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Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275
POSSIBILIDADES E PERSPECTIVAS DO USO DAS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS NOS
PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM.
Giorgia Barreto Lima Parrião
Resumo: O advento e a expansão das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
nos trouxe diversos benefícios e facilidades, principalmente no que se refere ao acesso à
informação. Entretanto, poucos educadores se utilizam dessas ferramentas em seus processos
de ensino aprendizagem, é necessário que o novo educador, esteja aberto para conhecer e
utilizar as ferramentas tecnológicas disponíveis que possam facilitar o processo ensino-
aprendizagem, propiciando aos alunos tenham uma aprendizagem mais efetiva e eficaz. O
presente artigo pretende analisar e discutir a inserção das TICs na educação e as
possibilidades e perspectivas do uso das mídias sociais digitais nos processos de ensino-
aprendizagem.
Palavras-Chave: Mídias digitais, Redes sociais, Inteligência coletiva, Ensino-aprendizagem,
Educação.
Introdução
A autonomia discente e o dialogo aluno-professor são dois pilares da boa
aprendizagem, entretanto esse diálogo nem sempre é eficiente pelo simples fato de que os
professores e os formatos educacionais continuam utilizando-se dos métodos de ensino do
século IXX, enquanto os aprendizes vivem e constroem seus conhecimentos no século XXI.
Entre professores e alunos há uma lacuna de dois séculos, o que torna esse diálogo, e
consequentemente, uma aprendizagem deficiente.
O advento e a expansão das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
nos trouxe diversos benefícios e facilidades, principalmente no que se refere à publicação e ao
acesso a informações principalemente por meio da internet.Todavia, para que é necessário que
o novo educador, esteja aberto para conhecer e utilizar as ferramentas tecnológicas
disponíveis que possam facilitar o processo ensino-aprendizagem. Enquanto alguns
professores ainda desenterram velhas desculpas para não utilizarem os computadores e a
internet como ferramentas úteis no processo de ensino-aprendizagem, outros já se lançam
ferramentas que contribuam para que os alunos tenham uma aprendizagem mais efetiva e
eficaz, utilizando-se das características destes meios.
Em sua versão 2.0, a internet apresenta-nos práticas digitais que possibilitam aos
jovens um espaço de visibilidade, de sua constituição como sujeitos, que conectados em rede,
exercem o direito de serem vistos e ouvidos, encontrando a oportunidade de formar vínculos
sociais e culturais propiciando-lhes um novo formato de construção do conhecimento. O
desafio que se coloca hoje para a escola é compreender essas transformações advindas do
ciberespaço, desenvolvendo novas práticas educacionais, para essa nova geração que se utiliza
das redes sociais para exercer suas identidades assumidas na internet na forma de avatares,
coexistindo nos corpos e representações dos alunos.
A imersão dos jovens na esfera midiática digital possibilita o alargamento dos espaços
de aquisição dos saberes. Professores e livros disputam a atenção dos alunos que vivem às
voltas com múltiplos espaços de relacionamentos e aprendizagens. Cabe ao professor utilizar-
se das mídias sociais digitais como ferramenta de ensino-aprendizagem, facilitando a
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Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275
interação entre aprendizes e professores, favorecendo, assim, a construção do conhecimento
individual e coletivo.
O uso de tais ferramentas, fundamentam-se intensamente no paradigma que tanto
buscamos para a educação: é preciso aprender a aprender, onde o passo mais importante é
experimentar em si mesmo o paradigma que norteia suas ações com os alunos. Entretanto, a
questão mais importante para o professor não é “como usar as ferramentas”, mas sim “para
qual propósito pedagógico usá-las”. Como utilizar-se de tais ferramentas para interagir de
forma eficiente com os alunos, usando todos os seus recursos e possibilidades para o
estreitamento dos laços entre professores e alunos, promovendo uma melhoria da
comunicação entre ambos, contribuindo assim para um processo de ensino-aprendizagem
mais eficiente e proveitoso para ambos?
Portanto, torna-se imprescindível realizar pesquisas acerca das possibilidades, de uso
das redes sociais digitais no contexto educacional, apresentando alternativas viáveis para seu
uso e avaliando as possibilidades e perspectivas das mídias sociais como ferramentas de
apoio nos processos de ensino aprendizagem.
O presente artigo tem por objetivo trazer uma discussão teórica sobre as possibilidades
e perspectivas do uso das mídias sociais digitais nos processos de ensino-aprendizagem.
Tendo como proposta criar um novo formato de educação, mais atual e que proporcione uma
maior integração entre alunos e professores, tornando o processo de aprendizagem seja mais
humano.
