1. 8
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa foi realizada com o intuito de identificar e analisar como se dá a
aprendizagem aliada à relação afetiva entre professor e alunos na Educação Infantil. E
com os resultados obtidos buscaremos estender nossos conhecimentos e criar
possibilidades que auxiliam nas discussões sobre este tema.
O capítulo I constitui – se de uma visão global do termo Educação, abarcando a
realidade da Educação Infantil e de sua importância para a vida das crianças, em
seguida, ressalta a importância da relação afetiva entre professores e alunos nesta
fase.
O capítulo II apresenta os conceitos – chave: Educação Infantil; Afetividade;
Relação professor e aluno e Aprendizagem. Baseando-se nos pressupostos teóricos
dos autores escolhidos situando socialmente no que se refere à relação entre professor
e aluno na Educação Infantil.
O capítulo III transcorre sob a metodologia de pesquisa traçada para a obtenção
dos dados da pesquisa, local da pesquisa, sujeitos da pesquisa e instrumentos para a
coleta de dados.
O capítulo IV demonstra a analise e interpretação dos dados, as conclusões
obtidas, os questionamentos e a relevância deste trabalho.
Por fim, as considerações finais que evidencia o que esta pesquisa nos trouxe em
relação ao tema estudado.
2. 9
Capítulo I
EDUCAÇÃO ESCOLAR: UM ESPAÇO DE HUMANIZAÇÃO
A educação é um processo, que está presente em todo e qualquer lugar, seja em
casa, na rua, na igreja ou até mesmo numa roda de amigos. Todos os dias aprendemos
algo novo, principalmente no convívio e na relação com outras pessoas. Ninguém está
fora dessa relação, pois todo ser humano vive em um constante aprendizado.
O termo Educação significa, ato ou efeito de educar, é um processo vital que se
manifesta no desenvolvimento físico, intelectual e moral do ser humano. Esse processo
não se limita somente à preparação dos indivíduos para extremidades utilitárias
profissionais, nem se restringe ao desenvolvimento de particularidades da sua
personalidade, pois este é um processo continuado e de reconhecimento individual.
(LIBÂNEO, 2001)
A educação se constitui como direito fundamental e essencial ao ser humano, toda
pessoa tem o direito à educação na sua esfera formal. A educação escolar no Brasil
compõe-se de: I - Educação Básica (formada pela Educação Infantil, Ensino
Fundamental e Médio) e II - Educação Superior. (LDB 9394/96 - Lei de Diretrizes e
Bases da Educação).
A escola é um espaço de construção do conhecimento, um ambiente formador de
sujeitos. Propicia a aquisição dos instrumentos que permitem a aproximação do
educando com o saber sistematizado e elaborado, ou seja, o científico. (SAVIANI 1997)
3. 10
A educação escolar pressupõe, o encontro entre os homens, essa relação
transforma o processo de humanização entre os seres humanos, pois o homem só
constrói sua verdadeira identidade, a partir da convivência com outros homens.
A escola é um local de trocas, de transmissão de saberes necessários para a
formação intelectual e física do indivíduo. Interagindo com a comunidade, a instituição
escolar deve levar em conta os costumes, as tradições e a cultura do povo que dela faz
parte, possibilitando uma nova dimensão dos saberes e conhecimentos refletidos neste
espaço. (REIS, 2004)
Neste estudo daremos mais ênfase a um período escolar da Educação Básica, a
Educação Infantil, que evidencia um momento muito significante no que se refere ao
desenvolvimento dos indivíduos. É o período de vida escolar que se aplica a crianças
de 0 a 6 anos de idade.
Durante esse período a criança começa a se desenvolver nos aspectos, físico,
intelectual e mental. Para que esse desenvolvimento se torne cada vez mais
significante é preciso proporcionar - lhes momentos de descontração e prazer. A
Educação Infantil é um direito de toda criança, deve oferecer a capacidade de
construção de regras e recursos fundamentais que podem se tornar consignados entre
as pessoas que a cercam. (Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96).
O desenvolvimento dos sujeitos ocorre quando os mesmos adquirem uma
concepção de mundo que até então não concebiam, lhes possibilitando um estado de
adequação e de estabilidade em relação a situações às quais estão presentes.
(RAPPARPORT, 1981)
Neste envolvimento da criança com o ambiente escolar e com esse processo de
desenvolvimento, estreita-se uma relação entre professor e alunos, de suma
importância. O professor se caracteriza como um agente formador e essencial, pois é
aquele que ensina uma ciência, arte, técnica, é por tanto o mestre. Essa relação,
4. 11
principalmente na Educação Infantil, deve ser configurada a uma Prática Pedagógica do
professor e suas vertentes em sala de aula.
O educador dedica-se ao estado ativo de proporcionar, com intenção, a
elaboração de meios de desenvolvimento de procedimentos desejáveis ao individuo,
nas suas relações individuais e grupais. Cria condições estimuladoras e desafiadoras
para serem refletidas e entendidas pelos educandos no meio social. (CANDAU, 1986)
Em sala de aula, o professor deve aproximar da criança os processos relevantes
na construção do conhecimento, tornando - os mais compreensíveis e relevantes,
favorecendo o surgimento de uma forte autonomia intelectual, para que possa fortalecer
a capacidade crítica e criativa dos educandos.
