SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 3
Baixar para ler offline
Sociedade Colonial Açúcareira
 Agricultura voltada para o comércio externo, na grande propriedade e no trabalho escravo, a sociedade
colonial é agrária, escravista, patriarcal e sem mecanismos de mobilidade social.
 Em quase toda colônia, é em torno da grande propriedade rural que se desenvolve a vida econômica e
social. Os povoados e as vilas têm papel secundário, limitado a funções administrativas e religiosas.
Assentada na propriedade monocultora e na escravidão, a sociedade colonial é patriarcal.
 O poder concentrado em grandes proprietários estimula o clientelismo: os agregados – homens livres que
gravitam em torno do engenho – e as populações das vilas dependem política e economicamente dos
senhores, inclusive de seus favores pessoais.
 No nordeste açucareiro a sociedade é basicamente agrária. Na zona canavieira, esta classe se reduzia à
presença do feitor e de algum caixeiro viajante. Nos engenhos ficava nítida a separação entre os senhores
e os escravos.
 A sede das grandes fazendas, ou do engenho, é o maior símbolo do poderio absoluto dos senhores de
terras. A família da casa-grande é numerosa: são muitos filhos, tanto legítimos como ilegítimos, parentes,
agregados, escravos e libertos. Todos respeitam a autoridade doméstica e pública do senhor, ao mesmo
tempo pai, patriarca e chefe político. Essa é a estrutura familiar das regiões da monocultura tropical,
escravista e exportadora. Com ela convive a chamada família nuclear, bem menor, formada quase sempre
pelo casal e por poucos filhos, quando não apenas por um dos pais e as crianças. Típica das regiões de
produção pouco importante para o mercado externo, essa organização familiar predomina em São Paulo e
áreas adjacentes à mineração.
 A sociedade colonial apresenta outra característica, importante desde o início, mas que se intensifica com
o tempo: a miscigenação. Misturando raças e culturas na convivência forçada pelo trabalho escravo dos
índios e dos negros africanos, a sociedade colonial adquire um perfil mestiço.
 Essa miscigenação condiciona as relações sociais e culturais entre colonizadores e colonizados, gerando
um modelo de sociedade original na colônia, heterogêneo e multirracial, aparentemente harmônico, sem
segregação interna. Na verdade, porém, ela não disfarça as desigualdades estruturais entre brancos e
negros, escravos e livres, livres ricos e livres pobres, que não acabam nem mesmo com a abolição da
escravatura, no final do século XIX.
 A sociedade da região açucareira dos séculos XVI e XVII era composta, basicamente, por dois grupos. O
dos proprietários de escravos e de terras compreendia os senhores de engenho e os plantadores
independentes de cana.
 Existia uma faixa intermediária: pessoas que serviam aos interesses dos senhores como os trabalhadores
assalariados (feitores, mestres-de-açúcar, artesãos) e os agregados (moradores do engenho que prestavam
serviços em troca de proteção e auxílio).
 O outro grupo era formado pelos escravos, numericamente muito maior, porém quase sem direito algum.
Ao lado desses colonos e colonizados situavam-se os colonizadores: religiosos, funcionários e
comerciantes. As famílias viviam isoladas na zona rural; eram raros os contatos sociais. Eram
características da família patriarcal:
- poder absoluto do pai de família;
- submissão da mulher;
- casamentos sem escolha e sem amor, muitas vezes entre membros da mesma família (a escolha era feita pelos
pais dos noivos);
- número elevado de filhos - o primogênito era o único herdeiro da propriedade;
- religiosidade marcante - em quase toda família havia um padre; em toda casa-grande havia uma capela;
- imposição paterna de uma profissão para os filhos;
- educação somente para os homens (as mulheres recebiam apenas as primeiras noções de escrita e aritmética e
educação para o lar).
 Os senhores de engenho possuíam autoridade absoluta. A maior parte dos poderes se concentrava nas
mãos do senhor de engenho. Com autoridade absoluta, submetia todos ao seu poder: mulher, filhos,
agregados e qualquer um que habitasse seus domínios. Cabia-lhe dar proteção à família, recebendo, em
troca, lealdade e deferência.
