Economia, sociedade e cultura em Portugal no século XIII
1. 6 AULA DE REVISÕES
PORTUGAL NO SÉCULO XIII – ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA
2. 6 AULA DE REVISÕES | PORTUGAL NO SÉCULO XIII – ECONOMIA, SOCIEDADE E CULTURA
OS RECURSOS NATURAIS E AS ATIVIDADES ECONÓMICAS
No século XIII, a população portuguesa dedicava-se principalmente às
seguintes atividades económicas: agricultura, pecuária, pesca,
salicultura, artesanato e comércio.
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OS RECURSOS NATURAIS E AS ATIVIDADES ECONÓMICAS
AGRICULTURA E PECUÁRIA
A agricultura era a principal atividade
económica da população. Os reis
promoveram o aumento das áreas de cultivo,
através do aproveitamento de terrenos
aráveis e os baldios.
Na época, os instrumentos utilizados eram muito rudimentares e
simples.
Os camponeses estavam dependentes das condições climáticas e, por
essa razão, por vezes, faltavam alimentos e havia fomes.
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OS RECURSOS NATURAIS E AS ATIVIDADES ECONÓMICAS
AGRICULTURA E PECUÁRIA
A criação de animais (a pecuária) ajudava nos trabalhos agrícolas e
fornecia alimentos e matérias-primas.
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OS RECURSOS NATURAIS E AS ATIVIDADES ECONÓMICAS
PESCA E SALICULTURA
A pesca marítima (no mar) e fluvial (nos rios) eram atividades económicas
muito importantes para a população portuguesa.
A salicultura (extração de sal) era essencial para a conservação dos
alimentos.
A pesca do sável no rio Tejo (século XIV).
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OS RECURSOS NATURAIS E AS ATIVIDADES ECONÓMICAS
ARTESANATO E COMÉRCIO
A produção artesanal era assegurada
por artesãos, que faziam manualmente
os utensílios domésticos e o vestuário,
necessários à população.
O ferreiro.
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OS RECURSOS NATURAIS E AS ATIVIDADES ECONÓMICAS
ARTESANATO E COMÉRCIO
O comércio interno era praticado em feiras
cuja realização estava dependente de uma
autorização do rei, através da carta de
feira. As feiras podiam ser diárias,
semanais, mensais ou anuais.
Os reis promoviam também a realização de
feiras francas, isto é, feiras nas quais os
vendedores não pagavam impostos sobre
os produtos que vendiam.
Para além das feiras, onde se vendia e
comprava, existiam também os
almocreves, que viajavam de terra em
terra a vender os seus produtos.
O almocreve.
Feira no século XIII.
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OS RECURSOS NATURAIS E AS ATIVIDADES ECONÓMICAS
ARTESANATO E COMÉRCIO
O comércio externo era realizado por
mercadores de outros lugares da Europa
e de outras regiões que utilizavam os portos
naturais, como o de Lisboa e do Porto,
por onde passavam rotas que seguiam
para o norte da Europa.
O dinamismo comercial destes portos levou ao desenvolvimento das suas
cidades, Lisboa, Porto, Viana do Castelo, Aveiro, Coimbra e Faro, e foram
responsáveis pelo aumento da sua população.
Principais rotas e locais do comércio externo no século XIII.
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No século XIII a sociedade portuguesa estava organizada em três grupos sociais:
Na Idade Média, o nascimento determinava o grupo social a que cada um
pertencia. Por isso, era muito difícil ascender socialmente.
A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA
NOBREZA
REI
CLERO
POVO
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A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA
A organização da sociedade portuguesa
CLERO NOBREZA POVO
FUNÇÕES
• Rezava.
• Ensinava.
• Copiava livros.
• Ajudava os pobres.
• Prestava cuidados de
saúde aos mais pobres.
• Defendia e administrava o
reino.
• Aplicava a justiça nas suas
terras.
• Trabalhava nas terras dos
senhores (do clero e da
nobreza).
• Dedicava-se à agricultura,
à pastorícia, à pesca, ao
artesanato e aos serviços
domésticos.
PRIVILÉGIOS OBRIGAÇÕES
• Possuíam grandes propriedades.
• Não pagavam impostos.
• Recebiam impostos do povo.
• Pagava impostos e rendas
ao rei, ao clero e à nobreza.
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A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA
O CLERO
Possuía grandes propriedades (os coutos).
O clero estava dividido em clero regular e clero secular.
Mosteiro medieval.
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A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA
A NOBREZA
Às suas propriedades dá-se o nome de honras.