O que deve implicar ao professor é o desenvolvimento da intelectualidade das
crianças, aperfeiçoando suas maneiras de ensinar para que venham contribuir para um
bom aproveitamento dos alunos em sala de aula, uma aprendizagem significativa.
Ao chegar na instituição escolar, a criança desconhece todo espaço e as relações
ali presentes, o educador, tem o papel de possibilitar e encorajar essas crianças, a irem
em busca de diversas experiências que possam consolidar e influenciar no seu
crescimento, e também na concepção dos conhecimentos necessários para sua
formação. (ROSSINI, 2003).
Um bom relacionamento, uma boa interação, uma comunicação ativa entre o
mestre e seus alunos pode desenvolver algumas capacidades que até então não se
podia identificar.
Todo ser humano tem a necessidade de cuidar e ser cuidado, amar e ser amado,
de dar e receber atenção, de se sentir importante. Podemos perceber, essa relação
afetiva no seio familiar, pois lá, existem trocas fundamentais quando os indivíduos
5. 12
estabelecem naturalmente sentimentos e afeições por estarem em contato com
pessoas que lhes são importantes e amadas. (ROSSINI, 2001)
Sendo a instituição escolar uma extensão da casa da criança, principalmente
nessa faixa de idade de 0 a 6 anos, quando estão na Educação Infantil, todas as
relações que poderão surgir serão interpretadas e vivenciadas por elas de uma forma
mais maternal e afetiva.
Por isso, evidenciamos que as relações, no âmbito escolar, devem surgir de
maneira espontânea entre o educador e educando, os laços de confiança, respeito e
carinho se estreitam no momento em que o educando passa a confiar no educador.
É fundamental que o professor tenha uma intenção de se relacionar mais
“humanamente” com seus alunos, nessa relação poderíamos identificar uma relação
afetiva. Pois, a criança precisa ser encarada como um ser em formação em várias
categorias, tanto nos aspectos intelectuais como nos aspectos pessoais.
As relações que se estabelecem, na sala de aula, entre professor e alunos ou
alunos e alunos podem influenciar o nível de comunicação e os vínculos afetivos que se
produzem e determinam o clima de convivência. São os tipos de comunicações e de
vínculos que irão determinar os modelos didáticos que estejam de acordo, com as
necessidades de aprendizagem dos alunos. (ZABALA, 1998).
As discussões aqui apresentadas surgiram durante o aprofundamento do seguinte
problema: Qual a importância da relação afetiva entre professor e aluno no processo de
alfabetização na Educação Infantil? O professor de Educação Infantil deve ter mesmo
uma relação carinhosa com os seus alunos? O bom relacionamento entre professores e
alunos resulta numa boa aprendizagem?
Neste contexto, buscamos nesta pesquisa identificar e analisar como se dá
aprendizagem aliada à relação afetiva entre professor e alunos na Educação Infantil.
6. 13
Nossa pesquisa foi realizada na cidade de Senhor do Bonfim - Ba com professores
da rede Municipal e Particular de ensino, especificamente na Escola Municipal Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro com Professores de Educação Infantil.
Os que nos levou a pesquisar nessa direção foram às indagações e situações
vivenciadas no período de estágio durante o curso de graduação em Pedagogia,
principalmente no estágio de Educação Infantil.
Este estudo é de suma importância, para que os professores possam refletir como
vem se dando a sua prática pedagógica e o seu relacionamento com os educandos. Em
vista dessa relação e dos seus resultados, é possível analisar o aproveitamento da
qualidade da aprendizagem em sala de aula.
7. 14
Capítulo II
UMA ABORDAGEM CONCEITUAL
Com o propósito de elucidar as reflexões e compreensões neste trabalho de
pesquisa e considerando que os elementos de estudo citados no capitulo anterior são
relevantes para a construção deste capitulo teórico, procuramos estruturar os seguintes
conceitos – chave: Educação Infantil; Afetividade; Relação professor e aluno e
Aprendizagem.
2.1. A importância da Educação Infantil
Considera-se como Educação Infantil, o período de vida escolar em que se
atende, pedagogicamente, crianças com idade entre 0 e 6 anos, é parte integrante da
Educação Básica e possui extrema importância no desenvolvimento infantil.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96) caracteriza a educação
infantil como:
Primeira etapa da educação básica tem como finalidade o
desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus
aspectos: físico, psicológico, intelectual e social, complementando a
ação da família e da comunidade. A educação infantil será oferecida
em: creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos
de idade; pré-escolas, para crianças de quatro a seis anos de
idade. (Art. 29 e 30)
Nesse período as crianças encontram-se em fase de grandes transformações. A
respeito disso, Drouet (1990) acrescenta que, “os seis primeiros anos de vida são
extraordinariamente importantes e mesmo fundamentais para um bom desenvolvimento
geral do indivíduo”.(p.92)
8. 15
Nesta etapa escolar, as crianças buscam ativamente o conhecimento. Momento
de descobertas e de transições, que se tornam cada vez mais interessantes com o
passar do tempo. Buscam acima de tudo o prazer e não há nada mais prazeroso para
elas do que o brincar.
