvel.vel.
DestarteDestarte tratando-setratando-se dede questquestããoo dede ordemordem ppúúblicablica estaesta nnããoo podepode serser
aaççambarcadaambarcada pelapela garantia,garantia, mormentemormente nono casocaso emem queque aa garantiagarantia encontra-seencontra-se quebradaquebrada pelapela extinextinçãçãoo
dodo contrato,contrato, emem virtudevirtude dada renegociarenegociaçãção,o, estaesta queque tambtambéémm sese encontraencontra eivadaeivada dede vvíícios,cios, poispois nnããoo
foramforam individualizadosindividualizados osos bensbens entreguesentregues emem garantia,garantia, devendodevendo assimassim serser reconhecidoreconhecido nana
presentepresente AAÇÃÇÃOO ANULATANULATÓÓRIARIA àà NULIDADENULIDADE acimaacima mencionada.mencionada.
DA CARACTERIZAÇÃO DO PACTO COMISSÓRIO E
DESVIRTUAMENTO DA LEI DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA

2121
Deflui-seDeflui-se dada narranarraçãçãoo dosdos fatosfatos dede queque oo direitodireito assisteassiste aosaos Autores,Autores, postoposto
queque nana formaformaçãçãoo dosdos contratos,contratos, constouconstou expressamenteexpressamente pactopacto comisscomissóório,rio, comcom oo proppropóósitosito dede garantirgarantir
ddíívidavida preexistente.preexistente.
ÉÉ oo princprincíípiopio dada forforççaa obrigatobrigatóóriaria dosdos contratoscontratos ((pactapacta suntsunt servandaservanda),), aa
qualqual asseveraassevera ORLANDOORLANDO GOMESGOMES,, emem suasua obraobra "Contratos","Contratos", 1212ªª EdiEdiçãção,o, 1991,1991, ppááginagina 38,38, EditoraEditora
ForenseForense::
OO princprincíípiopio dada forforççaa obrigatobrigatóóriaria consubstancia-seconsubstancia-se nana regraregra dede queque oo
contratocontrato éé leilei entreentre asas partes.partes. CelebradoCelebrado queque sejaseja comcom observobservâânciancia dede
todostodos osos pressupostospressupostos ee requisitosrequisitos necessnecessááriosrios àà suasua validade,validade, devedeve
serser executadoexecutado pelaspelas partespartes comocomo sese suassuas clclááusulasusulas fossemfossem preceitospreceitos
legaislegais imperativos.imperativos. OO contratocontrato obrigaobriga osos contratantes,contratantes, sejamsejam quaisquais
foremforem asas circunstcircunstâânciasncias emem queque tenhatenha dede serser cumprido.cumprido. EstipuladoEstipulado
validamentevalidamente seuseu conteconteúúdo,do, valevale dizerdizer definidosdefinidos osos direitosdireitos ee
obrigaobrigaçõçõeses dede cadacada parte,parte, asas respectivasrespectivas clclááusulasusulas ttêêm,m, parapara osos
contratantes,contratantes, forforççaa obrigatobrigatóória.ria. Diz-seDiz-se queque éé intangintangíível,vel, parapara
significar-sesignificar-se aa irretratabilidadeirretratabilidade dodo acordoacordo dede vontades.vontades. NenhumaNenhuma
consideraconsideraçãçãoo dede equidadeequidade justificariajustificaria aa revogarevogaçãçãoo unilateralunilateral dodo
contratocontrato ouou aa alteraalteraçãçãoo dede suassuas clclááusulas,usulas, queque somentesomente sese permitempermitem
mediantemediante novonovo concursoconcurso dede vontades.vontades. OO contratocontrato importaimporta restrirestriçãçãoo
voluntvoluntááriaria dada liberdade;liberdade; criacria vvíínculonculo dodo qualqual nenhumanenhuma dasdas partespartes
podepode desligar-sedesligar-se sobsob oo fundamentofundamento dede queque aa execuexecuçãçãoo aa arruinararruinaráá ouou
dede queque nnããoo oo teriateria estabelecidoestabelecido sese houvessehouvesse previstoprevisto aa alteraalteraçãçãoo
radicalradical dasdas circunstcircunstââncias.ncias.
EssaEssa forforççaa obrigatobrigatóóriaria atribuatribuíídada pelapela leilei aosaos contratoscontratos éé aa pedrapedra
angularangular dada seguranseguranççaa dodo comcoméérciorcio jurjuríídico.dico.
