3. Provocações
O que é Alfabetização?
Alfabetização de começo Meio e Fim?
O que é Letramento?
Letramento tem começo tem meio e tem fim?
Um Individuo Alfabetizado é um individuo Letrado?
Um Individuo Letrado é um indivíduo Alfabetizado?
4. Breve História da Alfabetização e
A História da Alfabetização, em nosso país, foi centrada na História dos Métodos
de Alfabetização. A disputa entre esses métodos, que objetivavam efetivamente
garantir aos educandos a inserção no mundo da cultura letrada, produziram uma
gama de teorizações e tematizações acerca de estudos e de pesquisas a fim de
investigar essa problemática.
Desde o final do Século XIX, a dificuldade de nossas crianças para aprender a ler
e escrever, principalmente na escola pública, incitou debates e reflexões
buscando explicar e resolver esses entraves. As práticas de leitura e de escrita
ganharam mais forças no final desse século, principalmente a partir da
Proclamação da República.
5. A educação nesse período ganhou destaque como uma das utopias da
modernidade. Até então, nessa época, as práticas de leitura e escrita eram
restritas a poucos indivíduos nos ambientes privados do lar ou nas “escolas” do
império em suas “aulas régias”.
. Até o final do império, as “aulas régias” ofereciam condições precárias de
funcionamento e o ensino dependia muito do empenho dos professores e dos
alunos. Para a iniciação do ensino da leitura eram utilizadas as chamadas “cartas
de ABC” e os métodos de marcha sintética, ou método sintético (da “parte” para o
“todo”); da soletração (silábico), partindo dos nomes das letras; fônico (partindo
dos sons correspondentes às letras); e da silabação (emissão de sons), partindo
das sílabas.
6. Em 1876, em Portugal, foi publicada a Cartilha Maternal ou Arte da
Leitura, escrita por João de Deus, um poeta português. O conteúdo dessa
cartilha ficou conhecido como “método João de deus” e foi bastante difundido
principalmente a partir do início da década de 1880. O “método João de deus”,
também chamado de “método da palavração”, fundamentava-se nos princípios
da lingüística moderna da época e consistia em iniciar o ensino da leitura pela
palavra, para depois analisá-la a partir dos valores fonéticos.
7. Na primeira década republicana foi instituído o método analítico que
diferentemente dos métodos de marcha sintética, orientava que o ensino da
leitura deveria ser iniciado pelo “todo” para depois se analisar as partes que
constituem as palavras. Ainda nesse momento, já no final da década de 1920, o
termo “alfabetização” passou a ser usado para se referir ao ensino inicial da
leitura e da escrita.
8. A partir da segunda metade da década de 1920, passa-se a utilizar métodos
mistos ou ecléticos, chamados de analítico - sintético, ou vice-versa. Esses
métodos se estendem até aproximadamente o final da década de 1970.
Já no início da década de 1980, foi introduzido no Brasil, o pensamento
construtivista de alfabetização, fruto das pesquisas de Emília Ferreiro e Ana
Teberosky sobre a Psicogênese da Língua Escrita. O Construtivismo não se
constitui como um método, mas sim como uma desmetodização em que na
verdade, propõe-se uma nova forma de ver a alfabetização, como um mecanismo
processual e construtivo com etapas sucessivas e hipotéticas.
9. Nessa mesma época, foi constatado um número enorme de pessoas
“alfabetizadas”, mas consideradas como analfabetos funcionais, que são as
pessoas que decodificam os signos lingüísticos, mas não conseguem
compreender o que leram. Surge então o termo “letramento”. Estar letrado seria
então, a capacidade de ler, escrever e fazer uso desses conhecimentos em
situações reais do dia-a-dia. Alfabetizar letrando é de fundamental importância,
pois garante uma aprendizagem muito mais significativa, afinal como afirma
Soares (2004):
10. Alfabetizar letrando ou letrar alfabetizando pela integração e pela articulação das
várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita é sem
dúvida o caminho para superação dos problemas que vimos enfrentando nessa
etapa da escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar esta
ou aquela faceta como se fez no passado, como se faz hoje, sempre resultando
no reiterado fracasso da escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo ao
mundo da escrita.