Para as crianças, a ação corporal predomina sobre a ação mental, pois na
verdade, a sua maior especialidade é brincar. É justamente pelo que chamamos de
brincadeiras, que ela aprende a conhecer a si própria, as pessoas que a cercam, as
relações entre as pessoas e os papéis que assumem. (MACHADO, 2001)
Numa perspectiva piagetiana, a criança que brinca está desenvolvendo sua
linguagem oral, seu pensamento associativo, suas habilidades auditivas e sociais, se
apropria de relações de conservação, seriação e muitas outras. (BRENELLI, 2000)
Em relação a isso Machado (2001), afirma que:
Brincar é também raciocinar, descobrir, persistir e perseverar, aprender
a perder percebendo que haverá novas oportunidades para ganhar,
esforçar-se, ter paciência, não desistindo facilmente. Brincar é, para a
criança pequena, o que trabalhar deveria ser para o adulto: fonte de
auto descoberta, prazer e crescimento. (p.27)
Sendo assim, o brinquedo, o cantar, o rir, não tem função apenas de dar prazer à
criança, mas de libertá-la de frustrações, canalizar sua energia, dar motivo e ação,
explorar sua criatividade e imaginação. (MACHADO, 2001)
Rossini (2003) acredita que:
Devemos tomar todo cuidado possível ao criarmos atividades,
curriculares ou não, que, pela facilidade não sejam desafiadoras ou,
então as difíceis demais que irão deixar as crianças desmotivadas, sem
vontade de realizar qualquer ação. (p.34)
9. 16
Nesta visão, a Educação Infantil deve oportunizar situações em que a criança
desenvolva a experiência e a consciência da própria capacidade de aprender, o gosto
pela descoberta, à capacidade de interação, o espírito crítico, o pensamento, a
expressão pessoal e grupal.
Ressalta Rossini (2003):
Os jogos, por exemplo, devem ser oferecidos em local tranqüilo da sala,
com um clima saudável de competição e desafio, onde, ao final todos
alcançam alguma forma de sucesso e satisfação pela dificuldade
vencida, oferecendo o estímulo à formação do sentimento de grupo e
de equipe. (p.32)
O professor deve organizar as atividades, selecionando aquelas mais importantes
para seus alunos, que possam estimular a capacidade de desenvolvimento e de
interação, criando condições para que sejam realizadas, individualmente ou em grupos.
Cabe ao professor, em sala de aula ou fora dela, estabelecer metodologias e condições
para desenvolver e facilitar este tipo de trabalho, introduzindo os conteúdos que são
programados para os educandos nesta fase.
Em relação a isso, Rizzo (1989) afirma:
O professor da Educação Infantil deve se responsabilizar pelo
oferecimento e manutenção das condições essenciais que propiciem o
desenvolvimento pleno da criança e a sua integração social. Além
disso, o professor, deve ser capaz de transformar a criança num
indivíduo investigador consciente e com autonomia de ação, num ser
inteligente e capaz de continuar o seu crescimento e ampliar o seu
conhecimento por direção própria. (p.236)
A escola, ambiente onde a criança passa uma boa parte de sua vida, deve
oferecer essa aproximação das atividades lúdicas no período de Educação Infantil,
onde, o professor assume uma importante tarefa, pois, o educando precisa que ele crie
e assuma condições necessárias que venham estimular o seu desenvolvimento.
10. 17
É fundamental que toda criança passe por este período da Educação Básica,
porque se constitui elemento fundamental para o bom aproveitamento dos outros níveis
de educação existentes no Brasil.
2.2 Afetividade
A afetividade é uma ação relacionada aos sentimentos de carinho, amizade, amor,
apego sincero por alguém ou algo. A palavra afeto vem do latim affectur (afetar, tocar) e
constitui o elemento básico da afetividade. (AURÉLIO, 1994)
Numa visão piagetiana, a afetividade deve ser tratada sempre do ponto de vista do
desenvolvimento cognitivo das crianças representado pela inteligência, considerando a
importância da primeira infância no desenvolvimento afetivo. Ressalta a relevância
tanto da cognição como do afeto para a adaptação psíquica das crianças no mundo
exterior. (BRENELLI, 2000)
Rossini (2001), diz que:
A afetividade domina a atividade pessoal na esfera instintiva, nas
percepções, na memória, no pensamento, na vontade, nas ações, na
sensibilidade corporal – é componente do equilíbrio e da harmonia da
personalidade. (p.10)
Até os 12 anos de idade, a vida do ser humano é extremamente afetiva, e a partir
daí o futuro adulto já tem estabelecidas as suas principais formas de afetividade. Se o
ser humano não está bem afetivamente, sua ação como um ser social, estará
comprometida, sem expressão, sem força, sem vitalidade. A criança é um ser social e,
por isso, está sujeita a interferências do meio em que vive. (ROSSINI, 2001)
11. 18
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96) nos oferece os
dois mais importantes princípios da afetividade e amor no âmbito escolar, o respeito à
liberdade e o apreço à tolerância, que são inspirados nos princípios de liberdade e nos
ideais de solidariedade humana.
