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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
     DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO/CAMPUS VII
              CURSO DE PEDAGOGIA




A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL




           ALAÍDE PEREIRA DOS SANTOS
           CREUZA ALVES DOS SANTOS
            JACI NASCIMENTO DA SILVA
           ROSE MARY REIS DE OLIVEIRA




                     ITIÚBA
                      2012
ALAÍDE PEREIRA DOS SANTOS
         CREUZA ALVES DOS SANTOS
          JACI NASCIMENTO DA SILVA
         ROSE MARY REIS DE OLIVEIRA




A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL




                       Monografia apresentada ao Colegiado de
                       Pedagogia da Universidade do Estado da
                       Bahia - Departamento de Educação Campus
                       VII, como parte dos requisitos para a obtenção
                       do título de Pedagoga.

                       Orientadora: Professora Ms. Maria Elizabeth
                       Souza Gonçalves




                   ITIÚBA
                    2012
ALAÍDE PEREIRA DOS SANTOS
                   CREUZA ALVES DOS SANTOS
                    JACI NASCIMENTO DA SILVA
                   ROSE MARY REIS DE OLIVEIRA




      A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL


                                         Monografia submetida à aprovação da
                                         Banca Examinadora, como parte dos
                                         requisitos necessários para a obtenção
                                         do    título   de    Pedagoga      pela
                                         Universidade do Estado da Bahia,
                                         Departamento de Educação - Campus
                                         VII.




Aprovada em:_____/_____/_____




                            Banca Examinadora:



       ______________________________________________________
        Professora M.Sc. Maria Elizabeth Souza Gonçalves – Orientadora
           Universidade do Estado da Bahia (UNEB - Campus VII)




  __________________________                 __________________________
           Avaliador                                  Avaliador
Dedicamos este trabalho aos nossos pais, bem como a todos os nossos familiares
que sempre acreditaram no nosso potencial e nos incentivaram a persistir firmes na
        busca do conhecimento, sendo verdadeiros pedagogos co-participantes na
construção de nossos saberes, bem como na difusão destes em prol de uma melhor
                                                                       educação.
AGRADECIMENTOS



      As palavras se tornam insuficientes para dizer o quanto somos gratas a Deus,
por ter nos concedido a oportunidade de chegarmos até aqui, por ter nos iluminado,
dando força e coragem para a realização deste trabalho, sendo presença ativa e
constante em nossas vidas.
      Aos nossos pais, Francisco e Maria Amélia; José e Marina; José e Maria;
Delfino e Maria, pelo apoio, compreensão e amor que sempre encontramos em
todos os momentos da nossa vida.
      Somos gratas aos nossos irmãos, Edmilson, Magna, Magnolia, Eliete, Jailson,
Arlete, Anizete, Arlene e Adriano; Reginaldo, Roseneide, Rogério, Romilda, Nobert,
Regivaldo, Pedro e Josevaldo; Josélia, José Alberto, Adilson, Janice e Agilson;
Lurdes e Normaci, por acreditarem sempre em nossos sonhos e por nos fazerem
compreender o verdadeiro valor de uma família na vida de um ser humano.
      Agradecemos também aos nossos filhos, Laerte e Saulo; Vitor e Vitor Gabriel;
Thiago   e   Cristiane,   por   terem   prestado   relevante   contribuição,   apoiando
incondicionalmente a realização deste trabalho.
      Agradecemos em especial à professora orientadora, Elizabeth Gonçalves,
bem como a nossa coordenadora, Normaci Reis, por terem compartilhado parte do
conhecimento que possuem em benefício da elaboração deste trabalho.
      Somos gratas a todo o corpo docente do Curso de Pedagogia da Uneb –
Campus VII, em especial aos professores (as) Adson, Assivânia, Alayde, Paulo
Machado, Rita Braz, Geyza Andrade, Valmir, Gilberto Lima, dentre outros que
contribuíram significativamente para a nossa formação profissional.
      Por fim, somos gratas aos nossos colegas de curso pelo companheirismo, em
especial a Elizabete, Claudinete e Isnaide pela parceria.


                                                                               Obrigada!
"Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem
     escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com
                      exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem."


                                                  (Carlos Drummond de Andrade)
RESUMO


Este trabalho foi pensado no sentido de analisar as concepções dos professores
sobre a importância do lúdico no desenvolvimento integral da criança, referentes à
utilização de atividades lúdicas como recursos pedagógico na educação infantil. Este
estudo foi elaborado, tendo como principais teóricos, Santos (2007), Costa (2007) e
Kishimoto (2007). A metodologia aqui adotada foi a pesquisa qualitativa, tendo sido
utilizados como instrumentos de coleta de dados o questionário fechado, a entrevista
semiestruturada, a análise documental e observação. O trabalho de campo teve
como lócus a Creche Padre Eduardo Clemente, localizada no Projeto Sertanejo I,
cidade de Itiúba – BA. Os sujeitos da pesquisa foram seis professores da educação
infantil. Os resultados obtidos mostram que, apesar do reconhecimento da
importância do lúdico, os professores ainda o usam de forma aleatória, usando-os
nos momentos de recreação e de agitação, ou até mesmo para descontrair, isto é,
usam a ludicidade apenas como diversão. Vale lembrar que a instituição referida não
é adequada para o funcionamento de um ambiente educativo.

Palavras-chave: Educação infantil. Educador. Ludicidade.
ABSTRACT



This study was designed to examine the teachers' conceptions about the importance
of play in the development of the child, concerning the use of recreational activities
and educational resources in early childhood education. This study was designed,
with the main theoretical, Santos (2007), Costa (2007) and Kishimoto (2007). The
methodology adopted was the qualitative research were used as instruments of data
collection the survey closed, semistructured interviews and documentary analysis.
The field work was the locus Fr Edward Clement Nursery, located in the Project
Sertanejo I Itiúba city - BA. The subjects were six teachers of early childhood
education. The results show that, despite the recognition of the importance of play,
the teachers still use it randomly, using them in moments of recreation and agitation,
or even to relax, that is, use the playfulness just as fun. Remember that the institution
that is not appropriate for the operation of an educational environment.

Keywords: Child education. Educator. Playfulness.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES




GRÁFICO 01 – O que é lúdico?                                         26
GRÁFICO 02 – O lúdico é importante no processo de desenvolvimento
cognitivo, afetivo e motor?                                          27
GRÁFICO 03 – O papel do educador é buscar formas criativas para o
desenvolvimento integral da criança?                                 29
GRÁFICO 04 – O lúdico pode ser considerado um meio para estimular,
analisar e avaliar as aprendizagens específicas das crianças?        30
GRÁFICO 05 – Qualquer atividade com intenção de diversão pode se
considerada lúdica no ponto de vista pedagógico                      32
SUMÁRIO



INTRODUÇÃO                                                     10
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA                                        12
   1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL                                       12
   1.2 O EDUCADOR                                              13
   1.3 LUDICIDADE                                              16
   1.4 A ARTE COMO PROVEDORA DA LUDICIDADE                     18
2 METODOLOGIA                                                  22
   2.1 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS                         22
   2.2 LÓCUS DE PESQUISA                                       23
   2.3 OS SUJEITOS                                             23
3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS                            25
   3.1 COMPREENSÕES DOS PROFESSORES SOBRE O LÚDICO             25
   3.2 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA PRÁTICA DOCENTE          27
   3.3 O PAPEL DO EDUCADOR                                     28
   3.4 A BRINCADEIRA E O JOGO NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA
CRIANÇA                                                        30
   3.5 AS CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES SOBRE AS ATIVIDADES
COM INTENÇÃO DE DIVERSÃO                                       31
CONSIDERAÇÕES FINAIS                                           34
REFERÊNCIAS                                                    36
APÊNDICE A – FICHA INDIVIDUAL DO DOCENTE
APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE ENTREVISTA
10


                                      INTRODUÇÃO



      A atual concepção sobre o lúdico na educação infantil tem levado os
profissionais da educação a refletirem sobre o uso da ludicidade em sua prática
pedagógica, como forma de estimular o processo de apropriação de conhecimentos
dos educandos, tendo este trabalho como objetivo analisar as concepções dos
professores sobre a importância do lúdico no desenvolvimento integral da criança.

                        A formação lúdica se assenta em pressupostos que valorizam a criatividade,
                        o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma,
                        proporcionando aos futuros educadores vivências lúdicas, experiências
                        corporais, que se utilizam da ação, do pensamento e da linguagem, tendo
                        no jogo sua fonte dinamizadora [...] (SANTOS, 1997 apud RAU, 2007, p.30).

      Nesse sentido, uma das alternativas é conciliar o prazer e o divertimento à
aprendizagem.
      Como ponto de partida, faz-se necessário que o educador reflita de forma
crítica o desenvolvimento das aulas, identificando na prática do professor se há o
momento de aplicabilidade do lúdico em sua prática pedagógica.
      Essa postura exige profundas mudanças nas atitudes pedagógicas, para que
venham a usá-las com desenvoltura, independentemente das condições a que cada
educador venha a utilizar em sua prática docente, tornando suas aulas atrativas e
prazerosas, preparando a criança para que ela torne-se um sujeito construtor de seu
próprio saber no meio em que vive.
      Os educadores têm em mãos um instrumento de grande importância, basta
somente usar a criatividade, interligando o prazer do brincar com a necessidade de
aprender, ampliando os seus conhecimentos prévios e tornando a aprendizagem
mais dinâmica e significativa.
      A escolha da temática “A Importância do Lúdico na Educação Infantil” se deu
em função da experiência de nossa prática docente, influenciando-nos o fato de que
há uma carência de capacitação dos professores na área, com o uso do lúdico nas
metodologias desenvolvidas, sendo que a ação pedagógica está sendo restrita aos
métodos tradicionais.
      As disciplinas de alfabetização metodológica de jogos, brinquedos e
brincadeiras são de fundamental importância no desenvolvimento cognitivo, motor e
11


afetivo dos educandos. Nesse sentido, a temática nos leva a refletir sobre a nossa
prática pedagógica, utilizando a ludicidade na educação infantil.
       Essa temática tem como objetivo analisar as concepções dos professores
sobre a importância do lúdico no desenvolvimento integral da criança, onde poderão
adquirir novos métodos para serem desenvolvidos com o uso do lúdico, partindo do
princípio de que as crianças aprendem brincando, tendo, portanto, a convicção de
que essa temática poderá contribuir para uma possível reflexão sobre a ação
pedagógica.
       Assim, como veremos mais adiante, o primeiro capítulo consta de uma
fundamentação teórica, na qual se encontram os referenciais sobre a educação
infantil, o educador, a ludicidade e a arte.
       O segundo capítulo trata-se da metodologia utilizada para a realização deste
estudo, apontando a relevância da temática para a prática.
       O terceiro capítulo diz respeito à análise e interpretação dos dados e seu
embasamento teórico, contendo o levantamento dos dados da pesquisa, a qual teve
como base o lócus e os sujeitos.
       Por último chega-se a algumas considerações finais que compõem o
fechamento do estudo, com reflexões e sugestões acerca do mesmo.
12


                       1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA



1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL


      As concepções da educação infantil vêm sendo mudadas ao longo do tempo.
Séculos atrás, as crianças eram mal vistas até pelas mães, por motivos culturais e
pelo alto índice de mortalidade infantil. Talvez as mortes prematuras por falta de
cuidado com as crianças contribuíssem para o desafeto das mães. Em algumas
sociedades anteriores, as famílias pobres entregavam os seus filhos aos orfanatos.
      Com a chegada dos imigrantes, foi-se ampliando o atendimento a essas
crianças, aumentando o número de creches e jardins de infância em todo o país,
com a perspectiva ao atendimento a área da saúde. É possível observar que, com o
passar do tempo, o tratamento da infância brasileira evoluiu bastante, tanto
intelectual como assistencial, tendo maior possibilidade de respeito, valorização da
criança como cidadã.
      “A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte
de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma
determinada cultura, em um determinado momento histórico.” (BRASIL, 1998, p. 21).
      É extremamente importante a promoção de uma educação de qualidade para
todas as crianças, o que envolve também o ambiente construído. De acordo com a
Constituição Federal de 1988, houve um grande avanço para a garantia à educação
infantil com acesso para todas as crianças de zero a seis anos à creche e pré-
escola, havendo assim uma mudança de concepção perante a sociedade, deixando
de ser obra de caridade e transformando-se em direito da criança.
      A educação infantil “[...] tem como finalidade o desenvolvimento integral da
criança até seis anos de idade em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e
social, complementando a ação da família e da comunidade.” (BRASIL, 2008, p. 28).
      No Brasil, os ambientes de educação infantil apresentam grande carência na
manutenção dos cuidados básicos na alimentação, que é incompleta e até mesmo
inadequada, não contribuindo para uma boa ação educativa, não havendo espaço
adequado para o desenvolvimento integral na aprendizagem, além de não ampliar
as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças brasileiras. Del
13


Priori (2000 apud NASCIMENTO, 2006, p. 27), afirma que “[...] a história da criança
brasileira não foi diferente da história dos adultos, tendo sido feito a sua sombra.”
      Diante as definições da RCNEI:

                       “[...] consideram-se as especificidades afetivas e emocionais, sociais e
                      cognitivas das crianças de zero a seis anos e a qualidade das experiências
                      oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania devem está
                      embasadas nos seguintes princípios: o respeito à dignidade e aos direitos
                      das crianças, considerando suas diferenças individuais, sociais,
                      econômicas, culturais e religiosas; o direito de toda criança brincar,
                      expressar, pensar, interagir além da comunicação infantil; o acesso das
                      crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento
                      das capacidades relativas à expressão, a comunicação, a interação social,
                      ao pensamento à ética e a estética; a socialização das crianças, por meio
                      de participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem
                      discriminação de espécie alguma; o atendimento aos cuidados essenciais,
                      associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua entidade.”
                      (BRASIL, 1998, p. 13).

      Acima de tudo, as crianças têm direito de viver experiências prazerosas nas
instituições, de construir sua identidade pessoal e desenvolver a autonomia e ter
conhecimento de mundo.
      O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069, de 1990), que afirma
os direitos das crianças e as protege; e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, de 1996, que reconhece à educação infantil como primeira etapa da
educação básica, todos esses documentos são conquistas dos movimentos sociais,
movimentos de creches, movimento dos fóruns permanentes de educação infantil.
      É preciso considerar a fase transitória, na busca por um desenvolvimento
integral de suas identidades, capazes de crescer como cidadãos cujos direitos são
reconhecidos.