 Essa família podia incluir parentes distantes, de status social inferior, filhos adotivos e filhos ilegítimos
reconhecidos. Seu poder extrapolava os limites de suas terras, expandindo-se pelas vilas, dominando as
Câmaras Municipais e a vida colonial. A casa grande foi o símbolo desse tipo de organização familiar
implantado na sociedade colonial. Para o núcleo doméstico convergia a vida econômica, social e política
da época.
 Abaixo dos senhores de engenho situavam-se os agricultores que possuíam a terra em que trabalhavam,
adquirida por concessão ou compra. Em termos sociais podiam ser identificados como senhores de
engenho em potencial, possuindo terra, escravos, bois e outros bens, menos o engenho. Compartilhavam
com eles as mesmas origens sociais e as mesmas aspirações.
 O fato de serem proprietários independentes permitia-lhes considerável flexibilidade nas negociações da
moagem da cana com os senhores de engenho. Eram uma espécie de elite entre os agricultores, apesar de
haver entre eles um grupo que tinha condições e recursos bem mais modestos.
 Os senhores de engenho consideravam os agricultores seus subalternos, que lhes deviam não só cana - de
- açúcar, mas também respeito e lealdade. As esposas dos senhores de engenho seguiam o exemplo,
tratando como criadas as esposas dos agricultores. Com o tempo, esse grupo de plantadores
independentes de cana foi desaparecendo, devido à dependência em relação aos senhores de engenho e às
dívidas acumuladas. Essa situação provocou a concentração da propriedade e a diminuição do número de
agricultores.
 Existiam também os lavradores, que não possuíam terras, somente escravos. Recorriam a alguma forma
de arrendamento de terras dos engenhos para plantar a cana. Esse contrato impunha-lhes um pesado ônus,
pois em cada safra cabia-lhes, apenas, uma pequena parcela do açúcar produzido. Esses homens
tornaram-se fundamentais à produção do açúcar. O senhor de engenho deixava em suas mãos toda a
responsabilidade pelo cultivo da cana, assumindo somente a parte do beneficiamento do açúcar, muito
mais lucrativa. Nesta época, o termo "lavrador de cana" designava qualquer pessoa que praticasse a
agricultura, podendo ser usado tanto para o mais humilde dos lavradores como para um grande senhor de
engenho.
 No século XVI o açúcar tornou-se o principal produto de exportação brasileiro. Apesar da atividade
mineradora do século XVIII e da concorrência do açúcar produzido nas Antilhas, essa posição manteve-
se até o inicio do século XIX. Em todo esse tempo, segundo Schwartz, "houve tanto bons quanto maus
períodos e, embora o Brasil nunca recuperasse sua posição relativa como fornecedor de açúcar no
mercado internacional, a indústria açucareira e a classe dos senhores de engenho permaneceram
dominantes em regiões como Bahia e Pernambuco”.
População
Em 1770 a Coroa portuguesa estima que a população da colônia seja de 1,5 milhão a 2,5 milhões de pessoas.
Destas, 20,5% estão concentradas em Minas Gerais, 18,5% na Bahia, 15,4% em Pernambuco, 13,8% no Rio de
Janeiro, 7,5% em São Paulo e 24,3% espalham-se pelas outras capitanias.
Sociedade Colonial Mineradora
 O ciclo do ouro e do diamante foi responsável por profundas mudanças na vida colonial. Em cem anos a
população cresceu de 300 mil para, aproximadamente, 3 milhões de pessoas, incluindo aí, um
deslocamento de 800 mil portugueses para o Brasil.
 Paralelamente foi intensific,ado o comércio interno de escravos, chegando do Nordeste cerca de 600 mil
negros. Tais deslocamentos representam a transferência do eixo social e econômico do litoral para o
interior da colônia, o que acarretou na própria mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro,
cidade de mais fácil acesso à região mineradora.
 A vida urbana mais intensa viabilizou também, melhores oportunidades no mercado interno e uma
sociedade mais flexível, principalmente se contrastada com o imobilismo da sociedade açucareira.
 Embora mantivesse a base escravista, a sociedade mineradora diferenciava-se da açucareira, por seu
comportamento urbano, menos aristocrático e intelectualmente mais evoluído. Era comum no século
XVIII, ser grande minerador e latifundiário ao mesmo tempo.