Entendendo que cada ser participa ativamente de seu mundo social e que obtém
seus conceitos mediante as suas relações socioculturais e as influências que sofrem
destas relações, entendemos que o ambiente familiar, o escolar e os outros cenários
sociais participam na configuração de nossa individualidade, sejam nos traços
psicológicos como nos aspectos afetivos.
É da natureza humana procurar o que lhe proporciona prazer e fugir do que lhe
causa desprazer. Satisfazer uma necessidade causa muito prazer, seja ela uma
necessidade fisiológica ou até mesmo psicológica.
Ressalta Rossini (2003):
As necessidades são intrínsecas ao ser humano, gerando certos tipos
de comportamentos observáveis. O ser humano movido por uma
necessidade interna, pode procurar descanso, aprovação social,
alimento, abrigo e amor. (p.35)
As necessidades psicológicas podem proporcionar: segurança, participação ou
aceitação no grupo, consideração e estima, tudo que possa culminar na auto-
realização. Uma das necessidades psicológicas fundamentais a qualquer ser humano,
é a necessidade de amar e ser amado, o ser humano, tem a necessidade de dar e
receber afeto, carinho, amor em relações de reciprocidade. (ROSSINI, 2003)
No inicio da vida é muito importante o amor familiar para que, mais tarde, com a
maturidade, a pessoa possa incluir outras pessoas, como amigos, namoradas, cônjuge
e filhos em sua vida. Muitas vezes na fase adulta, um ser humano apresenta total falta
de amor com seus semelhantes. Isto se deve ao fato de que, na primeira infância ele foi
rejeitado, ou seja, não foi amado ou foi “mal-amado”. (ROSSINI, 2003)
12. 19
Portanto, pais e professores, devem ter todo cuidado na primeira infância de cada
ser humano, pois nesta fase da vida serão lançadas as bases afetivas do futuro adulto,
não devemos economizar manifestações de amor e carinho por meio do contato físico,
possuindo um valor incomensurável.
Na concepção de Piaget, a afetividade não modifica a estrutura no funcionamento
da inteligência, porém, poderá acelerar ou retardar o desenvolvimento dos indivíduos,
podendo até interferir no funcionamento das estruturas da inteligência.(GOULART,
2003)
Na perspectiva de Wallon, a afetividade desempenha um papel fundamental na
constituição e funcionamento da inteligência, determinando os interesses e
necessidades individuais. (GÓMEZ, 2000)
Portanto, é fundamental que no processo educacional haja uma relação afetiva
entre professores e alunos, pois, a criança aprende afetivamente quando relaciona o
que aprende com seus próprios interesses.
2.3. Relação professor e aluno no processo de ensino e aprendizagem na
Educação Infantil
As relações humanas são peças fundamentais na realização comportamental e
profissional de um indivíduo. Desta forma, a análise dos relacionamentos entre
professor e aluno envolve interesses e intenções, pois a educação é uma das fontes
mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos
membros da espécie humana.
A relação professor-aluno é fundamental em todos os níveis e modalidades de
ensino. Através dela o aluno pode ser motivado a construir seu conhecimento. O aluno
deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no seu processo de construção
13. 20
de conhecimento, assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como
um indivíduo mais experiente.
Sobre isso, Candau (1986) afirma:
O educador é o profissional que se dedica a atividade de,
intencionalmente, criar condições de desenvolvimento de condutas
desejáveis, seja do ponto de vista do indivíduo seja do ponto de vista do
grupamento humano. (p.24)
Por essa razão cabe ao professor considerar também, o que o aluno já sabe, sua
bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem. A relação entre
educador e educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação
de cooperação, de respeito e de crescimento.
Gadotti (1999) completa que:
O educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na
posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de
quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é
portador do conhecimento mais importante: o da vida. (p.2)
A relação estabelecida entre professores e alunos constitui o cerne do processo
pedagógico. Pois o ensino não pode e não deve ser algo estático e unidirecional,
devemos nos lembrar de que a sala de aula não é apenas um lugar para transmitir
conteúdos teóricos, é, também, local de aprendizado de valores e comportamentos, de
aquisição de uma mentalidade científica e participativa, que poderá possibilitar ao
indivíduo, bem orientado, interpretar e transformar a sociedade e a natureza em
benefício do bem-estar coletivo e pessoal. (CANDAU, 1986)
Rossini (2001) comenta que:
14. 21
Nos dias de hoje, o professor deve ser um “líder”. Deve
saber que liderança não se impõe, se conquista. Na sala de
aula, ele representa a direção, a própria família. Ali ele é o
“dono da lei”. Deve ter qualidades imprescindíveis num
educador de hoje: equilíbrio emocional, responsabilidade,
caráter, alegria de viver, ética e principalmente gostar de
ser professor. (p.44)
Se por um lado é importante a existência de afetividade, confiança, empatia e
respeito entre docente e discente para que melhor se desenvolva a leitura, a escrita, a
reflexão, a aprendizagem e a pesquisa autônoma, por outro, os educadores não podem
permitir que tais sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de
professor.