1.2 O EDUCADOR




      No decorrer da história da educação e da formação dos profissionais da área,
observamos várias definições do que vem a ser a educação e as decorrentes
concepções de educador, entre essas iremos destacar duas:
             A primeira é a educação bancária, onde a educação passa a ser o ato
de depositar, os alunos são os depósitos e o professor aquele que deposita.
14


Segundo Freire (apud FERRARI, 2003, p. 70), “[...] o professor age como quem
deposita conhecimento no aluno apenas receptivo, dócil.”
       Professor é o individuo que repassa aos alunos conhecimento específico de
uma determinada área.
             A segunda, concebida como educação libertadora, é responsável pelos
processos de apropriação de conhecimentos historicamente produzidos e pela
produção de novos conhecimentos.

                      “[...] a pedagogia do oprimido, como pedagogia humanista e libertadora, terá
                      dois momentos distintos. O primeiro em que os oprimidos vão desvelando o
                      mundo da opressão e vão se comprometendo, na práxis, com a sua
                      transformação; segundo, em que, transformada a realidade opressora, esta
                      pedagogia deixa de ser do oprimido e passa a ser a pedagogia dos homens
                      em processo de permanente libertação.” (FREIRE, 1987, p. 40).

       O professor deve se comportar como um provocador de situações,
minimizando a potência de opressão e servindo à causa da libertação.
       Nesse sentido, o educador é o que promove a educação, que procura
contribuir para a construção do caráter, para que o individuo saiba fazer suas
próprias escolhas. Além de repassar conhecimento aos alunos, se preocupa também
com a formação destes, tanto no aspecto técnico quanto moral, ou seja, informa e
forma cidadãos, evidenciando a participação do educando como sujeito da própria
educação.

                      Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar – aprender,
                      participamos de uma experiência total diretiva, política, ideológica,
                      gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se
                      de mãos dadas com a decência e a seriedade [...] (FREIRE, 1997, p.26
                      apud CORSINO, 2006, p. 67).

       O professor deve refletir constantemente sobre o seu papel. Nesse sentido,
ele   deve   estar   apto   às   mudanças,       buscando      novos     conhecimentos,        se
especializando para a melhoria de sua prática pedagógica, analisando se ensina o
que é de direito para os estudantes e se a seleção de conteúdos, capacidades e
habilidades são de fato importantes naquele momento, levando em conta a realidade
dos alunos. Ajuda-os a progredir na aprendizagem, dando cada vez mais sentido ao
contexto cultural, valorizando a auto-estima e a confiança de ser próprio.
       De acordo com Santos (1997 apud RAU, 2007, p. 30), “[...] a falta de clareza
do perfil profissional se reflete nos currículos, tornando os cursos fragmentados e
distantes da prática pedagógica desenvolvida nas escolas.”
15


      No entanto, o educador assume um papel fundamental como mediador das
aprendizagens, devendo o mesmo assumir-se com conhecimentos e critérios,
analisando cuidadosamente os materiais que coloca a disposição das crianças.
      Segundo Olusoga (2011 apud BROCK, 2011, p. 6), “[...] a teoria sociocultural
apresenta o desenvolvimento e o brincar das crianças como processos
fundamentalmente sociais, sendo essencial manter a identidade sociocultural pela
oferta de brincadeiras às crianças.”
      Esses materiais, atraentes no aspecto gráfico e nos estímulos sonoros ou de
movimentos que gratificam a resposta certa, promovem uma aprendizagem passiva
e desprovida de sentido para a criança. Também sabemos que, se a forma como os
materiais estão estruturados pode determinar inicialmente o tipo de atividade em que
a criança se envolve, é, sobretudo, a forma como esses materiais são utilizados que
pode permitir ou não experiências mais ricas.
      Atualmente, pesquisas apontam que há uma necessidade de se trabalhar nas
escolas conteúdos programáticos, para que os alunos possam atingir as
perspectivas esperadas, o que hoje é muito questionado.
      Contudo, os professores devem estar abertos às mudanças na prática que
proporcionem o atendimento dos interesses no processo ensino-aprendizagem,
tendo em vista que a prática educativa é algo muito sério, pois os professores estão
lidando com crianças, adolescentes e até mesmo adultos, estando assim dessa
forma, participando da formação pessoal. Não se pode dizer simplesmente que está
na área de educação por não ter outras possibilidades.
      Segundo Mialaret (1991, apud RAUL, 2007, p. 38), “[...] a prática na aula pode
ser esclarecida pelos princípios teóricos e melhorada pelos resultados da
investigação. A teoria pedagógica só pode erguer–se a partir de uma prática
conhecida e refletida”.
      Vale lembrar que o fracasso ou o sucesso dos educandos depende da má ou
boa formação dos profissionais da educação e, é claro, não generalizando, pois não
podemos afirmar que o aluno de professor despreparado e irresponsável será um
aluno irresponsável, além de outros fatores, dos quais depende o sucesso dos
estudantes, como é o caso do apoio familiar.
      Por isso, temos a convicção de que um dos saberes que consideramos uma
dádiva de Deus constitui-se no ato de educar. Assim, faz-se necessário o
reconhecimento da dignidade e da importância do papel do professor para com a
16


sociedade. De acordo com Freire (2003, p. 48), “[...] reconhecer a importância de
nossa tarefa não significa pensar que ela é a mais importante entre todas. Significa
reconhecer que ela é fundamental. Algo mais: indispensável à vida social.”
          Desse modo não podemos afirmar que a educação é quem transforma a
sociedade, mas sem ela a transformação social é impossível.
          Nós professores, somos profissionais em vários sentidos: por ensinarmos e
nos comprometermos com nosso trabalho, com responsabilidade numa atividade
que exige um processo de ensino-aprendizagem. Essa condição também envolve
conhecimentos e procedimentos, especialmente por lidarmos com muitos jovens e
crianças e por um tempo longo.

                       Para desenvolver sua prática, os professores precisam também
                       desenvolver-se como profissionais e como sujeitos críticos na realidade em
                       que estão, isto é, precisam poder situar-se como educadores e como
                       cidadãos, e, como tais, participantes do processo de construção da
                       cidadania, de reconhecimento de seus direitos e deveres, de valorização
                       profissional [...] (BRASIL, 1997a, p. 52).

          Daí, a importância de considerar três processos na formação docente:
produzir a vida do professor (desenvolvimento pessoal), produzir a profissão docente
(desenvolvimento profissional) produzir a escola (desenvolvimento organizacional).




1.3 LUDICIDADE




          São ações prazerosas que se manifestam por toda existência humana,
capazes de expressar idEias, desejos e sentimentos. Logo tudo que dá prazer é
lúdico.
          Tendo convicção sobre o entendimento do lúdico, é de grande interesse para
os educandos e educadores na prática de ensino-aprendizagem que, a partir da
ação lúdica, a criança possa construir o conhecimento, desenvolvendo um futuro
dinâmico e ágil, adequando aos nossos educandos sem separar o lúdico da prática
educativa.
          Como afirma Costa (2005 apud RAU, 2007, p. 32), “[...] a palavra lúdico vem
do latim ludus e significa brincar. Neste brincar, estão incluídos os jogos, brinquedos
17


e brincadeiras e a palavra é relativa também à conduta daquele que joga, que brinca
e que se diverte.”
      Dessa forma, o jogo dá oportunidade à aprendizagem do sujeito e o seu
desenvolvimento com base na proposta pedagógica de que o processo de ensino
aprendizagem deixa as crianças felizes, estimulando assim os seus conhecimentos
através do ato de aprender brincando.
      Santos (1997 apud RAU, 2007, p. 39), lembra que “[...] a ludicidade é uma
necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como
diversão”, sendo assim, uma tarefa difícil diante das diversas interpretações a ela
destinadas a partir de variadas fontes.
      Acrescentamos que o lúdico se manifesta através do jogo, do brinquedo e da
brincadeira, termos que conceitualmente, apresentam diferenças.
      O jogo é a ação que, voluntariamente, impõe regras, tempo e espaço
determinado. Sendo uma invenção do homem, um ato em que sua intencionalidade
e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a
realidade e o presente, satisfazendo as necessidades das crianças, especialmente a
necessidade de ação.
      Diante dos questionamentos, em especial jogos educativos tem apresentado
inquietações sobre a maneira de como são aplicados na sala de aula, como jogo ou
meio para alcançar o seu objetivo.
      É indiscutível a implantação do jogo como recurso pedagógico, pois, se a
escola tem objetivo a atingir e o aluno busca a construção de seus conhecimentos,
logo o jogo só tem a contribuir nos resultados almejados pela escola.

                     O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural
                     e biológico, é uma atividade livre e alegre que engloba uma significação. É
                     de grande valor social, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais,
                     pois favorece ao desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a
                     inteligência, contribuindo para a adaptação ao grupo, preparando a criança
                     para viver em sociedade, participando e questionando os pressupostos das
                     relações sociais tais como estão postos [...] (KISHIMOTO, 1997 apud RAU,
                     2007 p. 36).

      Brinquedos são objetos utilizados para as brincadeiras existentes no mundo
infantil e apresentam várias manifestações. Os brinquedos variam de acordo com a
idade da criança. Observando os bebês, notamos que eles brincam com o que
conseguem pegar. Como o primeiro sentido a ser desenvolvido é o tato, tudo que
pegam, levam à boca ou ao rosto como pano, os pés deles mesmo, as mãos e até
18


mesmo os dedos dos adultos. As crianças de faixa etária entre dois e três anos,
além de levar objetos à boca, produzem sons e tentam encaixar partes de objetos.
Já crianças mais velhas utilizam brinquedos das diversas categorias manifestadas,
como confecção de materiais perecíveis e objetos do mundo doméstico.

                        O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e espaço próprio, um
                        fazer constituído de experiências culturais, que é universal próprio da saúde,
                        porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais,
                        podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo (a criança) e com
                        os outros [...] (WINNCOTT, 1975, p.63 apud MARTINS e QUEIROZ, 2009,
                        p. 13).

        Brincadeira é uma ação espontânea que a criança constrói, partindo da
fantasia para a realidade. Pipa, esconde-esconde, bolinha de gude, amarelinha,
pega-pega, cantigas de roda, polícia e ladrão, elástico, casinha, dentre outras, são
brincadeiras que estão perdendo espaço para jogos eletrônicos, o que é
preocupante para os educadores, em virtude de seu interesse em preservar as
brincadeiras, de forma que estas não percam seus valores, isso porque os jogos e
as brincadeiras se modificam de geração para geração refletindo as transformações
sociais.
        Portanto, buscamos apresentar a importância do lúdico como recurso
pedagógico na educação, de modo a mostrar as aproximações entre o jogo, o
desenvolvimento e aprendizagem infantil, convidando o professor a rever e repensar
os conceitos que remetem ao lúdico, ou seja, o jogo, o brinquedo e a brincadeira.
        Trata-se de conhecimento indispensável ao profissional da educação para
que construa sua prática pedagógica de maneira consciente, crítica e reflexiva,
empregando a ludicidade no processo de construção de conhecimentos, fazendo
dos jogos, grandes colaboradores na prática pedagógica do professor da educação
infantil.




1.4 A ARTE COMO PROVEDORA DA LUDICIDADE




            Faz-se necessário destacar que a arte é uma das tantas formas do homem
manifestar seu mundo, suas emoções, seus medos, sua cultura e neste sentido ela
se apresenta nas mais diferentes linguagens.
19


      De acordo com Borba e Goulart (2006), podemos dialogar com o mundo,
através de diferentes possibilidades, graças ao homem, que criou a dança, o teatro,
a música, a literatura, as artes visuais e as artes plásticas, as quais representam
formas de expressão e são algo muito sério a se pensar e de urgência a serem
implantados    na   prática   pedagógica,   pois   a   arte   desempenha   um   papel
potencialmente necessário na educação das crianças.
      Poucos têm o conhecimento do que venha a ser a arte, e tão pouco como
surgiu, pois seu surgimento se deu por volta de milhões de anos, evoluindo e
ocupando um importantíssimo espaço na sociedade. Algumas representações da
arte são indispensáveis para muitas pessoas nos dias atuais como, por exemplo, a
música que é capaz de nos fazer felizes quando estamos tristes. Ela funciona como
uma distração para certos problemas, um modo de expressar o que sentimos aos
diversos grupos da sociedade.
      “Assim, a arte é tão importante dentro da escola, quanto fora dela. Por ser um
conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio
cultural da humanidade, e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber.”
(MEIRELES, 2009, p.12). A arte é uma das mais ricas formas de expressão de
nossos sentimentos. A mesma auxilia, por exemplo, numa maior ou menor facilidade
da expressão escrita, uma vez que esta requer muita imaginação. Falando-se em
imaginação, fala-se também na capacidade de lidar com situações difíceis, de
improvisar e muito mais. Por isso, a arte deve ser incentivada e ter seu espaço nos
alunos que colocarão em prática sua sensibilidade artística nas aulas programadas
pelo currículo escolar.
      A arte pode desempenhar um importante papel na educação. De fato, tem-se
sugerido que deveria ser um instrumento básico de educação para desenvolver e
promover o pensamento criador.
      A arte pode ser trabalhada de diversas formas, como desenho livre, pintura,
dança, música, teatro, modelagem, literatura (prosa e poesia) e muito mais. Isso
deveria ter uma significância extraordinária porque está no contexto da criança e as
escolas muitas vezes não dão importância a essas expressões, principalmente nos
espaços de educação infantil. Na medida em que as crianças avançam nos anos
escolares, são diminuídas as chances de expressão, leitura, produção e diferentes
tipos de linguagens. A linguagem que é privilegiada nas escolas é aquela que tem
que cumprir com os conteúdos dos livros didáticos.
20


       Assim, pensar em ludicidade pressupõe o diálogo permanente com o mundo
da arte e de suas variadas linguagens.
       As crianças só podem reinterpretar, criar e transformar, através da arte. Com
isso, amplia o entendimento da realidade e abri caminho para sua participação no
mundo. Desse modo, devem-se dar oportunidades para que as crianças pratiquem a
leitura, a escrita e instiguem a imaginação, a fantasia, a reflexão e o senso crítico.
       Com a Lei n° 9.394/96 (art. 26, § 2°), revogam-se as disposições anteriores e
a arte é considerada obrigatória na educação básica: “[...] O ensino da arte
constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação
básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. (BRASIL, 1996
apud SANTOS, 2006, p.24).

                      O ensino da arte sistematizou–se com a área do conhecimento, com
                      conteúdos específicos constitutivos do currículo escolar. Surgiu a
                      necessidade de capacitar professores para orientar a formação do aluno
                      nesta nova perspectiva de ensino, colaborando na formação do cidadão,
                      buscando a compreensão sobre a produção nacional e internacional da arte
                      [...] (BRASIL, 1997 apud SANTOS, 2006, p. 25).