 Portanto, a camada socialmente dominante era mais heterogênea, representada pelos grandes proprietários
de escravos, grandes comerciantes e burocratas. A novidade foi o surgimento de um grupo intermediário
formado por pequenos comerciantes, intelectuais, artesãos e artistas que viviam nas cidades.
 Desta estrutura social diferenciada faziam parte os setores mais ricos da população - chamados "grandes"
da sociedade - mineradores, fazendeiros, comerciantes e altos funcionários, encarregados da
administração das Minas e indicados diretamente pela Metrópole.
 Compunham o contingente médio, em atividades profissionais diversas, os donos de vendas, mascates,
artesãos (como alfaiates, carpinteiros, sapateiros) e tropeiros. E ainda pequenos roceiros que, em terrenos
reduzidos, entregavam-se à agricultura de subsistência. Plantavam roças de milho, feijão, mandioca,
algumas hortaliças e árvores frutíferas.
 Também faziam parte deste grupo os faiscadores - indivíduos nômades que mineravam por conta própria.
Deslocavam-se conforme o esgotamento dos veios de ouro. No final do século XVIII, esta camada social
foi acrescida de elementos ligados aos núcleos de criação de gado leiteiro, dando início à produção do
queijo de Minas.
 Incluíam-se também nessa camada intermediária os padres seculares. Na Colônia, poucos membros do
clero ocupavam altos cargos como, por exemplo, o de bispo. Este morava na única cidade da capitania:
Mariana.
 Por outro lado, crescia na capitania real o número de indivíduos sujeitos às ocupações incertas. Vivendo
na pobreza, na promiscuidade e muitas vezes no crime, não tinham posição definida na sociedade
mineradora. Esta camada causava constante inquietação aos governantes. Ela era geralmente composta
por homens livres: alguns brancos, mestiços ou escravos que haviam conseguido alforria.
 O Estado, percebendo a necessidade de agir junto a essa população incapaz de prover seu próprio
sustento, associou a repressão à "utilidade". O encargo que eventualmente representava transformava-se,
através do castigo, em trabalhos diversos e, consequentemente, em "utilidade".
 Esta população, entendida como de "vadios", recrutada à força ou em troca de alimento, foi utilizada em
tarefas que não podiam ser executadas pelos escravos, necessários ao trabalho da empresa mineradora.
Era frequente a ocupação destes que eram vistos como desclassificados sociais na construção de obras
públicas como presídios, Casa da Câmara, entre outras.
 Também compuseram corpos de guarda e de polícia privada dos "Grandes" da sociedade mineradora, ou
ainda empregavam-se como capitães-do-mato. Em outras situações, como na disputa pela posse da
Colônia do Sacramento, participaram dos grupos militares que guardavam as fronteiras do Sul.
 Para o cotidiano de trabalho dos escravos, a mineração foi um retrocesso, pois apesar de alguns terem
conseguido a liberdade, a grande maioria passou a viver em condições bem piores do que no período
anterior, escavando em verdadeiros buracos onde até a respiração era dificultada. Trabalhavam também
na água ou atolados no barro no interior das minas.
 Essas condições desumanas resultam na organização de novos quilombos, como do rio das Mortes, em
Minas Gerais, e o de Carlota, no Mato Grosso.
 Com o crescimento do número de pequenos e médios proprietários a mineração gerou uma menor
concentração de renda, ocorrendo inicialmente um processo inflacionário, seguido pelo desenvolvimento
de uma sólida agricultura de subsistência, que juntamente com a pecuária, consolidam-se como atividades
subsidiárias e periféricas.
 Os escravos, ali como de resto em toda a Colônia, representavam a força de trabalho sobre a qual
repousava a vida econômica da real capitania das Minas Gerais. Vivendo mal alimentados, sujeitos a
castigos e atos violentos, constituíam a parcela mais numerosa da população daquela região.
 Isto gerava uma constante preocupação para as autoridades já que, apesar da repressão cruel, não eram
raras as tentativas de levantes escravos e a formação de quilombos, como o do Ambrósio e o Quilombo
Grande. A destruição de ambos, em 1746 e 1759 respectivamente, não impediu que ocorressem outras
fugas e a formação de novos quilombos.
Adaptado do Blog Ofício da História – Professor Josias