Para exercer sua real função, o educador precisa aprender a combinar autoridade,
respeito e afetividade, isto é, ao mesmo tempo em que estabelece normas, deixando
bem claro o que espera dos alunos, deve respeitar a individualidade e a liberdade que
esses trazem, para neles poder desenvolver o senso de responsabilidade.
Gadotti (1999), fala das competências que o professor deve ter:
Nós não podemos nunca perder o censo crítico e a capacidade de
sonhar. Um professor que não sonha, que não pensa, que não tem um
projeto de vida, é incompetente. Faz parte da competência dele a
utopia, o sonho, o compromisso, a vontade de mudar as coisas. Porque
ele educa um mundo que está em construção, portanto o sonho faz
parte do projeto educativo. Infelizmente, há um desencantamento, mas
existem pessoas com muita vontade e são essas pessoas que fazem
que a escola pública tenha um sentido. (p.7)
É preciso que na educação encontremos professores, comprometidos com a
produção do conhecimento em sala de aula, que desenvolvem com seus alunos um
laço muito estreito de amizade e respeito mútuo. Professores, ou melhor, educadores
que levem aos seus alunos uma reflexão crítica, respeitando o desenvolvimento que os
mesmos adquiriram através de suas experiências de vida, conhecimentos já
assimilados, idade e desenvolvimento mental.
15. 22
A relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima
estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade
de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes
entre o seu conhecimento e o deles. Com isso, o aluno poderá desfrutar melhor de uma
aprendizagem mais prazerosa, sem cobranças e sem limitações.
2.4. A aprendizagem no desenvolvimento infantil
Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da
experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais.
Na perspectiva de Vygotsky, uma boa aprendizagem é aquela que se direciona em
relação ao desenvolvimento, a aprendizagem orientada para o desenvolvimento da
criança já alcançado não é efetiva, do ponto de vista do desenvolvimento cognitivo do
aprendiz. (MOREIRA, 1999)
Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente. O
professor é co-autor do processo de aprendizagem dos alunos. Nesse enfoque
centrado na aprendizagem, o conhecimento é construído e reconstruído continuamente.
Segundo Rossini (2003), “as crianças aprendem porque têm necessidade de
reconhecimento social ou necessidade de se verem livres. É importante que a
aprendizagem seja algo interessante, gostoso, prazeroso”. (p, 16).
O processo de aprendizagem pode ser definido de forma sintética como o modo
como os seres adquirem novos conhecimentos, desenvolvem competências e mudam o
comportamento. A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo
conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire
significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. (ROSSINI, 2003)
16. 23
Nessa perspectiva, a aprendizagem deve ser para o aluno algo desejado,
importante e acima de tudo rotineiro. Aprendemos todos os dias algo novo, e com as
crianças isso não é diferente, aliás, é muito mais comum por se tratar de indivíduos em
um constante processo de construção do conhecimento.
O professor deve exercer práticas em sala de aula que venham implicar numa
aproximação mais estreita entre os conteúdos e os alunos. Acreditando sempre nas
potencialidades e na capacidade dos seus educandos, preocupando-se com sua
aprendizagem e com seu nível de satisfação.
Sobre isso, Moreira (1999), comenta:
Pode-se identificar três tipos gerais de aprendizagem, a cognitiva que
resulta no armazenamento organizado de informações na mente do ser
que aprende; a afetiva, que resulta de sinais internos ao individuo e
pode ser identificada como experiências tais como prazer e dor,
satisfação ou descontentamento, alegria ou ansiedade; e a motora, que
envolve respostas musculares adquiridas por meio de treino e prática.
(p.140)
Um bom planejamento aliado a uma prática docente qualificada, trazendo para os
educandos uma forma mais prazerosa de se aprender, culmina em um aproveitamento
mais sólido e mais significativo para a vida desses seres que vivem em uma
permanente construção do conhecimento.
Acreditamos que a aprendizagem está inteiramente associada a uma boa prática
educativa do professor, em sala de aula. Pois os educandos devem ser encorajados e
impulsionados a aprender.
Aprender tem que ser gostoso, no sentido de ser algo natural, entendido como um
processo comum na vida da criança. Não devemos tratar o processo de aprendizagem
como algo obscuro, acima de tudo rigoroso e obrigatório. A criança deve conceber que
aprender aquilo que lhe é vivenciado no contexto educacional, na sala de aula faz parte
17. 24
de todo o processo de aquisição de experiências, estudos e observações. (ROSSINI,
2003)
Os alunos devem ser vistos, como seres capazes de adquirir os conhecimentos
expostos pelo professor, como um ser que possui potencialidades e condições de
aprender.