AA melhormelhor doutrinadoutrina entendeentende queque umauma vezvez convencionadaconvencionada aa condicondiçãçãoo
resolutivaresolutiva expressa,expressa, oo contratocontrato rescindir-se-rescindir-se-áá automaticamenteautomaticamente fundando-sefundando-se nono princprincíípiopio dada
obrigatoriedadeobrigatoriedade dosdos contratos,contratos, justificando-sejustificando-se quandoquando oo devedordevedor estiverestiver emem mora.mora.
Ademais,Ademais, éé nulanula aa clclááusulausula que,que, visandovisando assegurarassegurar oo cumprimentocumprimento dede
ddíívidavida preexistente,preexistente, estipulaestipula garantiagarantia fiducifiduciáária,ria, vinculandovinculando bembem pertencentepertencente aoao devedor,devedor, porpor traduzirtraduzir aa
avenavenççaa antecipaantecipaçãçãoo dede pactopacto comisscomissóório,rio, vedadovedado nosnos arts.arts. 765765 ee 1.4281.428 dosdos CCóódigosdigos CivisCivis dede 19161916 ee

2222
2002,2002, respectivamente.respectivamente. NoNo casocaso abaixoabaixo reproduzidoreproduzido ee submetidosubmetido aa julgamento,julgamento, decidiudecidiu oo TribunalTribunal dede
JustiJustiççaa dodo EstadoEstado dede SantaSanta CatarinaCatarina,, àà unanimidadeunanimidade ee dede ofofííciocio,, julgarjulgar extintaextinta aa aaçãçãoo dede buscabusca ee
apreensapreensããoo promovidapromovida porpor umauma importanteimportante instituiinstituiçãçãoo financeira,financeira, pois,pois, aindaainda queque nana prprááticatica oo bancobanco nnããoo
permanepermaneççaa comcom oo bem,bem, passapassa aa terter sobresobre eleele plenaplena disposidisposiçãção,o, podendopodendo alienalienáá-lo-lo semsem aa intervenintervençãçãoo dodo
PoderPoder JudiciJudiciáário,rio, pelopelo prepreççoo queque lhelhe aprouver,aprouver, semsem terter queque prestarprestar contascontas aa quemquem querquer queque seja,seja, sendo-sendo-
lhelhe facultado,facultado, ainda,ainda, emem tese,tese, procederproceder aa cobrancobranççaa posteriorposterior dodo saldosaldo remanescente,remanescente, havendohavendo nono pactopacto
umauma verdadeiraverdadeira manifestamanifestaçãçãoo dede pactopacto comisscomissóóriorio nana vinculavinculaçãçãoo dede bembem pertencentepertencente aoao devedor,devedor, nnããoo
comocomo garantiagarantia dede umum mmúútuotuo real,real, masmas comocomo meiomeio assecuratassecuratóóriorio dodo pagamentopagamento dede ddéébitobito preexistente.preexistente.
““TJSCTJSC -APC-APC n.n. 2005.034090-9,2005.034090-9, TubarTubarãão.o. DataData dada decisdecisãão:o: 01.06.2006.01.06.2006.
EMENTA:EMENTA: AAÇÃÇÃOO DEDE BUSCABUSCA EE APREENSAPREENSÃÃO.O. TERMOTERMO DEDE CONFISSCONFISSÃÃOO
EE RECONHECIMENTORECONHECIMENTO DEDE DDÍÍVIDAVIDA GARANTIDOGARANTIDO PORPOR ALIENAALIENAÇÃÇÃOO
FIDUCIFIDUCIÁÁRIA.RIA. PACTOPACTO COMISSCOMISSÓÓRIO.RIO. MATMATÉÉRIARIA DEDE ORDEMORDEM PPÚÚBLICA.BLICA.
NULIDADE.NULIDADE. EXTINEXTINÇÃÇÃOO DODO PROCESSOPROCESSO (ART.(ART. 267,267, VIVI ee §§ 33ºº,, DODO CPC).CPC).
RECURSOSRECURSOS PREJUDICADOS.PREJUDICADOS.