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Sistema colonial europeu na américa- Haiti
Sistema colonial europeu na américa- HaitiSistema colonial europeu na américa- Haiti
Sistema colonial europeu na américa- HaitiEsposaDoDanny
 
Colonizacao espanhola-america
Colonizacao espanhola-americaColonizacao espanhola-america
Colonizacao espanhola-americaMarcos Oliveira
 
1 colonizações espanhóis e ingleses na américa
1  colonizações espanhóis e ingleses na américa1  colonizações espanhóis e ingleses na américa
1 colonizações espanhóis e ingleses na américaMarilia Pimentel
 
2° ano E.M. - Brasil Colônia - parte 01
2° ano E.M. - Brasil Colônia - parte 012° ano E.M. - Brasil Colônia - parte 01
2° ano E.M. - Brasil Colônia - parte 01Daniel Alves Bronstrup
 
3° ano - Brasil Colônia - aula 1 e 2 - apostila 1 c
3° ano  - Brasil Colônia - aula 1 e 2 - apostila 1 c3° ano  - Brasil Colônia - aula 1 e 2 - apostila 1 c
3° ano - Brasil Colônia - aula 1 e 2 - apostila 1 cDaniel Alves Bronstrup
 
Brasil colonial as revoltas coloniais
Brasil colonial   as revoltas coloniaisBrasil colonial   as revoltas coloniais
Brasil colonial as revoltas coloniaisEdenilson Morais
 
Descobrimento da América portuguesa.
Descobrimento da América portuguesa.Descobrimento da América portuguesa.
Descobrimento da América portuguesa.Lara Lídia
 
Independência das colônias espanholas e haiti
Independência das colônias espanholas e haitiIndependência das colônias espanholas e haiti
Independência das colônias espanholas e haitiNaiani Fenalti
 

Mais procurados (20)

Sistema colonial europeu na américa- Haiti
Sistema colonial europeu na américa- HaitiSistema colonial europeu na américa- Haiti
Sistema colonial europeu na américa- Haiti
 
Colonizacao espanhola-america
Colonizacao espanhola-americaColonizacao espanhola-america
Colonizacao espanhola-america
 
A Sociedade Guaporeana
A Sociedade GuaporeanaA Sociedade Guaporeana
A Sociedade Guaporeana
 
Brasil Colonial
Brasil ColonialBrasil Colonial
Brasil Colonial
 
Colonização da América
Colonização da AméricaColonização da América
Colonização da América
 
1 colonizações espanhóis e ingleses na américa
1  colonizações espanhóis e ingleses na américa1  colonizações espanhóis e ingleses na américa
1 colonizações espanhóis e ingleses na américa
 
Feitorias
FeitoriasFeitorias
Feitorias
 
2° ano E.M. - Brasil Colônia - parte 01
2° ano E.M. - Brasil Colônia - parte 012° ano E.M. - Brasil Colônia - parte 01
2° ano E.M. - Brasil Colônia - parte 01
 
2º ano - Brasil Colônia - parte 1
2º ano - Brasil Colônia - parte 12º ano - Brasil Colônia - parte 1
2º ano - Brasil Colônia - parte 1
 
3° ano - Brasil Colônia - aula 1 e 2 - apostila 1 c
3° ano  - Brasil Colônia - aula 1 e 2 - apostila 1 c3° ano  - Brasil Colônia - aula 1 e 2 - apostila 1 c
3° ano - Brasil Colônia - aula 1 e 2 - apostila 1 c
 
Brasil colonial as revoltas coloniais
Brasil colonial   as revoltas coloniaisBrasil colonial   as revoltas coloniais
Brasil colonial as revoltas coloniais
 
Cpm his 2 ano - colonização da américa espanhola
Cpm   his 2 ano - colonização da américa espanholaCpm   his 2 ano - colonização da américa espanhola
Cpm his 2 ano - colonização da américa espanhola
 
Brasil Colônia IV
Brasil Colônia IVBrasil Colônia IV
Brasil Colônia IV
 
Pré polo severino - colonização
Pré   polo severino - colonizaçãoPré   polo severino - colonização
Pré polo severino - colonização
 
America espanhola
America espanholaAmerica espanhola
America espanhola
 
Brasil ColôNia
Brasil ColôNiaBrasil ColôNia
Brasil ColôNia
 
Colonização espanhola na América
Colonização espanhola na AméricaColonização espanhola na América
Colonização espanhola na América
 
Brasil pré-colonial e colonial: 2020
Brasil pré-colonial e colonial: 2020Brasil pré-colonial e colonial: 2020
Brasil pré-colonial e colonial: 2020
 
Descobrimento da América portuguesa.
Descobrimento da América portuguesa.Descobrimento da América portuguesa.
Descobrimento da América portuguesa.
 
Independência das colônias espanholas e haiti
Independência das colônias espanholas e haitiIndependência das colônias espanholas e haiti
Independência das colônias espanholas e haiti
 

Destaque (15)

Mesopotâmia
MesopotâmiaMesopotâmia
Mesopotâmia
 
A Formação das Monarquias Nacionais
A Formação das Monarquias NacionaisA Formação das Monarquias Nacionais
A Formação das Monarquias Nacionais
 
O trabalho em marx
O trabalho em marxO trabalho em marx
O trabalho em marx
 
Ost
OstOst
Ost
 
O trabalho em marx
O trabalho em marxO trabalho em marx
O trabalho em marx
 
Ceep resumo3ªrev cientifica-regência
Ceep resumo3ªrev cientifica-regênciaCeep resumo3ªrev cientifica-regência
Ceep resumo3ªrev cientifica-regência
 