Assim, entendemos que o processo de aprendizagem na Educação Infantil não
consiste somente na relação proveniente da instrução dos adultos durante a prática
escolar, mas também, no lançamento das bases afetivas, que irão formar e desenvolver
o futuro adulto, possibilitando a construção de um componente do equilíbrio da
personalidade, a afetividade, muito importante na vida de qualquer ser humano.
18. 25
Capítulo III
PERCURSO METODOLÓGICO
A presente pesquisa é de caráter qualitativo, utilizamos instrumentos de pesquisa
para a aquisição de dados e descrições detalhadas referente ao objeto de estudo, com
o propósito de compreendê-lo e analisá-lo de forma crítica.
A pesquisa qualitativa se preocupa em dar respostas a questões particulares, com
um nível de realidade que não se pode quantificar. Ela trabalha com representatividade
da intuição, da exploração e do subjetivismo. Portanto, a realidade é o próprio
dinamismo da vida individual e coletiva com toda a riqueza de significados dela
transbordante. (MINAYO, 1994)
Com o intuito de suprir qualquer tipo de curiosidade ou resolver qualquer problema
do cotidiano os seres humanos, que são seres pensantes, buscam sempre respostas
baseando-se no bom senso. O pesquisador torna o trabalho de pesquisa muito mais
instigante, mesmo que o objeto não pareça tão interessante, pois o seu olhar sobre tal
estudo se direciona para aquisição de conhecimentos. O investigador deve buscar a
criatividade na maneira de pensar sistematizada com um olhar científico.
A ação detalhada e desenvolvida no decorrer deste trabalho de pesquisa está
estruturada na descrição do local da pesquisa - o lócus, definição do objeto de estudo e
instrumentos utilizados para a obtenção de respostas para os questionamentos
explicitados anteriormente.
3.1. Local da pesquisa
A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro,
situada na Rua 03 quadra B – Bonfim I, na cidade de Senhor do Bonfim - BA, esta por
19. 26
sua vez, é uma instituição da rede Pública Municipal de ensino, composta por 150
alunos, 8 professores ( 2 de Educação Infantil e 6 de Ensino Fundamental I), uma
coordenadora pedagógica, uma secretária, 3 serventes e uma diretora.
A instituição possui uma boa estrutura física, composta por 9 salas de aula, pátio
para recreação, banheiros. O funcionamento da escola ocorre nos turnos, matutino e
vespertino. Os alunos que compõem a instituição possuem perfil sócio e econômico
provenientes da classe menos favorecida e residem nos bairros próximos da instituição.
A gestão da escola está bem organizada, consegue desenvolver um bom trabalho
de acompanhamento com os professores, para avaliar o desempenho e o nível da
aprendizagem dos alunos. Exerce uma proposta de interação entre a escola e a
comunidade, quando proporciona atividades de aproximação entre os pais, a escola e
os alunos.
3.2. Sujeitos da pesquisa
Foram pesquisados por meio de questionário, duas professoras de Educação
Infantil, graduandas em Pedagogia, da Escola Municipal Nossa Senhora do Perpétuo
Socorro da cidade de Senhor do Bonfim - BA.
Foi relevante questioná-las, pois assim, pudemos obter respostas para as questões
lançadas, resultando no aproveitamento positivo desse estudo.
3.3. Instrumentos de pesquisa
A pesquisa qualitativa compreende um conjunto de diferentes técnicas
interpretativas que visam a descrever e decodificar os componentes de um sistema
complexo de significados.
20. 27
Com o intuito de coletarmos dados que sejam relevantes para a pesquisa,
utilizamos uma técnica importante na realização de uma pesquisa qualitativa: o
questionário aberto.
Por meio do questionário aberto o pesquisador busca, através das respostas dos
sujeitos, obter informações sobre uma determinada realidade que está sendo
focalizada. (MINAYO, 1994).
O questionário aberto possuía 10 questões que foram direcionadas aos
professores de Educação Infantil, da instituição já mencionada. Abordamos questões
referentes à relação entre os mesmos e seus alunos evidenciando a aprendizagem e a
relação afetiva no meio escolar.
21. 28
Capítulo IV
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
A análise de dados é o núcleo central da pesquisa, neste capítulo apresentamos
os dados obtidos por meio de questionários com perguntas abertas, a identificação e a
interpretação das informações adquiridas, que nos facilitará a identificar e analisar
como se dá aprendizagem aliada à relação afetiva entre professor e alunos na
Educação Infantil.
Após a análise, segue a interpretação dos dados, sendo esta uma atividade que
leva o pesquisador a dar um significado mais amplo às respostas que foram cedidas a
partir das indagações explicitadas no questionário aberto. (LEHFELD, 2000)
Para uma melhor interpretação dos dados desta pesquisa, utilizamos códigos para
a diferenciação das respostas e reflexões obtidas por parte das professoras, já que
contamos com total sigilo da identidade dos sujeitos. Usamos Professora A e
Professora B, para a identificação.
