1. Conceição Rosa Pereira
Tarefa: Convergência de Mídias
Convergências das mídias na sociedade e na Educação
O uso da web 2.0 revolucionou o modo de ver e viver as coisas e acontecimentos na
sociedade através dos recursos e ferramentas abundantes, abrangentes e gratuitas, disponibilizadas
na internet atualmente em diferentes aparelhos tecnológicos e que estão cada vez mais presente no
dia-a-dia do brasileiro em várias localidades e regiões.
As convergências das mídias estão influenciando e criando também novas formas e
configurações sociais, devido a comunicação rápida que ocorre em tempo real, incentivando a
colaboração e o compartilhamento de ideias, arquivos audiovisuais, imagens, e até estudos online,
onde as pessoas não fazem mais o papel de mero receptores de mensagens, mas também
reprodutores de informações numa interação mútua, não somente com seus círculos de amizades ou
relacionamentos, mas com o mundo todo. Porém, há alguns problemas detectados com o uso das
mídias, tais como as pessoas não memorizarem números de telefones e contatos até mesmo de seus
familiares, já que basta uns toques nas agendas eletrônicas para fazer os contatos e os encontros em
redes sociais estarem praticamente substituindo os encontros reais com amigos e parentes, o que é
um exagero, pois máquinas são legais, mas pessoas e relacionamentos reais são mais importantes,
então assim como as tecnologias diminuem as distâncias e promove maior socialização, as redes
sociais mantêm usuários mais ocupados aponto de se afastarem de contatos pessoalmente.
Na educação também já há encaminhamentos sobre o uso de tecnologias no cotidiano
escolar, pois os alunos das novas gerações lidam com recursos tecnológicos diariamente fora das
salas de aulas, então a escola e o educador não podem permanecer alheios a estes recursos, mesmo
que seja lentamente, é preciso começar a aprender a dinamizar o uso de hipermídias para os
conteúdos escolares. Claro que com a finalidade educativa o uso de convergência de mídias e
tecnologias exige certo cuidado em relação à autoria e colaboração para não esbarrar nos direitos
autorais, por outro lado muitas releituras acabam por se tornar novas autorias por parte dos usuários
após conhecerem e pesquisarem nos links, sites, plataformas de outros. Com as interfaces
colaborativas da web 2.0 é possível integrar tudo e com todos, cabendo ao educador conhecer mais
do que os conteúdos curriculares, ir além para organizar estratégias motivadoras para transformar
as informações em conhecimentos científicos, não como ator principal, mas como orientador e
organizador de dinâmicas que potencializem pesquisas, autorias, colaboração, compartilhamento e
reflexão antes, durante e depois das aulas preparadas tendo o foco no estudo autônomo dos alunos,
sejam para utilizar participações assíncronas ou síncronas nos estudos e isto é apenas o começo de
mudanças e transformações de paradigmas nas práticas didáticas e pedagógicas na educação, daí a
importância deste profissional estar sempre em formação continuada e disposto a aprender e
modificar velhos hábitos pedagógicos.
Para tanto é preciso agregar a técnica com estas mudanças para que comecem de fato a
trazer o mundo para a escola e não somente a escola para ser mostrada ao mundo, como Freire diz
comparando a isto que “aprendemos na escola o que precisamos para viver no mundo lá fora”,
então é melhor que as mudanças ocorram tardiamente e lentamente do que não ocorrer, não há mais
como excluir a escola, alunos e professores de uso tecnológico, pois fora dos portões usamos cada
vez estes recursos, seja nas tvs digitais, celulares, gps, computador, tablets com internet fixa ou
2. usando tecnologias móveis, existem aparelhos para cada bolso e para diferentes faixas de idades,
com muitas funções através da convergência de mídias abrangendo grande parte da população.
O desafio é colocar as mídias como parte das práticas sociais, para isto é necessário o
acesso à internet, apesar de algumas funções como fotos, imagens, vídeos e trabalhos poderem ser
utilizados e editados sem conexão, até mesmo em telefones celulares e redes sem fio. O aparelho
tecnológico e que têm convergência de mídias comum a quase todos os alunos é o aparelho de
telefone celular, mas é proibido por lei no espaço das escolas públicas do governo do estado de São
Paulo como prevenção ao mau uso durante as aulas e nos outros espaços escolares, o que dificulta
um pouco, pois seria mais fácil a ubiquidade e a contribuição da informação dentro deste espaço,
porém pode ainda ser utilizado de outra forma e fora da escola, enviado para o professor os
registros digitais obtidos e planejados para aulas por alunos, mas também seria necessário mais
alguns aparelhos para o professor trabalhar e organizar coletivamente com os alunos na sala de
aula. Enfim, ainda há muito a aprender e a fazer para preparar atividades ou projetos com uso de
blogs, podcast, wikis fotolog, youtube, redes sociais e outros aplicativos tecnológicos
objetivamente em salas de aulas, mas tomando cuidado para que não sejam apenas utilizadas novas
ferramentas com metodologias antiquadas e sim para aprimorar, transformar aulas desafiadoras,
ativas e criativas, onde o fazer (autorias e reflexões) seja mais importante do que o “ter” acesso (ler
postagens e outros artigos apenas) no cotidiano escolar. As tecnologias mais utilizadas por
professores ainda são tv e vídeo, principalmente através do youtube, porém Mattar alerta que “esses
recursos devem ser integrados à educação de uma maneira criativa para contribuir para o
aprendizado,” como toda mídia as o audiovisual ajuda, mas os encaminhamentos é que fazem a
diferença.
Uma escola virtualizada deve preparar os estudantes para práticas sociais e resolução dos
problemas do seu cotidiano social, então trabalhar com ideias e diálogos na comunicação dentro e
fora da escola exige currículo flexível, mas também preparar para o uso consciente, pois é preciso
lembrar que o usuário deixa um rastro do seu perfil e de seu modo de vida quando faz buscas
usando tecnologia, pois com as informações cruzadas atualmente é imprescindível e inevitável
preparar crianças e adolescente para o uso responsável das redes e conexões na internet.
Referencias
ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. Tecnologias digitais na educação: o futuro é hoje. In: 5º
Encontro de Educação e Tecnologias da Informação e Comunicação: V E-TIC. Rio de Janeiro,
Universidade Estácio de Sá, 2007.
FREIRE, Paulo. “Pedagogia da Esperança – Um reencontro com a Pedagogia do Oprimido” . Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
_______ . Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 14ª ed., São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
MATTAR, João. Youtube na Educação: uso de vídeos em EAD. Universidade Anhembi
Morumbi. São Paulo, 05/2009.
Links de pesquisa:
http://www.uniso.br/ead/hipertexto/anais/25_DanieleRibeiro.pdf