Powerpointvídeoandrécarloscosta
PowerpointvídeoandrécarloscostaPowerpointvídeoandrécarloscosta
Powerpointvídeoandrécarloscosta
 
Período joanino no brasil
Período joanino no brasilPeríodo joanino no brasil
Período joanino no brasil
 
A carta
A cartaA carta
A carta
 
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
Ceep resumo2ªfeudal brasilcolônia2011
 
Brasil colonial conjuração baiana
Brasil colonial  conjuração baianaBrasil colonial  conjuração baiana
Brasil colonial conjuração baiana
 
Resumo de história para estudo
Resumo de história para estudoResumo de história para estudo
Resumo de história para estudo
 
Apresentacao lixo
Apresentacao lixoApresentacao lixo
Apresentacao lixo
 
Brasil colonial inconfidência mineira
Brasil colonial   inconfidência mineiraBrasil colonial   inconfidência mineira
Brasil colonial inconfidência mineira
 
Absolutismo imagens
Absolutismo imagensAbsolutismo imagens
Absolutismo imagens
 

Semelhante a Sociedade Colonial Açucareira e suas características

sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.pptsociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.pptFaustoBartole1
 
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)
História 2013   3º e 4º bim (4º ano)História 2013   3º e 4º bim (4º ano)
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)smece4e5
 
7º-ANO-ATIVIDADE DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL
7º-ANO-ATIVIDADE DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL7º-ANO-ATIVIDADE DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL
7º-ANO-ATIVIDADE DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTALKatianeMendes1
 
A sociedade de ordens 11º ano
A sociedade de ordens 11º anoA sociedade de ordens 11º ano
A sociedade de ordens 11º anoCarla Teixeira
 
Microsoft power point a sociedade de ordens-
Microsoft power point   a sociedade de ordens-Microsoft power point   a sociedade de ordens-
Microsoft power point a sociedade de ordens-Carla Teixeira
 
A sociedade europeia nos séculos ix a xii trabalho de grupo de história - a...
A sociedade europeia nos séculos ix a xii   trabalho de grupo de história - a...A sociedade europeia nos séculos ix a xii   trabalho de grupo de história - a...
A sociedade europeia nos séculos ix a xii trabalho de grupo de história - a...antoniopedropinheiro
 
7º ano-história
7º ano-história7º ano-história
7º ano-históriaNivea Neves
 
7º ano-história
7º ano-história7º ano-história
7º ano-históriaNivea Neves
 
Brasil síntese histórica
Brasil síntese históricaBrasil síntese histórica
Brasil síntese históricaAEDFL
 
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...Vanessa Faria
 
História de Mato Grosso - A sociedade colonial
História de Mato Grosso - A sociedade colonialHistória de Mato Grosso - A sociedade colonial
História de Mato Grosso - A sociedade colonialEdenilson Morais
 

Semelhante a Sociedade Colonial Açucareira e suas características (20)

sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.pptsociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
sociedadeeculturanobrasilcolonial-120925044035-phpapp02.ppt
 
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)
História 2013   3º e 4º bim (4º ano)História 2013   3º e 4º bim (4º ano)
História 2013 3º e 4º bim (4º ano)
 
7º-ANO-ATIVIDADE DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL
7º-ANO-ATIVIDADE DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL7º-ANO-ATIVIDADE DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL
7º-ANO-ATIVIDADE DE HISTÓRIA - ENSINO FUNDAMENTAL
 
A sociedade de ordens 11º ano
A sociedade de ordens 11º anoA sociedade de ordens 11º ano
A sociedade de ordens 11º ano
 
Microsoft power point a sociedade de ordens-
Microsoft power point   a sociedade de ordens-Microsoft power point   a sociedade de ordens-
Microsoft power point a sociedade de ordens-
 
Econômia Açucareira.ppt
Econômia Açucareira.pptEconômia Açucareira.ppt
Econômia Açucareira.ppt
 
O Feudalismo.pptx
O Feudalismo.pptxO Feudalismo.pptx
O Feudalismo.pptx
 
A sociedade europeia nos séculos ix a xii trabalho de grupo de história - a...
A sociedade europeia nos séculos ix a xii   trabalho de grupo de história - a...A sociedade europeia nos séculos ix a xii   trabalho de grupo de história - a...
A sociedade europeia nos séculos ix a xii trabalho de grupo de história - a...
 