       Segundo Santos (2006, p. 25), a s leis dão suporte, mas “[...] não garantem o
reconhecimento de um ensino-aprendizagem de arte, que capacite os alunos a
entendê-la, pois o papel do professor é desenvolver no aluno a linguagem da arte,
tornando-o um cidadão inserido em uma determinada cultura.”
       A partir da cultura do educando e seus conhecimentos prévios é que o
professor vai desenvolver suas aulas, fazendo com que elas se tornem mais
dinâmicas, atrativas e significativas.
       Através do convívio com as artes, os educandos adquirem nova visão do
mundo e das coisas: a cor, o movimento, a forma, o gesto, a palavra, a mímica, a
máscara, o riso, a dramatização, o ritmo, a harmonia, o bem-estar, o agrado, a
atração e a alegria de viver mostram aos estudantes horizontes mais amplos.
       A arte deve ser vista nas escolas também como meio de proporcionar uma
relação entre os vários conteúdos específicos das matérias, fazendo com que a
aprendizagem se torne mais efetiva.

                      Nessa perspectiva, uma aprendizagem em arte só é significativa quando o
                      objeto de conhecimento é a própria arte. É por meio dela que o aprendiz
                      será provocado a saber manejar e conhecer a gramática específica de cada
                      linguagem que adquire corporalidade por meio de diferentes matérias,
                      recursos, procedimentos e instrumentos que lhe são peculiares, levando em
                      consideração não só a arte presente nas instituições culturais, nas salas de
21

                    espetáculo e de conserto, mas também a arte pública, as manifestações
                    populares, o nosso patrimônio cultural vivo [...] (DELEUZE, 2009, p. 120).

      Portanto, para se criar é preciso vivenciar experiências, trabalhando a cultura
local, fazendo com que o aluno perceba o que tem de arte em sua comunidade, e
como isso é percebido conhecendo e apropriando-se dos valores, pois “[...] ninguém
cria no vazio.” (BORBA e GOULART, 2006, p.51).
      Contudo, não podemos perder de vista a evolução nesse processo que
envolve a capacidade do pensamento criador das crianças.
22


                              2. METODOLOGIA



2.1 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS




      Esse trabalho de pesquisa se afirma dentro do paradigma qualitativo, porque
diferente da quantitativa, que emprega instrumentos estatísticos, a qualitativa se
destaca pela forma de coleta e análise de dados, preocupando-se em interpretar os
aspectos mais profundos, descrevendo as atitudes do homem e o seu
comportamento complexo, detalhando as investigações, hábitos, atitudes e a forma
de ser de cada um. Mazzotti (2001, p. 163) ressalta que “[...] as pesquisas
qualitativas são caracteristicamente multimetodológicas, isto é, usam uma grande
variedade de procedimentos e instrumentos de coleta de dados.”
      Foi utilizado como instrumento de coleta de dados a observação, porque ela
consiste no elemento básico da pesquisa de campo, ajudando o pesquisador na
identificação e obtenção de provas do fenômeno da pesquisa, possibilitando assim
um contato mais direto com a realidade, ou seja, a observação é o ponto de partida
da investigação, por essa razão, optou-se por esse método.
      Para Lakatos e Marconi (1996), “[...] a observação desempenha papel
importante nos processos observacionais, no contexto da descoberta (...) [essa
técnica] permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou
questionários.”
      Foi utilizado ainda o questionário fechado, o qual nos ofereceu condições de
conhecer e explorar as experiências das pessoas entrevistadas, pois a partir deste,
foi possível obter dados informativos e concretos sobre o fenômeno pesquisado.
      Segundo Parasuraman (1991 apud CHAGAS, 2000), “[...] um questionário é
tão somente um conjunto de questões, feito para gerar os dados necessários para
se atingir os objetivos do projeto.” Utilizamos ainda a entrevista semiestruturada,
pois ela garante mais informações e compreensões das perspectivas e experiências
dos participantes, pois através dela temos um contato direto com os entrevistados,
proporcionando assim uma conversa frente a frente, obtendo resultados satisfatórios
23


e informações necessárias, ressaltando que o ambiente da pesquisa deve ser
reservado e acolhedor, havendo assim um entendimento em ambas as partes.
      De acordo com Triviños (1987 apud CORTELAZZO E ROMANOWSKI, 2007)
“[...] na semiestruturada, o pesquisador necessita manter-se consciente e atuante,
bem como criar um clima harmônico, sem contradizer o informante, ao mesmo
tempo em que expressa a relevância das informações e das opiniões do
pesquisado.”
      Portanto,   todos   esses    processos    facilitam   o   entendimento   dos
questionamentos referentes aos procedimentos de pesquisa, possibilitando assim
uma compreensão crítica dos resultados.




2.2 LÓCUS DE PESQUISA




      O campo empírico da pesquisa foi a Creche Padre Eduardo Clemente,
unidade de ensino situada no município de Itiúba – BA, com três salas, funcionando
nos turnos matutino e vespertino, com cerca de 60 crianças. A creche possui ainda
uma diretoria, uma cozinha e um banheiro.
      A instituição é uma casa residencial que não sofreu alterações, onde os
cômodos que são utilizados como salas de aula são pequenos para comportar o
número de crianças ali existentes, não tendo área de lazer, apresentando ventilação
deficiente e banheiro mal localizado, estando este no mesmo espaço onde funciona
a cozinha, por isso, torna-se inadequada para o funcionamento de um espaço
educativo, havendo assim, inexistência de áreas externas ou espaços alternativos
que propiciem às crianças a possibilidade de estarem ao ar livre, em atividades de
movimentação ampla, tendo seu espaço de convivência, de brincadeira e de
exploração do ambiente enriquecido.


2.3 OS SUJEITOS


      É importante destacar que a equipe de profissionais atuantes da Creche
Padre Eduardo Clemente é composta de seis professores e uma diretora, sendo que
cinco possuem formação de nível superior e duas com magistério, pois os mesmos
24


têm disponibilidade no tempo integral na própria instituição na qual lecionam,
ressaltando ainda que a maioria dos profissionais se encontram com certo nível de
experiência na área de educação infantil.
      Diante disso, a formação e a experiência do professor contribuem
significativamente para atender as necessidades dos alunos, buscando métodos
novos de aprendizagens para os mesmos.
25


              3. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS



      O levantamento dos dados da pesquisa de campo na Creche Padre Eduardo
Clemente, situada no município de Itiúba – BA foi realizado no período de novembro
a dezembro de 2011, onde foram coletadas as informações pertinentes a essa
pesquisa, sendo estes: o lócus e os sujeitos.
      Inicialmente será traçada a análise para a concretização dessa pesquisa,
onde foi através da observação do espaço físico que foi detectado que o mesmo não
é adequado para o funcionamento de uma instituição de ensino. Através da
entrevista, obtivemos as opiniões dos professores a respeito da importância do
lúdico na educação infantil. Utilizamos também o questionário fechado para a
obtenção de informações a respeito do conhecimento que cada professor tem sobre
a importância do lúdico na educação infantil, na qual obtivemos resultados através
da linguagem oral (entrevista), questionário fechado, análise documental (plano de
aula) e observação.
      A análise se deu de forma comparativa entre o questionário fechado,
entrevista semiestruturada, a observação e a análise documental. Dessa forma os
resultados obtidos refletem a análise do questionário fechado e da entrevista
semiestruturada sobre as opiniões dos professores, a respeito da importância do
lúdico na educação infantil. Embora seja uma temática bastante discutida, o lúdico
ainda é visto como jogos e brincadeiras, sendo utilizado de forma fragmentada.




3.1 COMPREENSÕES DOS PROFESSORES SOBRE O LÚDICO




      Na perspectiva de refletir sobre o uso da ludicidade na prática docente dos
professores, questionamos o que vem a ser lúdico e 80% dos pesquisados
afirmaram serem todas e quaisquer ações prazerosas; apenas 20% disseram serem
jogos e brincadeiras.
26


      Gráfico 01 – O que é lúdico?


                                                          Afirmam ser brincadeiras
                             20%
                                                          Afirmam ser momentos de
                                                          recreação
             80%
                                                          Afirmam ser jogos e
                                                          brincadeiras
                                                          Afirmam ser todas e
                                                          quaisquer ações prazerosas


      Fonte: Dados da pesquisa


       Embora a maioria tenha demonstrado que ludicidade está além do manuseio
de jogos e brincadeiras, estando muito mais voltados ao prazer nas ações
desenvolvidas, alguns dos entrevistados entram em contradição como se observa
nas falas:
P1 diz: “é a maneira mais prática que já surgiu para as brincadeiras, é a maneira de
brincar com eles educando;”
P2 diz: “eu acho que é uma coisa valer, é ter objetivo cumprido;”
P3 diz: “é o que eu entendo assim por lúdico, é que são brincadeiras;”
P4 diz: “é a forma de você trabalhar que venha a interagir com eles de forma lúdica,
através de brincadeiras e recreações, adaptando com conteúdos da aula.”
      Observa-se que a maioria dos professores conceituam o que é lúdico, mas
não sabem fazer o manuseio do mesmo com apropriação e desenvoltura,
enriquecendo as possibilidades de intervir no processo de ensino aprendizagem dos
educandos.
       As palavras de Fernandez apontam a relação entre a aprendizagem e o
brincar de maneira cativante:
                     Aprender é apropriar-se da linguagem, é historiar-se ao futuro, é deixar-se
                     surpreender pelo já conhecido. Aprender, é reconhecer-se, admitir-se, crer e
                     criar. Arriscar-se a fazer dos sonhos, textos visíveis. Só será possível que
                     as professoras e professores possam gerar espaços de brincar-aprender
                     para seus alunos, quando estes simultaneamente construírem para si
                     mesmos [...] (FERNANDEZ, 2001 apud RAU, 2007, p. 57).
27


      Portanto, lúdico é o termo utilizado para definir ações prazerosas que o aluno
muitas vezes traz consigo mesmo, basta que o professor faça suas intervenções,
adequando as habilidades e competências necessárias para ter uma boa
aprendizagem no decorrer das atividades.




3.2 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA PRÁTICA DOCENTE




      Quando nos referimos à importância da brincadeira e do jogo no
desenvolvimento integral da criança, 100% dos entrevistados reconhecem que a
ludicidade é importante no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor
da criança.


      Gráfico 02 – O lúdico é importante no processo de desenvolvimento
cognitivo, afetivo e motor?

                              0%

                                                            Afirmam que sim

                                                            Afirmam que não

                          100%                              Não souberam
                                                            responder




      Fonte: Dados da pesquisa


      Embora todos reconheçam quão grande é a importância de se trabalhar a
ludicidade em sua prática docente, no entanto dificilmente a utilizam, pois os
professores afirmam usar a ludicidade em sua prática pedagógica esporadicamente,
sendo que as vezes que usam é só para descontrair ou na hora da recreação, outros
28


dizem que utilizam a ludicidade diariamente, mas no plano de aula observado não
constavam atividades lúdicas.
      Portanto, é importante destacar que nas falas dos professores algumas
contradições aparecem:
P1 diz: “brincando e aprendendo, fazendo reciclagens;”
P2 diz: “realizar atividades com objetivo para uma boa aprendizagem;”
P3 diz: “sim. Para descontrair;”
P4 diz: “associando os conteúdos da aula;”
      Como pode reconhecer a importância do lúdico, mas não usá-lo? Cabe fazer
uma reflexão significativa sobre essa temática, pois pode ser que a educação esteja
precisando de ação, porque o discurso, todos tem, informação também, mas para
que ela funcione, é preciso teoria + ação + reflexão + ação.
      Sabemos que a educação infantil é a base de todo o processo de ensino-
aprendizagem, dessa forma, para que haja uma educação de qualidade, faz-se
necessário usar e abusar da criatividade, explorando as propostas e adequando-as
de acordo a realidade das crianças.
      Friedman (1996 apud RAU, 2007, p. 81), “[...] em seus estudos, destaca a
importância do lúdico como recurso pedagógico, por meio da qual o educador pode
conhecer a realidade lúdica dos seus alunos, seus interesses e necessidades,
comportamentos, conflitos e dificuldades.”
      Portanto, percebe-se que a ludicidade é um dos recursos pedagógicos mais
importantes do processo ensino-aprendizagem, pois além de diagnosticar o que os
alunos querem e o que precisam aprender, é também um recurso facilitador e
estimulador, tanto para os educandos, quanto para os educadores, desenvolvendo
assim, um trabalho de qualidade e de forma significativa.




3.3 O PAPEL DO EDUCADOR




      Quando se interroga sobre o papel do professor, todos afirmam que o papel
do mesmo é buscar formas criativas e estimuladoras para desafiar as estruturas
conceituais dos educandos.
29


      Gráfico 03 – O papel do educador é buscar formas criativas para o
desenvolvimento integral da criança?




                                                                      Afirmam que sim

                                                                      Afirmam que não

                         100%
                                                                      Não souberam
                                                                      responder



      Fonte: Dados da pesquisa


      Mas quando entrevistados, as respostas não condizem com a afirmação
acima, pois:
P1 diz que “o papel do professor é formar cidadãos, ensinar, educar, participando de
acordo com a realidade dele”;
P2 diz que “é transformar o cidadão e fazer com que ele se eduque perante a
sociedade”;
P3 diz que “é se posicionar no desenvolvimento integral da criança”;
P4 diz que “é ser um aprendiz com os alunos”.
      Diante das respostas, percebe-se que os educadores limitam-se apenas com
a formação dos alunos perante a sociedade, mas essa formação vai além do
extremo, pois o educador tem como função ajudar o aluno a se reconhecer como um
ser humano, valorizar-se e respeitar a si mesmo e ao outro, saber seus direitos e
deveres para com a sociedade, pois a educação precisa ultrapassar as paredes dos
muros das escolas e também instigar o aluno a escolher o melhor caminho.

                     Educar é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da
                     sociedade, oferecendo ferramentas para que o outro possa escolher, entre
                     muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, com sua
                     visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá
                     encontrar [...] (Costa, 2005 apud RAU, 2007, p. 37).

      Contudo, faz-se necessário que o professor tenha convicção de seu papel
para que possa relacionar-se adequadamente com seus alunos, adaptando-se com
30


as exigências das novas condições educativas de maneira facilitadora do
conhecimento do processo de ensino-aprendizagem dos educandos.




3.4 A BRINCADEIRA E O JOGO NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA
CRIANÇA




      Ao questionar a respeito do lúdico ser um meio para estimular, analisar e
avaliar as aprendizagens específicas, competências e potencialidades das crianças
envolvidas, 100% concordaram plenamente com a afirmação.