4.1. Dados do questionário aberto e interpretação
A partir da aplicação do questionário aberto nos aproximamos do nosso objeto de
estudo, foram fornecidas informações que apontaram alguns fatores relevantes à nossa
pesquisa.
Os sujeitos dessa pesquisa são duas professoras da Educação Infantil da Escola
Municipal Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, ambas são graduandas do curso de
Pedagogia.
22. 29
Foi possível identificar, através deste estudo, que para os sujeitos, o ato de
educar, é um ato de sabedoria, deve existir sempre o respeito a si mesmo e ao
próximo.
Afirma a Professora A:
“O ato de educar é um ato de sabedoria, sabedoria de todas as
formas”.
A Professora B, diz:
“Ensinar a ser humano, respeitado o próximo e a si mesmo”.
Sobre isso, Brandão (1983), nos diz:
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as
gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social;
tem por objeto suscitar e desenvolver na criança certo numero de
estados físicos, intelectuais e morais reclamados pela sociedade
política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança,
particularmente, se destina.(p.71)
A pesquisa constatou que os sujeitos identificaram a importância da Educação
Infantil, afirmam que é essencial porque é o alicerce da vida escolar das crianças e
possui uma importância única.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), caracteriza a Educação
Infantil como um período em que a criança começa a se desenvolver nos aspectos,
físico, intelectual e mental. Para que esse desenvolvimento se torne cada vez mais
significante é preciso proporcionar - lhes momentos de descontração e prazer.
23. 30
Nesse momento único da vida escolar de qualquer criança, o professor é um
agente formador importante no processo de construção do conhecimento e de
aquisição de habilidades importantes no desenvolvimento dos educandos.
A partir da pesquisa realizada, identificamos que os professores acreditam que a
sua relação com seus alunos deve existir compreensão, respeito e amizade. A
Professora B caracteriza:
“Deve ser uma relação de amigos sempre levando os alunos a
agir de forma certa”.
A Professora A, descreve a sua relação com seus alunos:
“É uma relação de carinho, amizade e até materna, pois as
crianças são pequenas”.
O educador e o educando devem ter uma boa relação, uma relação de
cooperação, de respeito e se crescimento, não deve ser uma relação de imposição.
(CANDAU, 1986)
Os sujeitos da pesquisa definem a relação afetiva como uma relação carinhosa em
que há um apego entre as pessoas, surgindo uma cumplicidade. A Professora A diz:
“Relação afetiva é quando você tem uma relação mútua de
amizade, do gostar, do carinho”.
A relação afetiva é um componente do equilíbrio e da harmonia da personalidade
dos indivíduos. (ROSSINI, 2001)
O estudo se preocupou em saber se os sujeitos acreditam que a sua relação com
seus alunos poderia influenciar na aprendizagem deles. Foi identificado que os sujeitos
aqui analisados afirmam que sua relação com os educandos influencia na
aprendizagem. Como afirma a Professora A:
24. 31
“Porque é muito mais fácil você conviver e aprender com as
pessoas que a gente mais gosta”.
A relação afetiva desempenha um papel essencial na constituição e
funcionamento da inteligência, determinando os interesses e necessidades individuais.
(GÓMEZ, 2000)
O estudo identificou que para os sujeitos da pesquisa, a falta de um bom
relacionamento entre professor e aluno, traz desinteresse por parte dos alunos e
desrespeito por parte do professor. Completa a Professora A:
“O aluno terá dificuldade em compreender e também de gostar
daquela disciplina ou até mesmo da escola em que não é aceito
pelos professores”.
A relação professor-aluno é essencial no processo de educação, por meio dela o
aluno pode ser estimulado a construir seu conhecimento. (CANDAU, 1986)
Os sujeitos da pesquisa afirmam que a relação afetiva entre professor e aluno é
importante no processo de alfabetização na Educação infantil, pois estimula o
aprendizado e melhora a auto – estima da criança.
O professor representa para a criança em sala de aula, a própria família, ele deve
se tornar um líder, um líder que não impõe, mas que conquista. O educador de hoje
deve ter algumas qualidades importantes que irão contribuir na sua vivência com os
educandos, a mais importante delas é a de gostar de ser professor. (ROSSINI 2001)
A presente pesquisa detectou que os professores acreditam que devem ter uma
relação carinhosa com seus alunos. Afirma a Professora B:
“Muitos deles não têm atenção e nem carinho da família e
encontra isso no professor”.
25. 32
Por esta razão, os sujeitos demonstram acreditar que a relação com seus alunos é
uma relação de humanização, de respeito e carinho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve como objetivo, identificar e analisar como se dá a aprendizagem
aliada à relação afetiva entre professor e alunos na Educação Infantil. Após termos
estudado sobre questões referentes a esse fator, podemos afirmar que a pesquisa
apresentada para objeto de análise nos trouxe muitas contribuições para a
concretização final de nossos estudos.