A descoberta dessas novas possibilidades e perspectivas propiciará aos educadores
criar um novo formato de educação, mais atual que proporcionará uma maior integração com
os alunos. Dessa forma poderemos utilizar as novas tecnologias para fazer com que o
processo de aprendizagem seja mais humano.
Educação e processo de ensino-aprendizagem no século XXI
O uso de tecnologias nas salas de aula não pode se fundamentar apenas no uso do
computador e da internet como solução para inserir a educação no século XXI. O
computador, ligado à internet, é um importante suporte de informação, mas não podemos
solucionar todos os problemas pedagógicos pelo simples fato de termos essas ferramentas. A
transformação está no uso que atribuímos a elas. Devemos, acima de tudo, incentivar a
renovação de métodos de ensino e a ruptura com velhos métodos resistentes e inflexíveis. A
educação inclusive no que tange ao verdadeiro papel da tecnologia da informação nesse
processo.
A internet acabou com o gueto do conhecimento e o professor não é mais o detentor
do conhecimento total, mas sim, um mediador na busca e construção do conhecimento e um
estimulador do aprendizado. O conhecimento estará nas mãos daqueles que forem curiosos,
criativos e instigadores, dispostos a discutir novas questões e não aqueles que simplesmente
acumulam informações.
A geração do século XXI nasce imersa na cibercultura e é inegável o interesse dos
alunos pela tecnologia e redes sociais, cabe aos professores encarar essa nova realidade e
adequar-se a ela, para que os processos de ensino-aprendizagem sejam mais efetivos e
eficientes. O papel do novo professor não é meramente o de transmitir informações, mas o
de estimular o aluno a pensar e a construir seu próprio conhecimento, a partir de suas
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Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275
vivências. O papel da escola, por sua vez, é trabalhar na formação intelectual dos alunos,
preparando-os para o convívio e atuação social e para o mercado de trabalho.
A internet é recurso que está presente em quase todas as atividades humanas e
produtivas e é inconcebível não abrir espaço para ela nas atividades pedagógicas. As
tecnologias mudaram a forma de Ser e Estar no mundo. Cada vez mais cedo, as redes sociais
digitais passam a fazer parte do cotidiano dos jovens e essa é uma realidade imutável. Mais
do que meio de entretenimento, as redes sociais digitais podem se tornar ferramentas de
interação valiosas para auxiliar o trabalho do professor em sala de aula, desde que bem
utilizadas. As mídias sociais podem se tornar espaços pedagógicos que se abrem como
possibilidades para mediar o conhecimento, permitindo que os alunos o construam a partir
do seu universo particular e por meio da interação com os professores e colegas, descobrindo
o mundo e descobrindo-se dentro dele.
É verdade que o professor pode trabalhar, e muito bem, sem empregar a tecnologia, da
mesma forma que pode ensinar sem recorrer a vídeos, projetores de slides, livros e até mesmo
sem os velhos giz e lousa. Não obstante, a verdadeira questão não se resume em “o que se
pode fazer sem os computadores”, mas em “o que se pode fazer com os computadores”. O
grande desafio das escolas é enfrentar o paradigma da comunicação em rede, que questiona a
própria estrutura do conhecimento e o modo como a escola trabalha.
As novas formas de conhecimento devem levar em conta o modo como o cérebro
humano se modificará em função das novas tecnologias de comunicação e informação, para
tanto devemos analisar novos termos como “cérebro global”, “cérebro social” e “inteligência
coletiva”, termos cada vez mais difundidos nos meios científicos e educacionais.
Cibercultura e inteligência coletiva
A cada dia exige-se novas habilidades intelectuais para a construção do conhecimento,
tais como relacionar, verificar, desmembrar, separar, reunir, diferenciar. SPIVACK (2010),
especula que a web seria uma nova camada no cérebro humano – o metacórtex – e que essa
camada digital e social transcende o cérebro individual, funcionando como um “cérebro
global” que se conecta a todos os outros cérebros. Diversas áreas do conhecimento pesquisam
como o cérebro individual evoluirá em função do cérebro social e vice-versa, os impactos
destas transformações e suas implicações em como as pessoas vivem e se relacionam, bem
como constroem seu conhecimento.
LÉVY (2000), apresenta o ciberespaço como um lugar que propicia tais interações do
conhecimento, demonstrando que cada indivíduo é valorizado por suas potencialidades,
formando assim uma inteligência coletiva. Pensar o ciberespaço como um espaço de
construção coletiva, remete ao conceito de inteligência coletiva. Para o autor, os mundos
virtuais trazem consigo maneiras de perceber, sentir, lembrar, trabalhar e estar junto,
colocando as inteligências em comunicação e acompanhando as navegações dos indivíduos e
dos grupos no conhecimento coletivo. Demonstrando que a inteligência coletiva consiste em
uma inteligência distribuída e coordenada em tempo real, que pressupõe um sujeito
transpessoal, uma sociedade anônima para qual cada acionista traz como capital seus
conhecimentos, navegações, capacidade para aprender e ensinar.