      Gráfico 04 – O lúdico pode ser considerado um meio para estimular,
analisar e avaliar as aprendizagens específicas das crianças?




                                                             Afirmam que sim

                                                             Afirmam que não

                             100%                            Não souberam
                                                             responder



      Fonte: Dados da pesquisa


      Ao entrevistar os professores quando se deve usar o jogo, o brinquedo e a
brincadeira, algumas respostas não condizem com as propostas de implantação do
lúdico na prática docente, pois:
P1 diz: “é importante quando se trabalha com objetivo;”
P2 diz: “quando os alunos estiverem agitados, isto é, procurando atrair os
educandos;”
31


P3 diz: “não é toda hora, nos momentos adequados, quando agente prepara e nos
intervalos;”
P4 diz: “eu acho que é em qualquer momento da aula;”
       Dessa forma, podemos afirmar que os professores, dizem que fazem uma
coisa, mas na prática, fazem outra, concordando estes com as propostas e teorias,
mas não as praticam. Crianças precisam de estímulos, mas não as estimulam. Com
isso, vai-se levando a educação de faz de conta: o professor faz de conta que
ensina e os alunos fazem de conta que aprendem.
       Friedman (1996 apud RAU 2007, p. 88), lembra que “[...] através do jogo, a
criança fornece informações e o jogo pode ser útil para estimular o desenvolvimento
integral da criança e trabalhar os conteúdos curriculares.”
       Contudo, percebe-se que o trabalho com ludicidade na creche, está sendo de
forma fragmentada, pois os jogos, brinquedos e brincadeiras estão sendo usados
aleatoriamente, ou seja, para descontrair ou até mesmo brincar por brincar, não
focando o lúdico no processo de aprendizagem infantil e, por consequência,
gerando-se assim um desestímulo mútuo. Por isso, cabe ao professor apresentar
atividades lúdicas no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo, psicomotor e
social dos educandos, tornando as aulas mais prazerosas para ambas as partes.




3.5 AS CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES SOBRE AS ATIVIDADES COM
INTENÇÃO DE DIVERSÃO




       Ao serem questionados se qualquer brincadeira, jogo e brinquedo, ou
atividade com intenção de diversão podem ser consideradas pedagógicas, 80% dos
entrevistados responderam negativamente e 20% responderam positivamente.
32


      Gráfico 05 – Qualquer atividade com intenção de diversão pode ser
considerada lúdica no ponto de vista pedagógico?




                                    20%                        Afirmam que sim

                                                               Afirmam que não
                80%
                                                               Não souberam
                                                               responder




      Fonte: Dados da pesquisa


       A maioria não demonstra conhecimento sobre atividades pedagógicas, uma
vez que para uma atividade lúdica ter finalidade pedagógica é preciso que tenha
planejamento e objetivos cognitivos, motor e afetivo, mas percebe-se que os
educadores necessitam de mais reflexão a respeito do lúdico como recurso
pedagógico direcionado a recreação e ao lazer, pois quando entrevistados,
obtivemos as seguintes respostas:
P1 diz que “alguns brinquedos são, outros não”;
P2 diz que “não, nem todos. Alguns são pedagógicos, outros não”;
P3 diz que “não. Alguns são, outros só para descontrair mesmo”;
P4 diz que “sim, todas”.
      Vale lembrar que as crianças aprendem brincando, e o brincar é fundamental
no desenvolvimento e na aprendizagem do ser humano, além disso, é através das
brincadeiras que as mesmas criam uma concepção de mundo. Para Drummond
(2003 apud BORBA, 2006, p. 40), “[...] seria soltar-se a si mesmo.”
      Nesse caso, podemos dizer que toda e qualquer atividade lúdica pode ser
considerada pedagógica. Várias vezes, o educador investe mais na área cognitiva
do desenvolvimento, não se preocupando com a área afetiva, e outras vezes faz o
inverso, trabalhando somente a afetividade, mas não fazendo nenhum planejamento
33


para ajudar os educandos a progredir na aprendizagem. Sabemos que o lúdico
como recurso pedagógico é de fundamental importância para o processo de ensino-
aprendizagem.
          Nessa perspectiva, para que as atividades sejam lúdicas no ponto de vista
pedagógico, é preciso que o professor em sua prática de ensino planeje
adequadamente como vai usar a ludicidade para alcançar as metas que pretendem
atingir     e, além disso, elabore diferentes estratégias e oportunidades de
aprendizagem. Mas não basta somente planejar, é importante também analisar: com
que finalidade e a quem estão servindo? Isso só é possível através da observação e
de uma árdua reflexão, procurando conhecer as crianças e compreender o seu
mundo.
          De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação
Infantil – RCNEI (1997, apud RAU, 2007, p. 98), “[...] a brincadeira favorece a
autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente as aquisições de
forma criativa. Brincar contribui assim para a interiorização de âmbito de grupos
sociais diversos.”
          Vale ressaltar que é através da brincadeira que a criança expressa seus
sentimentos diante do meio em que vive, encarando desafios, exercitando a
linguagem, ampliando o vocabulário e até mesmo aprendendo a conviver com
situações diferentes. É importante destacar que a ludicidade é uma forma dos
educandos ampliarem seus conhecimentos, principalmente quando os mesmos
vivenciam sua realidade. Mesmo porque, trabalhando o lúdico de forma criativa, o
professor possibilita que os alunos aprendam de forma prazerosa e significativa.
          Enfim, faz-se necessário deixar que as crianças vivenciem sua realidade
através da ludicidade, fazendo com que o educador conheça o seu aluno e o meio
que o cerca, formando sujeitos plenos e autônomos, construtores de sua própria
história.
34


                         CONSIDERAÇÕES FINAIS



      Este trabalho teve como objetivo analisar as concepções dos professores
sobre a importância do lúdico no desenvolvimento integral da criança, da Creche
Padre Eduardo Clemente, no bairro Projeto Sertanejo I, da cidade de Itiúba – BA.
      Os resultados obtidos ressaltam a necessidade de uma reflexão sobre a
importância do lúdico como um recurso fundamental no desenvolvimento e na
aprendizagem da criança na educação infantil, tendo em vista que este é um
instrumento de grande importância para o desenvolvimento integral da criança,
possibilitando assim, uma aprendizagem mais significativa. Vale salientar que o
mesmo está sendo usado aleatoriamente, ou seja, só para descontrair, onde os
professores concordam com as propostas e teorias, mas não as praticam. Pois,
sabemos que o brincar faz parte da natureza de ser criança, já que toda criança tem
fome de brincar. Cabe aos professores aliar a brincadeira ao aprendizado, fazendo
com que as crianças aprendam de forma eficaz, obtendo assim resultados
satisfatórios para ambas as partes. Sendo assim, por que usar o lúdico só nos
momentos de recreação e descontração? Por que tamanha resistência em usar o
lúdico como um recurso facilitador? Por que não desapegar-se ao tradicionalismo,
dando a oportunidade ao novo?
      Contudo faz-se necessário essas reflexões e quem sabe amanhã o lúdico
seja visto como um excelente instrumento pedagógico. Vale lembrar que o professor,
ao utilizar o lúdico como um recurso pedagógico com o objetivo, propicia aos
educandos uma aprendizagem mais significativa. Nesse sentido, o emprego da
ludicidade na prática de ensino contribui significativamente para que as crianças
aprendam mais e de maneira prazerosa, alinhando assim o prazer e o divertimento à
aprendizagem. Destacando ainda que a ludicidade possibilita no aspecto afetivo, o
desenvolvimento da atenção, do amor, da amizade, do carinho e respeito para com
o outro.
      Observamos também que a instituição onde se realizou a pesquisa não
oferece estrutura que possibilite às crianças um ambiente acolhedor, que permitam
um desenvolvimento integral das mesmas, pois a área de funcionamento não é um
ambiente construído propriamente para um espaço educativo, a qual é uma casa
35


residencial que não sofreu alterações, onde os cômodos que são utilizados como
salas de aula são pequenos para comportar o número de crianças ali existentes, não
tendo área de lazer, apresentando ventilação deficiente e banheiro mal localizado.
Logo é preciso que haja um espaço adequado que permita o desenvolvimento dos
educandos nas realizações e explorações de jogos e brincadeiras durante todo o
processo de ensino-aprendizagem.
      Portanto, cabe aos professores refletirem sobre a importância de implantar a
ludicidade na educação infantil, a qual poderá contribuir para uma aprendizagem
significativa dos educandos a partir do conhecimento e da prática lúdica, de forma
coerente com as especificidades de desenvolvimento, bem como nos aspectos
físicos, cognitivos, psicológicos, intelectual e social. Sabemos, no entanto, que as
reflexões e possibilidades aqui apresentadas não atingem todas as creches
(população amostral), mas apenas uma pequena parcela deste universo (amostra).
Ainda assim, cremos que poderá ser de fundamental importância para um processo
de ensino-aprendizagem.
      Por isso faz-se necessário repensar sobre a formação dos educadores em
educação infantil, para que esses profissionais atuem com conhecimento sobre a
ludicidade na sala de aula, podendo ampliar assim sua prática docente durante todo
o processo de ensino-aprendizagem.
36


                                 REFERÊNCIAS


BLAU, Junior. Quatro letras: a língua do mundo. In: MARTINS, M. C.; PICOSQUE,
G.; GUERRA, M. T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo. São
Paulo: FTD, 2009. p. 35.

BORBA, A. M.; GOULART, C. As diversas expressões e o desenvolvimento da
criança na escola. In: BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do.
Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis
anos de idade. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006. p. 47 - 55.

BORBA, Ângela Meyer. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In:
BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do. Ensino fundamental de
nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília:
FNDE, Estação Gráfica, 2006. p. 33 - 44.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil:
introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 13 – 84.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Básica.
Parâmetros nacionais de qualidade para educação infantil: introdução. Brasília:
MEC/SEB, v. 2, 2008, p. 28.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros
básicos de infraestrutura para instituição de educação infantil. Brasília: MEC/SEB,
2008, p. 9 - 10.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: arte. Brasília: MEC/SEF, 1997b, p. 19 – 22.

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares
nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Brasília: MEC/SEF, 1997a,
p. 52.

BROCK, Avril. A importância do brincar na infância. Revista Pátio da Educação
Infantil, n. 27, 2011, p. 6.

CORSINO, Patrícia. As crianças de seis anos e as áreas do conhecimento. In:
BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do. Ensino fundamental de
nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília:
FNDE, Estação Gráfica, 2006. p. 57 – 67.

CORTELAZZO, I. B. de C.; ROMANOWSKI, J. P. Pesquisa e prática profissional:
procedimentos de pesquisa. Curitiba: Ibpex, 2007, p. 9 – 58.

DELEUZE, Gilles. Em busca de uma aprendizagem significativa. In: MARTINS, M.
C.; PICOSQUE, G.; GUERRA, M. T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua
do mundo. São Paulo: FTD, 2009. p. 120.
37


FERRARI, Márcio. Grandes pensadores. Revista Nova Escola, edição especial,
2003, p. 70.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1987, p. 40.

FREIRE, Paulo. Professora sim tia não: cartas a quem ousa ensinar. 13. ed. São
Paulo: Olho d’água, 2003, p. 5 – 127.

KRAMER, Sonia. A infância e sua singularidade. In: BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S.
D.; NASCIMENTO, A. R. do. Ensino fundamental de nove anos: orientações para
a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006.
p. 13 - 21.

MARCONI, M. D. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e
execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise
e interpretação de dados. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 1996.

MEIRELES, Cecília. Pra início de conversa. In: MARTINS, M. C.; PICOSQUE, G.;
GUERRA, M. T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo. São
Paulo: FTD, 2009. p. 12.

NASCIMENTO, Anelise Monteiro do. A infância na escola e na vida: uma relação
fundamental. In: BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do. Ensino
fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de
idade. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006. p. 25 - 31.

PIMENTA, Selma Garrido (org). Saberes pedagógicos e atividades docente. São
Paulo: Cortez, 1999, p. 15 – 32.

QUEIROZ, T. D.; MARTINS, J. L. Pedagogia lúdica: jogos e brincadeiras de A a Z.
2. ed. São Paulo: Rideel, 2009, p. 13.

RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A ludicidade na educação: uma atitude
pedagógica. 20. ed. Curitiba: Ibpex, 2007. 164 p.

SANTOS, Gisele do Rocio Cordeiro Mugnol. A metodologia do ensino de arte. 20
ed. Curitiba: Ibpex, 2006. 114 p.
APÊNDICE A – FICHA INDIVIDULAL DO DOCENTE




                        Universidade do Estado da Bahia UNEB
                   Departamento de Educação Campus VII – Senhor do Bonfim
                                 Rede UNEB / Itiúba – Bahia
                                      Curso: Pedagogia

    Acadêmica – Alaíde Pereira dos Santos, Creuza Alves dos Santos, Jaci Nascimento da Silva,
                                      Rose Mary O. Reis

                         Ficha Individual do docente da Educação Infantil

Nome Completo:
Endereço:
Tel.:
Email:
Creche:
Email da Creche:
Quantidade de alunos:
Faixa etária:
Espaço físico adequado ( ) sim    (   ) não

                                              1. Perfil

01) Casada?
( ) sim (      ) não

02) Tem filhos?
( ) sim ( ) não

03) Trabalha quantas horas?
( ) 20h com Educação Infantil e 20 ensinando em outra modalidade;
( ) 40h com a Educação Infantil
( ) Só 20h com Educação Infantil

04) Nível de Formação:
( ) Ensino Médio (magistério);
( ) Ensino Médio ( outros);
( ) Pedagogia;
( ) Outras licenciaturas;
( ) Bacharelado.

05) Há quanto tempo trabalha com Educação Infantil?
( ) Primeira vez;
( ) 01 ano;
( ) 02 anos;
( ) 03 anos;
( ) Mais de quatro anos. Quantos anos?
06) Mora na localidade na qual leciona?
( ) sim ( ) não

                                  2. Compreensões sobre ludicidade

07) Lúdico pra você é:
( ) Brincadeiras;
( ) Momentos de recreação;
( ) Jogos e brincadeiras;
( ) São ações prazerosas que se manifestam por toda existência humana capazes de expressar, idéias,
desejos e sentimentos.