ÉÉ nulanula aa clclááusulausula que,que, visandovisando assegurarassegurar oo cumprimentocumprimento dede ddíívidavida
preexistente,preexistente, estipulaestipula garantiagarantia fiducifiduciáária,ria, vinculandovinculando bembem pertencentepertencente
aoao devedor,devedor, porpor traduzirtraduzir aa avenavenççaa antecipaantecipaçãçãoo dede pactopacto comisscomissóório,rio,
vedadovedado nosnos artigosartigos 765765 ee 1.4281.428 dosdos CCóódigosdigos CivisCivis dede 19161916 ee 2002,2002,
respectivamente.respectivamente.
[....][....]
NaNa exordial,exordial, oo autorautor afirmaafirma que,que, porpor ocasiocasiããoo dada renegociarenegociaçãção,o, aa rréé "[...]"[...]
ofereceuofereceu emem alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria oo [...][...] automautomóóvelvel KadetKadet GS,GS, anoano dede
fabricafabricaçãçãoo ee modelomodelo 1991,1991, corcor predominantepredominante amarela,amarela, placaplaca UT8388,UT8388, dede
TubarTubarãão,o, chassichassi n.n. 9BGKW08TMMC3206789BGKW08TMMC320678 ee ccóódigodigo RenavanRenavan 318415887318415887
[...]"[...]" (fl.(fl. 02).02).
AA garantiagarantia estipuladaestipulada nana clclááusulausula n.n. 1.101.10 dodo instrumentoinstrumento dede confissconfissããoo dede
ddíívidavida (fl.(fl. 06)06) constituiconstitui antecipaantecipaçãçãoo dede pactopacto comisscomissóório,rio, expressamenteexpressamente
vedadovedado nosnos artigosartigos 765765 ee 1.4281.428 dosdos CCóódigosdigos CivisCivis dede 19161916 ee 2002.2002.
AindaAinda queque nana prprááticatica oo bancobanco nnããoo permanepermaneççaa comcom oo bem,bem, passapassa aa terter
sobresobre eleele plenaplena disposidisposiçãção,o, podendopodendo alienalienáá-lo-lo semsem aa intervenintervençãçãoo dodo PoderPoder
JudiciJudiciáário,rio, pelopelo prepreççoo queque lhelhe aprouver,aprouver, semsem terter queque prestarprestar contascontas aa
quemquem querquer queque seja,seja, sendo-lhesendo-lhe facultado,facultado, ainda,ainda, emem tese,tese, procederproceder àà
cobrancobranççaa posteriorposterior dodo saldosaldo remanescente.remanescente.
HHáá nono pactopacto subsub examineexamine umauma verdadeiraverdadeira manifestamanifestaçãçãoo dede pactopacto
comisscomissóóriorio nana vinculavinculaçãçãoo dede bembem pertencentepertencente aoao devedor,devedor, nnããoo comocomo

2323
garantiagarantia dede umum mmúútuotuo real,real, masmas comocomo meiomeio assecuratassecuratóóriorio dodo
pagamentopagamento dede ddéébitobito preexistente.preexistente.
SobreSobre oo tema,tema, pronuncioupronunciou estaesta egregréégiagia Corte:Corte:
ApelaApelaçãçãoo ccíívelvel n.n. 2000.017813-6,2000.017813-6, dede Blumenau,Blumenau, rel.rel. Des.Des. TrindadeTrindade dosdos
Santos,Santos, SegundaSegunda CCââmaramara dede DireitoDireito Comercial,Comercial, j.j. 21.10.2004:21.10.2004:
"[...]"[...] AA similitudesimilitude comcom oo pactopacto comisscomissóório,rio, nessenesse contexto,contexto, éé
inquestioninquestionáável,vel, revelandorevelando aa garantiagarantia fiducifiduciááriaria umauma meramera garantiagarantia dede
umum ddéébitobito jjáá preexistentepreexistente ee nnããoo solucionadosolucionado pelopelo devedordevedor incidenteincidente
emem mora.mora. EE nnããoo hháá comocomo sese vislumbrarvislumbrar diferendiferençça,a, parapara efeitosefeitos dede
caracterizacaracterizaçãçãoo dodo pactopacto comisscomissóório,rio, nana transfertransferêênciancia automautomááticatica dodo
bembem parapara oo patrimpatrimôônionio dodo credorcredor ee nana outorgaoutorga aa eleele dede umauma amplaampla
disposidisposiçãçãoo sobresobre oo bem,bem, aa fimfim dede alienalienáá-lo-lo aa quemquem bembem lhelhe aprouver,aprouver,
pelopelo valorvalor queque bembem entender,entender, semsem qualquerqualquer anuanuêênciancia dodo leglegíítimotimo
proprietproprietááriorio -- oo devedordevedor -- ee semsem qualquerqualquer possibilidadepossibilidade dede
fiscalizafiscalizaçãçãoo dodo mesmomesmo ouou dodo JudiciJudiciááriorio [...]".[...]".
