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 A Conjuração Baiana, também denominada
como Revolta dos Alfaiates (uma vez que seus
líderes exerciam este ofício), foi um movimento
de caráter emancipacionista, ocorrido no ocaso
do século XVIII, na então Capitania da Bahia,
no Estado do Brasil. Diferentemente da
Inconfidência Mineira (1789), se reveste de
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 Para compreender a deflagração do
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 A população pobre sofria com o aumento do custo
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armazéns do comércio de Salvador, e até os
escravos que levavam a carne para o general-
comandante foram assaltados. A população
faminta roubava carne e farinha. Em inícios de
1798, a forca, símbolo do poder colonial, foi
incendiada. O descontentamento crescia também
nos quartéis, onde incidentes envolvendo soldados
e oficiais tornavam-se freqüentes. Havia, portanto,
nesse clima tenso, condições favoráveis para a
circulação das idéias de Igualdade, Liberdade e
Fraternidade.
  
 As Idéias
 Os revoltosos pregavam a libertação dos
escravos, a instauração de um governo
igualitário, onde as pessoas fossem vistas de
acordo com a capacidade e merecimento
individuais, além da instalação de uma
República na Bahia e da liberdade de comércio
e o aumento dos salários dos soldados. Tais
idéias eram divulgadas, sobretudo pelos
escritos do soldado Luiz Gonzaga das Virgens
e panfletos de Cipriano Barata, médico e
filósofo.
 A revolta
 Em 12 de Agosto de 1798, o movimento precipitou-
se quando alguns de seus membros, distribuindo
os panfletos na porta das igrejas e colando-os nas
esquinas da cidade, alertaram as autoridades que,
de pronto, reagiram, detendo-os. Tal como na
Conjuração Mineira, interrogados, acabaram
delatando os demais envolvidos.

Um desses panfletos declarava:
"Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo
feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos
irmãos: o tempo em que todos seremos iguais." (in:
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A Conjuração Baiana: revolta popular no século XVIII na Bahia contra o poder colonial

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A Conjuração Baiana: revolta popular no século XVIII na Bahia contra o poder colonial

  • 1.
  • 2.  A Conjuração Baiana, também denominada como Revolta dos Alfaiates (uma vez que seus líderes exerciam este ofício), foi um movimento de caráter emancipacionista, ocorrido no ocaso do século XVIII, na então Capitania da Bahia, no Estado do Brasil. Diferentemente da Inconfidência Mineira (1789), se reveste de caráter popular.
  • 3.  Para compreender a deflagração do movimento, devemos nos reportar à transferência da capital para o Rio de Janeiro, em 1763. Com tal mudança, Salvador (antiga capital) sofreu com a perda dos privilégios e a redução dos recursos destinados à cidade. Somado a tal fator, o aumento dos impostos e exigências colônias vieram a piorar sensivelmente as condições de vida da população local.
  • 4.  A população pobre sofria com o aumento do custo de vida, com a escassez de alimentos e com o preconceito racial. As agitações eram constantes. Entre 1797 e 1798 ocorreram vários saques aos armazéns do comércio de Salvador, e até os escravos que levavam a carne para o general- comandante foram assaltados. A população faminta roubava carne e farinha. Em inícios de 1798, a forca, símbolo do poder colonial, foi incendiada. O descontentamento crescia também nos quartéis, onde incidentes envolvendo soldados e oficiais tornavam-se freqüentes. Havia, portanto, nesse clima tenso, condições favoráveis para a circulação das idéias de Igualdade, Liberdade e Fraternidade.   
  • 5.  As Idéias  Os revoltosos pregavam a libertação dos escravos, a instauração de um governo igualitário, onde as pessoas fossem vistas de acordo com a capacidade e merecimento individuais, além da instalação de uma República na Bahia e da liberdade de comércio e o aumento dos salários dos soldados. Tais idéias eram divulgadas, sobretudo pelos escritos do soldado Luiz Gonzaga das Virgens e panfletos de Cipriano Barata, médico e filósofo.
  • 6.  A revolta  Em 12 de Agosto de 1798, o movimento precipitou- se quando alguns de seus membros, distribuindo os panfletos na porta das igrejas e colando-os nas esquinas da cidade, alertaram as autoridades que, de pronto, reagiram, detendo-os. Tal como na Conjuração Mineira, interrogados, acabaram delatando os demais envolvidos.  Um desses panfletos declarava: "Animai-vos Povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa Liberdade: o tempo em que todos seremos irmãos: o tempo em que todos seremos iguais." (in: RUY, Afonso. A primeira revolução social do Brasil. p. 68.)