08) Qualquer atividade com intenção de diversão pode ser considerada lúdica no ponto de vista
pedagógico?
( ) Sim                  ( ) Não                ( ) Não sei

09) Todo jogo brinquedo ou brincadeira é pedagógico?
( ) Sim                   ( ) Não                  ( ) As vezes

10) Você concorda que o lúdico é de fundamental importância para o ensino aprendizagem na
Educação Infantil?
( ) Sim                ( ) Não               ( ) Não sei

11) Você a acha que a aplicação de jogos, brincadeiras e brinquedos em diferentes situações
educacionais podem ser um meio para estimular, analisar e avaliar aprendizagens específicas,
competências e potencialidades das crianças envolvidas?
( ) Sim                    ( ) Não                  ( ) Não sei

12) Toda atividade lúdica tem finalidades pedagógicas?
( ) Sim                     ( ) Não                 ( ) Não sei

13) Você concorda que o brincar revela o nível de desenvolvimento mental da criança?
( ) Sim                   ( ) Não                   ( ) Não sei

14) É correto afirmar que o lúdico é importante no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e
motor?
( ) Sim                    ( ) Não                  ( ) Não sei

                                          3. Papel do educador

15) Você utiliza a ludicidade em sua prática pedagógica?
( ) Sim                     ( ) Não                  ( ) As vezes

16) Com que prioridade?
( ) Diariamente;
( ) Raramente;
( ) De vez em quando;
( ) Nuca.

17) Pode se afirmar que o papel do educador é buscar formas criativas e estimuladoras para desafiar as
estruturas conceituais dos educandos e provocar a instabilidade cognitiva dos mesmos.
( ) Sim                     ( ) Não                  ( ) Não sei
APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE ENTREVISTA




                              Universidade do Estado da Bahia UNEB
                   Departamento de Educação Campus VII – Senhor do Bonfim
                                    Rede UNEB / Itiúba – Bahia
                                         Curso: Pedagogia
      Acadêmica – Alaíde Pereira dos Santos, Creuza Alves dos Santos, Jaci Nascimento da Silva,
                                        Rose Mary O. Reis

Entrevista

1.0     O que é lúdico?

1.1     Toda brincadeira é pedagógica?

1.2      Qual a importância da brincadeira e do jogo no desenvolvimento integral da criança?

2.0     Como você usa a ludicidade em suas atividades docentes?

2.1     Qual o papel do educador?

2.2     Quando se deve usar o jogo, o brinquedo e brincadeira em atividades docentes?

3.0     Você tem formação específica para atuar na educação infantil?

3.1     Você participa de cursos de formação para educação infantil?

3.2      Está previsto no seu plano de aula momentos de atividades lúdicas?

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A importância do lúdico na visão de professores da educação infantil