Estes domínios senhoriais estavam divididos em:
- reserva, terra explorada diretamente
pelo senhor. Aí se situava o castelo ou
casa do senhor, a floresta, o moinho,
o celeiro, o forno e o lagar.
- mansos, terras senhoriais cultivadas
pelos camponeses que pagavam rendas
(em produtos ou serviços) ao senhor.
Domínio senhorial nobre.
Reserva
Mansos
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A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA
O POVO
Não tinha privilégios, apenas obrigações.
Vivia em casas com uma só divisão, que partilhava com os animais.
Trabalhava todos os dias, desde o nascer do sol até ao anoitecer.
Casa de camponeses.
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A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA
OS CONCELHOS
Para povoar e defender as terras conquistadas e fixar as populações, os reis
fundaram concelhos, isto é, comunidades de homens livres, criadas através de uma
carta de foral, que possuíam autonomia administrativa e judicial.
Os moradores dos concelhos chamavam-se vizinhos. Podiam ser proprietários de
terras e não estavam dependentes do clero e da nobreza.
Os vizinhos reuniam-se numa assembleia de homens-bons, que decidia sobre a
administração e a justiça do concelho.
Concelho medieval.
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A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA
OS CONCELHOS
A assembleia de homens-bons reunia
sob a vigilância do representante do
rei, o alcaide.
A aplicação da justiça era feita junto ao
pelourinho, símbolo da autonomia do
concelho.
Pelourinho.
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A ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE PORTUGUESA
AS CORTES
O rei era a pessoa com maior poder e prestígio
no Reino.
As funções do rei eram: comandar o exército,
decretar a paz e a guerra, fazer leis, ordenar a
cobrança de impostos, distribuir benefícios,
aplicar a justiça suprema e cunhar moeda.
O rei era auxiliado na tomada de decisões por
uma assembleia constituída por todos os grupos
sociais que se chamava Cortes.
Reunião das Cortes.
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A CULTURA PORTUGUESA NOS SÉCULOS XIII E XIV
CULTURA POPULAR
A cultura popular era simples e espontânea. Como o povo não sabia ler nem
escrever, as histórias, as lendas e as músicas passavam de geração em geração
oralmente. As festas e romarias eram os momentos de distração deste grupo social.
Romaria.
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A CULTURA PORTUGUESA NOS SÉCULOS XIII E XIV
CULTURA CORTESÃ
A cultura cortesã era a que se desenvolvia na corte e nos palácios. Os cortesãos e o
rei assistiam a saraus e banquetes onde se cantava, dançava, liam-se poemas e
assistia-se às atuações dos trovadores e jograis.
O rei D. Dinis participava nestes saraus com poemas que ele próprio escrevia.
Banquete e sarau na corte.
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A CULTURA PORTUGUESA NOS SÉCULOS XIII E XIV
CULTURA CORTESÃ
O reinado de D. Dinis ficou marcado pela
paz, o que permitiu o desenvolvimento
cultural e económico do reino:
• a língua oficial passou a ser o
português em substituição do latim;
• promoveu o povoamento do país;
• fundou os Estudos Gerais – a primeira
universidade portuguesa em Lisboa;
• criou as bases da marinha de guerra
portuguesa;
• promoveu a agricultura, a pesca e o
comércio;
• mandou construir e restaurar castelos;
• incentivou a poesia e a música.
Universidade de Coimbra.
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A CULTURA PORTUGUESA NOS SÉCULOS XIII E XIV
A ARTE ROMÂNICA E A ARTE GÓTICA EM PORTUGAL
A ARTE ROMÂNICA
Este estilo artístico está ligado, sobretudo, às construções religiosas, como igrejas,
mosteiros e abadias.
Estes edifícios apresentam, geralmente, um aspeto de fortaleza, com paredes
grossas e janelas estreitas.
Na construção destes edifícios, utilizou-se, também, o arco de volta perfeita e a
abóbada de berço.
Abóbada de berço.
Igreja de Cedofeita, Porto.
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A CULTURA PORTUGUESA NOS SÉCULOS XIII E XIV
A ARTE ROMÂNICA E A ARTE GÓTICA EM PORTUGAL
A ARTE GÓTICA
A arte gótica ficou ligada, sobretudo, a construções religiosas de grandes
dimensões, principalmente nas cidades.
As catedrais góticas caracterizam-se pelo seu aspeto leve, com paredes altas, com
janelas de grande dimensão, muitas vezes com vitrais, dando grande luminosidade
ao interior dos edifícios.
A utilização do arco quebrado, da abóbada em ogiva e a utilização de rosáceas
fazem parte, também, das características dos edifícios góticos.
Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha. Vitral do Mosteiro da Batalha.
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