No mundo atual, as ideias são o capital mais importante e que só pode ser adquirido
quando as pessoas pensam em conjunto, afirma LÉVY (2000). Para tanto, é necessária a
produção de três capitais:
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Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275
1. Técnico, que dá suporte estrutural à construção das ideias e pode ser
exemplificado pelas estradas, prédios, meios de comunicação (coisa);
2. Cultural, mais abstrato, representado pelo conhecimento registrado em livros,
enciclopédias, na World Wide Web (signo);
3. Social, que corresponde ao vínculo entre pessoas e grau de cooperação entre
elas (cognição).
O capital técnico gera as condições necessárias para a disseminação dos capitais
cultural e social que, por sua vez, criam o capital intelectual, ou seja, todas as ideias
inventadas e depreendidas pela população e que, uma vez expostas, passam ao
domínio público. Esse capital, enfim, é o núcleo de toda a inteligência coletiva. O
papel da internet é fundamental para o funcionamento desse sistema. “O ciberespaço é
a principal fonte para a criação coletiva de ideias, de forma que elas sejam usadas para
o bem comum, por meio da cooperação intelectual, conclui LÉVY (2003) ”.
O ciberespaço é a maior expressão da tecnodemocracia, pois permite a cada pessoa a
liberdade de manifestação direta e sem intermediários de suas opiniões, favorecendo o
crescimento individual e coletivo de todos, uma vez que os conhecimentos podem ser
transmitidos por meio dele. Sendo assim, a cibercultarura se viabiliza por meio das
interações humanas que o ciberespaço inaugura, pois, a fluidez e dinamismo das alterações
de saberes que a mesma proporciona e comporta somente pode existir quando vinculados a
forma de manifestação de saberes sustentados pelo ciberespaço.
A construção dos saberes não é apenas uma questão de fundir inteligências
individuais, não é caso de soma de “um processo de crescimento, de diferenciação e de
retomada reciproca das singularidades”. É uma questão de retroalimentação entre o
ciberespaço enquanto suporte, enquanto via de acesso e contatos, e a inteligência coletiva,
afirma LÉVY (2000).
Segundo o autor, a inteligência coletiva liga-se ao ciberespaço para seu
desenvolvimento, e é a base da cibercultura que emerge dos espaços virtuais de
relacionamentos. É, portanto, uma fonte de relacionamento em desenvolvimento, que prevê a
cooperação intelectual dos seres humanos no sentido de a conhecer e ampliar saberes.
Considerando que todas as pessoas são portadoras de saberes, o ciberespaço é palco para a
manifestação da inteligência coletiva, capaz de comportar tecnologias que favorecem o
processo de obtenção de saberes, “amplificando e modificando numerosas funções
cognitivas” entre elas simulações, experimentações em tentativas e erro, raciocínio,
memoria, utilizando para tanto a internet como veículo de transmissão de informação e na
geração do conhecimento.
No que tange ao conhecimento, PIAGET (1977), fundamenta-se na premissa de que a
capacidade de conhecer é fruto do desenvolvimento entre os sujeitos cognoscentes e objetos
cognoscentes e da cooperação por operações – ações e pensamentos – de correspondência,
reciprocidade e/ou complementaridade entre os indivíduos, com consentimento mútuo. A
cooperação, para Piaget, pode ser interpretada como tendo a função de um método
homeostático de equilibração/reequilibração do ambiente de ensino- aprendizagem e de
formação do conhecimento. O autor considera, ainda, que alguns conhecimentos só podem
ser obtidos por meio do contato direto da pessoa com os dados do mundo empírico. Sem
vontade e sem iniciativa para desvendar e descobrir não há conhecimento.
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Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275
Aprendizagem colaborativa em um paradigma emergente
Ambientes colaborativos são espaços online que visam facilitar a colaboração e o
trabalho em grupos. Nesse tipo de ambiente, a interação acontece independentemente de onde
os alunos estejam, neste contexto podemos nos utilizar das redes sociais, tendo em vista que a
grande maioria dos alunos já estão familiarizados com ela e a usam constantemente.
A imersão dos jovens na esfera midiática digital possibilita o alargamento dos espaços
de aquisição dos saberes. Professores e livros disputam a atenção dos alunos que vivem às
voltas com múltiplos espaços de relacionamentos e aprendizagens. Cabe ao professor
utilizar-se das mídias sociais digitais como ferramenta de ensino-aprendizagem, facilitando a
interação entre aprendizes e professores, favorecendo, assim, a construção do conhecimento
individual e coletivo.