  • 1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO/CAMPUS VII CURSO DE PEDAGOGIA A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ALAÍDE PEREIRA DOS SANTOS CREUZA ALVES DOS SANTOS JACI NASCIMENTO DA SILVA ROSE MARY REIS DE OLIVEIRA ITIÚBA 2012
  • 2. ALAÍDE PEREIRA DOS SANTOS CREUZA ALVES DOS SANTOS JACI NASCIMENTO DA SILVA ROSE MARY REIS DE OLIVEIRA A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Monografia apresentada ao Colegiado de Pedagogia da Universidade do Estado da Bahia - Departamento de Educação Campus VII, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Pedagoga. Orientadora: Professora Ms. Maria Elizabeth Souza Gonçalves ITIÚBA 2012
  • 3. ALAÍDE PEREIRA DOS SANTOS CREUZA ALVES DOS SANTOS JACI NASCIMENTO DA SILVA ROSE MARY REIS DE OLIVEIRA A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Monografia submetida à aprovação da Banca Examinadora, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Educação - Campus VII. Aprovada em:_____/_____/_____ Banca Examinadora: ______________________________________________________ Professora M.Sc. Maria Elizabeth Souza Gonçalves – Orientadora Universidade do Estado da Bahia (UNEB - Campus VII) __________________________ __________________________ Avaliador Avaliador
  • 4. Dedicamos este trabalho aos nossos pais, bem como a todos os nossos familiares que sempre acreditaram no nosso potencial e nos incentivaram a persistir firmes na busca do conhecimento, sendo verdadeiros pedagogos co-participantes na construção de nossos saberes, bem como na difusão destes em prol de uma melhor educação.
  • 5. AGRADECIMENTOS As palavras se tornam insuficientes para dizer o quanto somos gratas a Deus, por ter nos concedido a oportunidade de chegarmos até aqui, por ter nos iluminado, dando força e coragem para a realização deste trabalho, sendo presença ativa e constante em nossas vidas. Aos nossos pais, Francisco e Maria Amélia; José e Marina; José e Maria; Delfino e Maria, pelo apoio, compreensão e amor que sempre encontramos em todos os momentos da nossa vida. Somos gratas aos nossos irmãos, Edmilson, Magna, Magnolia, Eliete, Jailson, Arlete, Anizete, Arlene e Adriano; Reginaldo, Roseneide, Rogério, Romilda, Nobert, Regivaldo, Pedro e Josevaldo; Josélia, José Alberto, Adilson, Janice e Agilson; Lurdes e Normaci, por acreditarem sempre em nossos sonhos e por nos fazerem compreender o verdadeiro valor de uma família na vida de um ser humano. Agradecemos também aos nossos filhos, Laerte e Saulo; Vitor e Vitor Gabriel; Thiago e Cristiane, por terem prestado relevante contribuição, apoiando incondicionalmente a realização deste trabalho. Agradecemos em especial à professora orientadora, Elizabeth Gonçalves, bem como a nossa coordenadora, Normaci Reis, por terem compartilhado parte do conhecimento que possuem em benefício da elaboração deste trabalho. Somos gratas a todo o corpo docente do Curso de Pedagogia da Uneb – Campus VII, em especial aos professores (as) Adson, Assivânia, Alayde, Paulo Machado, Rita Braz, Geyza Andrade, Valmir, Gilberto Lima, dentre outros que contribuíram significativamente para a nossa formação profissional. Por fim, somos gratas aos nossos colegas de curso pelo companheirismo, em especial a Elizabete, Claudinete e Isnaide pela parceria. Obrigada!
  • 6. "Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem." (Carlos Drummond de Andrade)
  • 7. RESUMO Este trabalho foi pensado no sentido de analisar as concepções dos professores sobre a importância do lúdico no desenvolvimento integral da criança, referentes à utilização de atividades lúdicas como recursos pedagógico na educação infantil. Este estudo foi elaborado, tendo como principais teóricos, Santos (2007), Costa (2007) e Kishimoto (2007). A metodologia aqui adotada foi a pesquisa qualitativa, tendo sido utilizados como instrumentos de coleta de dados o questionário fechado, a entrevista semiestruturada, a análise documental e observação. O trabalho de campo teve como lócus a Creche Padre Eduardo Clemente, localizada no Projeto Sertanejo I, cidade de Itiúba – BA. Os sujeitos da pesquisa foram seis professores da educação infantil. Os resultados obtidos mostram que, apesar do reconhecimento da importância do lúdico, os professores ainda o usam de forma aleatória, usando-os nos momentos de recreação e de agitação, ou até mesmo para descontrair, isto é, usam a ludicidade apenas como diversão. Vale lembrar que a instituição referida não é adequada para o funcionamento de um ambiente educativo. Palavras-chave: Educação infantil. Educador. Ludicidade.
  • 8. ABSTRACT This study was designed to examine the teachers' conceptions about the importance of play in the development of the child, concerning the use of recreational activities and educational resources in early childhood education. This study was designed, with the main theoretical, Santos (2007), Costa (2007) and Kishimoto (2007). The methodology adopted was the qualitative research were used as instruments of data collection the survey closed, semistructured interviews and documentary analysis. The field work was the locus Fr Edward Clement Nursery, located in the Project Sertanejo I Itiúba city - BA. The subjects were six teachers of early childhood education. The results show that, despite the recognition of the importance of play, the teachers still use it randomly, using them in moments of recreation and agitation, or even to relax, that is, use the playfulness just as fun. Remember that the institution that is not appropriate for the operation of an educational environment. Keywords: Child education. Educator. Playfulness.
  • 9. LISTA DE ILUSTRAÇÕES GRÁFICO 01 – O que é lúdico? 26 GRÁFICO 02 – O lúdico é importante no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor? 27 GRÁFICO 03 – O papel do educador é buscar formas criativas para o desenvolvimento integral da criança? 29 GRÁFICO 04 – O lúdico pode ser considerado um meio para estimular, analisar e avaliar as aprendizagens específicas das crianças? 30 GRÁFICO 05 – Qualquer atividade com intenção de diversão pode se considerada lúdica no ponto de vista pedagógico 32
  • 10. SUMÁRIO INTRODUÇÃO 10 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 12 1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL 12 1.2 O EDUCADOR 13 1.3 LUDICIDADE 16 1.4 A ARTE COMO PROVEDORA DA LUDICIDADE 18 2 METODOLOGIA 22 2.1 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 22 2.2 LÓCUS DE PESQUISA 23 2.3 OS SUJEITOS 23 3 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS 25 3.1 COMPREENSÕES DOS PROFESSORES SOBRE O LÚDICO 25 3.2 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA PRÁTICA DOCENTE 27 3.3 O PAPEL DO EDUCADOR 28 3.4 A BRINCADEIRA E O JOGO NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA CRIANÇA 30 3.5 AS CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES SOBRE AS ATIVIDADES COM INTENÇÃO DE DIVERSÃO 31 CONSIDERAÇÕES FINAIS 34 REFERÊNCIAS 36 APÊNDICE A – FICHA INDIVIDUAL DO DOCENTE APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE ENTREVISTA
  • 11. 10 INTRODUÇÃO A atual concepção sobre o lúdico na educação infantil tem levado os profissionais da educação a refletirem sobre o uso da ludicidade em sua prática pedagógica, como forma de estimular o processo de apropriação de conhecimentos dos educandos, tendo este trabalho como objetivo analisar as concepções dos professores sobre a importância do lúdico no desenvolvimento integral da criança. A formação lúdica se assenta em pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, proporcionando aos futuros educadores vivências lúdicas, experiências corporais, que se utilizam da ação, do pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fonte dinamizadora [...] (SANTOS, 1997 apud RAU, 2007, p.30). Nesse sentido, uma das alternativas é conciliar o prazer e o divertimento à aprendizagem. Como ponto de partida, faz-se necessário que o educador reflita de forma crítica o desenvolvimento das aulas, identificando na prática do professor se há o momento de aplicabilidade do lúdico em sua prática pedagógica. Essa postura exige profundas mudanças nas atitudes pedagógicas, para que venham a usá-las com desenvoltura, independentemente das condições a que cada educador venha a utilizar em sua prática docente, tornando suas aulas atrativas e prazerosas, preparando a criança para que ela torne-se um sujeito construtor de seu próprio saber no meio em que vive. Os educadores têm em mãos um instrumento de grande importância, basta somente usar a criatividade, interligando o prazer do brincar com a necessidade de aprender, ampliando os seus conhecimentos prévios e tornando a aprendizagem mais dinâmica e significativa. A escolha da temática “A Importância do Lúdico na Educação Infantil” se deu em função da experiência de nossa prática docente, influenciando-nos o fato de que há uma carência de capacitação dos professores na área, com o uso do lúdico nas metodologias desenvolvidas, sendo que a ação pedagógica está sendo restrita aos métodos tradicionais. As disciplinas de alfabetização metodológica de jogos, brinquedos e brincadeiras são de fundamental importância no desenvolvimento cognitivo, motor e
  • 12. 11 afetivo dos educandos. Nesse sentido, a temática nos leva a refletir sobre a nossa prática pedagógica, utilizando a ludicidade na educação infantil. Essa temática tem como objetivo analisar as concepções dos professores sobre a importância do lúdico no desenvolvimento integral da criança, onde poderão adquirir novos métodos para serem desenvolvidos com o uso do lúdico, partindo do princípio de que as crianças aprendem brincando, tendo, portanto, a convicção de que essa temática poderá contribuir para uma possível reflexão sobre a ação pedagógica. Assim, como veremos mais adiante, o primeiro capítulo consta de uma fundamentação teórica, na qual se encontram os referenciais sobre a educação infantil, o educador, a ludicidade e a arte. O segundo capítulo trata-se da metodologia utilizada para a realização deste estudo, apontando a relevância da temática para a prática. O terceiro capítulo diz respeito à análise e interpretação dos dados e seu embasamento teórico, contendo o levantamento dos dados da pesquisa, a qual teve como base o lócus e os sujeitos. Por último chega-se a algumas considerações finais que compõem o fechamento do estudo, com reflexões e sugestões acerca do mesmo.
  • 13. 12 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 EDUCAÇÃO INFANTIL As concepções da educação infantil vêm sendo mudadas ao longo do tempo. Séculos atrás, as crianças eram mal vistas até pelas mães, por motivos culturais e pelo alto índice de mortalidade infantil. Talvez as mortes prematuras por falta de cuidado com as crianças contribuíssem para o desafeto das mães. Em algumas sociedades anteriores, as famílias pobres entregavam os seus filhos aos orfanatos. Com a chegada dos imigrantes, foi-se ampliando o atendimento a essas crianças, aumentando o número de creches e jardins de infância em todo o país, com a perspectiva ao atendimento a área da saúde. É possível observar que, com o passar do tempo, o tratamento da infância brasileira evoluiu bastante, tanto intelectual como assistencial, tendo maior possibilidade de respeito, valorização da criança como cidadã. “A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico.” (BRASIL, 1998, p. 21). É extremamente importante a promoção de uma educação de qualidade para todas as crianças, o que envolve também o ambiente construído. De acordo com a Constituição Federal de 1988, houve um grande avanço para a garantia à educação infantil com acesso para todas as crianças de zero a seis anos à creche e pré- escola, havendo assim uma mudança de concepção perante a sociedade, deixando de ser obra de caridade e transformando-se em direito da criança. A educação infantil “[...] tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” (BRASIL, 2008, p. 28). No Brasil, os ambientes de educação infantil apresentam grande carência na manutenção dos cuidados básicos na alimentação, que é incompleta e até mesmo inadequada, não contribuindo para uma boa ação educativa, não havendo espaço adequado para o desenvolvimento integral na aprendizagem, além de não ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças brasileiras. Del
  • 14. 13 Priori (2000 apud NASCIMENTO, 2006, p. 27), afirma que “[...] a história da criança brasileira não foi diferente da história dos adultos, tendo sido feito a sua sombra.” Diante as definições da RCNEI: “[...] consideram-se as especificidades afetivas e emocionais, sociais e cognitivas das crianças de zero a seis anos e a qualidade das experiências oferecidas que podem contribuir para o exercício da cidadania devem está embasadas nos seguintes princípios: o respeito à dignidade e aos direitos das crianças, considerando suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais e religiosas; o direito de toda criança brincar, expressar, pensar, interagir além da comunicação infantil; o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, a comunicação, a interação social, ao pensamento à ética e a estética; a socialização das crianças, por meio de participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; o atendimento aos cuidados essenciais, associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua entidade.” (BRASIL, 1998, p. 13). Acima de tudo, as crianças têm direito de viver experiências prazerosas nas instituições, de construir sua identidade pessoal e desenvolver a autonomia e ter conhecimento de mundo. O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069, de 1990), que afirma os direitos das crianças e as protege; e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996, que reconhece à educação infantil como primeira etapa da educação básica, todos esses documentos são conquistas dos movimentos sociais, movimentos de creches, movimento dos fóruns permanentes de educação infantil. É preciso considerar a fase transitória, na busca por um desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescer como cidadãos cujos direitos são reconhecidos. 1.2 O EDUCADOR No decorrer da história da educação e da formação dos profissionais da área, observamos várias definições do que vem a ser a educação e as decorrentes concepções de educador, entre essas iremos destacar duas: A primeira é a educação bancária, onde a educação passa a ser o ato de depositar, os alunos são os depósitos e o professor aquele que deposita.
  • 15. 14 Segundo Freire (apud FERRARI, 2003, p. 70), “[...] o professor age como quem deposita conhecimento no aluno apenas receptivo, dócil.” Professor é o individuo que repassa aos alunos conhecimento específico de uma determinada área. A segunda, concebida como educação libertadora, é responsável pelos processos de apropriação de conhecimentos historicamente produzidos e pela produção de novos conhecimentos. “[...] a pedagogia do oprimido, como pedagogia humanista e libertadora, terá dois momentos distintos. O primeiro em que os oprimidos vão desvelando o mundo da opressão e vão se comprometendo, na práxis, com a sua transformação; segundo, em que, transformada a realidade opressora, esta pedagogia deixa de ser do oprimido e passa a ser a pedagogia dos homens em processo de permanente libertação.” (FREIRE, 1987, p. 40). O professor deve se comportar como um provocador de situações, minimizando a potência de opressão e servindo à causa da libertação. Nesse sentido, o educador é o que promove a educação, que procura contribuir para a construção do caráter, para que o individuo saiba fazer suas próprias escolhas. Além de repassar conhecimento aos alunos, se preocupa também com a formação destes, tanto no aspecto técnico quanto moral, ou seja, informa e forma cidadãos, evidenciando a participação do educando como sujeito da própria educação. Quando vivemos a autenticidade exigida pela prática de ensinar – aprender, participamos de uma experiência total diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética, em que a boniteza deve achar-se de mãos dadas com a decência e a seriedade [...] (FREIRE, 1997, p.26 apud CORSINO, 2006, p. 67). O professor deve refletir constantemente sobre o seu papel. Nesse sentido, ele deve estar apto às mudanças, buscando novos conhecimentos, se especializando para a melhoria de sua prática pedagógica, analisando se ensina o que é de direito para os estudantes e se a seleção de conteúdos, capacidades e habilidades são de fato importantes naquele momento, levando em conta a realidade dos alunos. Ajuda-os a progredir na aprendizagem, dando cada vez mais sentido ao contexto cultural, valorizando a auto-estima e a confiança de ser próprio. De acordo com Santos (1997 apud RAU, 2007, p. 30), “[...] a falta de clareza do perfil profissional se reflete nos currículos, tornando os cursos fragmentados e distantes da prática pedagógica desenvolvida nas escolas.”
  • 16. 15 No entanto, o educador assume um papel fundamental como mediador das aprendizagens, devendo o mesmo assumir-se com conhecimentos e critérios, analisando cuidadosamente os materiais que coloca a disposição das crianças. Segundo Olusoga (2011 apud BROCK, 2011, p. 6), “[...] a teoria sociocultural apresenta o desenvolvimento e o brincar das crianças como processos fundamentalmente sociais, sendo essencial manter a identidade sociocultural pela oferta de brincadeiras às crianças.” Esses materiais, atraentes no aspecto gráfico e nos estímulos sonoros ou de movimentos que gratificam a resposta certa, promovem uma aprendizagem passiva e desprovida de sentido para a criança. Também sabemos que, se a forma como os materiais estão estruturados pode determinar inicialmente o tipo de atividade em que a criança se envolve, é, sobretudo, a forma como esses materiais são utilizados que pode permitir ou não experiências mais ricas. Atualmente, pesquisas apontam que há uma necessidade de se trabalhar nas escolas conteúdos programáticos, para que os alunos possam atingir as perspectivas esperadas, o que hoje é muito questionado. Contudo, os professores devem estar abertos às mudanças na prática que proporcionem o atendimento dos interesses no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista que a prática educativa é algo muito sério, pois os professores estão lidando com crianças, adolescentes e até mesmo adultos, estando assim dessa forma, participando da formação pessoal. Não se pode dizer simplesmente que está na área de educação por não ter outras possibilidades. Segundo Mialaret (1991, apud RAUL, 2007, p. 38), “[...] a prática na aula pode ser esclarecida pelos princípios teóricos e melhorada pelos resultados da investigação. A teoria pedagógica só pode erguer–se a partir de uma prática conhecida e refletida”. Vale lembrar que o fracasso ou o sucesso dos educandos depende da má ou boa formação dos profissionais da educação e, é claro, não generalizando, pois não podemos afirmar que o aluno de professor despreparado e irresponsável será um aluno irresponsável, além de outros fatores, dos quais depende o sucesso dos estudantes, como é o caso do apoio familiar. Por isso, temos a convicção de que um dos saberes que consideramos uma dádiva de Deus constitui-se no ato de educar. Assim, faz-se necessário o reconhecimento da dignidade e da importância do papel do professor para com a
