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Conjuração Baiana
O que foi
Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a Conjuração Baiana foi uma revolta social de
caráter popular ocorrida na Bahia em 1798. Teve uma importante influência dos ideais da Revolução
Francesa. Além de ser emancipacionista, defendeu importantes mudanças sociais e políticas na
sociedade.
Causas
- Insatisfação popular com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e alimentos. Além
disso, reclamavam da carência de determinados alimentos.
- Forte insatisfação com o domínio de Portugal sobre o Brasil. O ideal de independência estava
presente em vários setores da sociedade baiana.
Objetivos
- Defendiam a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal;
- Defendiam a implantação da República;
- Liberdade comercial no mercado interno e também com o exterior;
- Liberdade e igualdade entre as pessoas. Portanto eram favoráveis à abolição dos privilégios
sociais e também da escravidão;
- Aumento de salários para os soldados.
Líderes
- Um dos principais líderes foi o médico, político e filósofo baiano Cipriano Barata.
- Outra importante liderança, que atuou muito na divulgação das ideias do movimento, foi o soldado
Luís Gonzaga das Virgens.
- Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento.
Quem participou
- O movimento contou com a participação de pessoas pobres, letrados, padres, pequenos
comerciantes, escravos e ex-escravos.
A Revolta
A revolta estava marcada, porém um dos integrantes do movimento, o ferreiro José da Veiga,
delatou o movimento para o governador, relatando o dia e a hora em que aconteceria.
O governo baiano organizou as forças militares para debelar o movimento antes que a revolta
ocorresse. Vários revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro foram
executados na Praça da Piedade em Salvador.
Conjuração Baiana
A Conjuração Baiana foi uma rebelião popular que ocorreu na Bahia, no dia 25 de agosto de 1798, que
pretendia libertar o Brasil de Portugal e atender as reivindicações das camadas pobres da população.
Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a agitação popular era composta, em sua maioria, por
escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços que exerciam as mais diferentes profissões, como
alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras.
Repercutia na Bahia o movimento chefiado pelo bravo negro Toussaint Louverture, no Haiti, contra os
colonizadores franceses - o primeiro grande levante de escravos bem sucedidos na história. Aquelas mesmas
ideias de república, liberdade e igualdade pregadas na Revolução Francesa e na Conjuração Mineira agitavam
agora a Bahia.
A população da cidade de Salvador, antiga capital do Brasil, vivendo em situação de penúria, depois que a
capital do Brasil colônia foi transferida para o Rio de Janeiro (1763), pregava a necessidade de se fundar no
Brasil uma "República Democrática" e uma sociedade onde não houvesse diferenças sociais, onde todos fossem
iguais, e onde houvesse "Liberdade, Igualdade e Fraternidade".
Líderes da Conjuração Baiana
A Conjuração Baiana teve como principais líderes os alfaiates João de Deus e Faustino dos Santos Lira, os
soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas, homens pobres, de cor e sem prestígio social, que estavam
ligados aos movimentos da maçonaria.
As ideias políticas da "Revolução Francesa" continuavam a chegar ao Brasil, inclusive por intermédio da
maçonaria. A primeira loja maçônica, Cavaleiros da Luz, criada na Bahia, contava com a participação de
intelectuais, como José da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu, o cirurgião Cipriano Barata, o farmacêutico
João Ladislau de Figueiredo, o padre Francisco Gomes, o "médico dos pobres" Cipriano Barata, o professor de
latim Francisco Barreto e o tenente Hermógenes Pantoja, que se reuniam para ler Voltaire, traduzir Rousseau e
organizar a conspiração.
No dia 12 de agosto de 1798, surgiram nos pontos de maior movimento de Salvador, vários papéis manuscritos,
pregados nos muros, chamando a população à luta e proclamando ideias de liberdade, igualdade, fraternidade e
República, utilizando palavras como: "Animai-vos povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa
Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos, o tempo em que todos seremos iguais".
A Prisão dos Rebeldes
O governador da Bahia, D. Fernando José de Portugal e Castro, soube através de uma denúncia feita por Carlos
Baltasar da Silveira, que os conspiradores iriam se reunir no Campo de Dique, no dia 25 de agosto. O clima de
agitação se espalhava, a forca, um dos mais importantes símbolos do poder português, foi incendiada. Todos os
padres que pregavam contra a revolução eram ameaçados de morte.
A ação do governo foi rápida, o coronel Teotônio de Souza foi encarregado de surpreendê-los em flagrante.
Com a aproximação das tropas do governo, muitas pessoas conseguiram fugir. Reprimida a rebelião, as prisões
sucederam-se e o movimento foi desarticulado. Foram presos 49 pessoas, três eram mulheres, nove eram
escravos, a grande maioria eram alfaiates, barbeiros, soldados, bordadores e pequenos comerciantes.
Os principais envolvidos foram levados a julgamento. Um ano e dois meses depois, eram condenados à morte
por enforcamento e depois esquartejados: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas, João de Deus e Manuel
Faustino dos Santos Lira e intelectuais como Cipriano Barata que foram absolvidos. Os corpos esquartejados
foram expostos em diversos locais da cidade de Salvador.