No decorrer da pesquisa, não encontramos nenhum empecilho, pois as
professoras colocaram-se a disposição de uma forma bastante receptiva para
responderem ao questionário, contamos também com o apoio da direção da referida
entidade.
Por meio desta pesquisa pudemos obter informações que nos levaram a conhecer
melhor a relação existente entre professores e alunos e como esta relação pode
influenciar na aprendizagem. Acreditamos que nossos objetivos traçados foram
alcançados com êxito, trazendo mais significado à pesquisa.
Os sujeitos da pesquisa mostraram-se conscientes do seu papel, enquanto
educadores, formadores, capazes de contribuir no desenvolvimento dos educandos,
estimulando a aprendizagem de forma prazerosa.
Este estudo nos trouxe contribuições essenciais para a nossa formação, nos
permitiu enxergar como se dão as relações interpessoais no ambiente escolar.
Possibilitou-nos avaliar a nossa prática cotidiana e tomar como base para melhorar
algumas situações que podem surgir no decorrer do processo educacional.
26. 33
Acreditamos que este estudo não se encerra aqui, ele traz subsídios importantes
para outros estudos referentes ao tema, pois neste tema existem vertentes que podem
ser pesquisadas, visto que, o processo educacional é algo contínuo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROS, Adil J. da Silveira e LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de
metodologia científica. Um guia para iniciação científica. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2006.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1996. São Paulo: Editora
do Brasil, 1996.
BRASIL, Ministério da Educação Assessoria de Comunicação Social. Estatuto da
criança e do adolescente. Brasília: MEC, 2004.
BRANDÃO, C. R. O que é Educação. São Paulo: Brasiliense, 1983.
BRENELLI, Rosely P. Piaget e a afetividade. In: FINI, Lucila Dehel Tolaine; OLIVEIRA,
Gislene de Campos e SISTO, Firmino Fernandes. Leitura de psicologia para formação
de professores. 3. ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 2000.
CANDAU, Vera Maria (org). A didática em questão. Petrópolis – RJ: Vozes, 1986.
CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. 2. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2006.
DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências socias. 2. ed. São Paulo: Atlas,
1989.
DROUET, Ruth Caribe da Rocha. Fundamentos da educação pré - escolar. São
Paulo: Ática, 1990.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (org). Ta pronto seu lobo? Didática /Prática na pré
- escola. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática
educativa. (Coleção Leitura) São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GADOTTI, M. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Scipione, 1999.
27. 34
GOLDENBERG, Miriam. A arte de pesquisar. Como fazer pesquisa qualitativa em
ciências sociais. 4. ed. Rio de janeiro: Record, 2000.
GOULART, Íris Barbosa. Piaget Experiências básicas para utilização pelo
professor. 20. ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 2003.
KRAMER, Sônia. Com a Pré - escola nas mãos. Uma alternativa curricular para a
educação infantil. 14. ed. São Paulo: Ática, 2001.
LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Projeto de pesquisa: Propostas
metodológicas. 14. ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 2003.
LIBANEO, J. C. Pedagogia e pedagogos para quê? São Paulo: Cortez, 2001.
MACHADO, Marina Marcondes. O brinquedo - sucata e a criança. A importância do
brincar. Atividades e materiais. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2001.
MICHALISZYN, Sérgio Mário e TOMASINI, Ricardo. Pesquisa, orientação e normas
para elaboração de projetos, monografias e artigos científicos. 2. ed. Petrópolis –
RJ: Vozes, 2006.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade.
24. ed. Petrópolis – RJ: Vozes, 1994.
MOREIRA, Marco Antônio. Teorias da aprendizagem. São Paulo: Pedagógica e
Universitária LTDA, 1999.
MOROZ, Melania e GIANFALDONI, Mônica Helene Tieppo Alves. O processo de
pesquisa e iniciação. Brasília: Plano, 2002.
RAPPAPORT, Clara Regina. Psicologia do desenvolvimento. A idade pré-escolar.
Vol. 3. São Paulo: EPU. 1981.
REIS, Edmerson dos Santos. Educação do campo e desenvolvimento sustentável:
avaliação de uma prática educativa. Juazeiro – Ba: São Franciscana, 2004.
RIZZO, Gilda. Educação pré - escolar. 6 ed.Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1898.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Aprender tem que ser gostoso. 3. ed. Petrópolis –
RJ: Vozes, 2003.
_____________________________ Pedagogia Afetiva. 2. ed. Petrópolis – RJ: Vozes,
2001.
SACRISTÁN, J. Gimeno e GÓMEZ, A. I. Pérez. Compreender e transformar o
ensino. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
28. 35
SAVIANI, D. Pedagogia histórico- critica: primeiras aproximações. Campinas:
Cortez/ Autores associados, 1997.
TRIVIÑOS, Augusto N. Introdução à pesquisa em Ciências socias. A pesquisa em
educação. São Paulo: Atlas, 1987.
VEIGA, Ilma. Passos Alencastro (coord.). Repensando a Didática. São Paulo: Papirus,
1991.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artes médicas,
1998.