2)2) ApelaApelaçãçãoo ccíívelvel n.n. 2003.013427-1,2003.013427-1, dede JoaJoaççaba,aba, rel.rel. Des.Des. SalimSalim ScheadSchead
dosdos Santos,Santos, PrimeiraPrimeira CCââmaramara dede DireitoDireito Comercial,Comercial, j.j. 15.04.2004:15.04.2004:
""APELAAPELAÇÃÇÃOO CCÍÍVEL.VEL. BUSCABUSCA EE APREENSAPREENSÃÃO.O. ALIENAALIENAÇÃÇÃOO
FIDUCIFIDUCIÁÁRIA.RIA. CONTRATOCONTRATO DEDE CONFISSCONFISSÃÃOO DEDE DDÍÍVIDA.VIDA.
DESCARACTERIZADESCARACTERIZAÇÃÇÃO.O. PACTOPACTO COMISSCOMISSÓÓRIORIO IDENTIFICADO.IDENTIFICADO.
EXTINEXTINÇÃÇÃOO DODO PROCESSO.PROCESSO.
ÉÉ nulanula aa alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria firmadafirmada parapara vincularvincular bembem pertencentepertencente
aoao devedor,devedor, nnããoo comocomo garantiagarantia dede umum financiamentofinanciamento ouou mmúútuo,tuo, masmas
comcom oo proppropóósitosito dede garantirgarantir ddíívidavida preexistentepreexistente pois,pois, nesteneste caso,caso, aa
avenavenççaa sese traduztraduz emem verdadeiroverdadeiro pactopacto comisscomissóório,rio, vedadovedado porpor leilei (art.(art.
765,765, CC/1916)".CC/1916)".
3)3) (Agravo(Agravo dede instrumentoinstrumento n.n. 2003.022818-7,2003.022818-7, dede CaCaççador,ador, rel.rel. Desa.Desa.
MariaMaria dodo RocioRocio LuzLuz SantaSanta Ritta,Ritta, SegundaSegunda CCââmaramara dede DireitoDireito
Comercial,Comercial, j.j. 19.02.2004).19.02.2004).
AGRAVOAGRAVO DEDE INSTRUMENTO.INSTRUMENTO. AAÇÃÇÃOO DEDE BUSCABUSCA EE APREENSAPREENSÃÃO.O.
INSTRUMENTOINSTRUMENTO PARTICULARPARTICULAR DEDE CONFISSCONFISSÃÃOO DEDE DDÍÍVIDAS.VIDAS.
RENEGOCIARENEGOCIAÇÃÇÃOO DEDE DDÍÍVIDASVIDAS ANTERIORESANTERIORES COMCOM ALIENAALIENAÇÃÇÃOO
FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA EMEM GARANTIA.GARANTIA. PACTOPACTO COMISSCOMISSÓÓRIO.RIO. NULIDADE.NULIDADE.
EXTINEXTINÇÃÇÃOO DADA AAÇÃÇÃOO EXEX OFFICIOOFFICIO..
ÉÉ nulanula aa alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria quandoquando acobertaacoberta verdadeiroverdadeiro pactopacto
comisscomissóório,rio, sendosendo firmadafirmada parapara vincularvincular bensbens pertencentespertencentes aoao
devedor,devedor, nnããoo comocomo garantiagarantia dede umum financiamentofinanciamento ouou mmúútuo,tuo, masmas

2424
comocomo garantiagarantia dede ddéébitosbitos preexistentes,preexistentes, instrumentalizadosinstrumentalizados mediantemediante
termotermo dede renegociarenegociaçãçãoo dede ddíívida.vida.
NNããoo éé posspossíívelvel invocar-seinvocar-se aa SSúúmulamula 2828 dodo STJ,STJ, porquantoporquanto oo
mencionadomencionado gravamegravame emem bensbens jjáá integrantesintegrantes dodo patrimpatrimôônionio dodo
devedordevedor ssóó éé posspossíívelvel quandoquando aa alienaalienaçãçãoo forfor realizadarealizada comcom oo fitofito dede
garantirgarantir oo pagamentopagamento dede ddíívidavida nova.nova.