Possibilidades e perspectivas do uso das mídias sociais digitais nos processos de ensino-
aprendizagem
É de suma importância avaliar as características pessoais do aluno – seus interesses,
sua personalidade e seus conhecimentos cotidianos. O contato do professor com os alunos
nas redes sociais, por meio de mídias sociais como o Facebook, ajuda a conhecê-los melhor,
conhecendo-os fora do ambiente escolar, na sua individualidade, o que lhe possibilitará
planejar suas aulas a partir do universo de seus alunos, preparando aulas mais focadas e
interessantes, facilitando a aprendizagem.
A colaboração entre os alunos nas mídias sociais proporciona o aprendizado fora da
sala de aula e contribui para a construção conjunta do conhecimento, pois, se mostram bons
espaços para compartilhar materiais multimídia: notícias jornalísticas, artigos de revistas,
vídeos, músicas, trechos de filmes, e materiais produzidos por eles próprios, que envolvam o
conteúdo dado em sala de aula.
O professor precisa apontar novos sentidos para o “fazer” dos alunos, deixando de ser
um “selecionador” para ser um “organizador” do conhecimento e da aprendizagem do aluno,
tornando-se um eterno aprendiz, um construtor de sentidos, um cooperador e, sobretudo, um
organizador da aprendizagem.
O aluno precisa perceber a relação entre o que ele está aprendendo e o legado da
humanidade. Quando não percebe essa ligação não vê sentido no que está aprendendo,
tornando-se indiferente ao que está sendo ensinado.
Lev Vygotsky (1988), afirma em sua abordagem histórico-cultural que a relação entre
o homem e o meio é sempre mediada por produtos culturais humanos, as redes sociais
digitais são um exemplo claro da importância da interação entre pares, alcançando
proporções inimagináveis, antes do advento da internet.
Considerações finais
As teorias de Vygotsky e Piaget, aliadas as de Lévy, compõem um quadro bastante
favorável a afirmação de que o papel das mídias sociais como Facebook, Youtube e Twitter,
é uma proposta interessante como ferramentas nos novos processos de ensino-aprendizagem
da educação do século XXI.
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Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275
A partir desta perspectiva, abre aos educadores um novo campo para discussão de
propostas que utilizem as mídias digitais, como redes sociais educativas para disseminação do
conhecimento coletivo, quebrando paradigmas e propondo novas formas de ensino-
aprendizagem.
Referências
AMIDIANSKI, Viviane Neco. Crianças e novas mídias, um ensaio sobre a
contemporaneidade. Porto Alegre, 2010.
BABIN, Pierre; KOULOUMDJIAN, Marie-France. Os novos modos de compreender: a
geração audiovisual e do computador. São Paulo: Paulinas, 1989.
BEHRENS, Maria Aparecida. Formação continuada e pratica pedagógica. Curitiba:
Champagnat, 1996ª.
CARDOSO, Clodoaldo Meneguello. A canção da inteireza. Uma nova visão holística da
educação. São Paulo: Sumus, 1995
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: a era da informação – economia, sociedade e
cultura – Vol. 1. São Paulo: Paz & Terra, 2009.
Comitê Gestor da Internet no Brasil. Dados sobre internet no Brasil no ano de 2011.
http://op.ceptro.br/cgi-bin/cetic/tic-educacao-2011.pdf. Acessado em 20/03/2013 às 21:13.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
GABRIEL, Martha. Marketing na era digital. São Paulo: Novatec Editora, 2010.
GARDNER, Howard. Estruturas da mente: A teoria das inteligências multilas. Porto
Alegre: Artes Medicas, 1994.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. São Paulo: Objetiva, 1996.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: Editora 34, 2008.
______ A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola,
2000.
______ As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 1.
Ed. Lisboa: Instituto Piaget, 1992.
MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus,
1997.
PIAGET, Jean. O desenvolvimento do pensamento: equilibração das estruturas
cognitivas. Lisboa: Dom Quixote, 1977
PRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. In: E- Compôs, Brasília,
v. 9, p. 1-21, 2007. Disponível em: http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/web2.pdf. Acesso em:
20/12/2012.
17
Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275
PEREIRA, Isabel C. Aules. O tempo e o espaço na sociedade da tecnologia e implicações
no ensinar e aprender. In: SANTOS, Jocyléia Santana dos. (Org.). Competências
interdisciplinares. São Paulo: Xamã, 2009
SPIVACK, Nova. A new layer of the brain is evolving the metacortex (2010). Disponível
em: <http://www.novaspivack.com/web-3-0/a-new-layer-of-the-brain-is- evolving-the-
metacortex>
VIEGAS, Waldyr. Fundamentos lógicos da metodologia científica. Brasília: Editora UnB,
2007.