  • 17. 16 sociedade. De acordo com Freire (2003, p. 48), “[...] reconhecer a importância de nossa tarefa não significa pensar que ela é a mais importante entre todas. Significa reconhecer que ela é fundamental. Algo mais: indispensável à vida social.” Desse modo não podemos afirmar que a educação é quem transforma a sociedade, mas sem ela a transformação social é impossível. Nós professores, somos profissionais em vários sentidos: por ensinarmos e nos comprometermos com nosso trabalho, com responsabilidade numa atividade que exige um processo de ensino-aprendizagem. Essa condição também envolve conhecimentos e procedimentos, especialmente por lidarmos com muitos jovens e crianças e por um tempo longo. Para desenvolver sua prática, os professores precisam também desenvolver-se como profissionais e como sujeitos críticos na realidade em que estão, isto é, precisam poder situar-se como educadores e como cidadãos, e, como tais, participantes do processo de construção da cidadania, de reconhecimento de seus direitos e deveres, de valorização profissional [...] (BRASIL, 1997a, p. 52). Daí, a importância de considerar três processos na formação docente: produzir a vida do professor (desenvolvimento pessoal), produzir a profissão docente (desenvolvimento profissional) produzir a escola (desenvolvimento organizacional). 1.3 LUDICIDADE São ações prazerosas que se manifestam por toda existência humana, capazes de expressar idEias, desejos e sentimentos. Logo tudo que dá prazer é lúdico. Tendo convicção sobre o entendimento do lúdico, é de grande interesse para os educandos e educadores na prática de ensino-aprendizagem que, a partir da ação lúdica, a criança possa construir o conhecimento, desenvolvendo um futuro dinâmico e ágil, adequando aos nossos educandos sem separar o lúdico da prática educativa. Como afirma Costa (2005 apud RAU, 2007, p. 32), “[...] a palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. Neste brincar, estão incluídos os jogos, brinquedos
  • 18. 17 e brincadeiras e a palavra é relativa também à conduta daquele que joga, que brinca e que se diverte.” Dessa forma, o jogo dá oportunidade à aprendizagem do sujeito e o seu desenvolvimento com base na proposta pedagógica de que o processo de ensino aprendizagem deixa as crianças felizes, estimulando assim os seus conhecimentos através do ato de aprender brincando. Santos (1997 apud RAU, 2007, p. 39), lembra que “[...] a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão”, sendo assim, uma tarefa difícil diante das diversas interpretações a ela destinadas a partir de variadas fontes. Acrescentamos que o lúdico se manifesta através do jogo, do brinquedo e da brincadeira, termos que conceitualmente, apresentam diferenças. O jogo é a ação que, voluntariamente, impõe regras, tempo e espaço determinado. Sendo uma invenção do homem, um ato em que sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente, satisfazendo as necessidades das crianças, especialmente a necessidade de ação. Diante dos questionamentos, em especial jogos educativos tem apresentado inquietações sobre a maneira de como são aplicados na sala de aula, como jogo ou meio para alcançar o seu objetivo. É indiscutível a implantação do jogo como recurso pedagógico, pois, se a escola tem objetivo a atingir e o aluno busca a construção de seus conhecimentos, logo o jogo só tem a contribuir nos resultados almejados pela escola. O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural e biológico, é uma atividade livre e alegre que engloba uma significação. É de grande valor social, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais, pois favorece ao desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a inteligência, contribuindo para a adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade, participando e questionando os pressupostos das relações sociais tais como estão postos [...] (KISHIMOTO, 1997 apud RAU, 2007 p. 36). Brinquedos são objetos utilizados para as brincadeiras existentes no mundo infantil e apresentam várias manifestações. Os brinquedos variam de acordo com a idade da criança. Observando os bebês, notamos que eles brincam com o que conseguem pegar. Como o primeiro sentido a ser desenvolvido é o tato, tudo que pegam, levam à boca ou ao rosto como pano, os pés deles mesmo, as mãos e até
  • 19. 18 mesmo os dedos dos adultos. As crianças de faixa etária entre dois e três anos, além de levar objetos à boca, produzem sons e tentam encaixar partes de objetos. Já crianças mais velhas utilizam brinquedos das diversas categorias manifestadas, como confecção de materiais perecíveis e objetos do mundo doméstico. O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e espaço próprio, um fazer constituído de experiências culturais, que é universal próprio da saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo (a criança) e com os outros [...] (WINNCOTT, 1975, p.63 apud MARTINS e QUEIROZ, 2009, p. 13). Brincadeira é uma ação espontânea que a criança constrói, partindo da fantasia para a realidade. Pipa, esconde-esconde, bolinha de gude, amarelinha, pega-pega, cantigas de roda, polícia e ladrão, elástico, casinha, dentre outras, são brincadeiras que estão perdendo espaço para jogos eletrônicos, o que é preocupante para os educadores, em virtude de seu interesse em preservar as brincadeiras, de forma que estas não percam seus valores, isso porque os jogos e as brincadeiras se modificam de geração para geração refletindo as transformações sociais. Portanto, buscamos apresentar a importância do lúdico como recurso pedagógico na educação, de modo a mostrar as aproximações entre o jogo, o desenvolvimento e aprendizagem infantil, convidando o professor a rever e repensar os conceitos que remetem ao lúdico, ou seja, o jogo, o brinquedo e a brincadeira. Trata-se de conhecimento indispensável ao profissional da educação para que construa sua prática pedagógica de maneira consciente, crítica e reflexiva, empregando a ludicidade no processo de construção de conhecimentos, fazendo dos jogos, grandes colaboradores na prática pedagógica do professor da educação infantil. 1.4 A ARTE COMO PROVEDORA DA LUDICIDADE Faz-se necessário destacar que a arte é uma das tantas formas do homem manifestar seu mundo, suas emoções, seus medos, sua cultura e neste sentido ela se apresenta nas mais diferentes linguagens.
  • 20. 19 De acordo com Borba e Goulart (2006), podemos dialogar com o mundo, através de diferentes possibilidades, graças ao homem, que criou a dança, o teatro, a música, a literatura, as artes visuais e as artes plásticas, as quais representam formas de expressão e são algo muito sério a se pensar e de urgência a serem implantados na prática pedagógica, pois a arte desempenha um papel potencialmente necessário na educação das crianças. Poucos têm o conhecimento do que venha a ser a arte, e tão pouco como surgiu, pois seu surgimento se deu por volta de milhões de anos, evoluindo e ocupando um importantíssimo espaço na sociedade. Algumas representações da arte são indispensáveis para muitas pessoas nos dias atuais como, por exemplo, a música que é capaz de nos fazer felizes quando estamos tristes. Ela funciona como uma distração para certos problemas, um modo de expressar o que sentimos aos diversos grupos da sociedade. “Assim, a arte é tão importante dentro da escola, quanto fora dela. Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um patrimônio cultural da humanidade, e todo ser humano tem direito ao acesso a esse saber.” (MEIRELES, 2009, p.12). A arte é uma das mais ricas formas de expressão de nossos sentimentos. A mesma auxilia, por exemplo, numa maior ou menor facilidade da expressão escrita, uma vez que esta requer muita imaginação. Falando-se em imaginação, fala-se também na capacidade de lidar com situações difíceis, de improvisar e muito mais. Por isso, a arte deve ser incentivada e ter seu espaço nos alunos que colocarão em prática sua sensibilidade artística nas aulas programadas pelo currículo escolar. A arte pode desempenhar um importante papel na educação. De fato, tem-se sugerido que deveria ser um instrumento básico de educação para desenvolver e promover o pensamento criador. A arte pode ser trabalhada de diversas formas, como desenho livre, pintura, dança, música, teatro, modelagem, literatura (prosa e poesia) e muito mais. Isso deveria ter uma significância extraordinária porque está no contexto da criança e as escolas muitas vezes não dão importância a essas expressões, principalmente nos espaços de educação infantil. Na medida em que as crianças avançam nos anos escolares, são diminuídas as chances de expressão, leitura, produção e diferentes tipos de linguagens. A linguagem que é privilegiada nas escolas é aquela que tem que cumprir com os conteúdos dos livros didáticos.
  • 21. 20 Assim, pensar em ludicidade pressupõe o diálogo permanente com o mundo da arte e de suas variadas linguagens. As crianças só podem reinterpretar, criar e transformar, através da arte. Com isso, amplia o entendimento da realidade e abri caminho para sua participação no mundo. Desse modo, devem-se dar oportunidades para que as crianças pratiquem a leitura, a escrita e instiguem a imaginação, a fantasia, a reflexão e o senso crítico. Com a Lei n° 9.394/96 (art. 26, § 2°), revogam-se as disposições anteriores e a arte é considerada obrigatória na educação básica: “[...] O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. (BRASIL, 1996 apud SANTOS, 2006, p.24). O ensino da arte sistematizou–se com a área do conhecimento, com conteúdos específicos constitutivos do currículo escolar. Surgiu a necessidade de capacitar professores para orientar a formação do aluno nesta nova perspectiva de ensino, colaborando na formação do cidadão, buscando a compreensão sobre a produção nacional e internacional da arte [...] (BRASIL, 1997 apud SANTOS, 2006, p. 25). Segundo Santos (2006, p. 25), a s leis dão suporte, mas “[...] não garantem o reconhecimento de um ensino-aprendizagem de arte, que capacite os alunos a entendê-la, pois o papel do professor é desenvolver no aluno a linguagem da arte, tornando-o um cidadão inserido em uma determinada cultura.” A partir da cultura do educando e seus conhecimentos prévios é que o professor vai desenvolver suas aulas, fazendo com que elas se tornem mais dinâmicas, atrativas e significativas. Através do convívio com as artes, os educandos adquirem nova visão do mundo e das coisas: a cor, o movimento, a forma, o gesto, a palavra, a mímica, a máscara, o riso, a dramatização, o ritmo, a harmonia, o bem-estar, o agrado, a atração e a alegria de viver mostram aos estudantes horizontes mais amplos. A arte deve ser vista nas escolas também como meio de proporcionar uma relação entre os vários conteúdos específicos das matérias, fazendo com que a aprendizagem se torne mais efetiva. Nessa perspectiva, uma aprendizagem em arte só é significativa quando o objeto de conhecimento é a própria arte. É por meio dela que o aprendiz será provocado a saber manejar e conhecer a gramática específica de cada linguagem que adquire corporalidade por meio de diferentes matérias, recursos, procedimentos e instrumentos que lhe são peculiares, levando em consideração não só a arte presente nas instituições culturais, nas salas de
  • 22. 21 espetáculo e de conserto, mas também a arte pública, as manifestações populares, o nosso patrimônio cultural vivo [...] (DELEUZE, 2009, p. 120). Portanto, para se criar é preciso vivenciar experiências, trabalhando a cultura local, fazendo com que o aluno perceba o que tem de arte em sua comunidade, e como isso é percebido conhecendo e apropriando-se dos valores, pois “[...] ninguém cria no vazio.” (BORBA e GOULART, 2006, p.51). Contudo, não podemos perder de vista a evolução nesse processo que envolve a capacidade do pensamento criador das crianças.
  • 23. 22 2. METODOLOGIA 2.1 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS Esse trabalho de pesquisa se afirma dentro do paradigma qualitativo, porque diferente da quantitativa, que emprega instrumentos estatísticos, a qualitativa se destaca pela forma de coleta e análise de dados, preocupando-se em interpretar os aspectos mais profundos, descrevendo as atitudes do homem e o seu comportamento complexo, detalhando as investigações, hábitos, atitudes e a forma de ser de cada um. Mazzotti (2001, p. 163) ressalta que “[...] as pesquisas qualitativas são caracteristicamente multimetodológicas, isto é, usam uma grande variedade de procedimentos e instrumentos de coleta de dados.” Foi utilizado como instrumento de coleta de dados a observação, porque ela consiste no elemento básico da pesquisa de campo, ajudando o pesquisador na identificação e obtenção de provas do fenômeno da pesquisa, possibilitando assim um contato mais direto com a realidade, ou seja, a observação é o ponto de partida da investigação, por essa razão, optou-se por esse método. Para Lakatos e Marconi (1996), “[...] a observação desempenha papel importante nos processos observacionais, no contexto da descoberta (...) [essa técnica] permite a evidência de dados não constantes do roteiro de entrevistas ou questionários.” Foi utilizado ainda o questionário fechado, o qual nos ofereceu condições de conhecer e explorar as experiências das pessoas entrevistadas, pois a partir deste, foi possível obter dados informativos e concretos sobre o fenômeno pesquisado. Segundo Parasuraman (1991 apud CHAGAS, 2000), “[...] um questionário é tão somente um conjunto de questões, feito para gerar os dados necessários para se atingir os objetivos do projeto.” Utilizamos ainda a entrevista semiestruturada, pois ela garante mais informações e compreensões das perspectivas e experiências dos participantes, pois através dela temos um contato direto com os entrevistados, proporcionando assim uma conversa frente a frente, obtendo resultados satisfatórios
  • 24. 23 e informações necessárias, ressaltando que o ambiente da pesquisa deve ser reservado e acolhedor, havendo assim um entendimento em ambas as partes. De acordo com Triviños (1987 apud CORTELAZZO E ROMANOWSKI, 2007) “[...] na semiestruturada, o pesquisador necessita manter-se consciente e atuante, bem como criar um clima harmônico, sem contradizer o informante, ao mesmo tempo em que expressa a relevância das informações e das opiniões do pesquisado.” Portanto, todos esses processos facilitam o entendimento dos questionamentos referentes aos procedimentos de pesquisa, possibilitando assim uma compreensão crítica dos resultados. 2.2 LÓCUS DE PESQUISA O campo empírico da pesquisa foi a Creche Padre Eduardo Clemente, unidade de ensino situada no município de Itiúba – BA, com três salas, funcionando nos turnos matutino e vespertino, com cerca de 60 crianças. A creche possui ainda uma diretoria, uma cozinha e um banheiro. A instituição é uma casa residencial que não sofreu alterações, onde os cômodos que são utilizados como salas de aula são pequenos para comportar o número de crianças ali existentes, não tendo área de lazer, apresentando ventilação deficiente e banheiro mal localizado, estando este no mesmo espaço onde funciona a cozinha, por isso, torna-se inadequada para o funcionamento de um espaço educativo, havendo assim, inexistência de áreas externas ou espaços alternativos que propiciem às crianças a possibilidade de estarem ao ar livre, em atividades de movimentação ampla, tendo seu espaço de convivência, de brincadeira e de exploração do ambiente enriquecido. 2.3 OS SUJEITOS É importante destacar que a equipe de profissionais atuantes da Creche Padre Eduardo Clemente é composta de seis professores e uma diretora, sendo que cinco possuem formação de nível superior e duas com magistério, pois os mesmos
  • 25. 24 têm disponibilidade no tempo integral na própria instituição na qual lecionam, ressaltando ainda que a maioria dos profissionais se encontram com certo nível de experiência na área de educação infantil. Diante disso, a formação e a experiência do professor contribuem significativamente para atender as necessidades dos alunos, buscando métodos novos de aprendizagens para os mesmos.
  • 26. 25 3. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS O levantamento dos dados da pesquisa de campo na Creche Padre Eduardo Clemente, situada no município de Itiúba – BA foi realizado no período de novembro a dezembro de 2011, onde foram coletadas as informações pertinentes a essa pesquisa, sendo estes: o lócus e os sujeitos. Inicialmente será traçada a análise para a concretização dessa pesquisa, onde foi através da observação do espaço físico que foi detectado que o mesmo não é adequado para o funcionamento de uma instituição de ensino. Através da entrevista, obtivemos as opiniões dos professores a respeito da importância do lúdico na educação infantil. Utilizamos também o questionário fechado para a obtenção de informações a respeito do conhecimento que cada professor tem sobre a importância do lúdico na educação infantil, na qual obtivemos resultados através da linguagem oral (entrevista), questionário fechado, análise documental (plano de aula) e observação. A análise se deu de forma comparativa entre o questionário fechado, entrevista semiestruturada, a observação e a análise documental. Dessa forma os resultados obtidos refletem a análise do questionário fechado e da entrevista semiestruturada sobre as opiniões dos professores, a respeito da importância do lúdico na educação infantil. Embora seja uma temática bastante discutida, o lúdico ainda é visto como jogos e brincadeiras, sendo utilizado de forma fragmentada. 3.1 COMPREENSÕES DOS PROFESSORES SOBRE O LÚDICO Na perspectiva de refletir sobre o uso da ludicidade na prática docente dos professores, questionamos o que vem a ser lúdico e 80% dos pesquisados afirmaram serem todas e quaisquer ações prazerosas; apenas 20% disseram serem jogos e brincadeiras.
  • 27. 26 Gráfico 01 – O que é lúdico? Afirmam ser brincadeiras 20% Afirmam ser momentos de recreação 80% Afirmam ser jogos e brincadeiras Afirmam ser todas e quaisquer ações prazerosas Fonte: Dados da pesquisa Embora a maioria tenha demonstrado que ludicidade está além do manuseio de jogos e brincadeiras, estando muito mais voltados ao prazer nas ações desenvolvidas, alguns dos entrevistados entram em contradição como se observa nas falas: P1 diz: “é a maneira mais prática que já surgiu para as brincadeiras, é a maneira de brincar com eles educando;” P2 diz: “eu acho que é uma coisa valer, é ter objetivo cumprido;” P3 diz: “é o que eu entendo assim por lúdico, é que são brincadeiras;” P4 diz: “é a forma de você trabalhar que venha a interagir com eles de forma lúdica, através de brincadeiras e recreações, adaptando com conteúdos da aula.” Observa-se que a maioria dos professores conceituam o que é lúdico, mas não sabem fazer o manuseio do mesmo com apropriação e desenvoltura, enriquecendo as possibilidades de intervir no processo de ensino aprendizagem dos educandos. As palavras de Fernandez apontam a relação entre a aprendizagem e o brincar de maneira cativante: Aprender é apropriar-se da linguagem, é historiar-se ao futuro, é deixar-se surpreender pelo já conhecido. Aprender, é reconhecer-se, admitir-se, crer e criar. Arriscar-se a fazer dos sonhos, textos visíveis. Só será possível que as professoras e professores possam gerar espaços de brincar-aprender para seus alunos, quando estes simultaneamente construírem para si mesmos [...] (FERNANDEZ, 2001 apud RAU, 2007, p. 57).
  • 28. 27 Portanto, lúdico é o termo utilizado para definir ações prazerosas que o aluno muitas vezes traz consigo mesmo, basta que o professor faça suas intervenções, adequando as habilidades e competências necessárias para ter uma boa aprendizagem no decorrer das atividades. 3.2 A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NA PRÁTICA DOCENTE Quando nos referimos à importância da brincadeira e do jogo no desenvolvimento integral da criança, 100% dos entrevistados reconhecem que a ludicidade é importante no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor da criança. Gráfico 02 – O lúdico é importante no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor? 0% Afirmam que sim Afirmam que não 100% Não souberam responder Fonte: Dados da pesquisa Embora todos reconheçam quão grande é a importância de se trabalhar a ludicidade em sua prática docente, no entanto dificilmente a utilizam, pois os professores afirmam usar a ludicidade em sua prática pedagógica esporadicamente, sendo que as vezes que usam é só para descontrair ou na hora da recreação, outros
