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IMPRESSÕES
                                       TEMA LINGUAGEM


                                                          ANNA PAULA ROLIM DE LIMA
                                                                  ELAINE POPPI PASTORE
                                                  KELLY CRISTINA CORREIA DE BRITO



           Nosso segundo bloco de discussões apresentou a temática “Linguagem” pautada
nos textos “O desenvolvimento da linguagem” (In BONDIOLLI, 2005), “E por falar em
Literatura” (In CRAIDY, 2001) e “O brincar e a linguagem” (In FARIA, 2005).

            Desde o momento do nosso nascimento o mundo interage conosco e, pouco a
pouco, interagimos com ele. Essa interação se faz de diversas maneiras e uma delas, de suma
importância é, sem dúvida, a linguagem.

            Nesse sentido, sistematizar o estudo e a troca de experiências enriquece os
profissionais da educação, bem como beneficia a comunidade escolar que caminha para um
contínuo processo de aperfeiçoamento e aprendizagem.

            A criança nasce em um mundo onde estão presentes sistemas simbólicos diversos
socialmente elaborados, ressaltando a linguagem como um desses sistemas. Este perpassa as
atividades produzidas no ambiente humano em que a criança se desenvolve e permite-lhe
apropriar-se das experiências das pessoas com as quais convive, sendo então, uma construção
sócio histórica.

            Em nossa reflexão, os participantes que atuam com crianças de quatro meses a dois
anos notaram que, mesmo sem a fala completamente desenvolvida, as crianças observam,
apontam e, através de mímicas, balbucios e gritos “pedem” a intervenção dos adultos em
diversas situações. Elas têm sua própria forma de conversar, é como se ensaiassem um tipo de
comunicação não verbal, expressa através de choro e linguagem corporal, dando pistas aos
adultos para que eles ajam como “intérpretes” de suas vontades. Esses sinais comunicativos
modificam-se com o tempo, através de fases diferenciadas de desenvolvimento (In Lézine et al,
1975).

            As crianças buscam um processo de comunicação no qual são estimuladas a
desenvolver procedimentos que lhes permitem questionar o mundo e tornarem-se parte ativa
dele. Com base nisso, se apropriam progressivamente das regras de ação e de comunicação que
surgem ao seu redor, pondo-as em prática em seu dia-a-dia e em suas primeiras produções
verbais. Em seguida, interiorizam tais regras e elaboram uma linguagem interior constituída de
significações verbais contextualizadas e organizadas.

            Ao lermos constatamos que a interação entre as crianças e das crianças com os
adultos favorece o desenvolvimento de sua linguagem, uma vez que são menos centradas em si
mesmas valorizando e relacionando-se com o outro. As crianças maiores, muitas vezes, têm de
usar da linguagem corporal para demonstrar a ação esperada e, muitas vezes, instigam as
menores a estruturar seu pensamento e se comunicar verbalmente, mesmo que de maneira
primária e rudimentar.

            Ressaltamos ser de total relevância considerar as brincadeiras como parte
fundamental da vida das crianças e através desse momento lúdico o desenvolvimento da
linguagem ocorre de maneira espontânea e natural, tanto quanto comer, dormir, andar ou falar.
Basta observar um bebê nas diferentes fases de seu crescimento para confirmar tal fato: logo
que descobre as próprias mãos, começa a brincar com elas, a descoberta dos pés é outro
brinquedo fascinante, diverte-se com a voz quando balbucia os primeiros sons etc. É brincando
que a criança conhece a si e ao mundo e a linguagem vai sendo aprendida e não ensinada (In
Bruner, 1978). Assim, valorizar e estimular o desenvolvimento da linguagem através de
brincadeiras é fundamental nesta fase.

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Impressões "Linguagem"

  • 1. IMPRESSÕES TEMA LINGUAGEM ANNA PAULA ROLIM DE LIMA ELAINE POPPI PASTORE KELLY CRISTINA CORREIA DE BRITO Nosso segundo bloco de discussões apresentou a temática “Linguagem” pautada nos textos “O desenvolvimento da linguagem” (In BONDIOLLI, 2005), “E por falar em Literatura” (In CRAIDY, 2001) e “O brincar e a linguagem” (In FARIA, 2005). Desde o momento do nosso nascimento o mundo interage conosco e, pouco a pouco, interagimos com ele. Essa interação se faz de diversas maneiras e uma delas, de suma importância é, sem dúvida, a linguagem. Nesse sentido, sistematizar o estudo e a troca de experiências enriquece os profissionais da educação, bem como beneficia a comunidade escolar que caminha para um contínuo processo de aperfeiçoamento e aprendizagem. A criança nasce em um mundo onde estão presentes sistemas simbólicos diversos socialmente elaborados, ressaltando a linguagem como um desses sistemas. Este perpassa as atividades produzidas no ambiente humano em que a criança se desenvolve e permite-lhe apropriar-se das experiências das pessoas com as quais convive, sendo então, uma construção sócio histórica. Em nossa reflexão, os participantes que atuam com crianças de quatro meses a dois anos notaram que, mesmo sem a fala completamente desenvolvida, as crianças observam, apontam e, através de mímicas, balbucios e gritos “pedem” a intervenção dos adultos em diversas situações. Elas têm sua própria forma de conversar, é como se ensaiassem um tipo de comunicação não verbal, expressa através de choro e linguagem corporal, dando pistas aos adultos para que eles ajam como “intérpretes” de suas vontades. Esses sinais comunicativos modificam-se com o tempo, através de fases diferenciadas de desenvolvimento (In Lézine et al, 1975). As crianças buscam um processo de comunicação no qual são estimuladas a desenvolver procedimentos que lhes permitem questionar o mundo e tornarem-se parte ativa dele. Com base nisso, se apropriam progressivamente das regras de ação e de comunicação que surgem ao seu redor, pondo-as em prática em seu dia-a-dia e em suas primeiras produções verbais. Em seguida, interiorizam tais regras e elaboram uma linguagem interior constituída de significações verbais contextualizadas e organizadas. Ao lermos constatamos que a interação entre as crianças e das crianças com os adultos favorece o desenvolvimento de sua linguagem, uma vez que são menos centradas em si mesmas valorizando e relacionando-se com o outro. As crianças maiores, muitas vezes, têm de usar da linguagem corporal para demonstrar a ação esperada e, muitas vezes, instigam as
  • 2. menores a estruturar seu pensamento e se comunicar verbalmente, mesmo que de maneira primária e rudimentar. Ressaltamos ser de total relevância considerar as brincadeiras como parte fundamental da vida das crianças e através desse momento lúdico o desenvolvimento da linguagem ocorre de maneira espontânea e natural, tanto quanto comer, dormir, andar ou falar. Basta observar um bebê nas diferentes fases de seu crescimento para confirmar tal fato: logo que descobre as próprias mãos, começa a brincar com elas, a descoberta dos pés é outro brinquedo fascinante, diverte-se com a voz quando balbucia os primeiros sons etc. É brincando que a criança conhece a si e ao mundo e a linguagem vai sendo aprendida e não ensinada (In Bruner, 1978). Assim, valorizar e estimular o desenvolvimento da linguagem através de brincadeiras é fundamental nesta fase.