VYGOTSKY, Lev. S. Linguagem do desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone,
1988.

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Possibilidades e perspectivas do uso das mídias sociais na aprendizagem

  • 1. 11 Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275 POSSIBILIDADES E PERSPECTIVAS DO USO DAS MÍDIAS SOCIAIS DIGITAIS NOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM. Giorgia Barreto Lima Parrião Resumo: O advento e a expansão das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nos trouxe diversos benefícios e facilidades, principalmente no que se refere ao acesso à informação. Entretanto, poucos educadores se utilizam dessas ferramentas em seus processos de ensino aprendizagem, é necessário que o novo educador, esteja aberto para conhecer e utilizar as ferramentas tecnológicas disponíveis que possam facilitar o processo ensino- aprendizagem, propiciando aos alunos tenham uma aprendizagem mais efetiva e eficaz. O presente artigo pretende analisar e discutir a inserção das TICs na educação e as possibilidades e perspectivas do uso das mídias sociais digitais nos processos de ensino- aprendizagem. Palavras-Chave: Mídias digitais, Redes sociais, Inteligência coletiva, Ensino-aprendizagem, Educação. Introdução A autonomia discente e o dialogo aluno-professor são dois pilares da boa aprendizagem, entretanto esse diálogo nem sempre é eficiente pelo simples fato de que os professores e os formatos educacionais continuam utilizando-se dos métodos de ensino do século IXX, enquanto os aprendizes vivem e constroem seus conhecimentos no século XXI. Entre professores e alunos há uma lacuna de dois séculos, o que torna esse diálogo, e consequentemente, uma aprendizagem deficiente. O advento e a expansão das novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) nos trouxe diversos benefícios e facilidades, principalmente no que se refere à publicação e ao acesso a informações principalemente por meio da internet.Todavia, para que é necessário que o novo educador, esteja aberto para conhecer e utilizar as ferramentas tecnológicas disponíveis que possam facilitar o processo ensino-aprendizagem. Enquanto alguns professores ainda desenterram velhas desculpas para não utilizarem os computadores e a internet como ferramentas úteis no processo de ensino-aprendizagem, outros já se lançam ferramentas que contribuam para que os alunos tenham uma aprendizagem mais efetiva e eficaz, utilizando-se das características destes meios. Em sua versão 2.0, a internet apresenta-nos práticas digitais que possibilitam aos jovens um espaço de visibilidade, de sua constituição como sujeitos, que conectados em rede, exercem o direito de serem vistos e ouvidos, encontrando a oportunidade de formar vínculos sociais e culturais propiciando-lhes um novo formato de construção do conhecimento. O desafio que se coloca hoje para a escola é compreender essas transformações advindas do ciberespaço, desenvolvendo novas práticas educacionais, para essa nova geração que se utiliza das redes sociais para exercer suas identidades assumidas na internet na forma de avatares, coexistindo nos corpos e representações dos alunos. A imersão dos jovens na esfera midiática digital possibilita o alargamento dos espaços de aquisição dos saberes. Professores e livros disputam a atenção dos alunos que vivem às voltas com múltiplos espaços de relacionamentos e aprendizagens. Cabe ao professor utilizar- se das mídias sociais digitais como ferramenta de ensino-aprendizagem, facilitando a
  • 2. 12 Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275 interação entre aprendizes e professores, favorecendo, assim, a construção do conhecimento individual e coletivo. O uso de tais ferramentas, fundamentam-se intensamente no paradigma que tanto buscamos para a educação: é preciso aprender a aprender, onde o passo mais importante é experimentar em si mesmo o paradigma que norteia suas ações com os alunos. Entretanto, a questão mais importante para o professor não é “como usar as ferramentas”, mas sim “para qual propósito pedagógico usá-las”. Como utilizar-se de tais ferramentas para interagir de forma eficiente com os alunos, usando todos os seus recursos e possibilidades para o estreitamento dos laços entre professores e alunos, promovendo uma melhoria da comunicação entre ambos, contribuindo assim para um processo de ensino-aprendizagem mais eficiente e proveitoso para ambos? Portanto, torna-se imprescindível realizar pesquisas acerca das possibilidades, de uso das redes sociais digitais no contexto educacional, apresentando alternativas viáveis para seu uso e avaliando as possibilidades e