Este documento resume os principais acontecimentos históricos da América Latina e do Brasil no século XX, incluindo revoluções, ditaduras militares e transições para a democracia. Aborda os modelos econômicos e políticos de países como Chile, Argentina, México e Cuba, além dos governos de Vargas e a ditadura militar no Brasil de 1964 a 1985.
2. Unidade 4 – América Latina e Brasil:
democracia, ditadura e revolução
Nesta Unidade:
• O modelo agro-exportador
• latino-americano
• A Unidade Popular no Chile
• O golpe militar e a ditadura chilena
• O governo peronista e a ditadura
• argentina
• A Revolução Mexicana
• A Revolução Cubana
• O governo Eurico Gaspar Dutra
• Getúlio Vargas e a crise de 1954
• Juscelino Kubitschek e o
• desenvolvimentismo
• Jânio Quadros e a crise da renúncia
• João Goulart e o golpe civil-militar de
• 1964
• A ditadura militar: autoritarismo,
• repressão e crescimento econômico
3. Capítulo 12
Chile e Argentina: democracias destruídas
Em 1980, por meio de um plebiscito, a maioria
da população aprovou mais oito anos do governo
de Pinochet. Mas no plebiscito de 1988, 55% dos
eleitores chilenos disseram “não” à sua
continuidade na presidência por mais 8 anos.
O regime militar, nessa época, sofria muitas
críticas e o contexto internacional não permitia a
continuidade de ditaduras. A partir daí, começou
no Chile a transição ao regime democrático. No
ano seguinte, ocorreram eleições diretas para
presidente da República.
4. O fim da ditadura
A ditadura militar havia perdido qualquer
apoio, e o país iniciava o processo de transição à
democracia. Em 1983, Raúl Alfonsín foi eleito
presidente da República. A Argentina começava
uma nova fase em sua vida política.
Os militares que cometeram crimes foram
processados, julgados e condenados, fortalecendo
a democracia argentina. O general Jorge Rafael
Videla, líder da ditadura militar, foi condenado à
prisão perpétua.
5. Capítulo 13
México e Cuba – revoluções na América
Latina
No final do século XIX, toda a região rural do sul do México, que havia sido
organizada em pueblos indígenas, passava por grandes conflitos pela posse da terra. Os
conflitos ocorriam por conta da formação de enormes fazendas, as chamadas
haciendas.
A maioria das haciendas era formada de terras tomadas dos indígenas. Os
fazendeiros acumulavam cada vez mais terras, enquanto os indígenas, sem terra, eram
obrigados a trabalhar para eles. As injustiças sociais no sul do México tornaram-se
muito grandes. Os indígenas recebiam salários baixos e se endividavam com os
fazendeiros.
O conflito pela posse de terras se acentuou a tal ponto que se transformou em uma
guerra dentro do próprio país. A vitória de um dos lados nesse conflito armado
conduziu a um processo revolucionário conhecido como Revolução Mexicana. Vamos
conhecer dois líderes revolucionários que se destacaram.
6. A Revolução Cubana
Desde 1952, com apoio do exército, Fulgêncio Batista
governava Cuba como ditador. O país era grande
exportador de açúcar, o que beneficiava grandes
proprietários rurais, empresários, políticos e a alta
oficialidade do exército.
Na Universidade de Havana, estudantes planejaram
derrubá-lo do poder. Entre eles estava o estudante de
Direito Fidel Castro. Em 26 de julho de 1953, com 26 anos
de idade, ele liderou um grupo de estudantes que atacou
o quartel de Moncada, na cidade de Santiago de Cuba.
Todos foram presos.
Fidel Castro passou dois anos no presídio. Em 1955,
Fidel e um grupo de opositores foram para o México. O
objetivo era retornar a Cuba e lutar contra o governo
ditatorial de Batista. Na capital mexicana, Fidel conheceu
Che Guevara.
7. Capítulo 14
Democracia e desenvolvimentismo no Brasil
(1946 – 1964)
Entre 1946 e 1964, o Brasil conheceu a sua primeira experiência democrática. O
regime liberal-democrático regido pela Constituição de 1946 garantiu aos brasileiros
seus direitos civis, políticos e sociais.