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Brasil colonial conjuração baiana

  • 1. Conjuração Baiana O que foi Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a Conjuração Baiana foi uma revolta social de caráter popular ocorrida na Bahia em 1798. Teve uma importante influência dos ideais da Revolução Francesa. Além de ser emancipacionista, defendeu importantes mudanças sociais e políticas na sociedade. Causas - Insatisfação popular com o elevado preço cobrado pelos produtos essenciais e alimentos. Além disso, reclamavam da carência de determinados alimentos. - Forte insatisfação com o domínio de Portugal sobre o Brasil. O ideal de independência estava presente em vários setores da sociedade baiana. Objetivos - Defendiam a emancipação política do Brasil, ou seja, o fim do pacto colonial com Portugal; - Defendiam a implantação da República; - Liberdade comercial no mercado interno e também com o exterior; - Liberdade e igualdade entre as pessoas. Portanto eram favoráveis à abolição dos privilégios sociais e também da escravidão; - Aumento de salários para os soldados. Líderes - Um dos principais líderes foi o médico, político e filósofo baiano Cipriano Barata. - Outra importante liderança, que atuou muito na divulgação das ideias do movimento, foi o soldado Luís Gonzaga das Virgens. - Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento. Quem participou - O movimento contou com a participação de pessoas pobres, letrados, padres, pequenos comerciantes, escravos e ex-escravos. A Revolta A revolta estava marcada, porém um dos integrantes do movimento, o ferreiro José da Veiga, delatou o movimento para o governador, relatando o dia e a hora em que aconteceria. O governo baiano organizou as forças militares para debelar o movimento antes que a revolta ocorresse. Vários revoltosos foram presos. Muitos foram expulsos do Brasil, porém quatro foram executados na Praça da Piedade em Salvador. Conjuração Baiana A Conjuração Baiana foi uma rebelião popular que ocorreu na Bahia, no dia 25 de agosto de 1798, que pretendia libertar o Brasil de Portugal e atender as reivindicações das camadas pobres da população. Também conhecida como Revolta dos Alfaiates, a agitação popular era composta, em sua maioria, por escravos, negros livres, mulatos, brancos pobres e mestiços que exerciam as mais diferentes profissões, como alfaiates, sapateiros, pedreiros, entre outras.
  • 2. Repercutia na Bahia o movimento chefiado pelo bravo negro Toussaint Louverture, no Haiti, contra os colonizadores franceses - o primeiro grande levante de escravos bem sucedidos na história. Aquelas mesmas ideias de república, liberdade e igualdade pregadas na Revolução Francesa e na Conjuração Mineira agitavam agora a Bahia. A população da cidade de Salvador, antiga capital do Brasil, vivendo em situação de penúria, depois que a capital do Brasil colônia foi transferida para o Rio de Janeiro (1763), pregava a necessidade de se fundar no Brasil uma "República Democrática" e uma sociedade onde não houvesse diferenças sociais, onde todos fossem iguais, e onde houvesse "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". Líderes da Conjuração Baiana A Conjuração Baiana teve como principais líderes os alfaiates João de Deus e Faustino dos Santos Lira, os soldados Luís Gonzaga das Virgens e Lucas Dantas, homens pobres, de cor e sem prestígio social, que estavam ligados aos movimentos da maçonaria. As ideias políticas da "Revolução Francesa" continuavam a chegar ao Brasil, inclusive por intermédio da maçonaria. A primeira loja maçônica, Cavaleiros da Luz, criada na Bahia, contava com a participação de intelectuais, como José da Silva Lisboa, futuro visconde de Cairu, o cirurgião Cipriano Barata, o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo, o padre Francisco Gomes, o "médico dos pobres" Cipriano Barata, o professor de latim Francisco Barreto e o tenente Hermógenes Pantoja, que se reuniam para ler Voltaire, traduzir Rousseau e organizar a conspiração. No dia 12 de agosto de 1798, surgiram nos pontos de maior movimento de Salvador, vários papéis manuscritos, pregados nos muros, chamando a população à luta e proclamando ideias de liberdade, igualdade, fraternidade e República, utilizando palavras como: "Animai-vos povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos, o tempo em que todos seremos iguais". A Prisão dos Rebeldes O governador da Bahia, D. Fernando José de Portugal e Castro, soube através de uma denúncia feita por Carlos Baltasar da Silveira, que os conspiradores iriam se reunir no Campo de Dique, no dia 25 de agosto. O clima de agitação se espalhava, a forca, um dos mais importantes símbolos do poder português, foi incendiada. Todos os padres que pregavam contra a revolução eram ameaçados de morte. A ação do governo foi rápida, o coronel Teotônio de Souza foi encarregado de surpreendê-los em flagrante. Com a aproximação das tropas do governo, muitas pessoas conseguiram fugir. Reprimida a rebelião, as prisões sucederam-se e o movimento foi desarticulado. Foram presos 49 pessoas, três eram mulheres, nove eram escravos, a grande maioria eram alfaiates, barbeiros, soldados, bordadores e pequenos comerciantes. Os principais envolvidos foram levados a julgamento. Um ano e dois meses depois, eram condenados à morte por enforcamento e depois esquartejados: Luís Gonzaga das Virgens, Lucas Dantas, João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira e intelectuais como Cipriano Barata que foram absolvidos. Os corpos esquartejados foram expostos em diversos locais da cidade de Salvador. Copyright © 2005 - 2015 História do Brasil.Net Todos os direitos reservados.