perspectivas das mídias sociais como ferramentas de apoio nos processos de ensino aprendizagem. O presente artigo tem por objetivo trazer uma discussão teórica sobre as possibilidades e perspectivas do uso das mídias sociais digitais nos processos de ensino-aprendizagem. Tendo como proposta criar um novo formato de educação, mais atual e que proporcione uma maior integração entre alunos e professores, tornando o processo de aprendizagem seja mais humano. A descoberta dessas novas possibilidades e perspectivas propiciará aos educadores criar um novo formato de educação, mais atual que proporcionará uma maior integração com os alunos. Dessa forma poderemos utilizar as novas tecnologias para fazer com que o processo de aprendizagem seja mais humano. Educação e processo de ensino-aprendizagem no século XXI O uso de tecnologias nas salas de aula não pode se fundamentar apenas no uso do computador e da internet como solução para inserir a educação no século XXI. O computador, ligado à internet, é um importante suporte de informação, mas não podemos solucionar todos os problemas pedagógicos pelo simples fato de termos essas ferramentas. A transformação está no uso que atribuímos a elas. Devemos, acima de tudo, incentivar a renovação de métodos de ensino e a ruptura com velhos métodos resistentes e inflexíveis. A educação inclusive no que tange ao verdadeiro papel da tecnologia da informação nesse processo. A internet acabou com o gueto do conhecimento e o professor não é mais o detentor do conhecimento total, mas sim, um mediador na busca e construção do conhecimento e um estimulador do aprendizado. O conhecimento estará nas mãos daqueles que forem curiosos, criativos e instigadores, dispostos a discutir novas questões e não aqueles que simplesmente acumulam informações. A geração do século XXI nasce imersa na cibercultura e é inegável o interesse dos alunos pela tecnologia e redes sociais, cabe aos professores encarar essa nova realidade e adequar-se a ela, para que os processos de ensino-aprendizagem sejam mais efetivos e eficientes. O papel do novo professor não é meramente o de transmitir informações, mas o de estimular o aluno a pensar e a construir seu próprio conhecimento, a partir de suas
  • 3. 13 Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275 vivências. O papel da escola, por sua vez, é trabalhar na formação intelectual dos alunos, preparando-os para o convívio e atuação social e para o mercado de trabalho. A internet é recurso que está presente em quase todas as atividades humanas e produtivas e é inconcebível não abrir espaço para ela nas atividades pedagógicas. As tecnologias mudaram a forma de Ser e Estar no mundo. Cada vez mais cedo, as redes sociais digitais passam a fazer parte do cotidiano dos jovens e essa é uma realidade imutável. Mais do que meio de entretenimento, as redes sociais digitais podem se tornar ferramentas de interação valiosas para auxiliar o trabalho do professor em sala de aula, desde que bem utilizadas. As mídias sociais podem se tornar espaços pedagógicos que se abrem como possibilidades para mediar o conhecimento, permitindo que os alunos o construam a partir do seu universo particular e por meio da interação com os professores e colegas, descobrindo o mundo e descobrindo-se dentro dele. É verdade que o professor pode trabalhar, e muito bem, sem empregar a tecnologia, da mesma forma que pode ensinar sem recorrer a vídeos, projetores de slides, livros e até mesmo sem os velhos giz e lousa. Não obstante, a verdadeira questão não se resume em “o que se pode fazer sem os computadores”, mas em “o que se pode fazer com os computadores”. O grande desafio das escolas é enfrentar o paradigma da comunicação em rede, que questiona a própria estrutura do conhecimento e o modo como a escola trabalha. As novas formas de conhecimento devem levar em conta o modo como o cérebro humano se modificará em função das novas tecnologias de comunicação e informação, para tanto devemos analisar novos termos como “cérebro global”, “cérebro social” e “inteligência coletiva”, termos cada vez mais difundidos nos meios científicos e educacionais. Cibercultura e inteligência coletiva A cada dia exige-se novas habilidades intelectuais para a construção do conhecimento, tais como relacionar, verificar, desmembrar, separar, reunir, diferenciar. SPIVACK (2010), especula que a web seria uma nova camada no cérebro humano – o metacórtex – e que essa camada digital e social transcende o cérebro individual, funcionando como um “cérebro global” que se conecta a todos os outros cérebros. Diversas áreas do conhecimento pesquisam como o cérebro individual evoluirá em função do