7º ano-história
7º ano-história7º ano-história
7º ano-história
 
7º ano-história
7º ano-história7º ano-história
7º ano-história
 
Homens livres pobres e libertos
Homens livres pobres e libertosHomens livres pobres e libertos
Homens livres pobres e libertos
 
O Feudalismo.pptx
O Feudalismo.pptxO Feudalismo.pptx
O Feudalismo.pptx
 
Brasil síntese histórica
Brasil síntese históricaBrasil síntese histórica
Brasil síntese histórica
 
Feudalismo
FeudalismoFeudalismo
Feudalismo
 
O feudalismo
O feudalismoO feudalismo
O feudalismo
 
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
O outro lado da Abolição: o envolvimento dos maçons e dos negros no processo ...
 
História de Mato Grosso - A sociedade colonial
História de Mato Grosso - A sociedade colonialHistória de Mato Grosso - A sociedade colonial
História de Mato Grosso - A sociedade colonial
 
Grécia Antiga
Grécia AntigaGrécia Antiga
Grécia Antiga
 
Sociedade Colonial Brasileira
Sociedade Colonial BrasileiraSociedade Colonial Brasileira
Sociedade Colonial Brasileira
 
Classes sociais 19
Classes sociais 19Classes sociais 19
Classes sociais 19
 

Último

E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 

Último (20)