12. Autoras:
Emilia Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de
Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia
genética (uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da
criança) ela continuou estudando um campo que o mestre não havia explorado: a
escrita. A partir de 1974, Emilia desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma
série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas
em seu livro, Psicogênese da Língua Escrita, assinado em parceria com a
pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979.
13. Emilia é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do
Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora. Além da
atividade de professora - que exerce também viajando pelo mundo, incluindo
frequentes visitas ao Brasil, Emilia Ferreiro se tornou uma espécie de referência
para o ensino brasileiro e seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, campo
de estudo inaugurado pelas descobertas a que chegou o biólogo suíço Jean
Piaget (1896-1980) na investigação dos processos de aquisição e elaboração de
conhecimento pela criança - ou seja, o modo que ela aprende. As pesquisas de
Emilia Ferreiro, que estudou e trabalhou com Piaget, concentram o foco nos
mecanismos cognitivos relacionados à leitura e à escrita.
14. Ana Teberosky é uma das pesquisadoras mais respeitadas quando o tema é
alfabetização. A Psicogênese da Língua Escrita, estudo desenvolvido por ela e por
Emilia Ferreiro no final dos anos 1970, trouxe novos elementos para esclarecer o
processo vivido pelo aluno que está aprendendo a ler e a escrever.
15. Letramento
Processo de aprendizado do uso da tecnologia da língua escrita. Isto é, a criança
ou o adulto, pode utilizar recursos da língua escrita em momentos de fala, mesmo
antes de ser alfabetizada. Esse aprendido se dá a partir da convivência dos
indivíduos (crianças/adultos, crianças/crianças), com materiais escritos disponíveis
- livros, revistas, cartazes, rótulos de embalagens, entre outros -, e com as
práticas de leitura e de escrita da sociedade em que se inscrevem. Esse processo
acontece pela mediação de uma pessoa mais experiente através dos bens materiais
e simbólicos criados em sociedade.
18. Nível de Letramento.
Este, é determinado pela variedade de gêneros de textos escritos que a criança
ou adulto reconhece. A criança que vive em um ambiente em que se leêm livros,
jornais, revistas, bulas de renédios, enfim, e qualquer outro tipo de literatura
(ou, em que se conversa sobre o que se leu, ou mesmo, em que uns leêm para os
outros em voz alta, leêm para a criança enriquecendo com gestos e ilustrações),
o nível de letramento será superior ao de uma criança cujos pais não são
alfabetizados e não teve o privilégio de conviver com pessoas que pudessem
favorecer este contato com o mundo letrado.
20. Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 — Rio de
Janeiro, 17 de agosto de 1987) foi um poeta, contista ecronista brasileiro,
considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do século
XX.[1] Drummond foi um dos principais poetas da segunda geração
do Modernismo brasileiro.
Estátua de Carlos Drummond de Andrade
Monumento / Marco, Patrimônio Histórico e Vista Panorâmica · Copacabana
Av. Atlântica, 4110, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
.
21. Quem passa todo os dias pelo calçadão de Copacabana, nas imediações
do Posto 6, no Rio de Janeiro, já se acostumou com a silhueta de um velhinho
que desde que ali chegou, nos idos de 30 de outubro de 2002, nunca mais
abandonou a postura circunspecta e contemplativa.
Carlos Drummond de Andrade, ali imortalizado pelas mãos do mineiro Leo
Santana, foi lavrado em bronze com tal maestria que hoje é um verdadeiro
chamariz de turistas e curiosos. É comum ver filas de pessoas que ao lado dela
se sentam para tirar fotos, conversar, ou simplesmente olhar a paisagem fazendo
companhia ao taciturno poeta.
A estátua pesa cerca de 150 quilos, foi feita para retratar um momento rotineiro
da vida de Drummond, a partir de registro fotográfico feito por Rogério Reis. Sua
inauguração se deu em meio às homenagens ao do poeta que, embora mineiro,
passou parte significativa de sua vida no Rio de Janeiro.