  • 29. 28 dizem que utilizam a ludicidade diariamente, mas no plano de aula observado não constavam atividades lúdicas. Portanto, é importante destacar que nas falas dos professores algumas contradições aparecem: P1 diz: “brincando e aprendendo, fazendo reciclagens;” P2 diz: “realizar atividades com objetivo para uma boa aprendizagem;” P3 diz: “sim. Para descontrair;” P4 diz: “associando os conteúdos da aula;” Como pode reconhecer a importância do lúdico, mas não usá-lo? Cabe fazer uma reflexão significativa sobre essa temática, pois pode ser que a educação esteja precisando de ação, porque o discurso, todos tem, informação também, mas para que ela funcione, é preciso teoria + ação + reflexão + ação. Sabemos que a educação infantil é a base de todo o processo de ensino- aprendizagem, dessa forma, para que haja uma educação de qualidade, faz-se necessário usar e abusar da criatividade, explorando as propostas e adequando-as de acordo a realidade das crianças. Friedman (1996 apud RAU, 2007, p. 81), “[...] em seus estudos, destaca a importância do lúdico como recurso pedagógico, por meio da qual o educador pode conhecer a realidade lúdica dos seus alunos, seus interesses e necessidades, comportamentos, conflitos e dificuldades.” Portanto, percebe-se que a ludicidade é um dos recursos pedagógicos mais importantes do processo ensino-aprendizagem, pois além de diagnosticar o que os alunos querem e o que precisam aprender, é também um recurso facilitador e estimulador, tanto para os educandos, quanto para os educadores, desenvolvendo assim, um trabalho de qualidade e de forma significativa. 3.3 O PAPEL DO EDUCADOR Quando se interroga sobre o papel do professor, todos afirmam que o papel do mesmo é buscar formas criativas e estimuladoras para desafiar as estruturas conceituais dos educandos.
  • 30. 29 Gráfico 03 – O papel do educador é buscar formas criativas para o desenvolvimento integral da criança? Afirmam que sim Afirmam que não 100% Não souberam responder Fonte: Dados da pesquisa Mas quando entrevistados, as respostas não condizem com a afirmação acima, pois: P1 diz que “o papel do professor é formar cidadãos, ensinar, educar, participando de acordo com a realidade dele”; P2 diz que “é transformar o cidadão e fazer com que ele se eduque perante a sociedade”; P3 diz que “é se posicionar no desenvolvimento integral da criança”; P4 diz que “é ser um aprendiz com os alunos”. Diante das respostas, percebe-se que os educadores limitam-se apenas com a formação dos alunos perante a sociedade, mas essa formação vai além do extremo, pois o educador tem como função ajudar o aluno a se reconhecer como um ser humano, valorizar-se e respeitar a si mesmo e ao outro, saber seus direitos e deveres para com a sociedade, pois a educação precisa ultrapassar as paredes dos muros das escolas e também instigar o aluno a escolher o melhor caminho. Educar é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade, oferecendo ferramentas para que o outro possa escolher, entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, com sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar [...] (Costa, 2005 apud RAU, 2007, p. 37). Contudo, faz-se necessário que o professor tenha convicção de seu papel para que possa relacionar-se adequadamente com seus alunos, adaptando-se com
  • 31. 30 as exigências das novas condições educativas de maneira facilitadora do conhecimento do processo de ensino-aprendizagem dos educandos. 3.4 A BRINCADEIRA E O JOGO NO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DA CRIANÇA Ao questionar a respeito do lúdico ser um meio para estimular, analisar e avaliar as aprendizagens específicas, competências e potencialidades das crianças envolvidas, 100% concordaram plenamente com a afirmação. Gráfico 04 – O lúdico pode ser considerado um meio para estimular, analisar e avaliar as aprendizagens específicas das crianças? Afirmam que sim Afirmam que não 100% Não souberam responder Fonte: Dados da pesquisa Ao entrevistar os professores quando se deve usar o jogo, o brinquedo e a brincadeira, algumas respostas não condizem com as propostas de implantação do lúdico na prática docente, pois: P1 diz: “é importante quando se trabalha com objetivo;” P2 diz: “quando os alunos estiverem agitados, isto é, procurando atrair os educandos;”
  • 32. 31 P3 diz: “não é toda hora, nos momentos adequados, quando agente prepara e nos intervalos;” P4 diz: “eu acho que é em qualquer momento da aula;” Dessa forma, podemos afirmar que os professores, dizem que fazem uma coisa, mas na prática, fazem outra, concordando estes com as propostas e teorias, mas não as praticam. Crianças precisam de estímulos, mas não as estimulam. Com isso, vai-se levando a educação de faz de conta: o professor faz de conta que ensina e os alunos fazem de conta que aprendem. Friedman (1996 apud RAU 2007, p. 88), lembra que “[...] através do jogo, a criança fornece informações e o jogo pode ser útil para estimular o desenvolvimento integral da criança e trabalhar os conteúdos curriculares.” Contudo, percebe-se que o trabalho com ludicidade na creche, está sendo de forma fragmentada, pois os jogos, brinquedos e brincadeiras estão sendo usados aleatoriamente, ou seja, para descontrair ou até mesmo brincar por brincar, não focando o lúdico no processo de aprendizagem infantil e, por consequência, gerando-se assim um desestímulo mútuo. Por isso, cabe ao professor apresentar atividades lúdicas no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo, psicomotor e social dos educandos, tornando as aulas mais prazerosas para ambas as partes. 3.5 AS CONCEPÇÕES DOS PROFESSORES SOBRE AS ATIVIDADES COM INTENÇÃO DE DIVERSÃO Ao serem questionados se qualquer brincadeira, jogo e brinquedo, ou atividade com intenção de diversão podem ser consideradas pedagógicas, 80% dos entrevistados responderam negativamente e 20% responderam positivamente.
  • 33. 32 Gráfico 05 – Qualquer atividade com intenção de diversão pode ser considerada lúdica no ponto de vista pedagógico? 20% Afirmam que sim Afirmam que não 80% Não souberam responder Fonte: Dados da pesquisa A maioria não demonstra conhecimento sobre atividades pedagógicas, uma vez que para uma atividade lúdica ter finalidade pedagógica é preciso que tenha planejamento e objetivos cognitivos, motor e afetivo, mas percebe-se que os educadores necessitam de mais reflexão a respeito do lúdico como recurso pedagógico direcionado a recreação e ao lazer, pois quando entrevistados, obtivemos as seguintes respostas: P1 diz que “alguns brinquedos são, outros não”; P2 diz que “não, nem todos. Alguns são pedagógicos, outros não”; P3 diz que “não. Alguns são, outros só para descontrair mesmo”; P4 diz que “sim, todas”. Vale lembrar que as crianças aprendem brincando, e o brincar é fundamental no desenvolvimento e na aprendizagem do ser humano, além disso, é através das brincadeiras que as mesmas criam uma concepção de mundo. Para Drummond (2003 apud BORBA, 2006, p. 40), “[...] seria soltar-se a si mesmo.” Nesse caso, podemos dizer que toda e qualquer atividade lúdica pode ser considerada pedagógica. Várias vezes, o educador investe mais na área cognitiva do desenvolvimento, não se preocupando com a área afetiva, e outras vezes faz o inverso, trabalhando somente a afetividade, mas não fazendo nenhum planejamento
  • 34. 33 para ajudar os educandos a progredir na aprendizagem. Sabemos que o lúdico como recurso pedagógico é de fundamental importância para o processo de ensino- aprendizagem. Nessa perspectiva, para que as atividades sejam lúdicas no ponto de vista pedagógico, é preciso que o professor em sua prática de ensino planeje adequadamente como vai usar a ludicidade para alcançar as metas que pretendem atingir e, além disso, elabore diferentes estratégias e oportunidades de aprendizagem. Mas não basta somente planejar, é importante também analisar: com que finalidade e a quem estão servindo? Isso só é possível através da observação e de uma árdua reflexão, procurando conhecer as crianças e compreender o seu mundo. De acordo com os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – RCNEI (1997, apud RAU, 2007, p. 98), “[...] a brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente as aquisições de forma criativa. Brincar contribui assim para a interiorização de âmbito de grupos sociais diversos.” Vale ressaltar que é através da brincadeira que a criança expressa seus sentimentos diante do meio em que vive, encarando desafios, exercitando a linguagem, ampliando o vocabulário e até mesmo aprendendo a conviver com situações diferentes. É importante destacar que a ludicidade é uma forma dos educandos ampliarem seus conhecimentos, principalmente quando os mesmos vivenciam sua realidade. Mesmo porque, trabalhando o lúdico de forma criativa, o professor possibilita que os alunos aprendam de forma prazerosa e significativa. Enfim, faz-se necessário deixar que as crianças vivenciem sua realidade através da ludicidade, fazendo com que o educador conheça o seu aluno e o meio que o cerca, formando sujeitos plenos e autônomos, construtores de sua própria história.
  • 35. 34 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve como objetivo analisar as concepções dos professores sobre a importância do lúdico no desenvolvimento integral da criança, da Creche Padre Eduardo Clemente, no bairro Projeto Sertanejo I, da cidade de Itiúba – BA. Os resultados obtidos ressaltam a necessidade de uma reflexão sobre a importância do lúdico como um recurso fundamental no desenvolvimento e na aprendizagem da criança na educação infantil, tendo em vista que este é um instrumento de grande importância para o desenvolvimento integral da criança, possibilitando assim, uma aprendizagem mais significativa. Vale salientar que o mesmo está sendo usado aleatoriamente, ou seja, só para descontrair, onde os professores concordam com as propostas e teorias, mas não as praticam. Pois, sabemos que o brincar faz parte da natureza de ser criança, já que toda criança tem fome de brincar. Cabe aos professores aliar a brincadeira ao aprendizado, fazendo com que as crianças aprendam de forma eficaz, obtendo assim resultados satisfatórios para ambas as partes. Sendo assim, por que usar o lúdico só nos momentos de recreação e descontração? Por que tamanha resistência em usar o lúdico como um recurso facilitador? Por que não desapegar-se ao tradicionalismo, dando a oportunidade ao novo? Contudo faz-se necessário essas reflexões e quem sabe amanhã o lúdico seja visto como um excelente instrumento pedagógico. Vale lembrar que o professor, ao utilizar o lúdico como um recurso pedagógico com o objetivo, propicia aos educandos uma aprendizagem mais significativa. Nesse sentido, o emprego da ludicidade na prática de ensino contribui significativamente para que as crianças aprendam mais e de maneira prazerosa, alinhando assim o prazer e o divertimento à aprendizagem. Destacando ainda que a ludicidade possibilita no aspecto afetivo, o desenvolvimento da atenção, do amor, da amizade, do carinho e respeito para com o outro. Observamos também que a instituição onde se realizou a pesquisa não oferece estrutura que possibilite às crianças um ambiente acolhedor, que permitam um desenvolvimento integral das mesmas, pois a área de funcionamento não é um ambiente construído propriamente para um espaço educativo, a qual é uma casa
  • 36. 35 residencial que não sofreu alterações, onde os cômodos que são utilizados como salas de aula são pequenos para comportar o número de crianças ali existentes, não tendo área de lazer, apresentando ventilação deficiente e banheiro mal localizado. Logo é preciso que haja um espaço adequado que permita o desenvolvimento dos educandos nas realizações e explorações de jogos e brincadeiras durante todo o processo de ensino-aprendizagem. Portanto, cabe aos professores refletirem sobre a importância de implantar a ludicidade na educação infantil, a qual poderá contribuir para uma aprendizagem significativa dos educandos a partir do conhecimento e da prática lúdica, de forma coerente com as especificidades de desenvolvimento, bem como nos aspectos físicos, cognitivos, psicológicos, intelectual e social. Sabemos, no entanto, que as reflexões e possibilidades aqui apresentadas não atingem todas as creches (população amostral), mas apenas uma pequena parcela deste universo (amostra). Ainda assim, cremos que poderá ser de fundamental importância para um processo de ensino-aprendizagem. Por isso faz-se necessário repensar sobre a formação dos educadores em educação infantil, para que esses profissionais atuem com conhecimento sobre a ludicidade na sala de aula, podendo ampliar assim sua prática docente durante todo o processo de ensino-aprendizagem.
  • 37. 36 REFERÊNCIAS BLAU, Junior. Quatro letras: a língua do mundo. In: MARTINS, M. C.; PICOSQUE, G.; GUERRA, M. T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo. São Paulo: FTD, 2009. p. 35. BORBA, A. M.; GOULART, C. As diversas expressões e o desenvolvimento da criança na escola. In: BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006. p. 47 - 55. BORBA, Ângela Meyer. O brincar como um modo de ser e estar no mundo. In: BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006. p. 33 - 44. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil: introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998, p. 13 – 84. BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros nacionais de qualidade para educação infantil: introdução. Brasília: MEC/SEB, v. 2, 2008, p. 28. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros básicos de infraestrutura para instituição de educação infantil. Brasília: MEC/SEB, 2008, p. 9 - 10. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: arte. Brasília: MEC/SEF, 1997b, p. 19 – 22. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética. Brasília: MEC/SEF, 1997a, p. 52. BROCK, Avril. A importância do brincar na infância. Revista Pátio da Educação Infantil, n. 27, 2011, p. 6. CORSINO, Patrícia. As crianças de seis anos e as áreas do conhecimento. In: BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006. p. 57 – 67. CORTELAZZO, I. B. de C.; ROMANOWSKI, J. P. Pesquisa e prática profissional: procedimentos de pesquisa. Curitiba: Ibpex, 2007, p. 9 – 58. DELEUZE, Gilles. Em busca de uma aprendizagem significativa. In: MARTINS, M. C.; PICOSQUE, G.; GUERRA, M. T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo. São Paulo: FTD, 2009. p. 120.
  • 38. 37 FERRARI, Márcio. Grandes pensadores. Revista Nova Escola, edição especial, 2003, p. 70. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e terra, 1987, p. 40. FREIRE, Paulo. Professora sim tia não: cartas a quem ousa ensinar. 13. ed. São Paulo: Olho d’água, 2003, p. 5 – 127. KRAMER, Sonia. A infância e sua singularidade. In: BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006. p. 13 - 21. MARCONI, M. D. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 1996. MEIRELES, Cecília. Pra início de conversa. In: MARTINS, M. C.; PICOSQUE, G.; GUERRA, M. T. T. Teoria e prática do ensino de arte: a língua do mundo. São Paulo: FTD, 2009. p. 12. NASCIMENTO, Anelise Monteiro do. A infância na escola e na vida: uma relação fundamental. In: BEAUCHAMP, J.; PAGEL, S. D.; NASCIMENTO, A. R. do. Ensino fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006. p. 25 - 31. PIMENTA, Selma Garrido (org). Saberes pedagógicos e atividades docente. São Paulo: Cortez, 1999, p. 15 – 32. QUEIROZ, T. D.; MARTINS, J. L. Pedagogia lúdica: jogos e brincadeiras de A a Z. 2. ed. São Paulo: Rideel, 2009, p. 13. RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A ludicidade na educação: uma atitude pedagógica. 20. ed. Curitiba: Ibpex, 2007. 164 p. SANTOS, Gisele do Rocio Cordeiro Mugnol. A metodologia do ensino de arte. 20 ed. Curitiba: Ibpex, 2006. 114 p.
  • 39. APÊNDICE A – FICHA INDIVIDULAL DO DOCENTE Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Educação Campus VII – Senhor do Bonfim Rede UNEB / Itiúba – Bahia Curso: Pedagogia Acadêmica – Alaíde Pereira dos Santos, Creuza Alves dos Santos, Jaci Nascimento da Silva, Rose Mary O. Reis Ficha Individual do docente da Educação Infantil Nome Completo: Endereço: Tel.: Email: Creche: Email da Creche: Quantidade de alunos: Faixa etária: Espaço físico adequado ( ) sim ( ) não 1. Perfil 01) Casada? ( ) sim ( ) não 02) Tem filhos? ( ) sim ( ) não 03) Trabalha quantas horas? ( ) 20h com Educação Infantil e 20 ensinando em outra modalidade; ( ) 40h com a Educação Infantil ( ) Só 20h com Educação Infantil 04) Nível de Formação: ( ) Ensino Médio (magistério); ( ) Ensino Médio ( outros); ( ) Pedagogia; ( ) Outras licenciaturas; ( ) Bacharelado. 05) Há quanto tempo trabalha com Educação Infantil? ( ) Primeira vez; ( ) 01 ano; ( ) 02 anos; ( ) 03 anos; ( ) Mais de quatro anos. Quantos anos?
  • 40. 06) Mora na localidade na qual leciona? ( ) sim ( ) não 2. Compreensões sobre ludicidade 07) Lúdico pra você é: ( ) Brincadeiras; ( ) Momentos de recreação; ( ) Jogos e brincadeiras; ( ) São ações prazerosas que se manifestam por toda existência humana capazes de expressar, idéias, desejos e sentimentos. 08) Qualquer atividade com intenção de diversão pode ser considerada lúdica no ponto de vista pedagógico? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei 09) Todo jogo brinquedo ou brincadeira é pedagógico? ( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes 10) Você concorda que o lúdico é de fundamental importância para o ensino aprendizagem na Educação Infantil? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei 11) Você a acha que a aplicação de jogos, brincadeiras e brinquedos em diferentes situações educacionais podem ser um meio para estimular, analisar e avaliar aprendizagens específicas, competências e potencialidades das crianças envolvidas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei 12) Toda atividade lúdica tem finalidades pedagógicas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei 13) Você concorda que o brincar revela o nível de desenvolvimento mental da criança? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei 14) É correto afirmar que o lúdico é importante no processo de desenvolvimento cognitivo, afetivo e motor? ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei 3. Papel do educador 15) Você utiliza a ludicidade em sua prática pedagógica? ( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes 16) Com que prioridade? ( ) Diariamente; ( ) Raramente; ( ) De vez em quando; ( ) Nuca. 17) Pode se afirmar que o papel do educador é buscar formas criativas e estimuladoras para desafiar as estruturas conceituais dos educandos e provocar a instabilidade cognitiva dos mesmos. ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sei
  • 41. APÊNDICE B – FORMULÁRIO DE ENTREVISTA Universidade do Estado da Bahia UNEB Departamento de Educação Campus VII – Senhor do Bonfim Rede UNEB / Itiúba – Bahia Curso: Pedagogia Acadêmica – Alaíde Pereira dos Santos, Creuza Alves dos Santos, Jaci Nascimento da Silva, Rose Mary O. Reis Entrevista 1.0 O que é lúdico? 1.1 Toda brincadeira é pedagógica? 1.2 Qual a importância da brincadeira e do jogo no desenvolvimento integral da criança? 2.0 Como você usa a ludicidade em suas atividades docentes? 2.1 Qual o papel do educador? 2.2 Quando se deve usar o jogo, o brinquedo e brincadeira em atividades docentes? 3.0 Você tem formação específica para atuar na educação infantil? 3.1 Você participa de cursos de formação para educação infantil? 3.2 Está previsto no seu plano de aula momentos de atividades lúdicas?