E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 

Sociedade Colonial Açucareira e suas características

  • 1. Sociedade Colonial Açúcareira  Agricultura voltada para o comércio externo, na grande propriedade e no trabalho escravo, a sociedade colonial é agrária, escravista, patriarcal e sem mecanismos de mobilidade social.  Em quase toda colônia, é em torno da grande propriedade rural que se desenvolve a vida econômica e social. Os povoados e as vilas têm papel secundário, limitado a funções administrativas e religiosas. Assentada na propriedade monocultora e na escravidão, a sociedade colonial é patriarcal.  O poder concentrado em grandes proprietários estimula o clientelismo: os agregados – homens livres que gravitam em torno do engenho – e as populações das vilas dependem política e economicamente dos senhores, inclusive de seus favores pessoais.  No nordeste açucareiro a sociedade é basicamente agrária. Na zona canavieira, esta classe se reduzia à presença do feitor e de algum caixeiro viajante. Nos engenhos ficava nítida a separação entre os senhores e os escravos.  A sede das grandes fazendas, ou do engenho, é o maior símbolo do poderio absoluto dos senhores de terras. A família da casa-grande é numerosa: são muitos filhos, tanto legítimos como ilegítimos, parentes, agregados, escravos e libertos. Todos respeitam a autoridade doméstica e pública do senhor, ao mesmo tempo pai, patriarca e chefe político. Essa é a estrutura familiar das regiões da monocultura tropical, escravista e exportadora. Com ela convive a chamada família nuclear, bem menor, formada quase sempre pelo casal e por poucos filhos, quando não apenas por um dos pais e as crianças. Típica das regiões de produção pouco importante para o mercado externo, essa organização familiar predomina em São Paulo e áreas adjacentes à mineração.  A sociedade colonial apresenta outra característica, importante desde o início, mas que se intensifica com o tempo: a miscigenação. Misturando raças e culturas na convivência forçada pelo trabalho escravo dos índios e dos negros africanos, a sociedade colonial adquire um perfil mestiço.  Essa miscigenação condiciona as relações sociais e culturais entre colonizadores e colonizados, gerando um modelo de sociedade original na colônia, heterogêneo e multirracial, aparentemente harmônico, sem segregação interna. Na verdade, porém, ela não disfarça as desigualdades estruturais entre brancos e negros, escravos e livres, livres ricos e livres pobres, que não acabam nem mesmo com a abolição da escravatura, no final do século XIX.  A sociedade da região açucareira dos séculos XVI e XVII era composta, basicamente, por dois grupos. O dos proprietários de escravos e de terras compreendia os senhores de engenho e os plantadores independentes de cana.  Existia uma faixa intermediária: pessoas que serviam aos interesses dos senhores como os trabalhadores assalariados (feitores, mestres-de-açúcar, artesãos) e os agregados (moradores do engenho que prestavam serviços em troca de proteção e auxílio).  O outro grupo era formado pelos escravos, numericamente muito maior, porém quase sem direito algum. Ao lado desses colonos e colonizados situavam-se os colonizadores: religiosos, funcionários e comerciantes. As famílias viviam isoladas na zona rural; eram raros os contatos sociais. Eram características da família patriarcal: - poder absoluto do pai de família; - submissão da mulher; - casamentos sem escolha e sem amor, muitas vezes entre membros da mesma família (a escolha era feita pelos pais dos noivos); - número elevado de filhos - o primogênito era o único herdeiro da propriedade; - religiosidade marcante - em quase toda família havia um padre; em toda casa-grande havia uma capela; - imposição paterna de uma profissão para os filhos; - educação somente para os homens (as mulheres recebiam apenas as primeiras noções de escrita e aritmética e educação para o lar).
  • 2.  Os senhores de engenho possuíam autoridade absoluta. A maior parte dos poderes se concentrava nas mãos do senhor de engenho. Com autoridade absoluta, submetia todos ao seu poder: mulher, filhos, agregados e qualquer um que habitasse seus domínios. Cabia-lhe dar proteção à família, recebendo, em troca, lealdade e deferência.  Essa família podia incluir parentes distantes, de status social inferior, filhos adotivos e filhos ilegítimos reconhecidos. Seu poder extrapolava os limites de suas terras, expandindo-se pelas vilas, dominando as Câmaras Municipais e a vida colonial. A casa grande foi o símbolo desse tipo de organização familiar implantado na sociedade colonial. Para o núcleo doméstico convergia a vida econômica, social e política da época.  Abaixo dos senhores de engenho situavam-se os agricultores que possuíam a terra em que trabalhavam, adquirida por concessão ou compra. Em termos sociais podiam ser identificados como senhores de engenho em potencial, possuindo terra, escravos, bois e outros bens, menos o engenho. Compartilhavam com eles as mesmas origens sociais e as mesmas aspirações.  O fato de serem proprietários independentes permitia-lhes considerável flexibilidade nas negociações da moagem da cana com os senhores de engenho. Eram uma espécie de elite entre os agricultores, apesar de haver entre eles um grupo que tinha condições e recursos bem mais modestos.  Os senhores de engenho consideravam os agricultores seus subalternos, que lhes deviam não só cana - de - açúcar, mas também respeito e lealdade. As esposas dos senhores de engenho seguiam o exemplo, tratando como criadas as esposas dos agricultores. Com o tempo, esse grupo de plantadores independentes de cana foi desaparecendo, devido à dependência em relação aos senhores de engenho e às dívidas acumuladas. Essa situação provocou a concentração da propriedade e a diminuição do número de agricultores.  Existiam também os lavradores, que não possuíam terras, somente escravos. Recorriam a alguma forma de arrendamento de terras dos engenhos para plantar a cana. Esse contrato impunha-lhes um pesado ônus, pois em cada safra cabia-lhes, apenas, uma pequena parcela do açúcar produzido. Esses homens tornaram-se fundamentais à produção do açúcar. O senhor de engenho deixava em suas mãos toda a responsabilidade pelo cultivo da cana, assumindo somente a parte do beneficiamento do açúcar, muito mais lucrativa. Nesta época, o termo "lavrador de cana" designava qualquer pessoa que praticasse a agricultura, podendo ser usado tanto para o mais humilde dos lavradores como para um grande senhor de engenho.  