cérebro social e vice-versa, os impactos destas transformações e suas implicações em como as pessoas vivem e se relacionam, bem como constroem seu conhecimento. LÉVY (2000), apresenta o ciberespaço como um lugar que propicia tais interações do conhecimento, demonstrando que cada indivíduo é valorizado por suas potencialidades, formando assim uma inteligência coletiva. Pensar o ciberespaço como um espaço de construção coletiva, remete ao conceito de inteligência coletiva. Para o autor, os mundos virtuais trazem consigo maneiras de perceber, sentir, lembrar, trabalhar e estar junto, colocando as inteligências em comunicação e acompanhando as navegações dos indivíduos e dos grupos no conhecimento coletivo. Demonstrando que a inteligência coletiva consiste em uma inteligência distribuída e coordenada em tempo real, que pressupõe um sujeito transpessoal, uma sociedade anônima para qual cada acionista traz como capital seus conhecimentos, navegações, capacidade para aprender e ensinar. No mundo atual, as ideias são o capital mais importante e que só pode ser adquirido quando as pessoas pensam em conjunto, afirma LÉVY (2000). Para tanto, é necessária a produção de três capitais:
  • 4. 14 Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275 1. Técnico, que dá suporte estrutural à construção das ideias e pode ser exemplificado pelas estradas, prédios, meios de comunicação (coisa); 2. Cultural, mais abstrato, representado pelo conhecimento registrado em livros, enciclopédias, na World Wide Web (signo); 3. Social, que corresponde ao vínculo entre pessoas e grau de cooperação entre elas (cognição). O capital técnico gera as condições necessárias para a disseminação dos capitais cultural e social que, por sua vez, criam o capital intelectual, ou seja, todas as ideias inventadas e depreendidas pela população e que, uma vez expostas, passam ao domínio público. Esse capital, enfim, é o núcleo de toda a inteligência coletiva. O papel da internet é fundamental para o funcionamento desse sistema. “O ciberespaço é a principal fonte para a criação coletiva de ideias, de forma que elas sejam usadas para o bem comum, por meio da cooperação intelectual, conclui LÉVY (2003) ”. O ciberespaço é a maior expressão da tecnodemocracia, pois permite a cada pessoa a liberdade de manifestação direta e sem intermediários de suas opiniões, favorecendo o crescimento individual e coletivo de todos, uma vez que os conhecimentos podem ser transmitidos por meio dele. Sendo assim, a cibercultarura se viabiliza por meio das interações humanas que o ciberespaço inaugura, pois, a fluidez e dinamismo das alterações de saberes que a mesma proporciona e comporta somente pode existir quando vinculados a forma de manifestação de saberes sustentados pelo ciberespaço. A construção dos saberes não é apenas uma questão de fundir inteligências individuais, não é caso de soma de “um processo de crescimento, de diferenciação e de retomada reciproca das singularidades”. É uma questão de retroalimentação entre o ciberespaço enquanto suporte, enquanto via de acesso e contatos, e a inteligência coletiva, afirma LÉVY (2000). Segundo o autor, a inteligência coletiva liga-se ao ciberespaço para seu desenvolvimento, e é a base da cibercultura que emerge dos espaços virtuais de relacionamentos. É, portanto, uma fonte de relacionamento em desenvolvimento, que prevê a cooperação intelectual dos seres humanos no sentido de a conhecer e ampliar saberes. Considerando que todas as pessoas são portadoras de saberes, o ciberespaço é palco para a manifestação da inteligência coletiva, capaz de comportar tecnologias que favorecem o processo de obtenção de saberes, “amplificando e modificando numerosas funções cognitivas” entre elas simulações, experimentações em tentativas e erro, raciocínio, memoria, utilizando para tanto a internet como veículo de transmissão de informação e na geração do conhecimento. No que tange ao conhecimento, PIAGET (1977), fundamenta-se na premissa de que a capacidade de conhecer é fruto do desenvolvimento entre os sujeitos cognoscentes e objetos cognoscentes e da cooperação por operações – ações e pensamentos – de correspondência, reciprocidade e/ou complementaridade entre os indivíduos, com consentimento mútuo. A cooperação, para Piaget, pode ser interpretada como tendo a função de um método homeostático de equilibração/reequilibração do ambiente de ensino- aprendizagem e de formação do conhecimento. O autor considera, ainda, que alguns conhecimentos só podem ser obtidos por meio do contato direto da pessoa com os dados do mundo empírico. Sem vontade e sem iniciativa para desvendar e descobrir não há conhecimento.