Durante esse período, o Brasil cresceu economicamente e a sociedade
brasileira participou ativamente da vida política do país. Trabalhadores do campo e
da cidade, junto de estudantes, estiveram à frente de grandes mobilizações por
reformas econômicas e sociais. Artistas e intelectuais renovaram a produção
cultural.
A sociedade brasileira queria um país desenvolvido, mas também justo. Não foi
o que ocorreu. O golpe militar de 1964 pôs fi m ao regime democrático no país.
8. Capítulo 15
A ditadura militar brasileira
Os militares derrubaram João Goulart da presidência da República entre os dias 31
de março e 1o de abril de 1964. Contaram com amplo apoio dos empresários, setores
das classes médias, meios de comunicação, de vários governadores de Estado e do
governo dos Estados Unidos.
Um dos principais líderes dos militares golpistas foi o general Humberto de Alencar
Castelo Branco, eleito pelo Congresso Nacional para terminar o mandato do
presidente deposto, que se encerraria em 1966. No entanto, prorrogou seu mandato
até março de 1967.
Os militares que apoiavam o general Castelo Branco e os parlamentares da União
Democrática Nacional (UDN) e do Partido Social Democrático (PSD) entraram em um
acordo e decidiram que haveria uma “operação limpeza”, que consistia em punir
políticos, sindicalistas, líderes estudantis e ativistas de esquerda, como os trabalhistas
e os comunistas. Depois disso, ao final do mandato presidencial de Castelo Branco, o
Brasil retornaria à normalidade democrática.
9. Ditadura em segundo movimento:
segurança e desenvolvimento
Em 1969, o marechal-presidente Costa e Silva adoeceu e faleceu. Os generais do
Exército indicaram para a presidência do Brasil outro representante da “linha dura”, o
general Emílio Garrastazu Médici.
Havia nos mercados financeiros internacionais muito dinheiro disponível para
empréstimos a juros baixos. Desde 1968, os economistas do governo militar usaram
esse dinheiro para realizar grandes investimentos no país. Começava o que, mais tarde,
seria conhecido como “milagre econômico brasileiro”.
10. Ditadura em terceiro movimento: a
abertura
Em 1974, os comandantes do Exército
concordaram que o próximo presidente seria
o general Ernesto Geisel. Geisel assumiu a
presidência com o compromisso de realizar
uma “abertura lenta, gradual e segura”. Não
se tratava da redemocratização plena do
Brasil, e sim da criação de um regime menos
repressivo, aceito pela população e sob o
controle dos militares.
11. Em resumo
Os países da América Latina entraram no século XX com economias pobres e
sociedades injustas. Mas havia projetos de mudança. No México e na Argentina,
governos nacionalistas reconheceram as reivindicações de operários e camponeses e
incentivaram a industrialização. Em Cuba, uma revolução resultou na implantação do
socialismo. No Chile, o governo de Salvador Allende tentou implantar o socialismo por
vias democráticas. Alguns desses projetos foram interrompidos por violentos golpes
militares, como na Argentina e no Chile. O Brasil, a partir de 1946, conheceu sua
primeira experiência de democracia ampliada, com a participação política de milhões
de brasileiros. O projeto de desenvolver o país com reformas que instituíssem maior
justiça social mobilizou vários setores da sociedade. Em 1964 ocorreu um golpe civil-
militar e durante 21 anos o país viveu sob a ditadura das Forças Armadas. Foi um
período de autoritarismo e de intolerância, mas também de crescimento econômico
com concentração da riqueza. Somente em 1985 a ditadura chegou ao fim e o Brasil
retornou ao regime democrático.
12. Mãos à obra
Na época do “milagre econômico brasileiro”, a
ditadura militar produziu propaganda política elogiosa
ao governo. A propaganda política estava nas estações
de rádio, emissoras de televisão e jornais. Era comum,
também, a distribuição de adesivos para colar nos
vidros dos automóveis.
Algumas mensagens produzidas pela propaganda
oficial afirmavam: “Esse é um país que vai pra frente”,
“Brasil: ame-o ou deixe-o”, “Pra frente Brasil”,
“Ninguém mais segura esse país”. Na propaganda
política dos militares, amar o seu país ou ser patriota
era o mesmo que apoiar o governo militar.
• Como você criticaria essas mensagens contidas na
propaganda política da ditadura?