No século XVI o açúcar tornou-se o principal produto de exportação brasileiro. Apesar da atividade mineradora do século XVIII e da concorrência do açúcar produzido nas Antilhas, essa posição manteve- se até o inicio do século XIX. Em todo esse tempo, segundo Schwartz, "houve tanto bons quanto maus períodos e, embora o Brasil nunca recuperasse sua posição relativa como fornecedor de açúcar no mercado internacional, a indústria açucareira e a classe dos senhores de engenho permaneceram dominantes em regiões como Bahia e Pernambuco”. População Em 1770 a Coroa portuguesa estima que a população da colônia seja de 1,5 milhão a 2,5 milhões de pessoas. Destas, 20,5% estão concentradas em Minas Gerais, 18,5% na Bahia, 15,4% em Pernambuco, 13,8% no Rio de Janeiro, 7,5% em São Paulo e 24,3% espalham-se pelas outras capitanias. Sociedade Colonial Mineradora  O ciclo do ouro e do diamante foi responsável por profundas mudanças na vida colonial. Em cem anos a população cresceu de 300 mil para, aproximadamente, 3 milhões de pessoas, incluindo aí, um deslocamento de 800 mil portugueses para o Brasil.  Paralelamente foi intensific,ado o comércio interno de escravos, chegando do Nordeste cerca de 600 mil negros. Tais deslocamentos representam a transferência do eixo social e econômico do litoral para o interior da colônia, o que acarretou na própria mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro, cidade de mais fácil acesso à região mineradora.  A vida urbana mais intensa viabilizou também, melhores oportunidades no mercado interno e uma sociedade mais flexível, principalmente se contrastada com o imobilismo da sociedade açucareira.
  • 3.  Embora mantivesse a base escravista, a sociedade mineradora diferenciava-se da açucareira, por seu comportamento urbano, menos aristocrático e intelectualmente mais evoluído. Era comum no século XVIII, ser grande minerador e latifundiário ao mesmo tempo.  Portanto, a camada socialmente dominante era mais heterogênea, representada pelos grandes proprietários de escravos, grandes comerciantes e burocratas. A novidade foi o surgimento de um grupo intermediário formado por pequenos comerciantes, intelectuais, artesãos e artistas que viviam nas cidades.  Desta estrutura social diferenciada faziam parte os setores mais ricos da população - chamados "grandes" da sociedade - mineradores, fazendeiros, comerciantes e altos funcionários, encarregados da administração das Minas e indicados diretamente pela Metrópole.  Compunham o contingente médio, em atividades profissionais diversas, os donos de vendas, mascates, artesãos (como alfaiates, carpinteiros, sapateiros) e tropeiros. E ainda pequenos roceiros que, em terrenos reduzidos, entregavam-se à agricultura de subsistência. Plantavam roças de milho, feijão, mandioca, algumas hortaliças e árvores frutíferas.  Também faziam parte deste grupo os faiscadores - indivíduos nômades que mineravam por conta própria. Deslocavam-se conforme o esgotamento dos veios de ouro. No final do século XVIII, esta camada social foi acrescida de elementos ligados aos núcleos de criação de gado leiteiro, dando início à produção do queijo de Minas.  Incluíam-se também nessa camada intermediária os padres seculares. Na Colônia, poucos membros do clero ocupavam altos cargos como, por exemplo, o de bispo. Este morava na única cidade da capitania: Mariana.  Por outro lado, crescia na capitania real o número de indivíduos sujeitos às ocupações incertas. Vivendo na pobreza, na promiscuidade e muitas vezes no crime, não tinham posição definida na sociedade mineradora. Esta camada causava constante inquietação aos governantes. Ela era geralmente composta por homens livres: alguns brancos, mestiços ou escravos que haviam conseguido alforria.  O Estado, percebendo a necessidade de agir junto a essa população incapaz de prover seu próprio sustento, associou a repressão à "utilidade". O encargo que eventualmente representava transformava-se, através do castigo, em trabalhos diversos e, consequentemente, em "utilidade".  Esta população, entendida como de "vadios", recrutada à força ou em troca de alimento, foi utilizada em tarefas que não podiam ser executadas pelos escravos, necessários ao trabalho da empresa mineradora. Era frequente a ocupação destes que eram vistos como desclassificados sociais na construção de obras públicas como presídios, Casa da Câmara, entre outras.  Também compuseram corpos de guarda e de polícia privada dos "Grandes" da sociedade mineradora, ou ainda empregavam-se como capitães-do-mato. Em outras situações, como na disputa pela posse da Colônia do Sacramento, participaram dos grupos militares que guardavam as fronteiras do Sul.  Para o cotidiano de trabalho dos escravos, a mineração foi um retrocesso, pois apesar de alguns terem conseguido a liberdade, a grande maioria passou a viver em condições bem piores do que no período anterior, escavando em verdadeiros buracos onde até a respiração era dificultada. Trabalhavam também na água ou atolados no barro no interior das minas.  Essas condições desumanas resultam na organização de novos quilombos, como do rio das Mortes, em Minas Gerais, e o de Carlota, no Mato Grosso.  Com o crescimento do número de pequenos e médios proprietários a mineração gerou uma menor concentração de renda, ocorrendo inicialmente um processo inflacionário, seguido pelo desenvolvimento de uma sólida agricultura de subsistência, que juntamente com a pecuária, consolidam-se como atividades subsidiárias e periféricas.  Os escravos, ali como de resto em toda a Colônia, representavam a força de trabalho sobre a qual repousava a vida econômica da real capitania das Minas Gerais. Vivendo mal alimentados, sujeitos a castigos e atos violentos, constituíam a parcela mais numerosa da população daquela região.  Isto gerava uma constante preocupação para as autoridades já que, apesar da repressão cruel, não eram raras as tentativas de levantes escravos e a formação de quilombos, como o do Ambrósio e o Quilombo Grande. A destruição de ambos, em 1746 e 1759 respectivamente, não impediu que ocorressem outras fugas e a formação de novos quilombos. Adaptado do Blog Ofício da História – Professor Josias