AA respeitorespeito dada matmatééria:ria:
"[...]"[...] OO pactopacto comisscomissóório,rio, inin espespéécie,cie, nnããoo decorredecorre dodo simplessimples fatofato dede oo
bembem alienadoalienado fiduciariamentefiduciariamente jjáá integrarintegrar oo patrimpatrimôônionio dada apelanteapelante
quandoquando dada convenconvençãçãoo queque instituiuinstituiu oo gravame,gravame, poispois assentimosassentimos comcom
aa jurisprudjurisprudêênciancia predominantepredominante dede que,que, emem taltal hiphipóótese,tese, aa vinculavinculaçãçãoo
éé vváálidalida ee eficaz.eficaz.
NNãão,o, aquiaqui oo pactopacto comisscomissóóriorio decorredecorre dodo fatofato dede jjáá preexistirpreexistir oo ddéébito,bito,
tratando-setratando-se dada repactuarepactuaçãçãoo dede anterioresanteriores contratoscontratos inadimplidos,inadimplidos,
comcom aa alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria constituindo-se,constituindo-se, nnããoo emem garantiagarantia originorigináária,ria,
masmas emem complementarcomplementar dede umum ddéébitobito jjáá garantidogarantido porpor notanota
promisspromissóóriaria [...][...] (Apela(Apelaçãçãoo ccíívelvel n.n. 2001.011201-9,2001.011201-9, rel.rel. Des.Des. TrindadeTrindade
dosdos Santos,Santos, SegundaSegunda CCââmaramara dede DireitoDireito Comercial,Comercial, j.j. 21.10.2004).21.10.2004).
DianteDiante dada nulidadenulidade dada clclááusulausula queque instituiuinstituiu aa alienaalienaçãçãoo fiducifiduciáária,ria, oo
estabelecimentoestabelecimento bancbancááriorio éé carecedorcarecedor dada aaçãçãoo dede buscabusca ee apreensapreensãão,o,
devendodevendo oo processoprocesso serser extinto,extinto, nosnos termostermos dodo artigoartigo 267,267, VIVI ee §§ 33ºº,,
dodo CCóódigodigo dede ProcessoProcesso Civil.Civil.
IIIIII –– DecisDecisããoo
PeloPelo exposto,exposto, aa CCââmara,mara, àà unanimidade,unanimidade, decidiu,decidiu, dede ofofíício,cio, julgarjulgar extintoextinto oo
processo,processo, comcom fulcrofulcro nono artigoartigo 267,267, VIVI ee §§ 33ºº,, dodo CCóódigodigo dede ProcessoProcesso Civil,Civil,
conformeconforme oo votovoto dodo relator,relator, prejudicadosprejudicados ambosambos osos recursos,recursos, condenando-condenando-
sese oo BancoBanco nono pagamentopagamento dasdas custascustas processuaisprocessuais ee dosdos honorhonorááriosrios
advocatadvocatíícioscios dodo procuradorprocurador dodo rrééu,u, estesestes arbitradosarbitrados emem R$R$ 1.000,00,1.000,00, exex vivi
dodo art.art. 20,20, §§ 44ºº,, dodo aludidoaludido diplomadiploma legal.legal.
ParticipouParticipou dodo julgamento,julgamento, comcom votovoto vencedor,vencedor, oo ExcelentExcelentííssimossimo
SenhorSenhor DesembargadorDesembargador JaimeJaime LuizLuiz Vicari.Vicari.””
http://www.tjsc.jus.br/institucional/diario/a2007/20070013000http://www.tjsc.jus.br/institucional/diario/a2007/20070013000..
DODO DESVIRTUAMENTODESVIRTUAMENTO DODO INSTITUTOINSTITUTO DADA ALIENAALIENAÇÃÇÃOO FIDUCIFIDUCIÁÁRIARIA
NNããoo restaresta ddúúvidavida queque aa alienaalienaçãçãoo fiducifiduciááriaria emem garantiagarantia devedeve serser
empregadaempregada parapara osos finsfins aa queque sese destinadestina ee oo desviodesvio dede finalidade,finalidade, envolvendoenvolvendo verdadeiraverdadeira simulasimulaçãçãoo dodo

AÇÃO ANULATÓRIA DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EXTRAJUDICIAL

AÇÃO ANULATÓRIA DE ALIENAÇÃO FIDUCIÁRIA EXTRAJUDICIAL

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