  • 5. 15 Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275 Aprendizagem colaborativa em um paradigma emergente Ambientes colaborativos são espaços online que visam facilitar a colaboração e o trabalho em grupos. Nesse tipo de ambiente, a interação acontece independentemente de onde os alunos estejam, neste contexto podemos nos utilizar das redes sociais, tendo em vista que a grande maioria dos alunos já estão familiarizados com ela e a usam constantemente. A imersão dos jovens na esfera midiática digital possibilita o alargamento dos espaços de aquisição dos saberes. Professores e livros disputam a atenção dos alunos que vivem às voltas com múltiplos espaços de relacionamentos e aprendizagens. Cabe ao professor utilizar-se das mídias sociais digitais como ferramenta de ensino-aprendizagem, facilitando a interação entre aprendizes e professores, favorecendo, assim, a construção do conhecimento individual e coletivo. Possibilidades e perspectivas do uso das mídias sociais digitais nos processos de ensino- aprendizagem É de suma importância avaliar as características pessoais do aluno – seus interesses, sua personalidade e seus conhecimentos cotidianos. O contato do professor com os alunos nas redes sociais, por meio de mídias sociais como o Facebook, ajuda a conhecê-los melhor, conhecendo-os fora do ambiente escolar, na sua individualidade, o que lhe possibilitará planejar suas aulas a partir do universo de seus alunos, preparando aulas mais focadas e interessantes, facilitando a aprendizagem. A colaboração entre os alunos nas mídias sociais proporciona o aprendizado fora da sala de aula e contribui para a construção conjunta do conhecimento, pois, se mostram bons espaços para compartilhar materiais multimídia: notícias jornalísticas, artigos de revistas, vídeos, músicas, trechos de filmes, e materiais produzidos por eles próprios, que envolvam o conteúdo dado em sala de aula. O professor precisa apontar novos sentidos para o “fazer” dos alunos, deixando de ser um “selecionador” para ser um “organizador” do conhecimento e da aprendizagem do aluno, tornando-se um eterno aprendiz, um construtor de sentidos, um cooperador e, sobretudo, um organizador da aprendizagem. O aluno precisa perceber a relação entre o que ele está aprendendo e o legado da humanidade. Quando não percebe essa ligação não vê sentido no que está aprendendo, tornando-se indiferente ao que está sendo ensinado. Lev Vygotsky (1988), afirma em sua abordagem histórico-cultural que a relação entre o homem e o meio é sempre mediada por produtos culturais humanos, as redes sociais digitais são um exemplo claro da importância da interação entre pares, alcançando proporções inimagináveis, antes do advento da internet. Considerações finais As teorias de Vygotsky e Piaget, aliadas as de Lévy, compõem um quadro bastante favorável a afirmação de que o papel das mídias sociais como Facebook, Youtube e Twitter, é uma proposta interessante como ferramentas nos novos processos de ensino-aprendizagem da educação do século XXI.
  • 6. 16 Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275 A partir desta perspectiva, abre aos educadores um novo campo para discussão de propostas que utilizem as mídias digitais, como redes sociais educativas para disseminação do conhecimento coletivo, quebrando paradigmas e propondo novas formas de ensino- aprendizagem. Referências AMIDIANSKI, Viviane Neco. Crianças e novas mídias, um ensaio sobre a contemporaneidade. Porto Alegre, 2010. BABIN, Pierre; KOULOUMDJIAN, Marie-France. Os novos modos de compreender: a geração audiovisual e do computador. São Paulo: Paulinas, 1989. BEHRENS, Maria Aparecida. Formação continuada e pratica pedagógica. Curitiba: Champagnat, 1996ª. CARDOSO, Clodoaldo Meneguello. A canção da inteireza. Uma nova visão holística da educação. São Paulo: Sumus, 1995 CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: a era da informação – economia, sociedade e cultura – Vol. 1. São Paulo: Paz & Terra, 2009. Comitê Gestor da Internet no Brasil. Dados sobre internet no Brasil no ano de 2011. http://op.ceptro.br/cgi-bin/cetic/tic-educacao-2011.pdf. Acessado em 20/03/2013 às 21:13. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975. GABRIEL, Martha. Marketing na era digital. São Paulo: Novatec Editora, 2010. GARDNER, Howard. Estruturas da mente: A teoria das inteligências multilas. Porto Alegre: Artes Medicas, 1994. GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional. São Paulo: Objetiva, 1996. LÉVY, Pierre. Cibercultura. Rio de Janeiro: Editora 34, 2008. ______ A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola, 2000. ______ As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. 1. Ed. Lisboa: Instituto Piaget, 1992. MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 1997. PIAGET, Jean. O desenvolvimento do pensamento: equilibração das estruturas cognitivas. Lisboa: Dom Quixote, 1977 PRIMO, Alex. O aspecto relacional das interações na Web 2.0. In: E- Compôs, Brasília, v. 9, p. 1-21, 2007. Disponível em: http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/web2.pdf. Acesso em: 20/12/2012.
  • 7. 17 Periódico Científico Projeção e Docência | v.6, n.2, 2015 | ISSN: 2178-6275 PEREIRA, Isabel C. Aules. O tempo e o espaço na sociedade da tecnologia e implicações no ensinar e aprender. In: SANTOS, Jocyléia Santana dos. (Org.). Competências interdisciplinares. São Paulo: Xamã, 2009 SPIVACK, Nova. A new layer of the brain is evolving the metacortex (2010). Disponível em: <http://www.novaspivack.com/web-3-0/a-new-layer-of-the-brain-is- evolving-the- metacortex> VIEGAS, Waldyr. Fundamentos lógicos da metodologia científica. Brasília: Editora UnB, 2007. VYGOTSKY, Lev. S. Linguagem do desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1988.